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E-BOOK M Ó D U L O NUTRIÇÃO A vida como um todo é completamente lançada com a prática médica e nutricional. Flávio trouxe a forma de como a medicina vai funcionar pós COVID-19. Hoje temos muito mais perguntas do que respostas, são diversos medicamentos e estudos sendo testados a todo momento. A digitalização da vida humana foi forçada, e o que era impensável virou real, sendo que desta forma estamos dando mais valor para as coisas. FLÁVIO CADEGIANI P R É - C O N G R E S S O Quarta-feira | 22/04 A VIDA APÓS O COVID-19 19:30 às 20:30h A vida após o Covid-19 Existe o risco de uma segunda onda da doença, pois não tem como confirmar no momento se poderia ocorrer uma recontaminação, porém, mesmo em uma nova pandemia, os efeitos maléficos e o caos gerado seriam menores. Neste período, o que as pessoa tem de melhor está sendo aflorado. O que essa pandemia mostrou de nós mesmos, é que devemos aprender a simplificar sem perder a precisão e a importância da comunicação em ciência no jornalismo científico. A ciência nunca mais será a mesma, pois ficaremos mais atentos para as coisas que não tem evidência. O mal uso das hipóteses fez com que a gente acreditasse menos. UMA SEGUNDA ONDA DA DOENÇA? Em relação às pesquisas, é importante também publicar a metodologia para o comitê de ética antes do trabalho ser publicado, pois evita que o trabalho sofra alterações posteriormente. Trabalhos que não mostram resultados tendem a não ser aceitos, porém o não é tão importante como o sim, pois desta forma outras pessoas podem estudar e descobrir o porquê do resultado. Também, valorizar as limitações do trabalho é importante, porque através da honestidade em expor essas limitações, outras pesquisas podem ser realizadas. A CONDUÇÃO DAS PESQUISAS A vida após o Covid-19 Estamos virando uma aldeia global da ciência, porque os pesquisadores estão colaborando uns com os outros, sendo que o mundo leigo estará mais familiarizado com a ciência e a metodologia científica, além do inglês, que será ainda mais utilizado não só pela economia, mas pela linguagem facilitada dele. Mais detalhadamente, no que se refere à ciência: uma molécula para chegar em nível de evidência precisa de muito investimento. A capacidade de detectar a tendência estatística, faz crer que o resultado provavelmente vai acontecer se houver a expansão do número de pessoas, e isso é a eficiência da ciência. UMA SEGUNDA ONDA DA DOENÇA? A primeira fase do pêndulo é mais observacional, com base em observação clínica e opiniões de expert, já na segunda fase, é mais científica considerando os estudos de RCT, duplo-cego, placebo e outros, desprezando o empirismo. A terceira fase, no primeiro ponto se pensa na evidência, depois disso a evidência científica pura, por fim a evidência ajustada à prática clínica. Os estudos mostram a extrapolação por conveniência, e a conveniência de mostrar só um lado da moeda, porém, deve-se investigar o que não está sendo mostrado. A vida após o Covid-19 Estamos saindo de uma visão dicotomizada para uma visão mais ampla e mais profunda, que busca questionar a função das coisas estudadas, o custo benefício, a variabilidade das respostas; desta forma podendo buscar novas hipóteses. Também, a humanização na medicina será mudada. Na prática, ela é a capacidade real de ajuste de tomada de decisão. São nuances que o paciente te fala que podem mudar sua conduta e com isso, permitir a partir do raciocínio humano o oferecimento da opção que a inteligência artificial não ofereceria. É a humanização que vai ensinar a inteligência artificial. Metabolômica é o estudo do mapeamento do metabolismo, através da detecção e/ou quantificação dos seus metabólitos. O metaboloma é o futuro que vai acontecer. É a resultante que vai predizer diagnósticos de doenças através do estudo do metabolismo, que é um conjunto de reações químicas que mantém um organismo vivo. Metaboloma é o que gera o fenótipo, é a representação do fenótipo bioquímico. METABOLÔMICA A vida após o Covid-19 O metaboloma de alguém é momentâneo, e para determiná-lo, tem diversos métodos que possibilitam o descobrimento de muitos elementos, como novos hormônios. Assim, não precisaria de exames de imagem e nem de biópsia para diagnosticar doenças, ele é uma foto do momento, sendo que a urina de 24 horas é muita mais efetiva do que o exame de sangue para ser usada nele. Ademais, doenças sem resposta, apresentam muitas vias metabólicas com problemas, que podem ser mostrados pelo metaboloma. Para interpretar as Genoma GWAS (genome wide association study) ele encontra todas as diferenças estatisticamente significantes entre “saudáveis” (controle) e “doentes”(alvo). Ele gera milhares de análises de genoma, capazes de diagnosticar uma infinidade de doenças. Assim sendo, nenhuma inteligência artificial foi capaz de gerar hipótese para COVID-19 igual o humano gerou. A percepção clínica junto com a inteligência artificial levarão a melhores resultados na saúde. A vida após o Covid-19 A síndrome do Burnout é a verdadeira epidemia do século, pois tivemos que parar para perceber e reconhecer que os excessos fazem mal. Ele não tem um marcador universal, ele tem uma combinação individual e única de alterações e manifestações. O burnout tem um diagnóstico extremamente desafiador, porque ele mistura aspectos de depressão e mudanças de personalidade sem ser nenhum deles. Ele é inexplicável, uma exaustão mental sem motivo. A pandemia nos mostra que não tem nada de errado em não ser 100% em tudo. A medicina e a ciência andam juntas e estariam mais voltadas para a vida, os humanos estarão menos robotizados e voltados para a vida. Isso é um sinal da digitalização para humanizar. Estamos sendo obrigados a repensar as mídias digitais e as relações serão mais humanas. BURNOUT A vida após o Covid-19 A vida após o Covid-19 Iniciou falando sobre o sistema músculo esquelético como um componente ativo dos movimentos corporais, estabilização, locomoção e destreza no desempenho esportivo, sendo que o mesmo representa de 40% a 45% da massa corporal total, além de apresentar uma relação íntima e positiva com a taxa metabólica basal, e apresentar um importante papel endócrino na regulação do metabolismo. LEONARDO MATTA P R É - C O N G R E S S O Quarta-feira | 22/04 CAPACIDADE MUSCULAR: ASPECTOS FISIOLÓGICOS E MOLECULARES EM RESPOSTA AO EXERCÍCIO NA SAÚDE E NO DESEMPENHO 20:30 às 21:30h Capacidade Muscular Ao falarmos de músculo, é muito frequente o relacionarmos a força muscular, porém a mesma é formada por diferentes componentes, levando em consideração aspectos como força máxima, força de velocidade, pico de força, velocidade de força e velocidade maxima. Dessa forma, é muito comum também relacionarmos o treinamento aeróbio apenas com o aumento da expressão de proteínas como PGC-1ALFA e, consequente biogênese mitocondrial. Criando-se sempre uma dicotomia, fortemente abordada no meio acadêmico do “Aeróbio x Anaeróbio”. É também citado que ao se falar de treinamento, é importante não separar os mecanismos de vias aeróbias das vias relacionadas ao treinamento de força, pois a associação dessas duas valências físicas é de muita importância. Durante o treino de força, ocorre o estímulo de fibras do tipo IIA e IIX e através do treino aeróbio, a recuperação dessas fibras tende a ocorrer de forma mais rápida. Além disso, foi mostrado que as adaptações geradas pelo treinamento aeróbio levam a um retardamento da fadiga muscular durante o treinamento de força. O TREINAMENTO Capacidade Muscular É importante que haja flexibilidade metabólica, com o desenvolvimento de capacidades físicas de forma polivalente, pois suas diferentes manifestações fazem com que o organismo através das mitocôndrias e enzimas envolvidas no metabolismo muscular, oxidem gorduras e carboidratos de forma superior. Foi demonstrado que no contexto esportivo, a capacidade muscular está fortemente associada ao desempenho esportivo e físico do atleta, bem como um menor risco de lesões. Noentanto, quando se trata de indivíduos idosos, um aumento dessa capacidade reflete em uma maior autonomia e capacidade funcional, além disso representar um importante parâmetro clínico para diferentes doenças crônicas degenerativas (DCV, Câncer, diabetes, etc).Também, o seu aumento de uma forma geral é fortemente associado a um menor risco de mortalidade. O envelhecimento pode impactar o tecido muscular esquelético de uma forma a alterar aspectos morfológicos, neuromusculares, metabólicos e miogênicos. Dessa forma, pode ocorrer perda de massa muscular, desnervação, perda de energia e redução do reparo muscular, o que irá refletir diretamente na redução de força e adaptação muscular. FLEXIBILIDADE METABÓLICA Capacidade Muscular A perda da força e da contratilidade muscular pode levar a alterações moleculares que consequentemente podem levar a um quadro de sarcopenia e caquexia. Além disso, foi enfatizado o quanto que a perda da capacidade muscular pode estar ligada diretamente ao aumento do risco de doenças. Em contraponto, mostrou como um aumento da flexibilidade, força e capacidade aeróbia pode levar a redução do risco para doenças crônico degenerativas. A CONTRATILIDADE MUSCULAR Leonardo também mostrou que a utilização do músculo esquelético leva a uma resposta contrátil que consequentemente leva a uma sinalização intracelular, levando