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SÍNDROME DE BURNOUT Definição • Estados Unidos, 1974; Herbert Freudenberger • Burn = queima e out = exterior • Estresse cro ̂nico mais associado ao mundo do trabalho, em que a pessoa sente “perder a energia”, o entusiasmo e o interesse, apresenta comportamentos de fadiga, depressão, irritabilidade, aborrecimento, perda de motivação, sobrecarga de trabalho, rigidez e inflexibilidade; comprometendo a saúde e performance profissional. Definição • Burnout: Síndrome que envolve atitudes e condutas negativas com os usuários, clientes, organização e trabalho. • Estresse: esgotamento pessoal que interfere na vida do indivíduo, mas não necessariamente relacionada ao trabalho. Definição Estresse • REAÇÃO NATURAL A UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA; • ESGOTAMENTO FÍSICO; • HIPERSENSIBILIDADE; • REDUÇÃO DA ENERGIA. Burnout • DESILUSÃO CAUSADA PELO EXCESSO DE SITUAÇÕES ESTRESSANTES; • ESGOTAMENTO EMOCIONAL; • FALTA DE SENSIBILIDADE; • REDUÇÃO DA MOTIVAÇÃO. Incidência • Principalmente prestadores de assistência ou responsáveis pelo desenvolvimento de outras pessoas: • Médicos, enfermeiros, psicólogos, professores, assistentes sociais, agentes penitenciários, policiais, bombeiros, cuidadores de pessoas com doenças degenerativas, entre outros. • Iniciou-se estudos com uma enfermeira ‘Miss Jones’ (1953), onde é descrita a problemática de uma enfermeira psiquiátrica desiludida com o seu trabalho. • ‘A Burn Out Case’ (1960), arquiteto que abandonou sua profissão devido aos sentimentos de desilusão causado pela mesma. Incidência • Pesquisa (Universidade de Brasília – 2,5 anos de estudo): • 52 mil professores de redes municipais, encontrou 48% sofrendo algum sintoma e 25% com a síndrome instalada. • Enfermeiras: • No Canadá possuíam uma das taxas mais altas de licenças médicas. • Acadêmicos: • O início da síndrome pode se dar já durante a fase acadêmica, no período de preparação ao trabalho. Incidência • Grande índice em médicos: • 47% tem um tendência para doença mental e 29% sintomas clínicos de depressão • Os suicídios representam 38% das mortes prematuras em médicos no mundo inteiro, e são quatro vezes superiores nas mulheres. • Os médicos têm frequentes conflitos familiares e divorciam-se vinte vezes mais do que a população geral • Alguns recorrem à tóxicos e ao álcool. • Apresentam aumento na incidência de infarto do miocárdio e morrem mais precocemente • Um terço considera a violência um grave problema no trabalho, tendo 95% sido vítimas de agressões físicas e verbais Etiologia • Esgotamento físico e mental crônico causado pelo trabalho. Estresse ocupacional. • Trabalhadores expostos a situações de extrema pressão, jornadas exaustivas, responsabilidades e frustrações. • Gera frustração, impotência e cobrança. Sinais e Sintomas • Físicos: • Fadiga, enxaqueca, dores musculares e distúrbios do sono, perturbações gastrointestinais, imunodeficiência, transtornos cardiovasculares, distúrbios do sistema respiratório, disfunções sexuais, alterações menstruais nas mulheres, afastamento das tarefas cotidianas. Sinais e Sintomas • Psíquicos: • Falta de atenção, de concentração, alterações de memória, lentificação do pensamento, sentimento de alienação, sentimento de solidão, impaciência, sentimento de insuficiência, baixa auto estima, dificuldade de auto aceitação, desânimo, tristeza, depressão, desconfiança, paranóia, exaustão emocional, apatia extrema, desinteresse pelo trabalho e pelo lazer, depressão, alteração de memória e do humor, exaustão causado pelo excessivo desgaste de energia. Sinais e Sintomas • Comportamentais: • Sentimento de fracasso, negligência ou excesso de escrúpulos, irritabilidade, incremento da agressividade, incapacidade para relaxar, dificuldade na aceitação de mudanças, perda de iniciativa, aumento do consumo de substâncias químicas, comportamento de alto risco. Sinais e Sintomas • Defensivos: • Tendência ao isolamento, sentimento de onipotência, perda do interesse pelo trabalho (ou até pelo prazer), absenteísmo, ironia, cinismo. Sinais e Sintomas Diagnóstico • Muitos pacientes são tratados como depressivos, fazer um diagnóstico diferencial faz muita diferenc ̧a. • Diagnóstico psicológico e psiquiátrico • Ministério da Saúde: doenc ̧a do trabalho. • Anexo II do