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Letramento na Área da Matemática Sob a Perspectiva da Aprendizagem Significativa

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1
 Letramento na Área da Matemática Sob a Perspectiva da Aprendizagem Significativa 
Resumo
O objetivo deste artigo é relacionar a matemática com as práticas de letramento matemático no cotidiano dos alunos, pois existem diferentes expressões como a oral, a leitura, a escrita e a visual, que pode tornar mais simples formar conceitos que estão relacionados com a matemática ensinada na escola e com a realidade matemática vivenciada pelo aluno fora da escola. Ao nos comunicarmos, estamos aprendendo sempre algo novo e aprender matemática, exige comunicação, é através de recursos de comunicação que as informações e as representações são estabelecidas entre os alunos, entre professores, a fim de organizar, explorar e esclarecer pensamentos e ideias. Ser alfabetizado em matemática é conseguir com êxito nosso objetivo de ler para aprender e interpretar dados em um texto matemático, na perspectiva de letramento, proporcionando ao aluno ampliar seus conhecimentos, por meio de uma aprendizagem significativa.
Palavras-chave: Aprendizagem Significativa, Letramento Matemático, Cotidiano.
1. Introdução
Nas aulas de matemática, os alunos do fundamental do 6º ano
, que não conseguiram compreender, ou seja, ler, interpretar e resolver problemas matemáticos sentem uma grande aversão nos estudos dessa disciplina e se tornar um tormento maior a cada ano que se passa na escola. Algumas dificuldades que os alunos apresentam na aprendizagem da matemática são ligadas principalmente às operações aritméticas básicas, dificuldades na compreensão e utilização dos conceitos matemáticos, na aplicação dos símbolos aritméticos presentes para a resolução dos problemas, na leitura para a interpretação correta dos dados para a resolução.
Muitos avanços na área da educação, como projetos válidos e atitudes do governo, já mudaram o fato do Brasil não ter mais tantos analfabetos, mesmo sabendo que muitas atitudes ainda devem ser feitas. Recentemente durante os estágios em uma turma do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública no município de Breves, podemos perceber que a maioria dos alunos não conseguia ler e interpretar para poder resolver uma questão de matemática, porque não sabiam qual operação matemática utilizar, isso é um assunto bastante preocupante, pois sabemos que os alunos sabem ler, pela série que estão fazendo, mas que não sabem fazer uso a leitura na matemática, caso contrário não sentiriam tanta dificuldade de interpretar e resolver corretamente uma questão. 
Hoje, como professores, podemos perceber que em qualquer nível de ensino, às vezes é preciso parar e começar a explicar um conteúdo como se estivéssemos alfabetizando, ensinando os alunos a falarem “as primeiras palavras”, em uma sala de aulas com muitos alunos percebe-se que poucos trazem consigo um conhecimento prévio dos conteúdos dos anos anteriores sobre a aprendizagem da matemática, mas não só com os números, também com as palavras, com as letras, com a escrita, o aluno necessita compreender e aprender os objetivos dos conteúdos durante o ensino fundamental das séries iniciais, para não sentir dificuldades a partir do 6º ano do ensino fundamental, por exemplo, e às vezes esse fato vai muito mais além do que apenas o ensino fundamental. 
Para os professores a partir do 6º ano fica subentendido que os alunos já sabem ou deveriam saber pelo menos usar corretamente as operações fundamentais, fato que na realidade, muitas vezes isso não acontece como deveria acontecer, quando muitas vezes os próprios professores não ensinam, não buscam estabelecer uma estrutura de base ligada ao ensino da matemática, justamente nas séries iniciais, na qual uma das finalidades deve ser de propiciar ao aluno, métodos para aprenderem de forma que se lembre do que aprenderam, pois nessas séries os alunos começam a formar toda sua estrutura cognitiva da aprendizagem, para relacionar com um novo conceito que lhe será apresentado e exigido com mais intensidade a partir do 6º ano do ensino fundamental.
