Prévia do material em texto
Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Ca´lculo IV – AD2 – Tutor Questa˜o 1 [2,5 pts]: Achar o trabalho de uma forc¸a varia´vel, dirigida para a origem das coordenadas, cuja grandeza e´ proporcional ao afastamento do ponto em relac¸a˜o a` origem das coordenadas, se o ponto de aplicac¸a˜o desta forc¸a descreve, no sentido anti-hora´rio, a parte da elipse x2 4 + y2 16 = 1 no primeiro quadrante. Soluc¸a˜o: O esboc¸o da trajeto´ria C esta´ representado na figura que se segue. x y C ~F (x, y) (x, y) 2 4 Como a forc¸a −→ F (x, y) esta´ dirigida para a origem e seu mo´dulo e´ proporcional a` distancia de (x, y) a` origem enta˜o os vetores −→ F (x, y) e (x, y) teˆm mesma direc¸a˜o e sentidos contra´rios e ∣∣∣∣−→F (x, y)∣∣∣∣ = = k √ x2 + y2, onde k > 0 e´ uma constante. Assim, temos que −→ F (x, y) = −k (x, y) . O trabalho W e´ dado por W = ∫ C −→ F · d−→r onde C e´ parametrizada por −→r (t) = (2 cos t , 4 sen t), com 0 ≤ t ≤ pi/2, donde −→r′ (t) = (−2 sen t , 4 cos t). Logo: W = ∫ C −→ F · d−→r = ∫ π/2 0 −→ F (−→r (t)) · −→r′ (t) dt = = ∫ π/2 0 −→ F (2 cos t, 4 sen t) · −→r′ (t) dt = = ∫ π/2 0 −k (2 cos t , 4 sen t) · (−2 sen t, 4 cos t) dt = = −k ∫ π/2 0 (−4 sen t cos t+ 16 sen t cos t) dt = = −k ∫ π/2 0 12 sen t cos t dt = −k [ 12 sen2 t 2 ]π/2 0 = −6k u.w. Ca´lculo IV AD2 – Tutor 2 Questa˜o 2 [2,5 pts]: Calcule ∫ C −→ F · d−→r , onde −→ F (x, y) = (−2x cos(xy) + x2y sen(xy)− 3)−→i + (x3 sen(xy) + x2)−→j e C e´ dada por C : (x− 1)2 + y2 = 1, com y ≥ 0, orientada de (2, 0) a (0, 0). Soluc¸a˜o: O esboc¸o de C esta´ representado na figura que se segue. x y C 21 Observe que calcular a integral por definic¸a˜o e´ muito trabalhoso. Vamos enta˜o ver se −→ F = (P,Q) = = (−2x cos(xy) + x2y sen(xy)− 3 , x3 sen(xy) + x2) e´ um campo conservativo. Temos que ∂Q ∂x = 3x2 sen (xy) + x3y cos (xy) + 2x ∂P ∂y = 2x2 sen (xy) + x2 sen (xy) + x3y cos (xy) = 3x2 sen (xy) + x3y cos (xy) donde ∂Q ∂x − ∂P ∂y = 2x 6= 0. Logo, −→F na˜o e´ conservativo. Para aplicar o teorema de Green devemos fechar a curva C com C1 parte do eixo x com x variando de 0 a 2. x y D 2 Seja D a regia˜o plana delimitada por C. Como C = ∂D, esta´ orientada positivamente, enta˜o pelo teorema de Green, temos∫ C −→ F · d−→r + ∫ C1 −→ F · d−→r = ∫∫ D ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dxdy = ∫∫ D 2x dxdy . Vamos calcular a integral por coordenadas polares. Temos x = r cos θ e dxdy = r dr dθ. Como