a alterações na transcrição gênica. Tais modificações traduzem-se em síntese proteica, o que não necessariamente vai se refletir em hipertrofia muscular. Já o desuso da musculatura esquelética e o destreinamento, provocam uma redução da contratilidade que irá ser refletida em degradação muscular através de fenômenos como a proteólise. É demonstrado também, que o desuso pode levar a transformação do tipo de fibra para fibras de contração lenta, e que o treinamento pode gerar a mesma transformação de forma contrária. Capacidade Muscular EXERCÍCIO FÍSICO O exercício físico pode aumentar a miogênese (formação de novas fibras), levar a melhora do metabolismo glicídico e melhora da função mitocondrial. Tudo isso mediado através de sinalizações geradas pela contração muscular. O treinamento de forma aguda pode levar a uma alteração de proteínas no tecido muscular, porém, isso não se traduz em desempenho, e é necessário que o treinamento ocorra de forma crônica. Além disso, foi dito que o treinamento em indivíduos jovens diminui a expressão da miostatina, proteína responsável pela inibição do crescimento muscular. Enquanto o treinamento leva ao aumento do anabolismo protéico e consequente hipertrofia muscular, a baixa capacidade muscular está associada com a inflamação patológica, por meio de vias como ubiquitina proteassoma (via de degradação muscular). Foi enfatizado que o músculo esquelético também atua como órgão endócrino, no qual as miocinas são citocinas ou peptídeos produzidos, expressos e liberados pelo músculo, podendo exercer efeitos autócrinos, endócrinos e parácrinos, mediando efeitos protetores, respostas metabólicas e sistêmicas através do treinamento, levando assim a uma redução do risco de comorbidades. Capacidade Muscular EXERCÍCIO FÍSICO O músculo através das espécies reativas de oxigênio irá atuar como fator fundamental na produção de miocinas e, as mesmas irão atuar de forma protetora na membrana intestinal e no cérebro, através da redução de doenças crônico degenerativas no tecido adiposo, aumentando seu número de mitocôndrias, e no coração, reduzindo o risco de infarto. As miocinas podem se comportar de formas diferentes dependendo do estímulo realizado, podendo ser deletérias dependendo do estilo de vida do indivíduo. Quando se fala de treinamento deve-se olhar tanto pela vertente oxidativa, quanto pelo estresse mecânico, sendo que a união dessas duas irá se traduzir em inúmeros benefícios para o indivíduo: maior oxidação lipídica, menor adiposidade, menor glicação, e superiores capacidade oxidativa, conteúdo mitocondrial, consumo de O² pós exercicio, defesa antioxidante, absorção de glicose, sensibilidade de insulina, síntese de glicogênio, controle glicêmico, síntese proteica, degradação protéica, massa muscular e maior taxa metabólica basal. Por fim ressalta-se a importância de se aumentar a capacidade muscular, força e aeróbia em suas diferentes manifestações, pois é de fundamental importância para melhor regulação dos sistemas envolvidos no metabolismo energético. Capacidade Muscular Capacidade Muscular O Coronavírus acelerou as mudanças que estavam em andamento no mundo, o trabalho estilo “home office” e estudos a distância, já existiam há algum tempo, mas com as condições atuais foram vistos com um foco muito maior. BRUNNO FALCÃO C O N G R E S S O Sexta-feira | 24/04 PREVISÃO DE CENÁRIOS PARA O EMPREENDEDOR INDIVIDUAL E AUTÔNOMO 10h às 10h40 Previsão dos Cenários para o Empreendedor Previsão dos Cenários para o Empreendedor TENDÊNCIAS EM EVENTOS Em relação aos eventos e atendimentos online, houve um aumento considerável da competitividade, visto que a internet permite que o acesso seja muito mais amplo a todos os tipos de serviços disponíveis. Por outro lado, a saúde está sendo mais valorizada, e para os profissionais da saúde, isso permite novas possibilidades. MUNDO VOLÁTIL É difícil prever cenários como era feito anteriormente. No passado, pelo código de ética que rege a profissão do nutricionista, não era permitido o atendimento online. Atualmente, é permitido, mas muitos nutricionistas não sabem como lidar com a situação, visto que o número de atendimentos para cerca de 80% dos profissionais caíram consideravelmente. Segundo enquete feita durante a palestra, isso deve-se principalmente a desistência dos pacientes, que cancelaram suas consultas por não serem de modo presencial. Previsão dos Cenários para o Empreendedor Nesse contexto, é necessário avaliar qual é o real problema para essa situação. Será que o cliente realmente não quer o atendimento online ou o nutricionista não está preparado para atender dentro das novas condições? Segundo o publicitário Washington Olivetto, não é hora de vender, é hora de prestar serviços. Esse tipo de contato com o cliente vai muito além da dieta. É necessário criar conexões e entender a real necessidade dos clientes. Segundo uma frase mostrada pelo palestrante, “As pessoas não compram o que você faz, e sim o porquê você faz”. NECESSIDADES DO MERCADO ATUAL Considerando as novas condições, é importante entregar o que o consumidor quer, não o que você está acostumado a oferecer. É necessário se reinventar, e não cair na zona de conforto para atender as demandas atuais. Sobre o tema, uma pesquisa feita em 2016, na revista The future of Jobs, analisou quais seriam as habilidades profissionais necessárias para 2020. O resultado foi: CAPACIDADE DE RESOLVER PROBLEMAS COMPLEXOS CRIATIVIDADE TOMADA DE DECISÃO (INTELIGÊNCIA EMOCIONAL) Previsão dos Cenários para o Empreendedor Há dois tipos de tomada de decisão: a reversível e a irreversível. A maioria delas são decisões reversíveis, quando a maioria das pessoas acreditam ser irreversível, sendo esse um fator que prejudica a tomada de decisão. Deve-se tomar uma decisão com cerca de 70% das informações necessárias, haja vista que o atraso pode culminar em perda de oportunidades. TENDÊNCIAS DO CURTO PRAZO Os profissionais precisam rever suas crenças e valores, para que possam superar as situações em coletividade. Além disso, manter em mente que menos é mais, tendo o cuidado com prescrições exageradas para não assustar os clientes. Ademais, investir em experiências imersivas, com um toque mais íntimo com os pacientes. Esse momento é ideal para a busca por novos conhecimentos, pois esses serão mais valorizados, como por exemplo: convidar o cliente para um cafezinho, e ligar para o cliente para dar um recado, de maneira geral, tornando-o mais próximo. Por fim, não se contente em fazer o possível, sempre dê o seu melhor. Previsão dos Cenários para o Empreendedor A performance mental pode sertestada para saber em qual nível o cérebro está funcionando, e existem diversas formas para fazer isso: por exemplo, submeter o indivíduo a uma performance que exige muita pressão. A reação que esse indivíduo tiver frente a essa situação, é o que indicará a performance dele. Além disso, o que diferencia uma pessoa de alta performance, e de baixa performance, é basicamente a resposta do sistema nervoso, são características. RODRIGO DUPRAT C O N G R E S S O Sexta-feira | 24/04 NEUROHACKING E PRÁTICAS PARA OTIMIZAÇÃO DA MENTE 10h40 às 11h20 Neurohacking DESDE O INÍCIO DO MUNDO No surgimento do mundo, os seres vivos recebem um cérebro para poder entender e desenvolver métodos para evoluir melhor no ambiente. Nos primórdios, os que conseguiram fazer isso primeiro foram as algas marinhas, desenvolvendo métodos de comunicação identificados pelo cérebro, visando a melhor leitura do meio ambiente para a sua sobrevivência. Além disso, avaliando a evolução do cérebro humano, ela foi exorbitante, triplicando de tamanho em um curto período de tempo. Se pensarmos na consciência artificial, ela toma uma atitude frente a uma condição, já os seres humanos possuem inúmeras condições para muitas reações, por conta disso a resposta pode ser muito diversificada. Neurohacking A INDIVIDUALIDADE É necessário o indivíduo investigar a sua própria performance, para conseguir evoluir mentalmente e se preparar para situações adversas, buscando ferramentas que possam ser trabalhadas para aumentar a performance mental. O quanto antes uma pessoa conseguir diferenciar essas condições de performance, é melhor. Além do mais, O cérebro é um sistema que se organiza de acordo com a situação em que é submetido. NEUROHACKING Neurohacking é basicamente entender, o que te atrapalha e o que te ajuda. Estudos mostram, que crianças que consomem frutas e legumes, tendem a ter um melhor sistema de limpeza no cérebro, já que eles possuem inúmeros componentes antioxidantes auxiliares do bom funcionamento neural. Neurohacking Quando um indivíduo consome uma refeição low carb e uma refeição com bastante carboidrato; o indivíduo que consumiu o café com bastante carboidratos, aumenta o nível de triptofano e diminui o nível de tirosina, logo esse indivíduo que comeu mais carboidratos estará com mais compaixão, já que ele estará com a serotonina elevada. Por outro lado, isso é diferente do indivíduo que consome a refeição low carb, que estará com os níveis de adrenalina e dopamina elevados, por conta da função de precursora da tirosina. A partir da refeição do indivíduo, há um nível de neurotransmissores diferenciado. Por conta disso, a alimentação é fundamental para fazer o indivíduo ficar de acordo com a performance mental que ele deve ter. Mais