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Resumo Fisioterapia Respiratória NP2

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Resumo Fisioterapia Respiratória NP2 
 
*Anatomia 
1.Caixa torácica 
2.Vias aéreas superiores e inferiores 
3.Pulmoes 
4.Musculos ventilatórios 
 
1.Caixa Torácica 
Coluna vertebral 
Costelas 
Esterno 
Clavículas 
Pulmões 
Coração 
 
-Função: Proteção, Movimentar 
 
-Característica fundamental: Movimento de expansão (insp e exp) 
 
-Inspiração e Expiração: 
Insp: contração muscular, movimento ativo 
Exp: relaxamento muscular, movimento passivo 
 
2.Vias aéreas 
 
-Vias aéreas superiores (VAS): Nariz à traqueia 
Composta por fossas nasais, boca, faringe, laringe até o limite da traqueia 
 
Função: 
Aquecimento 
Umidificação 
Filtração 
Fonação 
Abertura e fechamento de Vias aéreas e digestivas 
 
Cavidade nasal: Função filtrar o ar inspirado, aquecer e umedecer além da função olfatória 
Faringe: tubo muscular que se relaciona com a digestao e com a respiração 
Laringe: anteriormente a faringe e é continuada pela traqueia, Função é por meio da epiglote, 
elevar-se possibilitando a passagem do fluxo aéreo, além disso situam-se as cordas 
vocais(glote) responsável pela fonação. 
 
-Vias aéreas inferiores(VAI): Traqueia aos alvéolos 
Divisão: 
Zona de condução: traqueia até os bronquiolos terminais, não tem troca gasosa, Espaço morto 
anatômico 
Zona Respiratória: bronquiolos respiratórios até alvéolos, tem troca gasosa, Zona Ácino 
 
 
Zona de condução Traqueia->bronquio principal direito e esquerdo->brônquios lobares 
superior, médio e inferior(um para cada lobo)->bronquiolos segmentares->bronquiolos 
terminais->/Zona Respiratória: bronquiolos respiratórios -> ductos alveolares->sacos 
alveolares->alvéolos 
 
Traqueia é um tubo firme, Anéis de cartilagem, tem que ser dura, firme e rígida, tem função de 
sustentação. 
 
Bronquiolos respiratórios: já apresenta na parede alguns alvéolos onde tbm já tem uma rede 
capilar e ocorre interação com o ar e o sangue(troca gasosa) 
 
-Alvéolos: 
Estruturas de formato sacular com parede extremamente delgada. 
 
Parede alveolar se funde com os capilares e dá origem a membrana alveolo-capilar, onde as 
celulas formadoras da parede alveolar sao denominadas pneumócitos tipo I - trocas gasosas 
 
Pneumócitos tipo I tem a função de formar a estrutura da parede alveolar 
Pneumócitos tipo II tem a função de produzir uma substância chamada surfactante 
 
No interior dos alvéolos existe um líquido chamado surfactante (pneumócitos tipo II produzem) 
que é responsável pela manutenção da tensão superficial (evita colabamento e 
hiperdistensão). A função do surfactante é diminuir a tensão superficial da parede alveolar. 
 
A parede alveolar fecha e abre, pq ela fecha? Ela fecha pela propriedade física, tensão 
superficial, é uma propriedade física de atração das moléculas formadoras de uma superfície. 
 
Resumindo, dentro dos alvéolos onde tem um movimento constante ali de abrir e fechar, esse 
movimento que ocorre devido a tensão superficial, que é a atração das moléculas formadoras, 
onde se essa tensão não for controlada, vai ficar grudando a parede alveolar uma na outra e 
em outro momento vai estourar. O surfactante que é produzido pelos pneumócitos tipo II 
dentro dos alvéolos, tem função de diminuir essa tensão superficial para que não aja esse 
estouro(hiperdistensão). 
 
P.P.P. Qual a função do Surfactante? R: Diminuir, controlar, a propriedade física tensão 
superficial. 
 
P.P.P O que é tensão superficial? R: É uma propriedade física de atração entre as moléculas 
de uma superfície. 
 
Canais de Martin: comunicação que ocorrem entre bronquiolos. Interbronquiolar 
 
Canais de Lambert: comunicação entre bronquiolo terminal até o alvéolo. Bronquiolo-alveolar 
 
Poros de Kohn: comunicação entre alvéolos. Inter-alveolar 
 
Sem a comunicação, o ar não iria se espalhar para todos os alvéolos. Exemplo de exercício é 
inspirar o ar profundamente e segurar por alguns segundos, pois qnd seguramos, o ar se 
espalha para mais alvéolos através da comunicação entre eles. 
 
 
 
*Fisiologia: 
 
*Ventilação: ar da atmosfera que chega aos alvéolos 
*Perfusão: circulação pulmonar 
*Difusão: processo que o oxigênio do ar nos alvéolos passa para o sangue e o gás carbônico do 
sangue passa para os alvéolos, troca gasosa. 
 
*Ventilação: quantidade de ar inspirado e expirado por minuto. 
-Inspiração: fase ativa, pois ocorre contração muscular, principalmente do diafragma, aumenta 
dimensão da caixa torácica e diminui a pressão no interior do toráx. Complacência 
 
-Expiração: fase passiva, pois ocorre o relaxamento muscular, principalmente do diafragma que 
retorna ao estado de repouso, pulmão retorna a sua dimensão e aumenta a pressão interna. 
Elasticidade 
 
-Elasticidade: propriedade física da matéria que permite um corpo retomar a sua forma original 
após ter sido deformado por uma força aplicada nele. Pulmões são elásticos e por isso 
retornam passivamente ao seu volume pré inspiratório. 
 
Ao redor dos alvéolos tem liquido que vai gerar força de colapso, chamado de tensão 
superficial. Para evitar o colapso é produzido o surfactante que irá diminuir a tensão 
superficial, mantendo os alvéolos abertos 
Pneumócito tipo I: estrutural 
Pneumócito tipo II: surfactante 
 
-Complacência: capacidade do pulmão de se distender. Oque influencia é o componente 
elástico, tensão superficial e surfactante. 
 
-Resistência: tudo que dificulta ou impede o fluxo aéreo. 
Quanto maior a resistência, menor o fluxo e maior a pressão. 
 
