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autorizados a impugnar judicialmente qualquer ato normativo proveniente de outra pessoa jurídica de direito público interno que lhe seja hierarquicamente superior; 4) os Municípios não foram alcançados pela Lei Maior à posição de pessoas políticas, como os Estados e o Distrito Federal, sendo certo que não podem livremente disciplinar os assuntos de interesse local, inclusive os que concernem à instrução e arrecadação dos tributos de sua competência. • Vide art. 156, I, II, III e IV, e §§, da CF. 6 – Se o Estado de São Paulo decidir não mais cobrar o IPVA, certamente poderá: 1) fazê-lo, não se utilizando simplesmente da competência tributária que lhe foi concedida pela Carta Magna, uma vez que, na maioria dos casos, seu exercício é facultativo; 2) renunciar à competência tributária que lhe foi concedida, declinando- a, decidindo por meio de lei que não mais tributará determinado fato, inscrito na sua esfera de competência tributária, da qual poderá abrir mão a qualquer momento; 3) delegar tal competência à União ou aos Municípios, através de lei específica ou convênio que celebrarem, suscetível de transferir competência tributária, exclusiva do Estado, a outra entidade política; 4) fazê-lo, desde que haja comum acordo com o interesse da União, que deverá elaborar norma jurídica autorizadora. • Vide art. 155, III, da CF. 7 – Por outras modalidades, além do pagamento, a obrigação tributária pode se extinguir. Certamente, não é uma delas: 1) a compensação, desde que haja lei que a autorize; 2) a transação, sempre indicando a lei autorizadora, a autoridade competente para efetivá-la; 3) o desaparecimento do sujeito passivo; 4) a decisão judicial passada em julgado. • Vide doutrina. 8 – A responsabilidade por infração da legislação tributária possui uma característica que certamente destoa das demais responsabilidades que são previstas na legislação civil e penal, a saber: 1) independe da intenção do agente ou do responsável, salvo nas hipóteses em que a lei dispuser em contrário; 2) depende da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato; 3) depende exclusivamente da ocorrência de comportamento doloso do agente, sendo irresponsáveis os que agem culposamente; 4) depende da ocorrência de resultado prejudicial ao Erário Público, advinda do ato. • Vide doutrina. 9 – Não encontrados bens penhoráveis do devedor da Fazenda Pública e transcorrido o prazo de um ano o que sucederá com a execução fiscal? 1) Será objeto de arquivamento; 2) Restará suspensa por 6 meses; 3) Receberá decreto de extinção; 4) Permanecerá suspensa por 1 ano. • Vide doutrina e jurisprudência. 10 – Citado o devedor da Fazenda do Estado para responder a processo cautelar de natureza fiscal, qual a alternativa correta no tocante ao prazo para contestar? 1) 10 dias; 2) 15 dias; 3) 30 dias; 4) 5 dias; • Vide CPC. 101º EXAME DE ORDEM – OAB/SP – Gabarito: 1–4; 2–2; 3–1; 4–2; 5–2; 6–1; 7–3; 8–1; 9–1; 10–2. QUESTÕES OBJETIVAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 459 102º EXAME DE ORDEM – OAB/SP 1 – A Constituição Federal estabeleceu o princípio da anterioridade em Direito Tributário. Podemos afirmar corretamente que: 1) o imposto lançado por motivo de guerra externa está sujeito ao princípio da anterioridade; 2) o imposto sobre a importação de produtos estrangeiros não está sujeito a tal princípio; 3) os empréstimos compulsórios “para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência” e as contribuições sociais que financiam a seguridade social terão sempre de se submeter a tal princípio; 4) só terão de se submeter ao princípio da anterioridade os tributos que forem criados através de lei que expressamente estipule o período de um ano para que possam ser cobrados. • Vide art. 154, I, da CF. 2 – A lei tributária “A” cria o tributo “X”, sendo revogada pela lei tributária “B”, que por sua vez é revogada pela lei tributária “C”. Pode-se afirmar corretamente que: 1) o tributo “X” deixou de existir, uma vez que o efeito repristinatório não existe no Direito Tributário; 2) o tributo “X” pode perfeitamente ser cobrado, uma vez que a lei “A” voltou a vigorar; 3) a lei “C” não pode revogar a lei “B”, uma vez que na sistemática jurídica do Direito Tributário não é permitido que se revogue lei revogadora; 4) o tributo “X” poderá ser cobrado tão somente diante da existência de norma constitucional que assim expressamente o autorize. • Vide doutrina. 