A educação oferecida aos alunos das séries/anos iniciais, precisa ser reparada, principalmente no que diz respeito aos processos de ensino aprendizagem da matemática. A formação e qualificação dos professores destas séries precisam ser incentivadas e muito mais, precisa ser valorizada. As aulas de matemática são basicamente elaboradas em memorizar procedimentos centralizados no livro didático e sem vistas para a realidade que os alunos vivem fora da sala de aula, com muitos exercícios repetitivos, sem se preocuparem se os alunos estavam entendendo alguma coisa e tão pouco se fazia sentido ensinar ou aprender tal conteúdo. 
Acompanhando algumas aulas em turmas do 1º ao 5º ano em uma escola publica do município de Breves, foi unanime perceber que a maioria dos alunos, apresentam dificuldades para entender o que os professores explicavam, mas que não interrogavam para entender e quando alguns tentavam ainda eram interrompidos, então continuavam com as mesmas duvidas sobre o conteúdo. Os professores dessas séries, muitas vezes, não estão ou não se preparam para ensinar matemática aos seus alunos e independente do grau de conhecimento, da nossa formação enquanto educadores para ensinar matemática é preciso saber ensinar, estudando matemática, por mais que seja cansativo, que não seja valorizado os nossos esforços e dedicação, mas é necessário fazer uma avaliação para compreender, se os alunos aprenderam significativamente, principalmente a ler, escrever e calcular, e fazer uso dessas habilidades corretamente, para Brito:
Os programas de formação de professores de matemática deveriam incluir, dentre seus objetivos, o preparo para aprender os principais conceitos matemáticos em nível formal. Este deveria ser o ponto-chave da formação do professor, mas, infelizmente, muitos profissionais, quando concluem o curso de formação profissional, são capazes de trabalhar os conceitos que vão ensinar, apenas no nível classificatório. Estes professores não dominam adequadamente os conceitos básicos da área, podendo desenvolver comportamento de medo e aversão à matemática. (Brito 2005, p. 107). 
Este artigo buscar estabelecer a importância do letramento matemático, nas práticas pedagógicas dos professores, relacionando o cotidiano dos alunos com os conteúdos ensinados em sala de aula, porque alfabetizar não é apenas aprovar os alunos de ano, nem improvisar com que façam uso da leitura e da escrita, mas que possam incentivar, sendo mediadores da leitura e uso correto da matemática em seu dia a dia. 
2. A Importância de Utilizar a Leitura na Matemática.
A matemática está presente em nossas ações cotidianas, é preciso utilizar meios e recursos que possam estabelecer, principalmente dentro da escola entre os alunos, uma forma que facilite sua compreensão, para que ela pare de ser vista como algo de outro mundo, quase que inacessível para uma grande maioria, que não se acha capaz da sua compreensão. 
Saber ler e escrever, saber utilizar a leitura e a escrita nas diferentes situações do cotidiano são, hoje, necessidades tidas como inquestionáveis tanto para o exercício pleno da cidadania, no plano individual, quanto para a medida do nível de desenvolvimento de uma nação, no nível sociocultural e politico. Mortatti (2004, p. 15).
É preciso dentro do ensino da matemática, ao invés do tecnicismo instigar o aprender e utilizar suas diferentes linguagens, pois a matemática não é só números, como muitas vezes é vista, é também muita leitura e é preciso compreender o que se ler, para poder usar corretamente essas linguagens matemáticas, como por exemplo, a “aritmética”, pois esses fatos estão presentes em quase todas as áreas do conhecimento. Por isso, o fato de dominá-las passa a se constituir um saber necessário.
Para Danyluk (1991) ler e escrever não diz respeito unicamente à nossa língua materna. Temos que compreender todas as formas humanas de interpretar, explicar e analisar o mundo. A Matemática tem sido uma dessas formas, tem seus códigos e suas linguagens, tem um sistema de comunicaçãoe de representação da realidade construído ao longo de sua história e que, é fundamental compreender o sentido do fenômeno da alfabetização Matemática. A busca do significado do ato de ler e de escrever, presente na prática cotidiana do ensino e da aprendizagem da Matemática, nos torna alfabetizados nessa área. Entretanto, quando isso não acontece Danyluk (1991), considera como fracasso escolar: 
Muitos estudantes não conseguem transpor essa barreira, acabam se evadindo da escola. Outros, mesmo continuando, não conseguem superar o analfabetismo matemático. Alguns destes, apesar de incapazes de lidar com noções elementares de matemática, chegam a alcançar, segundo Paulos (1989), o nível mais elevado da escolarização: o doutoramento”. ( DANYLUK, 1991, p. 75).
