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INDICADORES: O QUE SÃO São um conjunto de informações que interpretadas de maneira correta poderá auxiliar nas análises de determinados cenários. Eles fornecem às organizações e aos gestores as condições técnicas para tomar decisões de forma clara e objetiva, evitando assim as decisões por sentimentos ou impulsos. • OS INDICADORES PODEM SER APRESENTADOS EM GRÁFICOS OU TABELAS. INDICADORES: ORIGEM Os indicadores surgiram com o o propósito de melhorar processos fabris. Posteriormente foram usados para auxiliar nas tomadas de decisões financeiras em escala global, neste momento foram criados os indicadores econômicos, utilizados por todo o mundo para medirem as riquezas geradas pelos países, indicador este conhecido como Produto Interno Bruto (PIB). Na sequência, foram criados os indicadores sociais. Além de serem usados de forma global, são adotados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para apoiar a assistência que os países mais abastados podem oferecer aos menos abastados. Deste ponto em diante os indicadores ganharam espaço e atualmente são utilizados em todo tipo de organização (pública ou privada), com o objetivo de melhorar seus resultados. INDICADORES: TIPOS A seguir, conheça a utilidade de mais alguns tipos de indicadores. • Indicadores de desempenho individual: Auxiliam os colaboradores, bem como os gestores das organizações, a identificar seus pontos de melhorias para que se possa otimizar seu campo de atuação e ampliar seu aprendizado, o que pode ser convertido em melhores resultados para a organização, mas que também fará com que o colaborador tenha um currículo mais rico de qualificação e potencializado para crescimento, dentro ou fora da organização. • Indicadores corporativos ou organizacionais: Têm por objetivo mitigar as oportunidades que a empresa tem frente ao mercado em que atua, buscando claramente ampliar sua oferta de serviço e/ou produto, consequentemente estes indicadores podem levar a organização a aumentar seu lucro e sua rentabilidade, lembrando que se tratando de entidade governamental o objetivo é ofertar melhores serviços aos cidadãos, mas as entidades privadas buscam sempre gerar lucros e crescer, logo os indicadores potencializam este objetivo privado. • Indicadores departamentais: Estão diretamente ligados aos resultados que cada departamento deve entregar à sua organização. • Indicadores de Recursos Humanos (RH): Têm o objetivo de subsidiar a organização e o departamento na melhor maneira de gerir e recrutar colaboradores. • Indicadores comerciais: Têm como objetivo buscar oportunidades de aumentar a capacidade de venda da organização, assim como ver no departamento se existem produtos ou serviços que estão com melhores penetrações e mercado para conseguir identificar o que pode ser melhorado na oferta dos produtos cujas vendas não sejam tão representativas no faturamento da organização. APRESENTAÇÃO Uma empresa de varejo com diversas lojas espalhadas pelo Brasil, com foco nas vendas na linha branca de eletrodomésticos (refrigerador, freezer, lava-roupas, entre outros), identificou que em determinada região do país sua principal concorrente está tomando 5% do seu volume de venda mês a mês, este fato vem ocorrendo há seis meses. O gerente comercial fez um levantamento dos seus indicadores e conseguiu verificar que: • As quedas são em uma linha específica de produto (lava-roupas). • Esse produto teve uma mudança de fornecedor há oito meses e seu valor para este produto teve uma elevação em relação aos preços praticados anteriormente a esta negociação. • Foi trocada a empresa de transporte a nível nacional buscando melhorar os custos logísticos, porém na região em questão, o custo se elevou devido à nova prestadora de serviços não possuir base localmente, tendo que deslocar as cargas de outras cidades até a região. Em seguida, o gerente comercial chamou o gerente do departamento de compras e o gerente de logística, e apresentou para eles os números obtidos nos indicadores e pediu para juntos pensarem como poderiam melhorar as vendas, sabendo que existem algumas