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BRONQUIECTASIA: INTRODUÇÃO: · Definição: dilatações persistentes das vias aéreas · Prevalência variável · Predomínio em países subdesenvolvidos, mulheres e idosos Causa e condições associadas: · Condições congênitas · Condições adquiridas · Idiopáticas Bronquiectasias fibrocísticas x não fibrocísticas Fisiopatologia: Diagnóstico: · Anamnese: tosse produtiva, dispnéia, hemoptise, infecções respiratórias de repetição · Exame físico: estertores grossos, roncos, baqueteamento digital Tomografia: · Dilatações brônquicas: Sinal do anel de Sinete, Sinal do trilho de trem e brônquios visíveis no espaço de 1 cm da superfície pleural · Espessamento de paredes brônquicas · Impactação mucóide · Atenuação em mosaico Anel: Trem: Obs: aprisionamento de ar: locais mais pretos na tc Investigação: Quadro clínico (tosse produtiva crônica e/ou infecções respiratórias de repetição) + TCAR de tórax com alterações compatíveis Investigação recomendada: IgG, IgM, IgA, IgE total, alfa-1-antitripsina, hemograma. Escarro faz a investigação para micobactérias, fungos e bactérias. Outros: cloro no suor, espermograma Tratamento: Objetivos: reduzir sintomas, melhorar qualidade de vida, interromper progressão e prevenir exacerbações Baseia-se na etiologia (tratamento específico) Para todos: · Vacinação · Evitar exposição ambientais nocivas e tabagismo · Agentes hiperosmolares Direcionados para a causa: aspergilose broncopulmonar alérgica, doenças do colágeno, imunodeficiências, aspiração, discinesia ciliar, fibrose cística, micobacteriose não tuberculosa, obstrução brônquica, DRGE, deficiência de alfa-1-antitripsina, DPOC e asma · Antibiótico inalatórios · Macrolídeos · Tobramicina: 10 mg/kg EV ou 300 mg 2x/dia IN · Broncodilatadores e corticoides inalatórios · Oxigenoterapia domiciliar · Cirurgia · Ventilação não invasiva · Transplante pulmonar Exacerbações: · Piora (sub)aguda e sustentada dos sintomas · Diagnóstico clínico · Tratamento com atb nas doses máximas preconizadas: · Escolha de acordo com culturas e tratamento prévios · Tempo mais prolongado (14 a 21 dias, sendo que 10 dias podem ser considerados em casos leves e que há melhora rápida do quadro) FIBROSE CÍSTICA: Doença do Beijo Salgado Obs: faz disfunção hepática · Doença genética autossômica recessiva · Na Europa/EUA: 1:2500 nascidos vivos 1/20-25 carregadores do gene · No Brasil: 1/7576 nascidos vivos 1/50 carregadores do gene Gene CFTR: · > 2200 mutações identificadas · Mutações mais comum: F508del → 60-90% das mutações mundiais · Codifica a proteína CFTR Proteína CFTR: · “Canal de cloreto” · Presente em todo o corpo · Regulação do transporte iônico na membrana celular · Na fibrose o canal não funciona corretamente, o que seca a secreção e joga água para dentro da células, gerando os sintomas como o muco espesso, tanto do pâncreas, quanto do pulmão, pode acumular no fígado ou no intestino Classes das mutações: dividida em classes: I a VI Quadro clínico: Doença multissistêmica Manifestações respiratórias: · Tosse produtiva · Dispneia · Sibilância · Infecções de repetição · Hemoptise · Podem ter baqueteamento digital Manifestações nasossinusais: · Pansinusite crônica · Polipose nasal · Hipoplasia de seio frontal Manifestações gastrointestinais: · Insuficiência pancreática: dor abdominal, flatulência, esteatorreia, desnutrição, deficiência de vitaminas lipossolúveis · Suficiência pancreática: pancreatite crônica ou recorrente · Outros: íleo meconial, obstipação intestinal, obstrução intestinal (DIOS - síndrome da obstrução intestinal distal) Doença hepatobiliar: · Colestase · Colelitíase · Esteatose hepática · Hepatomegalia · Cirrose biliar secundária Infertilidade masculina · Azoospermia (ausência de espermatozóide no sêmen) obstrutiva Diagnóstico no adulto: Pensar em FC: podem ser mais velhos, não ser magros, não serem baixos, ter doença aparente de um órgão só, ter sintomas atípicos ou tardios 1a etapa: · Triagem neonatal positiva e/ou · História familiar positiva e/ou · Achados clínicos característicos 2a etapa: · Evidência de disfunção da proteína CFTR · Teste do suor: 98% positivo na doença clássica · Identificação de 2 mutações do gene CFTR Tratamento: Manejo da doença pulmonar · Agentes muco ativos: SSH, donase alfa · Fisioterapia respiratória · Azitromicina Manejo da insuficiência pancreática e desnutrição: · Enzimas pancreáticas · Vitaminas lipossolúveis · Suporte nutricional 2010: medicina de precisão na FC Alteração no gene CFTR → alteração na proteína CFTR (aqui entra o tratamento do DEFEITO BÁSICO) → alteração no transporte iônico na membrana celular Obs: pode agir na proteína em alguns casos · Moduladores da CFTR: “mutações específicos”: têm corretores e potencializados para produzir a proteína Tezacaftor + ivacaftor + elexacaftor · Ganho de função pulmonar · Melhora dos sintomas · Ganho de peso · Redução das exacerbações · Redução de internamentos hospitalares · Redução do cloro no suor · Muitos saem do oxigênio e da fila do transplante image8.png image6.png image2.png image1.png image7.png image4.png image3.png image5.png