Nunes, Carraher e Schliemann (2011), dizem que entre inúmeros fatores o fracasso escolar está ligada com as condições de vida dos alunos de uma classe social menos favorecida, isso é uma questão preocupante para o ensino de modo geral, onde entre esses fatores estariam as péssimas condições econômicas, que passam por tal falta de estrutura nas escolas, nas famílias. As condições econômicas influenciam muito para que esses alunos se sintam desmotivados a estudar, os que persistem, muitas vezes fracassam, enquanto outros desistem, causando a evasão escolar. Dessa maneira, as condições sociais realmente influenciam fortemente no processo do fracasso escolar. Cabe muito ao professor mudar essa situação, pois temos alunos de baixa renda em nossa escola
, que se esforçam e valorização a educação, que “fogem” dessa evasão escola, então é verdadeiro confirma que: 
O fracasso escolar não seria, pois, um fracasso real, uma vez que só quem almeja determinado objetivo pode fracassar em alcança-lo. A desvalorização da aprendizagem escolar ao lado da valorização do trabalho seria consistente com o desempenho efetivo dos membros da classe baixa, os quais são “vitimas” da evasão e do fracasso escolar apenas aos olhos dos outros. (Hoggart, 1957. Apud. Nunes, Carraher e Schliemann 2011, p.43).
Todos têm uma situação de culpa em relação ao fracasso escolar é preciso que todos valorizem a educação: alunos, pais, professores, governos, daí talvez o fracasso escolar viesse a ser menos comprometedor com o ensino, é necessário saber e se dedicar ao um ensino através da aprendizagem significativa, independente da cultura ou do meio social em que se vive. 
 
Precisamos perceber que a necessidade da existência de conhecimentos que fazem parte de uma realidade onde muitas vezes poderia favorece a aprendizagem para se tornar significativa não é aproveitado pelos professores, justamente porque os professores não conseguem perceber isso em seus alunos, então seguem suas aulas diárias com problemas propostos nas atividades da disciplina de matemática que parecem não fazer parte desse mundo que nossos alunos vivem, e que não serão usadas na realidade dos mesmos, nas rotinas, nos trabalhos, é preciso rever os métodos de ensino, de avalição, o Conteúdo Programático, que muitas vezes é desgastante seguir a ideia de que deve ser cumprido na sua totalidade e extensão. Os professores enquanto mediadores precisam dar sentido real, vivencial aos conteúdos que passam aos alunos, que muitas vezes tem o sentido apenas de ser decorado, um ensino mecânico e tradicional. Como bem explica Nunes, Carraher e Schliemann (2011) “O ensino da matemática se faz, tradicionalmente, sem referência ao que os alunos já sabem. [...], tratamos nossos alunos como se nada soubessem sobre tópicos ainda não ensinados” e sequem em seus estudos explicando a intenção de suas pesquisas bastante interessante, dizendo que:
Os estudos descritos aqui devem provocar cada professor a buscar maneiras de usar em sala de aula o conhecimento matemático cotidiano de seus alunos; esse desafio, se aceito de fato, pode revolucionar e, principalmente, tornar muito mais fascinante a aprendizagem da matemática. (Nunes, Carraher e Schliemann 2011, p.38).
Mostra-se, assim, que a classe social não será o fator que definirá um bom rendimento em matemática, já que, os testes feitos por Nunes, Carraher e Schliemann (2011) foram possíveis perceber que crianças, jovens e adultos conseguiram se sair bem no uso da matemática na vida cotidiana, então é difícil definir de quem é a culpa sobre as dificuldades de aprendizagem em Matemática, somente uma pesquisa mais específica sobre o assunto, poderá responder essas duvidas, ou não.
Porém tal questionamento pode ser atribuído aos mais diversos fatores, os quais podem estar relacionados, por exemplo: 
· Ao professor: que precisar usar meios e recursos metodológicos que busque incentivar os alunos de acordo com conteúdos e problemas vivenciados em seu dia a dia; 
· Ao aluno: que precisa de sentido e significado para se sentir motivado a estudar, a resolver problemas sobre a educação matemática, principalmente a partir do 6º ano, etapa que mais se exige deles.