-Constante tempo (CT): Reflete a mecânica de enchimento e esvaziamento pulmonar, é o 
tempo que os pulmões levam para expandir e esvaziar. 
CT=Complacência x Resistência 
 
-Volumes e capacidades pulmonares: 
 
Volume corrente (VC): volume de ar conquistado durante a ventilação em repouso (500ml): 
mais importante saber 
 
Volume de Reserva Inspiratório (VRI): volume pulmonar conquistado após uma inspiração 
profunda, a partir do VC (3.000 ml) 
Volume de Reserva Expiratório (VRE): volume de ar eliminado após uma expiração forçada, a 
partir do VC (1.100 ml) 
Volume Residual (VR): volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração forçada 
(1.200 ml) 
 
-Volume minuto (VM): volume de ar que entra ou sai dos pulmões em um minuto. Volume 
corrente x Frequência Respiratória 
VM=VC x FR 
VM=500 x 12 
VM=6000ml ou 6L 
-Ventilação alveolar: volume de ar que atinge a via aérea respiratória. Espaço Morto Anatômico 
(EMA) 
VA = (VC – EMA) x FR 
VA = (500 – 150) x 12 
VA = 350 x 12 
VA = 4,2L 
 
Hiperventilação: quando a Ventilação alveolar aumenta, pessoa ofegante. Aumento da FR e\ou 
VC. Causas: ansiedade, nervosismo, uso de drogas, estimulantes, etc. 
 
Hipoventilação: quando a Ventilação alveolar diminuir. Diminuição da FR e\ou VC. Causas: AVE, 
TCE, lesão medular alta, lesão sistema nervoso periférico, placa motora, lesão musculo 
respiratório, etc. 
 
 
*Perfusão Pulmonar: 
A distribuição do sangue no pulmão é heterogênea 
Depende do calibre dos vasos (determinado pelo músculo liso vascular), da viscosidade do 
sangue e do volume pulmonar (por compressão dos vasos alveolares). 
 
Vasoconstrição Pulmonar Hipóxica: 
-Efeito Shunt: áreas perfundidas, mas não ventiladas. 
Quando os alvéolos estão perfundidos normalmente, mas a ventilação (recebimento de ar) 
falha. Ex: edema, secreção, atelectasia. 
 
-Efeito Espaço Morto: áreas ventiladas, mas não perfundidas. Ex:Tromboembolia pulmonar 
 
Relação Ventilação-Perfusão (V\Q): principal fator que determina eficiência da função 
pulmonar. 
Alterações de V\Q levam inicialmente diminuição pO2. 
 
Distribuição da ventilação: não é uniforme (na base é o dobro do vértice), varia com a 
gravidade e resistência das VA (vias aéreas) 
 
Distribuição da perfusão: não é uniforme (base 4x o vértice), varia com gravidade, DC e 
vasoconstrição 
 
“O equilíbrio entre a Ventilação (V) e o fluxo sanguíneo (Q) nas várias regiões do pulmão é 
essencial para a troca gasosa adequada.” 
 
-Zonas de West: 
A perfusão pulmonar é dependente da postura. Na posição ortostática é vista 3 zonas. 
 
Zona I: Próxima ao ápice dopulmão, é a zona onde a ventilação é maior e a perfusão menor 
por causa da gravidade, por conta disso, os alvéolos conseguem expandir completamente e 
essa expansão pode comprimir os vasos sanguíneos e consequentemente, diminuindo a 
perfusão. V\Q é alto 
Zona II: No meio do pulmão, é a zona onde a ventilação e a perfusão são equivalentes. V\Q é 
médio 
Zona III: Próxima a base do pulmão, é a zona onde a perfusão é maior por conta da gravidade, 
os vasos sanguíneos com maior diâmetro evitam a completa expansão dos alvéolos. V\Q é 
baixo. 
*Difusão: É caracterizada pela passagem do gás do meio em que se encontra mais 
concentrado, para o meio menos concentrado, a favor do gradiente de pressão. Seu objetivo 
final é a hematose, passagem (difusão) do O2 e CO2 pela barreira alveolocapilar, em sentidos 
opostos. 
 
O2 dos alvéolos para o sangue pulmonar e CO2 do sangue pulmonar para os alvéolos. 
 
Lei de Fick: 
Quanto maior a área de troca, maior é a difusão. Quanto maior a espessura da membrana 
menor é a difusão. 
 
1. Gradiente de pressão: quanto maior o gradiente de pressão, mais fácil a difusão. 
2. Área alveolar e área capilar: quanto maior a área do alvéolo e do capilar, mais fácil a difusão 
3. Espessura das paredes alveolar e capilar: quanto menor a espessura da parede alveolar e 
capilar, mais fácil a difusão. 
 
Raciocínio, entre o alvéolo e o capilar tem a membrana alveolocapilar, se essa membrana ficar 
maior, mais distante está um do outro e isso dificultará a difusão. Ex: edema 
 
-Transporte de gás: 
 
O2 é transportado por dois caminhos: dissolvido no plasma e ligado a hemoglobina, como 
oxihemoglobina (HbO2) 
 
Saturação de Oxigênio (SatO2): porcentagem de O2 ligada a Hemoglobina 
Não confundir com PO2. PO2 é quantidade total de oxigênio no sangue, tanto os ligados na 
hemoglobina quanto no plasma, já a saturação é a porcentagem de oxigênio ligada apenas na 
hemoglobina. 
 
Anemia falciforme: Hemoglobinas em formato inadequado, desestrutura o transporte de O2. 
Cianótico: Diminuição do O2 na Hb 
Anemia: Diminuição das Hb, porém toda Hb está no formato adequado 
Policitemia: Muita Hb, sobra Hb sem se ligar no O2, diminui saturação. 
 
O CO2 é transportado por três caminhos: Dissolvido no plasma e ligado com hemoglobina, 
como carboxihemoglobina (HbCO2) 
 
Hipoxemia é caracterizado pela diminuição da pressão parcial de O2 (PaO2) no sangue arterial, 
valor de referencia é de 80 a 100 mmHg. 
Hipercapnia é caracterizado pelo aumento da pressão parcial de CO2 (PaCO2) no sangue 
arterial, valor de referencia é de 35 a 45 mmHg. Quando esse valor está alterado o sistema 
respiratório está em alcalose ou acidose, sendo acima de 45 é acidose e abaixo de 35 é 
alcalose. 
P.S. Referencias da gasometria arterial. 
 
*Controle da ventilação: 
Involuntário: centro respiratório que está localizado na Ponte e Bulbo. 
 