Decreto no3048/99 ao se referir aos transtornos mentais e do comportamento relacionado com o trabalho (Grupo V da CID- 10), • O inciso XII aponta a sensac ̧ão de estar acabado (síndrome de burnout, síndrome do esgotamento profissional). • As implicac ̧ões financeiras para o governo: afastamentos, rotatividade e aposentadoria precoce • Elaborado por Maslach e Jackson, é o inventário mais utilizado para a detecção da síndrome. • Existem três versões de inventários tipo MBI: • MBI-HSS (Human Services Survey), destinado à profissionais de servic ̧os humanos, como é o caso de médicos; • MBI-ED (Educato Survey), para educadores; • MBI-GS (General Survey), indicado para profissionais em geral. Inventário Burnout de Maslach (MBI) Inventário Burnout de Maslach (MBI) •DECLARAÇÕES FAIXA DE BURNOUT •1. Sinto-me emocionalmente esgotado(a) com meu trabalho. •2. Sinto-me esgotado(a) no final de um dia de trabalho. •3. Sinto-me cansado(a) quando me levanto pela manhã e preciso encarar outro dia de trabalho. •4. Trabalhar o dia todo é realmente moCvo de tensão para mim. •5. Sinto-me acabado(a) por causa do meu trabalho. •6. Só desejo fazer o meu trabalho e não ser incomodado(a). __________________________________________________________________________________________________________ •7. Tornei-me menos interessado(a) no me trabalho desde que assumi esse cargo. •8. Tornei-me menos interessado(a) com meu trabalho. •9. Tornei-me mais descrente sobre se o meu trabalho contribui para algo ou alguma coisa. •10.Duvido da importância do meu trabalho. __________________________________________________________________________________________________________ •11.Sinto-me entusiasmado(a) quando realizo algo no meu trabalho. •12.Realizei muitas coisas valiosas no meu trabalho. 13.Posso efeCvamente solucionar problemas que surgem no meu trabalho. •14.Sinto que estou dando uma contribuição efeCva à organização onde trabalho. •15.Na minha opinião, sou bom (boa) no que faço. •16.No meu trabalho, me sinto confiante de que sou eficiente e capaz de fazer com que as coisas aconteçam. •FREQUÊNCIA •0 = Nunca •1 = Raramente no ano 4 = Uma vez por semana •2 = Algumas vezes no ano 5 = Algumas vezes durante a semana •3 = Algumas vezes durante o mês 6 = Todo dia Exaustão Emocional (EE) Despersonalização (DE) Realização Profissional (RP) Quando o inventário revela altas pontuac ̧ões em EE e DE, associadas a baixas pontuac ̧ões relativas à RP, o trabalhador é diagnosticado com burnout Diagnóstico • Exaustão emocional: • Se refere à sensação de esgotamento tanto físico como mental, ao sentimento de não dispor mais de energia para absolutamente nada. De haver chegado ao limite das possibilidades; Diagnóstico • Despersonalização: • Não significa que o indivíduo deixou de ter sua personalidade, mas que esta sofreu ou vem sofrendo alterações, levando o profissional a um contato frio e impessoal com os usuários de seus serviços (alunos, pacientes, clientes, etc.), passando a denotar atitudes de cinismo e ironia em relação às pessoas e indiferença ao que pode vir a acontecer aos demais. Diagnóstico • Reduzida Realização Profissional: • Evidencia o sentimento de insatisfação com as atividades laborais que vem realizando, sentimento de insuficiência, baixa auto estima, fracasso profissional, desmotivação, revelando baixa eficiência no trabalho. Por vezes, o profissional apresenta ímpetos de abandonar o emprego. Tratamento • Multidisciplinar, fármacos e psicoterapia para melhorar a auto estima • Reavaliar o espaço do seu trabalho • Procurar fazer o que gosta • Não negligenciar a família, o lazer e oesporte • Usufruir as férias • Estabelecer prioridades para o dia Tratamento • Selecionar os estímulos – o que ouve, fala, pensa e vê, além das companhias – pessimismo é contagiante! • Cultivar um tempo livre, sem fazer nada • as idéias mais criativas e brilhantes podem surgir durante o ócio, quando a cabec ̧a está mais arejada • Aprender a delegar funções, dividir responsabilidades e confiar no talento de seus colaboradores • Ser mais flexível com as rotinas, porque os imprevistos acontecem Tratamento • Na alimentação evitar excessos com substâncias conhecidas como “estressores” do organismo • Sal, álcool, açúcar refinado e cafeína. • Investir sempre em autoconhecimento • Procurar centrar-se no presente