· À escola: que precisa apresentar estrutura e projetos que estimulem o aprendizado do aluno.
· À família: que precisa dar suporte e condições de ajudar o aluno, para que os alunos permaneçam à buscar por seus objetivos dentro da educação. 
O que se pode perceber hoje é que a matemática é repassada aos alunos ainda de forma expositiva, onde o professor, seguindo o conteúdo programático, copia no quadro o que está escrito no livro, como Brito (2005) diz “em sua forma final e pronta”, sem mudar exatamente nada do que está escrito no livro didático, e o aluno por sua vez, copia do quadro para o caderno e depois faz exercícios de aplicação repetitivos seguindo um modelo apresentado pelo professor, que muitas vezes não utilizar recurso para fazer a relação da matemática com o cotidiano do aluno ou com seus conhecimentos prévios.
Muitas vezes o próprio professor não faz a interação entre os conhecimentos, respondendo qual operação utilizar na resolução, fazendo com que nossos alunos não aprendam a interpretar, porque as vezes é mais fácil ensinar qual caminho para resolver os problemas, do que deixar ele buscar, ele interpretar, qual caminho seguir, impedindo que eles possam buscar respostas por outros meios que seriam também positivos. 
3. Conhecimento Cotidiano
Enquanto professores de Matemática devemos dar a devida importância e valorização aos conhecimentos dos alunos fazendo a ligação dos conhecimentos científicos com os conhecimentos dos cotidianos dos alunos, com a proposta de adaptar seus planejamentos escolares, com exemplos para fortalecimentos de suas praticas na educação escolar, ou melhor, nas salas de aulas. Mesmo que em série mais avançadas os conteúdos não possam ser adaptados a exemplos do cotidiano dos alunos, a intenção é que seja significativo, justamente para que fique armazenado na mente do aluno, e que no futuro saibam usar corretamente as ideias aprendidas nas séries iniciais, com outros conceitos na matemática, pois o conhecimento vai sendo estruturando de forma gradual. 
Dentro dos Estudos de Nunes, Carraher e Schliemann (2011), citam sobre Carraher e Schliemann (1982) explicando que realizaram um estudo sobre os alunos que utilizam corretamente a matemática para sobreviver, mas que fracassam na escola, utilizando muitas vezes os mesmos exemplos de operações aritméticas e pesquisas tentam responder essa indagação de “porque as vezes alunos que usam matemática no dia a dia, tem tanta dificuldade com a matemática na escola?”. 
As diferenças entre uma situação de venda numa feira e uma situação escolar são tantas que é difícil saber o que leva as crianças a se saírem muito bem nos problemas na vida e a demostrarem tantas dificuldades ao resolverem problemas na escola [...] Além disso, é possível que a motivação não seja a mesma na situação de venda na rua e na escola. (Nunes, Carraher e Schliemann 2011, p.66-67). 
Deve-se perceber que essas atitudes são bons exemplos da utilização da matemática, onde o aluno constrói sua estrutura cognitiva e habilidades ao resolver problema com suas vendas e queé uma forma significativa de aprender matemática, todas essas informações devem se usar a favor do planejamento escolar do professor, porque se sabe que não existem duas matemáticas, apenas a qualidade do ensino pode se diferenciar, partindo do professor valorizar por exemplos todas as formas de conhecimento, pois quase sempre os alunos não usam papel e lápis para vender, para receber ou para dar troco, é um conhecimento oral, que tem sua importância na matemática, pois os “vendedores” envolvidos conseguem resolver os problemas de forma correta, senão é perda de dinheiro, e perder para quem trabalha dessa forma, não faz parte de suas rotinas, não que venha a substituir a matemática escrita, mas que devemos buscar a valorização do raciocínio logico do aluno, tendo em vista que se o aluno “fala” resolvendo os problemas matemáticos, então as situações-problemas podem favorecer na compreensão dos conteúdos, por exemplos, “do número e do sistema decimal”, como demostrado nas pesquisas de Nunes, Carraher e Schliemann (2011) que:
É importante que os professores reconheçam, entendam e valorizem a matemática oral, especialmente aqueles que lidam com alunos que têm oportunidades de trabalhar no setor informal da economia. (Nunes, Carraher e Schliemann 2011, p.86). 
