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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AP3 – CÁLCULO IV – 2016-1 Questão 1 [2,5 pts] Seja dada a integral dupla I = ∫∫ D f (x, y) dx dy = ∫ 4 0 ∫ 2 √ x f (x, y) dy dx. Inverta a ordem de integração na integral I e em seguida calcule seu valor para f (x, y) = ey3 . Solução: A região D é dada por D : 0 ≤ x ≤ 4 , √ x ≤ y ≤ 2 (região do tipo I) Assim, o esboço de D é: D y x2 4 2 y= √ x=⇒ x=y2 x=0 x=y2 Descrevendo D como uma região do tipo II, temos D : 0 ≤ y ≤ 2 , 0 ≤ x ≤ y2. Então, I = ∫ 2 0 ∫ y2 0 f (x, y) dx dy. Temos I = ∫ 2 0 ∫ y2 0 ey3 dx dy = ∫ 2 0 ey3 y2 dy. Fazendo u = y3, temos du = 3y2 dy ou y2 dy = du 3 . Para y = 0, temos u = 0 e para y = 2, temos u = 8. Assim, I = ∫ 8 0 eu du 3 = 1 3 [ eu ]8 0 = 1 3 (e8 − 1). Questão 2 [2,5 pts] Mostre que a integral abaixo independe do caminho e calcule-a I = ∫ C (2xy − y2) dx + (x2 − 2xy + 1)dy onde C é dada por ~r(t) = ( ln(1 + t2) ln 2 , et − 1 e − 1 ) , 0 ≤ t ≤ 1. Solução: Do enunciado, temos o campo ~F = (P,Q) = (2xy − y2 , x2 − 2xy + 1) que é de classe C1 em R2. Como R2 é um conjunto simplesmente conexo e ∂Q ∂x = 2x − 2y = ∂P ∂y conclúımos, pelo Teorema das Equivalências, que a integral I independe do caminho que liga ~r (0) = ( ln 1 ln 2 , 0 ) = (0, 0) a ~r (1) = ( ln 2 ln 2 , e − 1 e − 1 ) = (1, 1). Sendo assim, consideramos o segmento de reta C1 que vai de (0, 0) a (1, 1). Temos então C1 : y = x , 0 ≤ x ≤ 1, donde dy = dx. Cálculo IV AP3 2 Assim, temos I = ∫ C (2xy − y2) dx + (x2 − 2xy + 1) dy = ∫ C1 (2xy − y2) dx + (x2 − 2xy + 1) dy = ∫ 1 0 (2x2 − x2) dx + (x2 − 2x2 + 1) dx = ∫ 1 0 (x2 − x2 + 1) dx = ∫ 1 0 dx = 1. Ou seja, I = 1. Questão 3 [2,5 pts] Use o Teorema de Green para transformar a integral I = ∫ C (ey − x2y) dx + (y2x + xey) dy em uma integral dupla e calcule-a, onde C é a circunferência x2 + y2 = 4, orientada positivamente. Solução: O esboço de C e da região D que limita são mostrados na figura abaixo. D y x2 2 C=∂D Como ~F = (P,Q) = (ey− x2y , y2x+ xey) é de classe C1 em R2 e C = ∂D está orientada positivamente, podemos aplicar o Teorema de Green: I = ∫ C ~F · d~r = ∫ ∂D+ ~F · d~r = ∫∫ D ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dx dy = ∫∫ D [ ∂ ∂x (y2x + xey) − ∂ ∂y (ey − x2y) ] dx dy = ∫∫ D (y2 + ey) − (ey − x2) dx dy = ∫∫ D (x2 + y2) dx dy. Usando coordenadas polares, temos x = r cos θ , y = r sen θ , dx dy = r dr dθ , x2 + y2 = r2. A região D transforma-se em Drθ : 0 ≤ r ≤ 2 , 0 ≤ θ ≤ 2π. Então, I = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 r2 · r dr dθ = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 r3 dr dθ = ∫ 2π 0 [ r4 4 ]2 0 dθ = 4 · 2π = 8π. Ou seja, I = 8π. Questão 4 [2,5 pts] Seja dado o campo vetorial ~F(x, y, z) = x3~ı + y3~ + z3 ~k . Use o Teorema de Gauss para transformar o fluxo ∫∫ S ~F ·~n dS em uma integral tripla e calcule-a, onde S é a superf́ıcie esférica x2 + y2 + z2 = 1, orientada com ~n exterior a S . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV AP3 3 Solução: O esboço do sólido W tal que ∂W = S é W x y z ~n 1 1 1 S =∂W Como o campo ~F é de classe C1 em R3 e S = ∂W está orientada positivamente, então podemos aplicar o Teorema de Gauss:∫∫ S ~F · ~n dS = ∫∫ ∂W ~F · ~n dS = ∫∫∫ W div ~F dV = ∫∫∫ W ( ∂(x3) ∂x + ∂(y3) ∂y + ∂(z3) ∂z ) dV = ∫∫∫ W (3x2 + 3y2 + 3z2) dV = 3 ∫∫∫ W (x2 + y2 + z2) dV. Passando para coordenadas esféricas, temos: x = ρ sen φ cos θ , y = ρ sen φ sen θ , z = ρ cos φ , dV = ρ2 sen φ dρ dφ dθ , x2 + y2 + z2 = ρ2. O sólido W transforma-se em Wρφθ : 0 ≤ ρ ≤ 1 , 0 ≤ φ ≤ π , 0 ≤ θ ≤ 2π. Então, ∫ S ~F · ~n dS = 3 ∫∫∫ Wρφθ ρ2 · ρ2 sen φ dρ dφ dθ = 3 ∫∫∫ Wρφθ ρ4 sen φ dρ dφ dθ = 3 ∫ 1 0 ρ4 ∫ π 0 sen φ ∫ 2π 0 dθ dφ dρ = 6π ∫ 1 0 ρ4 [ − cos φ ]π 0︸ ︷︷ ︸ =2 dρ = 12π [ ρ5 5 ]1 0 = 12π 5 . Ou seja, ∫∫ S ~F · ~n dS = 12π 5 . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