oportunidades, no lado comercial, de compras e de logística. ATENÇÃO : Uma das soluções não envolverá a diretoria da empresa, já as demais alternativas precisarão envolver a diretoria em razão de possíveis perdas de receitas unitárias. Você precisa analisar as oportunidades existentes e oferecer a melhor alternativa, lembrando que neste cenário não existe uma alternativa certa e outra errada, você precisa indicar qual caminho entende ser o melhor a adotar, por qual razão esta seria sua opção e se ela gera impactos, é necessário explicitar quais são estes impactos, sabendo que podem ser positivos ou negativos. • Lembre-se: O objetivo primordial ilustrado neste exercício é recuperar o volume de vendas, não está sendo considerada a necessidade de ampliar a margem do ticket médio, foque a atenção na estratégia para retomada das vendas. • Reflita: Neste momento você tem a oportunidade de exercitar sua compreensão do tema "indicadores", assim como poderá exercitar sua capacidade analítica e de raciocínio lógico. Mergulhe neste exercício e reflita como você gostaria de agir se você fosse o dono desta empresa. RESOLUÇÃO Para a resolução desse exercício, temos algumas alternativas. Dicorreremos sobre elas a seguir, lembrando que não existe certo ou errado, e sim o que é o melhor para nossa operação. • Negociação com o fornecedor (compras) A primeira alternativa seria o departamento de compras chamar o fornecedor para uma nova rodada de negociações e demonstrar que a empresa está perdendo vendas e consequentemente reduzirá seu volume de encomendas com este fornecedor, assim, as margens que o fornecedor tem com a empresa tenderão a se reduzir e isto poderá levar a empresa a buscar outro fornecedor para conseguir retomar sua fatia do mercado. • Negociação com a transportadora (logística) O departamento de logística pode chamar a prestadora de serviços para uma rodada de negociação buscando melhorar o custo logístico na região, talvez trabalhando conjuntamente para colocarem um centro de distribuição mais próximo, gerando uma elevação de custo em um primeiro momento, mas a longo prazo este custo seria coberto pelo aumento das vendas, contudo por envolver investimentos, este cenário deveria ser levado para a diretoria e conselho administrativo para que tomem a decisão de realizar o investimento e aguardar a recuperação deste investimento. • Redução do ticket médio do produto (comercial) O gerente comercial pode propor que seja reduzido o ticket médio do produto para a região realizando uma campanha de descontos especificamente para esta região, neste caso também se faz necessário envolver a diretoria, pois ela precisará dar o aceite na perda de receita unitária, a qual pode levar ao aumento no volume de vendas e compensar a perda individual. Mesmo havendo um contra balanceamento de ganho versus volume, a decisão deve ser da diretoria. Todas essa opções podem trazer o resultado esperado se aplicadas sozinhas, mas os gerentes podem entender ainda que o esforço de todas estas ações pode ser ainda mais efetivo, uma vez que a negociação de compras para reduzir o valor de compra pode cobrir o custo de perda no ticket médio, somado com o trabalho de logística no longo prazo, a empresa pode estar oferecendo o mesmo produto com um valor menor e com um ticket médio maior. Os indicadores podem e vão te auxiliar no dia a dia como gestor, saber o que está acontecendo no seu departamento e na sua empresa é fundamental para que se tenha sucesso. Lembre-se de que “o que não pode ser medido não pode ser gerenciado” (DRUCKER, 1967). EXEMPLOS: Nos gráficos a seguir, vemos uma variação no faturamento e a segregação por produto, nestes temos uma evolução do faturamento de um ano para o outro com um produto se destacando com 83% de representatividade. Esses dados balizam as decisõesdos gestores das áreas e da empresa. INDICADORES: Os indicadores são excelentes ferramentas para a gestão de qualquer negócio, no entanto, se não forem construídos com os propósitos adequados e com as interpretações corretas, eles perdem a razão de existir; e uma interpretação errada, ou uma alimentação de dados