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UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 1 - UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa IICCEETT SSIISSTTEEMMAASS EESSTTRRUUTTUURRAAIISS CCOONNCCEEIITTOO PPAARRAA CCÁÁLLCCUULLOO SSEECCCC NNOOTTAASS DDEE AAUULLAA –– 0011 EE SS TT RR UU TT UU RR AA SS UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 2 - NA_01SECC/2013 EESSTTRRUUTTUURRAASS NNOOTTAASS DDEE AAUULLAA -- PPAARRTTEE 11 IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO 1. NOÇÕES BÁSICAS DE ESTRUTURAS Elementos Básicos: Lajes, Vigas e Pilares. - Lajes: Elementos de forma laminar (placas). Dispostos geralmente no plano horizontal. Cargas normais ao seu plano médio (na maioria dos casos). Submetidos fundamentalmente a esforços de flexão. - Vigas: Elementos de barras, dispostos geralmente no plano horizontal. Mais rígidas que as lajes Cargas normais ao seu eixo (na maioria dos casos). Submetidas principalmente a esforços de flexão e a esforços cortantes. - Pilares: Elementos de barras, dispostos na vertical (também chamados de colunas, principalmente em estruturas metálicas). Cargas predominantemente no sentido axial. Submetidos a esforços predominantemente de compressão. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 3 - 2. FUNCIONAMENTO BÁSICO DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL As cargas são aplicadas nas lajes, que as transferem para as vigas (que sustentam as lajes). Por sua vez as vigas também podem receber outras cargas aplicadas diretamente sobre elas, que se somam às cargas recebidas das lajes. Das vigas, as cargas seguem para os pilares, e descem até os elementos de fundação. Os elementos de fundação tratam de transferir as cargas para o solo. Cargas: Cargas permanentes: - Peso próprio da estrutura (cargas de longa duração) - Alvenarias (paredes) - Revestimentos (de piso e de paredes) - Pisos - Enchimentos - Impermeabilização - Forros - Caixilhos - Aterros - Outras cargas de longa duração Cargas acidentais (ou variáveis): - Sobrecarga a ser considerada para o uso, ou seja, a carga prevista para a utilização da edificação, em função de sua ocupação. EEmm uummaa eessttrruuttuurraa ccoonnvveenncciioonnaall,, aass ppaarreeddeess nnããoo tteemm ffuunnççããoo eessttrruuttuurraall;; aassssiimm,, aass ccaarrggaass ““ddeesscceemm”” ddeessddee oo ppaavviimmeennttoo ssuuppeerriioorr aattéé aa ffuunnddaaççããoo aappeennaass aattrraavvééss ddooss ppiillaarreess,, ee vvêêmm ssee ssoommaannddoo ppiissoo aappóóss ppiissoo.. Cada pavimento possui um funcionamento independente dos demais, a menos dos pilares. SSUUPPEERREESSTTRRUUTTUURRAA –– LLAAJJEESS EE VVIIGGAASS MMEESSOOEESSTTRRUUTTUURRAA –– PPIILLAARREESS IINNFFRRAAEESSTTRRUUTTUURRAA –– FFUUNNDDAAÇÇÕÕEESS ((ààss vveezzeess ooss ppiillaarreess ssããoo ccoonnssiiddeerraaddooss ccoommoo eelleemmeennttooss ppeerrtteenncceenntteess àà iinnffrraaeessttrruuttuurraa)) UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 4 - A viga V2 se apóia nos pilares P3 e P4 (transfere carga). A viga V4 se apóia nos pilares P4 e P2. Da mesma forma, a viga V1 se apóia nos pilares P1 e P2 e a viga V3 se apóia nos pilares P3 e P1. AAss vviiggaass rreecceebbeemm aass ccaarrggaass pprroovveenniieenntteess ddaa llaajjee ((ee oouuttrraass qquuee llhheess ssããoo ddiirreettaammeennttee aapplliiccaaddaass)) ee aass ttrraannssffeerreemm aaooss ppiillaarreess.. AA llaajjee ttrraannssffeerree ssuuaa ccaarrggaa ppaarraa aass vviiggaass qquuee eessttããoo nnoo sseeuu ccoonnttoorrnnoo.. OO ppiillaarr PP44 rreecceebbee aass ccaarrggaass ddaass vviiggaass VV22 ee VV44 ((ssuuaass rreeaaççõõeess ddee aappooiioo)).. AAnnaallooggaammeennttee oo ppiillaarr PP11 rreecceebbee aa ccaarrggaa ddaa VV11 ee VV33,, oo ppiillaarr PP22 ddaa VV11 ee VV44 ee oo ppiillaarr PP33 ddaa VV22 ee VV33.. PILAR P4 UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 5 - OO ppiillaarr ttrraannssmmiittee aa ccaarrggaa aaoo eelleemmeennttoo ddee ffuunnddaaççããoo,, qquuee,, ppoorr ssuuaa vveezz aa ttrraannssffeerree