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LIXO 1. Lixo: Panorama Geral 2. Plásticos e Polímeros 3. Classificação dos Polímeros + Exercícios 4. EletroQuímica - Conceitos Gerais 5. Potencial de Redução dos Metais 6. Lixo Nuclear: Radioatividade e Emissões Radioativas 7. Meia Vida e Datação C14 8. Fusão e Fissão Nuclear 9. Conceitos Gerais - Revisão 10. Reconhecimento de Funções Orgânicas MÓDULO 1 - LIXO TEORIA COMPLEMENTAR 1. Lixo O Lixo são restos das atividades humanas, considerados como inúteis, inde- sejáveis ou descartáveis. Atualmente a definição de lixo tornou-se um pouco mais complexa, pois nem sem- pre o que é considerado lixo para você, será também lixo para outra pessoa. ”Será que o meu lixo é também o lixo de outra pessoa?” Essa é uma questão social que vale a pena refletir. Quando penso lixo sempre penso em: Latinhas de refrigerante, garrafas plásticas, restos de alimento… Interessante notar que tudo isso que falamos é matéria. Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Ela pode se encontrar nos 3 estados físicos: Sólido, Líquido e Gasoso. A definição de sólido, líquido e gasoso pode trazer várias surpresas: já assistiu ao vídeo 2? O que achou? 2. Chorume É um líquido com alto teor de matéria orgânica e pode apresentar metais pesados provenientes da decomposição de embalagens metálicas e pilhas. A composição do chorume depende do lixo depositado e do seu estado de degradação. Por isso a importância de descartar pilhas e baterias em locais adequados! Pois, você sabia que o chorume pode infiltrar-se no solo e contaminar as águas sub- terrâneas? O Chorume é resultado da umidade presente nos resíduos, da água gerada du- rante a decomposição do lixo e também das chuvas que passam através material descartado. 3. Destino dos resíduos 3.1. Lixão 2 Local onde o lixo urbano ou industrial é jogado a céu aberto, sem nenhum trata- mento. Sua decomposição libera chorume e gases para o meio ambiente contami- nando a água, o ar e o solo. Além disso, favorece a proliferação de baratas, moscas, ratos e germes patológicos. 3.2. Aterro controlado Os resíduos sólidos recebem uma cobertura de solo. Isto já evita que pássaros e animais vivam ali espalhando o lixo e doenças. O solo não é tratado e com isso é comum a contaminação de águas subterrâneas pelo chorume. 3.3. Aterro sanitário Aqui sim! O solo é impermeabilizado, há sistema de drenagem para o chorume e gases! Os resíduos sólidos são cobertos. Já podem receber resíduos hospitalares e nucleares. Nesse caso não se aproveitam os materiais recicláveis. 3.4. Usina de compostagem Aqui a matéria orgânica é separada e submetida a um tratamento especial que formará o “composto”. O composto pode ser usado como adubo ou ração para animais. Durante o tratamento a matéria é colocada em tabuleiros e é injetado ar por meio de tubos perfurados. Isso permite que Microorganismos Aeróbios atuem na maté- ria. Durante o processo há liberação de CO2. O processo deve ser controlado para evitar a presença de organismos que cau- sam doenças, metais pesados e substâncias orgânicas tóxicas. 3.5. Incineração Faz-se a queima controlada do lixo inerte. A vantagem é que o volume de lixo é diminuído e a maioria do material orgânico e de materiais perigosos é destruída. Mas é lançado diversos gases poluentes e fuligem na atmosfera. Além disso vários materiais, quando queimados, podem levar à formação de dioxinas e fura- nos. Os alimentos que ingerimos, particularmente carne, peixe e produtos lácteos, contêm dioxinas e furanos, materiais cancerígenos. Uma maneira de diminuir a formação desses compostos é incinerar o lixo em altas temperaturas para ter certeza que ocorrerá a combustão completa. As dioxinas e furanos dissolvem-se em gorduras e não em água. Eles são lipos- solúveis! Se não fosse o bastante: Eliminar materiais lipossolúveis é mais difícil do que hi- drossolúveis, com isso ocorre uma acumulação desses materiais no organismo. Mas “o trem ainda piora”, ao longo da cadeia alimentar há um aumento da concen- tração desses contaminantes. Agora a pergunta de um milhão de dólares: Quem está no topo da cadeia alimen- tar? Isso mesmo, nós, os seres humanos! Ou seja, a maior concentração desses com- postos pode estar no seu organismo. 