incorreta, pode levar o gestor, e até a organização, a tomar decisões equivocadas e às vezes com impactos negativos duradouros, então entenda os recursos a seu alcance para ser efetivo. MISÃO, VISÃO E VALOR Compreendidos os cuidados necessários, vamos relembrar alguns pontos importantes da concepção dos indicadores. Primeiramente, é necessário conhecer a Missão, a Visão e o Valor da organização, pois, uma vez que se conhece essas definições importantes para o negócio, é possível elaborar indicadores que não conflitarão com as diretrizes da organização. Endenda mais a seguir: • A Missão da organização e os indicadores • Levando em consideração que a Missão é aonde a organização deseja chegar, pode-se dizer que um indicador que tenha objetivos diferentes dos dela poderá impactar negativamente a organização. • A Visão da organização e os indicadores • Como a Visão diz respeito ao que a organização está disposta a fazer para alcançar sua Missão, saber para onde caminha e como caminha a organização é necessário para alcançar o objetivo do indicador sem gerar conflitos com essas diretrizes. • O Valor da organização e os indicadores • O Valor são as crenças da organização, as quais devem ser conhecidas e respeitadas para que se possa chegar ao objetivo com o indicador. Pode ser que a Missão e a Visão mudem ao longo do tempo, mas no caso do Valor é pouco provável haver qualquer mudança, pois ele está diretamente ligado a conceitos éticos, morais e culturais, que são preceitos praticamente imutáveis. Portanto, é imprescindível que você conheça as definições de cada uma dessas diretrizes para obter sucesso na construção do seu indicador. FERRAMENTAS: Para se obter as informações que serão usadas no seu indicador, podem ser utilizadas planilhas eletrônicas, banco de dados e SGBD. Lembre-se de que a coleta dos dados precisa respeitar regras organizacionais relacionadas a custos, afinal algumas dessas ferramentas são pagas e outras não; então, precisamos definir o recurso que será usado e, a partir disso, começar a construção da base de dados e a modelagem do indicador. IMPORTANTE: Informações divergentes podem comprometer seu indicador. Portanto, crie processos de acompanhamento de geração dos dados e, se necessário, aplique melhorias neles. PDCA Uma ferramenta voltada para a melhoria continua é o PDCA, que pode ser aplicado a praticamente qualquer processo ou rotina existente. Para isso é necessário conhecer o processo ou rotina em detalhes, bem como o resultado desejado; uma vez tendo o conhecimento, é necessário aplicar o conceito “Planejar”, “Executar”, “Verificar” e “Agir”. A utilização dessa ferramenta pode assegurar uma maior efetividade nos processos. • Plan (planejar): nesta etapa é feita toda a concepção do processo, são definidas metas, objetivos e potenciais ofensores. • Do (executar): nesta etapa é feita a implementação daquilo que foi planejado. • Check (verificar): nesta etapa faz-se a verificação da execução realizada anteriormente. Aqui deve ser verificado se o que foi desenhado na etapa de planejamento está sendo executado a contento. • Act (Agir): nesta etapa são feitas as correções nas divergências entre o planejado e o executado. ESTUDO DE CASO Uma empresa tem observado que sua receita liquida, aquela remanescente após a liquidação das despesas, está sofrendo quedas mês a mês. Seu gerente financeiro verificou que as despesas se mantiveram inalteradas ao longo dos últimos 12 meses, no entanto, no planejamento financeiro, foi identificada uma despesa não definida, enquadrada em “Despesas Diversas”, que apresenta registros crescentes todos os meses. Assim, o gerente financeiro propôs um indicador de mensuração das despesas sem registro no plano de contas, assim, toda vez que uma despesa for apresentada para lançamento como “Despesas Diversas”, ela deve ser lançada em sua base do indicador, informando: data, valor, razão da despesa e nome do solicitante. No primeiro mês, o gerente observou que, mesmo com essa solução, ele ainda teve valores lançados como “Despesas Diversas” que não entraram em seu indicador. Ele então aplicou o conceito do PDCA e desenhou um