aaoo tteerrrreennoo ssuubbjjaacceennttee.. OO ttiippoo ddaa eessttrruuttuurraa ddee ffuunnddaaççããoo ddeeppeennddee ddee vváárriiooss ffaattoorreess,, ccoommoo aa ccaappaacciiddaaddee rreessiisstteennttee ddoo tteerrrreennoo,, ggrraannddeezzaa ddaass ccaarrggaass,, ee mmeettooddoollooggiiaa ccoonnssttrruuttiivvaa.. ESQUEMA RETICULAR PARA ESTUDO DA ESTRUTURA: Para o estudo dos esforços na estrutura adota-se um esquema reticular onde os eixos das vigas e pilares são representados por barras e o plano médio das lajes é representado por uma placa. São necessárias a identificação dos elementos e a adoção de um sistema de coordenadas. FUNDAÇÃO DO PILAR P4 UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 6 - OUTRA CONFIGURAÇÃO DA MESA: Alterando-se a posição das “pernas” da mesa (pilares) teremos uma estrutura com um funcionamento um pouco diferente: O funcionamento da L1 é idêntico ao do exemplo anterior (isto é, ela está apoiada nas 4 vigas – V1, V2, V3, V4) UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 7 - PILAR P4 Funcionamento igual ao exemplo anterior Note que na comparação entre as duas configurações de mesa apresentadas, as cargas são as mesmas, o funcionamento das lajes é o mesmo, mas o funcionamento das vigas é diferente. Na segunda configuração as vigas V1 e V2 continuam bi-apoiadas, porém não se apoiam mais nos pilares, mas nas extremidades em balanço das vigas V3 e V4. E estas vigas possuem funcionamento bem diferente na segunda configuração, com balanços nas extremidades. As cargas nos pilares é a mesma nas duas configurações. R R p.p. do PP4 P4 V4 4 AA vviiggaa VV22 ssee aappooiiaa nnaass eexxttrreemmiiddaaddeess ddooss bbaallaannççooss ddaass vviiggaass VV33 ee VV44 AA vviiggaa VV44 rreecceebbee aass ccaarrggaass ddaa VV22 ee ddaa VV11.. EEllaa eessttáá bbii--aappooiiaaddaa,, ccoomm ddooiiss bbaallaannççooss,, eemm ccuujjaass eexxttrreemmiiddaaddeess ssee aappóóiiaamm VV22 ee VV11.. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 8 - 3. CONCEITUAÇÃO GERAL - Associação Concreto - Aço 3.1. Introdução As duas principais qualidades que um material deve ter para poder ser usado como estrutura são: - Resistência - Durabilidade Exemplos de materiais: Pedra: - Durabilidade muito elevada (quase infinita) - Resistência elevada a esforços de compressão,e baixa a esforços de tração. Madeira: - Boa resistência a esforços de tração e compressão. - Durabilidade limitada - sujeita as condições externas: tempo, umidade. O Concreto surgiu como alternativa para se obter um material com as seguintes qualidades: - Pode ser fundido em quaisquer formas e dimensões. - De uma maneira bem simples pode ser considerado como uma pedra artificial, tendo assim grande durabilidade. - Possui alta resistência a esforços de compressão, mas praticamente não resiste a esforços de tração. Para suprir essa baixa resistência à tração, associa-se o concreto ao aço, criando o Concreto Armado. O aço é colocado nas regiões onde a estrutura está submetida a esforços de tração, de forma que esses esforços acabam sendo resistidos pelo aço. O concreto e o aço funcionam conjuntamente com base na aderência entre eles. E o concreto deve envolver as barras de aço, de forma a protegê-lo contra a corrosão provocada pelas intempéries. 3.2. Constituintes do Concreto - As associações Concreto – Aço a) Constituintes PPAASSTTAA == CCIIMMEENNTTOO ++ ÁÁGGUUAA AARRGGAAMMAASSSSAA == PPAASSTTAA ++ AAGGRREEGGAADDOO MMIIÚÚDDOO CCOONNCCRREETTOO == AARRGGAAMMAASSSSAA ++ AAGGRREEGGAADDOO GGRRAAÚÚDDOO UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 9 - b) As associações entre concreto e aço: - CONCRETO ARMADO = CONCRETO + ARMADURA PASSIVA União do concreto e de um material resistente à tração por ele envolvido, de tal modo que resistam solidariamente aos esforços a que a peça seja submetida. A armadura é posicionada nas formas antes do lançamento do concreto, portanto sem nenhuma tensão inicial. Após a retirada do cimbramento, a estrutura passa a estar submetida a esforços, que deformam a mesma, provocando uma resposta do aço, no sentido de resistir aos esforços de tração. A partir desse instante, então, a armadura começa a auxiliar o concreto a resistir aos esforços. A armadura passiva também é denominada armadura frouxa. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 10 - - CONCRETO PROTENDIDO = CONCRETO + ARMADURA ATIVA Quando são aplicados esforços prévios de compressão no concreto através da armadura previamente tracionada, de tal forma que as futuras tensões de tração provocadas por um carregamento externo sejam superpostas a estas tensões prévias de compressão. Existem 2 tipos básicos de protensão: - 1- Protensão com aderência posterior: ESQUEMA SIMPLIFICADO DOS ESFORÇOS APLICADOS PELA PROTENSÃO EM UMA VIGA BI-APOIADA - COM CABO CURVO - COM CABO POLIGONAL NA_01.14 UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 11 - ESQUEMAS DE PROTENSÃO E DOS ESFORÇOS APLICADOS PELA PROTENSÃO EM UMA VIGA SOBRE TRÊS APOIOS A seguir uma foto dos primórdios do concreto protendido, mostrando a armadura de um viaduto antes da colocação das formas para a concretagem da superestrutura. Pode-se notar o traçado dos cabos de protensão, que praticamente acompanha o diagrama de fletores ao longo da viga Foto, tirada na época dos primórdios do concreto protendido, mostrando as bainhas de cabos de protensão ao longo de vigas de vigas de uma obra de arte (ponte ou viaduto). UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 12 - Abaixo duas fotos mais atuais, com a armadura de uma viga pré-moldada de um viaduto antes de sua concretagem. Como essa viga será bi-apoiada, pode-se notar que o traçado dos cabos de protensão acompanha o diagrama de fletores ao longo da viga. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 13 - Foto da cabeça da mesma viga pré-moldada apresentada nas fotos anteriores, após a concretagem no canteiro, antes de ser protendida. Observar as placas de ancoragem, por onde serão enfiados os cabos. E os furos para injeção (na placa do cabo superior fica mais fácil de visualizar) Detalhes de Dispositivos de Protensão: Placa de ancoragem e bainha metálica – Ancoragens ativas UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 14 - Placa de ancoragem e bainha metálica – Ancoragem passiva Macaco de Protensão UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 15 - Seqüência de Operações de Protensão dos Cabos pelo Macaco de Protensão - em corte UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 16 - Sequência esquemática de protensão aderente em uma viga apresentada no catálogo da empresa Rudloff. Esse exemplo ilustra uma viga com protensão ativa na extremidade esquerda e na extremidade direita um dispositivo de ancoragem que dispensa a protensão – denominada ancoragem passiva. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 17 - 2 - Protensão com aderência inicial (ou não aderente): Esse tipo de protensão é muito utilizado em pistas de protensão, para elementos pré-fabricados, com fios aderentes. Fotos da fabricação de placas em uma pista de protensão, dentro de um galpão Fase Inicial - Os cabos estão posicionados, assim como as formas, para a execução de várias placas de concreto, dispostas em série, ao longo da pista Fase final – As placas já foram concretadas- ver os macacos de protensão (amarelos), que previamente tracionaram os fios (antes da concretagem); notar as juntas entre as placas UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 18 - Nas últimas décadas, o uso de protensão sem aderência, com lajes protendidas moldadas no local em edifícios comerciais tem sido muito utilizado. Trata-se basicamente de uma protensão com cordoalhas engraxadas, ou seja, cordoalhas envoltas por graxa e por capas plásticas, que não transmitem esforços ao concreto ao longo de seu comprimento, mas apenas nas ancoragens dos cabos. Exemplo de protensão não aderente, com a utilização de cordoalhas engraxadas. Foto ilustrativa de uma laje com protensão não aderente, os cabos dentro de cordoalhas engraxadas, em azul. Ver detalhe do cabo envolto pela cordoalha na parte inferior direita da ilustração. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 19 - COMPARAÇÃO ENTRE CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO No concreto protendido: Há um melhor aproveitamento dos materiais aço e concreto, pois se trabalha próximo às suas tensões limites. Assim sendo, é possível a execução de obras vencendo vãos bem maiores que os que se conseguiria utilizando concreto armado. Pode-se executar estruturas mais esbeltas que em concreto armado. Há uma proteção muito melhor da própria armadura devido à inexistência de fissuração (pois o concreto não está submetido a tração). Os custossão mais altos, os materiais são mais caros. Há necessidade de um controle e de uma fiscalização muito maiores. É necessária a verificação da estrutura em diversos estágios de execução. Por exemplo, deve-se verificar se, em uma fase inicial da obra, quando a estrutura não está totalmente carregada, os esforços de protensão aplicados não estão provocando excessos de compressão no concreto. 3.3. Modo de Execução: Quanto à maneira de execução de peças estruturais em concreto, armado ou protendido, podemos classificar em: Moldado no local (ou moldado “in-loco”): os elementos são fundidos no local de sua utilização definitiva na estrutura. Pré Moldado: os elementos são fundidos fora do local de sua utilização na estrutura, por exemplo, no canteiro de obras, e então levados e posicionados no local definitivo. Pré Fabricado: os elementos são fabricados em usinas (sob um controle rigoroso de execução), sendo depois levados para a obra e posicionados no local definitivo. Observações: 1- As estruturas podem ser executadas com alguns elementos pré-moldados / pré-fabricados e outros elementos moldados no local. 2- Os elementos em concreto armado não possuem nenhuma armadura ativa (protendida), ao passo que os elementos em concreto protendido possuem também partes de suas armaduras passivas, ou seja, os elementos em concreto protendido podem ser considerados também armados. 3- Em alguns casos, em função das necessidades, pode-se efetuar uma protensão que não elimina totalmente os esforços de tração. Nesse caso, classifica-se a protensão como protensão parcial. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 20 - 3.4. Elementos Estruturais em Concreto Armado – Esquemas Básicos de Armação a) Lajes - Flexão nas Lajes - Lajes Armadas em Cruz Cobrimento da armadura (ou recobrimento) é a uma camada necessária para a proteção da armadura. Quanto mais agressivo o ambiente for para a armadura, maior deve ser o cobrimento. Os cobrimentos mínimos a serem obedecidos estão apresentados na NBR-6118. l l1 2 UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 21 - - Armadas em uma direção - Laje Isolada 21 ll UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 22 - - Lajes Contínuas UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 23 - b) Vigas UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 24 - - Armadura Longitudinal Absorve os esforços de tração e / ou auxiliam na absorção dos esforços de compressão (armadura na zona comprimida). Auxilia na montagem da armadura (porta estribos). Auxilia no combate à fissuras (armadura de pele em vigas altas). - Armadura Transversal (Estribos e Barras Dobradas): Liga a zona comprimida à zona tracionada. No caso de estribos: absorve as tensões secundárias devido à aderência da armadura longitudinal. Absorve as tensões de tração devido à força cortante. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa SECC – SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCEITO PARA CÁLCULO Fernando de Moraes Mihalik - 25 - c) Pilares Armadura Longitudinal: contribui na absorção dos esforços solicitantes da seção (compressão, na maioria dos casos, ou eventualmente, esforços de tração). Armadura Transversal: garante o posicionamento da armadura longitudinal durante a montagem e a concretagem. Assegura a estabilidade das barras longitudinais contra a flambagem localizada. SEÇÃO TRANSVERSAL