detalhadamente, o que o indivíduo come afeta diretamente seus neurotransmissores, positiva ou negativamente; já que eles são moléculas muito voláteis, que podem ser alterados pela alimentação. As vitaminas B6, B2 e folato, além da colina, são muito importante para formar bons neurotransmissores, auxiliando uma melhor performance cerebral. O cérebro possui um sistema próprio, e por conta disso, dependendo do que o indivíduo come, ele ficará com cérebro inflamado, dificultando a boa performance. Neurohacking ATIVIDADE FÍSICA A mente e a atividade física estão diretamente ligadas. Por exemplo, quando uma pessoa está em uma condição de estresse, os nível de atenção estão aumentados, causando uma reação específica, como por exemplo o aumento da atenção. Já em nível de relaxamento, o cérebro está menos atento, e nessa situação de relaxamento, a tomada de decisões é muito mais assertiva. Quanto mais automáticas são as decisões, menos energia você gasta no cérebro, e quanto menos automáticas as decisões, maior será a demanda de energia que o indivíduo terá. Dentre os alimentos que auxiliam uma melhor performance do cérebro estão: as epigalocatequinas, ômega 3, blueberry, chá verde, cúrcuma, abacate, ovos, cacau entre outros. Os noortrópicos por exemplo, como o bacopa, DHA, gikgo, hiperzin, possuem uma sinergia intensa. Porém, se forem usados sem o auxílio de uma alimentação adequada, não serão eficientes. A L- teanina é um nootrópico que anula o efeito da cafeína, e é interessante para ser tomada antes de dormir. Além disso, a creatina produz energia neuronal, e é interessante usá-la em doses de 2- 2,5g, três vezes por semana ao menos. Quando o indivíduo entende o porque ele precisa performar, por exemplo um vendedor que precisa falar muito, ou um pintor que precisa de destreza manual, eles conseguem buscar formas para melhorar sua performance por conhecerem suas capacidades neurais. Com isso, é possível compreender que as necessidades neurais das pessoas são diferentes. Neurohacking DIETA O relaxamento hoje em dia está mais complexo para ser atingido. Porém, existem práticas para alcançá-lo, como por exemplo na meditação. O estado meditativo modifica o estado de alteração cerebral, e a maioria delas faz a pessoa pensar mais no momento atual e menos no momento seguinte. Outro método é o binaural, onde a pessoa consegue entrar em estado de concentração através de ondas alfa e beta, por exemplo. Por fim, a principal forma para usufruir do neurokanking é entender melhor a sua performance e avaliar se está de acordo com os seus objetivos. Neurohacking Neurohacking A matriz da nutrição funcional engloba diversos elementos que interagem entre si e influenciam a vida do indivíduo, dentre eles a assimilação, que analisa o sistema gastrointestinal e respiratório. A conexão entre estes elementos permite entender os fatores genéticos e ambientais que desencadearam os gatilhos para determinados processos. Afinal, o que caracteriza-se como saúde e doenças, são apenas a forma que o corpo reage, de acordo com as ferramentas que lhe foram ofertadas. GABRIEL DE CARVALHO C O N G R E S S O Sexta-feira | 24/04 ALÉM DAS BACTÉRIAS: VIROMA E MICROBIOMA NOSSOS NOVOS HÓSPEDES 11h40 às 12h20 Viroma e Microbiota A microbiota intestinal é o somatório de todos os microorganismos que colonizam determinado local, incluindo as bactérias, fungos, archea, vírus e outros. Em contrapartida, o microbioma representa o somatório de todos os microorganismos, do seu genoma e dos fatores ambientais do seu hábitat. Assim, envolve o somatório do bacterioma, viroma, micobioma e archea. E, ainda, pode incluir a combinação de dados da metabolômica, metagenômica e/ou transcriptômica. MICROBIOTA INTESTINAL X MICROBIOMA INTESTINAL O microbioma pode ser analisado pela riqueza, pela classificação qualitativa das espécies; pela uniformidade, pela avaliação quantitativa de cada espécie e pela diversidade, que engloba o somatório da riqueza e uniformidade. COMO AVALIAR O MICROBIOMA? Em 2018, foi lançado o “The global virome project” para o estudo dos vírus presentes no ser humano e outros seres vivos. Afinal, estima-se que há 10 vezes mais vírus que infectam as pessoas, do que as bactérias e os bacteriófagos. VIROMA Viroma e Microbiota No transplante fecal para tratar pacientes com Clostridium difficile, foi demonstrado que as fezes filtradas para remoção de bactérias e reter os vírus, tiveram a mesma eficácia das fezes não filtradas, ou seja, talvez os vírus que funcionem para a promoção da saúde intestinal e não as bactérias, sendo um tema que requer maiores estudos e investigação. Viroma e Microbiota O micobioma, é composto pelos fungos. Embora apenas 0,1% do microbioma intestinal seja de fungos, eles possuem alta relevância, auxiliando a manter a saúde intestinal. Os estudos demonstram que a colonização fúngica inicia-se na amamentação, e a alimentação no decorrer da vida altera o tipo de fungos presentes no micobioma. Por exemplo, os vegetarianos possuem maior colonização por Candida spp., enquanto quem possui consumo maior de carnes apresenta redução de Candida spp. e aumento de Penicillium spp. A alimentação altera o tipo de fungos que colonizam o intestino. Sendo que proporçãode 70% de Ascomycota e 30% de Basidiomycota tem sido considerada a proporção adequada, caracterizando uma eubiose fúngica. MICOBIOMA E quando houver desequilíbrio entre os filos, haverá um quadro de disbiose fúngica, o qual está associado ao desenvolvimento de doenças, como o câncer colorretal. Afinal, micobiota intestinal é significativamente influenciada pela colonização alimentar, sendo as mesmas espécies encontradas em alimentos consumidos e nas fezes dos indivíduos. Viroma e Microbiota A Candida spp. representa leveduras dimórficas que ocorre praticamente em todo trato alimentar, dividida em duas formas, a Candida albicans e a Candida glabrata, que são patógenos oportunistas. Todos possuem Candida em seu organismo, a principal diferença está na quantidade e se o indivíduo favorece a colonização e multiplicação. A Candida albicans pode crescer, ou levedura ou hifa, sendo que a levedura é a forma mais útil para a disseminação e a forma de hifa melhor adaptada para a colonização e formação de biofilmes. CANDIDA MICROBIOMA SANGUÍNEO HUMANO O microbioma sanguíneo humano é fato ou ficção? Trata-se de um tema estudado desde 1.674, por demonstrar a presença de bactérias no sangue de salmões. Viroma e Microbiota Entretanto, não houve credibilidade quanto aos estudos, julgando ser um equívoco, pois a presença de bactérias no sangue estaria associada apenas à sepse. No entanto, o tema é cientificamente comprovado. Em 2011, foi realizado um estudo com 3.028 indivíduos, acompanhados por 09 anos, demonstrando que a alteração no microbioma do sangue aumentou o risco do desenvolvimento de Diabetes mellitus e da adiposidade abdominal, com maior prevalência de proteobactérias e menor de bacteroidetes e actinobactérias, em pacientes que desenvolveram Diabetes. A disbiose acarreta em consequências no sangue, e está associada ao aumento do fibrinogênio, um marcador presente em complicações graves do COVID-19. Assim, demonstra-se que os pacientes com disbiose no sangue possui maior probabilidade à complicações quando infectados pelo coronavírus. Ressaltando a importância de compreender melhor o microbioma, afinal a evolução da ciência requer a humildade para o aprendizado frente às novas descobertas. Ressalta-se, por fim, a importância de respeitar os genes, a evolução da ciência e promover um ambiente adequado para a saúde pela prática da nutrição funcional. Viroma e Microbiota A sarcopenia é um processo de perda progressiva e generalizada de massa muscular que reduz sua funcionalidade. Pode ou não estar associado a dinapenia, a qual representa a perda de força, sendo analisada pelo dinamômetro para avaliação da capacidade funcional. A sarcopenia também está associada ao desenvolvimento da mio esteatose, que representa o processo de infiltração do tecido adiposo no músculo, reduzindo a capacidade funcional. MARCELO CARVALHO C O N G R E S S O Sexta-feira | 24/04 SARCOPENIA: CONDIÇÃO OBRIGATÓRIA OU OPCIONAL? 