-Grupo Respiratório Dorsal: envia impulsos aos músculos inspiratórios, Diafragma, intercostais 
externos, escalenos e esternocleidomastoideos. Controla o ritmo básico da respiração 
-Grupo Respiratório Ventral: envia impulsos aos músculos inspiratórios acessórios e 
expiratórios, Escalenos, esternocleidomastoideo, intercostais internos, músculos abdominais. 
Neurônios ativados especialmente na inspiração e expiração forçada. 
 
Através desse conjunto de neurônios, há a modulação da atividade respiratória. Os neurônios 
são ativados quando queremos forçar a inspiração (inspirar mais), mandam “informação” 
também para o Grupo Respiratório Dorsal. 
 
Aclimatação: 
Diminuição PO2 vai gerar Aumento da ventilação, consequentemente Diminuição PCO2 e 
Aumento do pH. 
 
O ritmo respiratório basal é mantido pelo centro respiratório, localizado no bulbo. 
Quimiorreceptores controlam a PCO2, pH e PO2 do sangue arterial e alteram o ritmo 
respiratório. 
 
-Quimiorreceptores: Sensíveis às variações de pH, pO2 e pCO2 
Periféricos – localizados nos corpos carotídeos e aórticos; respondem às variações da pO2 no 
sangue. 
Centrais – localizados no bulbo; são sensíveis às variações da concentração de H+ no LCR 
(variação lenta – atravessar a barreira hemato-encefálica) 
 
-Mecanorreceptores: Encontram-se nas vias aéreas, parênquima pulmonar e 
parede torácica 
De distensão ou adaptação lenta – ao longo da árvore brônquica - sensíveis a insuflação 
pulmonar 
De irritação ou adaptação rápida – estão nas vias aéreas de maior calibre (papel broncomotor) 
J (jota) – estão nos alvéolos; estimulados pela distorção e pelo edema 
Fusos neuromusculares – informam sobre a relação tensão-comprimento dos músculos 
 
 
Avaliação Respiratória: 
 
*Anamnese: 
Identificação do paciente 
Queixa Principal (QP) 
História da doença atual 
Antecedentes Pessoais 
História Social e Ambiental 
História Familiar 
Exame Físico 
Exames Complementares 
 
*Exame Físico: 
1.Inspeção (exame visual) 
2.Palpação 
3.Percussão 
4.Ausculta (estetoscópio) 
5.Sinais Vitais (FC, FR, SpO2, Temp, PA) 
6.Equipamentos Especiais (Peak Flow, manuovacuômetro, ventilômetro) 
 
 
1.Inspeção 
-Estática: dividido em 3 partes 
Porção Anterior: Fossa Supraclavicular, Fossa Infraclavicular, Região Esternal, Região Mamária, 
Região Inframamária; 
 
Porção Lateral: Axilar (axila até 3 costela) e Infra-axilar (3 a 6 costela); 
Porção Posterior: Supraescapular, Escapular, Infra-escapular, Interescapulovertebral 
 
-Dinâmica: Padrão Respiratório, considerar FR, volume corrente (profundidade) e ritmo. O tipo 
ventilatório pode ser dividido em 3 tipos: 
1.Padrão Apical: ventilação com uso predominante da parte superior do tórax (utiliza músculos 
acessórios e aumento do trabalho ventilatório) 
2.Padrão Diafragmático: ventilação com uso predominante da parte inferior do tórax e bases 
pulmonares, observa-se um aumento do tórax e do abdômen 
3.Misto: é a combinação dos dois padrões citados anteriormente 
 
Eupneico: FR de 12 a 20 rpm 
Taquipneia: acima de 20 rpm 
Bradipneia: abaixo de 12 rpm 
Apneia: parada dos movimentos respiratórios ou parada respiratória 
Dispneia: “sofrimento respiratório”, falta de ar. 
 
*Avaliação do Tórax Normal: Avaliar Ângulo de Charpy que é formado pelo cruzamento das 
ultimas costelas inferiores, tendo como vértice a base do apêndice xifoide. 
Tórax Normolíneo: Ângulo igual a 90º 
Tórax Longilíneo: Ângulo menor que 90º 
Tórax Brevelíneo: Ângulo maior que 90º 
 
*Deformidades Torácicas: 
-Tórax em Tonel: Em formato de barril, aumento do diâmetro ântero-posterior e latero-lateral. 
DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), ocorre da elasticidade pulmonar e 
hiperinsuflação dos pulmões. 
 
-Tórax em Peito de Pombo (Pectus Carinatum): aumento do diâmetro ântero-posterior por 
causa da proeminência do esterno, paciente com defeito do septo interatrial ou 
interventricular. 
 
-Tórax Escavado (Pectus Excavatum): redução do diâmetro ântero-posterior, geralmente é 
congênito, acredita-se que é uma consequência de alteração das fibras musculares 
diafragmáticas. 
 
-Tórax Hipercifótico ou Escoliótico: manifestações graves de hipercifose e\ou escoliose gera 
restrição na expansão dos pulmões. Tem propensão a Atelectasias e infecções pulmonares de 
repetição. 
 
*Padrões Ventilatórios Patológicos 
-Cheyne-Stokes: volume corrente e frequência respiratória que aumentam gradativamente e 
em seguida diminuem gradativamente até a apneia. São pacientes com insuficiência cardíaca, 
distúrbios neurológicos graves ou drogas. 
 
 
-Biot (Ataxica): arritmia ventilatória que apresenta períodos de apneia que interrompem as 
sequências das incursões ventilatórias havendo nítida variação na amplitude dos movimentos 
torácicos. São pacientes com doença cerebelar 
 
 
 
 
 
 
 
 -Kussmaul: é rápida, profunda, com ventilação por minuto alta. São pacientes com acidose 
metabólica. 
 
 
 
 
 
-Ventilação Apnêustica: inspiração prolongada, promovendo uma hiperventilação persistente. 
São pacientes com lesão de ponte, TCE, lesão cerebral. 
 
-Ventilação Paradoxal: é quando parte ou toda a parede torácica move-se para dentro na 
inspiração e para forana expiração (inversão). São pacientes com múltiplas fraturas de costela 
“tórax flácido”. 
 
