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O conto popular é considerado a forma mais universal de transmissão da cultura de um povo. Ele documenta usos, costumes, fórmulas jurídicas, folclore, etc., podendo se manifestar por meio de histórias populares. As caracterizações essenciais do conto popular podem ser listadas da seguinte maneira: Uso da transmissão oral caracterizada pelo tom de espontaneidade. Anonimato do autor, pois que sua criação é coletiva. Distância no tempo. Abarca uma moral natural, trabalhando relações entre forte e fraco, rico e pobre, bem e mal, etc. Normalmente, apresenta suspense que acaba provocando riso. No Brasil, os contos populares têm raízes rurais e remontam aos famosos “causos”. De forma geral, outras manifestações do conto popular seriam: os contos de fada, as fábulas. Fábula A fábula é considerada uma narrativa curta, possuidora de uma estrutura mínima de enredo e de uma moral implícita ou explícita. Massaud Moisés a caracteriza afirmando que, “no geral, [ela] é protagonizada por animais irracionais, cujo comportamento, preservando as características próprias, deixa transparecer uma alusão, via de regra satírica ou pedagógica, aos seres humanos” (MOISÉS, 1999: 226). Na Antiguidade Clássica, a fábula foi cultivada por Esopo e Fedro; na Idade Média era um gênero extremamente apreciado, mas foi na Modernidade, com La Fontaine (entre 1668-1694) que as fábulas entraram na moda. Até o século XVIII, as fábulas foram escritas em verso; logo depois, a prosa passou a ser o veículo de expressão adotado por esse tipo de gênero. Sempre envolvida por um universo metafórico (Ex: formiga = trabalho, leão = força, raposa = astúcia, lobo = poder despótico, etc.), a fábula representava, para Aristóteles, a “imitação de ações”, “a composição dos atos”, consequentemente, a propagação de uma ideologia. Lenda Etimologicamente, lenda vem do latim “legenda”, que significa “o que se deve ler”. 9