Quase sempre se avalia o uso correto de uma fórmula, a resolução de um problema igual ao exemplo que o professor passou, não permitindo que os alunos pensem e descubram como resolver um problema, esse é um grande mal na educação, talvez até possível entender, que será complicado, em uma sala de aula com muitos alunos, mas a intenção é que seja significativo, justamente para que todos participem, sem exceção, que o professor que está na sala com o aluno, faça o seu próprio conteúdo e faça com que seu conteúdo planejado e elaborado sirva para ajudar o aluno e que funcione de fato. 
4. Considerações Finais 
Em nossa pesquisa, percebemos que aparentemente os paradigmas
tradicionais de alfabetização foram teoricamente abolidos, no entanto, em nossas
observações, o professor deixa uma lacuna entre a intenção e o gesto, agindo com o
propósito e a crença de que estão alfabetizando de modo contextualizado.
Todavia, estabelecer critérios para analisar a prática pedagógica, enquanto
profissionais atuantes em sala de aula, nem sempre é tarefa muito fácil. O fato de se estar
envolvido neste processo, faz com que nem sempre se tenha um olhar verdadeiramente
crítico para uma tentativa de mudança.
Percebemos que mesmo os professores participando de cursos, com o intuito de
aprofundar seus conhecimentos teoricamente, para construir e reconstruir uma prática
pedagógica consistente, que garanta a qualidade do ensino, ainda falta o saber fazer,
conciliando a teoria com a prática.
Em nossa pesquisa e observações, tínhamos a intenção de conhecer a pratica do ensino da matemática no 6º ano do ensino fundamental a fim de verificar na prática pedagógica dos professores, como trabalham com a questão de leitura e interpretação em suas aulas de matemática, mais especificamente em compreender as práticas de letramento matemático nas séries inicias do ensino fundamental, para que a partir desta observação, pudéssemos construir nossas praticas de ensino como futuros professores de matemática, tentando corrigir desacertos na nossa prática e incrementar a interação entre os conhecimentos prévios e os novos conhecimentos sob a perspectiva da aprendizagem significativa.
Não é uma tarefa difícil, porém é árdua, pois enquanto professores, sabemos que se aplicarmos conceitos de estudar, aprender e ensinar, estaremos desenvolvendo nos alunos, a vontade de buscar sempre compreender tudo que os cerca e resolver, fazendo interação entre o conhecimento do aluno e do professor, promover debates na sala, permitir que o aluno se expresse, entre muitas outras atitudes. 
Devemos ter comprometimento com o ensino da matemática, com a intenção de proporcionar aos nossos alunos oportunidades de acesso a representações matemáticas diversificadas, que podem se encontrar presentes no uso frequente de materiais concretos e situações problemas de forma contextualizada com o meio social e cultural, relativo aos conhecimentos matemáticos envolvidos, fazendo parte de uma grande perspectiva de letramento matemático, alfabetizando matematicamente os alunos, para que a aprendizagem se torne significativa. 
5. Referências 
BRITO, Márcia Regina F. de; Psicologia da Educação Matemática: teoria e pesquisa. 2ª edição. Florianópolis: Editora Insular, 2005. 
CARRAHER, Terezinha Nunes, CARRAHER David William; SCHLIEMANN, Analucia; Na Vida Dez na Escola Zero. 16ª edição. São Paulo: Editora Cortez, 2011.
DANYLUK, Ocsana Sônia; Alfabetização Matemática: o cotidiano da vida escolar. 2ª edição. Caxias do Sul. RS: Editora Educs, 1991. 
MORTATTI, Maria do Rosário Longo; Educação e Letramento. São Paulo: Editora Unesp, 2004.
� Observação realizada na turma do 6º ano da Escola municipal prof. Estevão Gomes. Breves – ilha do Marajó – Pará. 
� Escola Municipal Prof. Estevão Gomes

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