2.Palpação: verificar a capacidade de expansão pulmonar e possíveis assimetrias entre os 
hemitórax (direito e esquerdo) 
 
-Ápices Pulmonares ou Lobo Superior: 
Paciente sentado de frente para o examinador. 
As mãos do examinador cobrem as regiões supraclaviculares, estando as 
pontas dos dedos apoiadas no músculo trapézio (de cada lado). 
Os polegares por sua vez; juntam-se na região infraclavicular ao nível da linha 
médio esternal. Esta junção provocará pequena prega cutânea. E através da 
respiração instruída pelo examinador que se observa o afastamento simétrico 
de cada lado durante o movimento 
Resumindo, as mãos em cima do peitoral e acima da clavícula. 
 
-Lobo Médio direito e Língula esquerda: 
As mãos agora alcançam o côncavo axilar de cada lado, ao nível da prega 
axilar posterior. Os polegares se juntam ao nível da linha médio esternal. 
A inspiração ocorre e as mãos devem, portanto, acompanhar o movimento 
torácico simetricamente. 
Resumindo, as mãos abaixo do peito, próximo ao final do esterno, com os 
dedos nas axilas. 
 
-Bases Pulmonares ou Lobo Inferior: Avalia simetria e a extensão do 
movimento 
Fisioterapeuta se posiciona atrás do paciente; As mãos do fisioterapeuta são 
colocadas fixas na parede posterior do tórax, ao nível da décima costela e os 
polegares encontram-se na linha média, os dedos chegam próximo à dobra 
axilar média; O paciente é solicitado a inspirar; Resumindo, a mão fica um 
pouco abaixo das escapulas mas acima da cintura. 
3.Percussão: A técnica deve ser realizada de forma comparativa, utilizada para avaliar o tecido 
pulmonar. 
 A técnica utilizada é a do dígito-digital. Com apoio do terceiro dedo da mão esquerda à 
parede torácica, a partir da falange distal. E a percussão sendo feita com o terceiro 
dedo da mão direita, que golpeará a falange distal do dedo esquerdo apoiado à 
parede. 
 No tórax normal a percussão produzirá vibrações lentas e som de tonalidade baixa 
sendo chamado de som claro pulmonar. 
Som maciço ou submaciço (regiões desprovidas de ar) 
Som timpânico ( quando se percute os intestinos e o fundo 
do estômago) 
Som claro ou atimpânico (quando se golpeia o tórax) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.Ausculta Pulmonar: identificar os sons normais e/ou patológicos que ocorrem no interior dos 
pulmões durante a ventilação. 
Paciente deve estar despido e realizar ciclos respiratórios profundos e com a boca entreaberta. 
 
-Técnica de ausculta pulmonar: terapeuta acopla o estetoscópio na região a ser examinada, 
sempre comparando com o outro lado. Ex: ápice com ápice, base com base 
Regiões: as mesmas da percussão (fotos acima) 
Anterior 
Posterior 
Lateral: próximo as bases 
 
Som fisiológico: 
Múrmurio vesicular (MV): ruído produzido pela passagem do ar. 
MV+ : presente 
MV+ : dimuído 
MV- : ausente 
 
 
 
-Ruídos Adventícios (R.A.): ruídos patológicos. Quanto mais distante na arvore 
traqueobrônquica, mais difícil de eliminar. 
• Roncos: Volume alto, vem na ins e exp. Tem secreção em vias de grande e médio 
calibre, secreção nos brônquios 
• Sibilos: Barulho estridente, vem na ins e exp. Estreitamento de via aérea. Quando vem 
na inspiração está associado a secreção de pequeno calibre(bronco-alveolar). Na 
expiração, está associado ao broncoespasmo\broncoconstrição, o asmático faz 
broncoespasmo. 
• Estertores crepitantes: associado aos alvéolos, mais fácil de escutar na insp, barulho de 
abrir velcro, bem menos audível, associado a edema alveolar, alvéolos esta úmido e 
deveria estar seco, presença de liquido dentro do alvéolo afeta a função do 
surfactante. 
• Estertores subcrepitantes ou bolhosos: barulho de bolhas, não tão audível, está 
relacionado com secreção alveolar. 
• Atrito Pleural: raro de se encontrar, a literatura diz que o barulho parece com couro 
esfregando em outro, mas caso escute, está associado a patologias na pleura. 
 
5.Sinais Vitais: 
 P.A. Pressão arterial 
 F.R. Frequência respiratória (avaliar enquanto avalia a FC, diz que vai avaliar a FC e avalia as 
duas juntas) 
 F.C. Frequência cardíaca 
 Temperatura axilar 
 Saturação de oxigênio 
 
-Avaliação da tosse: 
Tosse ineficaz: não consegue tossir 
Tosse eficaz produtiva ou improdutiva: tosse seca é tosse improdutiva 
Produtiva com ou sem expectoração.: tosse sem expectoração é que tem barulho de secreção 
mas não veio para fora. 
 
Classificar: volume, viscosidade, coloração e odor da secreção brônquica. Cor e viscosidade são 
principais. 
Mucóide: secreção clarinha, branquinha, não faz mal 
Mucopurulenta: secreção amarelada, está começando a agravar 
Purulenta :secreção esverdeada, já está grave 
Hemoptoica: secreção com filetes de sangue 
Hemoptise: secreção com sangue vivo 
Vômica: vem junto com vômito 
 
-Avaliação da força muscular respiratória: Três medidas e pega a maior, utiliza o 
Manuovacuômetro 
Pi max: -90 a -120 cm H2O (inspiração) 
Pe max: 100 a 150 cm H2O (expiração) 
 
-Avaliação do Peak Flow: avalia resistência e velocidade das vias aéreas, quanto maior a 
resistência, menor o peak flow. Assoprar rápido, três medidas e considera a maior. Avalia a Exp 
se está soltando tudo 
Ex: 1,70m 4761\minuto 
 
-Ventilometria: Avaliação do volume corrente pulmonar (VC), utiliza ventilômetro. Respirar 
tranquilo 
 
