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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Seven , Os Sete Crimes Capitais Resumo Talita Bachega de Loiola Osorio RA: B719460 São Paulo/SP 2024 Este relatório analisa o filme “Seven, Os Sete Crimes Capitais”, focando na imputabilidade do personagem principal, John Doe, em relação ao Direito Penal. O filme, que foi um grande sucesso no lançamento, apresenta dois detetives de Los Angeles tentando resolver um caso complexo de um serial killer. Um dos detetives está prestes a se aposentar, e o outro foi designado para substituí-lo. John Doe, o serial killer, executa seus crimes seguindo os sete pecados capitais. Suas vítimas são forçadas a se autodestruir por meio da gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e vaidade. A cada morte, a polícia se vê diante de mais um crime para resolver e a pressão do tempo contra uma mente brilhantemente coordenada. Para o detetive mais novo, Mills, John Doe é apenas um louco, um doente mental, pura maldade. No entanto, para o detetive mais velho, interpretado por Morgan Freeman, John Doe é um indivíduo inteligente, metódico e paciente, que sente prazer em suas ações. Neste contexto, faremos uma comparação com o conceito de culpabilidade. Não precisamos desvendar nenhum crime, mas devemos confrontar nossos conhecimentos obtidos na disciplina de Direito Penal, especificamente no tópico de culpabilidade. Devemos analisar o que aconteceria com John Doe sob a lei brasileira em relação à culpabilidade. A culpabilidade é a possibilidade de considerar alguém culpado pela prática de uma infração penal. É um juízo de censurabilidade e reprovação exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. No filme, John Doe prática esse fato típico e ilícito, matando várias pessoas sem motivo aparente. A culpabilidade não é um elemento do conceito de crime, mas um pressuposto para a imposição de pena. Existem causas que excluem a imputabilidade, como doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado, e embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior. No entanto, não podemos classificar John Doe em nenhuma dessas categorias. Ele não tem uma doença mental, mas sim um transtorno de personalidade incurável. John Doe é um psicopata inteligente e metódico. Ele viola as normas sociais sem qualquer senso de culpabilidade ou arrependimento. Os transtornos de personalidade são anomalias do desenvolvimento psicológico que perturbam a integração psíquica de maneira contínua e persistente. Existe uma grande dificuldade no Direito Penal em classificar os inimputáveis e semi- imputáveis. O artigo 26 afirma que apenas aqueles que, por conta de doença mental, são incapazes de compreender o caráter ilícito do fato. No entanto, existem teorias que defendem que um serial killer, por mais doentio que possa parecer, deve ser devidamente punido, já que o fato de tentar esconder seus crimes indica que ele entende seu caráter ilícito. No ordenamento jurídico brasileiro, um psicopata é considerado semi-imputável porque compreende parcialmente o que cometeu. Em geral, ele pode seguir dois caminhos em seu julgamento na justiça brasileira: o juiz pode declará-lo imputável ou semi-imputável. Neste último caso, o juiz pode reduzir sua pena em um a dois terços ou enviá-lo para um hospital de custódia (medida de segurança). Nos Estados Unidos, John Doe poderia ser executado.