plano de gerenciamento desses lançamentos a partir do qual criou a figura do revisor das despesas. Dessa forma, sempre que fosse solicitado um pagamento sem o devido registro, o subgerente do departamento deveria conferir se o lançamento se encontrava na base do indicador e, após essa conferência, a despesa deveria ser liberada para pagamento. Mais uma vez o gerente observou que, apesar de haver uma queda na divergência, ainda havia informações não registradas. Visto que os esforços aplicados não surtiram o efeito esperado, o gerente financeiro solicitou ao time de planejamento que o ajudasse no rastreamento do ponto onde o lançamento estava falhando, pois poderia haver a possiblidade de existir alguma pessoa sabotando seu indicador por precisar esconder algo. Imagine que você é o responsável pelo departamento de planejamento. Como você pode ajudar o gerente financeiro a identificar o ponto falho? • Reflita: Quais ações você tomaria a fim de identificar a falha no processo do departamento financeiro? Leve em consideração que você tem autonomia para recorrer a pessoas dos departamentos de TI, financeiro, segurança, contas a pagar, compras e compliance. Apesar da autonomia que possui, será necessário respeitar o valor da organização, que preza pelo sigilo e pela confidencialidade. RESOLUÇÃO Para solucionar esse estudo de caso, é possível adotar as seguintes ações: • Restringir o lançamento das despesas: Nesse o caso, temos a oportunidade de realizar ações junto ao time de TI, o que nos dá a chance de colocar restrições nos lançamentos das despesas sem um plano de contas adequado; assim, todos os lançamentos que necessitassem ser realizados como Despesas Diversas ficariam restritos a uma ou a, no máximo, duas pessoas. • Criar registro de log no sistema: Como segurança complementar, poderia ser criado um registro de log no sistema para informar todos os lançamentos, mapeando os dados de usuário e tipo de despesa, com valor, data e demais dados de lançamento. Dessa forma, mesmo que um dos dois únicos usuários não reconheça os lançamentos, a área de TI poderia recorrer ao log do sistema. • Restringir cheques e transferências: Outro passo a ser adotado é restringir a uma só pessoa as tarefas de liberação de cheques e de realização de transferências e estabelecer que essa pessoa efetue os lançamentos de tipo da despesa, valor e solicitante, além da forma de pagamento. Assim, é possível criar mais um ponto de checagem. É importante que, nesse caso, não seja a mesma pessoa que lança a despesa no controle, o que evitará o vício no controle. • Definir responsabilidades ao gerente financeiro: Por questão de otimização do processo, pode-se definir o gerente financeiro como o responsável para liberar os cheques e transferências, já que ele é a parte mais interessada nesse processo. Além dessas definições, poderia ser parte da rotina do gerente financeiro inspecionar os lançamentos diariamente, para haver mais efetividade na identificação em razão de haver um volume menor de divergências a serem analisadas. • Criar uma rotina de banco de dados: Outro elemento de segurança que pode ser sugerido é o time de TI criar uma rotina no banco de dados para enviar um e-mail ao gerente financeiro com as informações de lançamento sempre que um lançamento de Despesas Diversas for realizado no sistema e gravado no banco de dados. • Conversar com o time financeiro: Após a implantação dos recursos mencionados,o time financeiro poderia ser convocado para que fossem informados quanto à necessidade de identificar de onde estão vindo essas despesas e quanto à necessidade de ajuda de todos para localização do ponto de falha. Contudo, seria prudente não falar dos controles criados, apenas das definições dos papéis das pessoas que liberariam os meios de pagamentos e aprovariam as despesas, de forma que, se houver alguma ação irregular por parte do time financeiro, o colaborador não ficará acuado. Para todos os efeitos, o processo seria centralizado nas pessoas, mas não seria alterado como um todo. Finalmente, a conversa com o financeiro deveria ser levada para o entendimento da falha sistêmica, pois, assim, a