Buscar

ESTUDO INTRODUTÓRIO AO DIREITO TRIBUTÁRIO

Prévia do material em texto

FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
a) Primárias (legislativas):
1) Constituição Federal – estabelece quem pode criar, quais os tipos, qual será o tributo, limite, tem o poder de direção – criará o sistema tributário. (Emenda Constitucional);
2) Lei Complementar (normas gerais sobre produto): tipo de lei infraconstitucional, depende de maioria absoluta para ser aprovada e tratará de matérias reservadas pela CF
3) Lei ordinária: regra que cria tributos por essa lei, não pode tratar de matérias reservadas a Lei Complementar – maioria simples.
4) Medida provisória: ato provindo do DF e deve ser convertido em Lei. Em. Const. = MP pode sim instituir tributo e pode ser cobrado – período de 60 dias prorrogável pelo prazo igual.
5) Lei delegada: Poder Executivo pede ao Poder Legislativo para legislar para estabelecer tributos, normas, etc.
6) Decreto Legislativo: é o momento em que o Senado/Câmara aprova um tratado internacional
7) Resolução do Senado Federal: poder para SF definir a alíquota mínima e máxima, dentro dos limites da lei.
8) Tratado e convenção internacional: vira lei ordinária e pode ser revogado por lei.
b) Secundárias (administrativas): ato normativo – altera o procedimento
1) Decreto do Poder Executivo: criar sistema para execução da legislação um tributo
2) Instrução normativa: assessores do Poder Executivo, altera o procedimento
3) Decisão normativa: se for algo inovador, dentro dos limites legais
4) Circular: 
5) Portaria:
CLASSIFICAÇÃO
Tributos podem ser:
· Reais – produtos, valor da coisa, do bem, objeto, produto – valor será o mesmo independente das características pessoais
· Pessoais – tem sujeito envolvido
· Indiretos (ICMS, PIS, COFINS, IPI) – incidem em uma cadeia econômica, é gerado a cada “transação” – fabricante, atacadista, loja e consumidor final (contribuinte de fato)
· Diretos – incide uma só vez, não há transferência e o contribuinte é quem arca
· Vinculados – tem destinação específica (ex. empréstimo compulsório) – contra prestacionais, retributivos
· Não vinculados – destinados a custear atividades gerais – independe das ações estatais - impostos
· Função: fiscal – ARRECADAR; extrafiscal – corrigir distorções sociais e econômicas; parafiscal – delega a cobrança para outras instituições e só recebe o dinheiro
ESPÉCIES
CTN, impostos, taxas e contribuições de melhorias, empréstimo compulsório e contribuições especiais 
Art. 4° fato gerador – natureza jurídica
1- Impostos: art. 16 CTN, conceito: sua obrigação tem fato gerador independe de contraprestação, não é vinculado a nenhuma atividade específica.
2- Taxas: a União, estados, município, DF (MEDU) – fiscalizar e limitar condutas pessoais – onerar o potencial/efetivo poder de polícia e remunerar o serviço público específico (determinado grupo) e divisível (identificação de cada usuário) /efetivo (quando é usado de fato) ou especial (independe da utilização, esteve disponível, só em utilização obrigatória) – não é divisível (art. 145 § 2° - não podem ter a mesma base de cálculo do imposto), serviços públicos e taxas são divergentes – taxa é compulsória e prevista em lei.
3- Contribuição de Melhoria: Só pode ser cobrada na valorização imobiliária em decorrência de uma obra pública – fato gerador é a valorização – limite: valor total da obra – art. 81 CTN – individual: valorização do imóvel – decreto-lei: não pode exceder ao valor 3%
4- Empréstimo Compulsório: competência exclusiva da União, criado mediante lei complementar, restituível;
5- Contribuições Especiais: arrecadação tem que ter destinação específica, são finalísticos, sociais, CIDE (econômicas) e corporativas
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS (ART. 150 a 152, CF)
1- Legalidade: ampla (todo ordenamento jurídico, ngm obrigada a fazer se não por lei) ou estrita (todo tributo depende de lei), formal (poder legislativo) ou material (todos os aspectos precisam estar na lei) – regra: lei ordinária, exceções: lei complementar: novos impostos, empréstimos compulsórios, novas contribuições e grandes fortunas) – art. 61, § 1°, III, CF.
2- Imunidade e isonomia: art. 150, II, CF – proíbe discriminação entre pessoas equivalentes – Isonomia: SOMENTE IMPOSTOS (STF aplicar nas demais espécies) pessoas e empresas devem ser tributadas conforme sua capacidade econômica (art. 145, § 1°, CF)
3- Irretroatividade: (art. 150, III, CF) vedado cobrar antes a vigência da lei que criou ou aumentou o tributo. Exceções: lei interpretativa = não multa e lei mais benéfica = infrações, ato não definitivamente julgado
4- Anterioridade: (art. 150, III, CF) vedado cobrar antes de decorrer os 90 dias (nonagesimal) e no mesmo exercício financeiro a contar da lei que instituiu; se aumentar a alíquota, não encaixa, exceções:
5- Não confisco: (art. 150, CF) vedado que um tributo seja confiscatório (esse efeito tem critérios subjetivos, quando ofende a dignidade da pessoa humana, totalidade da carga tributária, etc), também aplica-se às multas.
6- Liberdade de tráfego: (art. 150, CF) vedado estabelecer limite de tráfego de pessoas e bens por meio de tributos interestaduais e intermunicipais (exceção: pedágio - tarifa)
7- Uniformidade geográfica da tributação: (art. 151, CF) a tributação deve ser igual em todo o território nacional (exceções: incentivos fiscais);
8- Uniformidade da tributação da renda: (art. 151, CF) é vedado tributar o rendimento gerado de forma menos onerosa aos títulos públicos para pagar as dívidas públicas. Evita favorecimento próprio.
9- Vedações Heterônomas: (art. 151, CF) é vedado a união instituir isenções de tributos de competências de outros entes, regra: só isenção autônoma)
10- Não diferenciação tributária: (art. 152, CF) é vedado aos MED estabelecer diferença de tributária de bens ou serviços em razão da sua origem ou destino, vale para produtos importados ou exportados.
image1.jpeg
image2.jpeg

Mais conteúdos dessa disciplina