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Crítica Literária Contemporânea

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Quintana, Lêdo Ivo, Augusto Frederico Schmidt, Alphonsus de Guimaraens Filho, Emílio Moura..., 
considerando que eles não foram "salvos" pelo crítico em seu juízo de valor.
Mesmo operando seu pensamento num sistema binário, o crítico chega a admitir a possibilidade de a 
nova poesia "lançar a nossa literatura em sendas mais largas, nas quais seja definitivamente sublimada a 
dialética do local e do geral". Essa concepção de poesia e esses instrumentos críticos baseados numa 
concepção dialética, vistos do início do século XXI, parecem ser insuficientes para uma interpretação, um 
julgamento, ou mesmo uma leitura crítica de poetas atuais, como um Manoel de Barros, uma Hilda Hilst, 
um Arnaldo Antunes ou um Waly Salomão. O autor estaria então preconizando que para uma nova 
literatura deveria haver uma nova crítica (não confundir com New Criticism), ou uma outra crítica?
Lembramos ainda que as atribuições binárias de valor do tipo: 
BOA QUALIDADE X MÁ QUALIDADE,
POESIA VERDADEIRA X POESIA FALSA (?),
GRANDE POESIA X PEQUENA POESIA (?).
...são juízos difíceis de sustentar fora de um discurso metanarrativo totalizante próprio da metafísica 
ocidental que a cultura e a literatura atuais questionam mais abertamente, e cuja contestação já começa a 
aparecer nos meios do século XX.
CHAT
Releia atentamente o texto do crítico Antonio Candido e a metacrítica do não menos crítico autor 
destas aulas, para participar deste chat. O assunto é polêmico, palpitante. Junte seus argumentos e dê 
sua opinião, faça suas intervenções, questione, pergunte a sua professora ou ao seu professor as 
opiniões dela ou dele, e também as de suas e seus colegas. Esta introdução à literatura brasileira 
contemporânea promete no mínimo uma discussão acalorada. E calor é o que não vai faltar neste 
chat inicial da Literatura Brasileira IV.
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