*Gasometria Arterial: 
A gasometria arterial é um exame complementar, normalmente realizado em paciente 
hospitalizado, que oferece a quantidade de Co2 e O2 no sangue. Nesse exame verificamos o 
estado ácido base ph e ventilação. 
Referências padrões (ela vai dar na prova) 
Oxigênio não altera pH 
Para escrever o laudo sempre começamos com o pH: 
Seu valor de referência é de 7,35 a 7,45. Sendo menor que 7,35 está em acidose e acima de 
7,45 está em alcalose. 
Mas afinal o que é pH, todas as coisas, absolutamente tudo tem um pH que varia de 1 a 14, 
sendo o pH abaixo ou igual a 6,99 ácido e acima ou igual a 7,01 alcalino. Mas cada sistema do 
nosso corpo para entrar em homeostase tem um pH padrão, por exemplo, o pH do suco 
gástrico é em torno de 3 o que é extremamente ácido, assim como da nossa urina é em torno 
de 6 que também é ácido, quando tiver dúvidas do que é um pH ácido por exemplo, lembre 
dessas áreas do corpo. 
No sistema respiratório o pH padrão é a referência de 7,35 a 7,45. 
Agora analisando os componentes do Sistema respiratório da gasometria: 
O PCO2 ou também chamado de Pressão de Gás Carbônico, tem sua referência de 35 a 45, 
sendo abaixo de 35 uma alcalose e acima de 45 uma acidose, pois o gás carbônico tem 
característica ácida, quanto mais tiver, mais ácido está. 
Para ajudar a compreender porque esse componente altera nosso pH precisamos entender o 
que ele faz no nosso organismo. 
A Hemoglobina que irá fazer o transporte tanto do oxigênio quanto do gás carbônico, pega o 
oxigênio nos pulmões, transporta até os músculos e quando chega lá encontra um ambiente 
que é de característica ácida, por conta da quantidade de gás carbônico que está presente ali, 
então ela fica com uma afinidade maior para o gás carbônico e larga o oxigênio para se ligar ao 
gás carbônico. Quando ela já esta ligada ao gás carbônico em direção aos pulmões para fazer a 
troca gasosa, ela chega nos pulmões que tem uma característica mais básica e se desprende do 
gás carbônico para ficar com uma afinidade maior com o oxigênio e assim se liga no oxigênio e 
repete o ciclo. Mas e quando o pulmão está mais ácido, a hemoglobina não vai querer se 
desprender do gás carbônico porque ela não recebeu o estimulo básico para se desprender 
dele, então a PCO2 irá aumentar por não estar se desprendendo, pois não está captando o 
oxigênio que deveria estar pegando. Então a parte do sistema respiratório fica em uma 
acidose. 
Dica: na hipoventilação eu não tenho troca gasosa eficiente, então o Co2 aumenta e o sangue 
fica ácido➡ acidose 
Na hiperventilação: o Co2 diminui, O2 aumenta então o sangue fica alcalino➡ alcalose por 
conta do Co2 diminuído. 
Agora quando a PO2 está baixa ou alta, isso não irá afetar o pH. O que irá implicar é se estará 
em uma hipoxemia ou hiperoxemia, seu valor de referencia é de 80 a 100, sendo abaixo de 80 
hipoxemia, e se estiver abaixo de 60 é uma hipoxemia severa e sendo acima de 100 é uma 
hiperoxemia, que só irá ocorrer em pacientes que estão em ventilação mecânica ou 
suplementando oxigênio para respirar pois não tem como um humano no nosso ambiente de 
convívio com a quantidade de oxigênio no ar, entrar em hiperoxemia. 
Agora analisando os componentes do Sistema metabólico da gasometria: 
Ambos os componentes do sistema metabólico têm características básicas/alcalinas, sendo 
eles o Bicarbonato (HCO3) e o Base Excess. Seus valores de referência são respectivamente, de 
22 a 28; -3 a +3. Lembrando que os números vão de -3 para -2 para -1 e para 0. Então quando 
ambos esses valores estão abaixo da referência, eles estão ácidos, pois sua característica é 
básica, se o numero de base diminui, está ficando mais ácido. Já quando esses valores estão 
acima da referência, eles estão em alcalose, pois tem mais bases do que a referência. 
Já a Saturação de Oxigênio (SatO2) também não vai interferir no pH, sua referência é acima de 
92% . 
 
Agora analisando o que significa os conceitos de descompensada, parcialmente compensada, 
compensada e mista: 
 
Descompensada: é quando o pH está fora da referência, um dos dois sistemas também está 
fora da referência e o outro sistema está dentro da referência, o que é ruim pois ele deveria 
estar tentando normalizar o sistema que está em desequilíbrio. Resumindo, é quando o 
sistema que está normal, não está fazendo nada para ajudar o outro. 
 
Parcialmente compensada: é quando o pH está fora da referência, um sistema está em acidose 
e o outro sistema está em alcalose (ou vice versa), é quando um sistema está tentando 
compensar o outro que está ruim, mas esse esforço não foi o suficiente pois o pH ainda está 
em desequilíbrio. O que vai dizer se é respiratório ou metabólico é em qual desequilíbrio o pH 
está, ex: se o pH está em acidose, o sistema que também estiver em acidose é o problema 
primário. 
 
Compensada: é quando o pH está dentro da referência, mas os dois sistemas não estão na 
referência, um sistema vai estar em acidose enquanto o outro vai estar em alcalose, isso 
significa que o sistema com problema secundário se esforçou o suficiente para equilibrar o pH. 
Agora como saber qual sistema surgiu o problema primário, vamos olhar o pH, se ele está por 
exemplo em 7,38 está mais próximo do meio ácido (que é abaixo de 7,35) do que do meio 
alcalino (que é acima de 7,45), então o problema primário dele era uma acidose, agora é só 
olhar qual sistema está em acidose. 
 
Mista: é quando o pH está fora da referência, e ambos os sistemas se encontram em um 
desequilíbrio igual, exemplo quando o sistema respiratório e o metabólico estão em uma 
acidose ou uma alcalose, mas é quando ocorre de ambos estarem no mesmo estado. Não seria 
descompensada pois para estar descompensado, só um dos sistemas tinha que estar em 
desequilíbrio, na mista é quando os dois sistemas estão em desequilíbrio juntos e não tem 
ninguém compensando nada. 
 
