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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AP3 – CÁLCULO IV – 2018-1 Questão 1 [2,0 pts] Calcule a integral dupla ∫∫ D f (x, y) dx dy para a função f (x, y) = ex2 sobre a região D descrita pelas desigualdades 0 ≤ y ≤ 1 e 3y ≤ x ≤ 3. x y D 3 1 (3, 1) x=3y⇒y= x 3 Fig. 1: Região D. Solução: O esboço da região D é mostrado na Figura 1. Observemos que a ordem de integração dx dy não é ade- quada pois a integral ∫ ex2 dx não pode ser calculada por métodos conhecidos no cálculo integral. Portanto, devemos descrever D como uma região do tipo I: D : 0 ≤ x ≤ 3, 0 ≤ y ≤ x 3 . Usando o teorema de Fubini, temos:∫∫ D ex2 dx dy = ∫ 3 0 ∫ x/3 0 ex2 dy dx = ∫ 3 0 ex2 x 3 dx. Com a substituição u = x2, temos du = 2x dx, donde x dx = du 2 . Para x = 0, temos u = 0 e para x = 3, temos u = 9. Assim,∫ 3 0 ex2 x 3 dx = 1 3 ∫ 9 0 eu du 2 = 1 6 ∫ 9 0 eu du = 1 6 [ eu ]9 0 = 1 6 (e9 − e0) = 1 6 (e9 − 1) e, portanto, ∫∫ D ex2 dx dy = 1 6 (e9 − 1). x y D 21−2 −1 Fig. 2: Região D e fronteira C. Questão 2 [2,0 pts] Calcule ∮ C −y3 dx + x3 dy, onde C é a fronteira da região semianular D contida no semiplano superior entre as cir- cunferências x2 + y2 = 1 e x2 + y2 = 4, orientada no sentido anti-horário conforme a figura ao lado. Solução: Como o campo ~F = (P,Q) = (−y3, x3) é de classe C1 em R2 e C = ∂D está orientada positivamente, então podemos aplicar o teorema de Green. Temos, então:� C −y3 dx + x3 dy = ∫∫ D ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dx dy = ∫∫ D (3x2 + 3y2) dx dy = 3 ∫∫ D (x2 + y2) dx dy. Consideremos a transformação em coordenadas polares x = r cos θ, y = r sen θ. Então (x2 + y2) dx dy = r2 · r dr dθ = r3 dr dθ. Note que a região D foi transformada na região Drθ : 1 ≤ r ≤ 2, 0 ≤ θ ≤ π no plano rθ. Cálculo IV AP3 2 Assim, 3 ∫∫ D (x2 + y2) dx dy = 3 ∫∫ Drθ r3 dr dθ = 3 ∫ 2 1 r3 ∫ π 0 dθ dr = 3π [ r4 4 ]2 1 = 3π 4 (16 − 1) = 45π 4 . Quer dizer, � C −y3 dx + x3 dy = 45π 4 . Questão 3 [2,0 pts] Mostre que o campo vetorial ~F(x, y) = x(x2+y2)~ı +y(x2+y2)~ é conservativo e determine uma função potencial desse campo. Solução: O campo ~F é de classe C1 no conjunto simplesmente conexo R2. Como P = x(x2 + y2) = x3 + xy2 e Q = y(x2 + y2) = x2y + y3, temos que: ∂Q ∂x = 2xy e ∂P ∂y = 2xy. Assim, ∂Q ∂x − ∂P ∂y = 0. Pelo teorema das equivalências, segue que ~F é conservativo. Uma função potencial de ~F é encontrada resolvendo o sistema de equações diferenciais: ∂ϕ ∂x = P ∂ϕ ∂y = Q ou ∂ϕ ∂x = x3 + xy2 (1) ∂ϕ ∂y = x2y + y3 (2) De (1), temos ϕ(x, y) = x4 4 + x2 2 y2 + f (y) (3) onde f (y) só depende de y. De (2) e (3), temos x2y + f ′(y) = x2y + y3, ou f ′(y) = y3, donde f (y) = y4 4 +C onde C é uma constante. Logo, encontramos a faḿılia de funções potenciais: ϕ(x, y) = x4 4 + x2y2 2 + y4 4 +C. Questão 4 [2,0 pts] Calcule ∫∫ S (z− x+ xy2 − 1) dS , onde S é a superf́ıcie parametrizada por ~r(u, v) = u~ı + v~ + (u+ 1)~k com (u, v) ∈ D : 0 ≤ u ≤ 1, 0 ≤ v ≤ 2, sabendo que dS = ‖~ru × ~rv‖ du dv. Solução: Temos ~ru = (1, 0, 1), ~rv = (0, 1, 0), ~ru × ~rv = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ ~ı ~ ~k 1 0 1 0 1 0 ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = (−1, 0, 1) e ‖~ru × ~rv‖ = √ 1 + 0 + 1 = √ 2. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV AP3 3 Como dS = ‖~ru × ~rv‖ du dv, então dS = √ 2 du dv. Então, ∫∫ S (z − x + xy2 − 1) dS = ∫∫ D (u + 1 − u + uv2 − 1) √ 2 du dv = √ 2 ∫∫ D uv2 du dv = √ 2 ∫ 1 0 u ∫ 2 0 v2 dv du = √ 2 ∫ 1 0 u [ v3 3 ]2 0 du = 8 √ 2 3 ∫ 1 0 u du = 8 √ 2 3 [ u2 2 ]1 0 = 4 √ 2 3 . Ou seja, ∫∫ S (z − x + xy2 − 1) dS = 4 √ 2 3 . Questão 5 [2,0 pts] Aplique o teorema de Gauss para obter o fluxo do campo ~F(x, y, z) = (xy2+cos z)~ı +(x2y+sen z)~ +ey~k , onde S é a superf́ıcie do sólido W limitado pelo paraboloide z = x2 + y2 e pelo plano z = 4, orientada com ~n exterior a W. x y z W S =∂W 4 ~n ~n 2 2 z= x2+y2 z=4 Fig. 3: Sólido W e superf́ıcie S = ∂W. Solução: O esboço da superf́ıcie S = ∂W é mostrado na Figura 3. Notemos que ~F = (P,Q,R) = (xy2 + cos z, x2y + sen z, ey) é de classe C1 em R3. Como a superf́ıcie S = ∂W está orientada positivamente, então podemos aplicar o teorema de Gauss: ∫∫ S ~F · ~n dS = ∫∫∫ W div ~F dx dy dz onde div ~F = ∂P ∂x + ∂Q ∂y + ∂R ∂z = y2 + x2, donde ∫∫ S ~F · ~n dS = ∫∫∫ W (x2 + y2) dx dy dz. Consideremos a transformação x = r cos θ, y = r sen θ, z = z. Assim, (x2 + y2) dx dy dz = r2 · r dr dθ dz = r3 dr dθ dz e Wrθz : 0 ≤ r ≤ 2, 0 ≤ θ ≤ 2π, r2 ≤ z ≤ 4. Logo, ∫∫∫ W (x2 + y2) dx dy dz = ∫∫∫ Wrθz r3 dr dθ dz = ∫ 2 0 r3 ∫ 4 r2 ∫ 2π 0 dθ dz dr = 2π ∫ 2 0 r3(4 − r2) dr = 2π ∫ 2 0 (4r3 − r5) dr = 2π [ r4 − r6 6 ]2 0 = 2π ( 16 − 32 3 ) = 2π ( 48 − 32 3 ) = 32π 3 . Portanto, ∫∫ S ~F · ~n dS = 32π 3 . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV AP3 4 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