12h20 às 13h Sarcopenia As consequências deste processo incluem o aumento do risco de quedas, a resistência à insulina, o aumento do uso de medicamentos e do risco de desenvolver depressão. SARCOPENIA X TECIDO MUSCULAR Sarcopenia O músculo possui diversas funções para a homeostase orgânica, inclusive como órgão endócrino. Abordar o tratamento da saúde muscular, visando manter ou estabelecer a capacidade funcional do idoso, também promove a inclusão social, reduzindo os quadros de depressão em idosos. Dentre os fatores que aumentam a degradação e reduzem a síntese muscular, destacam-se o estresse oxidativo, a inflamação crônica, o sedentarismo, a resistência à insulina, a redução da resposta metabólica e a redução hormonal, processo fisiologicamente desencadeado pelo envelhecimento. COMO AUMENTAR A SÍNTESE E REDUZIR A DEGRADAÇÃO MUSCULAR? Sarcopenia O músculo possui diversas funções para a homeostase orgânica, inclusive como órgão endócrino. Abordar o tratamento da saúde muscular, visando manter ou estabelecer a capacidade funcional do idoso, também promove a inclusão social, reduzindo os quadros de depressão em idosos. Dentre os fatores que aumentam a degradação e reduzem a síntese muscular, destacam-se o estresse oxidativo, a inflamação crônica, o sedentarismo, a resistência à insulina, a redução da resposta metabólica e a redução hormonal, processo fisiologicamente desencadeado pelo envelhecimento. Treinamento de força, aumentando a força muscular e a capacidade funcional, sendo que a força é um preditor de longevidade. Ajuste de proteínas, pois o idoso requer maior quantidade de proteína para promover a síntese proteica. ENVELHECIMENTO MUSCULAR Sarcopenia Estes fatores possibilitam desacelerar o processo de sarcopenia, aumentando a capacidade funcional de idosos. Além disso, recomenda-se a inserção de compostos bioativos, micronutrientes, vitamina D e ômega-3. Uso de creatina possui efeito nos ósseos, na musculatura e no cérebro. A creatina reduz a degradação proteica por inibir a miostatina e promove a hidratação, a qual gera estresse mecânico, ativa genes associados ao anabolismo, estimulando a síntese proteica e aumentando a força muscular. O processo de envelhecimento induz o estresse oxidativo. Se não houver a capacidade antioxidante suficiente no organismo para equilibrar esta resposta oxidativa, o estresse oxidativo será exacerbado. O aumento de espécies reativas de oxigênio reduz a qualidade da contração muscular, prejudicando a eficiência do músculo. E, também, gera o aumento de mitocôndrias não funcionais, ativando a via inflamatória do NF-KB, que ativa a via de degradação proteica. SEDENTARISMO, INFLAMAÇÃO E ESTRESSE OXIDATIVO Sarcopenia O sedentarismo, o aumento de citocinas pró- inflamatórias e o estresse oxidativo exacerbados ativam vias catabólicas que aumentam o processo de sarcopenia. Para desacelerar esse processo, deve-se reduzir a inflamação, reduzindo a ativação do NF-KB pela redução de gorduras trans, promover o controle glicêmico, reduzir os poluentes ambientais e os agentes de glicação avançadas (AGEs), além do tratamento da disbiose intestinal. A redução dos fatores pró-inflamatórios e a inserção de alimentos anti-inflamatórios, com compostos bioativos, alimentos in natura e suplementos são fundamentais para melhorar este processo, atenuando a sarcopenia. Inclusive, os estudos indicam que o consumo de 3 porções frutas e 2 porções vegetais reduz o risco de queda e aumenta a força e a autonomia em idosos. Assim como, o estímulo da ingestão hídrica, a redução ou eliminação de disruptores endócrinos, o gerenciamento do estresse e sono e a otimização do eixo hormonal. Portanto, a sarcopenia será uma condição obrigatória ou opcional, de acordo com as escolhas do indivíduo. Assim sendo, com boas escolhas o processo de sarcopenia é desacelerado, portanto, trata-se de uma condição opcional. No entanto, com más escolhas, esta condição será obrigatória. Sarcopenia A epigenética é uma área da biologia que estuda mudanças hereditárias na expressão gênica que independem de mudanças na sequência do DNA. Por compreender a especificidade de cada ser humano, permite que o atendimento respeite a individualidade biológica, compreendendo a relação entre fatores genéticos, os polimorfismos associados e os fatores ambientais ao qual o indivíduo se expõe. LUCIANO BRUNO E RITA CASTRO C O N G R E S S O Sexta-feira | 24/04 EPIGENÉTICA NO EMAGRECIMENTO DEFINITIVO 12h20 às 13h Epigenética no emagrecimento definitivo O EMAGRECIMENTO DEFINITIVO Epigenética no emagrecimento definitivo Portanto, compreender esta área permite o sucesso de estratégias de acordo, pela especificidade no tratamento. O processo de emagrecimento representa a busca pelo equilíbrio, tanto metabólico, quanto emocional do indivíduo. Sendo que a anamnese bem conduzida é o 1° passo para que seja definitivo, envolvendoo histórico do processo de ganho de peso, os genes e polimorfismos relacionados, o microbioma e os aspectos mentais e comportamentais, além dos demais fatores. Há grupos de genes associados à maior predisposição ao desenvolvimento da obesidade, mas o primordial é compreender se estão ou não sendo ativos pelos fatores ambientais, os estímulos externos oferecidos aos genes. Os alvos da epigenética para atuar neste cenário, englobam os genes metabólicos, como PPARs e os relacionados às vias da AMPK e mTOR. Também, ganham destaque os genes de saciedade, como FTO e MC4R e os genes comportamentais, como COMT e DRDR. Para estabelecer estratégias definitivas, é necessário conhecer os polimorfismos e os planos estratégicos de intervenção para cada paciente, além do planejamento a conduta nutricional no decorrer de 1 ano, para propiciar a reprogramação metabólica. AS FASES DO EMAGRECIMENTO: Epigenética no emagrecimento definitivo A flexibilidade metabólica representa a habilidade do organismo de responder e adaptar de acordo com as demandas energéticas fornecidas. Sendo que quanto mais rápida a resposta, mais eficaz será o metabolismo. A divisão de fases no emagrecimento visa a inserção de estratégias específicas que promovam a flexibilidade metabólica e o fenótipo tolerogênico, propiciando um equilíbrio na rotina e permitindo algumas exceções. As fases são divididas em 3, compostas pelas seguintes etapas: A 2° fase é a otimização metabólica, intercalando ciclos de estratégias visando aumentar a capacidade de resposta do indivíduo, melhorando a flexibilidade metabólica. A 1° fase é marcada pela reprogramação do intestino e do fígado, estimulando a biogênese mitocondrial para otimizar a capacidade oxidativa do organismo. Neste processo, são estipuladas metas e o enfoque é a modulação de fatores inflamatórios e oxidativos. A 3° fase caracteriza a neuroplasticidade, atuando em questões comportamentais para promover a manutenção e evitar o reganho de peso. SINAIS QUE O PACIENTE ESTÁ METABOLICAMENTE FLEXÍVEL OU NÃO: Epigenética no emagrecimento definitivo A divisão de fases no emagrecimento visa a inserção de estratégias específicas que promovam a flexibilidade metabólica e o fenótipo tolerogênico, propiciando um equilíbrio na rotina e permitindo algumas exceções. As fases são divididas em 3, compostas pelas seguintes etapas: Você fica agitado ou mal humorado quando não come a cada 2,3 horas? Você se sente fraco ou cansado antes e depois de comer? Você costumar ter brain fog? Você se sente ansioso se passa mais de 3 horas sem comida? Você se sente nervoso se não tiver seu lanche sempre à mão? Você costuma tomar café ou cafeína para aumentar seus níveis de energia? A análise das respostas permitem a melhor condução das estratégias para o paciente. Começar o Jejum Intermitente com janela de 12 horas, evoluindo para 16 à 18 horas, 2 dias por semana. Aumentar a produção de corpos cetônicos, pelo jejum, bebidas estratégias ou dieta cetogênica. Ciclar os dias de carboidratos, utilizando opções com carga glicêmica moderada. Utilizar suplementos que potencializam a função mitocondrial, como a coenzima Q10, o ácido alfa lipóico, an-acetil-cisteína, o magnésio e os fitonutrientes, como a matcha, chá verde, chá de alecrim, berberina, curcumina e canela. Estilo de vida saudável, como sono adequado e prática de atividade física. O emagrecimento definitivo é o equilíbrio metabólico de acordo com o limite metabólico do indivíduo. Por isso, é importante entender as características genéticas e os polimorfismos do indivíduo para modular os genes e otimizar os resultados do paciente, tanto estéticos, quanto na promoção da saúde. Ressalta-se que os ciclos devem ser periodizados a cada 3 ou 4 meses, para garantir o tempo adequado para que a ocorra a reprogramação metabólica almejada. COMO TREINAR A FLEXIBILIDADE METABÓLICA? Epigenética no emagrecimento definitivo Epigenética no emagrecimento definitivo Epigenética no emagrecimento definitivo A bioenergética é a fisiologia da nutrição do esporte, e no momento que o indivíduo está em atividade física, o metabolismo dele age de forma totalmente diferente de quando ele está em repouso. Quando se pensa em atividade física, a contração muscular é o foco, sendo o principal substrato energético para que isso ocorra, o ATP. MÁRCIO TANNURE C O N G R E S S O Sexta-feira | 24/04 BIOENERGÉTICA NO ESPORTE 16h40 às 17h20 Bioenergética no Esporte Sobre tal substrato, existem diversas formas do corpo sintetizar, e é de extrema importância entender qual a via de geração de energia que está sendo usada para cada tipo de exercício. Isso decorre de que o corpo humano tem vias de síntese energética que funcionam a partir dos substratos: carboidratos , proteínas e lipídeos. Além disso, também existem algumas vias energéticas como: o sistema ATP-CP, o sistema glicolítico (lático) e o sistema oxidativo (aeróbico). SISTEMA ATP-CP Bioenergética no Esporte O sistema ATP-CP é responsável por gerar energia de forma muito rápida, além disso, ele possui metabolismo anaeróbio. Ou seja, ele é alático, não requerendo oxigênio para o seu funcionamento. Contudo, este é o principal sistema energético envolvido na musculação. Seu tempo de ação é cerca de 6 - 10 segundos, além disso, os principais exercícios que utilizam ele são: o voleibol, levantamento de peso e sprints de futebol. Quando o tempo de exercício ultrapassa 15 segundos a via energética prioritária se altera, por exemplo: durante a contração muscular, o sistema utilizado é o ATP-CP, mas quando o indivíduo para a contração, a via energética é outra. SISTEMA GLICOLÍTICO Bioenergética no Esporte Esse sistema, não necessita de oxigênio para funcionar. Além