pessoa, se fosse o caso, não se esconderia. Nesta unidade, aprendemos sobre: • A relação da Missão, Visão e Valor da empresa com indicadores. • Ferramentas que possibilitam a coleta de dados. • A utilidade do ciclo PDCA na revisão de processos. Incentivamos que você busque cada vez mais conhecimentos nas temáticas tratadas para se preparar profissionalmente. DASHBOARDS Um indicador que traga informações de fácil compreensão e que demonstre impactos reais e significativos para o negócio, combinado com um layout eficiente, tem maior capacidade de atingir os seus objetivos traçados. Portanto, a construção de dashboards é um recurso fundamental para que o indicador transmita seu objetivo e faça com que os stakeholders se sintam interessados nos resultados desejados. A seguir, observe um exemplo de como pode ser feita uma boa apresentação dos indicadores. EXEMPLO DE LAYOUT: DASHBOARD OPERACIONAL GRÁFICOS E TABELAS A apresentação de indicadores pode se pautar em gráficos e tabelas. As tabelas podem ser apoiadas no recurso de tabela dinâmica e estas podem estar interligadas aos gráficos com a possibilidade de interações por meio de segmentações de dados. Além disso, indicadores distintos podem ser trabalhados de forma combinada e desta forma embasar as tomadas de decisões. FONTES DOS DADOS As bases de dados que deseja acessar para seu indicador podem estar em locais distintos e seus acessos podem ser feitos por meio dos tipos de redes existentes como intranet, extranet e internet. No caso da internet, podem ser usadas não só as bases de dados como também tabelas disponibilizadas em sites. Saiba mais: Diante da existência dos dados externos, é necessário entender o conceito de conectividade. Para se estar conectado não basta estar em um ambiente tecnológico, a conectividade é a capacidade de se conectar com outras pessoas ou outros meios, sejam estes físicos ou digitais, então a relação entre pessoas que compõem uma rede é uma forma de conectividade sua com outros meios e outras organizações. FEEDBACKS Tão importante quanto conhecer a fundo seu indicador e seus números é importante ouvir e dar valor aos feedbacks recebidos, trata-se da oportunidade que você tem de ver seu trabalho por outros olhos e que muitas vezes vão trazer informações inicialmente não vistas ou mesmo não valorizadas por você em razão do seu ângulo de visão. Lembre-se: A soma de esforços com um mesmo propósito pode levar seu trabalho à excelência, então estar aberto aos feedbacks é uma demonstração de maturidade profissional e capacidade de repensar suas percepções e convicções. Um gestor que tem a maturidade de reavaliar seu trabalho sob a ótica de outrem não é um gestor sem propósito, mas sim um gestor com visão colaborativa, afinal, os feedbacks podem servir para seu crescimento próprio, bem como para outros que estejam envolvidos no processo de construção do indicador. Dessa forma a construção de todo indicador envolverá pessoas diversas, passando pela entrada, manutenção, gestão do dado ou da informação e por você na aferição dos dados e da confecção do indicador. Em resumo, os feedbacks podem permear toda a cadeia de gestão da informação, então aceite e considere os feedbacks. [Leve em consideração o] feedback em si, como vistas ao desenvolvimento e não como sendo um "julgamento final". Pense que o foco é aprimoramento para uso no presente e futuro. É necessário compreender que feedback é uma ótima ferramenta, porém faz parte de um olhar a partir de uma percepção, ou da soma de várias percepções. (RIZZI, 2020, p. 7) Como tirar o melhor do feedback e usá-lo a seu favor? Para atingir esse objetivo leve em consideração estes passos: 1. APRESENTAÇÃO: Apresente uma ideia ou conceito 2. RECEPÇÃO: Receba os feedbacks; analise os feedbacks; pondere os feedbacks. 