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Estelionato: Conceito e Aspectos Jurídicos

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ESTELIONATO
ESTELIONATO
CONCEITO: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.”
OBJETO JURÍDICO: inviolabilidade do patrimônio. Em especial, visa o tipo reprimir a fraude causadora de dano ao patrimônio.
AÇÃO NUCLEAR: Em vez de violência, ou grave ameaça, o agente emprega um estratagema para iludir a vítima e se beneficia com o prejuízo alheio.
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MEIOS EMPREGADOS: 
a)	artifício;
b)	ardil;
c)	Qualquer outro meio fraudulento.
Obs. Idoneidade do meio fraudulento: seja qual for o meio empregado, só há crime quando ele tiver aptidão para iludir a vítima!
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INDUZIR OU MANTER EM ERRO:
INDUZIR: tem o significado de incutir, persuadir, suscitar, fazer nascer a idéia, no caso.
MANTER: ação!: a vítima já se encontra em erro, limitando-se o agente, com sua ação fraudulenta, a não alterar os fatos.
ERRO: é a falsa percepção da realidade, provocadora de uma manifestação de vontade viciada. 
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VANTAGEM: para a maioria da doutrina e jurisprudência, a vantagem deve ser econômica, pois estamos tratando dos crimes contra o patrimônio.
ILÍCITA: indevida, à qual o agente não faz jus.
PREJUÍZO ALHEIO: é o dano de natureza patrimonial!
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SUJEITO ATIVO: crime comum, qualquer pessoa. Inclusive funcionário público. 
SUJEITO PASSIVO: é a pessoa enganada, ou seja, aquela que sofre o prejuízo, porém o crime pode ter dupla subjetividade passiva, podendo a pessoa enganada ser diferente daquela que sofre o prejuízo.
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CONSUMAÇÃO: trata-se de crime material, que se consuma com a efetiva obtenção da vantagem ilícita indevida, em prejuízo alheio, ou seja, quando o agente aufere o proveito econômico, causando dano à vítima. 
TENTATIVA = POSSÍVEL: configura-se quando o agente, por circunstâncias alheias à sua vontade.
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ELEMENTO SUBJETIVO: DOLO → vontade livre e consciente de realizar a conduta fraudulenta, sendo necessário o fim especial de agir, consistente na vontade de obter vantagem ilícita, para si ou para outrem.
TORPEZA BILATERAL OU FRAUDE BILATERAL: é a hipótese em que a vítima também age de má-fé, com intuito de obter proveito mediante um negócio ilícito ou imoral.
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FORMAS:
a)	Simples: caput 
b)	Privilegiada: requisitos → primariedade
 → pequeno valor do prejuízo 
A jurisprudência considera como pequeno o prejuízo que não ultrapasse 1 salário mínimo.
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INOVAÇÃO LEGISLATIVA – PROCESSAMENTO DE ACUSADO DE ESTELIONATO – AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA
A Lei 13.964/2019 (“Pacote Anticrime”) modificou a forma de processamento do acusado por crime de estelionato, antes apurado mediante ação penal pública incondicionada, para exigir, em regra, a representação prévia da vítima como condição de procedibilidade.

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