disso, ele possui um mecanismo de ação mais lento do que o ATP-CP, durando em cerca de: 30 - 180 segundos. Neste sistema, é envolvido a quebra incompleta de carboidratos (glicose) em ácido lático, formando as moléculas de ATP e lactato. Entretanto, o acúmulo de ácido lático é um fator limitante da atividade física, visto que, ele também gera fadiga, além da falta de carboidratos. SISTEMA GLICOLÍTICO Esse sistema, não necessita de oxigênio para funcionar. Além disso, ele possui um mecanismo de ação mais lento do que o ATP-CP, durando em cerca de: 30 - 180 segundos. Neste sistema, é envolvido a quebra incompleta de carboidratos (glicose) em ácido lático, formando as moléculas de ATP e lactato. Entretanto, o acúmulo de ácido lático é um fator limitante da atividade física, visto que, ele também gera fadiga, além da falta de carboidratos. SISTEMA AERÓBIO Bioenergética no Esporte O sistema aeróbio usa tanto o carboidrato, como os as gorduras e as proteínas para gerar energia. Com isso, são envolvidas diversas reações enzimáticas para esse sistema atuar, além de que, ele necessita de oxigênio e assim, produz uma grande quantidade de ATP quando comparado aos demais sistemas comentados. GLICOGÊNIO Temos no corpo humano reservas energéticas de glicogênio, e quando essas reservas acabam, ocorre a fadiga. Os estoques de glicogênio no corpo são no fígado e músculo, com isso, quando diminui a massa muscular também ocorre diminuição no estoque de glicogênio. Assim, o aumento da massa muscular também vai aumentar os estoques de glicogênio. Porém, quando os estoque de glicogênio estiverem cheios, e ele continuar sendo sintetizado, e esse excesso de glicogênio será convertido em gordura. Além disso, pensando em exercício, quanto maior for a intensidade, mais rápido vai ocorrer a quebra do glicogênio. Assim, a intensidade é fundamental para limitar a quantidade de glicogênio muscular, resultando em uma melhora ou piora da performance. Desta forma, Quanto mais o indivíduo ingerir carboidratos, mais ele terá estoques de glicogênio disponíveis para ser usado perante uma situação de esforçofísico. AMINOÁCIDOS Bioenergética no Esporte Não existe no corpo humano estoques de aminoácidos, pois todo aminoácido no corpo é para a síntese de proteínas estruturais. A maior parte dos aminoácidos são oxidados no fígado, entretanto, os aminoácidos de cadeia ramificada também podem ser oxidados no músculo. Além disso, em relação ao metabolismo, alguns aminoácidos entram no ciclo de krebs e não voltam mais como aminoácidos, pois serão direcionados para a síntese de gordura. Isto ocorre da seguinte forma, quando o aminoácido é metabolizado e forma-se a molécula piruvato, ele consegue voltar, mas quando é formada a molécula de acetil-coa, essa molécula não consegue voltar mais. FLEXIBILIDADE METABÓLICA A flexibilidade metabólica é a utilização dos 3 substratos energéticos ao menos tempo: carboidratos, proteínas e lipídeos, e também, o funcionamento das vias de produção de energia funcionando juntas, o que vai mudar entre qual substrato, e qual via estará sendo priorizada, é a intensidade que está sendo imposta ao indivíduo. Quanto maior a intensidade, maior é o uso de glicogênio, e quanto menor a intensidade, maior é o uso de gordura como fonte de energia. Por conta disso, no exercício aeróbio a principal fonte de energia é o glicogênio. MOBILIZAÇÃO DE GORDURA Bioenergética no Esporte Quando acontece a mobilização da gordura no corpo, e essa gordura não conseguir entrar na mitocôndria, ela voltará pela circulação sanguínea e será armazenada novamente como gordura. Desta forma, se o indivíduo não tiver um bom funcionamento mitocondrial, de nada adiantará a mobilização da gordura. O QUE ACONTECE QUANDO AUMENTA A INTENSIDADE DO EXERCÍCIO? Além disso, o tempo de treino também irá influenciar essa relação, pois quanto maior o tempo de treino, maior será o uso de gordura em detrimento do glicogênio. Quando ocorre aumento da intensidade do exercício, se tem uma liberação de catecolaminas e um aumento de glicogenólise tanto fígado, quanto no músculo, desta forma aumenta-se a produção de energia. O glicogênio é a reserva energética que será usada primeiramente, nos exercícios explosivos de curta duração. Após o término do exercício, os níveis de glicogênio estarão menores, e por essa razão, deverá ocorrer a ingestão de carboidratos, visando a reposição do glicogênio depletado. PARTICULARIDADES DE TREINOS Bioenergética no Esporte Os treinos têm impactos diferentes para as pessoa, já que cada uma possui uma resistência diferente, por exemplo o que para uma pessoa é intenso, para outra pode não ser. E essa resistência que o indivíduo possui pode ser avaliada por respirometria. Bioenergética no Esporte Campeonatos fitness não são campeonatos de beleza. São campeonatos nos quais o físico feminino não será avaliado no volume, mas na definição corporal, e esta por mínima que seja, vai diferenciar quem ficará com o pódio de acordo com os critérios de avaliação. Em relação ao treinamento e preparação física, a composição corporal feminina e masculina é diferente, por exemplo em relação a silhueta. PAULO MUZY C O N G R E S S O Sexta-feira | 24/04 PECULIARIDADES FISIOLÓGICAS NA PREPARAÇÃO FÍSICA DE MULHERES 17h20 às 18h Peculiaridades Fisiológicas SILHUETAS Peculiaridades Fisiológicas Existem diferentes silhuetas femininas, como por exemplo: a de triângulo, triângulo com base inversa, oval, ampulheta e retângulo. Muitas mulheres que possuem a silhueta de triângulo invertido, não aceitam o formato da região do próprio quadril, visto que é mais avantajado. Quando elas encontram o estado nutricional de sobrepeso e passam por uma fase de emagrecimento, ela terá alteração de silhueta, mudando de triângulo invertido para retângulo, com isso ela poderá ficar insatisfeita. Desta forma, o profissional deve auxiliá-la sobre os processos que ocorrem durante o emagrecimento e deixá la ciente sobre as mudanças que podem ocorrer. Uma mulher retangular que usa esteróide, por exemplo o androgênio, irá ganhar volume visceral e não irá perder gordura no quadril Por conta disso, a forma física mudará completamente. Entretanto, nenhum método de avaliação corporal é 100% eficiente, e além disso a percepção corporal do próprio indivíduo pode ser distorcida. Por exemplo, um indivíduo com 10% de gordura corporal pode não ficar satisfeito, já que ele observa o próprio corpo com um aspecto distorcido. Quando criança, a silhueta é praticamente igual, sofrendo grandes mudanças de amadurecimento hormonal somente no período da puberdade. ALTERAÇÃO HORMONAL Peculiaridades Fisiológicas O equilíbrio hormonal afeta diretamente nos nossos processos agudos e crônicos. Alguns estudos relatam, que variações na gordura do tríceps, tinham relação com o uso do esteróide androgênio. Mas em geral, o que é mais complicado com o uso de androgênio é o acúmulo visceral, fazendo com que a mulher perca a linha de cintura. Além do mais, o acúmulo de gordura visceral provoca diversos malefícios como: riscos de doenças cardiovasculares, UTILIZAÇÃO DE ESTERÓIDES A utilização de hormônios esteróides causam grandes alterações no metabolismo do indivíduo. Em relação ao período menstrual das mulheres, ele passa por três fases distintas, a primeira possui baixa quantidade de estrogênio e progesterona, desta forma, a mulher terá menos performance neste período. Na segunda fase, os níveis de estrógeno e progesterona ainda são baixos, porém, o estrogênio aumenta, e com isso, a mulher terá mais disposição, Na última e terceira fase, a progesterona tem um aumento significativo e possui ação gabaérgica. Com isso, ela poderá causar sintomas depressivos. Decorrente dessas 3 fases distintas, com diferentes concentrações hormonais, o profissional deve se atentar ao nível hormonal dos implantes. IMPLANTES HORMONAIS Peculiaridades Fisiológicas Os implantes hormonais têm sucesso em algumas pessoas, porém, o uso deles tem sido indiscriminado pela população. Quando se usa esses implantes, deve ser feito o controle do estradiol, pois ele pode fazer com que o metabolismo da mulher fica completamente alterado, podendo causar: dores de cabeça, e dores na relação sexual entre outros. CUIDADOS ANTES DO USO DE ESTERÓIDES Para usar esteróide a mulher precisa ser preparada, pois eles podem aumentar a resistência à insulina e com isso aumentam a gordura visceral. O efeito agudo dos esteróides, pode alargar a cintura da mulher por conta do acúmulo de gordura visceral. Esta gordura precisa ser removida, visto que pode comprometer o físico da atleta. Desta forma, os exercícios anaeróbicos vão ser usados para diminuir a gordura visceral, através de treinos de grandes volumes. Entretanto, o exercício aeróbio é o maior responsável por retirada da gordura subcutânea do tronco. MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO O comportamento da mulher também é modificado, e com isso o núcleo arqueado que depende de estradiol muda o seu funcionamento, causando aumento da fome e diminuição da saciedade. O nutricionista deve tomar cuidado, pois através dessa situação pode ser iniciado um transtorno alimentar. ESTRADIOL Peculiaridades Fisiológicas O estradiol diminui a sensibilidade insulínica no fígado, pâncreas é musculoesquelético, além de também aumentar nosso consumo alimentar. A falta de estradiol faz com que aumente as