E como saber qual sistema está causando o problema primário? Olhar o pH. 
Se tiver alteração no gás carbônico é um problema respiratório. 
Se a alteração for no bicarbonato e na base excess ➡ alteração metabólica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Casos de Gasometria: 
 
pH= 7.51 alcalose 
pO2= 65 hipoxemia 
pCO2=30 alcalose 
HCO3=25 normal 
EB= -1 normal 
SatO2=92% normal 
Laudo: alcalose respiratória descompensada com hipoxemia 
 
pH= 7.11 acidose 
pO2= 55 hipoxemia severa 
pCO2=21 alcalose 
HCO3=8 acidose 
EB= -16 acidose 
SatO2=84% baixa 
Laudo: acidose metabólica parcialmente compensada com hipoxemia severa 
 
pH=7.45 normal, mas está mais próximo do lado alcalino 
pO2= 100 normal 
pCO2=30 alcalose 
HCO3=20 acidose 
EB= -6 acidose 
SatO2=98% normal 
Laudo: Alcalose respiratória compensada 
 
pH= 7.47 alcalose 
pO2= 92 normal 
pCO2=31 alcalose 
HCO3=30 alcalose 
EB= +4 alcalose 
SatO2=97% normal 
Laudo: Alcalose mista 
NP2: 
 
SIGNIFICADO CLÍNICO DA AUSCULTA PULMONAR: 
 
Roncos: Secreção nas vias aéreas de grande e médio calibre. 
Sibilos: Estreitamento de via aérea Sibilo Insp é secreção de pequeno calibre e 
Sibilo Exp é broncoespasmo. 
Estertores Crepitantes: presença de líquido no alvéolo. 
Estertores subcreptantes: secreção alveolar. 
Atrito pleural: patologias da pleura. 
 
Apenas identificando o problema através da ausculta poderemos elaborar nosso plano 
de tratamento para esse paciente. 
 
 
 
 
*Tipos de Manobras: 
 
MANOBRAS DE HIGIENE BRONQUICA E REMOÇÃO DE SECREÇÃO: Drenagem postural, 
tapotagem, vibrocompressão, vibração, compressão torácica, tosse, aspiração... 
 
MANOBRAS DE EXPANSÃO PULMONAR 
Frenolabial, exercício diafragmático, soluções inspiratórios, inspiração em tempos, 
expiração abreviada, descompressão torácica abrupta localizada, incentivador 
inspiratório. 
 
Toda doença restritiva irá trabalhar expansão, enquanto toda doença obstrutiva irá 
trabalhar higiene. 
 
Não esquecer da importância da Cinesioterapia Respiratória e motora. Precisamos 
fortalecer os músculos, fazer exercícios para aumento da capacidade aeróbia, 
condicionamento cardiorrespiratório, fortalecer musculatura acessória e fortalecer 
MMSS e MMII que são afetados pelas condições principalmente quando há 
hospitalização. 
 
Doenças do Sistema Respiratório 
 
*Insuficiência Respiratória: 
Definição: insuficiência de realizar troca gasosa, vai ter insuficiência na captação de oxigênio e 
eliminação de gás carbônico 
 
Irá gerar então redução da pressão parcial de oxigênio no sangue, gerando hipoxemia (PaO2) 
estando abaixo de 60 na gasometria, ou seja, redução da oxigenação e consequentemente 
aumentando os níveis de pressão parcial de dióxido de carbono, gerando hipercapnia (PaCO2) 
estando acima de 45 na gasometria, isto é redução da ventilação. 
 
-Tipos de IR: 
• Insuficiência Respiratória Aguda: grave, rápido, abrupto 
• Insuficiência Respiratória Crônica: agrava progressivo, paciente convive com isso 
• Insuficiência Respiratória Crônica com quadro de Agudização: paciente crônico adquire 
um quadro gripal que agrava aquele caso, por exemplo 
-Classificação da IR: (outra classificação) 
• Insuficiência Respiratória Tipo I: Hipoxemica, sem hipercapnia, hiperventilação é a 
resposta fisiológica a hipoxemia, hipoxemia acompanha PaCO2 normal ou 
diminuída(hipocapnia) por estar ventilando mais. 
• Insuficiência Respiratória Tipo II: Hipercápnica, com hipoxemia e hipercapnia. 
Hipoventilação. Resposta ineficiente devido a complicações seja de consciência, 
seja muscular. 
-Fisiopatologia: 
• Causas da Hipoxemia Tipo I: Shunt; Alteração da Difusão;Desequilíbrio da Relação V/Q. 
• Causas de Hipoventilação Tipo II: Depressão do SNC; Alteração da função 
neuromuscular; Sobrecarga ventilatória. 
 
 
-Manifestação Clinica/Sinais e sintomas: 
• SNC: Agitação, Cefaleia (dor de cabeça), tremores, alucinações, convulsões 
• Respiração: FR alteração do padrão, utilização da musculatura acessória 
• Ausculta: Alteração do MV, ruídos adventícios. Sudorese, cianose, batimento da asa de 
nariz, tiragem 
• Hemodinâmica: taquicardia, arritmias, hipertensão, hipotensão. 
 
-Tratamento: Oxigenoterapia (dar oxigênio) 
Fluxo de O2 (L/min): vai de 1 a 10L/min 
Cateter nasal: 1 a 5L/min; Máscara facial simples: 5 a 10L/min 
Dar oxigênio até dar 94% de saturação, pois oxigênio causa dependência 
 
*DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: 
Obstrutiva: tudo que obstrui a passagem do ar, dificuldade na fase de expiração 
Restritiva: dificuldade para entrar o ar, na fase de inspiração. 
 
-Definição: Limitação do fluxo aéreo, progressiva, não totalmente reversível 
Doenças da DPOC: Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar 
Características: Obstrução ou limitação crônica ao fluxo aéreo. Combinaçãodas duas doenças. 
Progressão lenta e irreversível 
 
1.Bronquite Crônica: Muita secreção. Aumento da quantidade de secreção na arvore brônquica 
(dando tosse e expectoração purulenta) por 3 meses no ano por mais de 2 anos seguidos; 
 
-Etiologia: Tabagismo (90% dos casos); Fatores ambientais (fumaça de lenha, poeira) 
-Fisiopatologia: 
• Hipertrofia das glândulas mucosas causando hipersecreção 
• Espessamento da parede brônquica 
• Aumento e maior viscosidade do muco 
• Diminuição da atividade ciliar 
• Maior gravidade nos meses de inverno 
-Quadro Clinico: Ausculta pulmonar e tratamento 
• Tosse e expectoração 
• Dispneia e incapacidade física 
• Retenção crônica de CO2 
• Diminuição da PO2 
2.Enfisema Pulmonar: Aumento anormal e permanente do volume do 
espaço aéreo distal ao bronquíolo terminal acompanhado de destruição 
dos alvéolos. O cacho de uva que é formado de vários alvéolos, se torna 
um só, diminuindo a área de troca gasosa, não existe mais a 
comunicação entre os alvéolos. Área acometida: área de troca gasosa 
(diminui a área, diminui a difusão = dispneia) 
-Etiologia: 
Adquirido: tabagismo 
A inalação crônica da fumaça do cigarro gera como resposta um mecanismo inflamatório. As 
células de defesa (neutrófilos e macrófagos) são recrutados ao pulmão e liberam mediadores 
que podem gerar a destruição e dilatação do parênquima pulmonar (Enfisema). 
Este processo gera um remodelamento das VA, que consta na hiperplasia das glândulas 
mucosas, determinando maior produção de muco (Bronquite Crônica) e hipertrofia da 
musculatura lisa dos brônquios. 
 