3. APRIMORAMENTO: Ressignifique os feedbacks; transforme-os em ações; apresente novas ideias ou conceitos. INTRODUÇÃO Chegou a hora de colocar em prática o que aprendemos. Baseado no que foi estudado e em suas percepções pessoais, você deverá analisar o cenário apresentado e propor a solução, lembrando que todo problema pode ter mais de uma possibilidade de solução, o foco deve estar no resultado desejado. Nesse exercício, você precisará usar ferramentas tecnológicas, recursos de relacionamento e/ou raciocínio lógico. Vamos lá? APRESENTAÇÃO Em uma apresentação de indicador, sua dashboard apresenta informações desatualizadas. Você acredita que seus dados estão atualizados, mas não tem certeza, pois um de seus colaboradores foi quem atualizou a base do seu notebook. Durante sua apresentação, o gerente de TI está presente e lhe informa que está acessando a base de dados e percebeu que seus números estão desatualizados. Você por sua vez se vê constrangido, o que é natural, mas acaba por solicitar ao gerente de TI se ele pode lhe disponibilizar as informações atualizadas para serem ajustadas em sua apresentação. Com o “de acordo” do gerente de TI, você solicita uma pequena pausa aos telespectadores da sua apresentação para que os dados sejam atualizados e as informações possam estar coerentes com o cenário atual da organização. Após os ajustes a sua apresentação é retomada, os números são demonstrados e despertam entusiasmo dos principais interessados de tal forma que estes decidem que o trabalho precisa ser aprofundado e aprimorado, dando-lhe maior autonomia e autoridade para a construção das próximas apresentações. Apesar dos elogios, um dos participantes passa um feedback para que você evite ter situações como a que ocorreu nesta reunião, foi necessário bloquear a agenda da diretoria por mais tempo, em razão da não checagem dos dados anteriormente. Diante deste feedback você precisa tomar ações efetivas que evitem que o problema volte a ocorrer. Pense e apresente a solução mais adequada pela sua ótica. Lembre-se Você poderá usar os recursos tecnológicos e interpessoais à sua disposição, neste caso você pode recorrer às pessoas presentes na reunião para lhe apoiar na resolução do problema vivenciado. RESOLUÇÃO Como já falamos os feedbacks devem ser levados em consideração para permitir que melhorias sejam implementadas no seu processo e material apresentado. Diante disso, as seguintes ações podem ser adotadas para evitar que o problema relatado volte a ocorrer: • Criação de conexão direta à base de dados: Temos uma boa oportunidade de tentar criar uma conexão direta à base de dados, da mesma forma que o gerente de TI fez durante a reunião, assim há a garantia de que, toda vez que os dados forem apresentados, a informação em tela será a mais atualizada possível. O fato de a apresentação estar conectada diretamente à base de produção é um passo essencial para evitar que os dados sejam levados desatualizados para a reunião. • Atualização da base local periodicamente: Deve ser feito um trabalho de contingenciamento com uma redundância no meio da conexão da apresentação com o servidor. Então, o departamento de TI pode criar uma rotina que atualize sua base local periodicamente, se possível diariamente, com este recurso, se o servidor ficar indisponível durante a apresentação é possível fazero apontamento da apresentação para uma base local que terá informações de pelo menos um dia de atraso ou mesmo alguns poucos minutos, dependendo da rotina criada. • Criação de rotinas de double check: É necessário que sejam criadas rotinas de double check, ou seja, rotina de dupla checagem. A rotina automatizada criada pela TI deve disparar e-mails para o gerente de TI e para você, dando retorno de conclusão ou erro na atualização da sua base, você por sua vez deve observar os e-mails e por recurso de segurança fazer uma checagem manual sempre que entender necessário, desta forma há a garantia de que problemas relacionados à base de dados não chegarão à reunião de apresentação. Por fim, estas ações devem ser apresentadas na próxima reunião como uma melhoria feita no trabalho, considerando o feedback recebido sobre o inconveniente que ocorreu na reunião anterior. Isso demostra maturidade para lidar com os problemas e receber os feedbacks. Você não deve se alongar nesse assunto, mas é válido citar que, além da conexão direta ao banco de dados, também foram implantadas ações de contingenciamentos e que em razão