3 ALGUNS NÚMEROS SOBRE O DESTINO DO LIXO: 4. O programa R3 Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Vamos? 4.1. Redução do consumo e do desperdício Bom mesmo seria não produzir lixo, mas como nem tudo é perfeito, podemos fazer algumas coisas para ajudar a natureza e a nós! Por exemplo, reduzir o consumo! Isso mesmo! Quanto mais consumimos, mais lixo geramos. Esso é o símbolo máximo da socie- dade consumista em que vivemos, mas que tal nos perguntarmos antes se real- mente precisamos daquilo. Realmente preciso do novo playstation 4? Ou de no- vos pares de sapato? (Ok! Meninas, vocês perderam – façam a nossa parte!) Mas se mesmo assim o seu negócio é comprar. Você pode dar preferência a em- balagens retornáveis, ao invés das descartáveis, diminuindo desperdícios dentro de casa. 4.2. Reutilização de resíduos Reutilizar é ultilizar a mesma coisa novamente, sem transformá-la novamente em sua matéria prima. Um exemplo besta: usar o copo do requeijão como copo comum após consumir todo requeijão. (É brega, mas pelo menos assim você está ajudando! Eu tenho uma coleção.) A reutilização de resíduos em nossas casas é limitada, mas o número de opções cresce com relação a resíduos industriais e agrícolas. Por exemplo, recipientes de vidro são relativamente fáceis de serem limpos, esterilizados e reutilizados. Uma tonelada de vidro reutilizada várias vezes como frascos produz uma econo- mia equivalente a 117 barris de petróleo. Reutilizar ainda consume menos energia que Reciclar. No caso do copo, nen- huma energia foi gasta para transformá-lo novamente em matéria prima, ele foi apenas usado novamente para outros fins. 4.3. Reciclagem A reciclagem consiste na separação de materiais e na transformação deles em matéria prima para novos produtos. Exemplo: A obtenção do metal alumínio a partir do minério bauxita (Al2O3 . 2H2O) consome grande quantidade de energia elétrica. A reciclagem do alumínio consome 91% menos energia que o processo acima! Além disso reciclagem diminui a quantidade de lixo a ser aterrado, economiza en- ergia, preserva os recursos naturais, diminui a poluição do ar e das águas. Olha o quanto dos nossos recursos naturais podemos economizar com a reci- clagem: “Para obter 1 tonelada de alumínio, utilizam-se quase 4 toneladas de bauxita, que são retiradas do subsolo.” 4 Materiais que podem ser reciclados: A) Metais: Além do alumínio, outros metais são reciclados atual- mente, como ferro (aço), cobre, zinco, chumbo e etc. Os metais usados vão parar no depósito de sucatas onde o ferro é separado dos demais por meio de ímã. Numa fábrica de cobre e latão (Cu + Zn), a maior parte do metal é fabricado por reciclagem. É mais barato reaproveitar o metal do que obtê-lo a partir do minério. Fazendo a reciclagem, não há necessidade de tirar o minério da natureza, o que ajuda a con- servar o meio ambiente. B) Papéis e papelões: O papel para jornal e para embrulho é, geralmente, pro- veniente da reciclagem. Olha esses dados que surpreendentes: Para cada tonelada de papel ou papelão que se recicla, 17 árvores deixam de ser cortadas. Além disso, há uma economia de 60% de água, 60% de energia e uma diminuição de 50% de contaminação do meio ambiente. C) Vidro: Os cacos de vidro são derretidos e, a partir deles, novos objetos são fab- ricados. D) Plásticos: A maioria dos plásticos não é biodegradável, isto é, não se de- compõe sob à ação de micro-organismos. Muitos plásticos não se dissolvem nos solventes comuns, não apodrecem e, quando jogados fora, não se degradam. Portanto, os plásticos devem ser recicla- dos. Além disso, a matéria-prima para a sua fabricação provém do petróleo, que é uma fonte que se está esgotando. THE END! 5