Hereditário: Deficiência de alfa 1 antitripsina 
Predisposição genética = a α 1 – antitripsina inibi a produção de enzimas proteolíticas, assim, 
com a deficiência α 1 – antitripsina ocorre aumento das enzimas proteolíticas que, 
consequentemente, destroem e dilatam o parênquima pulmonar (Enfisema). 
 
-Fisiopatologia: 
• Hiperdistensão alveolar com destruição do tecido e consequente confluência dos 
grupos alveolares (diminui área de troca) 
• Perda da retração elástica pulmonar 
• Lesões vasculares 
• Hiper-insuflação pulmonar: altera a função muscular, aumenta o gasto energético 
causando fadiga muscular 
-Sinais e Sintomas: 
• Dispneia 
• Emagrecimento 
• Retração dos músculos acessórios 
• Tórax em tonel (guardador de ar) 
• Pode haver hipersecreção e diminuição da atividade ciliar 
*Tratamento para ambos: 
✓ Exercícios de desinsuflação pulmonar, como frenolabial 
✓ Manobra de Higiene Brônquica, em conjunto com a drenagem postural, técnicas como 
tapotagem, vibrocompressão, tosse 
✓ Treinamento e alongamentos dos músculos respiratórios (diafragma) 
✓ Correções posturais 
✓ Condicionamento cardiorrespiratório 
✓ Oxigenoterapia (para corrigir broncoespasmo) 
✓ Flutter ou Acapella 
 
*Raio X: 
• Aumento do diâmetro ântero posterior do tórax (guardador de ar, tórax em tonel) 
• Aumento dos espaços intercostais 
• Retificação das cúpulas diafragmáticas 
• Diminuição da trama vascular (hipertransparência) 
 
*Asma: Característica obstrutiva(secreção) 
-Definição: Hiperreatividade brônquica com limitação (obstrução) ao fluxo aéreo reversível com 
ou sem uso de medicações. 
Porque a asma não está nas doenças da DPOC? Porque ela é totalmente reversível, não é 
crônica. 
-Etiologia: 
Está ligada ao sistema imune (atópica), parece ter caráter hereditário. 
Associado a outros tipos de doenças alérgicas como rinite, urticária, etc. 
Níveis elevados de IgE no soro (marcador alérgico) 
Asma induzida ao esforço 
 
-Fisiopatologia: Decorrem do processo inflamatório que desencadeia 3 
mecanismos obstrutivos: 
• Broncoespasmo: redução dos calibres das VA, ocorre 
hiperinsuflação pulmonar secundária à obstrução do fluxo 
aéreo. Nas crises mais graves podem haver alteração da 
função respiratória caracterizada por hipoxemia e 
hipoventilação alveolar (hipercapnia); 
• Edema: inflamação da parede brônquica 
• Muco: secreção na luz brônquica 
 
-Quadro Clínico: 
• Entre as crises: paciente costuma ser assintomático 
• Durante as crises: Sibilos, dispneia, opressão torácica (noite ou início da manhã) 
• Sibilos exp =>broncoespasmo 
• Sibilos insp => secreção 
• Maior FR; Maior FC; uso dos músculos acessórios, esforço ventilatório para compensar 
a obstrução 
 
-Tratamento: indicar natação 
✓ Programa treinamento físico com objetivo de melhorar capacidade aeróbia, a 
resistência muscular periférica e coordenação motora 
✓ Manobras de Higiene Brônquica, caso necessário 
✓ Reeducação respiratória + frenolabial 
✓ Alongamentos músculos acessórios 
✓ Correções posturais 
 
*Pneumonia: restritiva (trabalhar expansão) 
-Definição: Processo inflamatório secundário a um processo infeccioso das VA periféricas, torna 
o pulmão menos complacente (não se enche completamente) 
Dividida em: 
• Pneumonia Lobar: consolidação pulmonar homogênea que acomete um lobo 
• Broncopneumonia: consolidação heterogênea, ou seja, irregular, podendo ser em 
vários lobos 
• Intersticial: ocorre no interstício pulmonar (tecido entre os alvéolos e capilares) 
-Etiologia: Inalação por vírus ou bactéria. Aspiração do conteúdo gástrico(broncoaspiração) 
-Fisiopatologia: tendem a condensar o tecido pulmonar, causando redução da complacência 
pulmonar, tendendo a redução dos volumes pulmonares. Causam desequilíbrio a relação V/Q e 
geram shunt intrapulmonar, prejudicando as trocas gasosas, com presença de hipoxemia. 
• Pneumonia Comunitária Típica: início agudo, febre, calafrios, tosse produtiva. 
• Pneumonia Comunitária Atípica: Início gradual, febre baixa e tosse improdutiva. 
 
-Tratamento: 
Hidratação das vias aéreas e aerossolterapia; (pacientes hipersecretivo) 
Manobra de Higiene Brônquica caso seja necessário, como drenagem postural, tapotagem, 
vibrocompressão. 
Manobra de Expansão, como frenolabial, respiração em tempos, respiração diafragmática. 
 