disso os números apresentados na nova reunião retratam o momento atual da organização sem delays, ou sem atrasos. SÍNTESE CONCEITUAL Nesta unidade, aprendemos que: • Os dashboards são fundamentais para apresentarmos um conjunto de indicadores complementares e que podem apoiar nas tomadas de decisões. • As bases de dados dos indicadores podem ter origens variadas e podem ser acessadas por meio da intranet, extranet e internet. • O trabalho com indicadores pode exigir a utilização de meios tecnológicos, além da conexão interpessoal. • É importante saber receber e absorver os feedbacks da melhor forma possível e poder fazer deles um impuldo para seu aperfeiçoamento. INDICADORES: INDIVIDUAIS E INSTITUCIONAIS Vimos, ao longo desta disciplina, como uma empresa deve escolher, para melhor atender às suas necessidades, os indicadores de desempenho individual e institucional. Esse processo de definição e seleção de indicadores começa pelo Planejamento Estratégico da empresa: nele, serão identificadas quais são as metas e objetivos para os próximos 3 a 5 anos. Além disso, apresentará a base temporal necessária para esses indicadores, isto é, seus prazos e periodicidade. Com essas informações será possível filtrar, dentre as milhares de opções de indicadores, quais são os mais adequados para as necessidades, ou seja, quais serão os indicadores que proverão a gestão de informações e parâmetros de desempenho fundamentais no acompanhamento e promoção do alcance dessas metas e objetivos. Uma empresa que deseje, por exemplo, ampliar suas vendas ou reforçar seu posicionamento de mercado, buscará indicadores focados em desempenho comercial individual e institucional que meçam o relacionamento dela com os clientes ou a eficiência de seus vendedores. Da mesma maneira, se uma empresa depende muito da qualidade de sua mão de obra para dar conta de seus processos complexos, ela buscará indicadores de desempenho humano e de processos que meçam a retenção de talentos, assiduidade da mão de obra e eficácia de seus processos internos. Após coletados esses primeiros dados, alguns indicadores serão definidos como Chave, a referência que deve ser melhorada ao longo do prazo: quanto mais sensível ou disponível for esse indicador e os dados que o alimentam, menor pode ser a periodicidade de coleta e análise. Deve-se atentar para que essa periodicidade não seja muito curta ou longa, o que poderia gerar erros de análise. AO LONGO DA COLETA DE DADOS E INDICADORES, É PRECISO COMPILAR ESSAS INFORMAÇÕES EM UMA TABELA PARA QUE POSSAM SER ANALISADAS; DEVE-SE REALIZAR OS CÁLCULOS DE EVOLUÇÃO, RELAÇÃO E ACUMULAÇÃO QUE POSSAM SER FEITOS E, POR FIM, RESUMIR VISUALMENTE, POR EXEMPLO, EM UM GRÁFICO DE BARRAS, COLUNAS, LINHAS OU PIZZA, OU AINDA UMA COMBINAÇÃO DESTES, DEPENDENDO DOS TIPOS DE INDICADORES. Com o uso de indicadores na gestão e no planejamento, a empresa terá um acompanhamento mais detalhado e pautado em números para embasar suas decisões, fazer comparações com o mercado e concorrentes, delimitar novas oportunidades de melhoria e aprimoramento, estabelecer novas metas e objetivos para a empresa e seus funcionários, elaborar melhores planos de remuneração e fundamentar novos investimentos, tendo segurança quantitativa nessas decisões. O processo de gestão por indicadores não é estático, não se deve se acomodar diante de um pequeno grupo fácil de indicadores que apenas mostrem aquilo que se quer ver. Os indicadores sempre devem ser revisados e melhorados, desde sua definição e acompanhamento, análise e cobrança, além da prestação de contas. O acompanhamento e a obtenção dos indicadores deve começar pela alta gestão e seguir até os colaboradores, somente assim aqueles se traduzirão em ganho de eficiência e eficácia para a empresa, ou seja, indicadores individuais puxando resultados positivos nos indicadores institucionais. APRESENTAÇÃO Uma concessionária de veículos decidiu aderir ao modelo de gestão por indicadores, porém, sem o devido conhecimento, a direção da empresa apenas adotou metas de vendas mensais e calculou o indicador de lucratividade, passando a focar toda a gestão da empresa no aumento