celulites, possivelmente. Também, o estradiol tem a hipótese da dupla ação, que é a estimulação e a performance sexual aumentados. Porém, o tratamento para essa hipótese não é o mais difícil, e sim o tratamento para as alterações de libido. IMPACTO DOS ESTERÓIDES NA FISIOLOGIA Naturalmente a mulher tem uma característica seletora, e o homem tem a característica de caçador, por isso a produção de esperma é constante e a ovulação, só ocorre uma vez por mês. Quando a mulher usa o estradiol, ela muda essas características, estando agora em situação caçadora. Tais mudanças causamdiversos transtornos na mulher. O QUE O PACIENTE BUSCA? O paciente procura a sensação de estar bem consigo mesmo, e os profissionais devem entregar para os indivíduos, em primeiro lugar, a saúde e bem estar. Peculiaridades Fisiológicas Entretanto, algumas pessoas não estão mais saudáveis e são assintomáticas, desta forma cabe ao profissional informar indivíduo sobre os riscos que ele corre, pois até que ponto as pessoa que são assintomáticas estão disposta a continuar?Por exemplo o uso de androgênio na mulher vai começar a influenciar a TECA, causando uma situação de hipertricose nela, e com isso, resultando em uma situação semelhante ao de ovário policístico. TRASNGÊNERO A testosterona não deve ser usada para fins de: infertilidade, disfunções sexuais, declínio, declínio cognitivo, disfunção cardiovascular, disfunção metabólica, saúde óssea e ganho de massa muscular. De modo geral, o acompanhamento de esteróides deve ser feito com dosagem plasmática entre 3 a 6 semanas do início do tratamento. Portanto, a falta de orientação na saúde e no esporte causa inúmeros problemas, como por exemplo, levar pessoas a limites errados, modificando completamente as características físicas do indivíduo. Assim, pode causar-se até mesmo aparência caricata. Peculiaridades Fisiológicas O nutricionista deve elaborar o programa alimentar compreendendo a singularidade do indivíduo, sendo algo muito além de estimar o gasto energético e calcular os macronutrientes na dieta, pois este processo matemático será cada dia melhor explorado pela tecnologia e ao desenvolvimento de softwares específicos. Portanto, a humanização é o futuro da nutrição. RODOLFO PERES C O N G R E S S O Sábado| 25/04 NUTRIENT TIMING 10h às 10h40 Nutrient Timing Aplicabilidades práticas do Nutrient Timing Muito além de cálculos matemáticos, enxergar o cliente de forma holística, considerando aspectos como interferência de sono na saúde hormonal e imunidade, a microbiota intestinal, o nível de treinamento, intolerâncias, alergias, aspectos comportamentais, a rotina, fatores genéticos, condições financeiras, hábitos alimentares, dentre outros. Integrando todos os conceitos para conhecer o cliente, adequar a sua alimentação de acordo com a sua rotina e preferências. E, se necessário, finalizar com a prescrição de suplementos e fitoterápicos. Corroborando com o posicionamento da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva sobre o nutrient timing, o ideal é que a distribuição dos nutrientes na refeição seja de acordo com as atividades realizadas nas próximas 3 horas, de acordo com o gasto energético no período. Nutrient Timing TIMING O carboidrato possui diferentes funções de acordo com os horários de treinos. Entre 2 a 4 horas antes do treino, possui efeito na síntese de glicogênio muscular e hepático. Entre 30 a 60 minutos antes, sua função é auxiliar na manutenção da glicemia e como efeito poupador de glicogênio. Se for ingerido durante os treinos, a ação também é de poupar glicogênio. Após o treino, utilizado para a reposição do glicogênio depletado durante o treino. De acordo com o guideline do American College of Sports Medicine, recomenda-se o consumo entre 1 a 4 gramas de carboidratos em exercícios acima de 60 minutos, sendo esta diferença muito expressiva. Por isso, o caso deve ser analisado de acordo com a singularidade do atleta ou desportista, para oferecer a quantidade de acorda com a demanda energética. Nutrient Timing PERFORMANCE O efeito do índice glicêmico depende de uma resposta individual, de acordo com a sensibilidade à insulina, dos alimentos que compõem a refeição, do nível de treinamento, da rotina, da distribuição dos carboidratos ao longo do dia, e outros fatores. Também, deve ser adaptado ao indivíduo, podendo ser alto, médio ou baixo. Por exemplo, em pacientes diabéticos e com resistência à insulina, este índice glicêmico deve ser mais alto; mas em indivíduos com alto gasto energético e boa sensibilidade à insulina, pode-se utilizar o índice glicêmico mais elevado. ÍNDICE GLICÊMICO DOS CARBOIDRATOS Se o treino for realizado nas primeiras horas do dia, o período para a refeição será reduzido e a refeição pré-treino deve ser otimizada. Dentre as infinitas possibilidades de acordo com a rotina do indivíduo, pode-se utilizar a estratégia de consumir entre 20 a 30% dos carboidratos do dia anterior na ceia, e consumir uma refeição líquida com proteína e carboidrato antes do treino, evitando grandes volumes para evitar o desconforto gastrointestinal. Outra sugestão seria manter a refeição com bom suporte de carboidratos na ceia e realizar o treino em jejum, mantendo uma ótima hidratação. Afinal, no sono as reservas de glicogênio muscular são mais preservadas. Logo após o treino, oferecer refeição com proteínas e carboidratos, podendo ser um mix de aminoácidos com água de coco, ou um café da manhã bem completo, por exemplo. Tudo de acordo com os hábitos do indivíduo, afinal, as estratégias são utilizadas segundo a singularidade do paciente, sendo que o primordial é considerar o “n=1”, ou seja, cada paciente é único e a nutrição deve ser individualizada. Nutrient Timing TREINAMENTO NO INÍCIO DA MANHÃ Em treinos mais curtos, menores que 40 minutos, não há necessidade de uso. Se for acima de 1 hora, pode ser interessante o uso de gel ou uma bebida, mas não é necessário. Se a duração for entre 90 a 120 minutos, recomenda-se o uso entre 30 a 60 gramas de carboidratos por hora, sendo esta uma necessidade para o uso de carboidratos. Em provas muito longas como maratonas, pode-se utilizar até 90 gramas de carboidratos, sendo na proporção de 60 gramas de glicose para 30 gramas de frutose, pelos diferentes transportadores para otimizar a absorção de carboidratos. Nutrient Timing USO DE CARBOIDRATOS NO TREINO Após o treino, a síntese é otimizada pela maior atividade da glicogênio sintase e pela maior translocação de glut 4 para a membrana. Se for realizado apenas um treino no dia, não há necessidade de repor esse estoque de glicogênio com o consumo de carboidratos logo após o treino. No entanto, para casos de 2 treinos diários, recomenda-se repor o estoque de glicogênio até o próximo treino. Pode-se otimizar a síntese de glicogênio pela combinação de carboidratos, proteínas e cafeína após o treino. CARBOIDRATO APÓS O TREINO PARA RESSÍNTESE DE GLICOGÊNIO Para sinalizar a síntese protéica, não há necessidade carboidratos pois a leucina possui ação insulinotrópica. Também, ressalta-se que há um limite de proteínas que favorece a síntese, e após isso, a proteína em excesso pode alimentar as proteobactérias e causar disbiose intestinal. Sendo assim, recomenda-se a média de 20 a 30 gramas de proteína contendo um aminograma adequado. Nutrient Timing SÍNTESE PROTÉICA 0,25 a 0,6 gramas de ptn/kg/ref; 0,6 gramas de ptn/kg nas refeições pré-treino, pós-treino e antes de dormir; 0,25 gramas de ptn/kg/ref nas outras refeições. PARÂMETRO A ingestão de proteína imediatamente após o treino pela “janela de oportunidade” não é necessária. Isso decorre de que esta janela de oportunidade existe, mas é muito mais ampla do que a primeira hora após o treino. 2 refeições pré-treino, sendo 1 refeição 4 horas antes contendo 1 grama de carboidrato/kg e 20 a 40 gramas de proteínas. E outra refeição mais próxima ao treino, líquida, contendo proteína e carboidratos, como leite e frutas. Tal estratégia pode acontecer visando primeiro sintetizar o glicogênio, e depois fornecer a energia necessária. Nutrient Timing SUGESTÕES DE DICAS PRÁTICAS PRÉ-TREINO Média de 100 g de carboidratos e 40 gramas de proteína, dependendo da intensidade do treino e do metabolismo do indivíduo. Pode ser uma refeição sólida ou líquida com o acréscimo de creatina. Afinal, as possibilidades são infinitas e devem ser adaptadas de forma individual. Seja o profissional que vocêgostaria que atendesse toda a sua família! PÓS TREINO C O N G R E S S O Nutrient Timing O número de indivíduos obesos no brasil cresceu em 77%, sendo esse um aumento muito significativo. O mesmo acontece com o sobrepeso, onde mais da metade da população brasileira encontra-se acima do peso. Mas por que estamos engordando tanto? Os fatores genéticos podem estar relacionados a esse fenômeno, porém a genética não é um destino, quem “puxa o gatilho dessa arma” são os fatores ambientais. FERNANDA SERPA C O N G R E S S O Sábado| 25/04 CIRURGIA BARIÁTRICA: QUAIS OS CUIDADOS NUTRICIONAIS E SUPLEMENTAÇÃO ANTES, DURANTE E NO PÓS OPERATÓRIO 10h40 às 11h20 Cirurgia Bariátrica O número de indivíduos obesos no brasil cresceu em 77%, sendo esse um aumento muito significativo. O mesmo acontece com o sobrepeso, onde mais da metade da população brasileira encontra-se acima do peso. Mas por que estamos engordando tanto? Os fatores genéticos podem estar relacionados a