*Pneumotórax: restritiva 
-Definição: Presença de ar no espaço interpleural, impedindo a expansão pulmonar 
Dividido em: 
• Espontâneo: Primário (rompimento de bolhas ou cistos, sem doenças) /Secundário 
(possuem doenças como DPOC enfisema, Asma, etc..) 
• Iatrogênico: Causado por erros de conduta terapêutica (passagem de cateter venoso 
central exemplo) 
• Traumático: Fechado (fratura de costela, contusão pulmonar) / Aberto (perfuração por 
arma de fogo ou arma branca) 
 
-Quadro Clinico: 
• Dor torácica pleurítica; 
• Dispneia; 
• Aumento do trabalho ventilatório e FR; 
• Uso da mm acessórios; 
• Hipoxemia (desequilíbrio da relação V/Q e pelo shunt) 
• Cianose central; 
• Presença de enfisema subcutâneo (ar sob a pele) 
• Ausculta Pulmonar = MV ausente ou diminuído no local do Pneumotórax devido a 
redução do volume. 
• Sudorese e palidez (P. Hipertensivo) 
-Tratamento: 
Oxigenoterapia 
Manobra de Expansão, como frenolabial, respiração em tempos, respiração diafragmática 
Cinesioterapia Respiratória, como por exemplo pegar um bastão e fazer respiração em tempos 
enquanto flexiona o ombro com o bastão no ritmo da respiração. Deambulação 
 
*Derrame Pleural: restritiva 
Definição: Quantidade anormal de liquido no espaço interpleural. 
P.P.P Definição de Derrame pleural. Se escrever que é presença de liquido no espaço 
interpleural está errado, pq já tem liquido lá. A Definição é quantidade ANORMAL. 
Ocorre de duas formas: 
• Transudativo: líquido semelhante ao líquido pleural normal. Ocorre por Insuficiência 
cardíaca, Insuficiência renal avançada 
• Exsudativo: tem sangue, pus, está inflamado. Ocorre por Inflamação Pleural, 
Neoplásicos(câncer de pulmão), Hemotórax(causado por trauma que perfura a pleura) 
-Principais causas: Pneumonia, Tuberculose, Cânceres com metástases para a pleura 
-Sinais e Sintomas: 
• Dor Pleurítica; (casos exsudativos – comprometimento pleura parietal, pois a visceral 
não é inervada); 
• Tosse Seca; 
• Dispneia; 
• Diminuição da expansibilidade torácica; 
• Ausculta Pulmonar: MV Abolido ou diminuído.-Tratamento: 
Oxigenoterapia 
Manobra de Expansão, como frenolabial, respiração em tempos, respiração diafragmática 
Cinesioterapia Respiratória, como por exemplo pegar um bastão e fazer respiração em tempos 
enquanto flexiona o ombro com o bastão no ritmo da respiração. Deambulação 
 
*Empiema Pleural: restritiva 
-Definição: Acumulo de pus na cavidade pleural. 
-Principais causas: Surgem a partir de uma infecção no pulmão (pneumonia), estafilococos são 
os agentes causadores da infecção 
-Sinais e Sintomas: 
• Falta de ar – dispneia 
• Febre – hipertermia 
• Tosse 
• Sensação de mal-estar 
• Transpiração em repouso – sudorese 
• Dor torácica 
-Tratamento: 
Primeiro antibióticos e drenagem do empiema. A maioria recupera totalmente e não fica com 
lesão pulmonar. 
Manobra de Expansão Pulmonar após drenagem, como respiração em tempos, frenolabial, 
respiração diafragmática. 
Alongamento e correções posturais 
Manobra de Higiene Brônquica caso seja necessário, como drenagem postural, tapotagem, 
vibrocompressão. 
 
*Tuberculose: obstrutiva 
-Definição:Doença infectocontagiosa de evolução crônica, causada pelo agente Mycobacterium 
tuberculosis 
-Tipos de Tuberculose: 
• Primária: quando os bacilos infectantes vencem as forças defensivas e se difundem por 
todo o organismo 
• Reinfecção ou reativação: quando o sistema imune cai e reaparece a doença 
-Manifestações clinicas: 
• Início silencioso, manifestações discretas, 
• Febre; 
• Emagrecimentos; 
• Dor torácica; 
• Tosse (início seca e produtiva posteriormente); 
• Hemoptise (tosse com sangue) 
 
-Tratamento: Principalmente Oxigenoterapia, higiene brônquica (tapotagem, vibrocompressão, 
drenagem postural), tosse e cinesio motora e respiratória 
• Oxigenioterapia; 
• VMNI 
• MHB; (Tapotagem, Vibrocompressão) 
• Inaloterapia / Aerossolterapia 
• Drenagem Postural 
• Técnica de expiração forçada / Huffing 
• Tosse assistida; 
• Oscilação oral de alta frequência (Flutter/Shaker) 
• MRP 
• Cinesioterapia Motora 
• Cinesioterapia Respiratória 
 
*Síndrome da Angustia/Desconforto Respiratória Aguda (SDRA/SARA): restritiva 
-Definição: Alteração da permeabilidade da membrana alvéolo capilar com extravasamento de 
líquido para o interior dos alvéolos edema pulmonar. Instalação aguda e comprometimento 
de trocas gasosas. *toxicidade por O2 (refratária) 
-Tipos de SARA: 
1. SARA Primária: 
• Infecções pulmonares; 
• Aspirações de secreções gástricas; 
• Inalação de gases tóxicos; 
• Quase afogamento; 
• Toxicidade pelo O2 
2. SARA Secundária: 
• Sepse; 
• Politrauma; 
• Choque; 
• Embolia Gasosa; 
• Pancreatite; 
• Politranfusão; (sangue não compatível) 
• Após CEC (circulação extracorpórea); 
• Coagulopatias; 
-Fisiopatologia: 
• Resposta inflamatória; 
• Extravasamento de líquido para região alveolar; 
• Alterações das células pulmonares; 
• Redução da produção de surfactante; 
• Alteração das propriedades elásticas pulmonares; 
• Toxicidade pelo O2 
• Lesão gerada pela ventilação mecânica. 
• Todos esses mecanismos podem gerar shunt e consequentemente, hipoxemia, que é 
refratária ao uso de O2 
-Dividida em 3 fases: 
1. Fase Exsudativa: (início da doença – 4 dias) = edema alveolar, início do espessamento das 
membranas alvéolos-capilares. 
2. Fase Proliferativa: (4 a 10 dias) = início da resposta fibroblástica e fibrose intersticial. 
Aumento da resposta inflamatória, colapso alveolar e espessamento da parede alveolar e 
redução da síntese de surfactante) 
3. Fase Fibrótica: (8 a 10 dias = áreas pulmonares densamente consolidada e fibrosadas. A 
complacência pulmonar estará muito reduzida e as trocas gasosas extremamente deficiente) 
-Tratamento: 
VM protetora 
Manobras de Higiene Brônquica se necessário, como tapotagem e vibrocompressão 
MRP 
ASPIRAÇÃO 
Mobilização passiva/ativa de MMII e MMSS 
Mudanças de decúbito

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