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impresso_LLESPDidaticaI_2019 1-104

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Com o passar dos anos, o professor vai adquirindo experiência e aperfeiçoando a distribuição do tempo 
para as atividades, recorrendo aos seus planos anteriores e às respectivas avaliações quanto à eficácia dos 
mesmos. Muito importante, também, é a troca de ideias com os colegas, que possibilitam uma reflexão do 
que se faz, bem como o conhecimento de outras estratégias. 
Para estimar o tempo de cada atividade, o professor deve considerar que os estudantes precisam de 
tempo para entender a atividade, organizarem-se e realizarem-na de acordo com as orientações. É 
recomendável não planejar muitas atividades para pouco tempo, uma vez que é interessante que os 
estudantes possam trocar ideias com os colegas e apresentarem, de alguma forma, os resultados, os quais 
devem ser fontes de avaliação docente, tema a ser discutido a seguir.
Avaliação
Embora venha formalmente no final do plano, a avaliação está presente em toda a sua elaboração. Neste 
momento, o docente deve indicar quais serão as opções adotadas (por exemplo: participação, análise de caso, 
atividades práticas, situações-problemas, provas, experimentos) para acompanhar o processo/grau/nível de 
aprendizagem dos estudantes. 
Ressalte-se que a aprendizagem não pode ser medida e que um 
instrumento pode ser adequado a alguns indivíduos e revelar-se 
inconveniente para outros. Desta forma, é importante que, sempre que 
possível e a depender de diversas variáveis (idade dos estudantes, conteúdo, 
....), o professor realize mais de uma verificação de aprendizagem, a qual 
permitirá que ele (re)planeje sua atuação.
A avaliação pode ter três funções:
Pedagógico-didática
Cumprimento dos objetivos geral e específicos da disciplina.
Diagnóstica
Identificam-se os progressos e as dificuldades dos estudantes, provocando 
mudanças na atuação do/a professor/a.
Formativa
Mediante sucessivas avaliações, para assegurar a ampliação de conhecimentos por 
parte dos estudantes, qualificando os resultados escolares.
Abaixo, as pesquisadoras cearenses apresentam suas considerações sobre a avaliação.
AVALIAÇÃO – SEGUNDO PASSOS (2006) 
A avaliação tem sido usada como instrumento de poder, mecanismo ameaçador, disciplinador, 
punidor, gerando medo, tensão e inibição. Apesar do título avaliação, o processo esgota-se no ritual de 
aplicação, correção, entrega de testes e provas; reduz-se a função de atribuir notas tornando-se fator de 
seleção e exclusão; limita-se a ser classificatória e burocrática; rotula os alunos (os que sabem e os que 
não sabem, os que acertam e os que erram).
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