dessa métrica. A cada mês que se passava, o diretor queria uma lucratividade maior do que a do mês anterior e, para isso, passou a aumentar as metas de vendas de seus colaboradores de maneira indiscriminada. Logicamente, não levou muito tempo para essa estratégia falhar e levar à demissão de diversos vendedores insatisfeitos e de outros por não cumprirem as metas, resultando na redução da lucratividade. Não satisfeitos ainda, a direção tentou uma última manobra e investiu em propaganda e promoções para aumentar suas vendas, fato que ocorreu, mas não se traduziu num aumento da lucratividade. Por fim, reconheceram que precisavam de ajuda profissional e contrataram uma consultoria especializada em gestão por indicadores, sendo você um dos integrantes deste projeto. Ao longo de três meses, a consultoria fez diversas análises do cenário e do planejamento estratégico da empresa, redefiniu os indicadores de desempenho e os indicadores-chave. Ao longo de 12 meses, acompanharam mensalmente alguns e trimestralmente outros, e no final do ano, verificaram o resultado acumulado. • Com foco em pré e pós-venda, a empresa conseguiu aumentar sua lucratividade, além de estabelecer treinamentos para os vendedores e metas de vendas praticáveis. • Como foi um case de sucesso, você irá descrever em um relatório as estratégias adotadas, desde a análise do cenário até a definição dos melhores indicadores. REFLITA • Como analisar o cenário atual e definir estratégias? • Qual solução lhe parece ser adequada? RESOLUÇÃO A definição dos indicadores de desempenho mais adequados para a empresa é determinada pelo Planejamento Estratégico, é nele que estão os objetivos e metas da empresa para os próximos 3 a 5 anos. Essa definição também vai influenciar a periodicidade e o prazo dos indicadores. Com base nessas metas e objetivos é possível saber quais indicadores são fundamentais para a empresa, quais devem ser monitorados e melhorados, quantos precisam ser analisados e de quais tipos. Além disso, essa análise pode ser complementada e aprimorada ao se analisar o cenário econômico em que a empresa está inserida, como seus concorrentes, perfil dos clientes, estimativas de demanda e qualidade da sua mão de obra. Foi exatamente isso que a consultoria fez: Primeiramente, analisou a sazonalidade do mercado local de veículos. Em seguida, calculou o CAC, comparando o valor gasto com as propagandas e a quantidade de novos clientes. Também calculou o CLV, dando uma nova perspectiva para a direção, mostrando o quanto o pós-venda rendia para a concessionária e que a manutenção dos clientes era tão importante quantoa captação de novos clientes. Por fim, com indicadores de ticket médio e tempo médio para fechamento de vendas, monitorou a eficiência e eficácia dos vendedores, e com o NPS dos clientes, mediante pesquisas de satisfação, pôde monitorar a eficiência do pós-venda de sua equipe. Como o objetivo da empresa sempre foi aumentar sua lucratividade, com base no plano estratégico e numa análise objetiva do cenário econômico, a consultoria estabeleceu, junto com a direção, uma meta plausível de lucratividade-alvo para ser alcançada em três anos e estabeleceu o indicador de lucratividade como o indicador-chave. Como o setor sofre muitas variações de demanda, o que foi observado nos primeiros meses de coleta de dados, e com base na análise de dados passados, estabeleceu-se a periodicidade trimestral para o indicador-chave e uma revisão do acumulado anual. Portanto, a meta foi dividida em 3 anos e subdividida em 12 trimestres. A combinação desses vários tipos de indicadores, comercial, humano e financeiro, permitiu à empresa acompanhar o desempenho de seus vendedores, o valor de cada cliente, o custo de cada novo cliente e o quanto cada cliente agrega de lucro. Ao longo dos trimestres seguintes, a empresa focou em manter os talentos que entregaram vendas mais rápido, mas que também tenham feito um bom serviço de pós- venda (com o auxílio do NPS), mantendo os clientes com a empresa por mais tempo. Essa combinação permitiu à empresa reduzir custos com propagandas e aumentar a lucratividade gradativamente.