3 – Via de regra, as leis tributárias devem ser: 1) irretroativas; 2) retroativas; 3) irretroativas, somente quando houver expressa determinação inserida na própria lei: 4) retroativas, somente nos casos em que a lei agravar a situação do contribuinte. • Vide doutrina. 4 – São inúmeros os regulamentos tributários em nosso direito positivo. Todavia: 1) em matéria tributária, os regulamentos não podem criar tributos, podendo meramente modificá-los; 2) em matéria tributária, os regulamentos podem apenas criar tributos que ainda não foram criados por lei; 3) os regulamentos que versarem sobre matéria tributária, quaisquer que sejam, são sempre inconstitucionais, uma vez que afrontam o princípio da legalidade; 4) por força do princípio da legalidade, o regulamento não pode por iniciativa própria e sem texto legal prévio, conceder isenções ou incentivos fiscais, criar deveres instrumentais tributários, descrever infrações, cominar-lhes sanções ou impor encargos que possam repercutir na propriedade ou no estado das pessoas. • Vide doutrina. 5 – A respeito da competência tributária, não se pode afirmar que: 1) a pessoa política não pode usurpar competência alheia e nem concordar que sua competência tributária privativa possa ser utilizada por outra pessoa política; 2) uma vez conferida uma determinada competência tributária pela Constituição, a pessoa política poderá alterá-la, de acordo com os critérios de sua conveniência, diante do princípio da autonomia das pessoas políticas, adotado pela Carta Magna; 3) o exercício da competência tributária é irrenunciável, uma vez que os Estados, Municípios, União e Distrito Federal carecem do direito de renúncia ao exercício das competências que receberam da Constituição Federal; 4) os Estados, Municípios, União e Distrito Federal são plenamente livres para se utilizarem, ou não das competências que lhes foram atribuídas, podendo até, mediante lei, transferir o direito subjetivo de arrecadar o tributo a pessoas públicas ou privadas. • Vide arts. 6º a 15 do CTN. 6 – Podemos definir a anistia fiscal como: 1) o perdão da falta cometida pelo infrator de deveres tributários e o da penalidade a ele imposta; 2) a norma que impede o nascimento da obrigação jurídica tributária; QUESTÕES OBJETIVAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 461 3) causa extintiva do crédito tributário que faz desaparecer o tributo já nascido; 4) a revogação total de lei tributária por outra lei tributária. • Vide arts. 180 a 182 do CTN. 7 – A respeito do crédito tributário podemos afirmar que: 1) prefere a qualquer outro crédito, inclusive os provenientes da legislação trabalhista; 2) sua cobrança judicial não está sujeita a concurso de credores; 3) sua cobrança judicial está sujeita à habilitação em falência, concordata, inventário ou arrolamento; 4) não há concurso de preferência entre as pessoas jurídicas de direito público. • Vide arts. 139 a 193 do CTN. 8 – A prova de quitação dos débitos tributários: 1) é indispensável para a prolação da sentença de julgamento de partilha ou da adjudicação; 2) não é imposição para que se conceda a concordata; 3) não é imposição para que se declarem extintas as obrigações do falido; 4) não é exigida para que se possa celebrar contratos ou aceitar-se propostas em concorrências públicas. • Vide jurisprudência. 9 – As taxas são tributos que têm por hipótese de incidência: 1) uma atuação estatal, diretamente referida ao contribuinte, ao contrário dos impostos, que são também denominadas “tributos sem causa”;