o eixo y e´ tangente a C na origem, enta˜o θ varia de 0 a pi/2, isto e´, 0 ≤ θ ≤ pi/2. Por um ponto P no interior de D, consideramos a semirreta OP que entra em D na origem, onde r = 0, e sai de D Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV AD2 – Tutor 3 em um ponto da circunfereˆncia x2 + y2 = 2x que e´ transformada em r2 = 2r cos θ ou r = 2 cos θ. Enta˜o, 0 ≤ r ≤ 2 cos θ. Assim Drθ : { 0 ≤ θ ≤ pi/2 0 ≤ r ≤ 2 cos θ . Logo:∫∫ D 2x dxdy = ∫∫ Drθ (2r cos θ) r drdθ = 2 ∫ π/2 0 ∫ 2 cos θ 0 r2 cos θ drdθ = = 2 ∫ π/2 0 cos θ [ r3 3 ]2 cos θ 0 dθ = 16 3 ∫ π/2 0 cos4 θ dθ = 16 3 ∫ π/2 0 ( cos2 θ )2 dθ = = 16 3 ∫ π/2 0 ( 1 + cos 2θ 2 )2 dθ = 4 3 ∫ π/2 0 ( 1 + 2 cos 2θ + cos2 2θ ) dθ = = 4 3 · 1 2 ∫ π/2 0 ( 1 + 2 cos 2θ + cos2 2θ ) d (2θ) = = 2 3 [ 2θ + 2 sen 2θ + 1 2 ( 2θ + sen 4θ 2 )]π/2 0 = 2 3 ( pi + pi 2 ) = pi . Logo: ∫ C −→ F · d−→r + ∫ C1 −→ F · d−→r = pi . Ca´lculo de ∫ C1 −→ F · d−→r Temos que C1 : −→r (t) = (t, 0), com 0 ≤ t ≤ 2 donde −→r′ (t) = (1, 0). Logo:∫ C1 −→ F · d−→r = ∫ 2 0 −→ F (−→r (t)) · −→r′ (t) dt = ∫ 2 0 −→ F (t, 0) · −→r′ (t) dt = = ∫ 2 0 (−2t cos 0 + 0− 3 , t3 sen 0 + t2) · (1, 0) dt = ∫ 2 0 (−2t− 3) dt = = [ − t2 − 3t ]2 0 = −4− 6 = −10 . Assim: ∫ C −→ F · d−→r = pi + 10 . Questa˜o 3 [2,5 pts]: Seja S a superf´ıcie obtida girando a curva C = {(x, 0, z) | x = √z , 0 ≤ z ≤ 4} em torno do eixo z. a) Deˆ uma parametrizac¸a˜o para S. b) Calcule a a´rea de S empregando dois me´todos diferentes. Soluc¸a˜o: Uma parametrizac¸a˜o da curva C e´ dada por C : x(t) = t, y(t) = 0 e z(t) = t2, com 0 ≤ t ≤ 2. Seja (x, y, z) ∈ S. Enta˜o a circunfereˆncia que passa por (x, y, z) e paralela ao plano xy, esta´ contida na superf´ıcie S. Enta˜o x(t) = t e z(t) = t2 sa˜o, respectivamente, o raio e a altura dessa circunfereˆncia. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV AD2 – Tutor 4 x x y y z z C t x(t) (x, y, z) (x(t), 0, z(t)) 2 Temos x = x(t) cos θ = t cos θ y = x(t) sen θ = t sen θ z = z(t) = t2 com 0 ≤ t ≤ 2 e 0 ≤ θ ≤ 2pi. Portanto, uma parametrizac¸a˜o de S e´ dada por −→r (t, θ) = = (t cos θ, t sen θ, t2) com (t, θ) ∈ D : { 0 ≤ t ≤ 2 0 ≤ θ ≤ 2pi Primeiro me´todo Usaremos a fo´rmula A(S) = ∫∫ D ‖−→rt ×−→rθ‖ dtdθ onde −→rt ×−→rθ = ∣∣∣∣∣∣ −→ i −→ j −→ k cos θ sen θ 2t −t sen θ t cos θ 0 ∣∣∣∣∣∣ = = ( − 2t2 cos θ ,−2t2 sen θ , t cos2 θ + t sen2 θ︸ ︷︷ ︸ =t ) = t (−2t cos θ ,−2t sen θ , 1) donde ‖−→rt ×−→rθ‖ = t √ 4t2 cos2 θ + 4t2 sen2 θ + 1 = t √ 4t2 + 1 . