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Resenha O poder da imprensa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO - CAC
SEMESTRE REMOTO 2020.3
CIÊNCIA POLÍTICA
VINÍCIUS MARIANO RIBEIRO
RESENHA CRÍTICA - (O PODER E A IMPRENSA)
O livro utilizado é o “Discurso, notícia e ideologia” de Van Dijk, e o capítulo analisado é o “O poder da imprensa”. O capítulo em questão traz uma análise dos efeitos que os medias, mais especificamente a imprensa, tem sobre o público.
O livro inicia abordando sobre o poder e o traz como a relação entre dois grupos, onde um exerce poder sobre as ações do outro. Então, em seguida, aborda sobre o poder que os medias possuem, que não é um poder físico, mas um poder de controle da mente dos leitores. Entretanto, afirma que o controle esse controle não ocorre de forma total, haja vista que os medias não possuem o poder de aplicar sanções aos indivíduos caso não realizem o que desejam – o contrário acontece com as instituições legais. Por isso, esse poder não é definitivo, pois pode não exercer influencia alguma sobre o receptor.
Ademais, afirma, ainda, que o controle de mente dos medias é mais efetivo quando o individuo não percebe a natureza/intenção do controle. Ainda existe o abuso do poder que pode ocorrer pelos medias, que consiste em noticiar algo tendencioso ou ocultar algo que pode ir contra os seus interesses, logo, esse tipo é ato é visto de forma negativa.
	O poder é ligado ao acesso ao acesso especial a recursos sociais valorizados. Logo, o acesso especial faz com que alguns possuam o controle dos meios de comunicação, o que faz com que participem de forma ativa na atuação desses veículos, ao contrário das pessoas comuns que não possuem acesso ativo nesses meios. No mais, os meios de comunicação dominantes podem, ou não, fazer parte da elite (de modo geral, a elite é grande dominante). Caso não façam parte, ficam dependentes da mídia para exercer o poder. Caso faça parte, acaba exercendo seu poder de dominância não só ao público em geral, mas até a outras instituições da elite. Assim, controlando o discurso que aquele meio venha a produzir. 
O poder se dá pela quantidade de controle que o a instituição pode ter.
 	O livro também aborda sobre a influência de quem domina os meios, visto que pode ou não exercer controle. Mas, essa influência não ocorre totalmente de forma passiva, porque a população pode realizar um contra poder quando anão aceitam algo que lhes é imposto. Algumas formas de contra poder são: rejeição, crítica, entre outros. Ademais, para que possa acontecer algum nível de influência no leitor é necessário a compreensão do leitor para absorção do conteúdo. Essa compreensão pode vir através de um conhecimento gramatical, outras ciências ou de mundo. Por isso, os medias precisam saber como vão aplicar esses conhecimentos para que o leitor possa entender o que foi transmitido. 
 	O controle do conhecimento pode induzir a compreensão do indivíduo, o que, por consequência, influencia nas atitudes. O controle das atitudes pode ser o resultado do controle dos discursos da comunicação de massa, dado que podem pegar uma atitude vista como negativa, para algo ou alguém, e colocar em segundo plano ou ocultar completamente.
Mas, para que isso ocorra, depende das fontes de informação alternativas, das crenças produzidas pelas oposições e de ideologias mais fundamentais. Estas ideologias são definidas como mecanismos básico das cognições socias de um grupo com sistemas de normas e de valores que controlam a coerência e o desenvolvimento de atitudes sociais especificas.
Então, tendo em vista quem domina os veículos comunicativos, as notícias são construídas de forma que hajam de acordo com os interesses de quem a cria, o que, consequentemente, faz com que muitos dos leitores adquiram uma versão tendenciosa sobre as pessoas menos favorecidas. Por isso, acaba sendo de extrema importância que uma mídia alternativa haja trazendo uma nova visão dos fatos para que assim possam pensar sobre um outro viés, não apenas o das pessoas brancas.
Além disso, devido ao fato da forma que a imprensa pinta essas pessoas, a raça, gênero e classe das pessoas se tornam empecilhos sociais, pois acabam sendo vistos como pessoas ruins e causadores de problemas, haja vista como os imigrantes são tratados tanto pela mídia quanto pela sociedade, por exemplo.
	Por fim, por saber que a imprensa é uma peça fundamental na produção conjunta do consenso que sustenta o poder da elite branca, masculina, heterossexual e classe alta, seria de muita importância que houvesse a diversificação das pessoas atuantes nessas mídias, para que assim as minorias possam se sentir representadas, e não silenciadas como é de costume.
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