esse fenômeno, porém a genética não é um destino, quem “puxa o gatilho dessa arma” são os fatores ambientais. O imprintig metabólico pode programar o futuro estado nutricional do feto, além de fatores como disruptores endócrinos, sono inadequado, fome hedônica (o famoso “eu mereço”) e excesso de toxinas, que corroboram para o aumento de peso. O processo de emagrecimento não é fácil, vai muito além de um balanço energético negativo. A cirurgia bariátrica revolucionou o tratamento da obesidade mórbida e da síndrome metabólica, em 1989 o cirurgião Fobi realizou uma gastroplastia vertical, que foi a base da cirurgia bariátrica mais realizada no mundo, conhecida como bypass. Cirurgia Bariátrica As indicações cirúrgicas dependem principalmente de 3 fatores: Cirurgia Bariátrica IMC: Acima de 40 kg/m², independente de comorbidades relacionadas. IMC entre 35 a 40kg/m² com a presença de comorbidades (infertilidade, síndrome do ovário policístico, refluxo, hérnia) ou IMC entre 30 e 35 kg/m², relacionados a doenças mais graves (insuficiência venosa, diabetes mellitus descompensada). INDICAÇÕES CIRÚRGICAS Faixa Etária: Faixa etária entre 18 e 65 anos sem contraindicação, valores fora desses limites, é necessário avaliar. Tempo de doença: O paciente deve estar por pelo menos a 2 anos tentando perder peso pelo método conservador (exercício físico, alimentação balanceada e uso de medicamento). Se o IMC for acima 50 kg/m², não é necessário esperar os dois anos, devido à gravidade do problema. As contraindicações envolvem o ganho de peso proposital para elegibilidade da cirurgia bariátrica, falta de suporte familiar, quadro psiquiátrico não controlado, risco anestésico e hipertensão portal. Cirurgia Bariátrica Obrigatoriamente, a equipe deve ser integrada por um cirurgião, um clínico (pode ser geral, endocrinologista ou cardiologista), um psiquiatra, um psicólogo e um nutricionista, além de poder ser complementada por enfermeiros e fisioterapeutas. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR O nutricionista deve realizar a avaliação antropométrica, estabelecer metas de perda de peso, fazer avaliações laboratoriais, estabelecer tratamento nutricional para perda de até 10% do peso para garantir menores risco cirúrgicos, além de avaliar a adesão ao plano. Por outro lado, o paciente precisa aprender a seguir uma dieta no período pré-operatório, visando otimização da glicemia, pressão arterial, e sempre deixando o paciente ciente do seu papel durante esse processo. QUAL É O PAPEL DO NUTRICIONISTA? As consultas devem ser mensais até o sexto mês após a cirurgia. Do sexto ao décimo segundo mês as consultas devem ser trimestrais, após esse período, de quatro em quatro meses, se todos os parâmetros estiverem dentro da normalidade. PERIODICIDADE DAS CONSULTAS NO PÓS-OPERATÓRIO Cirurgia Bariátrica Como recomendação de leitura para mais informações acerca das recomendações, Fernanda indica a leitura de um documento emitido pelo CFN a respeito do papel do nutricionista na cirurgia bariátrica. Por mais contraditório que possa parecer, a obesidade pode estar relacionada a deficiências nutricionais. A literatura nos mostra a eficácia da suplementação de Ferro, B12, Ácido Fólico, Tiamina, Vitamina D e Cálcio, onde alguns estudos demonstraram que pacientes que receberam suplementação anteriormente a cirurgia não apresentaram deficiências e todos os pacientes que não receberam a suplementação pré- cirúrgica, apresentaram deficiências nutricionais de pelo menos um ou todos os micronutrientes acima citados. Sobre a suplementação, deve ser iniciada 3 meses antes da cirurgia. SUPLEMENTAÇÃO Cirurgia Bariátrica EXISTEM ALGUNS TIPOS DIFERENTES DE TÉCNICAS CIRÚRGICAS: TÉCNICAS CIRÚRGICAS Balão Intragástrico: Não é um procedimento cirúrgico em si, é um método auxiliar utilizado para perder peso no pré-operatório, e apresenta baixo custo. Gastroplastia: É a técnica mais realizada no Brasil. Baseia-se no desvio do trânsito gastrointestinal, influenciando os peptídeos que geram saciedade. Gastrectomia Vertical: Técnica mais realizada nos EUA, onde 80% do estômago é removido, promovendo saciedade por reduzir consideravelmente os níveis de grelina. Os impactos nutricionais dependem do método cirúrgico utilizado. Cirurgia Bariátrica PÓS-CIRÚRGICO Nesta fase, o nutricionista deve acompanhar os níveis das vitaminas B1, B9, B12, A, D, E, K e os minerais Cálcio, Ferro e Zinco, a possibilidade de suplementação desses nutrientes no pós-cirúrgico é alta. As recomendações variam de acordo com as diretrizes, considerando que a suplementação sempre deve ser individualizada. Em relação aos probióticos, eles podem ser usados para atenuar desconfortos gastrointestinais, e para otimizar a absorção de nutrientes. Uma dica é intercalar as cepas bacterianas. Nos primeiros 6 meses após a cirurgia, a ingestão de bebidas alcoólicas pode causar hipoglicemia, dentre outros efeitos deletérios já conhecidos. Nos primeiros 6 meses após a cirurgia, a ingestão de bebidas alcoólicas pode causar hipoglicemia, dentre outros efeitos deletérios já conhecidos. C O N G R E S S O Cirurgia Bariátrica Os nutrientes agem em sinergia, sendo que para manter o equilíbrio bioquímico, este princípio deve ser respeitado. PEDRO BASTOS C O N G R E S S O Sábado| 25/04 SINERGISMO NA PRESCRIÇÃO DE MICRONUTRIENTES 11h40 às 12h20 Cirurgia Bariátrica VITAMINA D Ao expor-se ao Sol ou consumir vitamina D, esta será convertida em 25-hidroxi-vitamina D3 no fígado, será direcionado para o rim e será convertida em sua forma ativa, o calcitriol. Sendo que outras células também possuem essa capacidade de ativar a vitamina D. Cirurgia Bariátrica DOSE ADEQUADA A vitamina D é um hormônio e uma molécula que várias células produzem, por isso, regula várias funções celular. Sua deficiência está associada à várias doenças, como o aumento do risco de raquitismo e osteoporose, infecções virais e bacterianas, doenças autoimunes, síndrome metabólica, doenças neurológicas e psiquiátricas, câncer, dentre outros. No entanto, por quais motivos ensaios clínicos entram em conflitos com os benefícios da vitamina D em doenças, não encontrando resultados positivos da sua suplementação? Os possíveis motivos são: não considerar o status basal de vitamina D ao suplementar, não ofertar a dose adequada para o indivíduo e não considerar todos os nutrientes que atuam em sua produção. O status basal de vitamina D deve ser avaliado pela 25-hidroxi-vitamina D no soro ou no plasma, por ser o biomarcador padrão ouro para definir o status deste nutriente. Para definir a dose adequada, é necessário conhecer o status de vitamina D e qual o aporte que deseja alcançar como o ideal para o paciente, definindo a dose. A consideração média tida como ótima entre 30 e 50 ng/mL. Cirurgia Bariátrica TIREÓIDE A adequada conversão e produção de vitamina D requer a atuação de magnésio, ferro e cálcio, sendo que a interação entre a vitamina D e o cálcio também pode oferecer efeitos adversos,como a hipercalcemia ou calcificação de tecidos moles, como a calcificação vascular. Uma das formas evitar este processo, é pela ativação da proteína MGP, que precisa da vitamina k2 como co-fator, evitando a calcificação dos tecidos moles, como a aorta. Para a adequada deposição do cálcio nos ossos, a vitamina K2 também é um cofator necessário. E ainda, para a formação do grupo heme, que também é necessária para a adequada síntese, além do ferro, são necessários a biotina, vitaminas B2, B5,B6 e B12, zinco, cobre como co-fatores das vias metabólicas. No lúmen folicular, o iodo entra na célula folicular e é direcionado para o lúmen folicular. O iodo estará forma de iodeto e ainda não será utilizado para a produção dos hormônios da tireóide. Haverá a oxidação de 2 iodetos em iodo, que será adicionado ao aminoácido tirosina presente na tireoglobulina, promovendo a adequada formação dos hormônios tireoidianos. Para isso, o grupo heme também é fundamental, pois a TPO é uma hemoproteína. Cirurgia Bariátrica Ao aumentar o consumo de iodo, uma forma de proteção anti risco para não causar uma tireoidite autoimune, é a neutralização do peróxido de hidrogênio pela ação da glutationa peroxidase, na qual requer a análise do status no sangue e na ingestão alimentar de selênio. Assim, a redução da glutationa que foi oxidada pela glutationa redutase, e possui a vitamina B2 como co-fator. E, ainda, de NADPH, como doador de elétrons para a ação da enzima em catalisar a reação. Sobre este tópico, para a formação do NADPH, a vitamina B1 e B3 são essenciais na via das pentoses, assim como o magnésio para a conversão de glicose em glicose-6-fosfato. Ao aumentar a ingestão de iodo para o funcionamento adequada da tireóide, que atua na regulação do metabolismo, deve-se considerar o status e a selênio, magnésio, vitaminas B1, 2, 3 6, os nutrientes necessários para a formação do grupo heme e a produção adequada de alguns aminoácidos, como a cisteína, metionina e glicina, visando melhorar a resposta antioxidante e neutralizar o peróxido de hidrogênio. Ou seja, os nutrientes atuam de forma sinérgica. O nutricionista é o maestro da orquestra metabólica conduzida pelos nutrientes. C O N G R E S S O Sinergia na prescrição de Micronutrientes O que é a Whole Food Plant Based Diet? Trata-se do o uso do alimento em sua forma íntegra, baseada no grupo dos vegetais, onde o conteúdo de