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408 TOY, SIMPSON & TINTNER isso a maioria dos especialistas usa os neurolépticos atípicos, como a risperidona para farmacoterapia de primeira linha, porque eles têm uma menor incidência de disci- nesia tardia, assim como apresentam menos sedação. Além dos bloqueadores do re- ceptor da dopamina, o depletor da dopamina, tetrabenazina, é eficaz no tratamento dos tiques. Infelizmente, embora disponível nos Estados Unidos, o medicamento é muito caro e aprovado apenas para o tratamento da coreia relacionada à doença de Huntington. Outros agentes como os agonistas dos receptores alfa-2-adrenérgicos melhoram os tiques e os sintomas de TDAH. A segunda linha de tratamento para tiques inclui o clonazepam, a naltrexona e até mesmo injeções com toxina botulínica para o tique específico, bem definido. Injeções de toxina botulínica também são be- néficas para o tratamento de tiques fônicos, incluindo a coprolalia (Jankovic, 1994). Infelizmente, o benefício de uma injeção dura, em média, três a quatro meses e, en- tão, o paciente precisa receber nova injeção. A toxina botulínica não é um tratamento aprovados para os tiques, o que limita sua utilização. O número crescente de relatos de casos e estudos indica que a estimulação ce- rebral profunda (DBS) pode ser um tratamento eficaz para pacientes com tiques graves, incapacitantes ou socialmente inaceitáveis. No entanto, até o momento não existem estudos randomizados confirmando esses resultados, e a DBS atualmente não está aprovada para o tratamento de TS. A DBS recebeu uma aprovação HED para o tratamento de TOC resistente a fármacos em fevereiro de 2009. Muitas vezes os tiques não representam uma grande preocupação para o pa- ciente, e sim os sintomas comportamentais que não respondem a uma abordagem conservadora de modificação comportamental e ajustes na sala de aula, que reque- rem tratamento farmacológico. Os agentes mais eficazes para o tratamento de TDAH são estimulantes, como o metilfenidato, a dextroanfetamina, a permolina e muitos outros. O problema é que, de acordo com alguns relatos, os estimulantes do sistema nervoso central (SNC) podem exacerbar ou precipitar tiques em até 25% dos pacien- tes (Robertson, 1992). Se for o caso, os agonistas alfa 2 e os antidepressivos tricíclicos podem ser usados no lugar dos estimulantes. No entanto, o transtorno obsessivo- -compulsivo responde bem à combinação de psicoterapia cognitivo-comportamen- tal e inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), incluindo a fluoxetina e a sertralina (Hensiek e Trimble, 2002). Nesse caso, a criança e os pais foram informados sobre o diagnóstico, mas op- taram por não iniciar a farmacoterapia. Os professores do paciente também foram informados e modificaram o ambiente em sala de aula. O paciente melhorou seu ren- Toy - Neurologia.indd 408 21/8/2013 15:20:57