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV AD2 – Tutor 5 Logo: A(S) = ∫∫ D t √ 4t2 + 1 dtdθ = ∫∫ D t ( 4t2 + 1 )1/2 dtdθ = = ∫ 2 0 ∫ 2π 0 t ( 4t2 + 1 )1/2 dθdt = 2pi 8 ∫ 2 0 ( 4t2 + 1 )1/2 d ( 4t2 + 1 ) = = pi 4 · 2 3 [ (4t2 + 1) 3/2 ]2 0 = pi 6 ( 17 √ 17− 1) u.a. Segundo me´todo As equac¸o˜es parame´tricas de S sa˜o x = t cos θ, y = t sen θ e z = t2, com 0 ≤ t ≤ 2 e 0 ≤ θ ≤ 2pi donde S : { x2 + y2 = t2 z = t2 , com 0 ≤ t ≤ 2 ou S : z = x2 + y2 com (x, y) ∈ D : x2 + y2 ≤ 4. Logo, S e´ gra´fico de uma func¸a˜o z = z(x, y) = x2 + y2, com (x, y) ∈ D : x2 + y2 ≤ 4. Enta˜o temos a seguinte fo´rmula para a´rea de S: A(S) = ∫∫ D √ 1 + (zx) 2 + (zy) 2 dxdy = ∫∫ D √ 1 + 4x2 + 4y2 dxdy . Passando para coordenadas polares, temos √ 1 + 4x2 + 4y2 = √ 1 + 4r2, dxdy = r drdθ e D e´ dada por Drθ : { 0 ≤ θ ≤ 2pi 0 ≤ r ≤ 2 . Enta˜o: A(S) = ∫∫ Drθ √ 1 + 4r2 r drdθ = 1 8 ∫ 2π 0 ∫ 2 0 ( 1 + 4r2 )1/2 (8r) drdθ = = 1 8 ∫ 2π 0 2 3 [( 1 + 4r2 )3/2]2 0 dθ = 1 12 ( 17 √ 17− 1 ) · 2pi = pi 6 ( 17 √ 17− 1 ) u.a. Questa˜o 4 [2,5 pts]: Calcule o fluxo do campo rotacional de −→ F (x, y, z) = ( x2 + y − 4)−→i + 3xy−→j + (2xz + z2)−→k atrave´s da semiesfera superior de x2 + y2 + z2 = 16, com campo de vetores normais −→n tal que −→n · −→k > 0. Soluc¸a˜o: Inicialmente calculemos o rotacional de −→ F : rot −→ F = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z x2 + y − 4 3xy 2xz + z2 ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = (0,−2z, 3y − 1) . Se −→n · −→k > 0 enta˜o −→n aponta para cima. Logo, −→n e´ exterior a S : x2 + y2 + z2 = 16, com z ≥ 0. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV AD2 – Tutor 6 Logo, a expressa˜o de −→n e´ −→n = (x, y, z) 4 . Enta˜o: ∫∫ S rot −→ F · −→n dS = ∫∫ S (0,−2z, 3y − 1) · (x, y, z) 4 dS = = 1 4 ∫∫ S (−2yz + 3yz − z) dS = 1 4 ∫∫ S (yz − z) dS . Para calcular a integral devemos parametrizar a superf´ıcie S. Temos, enta˜o S : −→r (φ , θ) = (4 senφ cos θ , 4 senφ sen θ , 4 cosφ) com (φ, θ) ∈ D : { 0 ≤ θ ≤ 2pi 0 ≤ φ ≤ pi/2 . Ale´m disso, temos dS = 4 2 senφ dφdθ = 16 senφ dφdθ. Enta˜o: ∫∫S rot −→ F · −→n dS = 1 4 ∫∫ D (4 senφ sen θ · 4 cosφ− 4 cosφ) · 16 senφ dφdθ = = 1 4 ∫∫ D ( 162 sen2 φ cosφ sen θ − 64 cosφ senφ) dφdθ = = 1 4 ∫ π/2 0 ∫ 2π 0 ( 162 sen2 φ cosφ sen θ − 64 cosφ senφ) dθdφ = = 1 4 ∫ π/2 0 [ 162 sen2 φ cosφ [− cos θ]2π0︸ ︷︷ ︸ =0 − (64 cosφ senφ) 2pi ] dφ = = −32pi ∫ π/2 0 cosφ senφ dφ = −32pi [ sen2 φ 2 ]π/2 0 = −16pi . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