alimentos de origem animal na dieta é variado. Uma alimentação à base de vegetais não significa que a dieta seja saudável. Ela pode apresentar os mesmos riscos de mortalidade quando comparada a uma dieta onívora também não saudável. ANNIE BELLO C O N G R E S S O Sábado| 25/04 WHOLE FOOD PLANT BASED DIET NO EMAGRECIMENTO E NAS DOENÇAS CRÔNICAS 12h20 às 13h Whole Food Plant Based Diet Ainda no contexto de alimentação saudável, as “carnes” vegetais podem ser responsáveis por aumentar a ingestão calórica. Assim, a dieta whole food plant based não possui lista de ingredientes, visto que é baseada em alimentos únicos. Whole Food Plant Based Diet Comumente, dietas a base de vegetais podem ser ricas em carboidratos, porém, visando o emagrecimento nesse contexto, a qualidade alimentar é superior a quantidade ingerida, considerando um contexto onde o paciente não deve ter medo de consumir carboidratos. Densidade Calórica: Gera mais saciedade com menor densidade calórica, quando comparado a outros grupos alimentares. Microbiota: Os alimentos de origem vegetal nutrem a nossa microbiota, principalmente os carboidratos fermentáveis. Essa dieta é naturalmente rica em ácidos graxos de cadeia curta, fibras e antioxidantes, que são responsáveis por aumentar a variedade da população bacteriana no nosso intestino. EMAGRECIMENTO QUAIS SÃO OS MECANISMOS DESSA DIETA NO EMAGRECIMENTO? As fibras não estão presentes em alimentos de origem animal, inclusive, o guia alimentar para a população brasileira recomenda o aumento do consumo de frutas e hortaliças. Outras diretrizes nacionais e internacionais fazem a mesma recomendação para indivíduos diabéticos. Os benefícios desse modelo alimentar são inegáveis e precisam ser acrescentados na dieta dos paciente, visando também que, de maneira geral, a população brasileira apresenta baixo consumo de fibras. ALIMENTOS RICOS EM FIBRAS Whole Food Plant Based Diet COMO ORIENTAR OS PACIENTES? Explicando o funcionamento da dieta de maneira adequada, mostrando que esse padrão alimentar não significa ser vegano ou vegetariano. Ademais, a clareza ao orientar aumenta potencialmente a adesão do paciente ao modelo proposto. Outros pontos importantes a serem considerados: Mudar aos poucos: pequenas mudanças já apresentam resultados significativos em relação ao risco de mortalidade. Não tenha pressa ou queira mudar abruptamente. É um padrão alimentar simples de ser entendido. Fornecer receitas e cardápio com diversas opções, para não criar a impressão de uma alimentação monótona a esse paciente. Whole Food Plant Based Diet A dieta cetogênica é composta principalmente por baixa quantidade de carboidratos, estando em torno de 5%. Já a quantidade de proteínas, fica em torno de 20 - 25%, e também tem a gordura para compor os 100% de adequação, podendo chegar a 70 - 75%, mas não deve passar disso para não causar efeitos maléficos. JACOB WILSON C O N G R E S S O Sábado| 25/04 KETOGENIC DIETING FOR ANTIAGING AND LONGEVITY 14:20 às 15h Ketogenic dieting for antiaging and longevity Existem diversas teorias sobre o envelhecimento. Uma delas é a teoria de expectativa de vida programada. Ela relata que nós já somos programados para envelhecer da seguinte forma, os nossos genes controlam nossos músculos, pele, gorduras, dentre outros órgão e tecidos, nos quais estão totalmente ativados durante a infância e adolescência, e com o passar do tempo, esses genes começaram a ser desativados automaticamente, causando o envelhecimento. TEORIAS SOBRE O ENVELHECIMENTO Ketogenic dieting for antiaging and longevity Os radicais livres são átomos que estão com sua quantidade de elétrons reduzida. Os átomos saudáveis são os que possuem todos os seus elétrons. Com isso, se o átomo estiver com a falta de elétrons, ele será chamado de radical livre. Considerando esses aspectos, quando os elétrons forem removidos dos átomos, por outros átomos, ou seja, um “roubo de elétrons”, isso começará uma reação em cadeia. Desta forma, os antioxidantes serão ativados para encerrar essa cadeia, fornecendo elétrons para os átomos, ou seja, não havendo mais o roubo. RADICAIS LIVRES Quando um indivíduo faz a dieta cetogênica, em nível molecular, as cetonas vão estar aumentadas sangue. E elas, possuem algumas funções, dentre tais, a função de antioxidantes. Desta forma, elas vão manter as células e genes ativados para que possamos envelhecer de maneira mais saudável, visto que a função das células estão sendo preservadas por mais tempo. CETONAS Ketogenic dieting for antiaging and longevity As mitocôndrias agem como se fossem a força motriz do nosso corpo. Além disso, elas são o local principal para formação de radicais livres. Entretanto, ao ponto que envelhecemos as mitocôndrias e suas funções vão diminuindo. RADICAIS LIVRES No que diz respeito a composição corporal, a ausência dos carboidratos acarreta na maior mobilização dos ácidos graxos como substrato energético, sendo assim, principalmente no momento em que há o déficit energético aliado a dieta cetogênica, pode ocorrer o aprimoramento da oxidação lipídica. COMPOSIÇÃO CORPORAL Dentre os carboidratos, é importante usar carboidratos com baixos índice glicêmico, como por exemplo: folhas e vegetais. COMPOSIÇÃO DOS MACRONUTRIENTES Ketogenic dieting for antiaging and longevity Ou, alimentos que sejam moderados em carboidratos simples, como as nozes e castanhas que possuem uma dupla qualidade para essa dieta, visto que, possuem quantidade ponderada de carboidratos e alta quantidade degorduras Dentre as proteínas, é importante utilizar as que sejam ricas em gordura como: porco, ovos e salmão, entretanto, se o indivíduo optar por frango, ele deve deixar a pele, visando a maior quantidade de gordura. Como exemplos de alimentos para as dietas cetogênica, podem ser: o bacon, cream cheese, oleaginosas e vegetais. JEJUM INTERMITENTE Também é interessante o uso do jejum juntamente na cetodieta. Como exemplos de jejum, podem ser preferencialmente os que compõem 16 horas, porém, deve-se escolher a melhor forma e horário para cada indivíduo. Em suma, o jejum e a restrição calórica, podem fazer o indivíduo viver mais, por conta das cetonas que estão altas, fazendo com que os genes fiquem mais saudáveis, além de manter também o nível de mitocôndrias alto e funcionante. Ketogenic dieting for antiaging and longevity Após a liberação do atendimento online pelo CRN, parte dos nutricionistas não sabiam quais seriam os próximos passos para um atendimento de qualidade a distância. MARI FAZZI C O N G R E S S O Sábado| 25/04 MUDANÇA NO ATENDIMENTO: PRESENCIAL X ONLINE SEM AFETAR O FATURAMENTO 15h às 15h40 Atendimento Presencial x On-Line O QUE UM BOM NUTRICIONISTA FAZ? Atendimento Presencial x On-Line Uma boa anamnese, uma avaliação antropométrica completa, um bom inquérito alimentar, prescrição de exames e suplementos quando necessário, além do plano alimentar. Mas não seriam essas as atribuições de todos os nutricionistas? O paciente deve encontrar em você tudo aquilo que ele deseja alcançar de objetivos e que não seja necessário procurar um outro profissional. O diferencial competitivo é algo obrigatório hoje em dia, o nutricionista deve ser um solucionador de problemas do paciente. PILARES DE UM CONSULTÓRIO SMART Captação de clientes: O nutricionista é sim um vendedor e deve investir no marketing de seus serviços. Atendimento de excelência: Oferecer uma experiência incrível para que o cliente se sinta confortável com você, não esquecendo da base científica que a nutrição exige, assim, estar sempre atualizado é primordial. Fidelização dos resultados: Encaminhar os pacientes até os seus objetivos a medida em que os resultados são conquistados. Gestão Estratégica: Gestão de funcionários, financeira, administrativa, contábil e jurídica. Esses fatores em harmonia colaboram para construir um negócio sólido. Atendimento Presencial x On-Line Uma boa anamnese, uma avaliação antropométrica completa, um bom inquérito alimentar, prescrição de exames e suplementos quando necessário, além do plano alimentar. Mas não seriam essas as atribuições de todos os nutricionistas? O paciente deve encontrar em você tudo aquilo que ele deseja alcançar de objetivos e que não seja necessário procurar um outro profissional. O diferencial competitivo é algo obrigatório hoje em dia, o nutricionista deve ser um solucionador de problemas do paciente. COMO FAZER UM ATENDIMENTO ONLINE? A partir do dia 18 de março, o atendimento online foi permitido ao nutricionista, mas com isso, vieram outros problemas. A primeira coisa a ser feita é o acolhimento do seu público, entendendo que a maioria das pessoas estão passando por muitas dificuldades em meio a pandemia. O nutricionista deve mostrar problemas e as devidas soluções, atendendo as dores de seu público. Ainda, a nutricionista Mari indica o uso das redes sociais para aproximação com pacientes, como por exemplo usar a ferramenta de caixas de perguntas do Instagram para entender melhor as necessidades daqueles que te acompanham e oferecer os serviços e produtos assertivos, que além dos atendimentos online incluem: atendimentos em grupo, personal diet a distância, coaching nutricional. Atendimento Presencial x On-Line Uma boa anamnese, uma avaliação antropométrica completa, um bom inquérito alimentar, prescrição de exames e suplementos quando necessário, além do plano alimentar. Mas não seriam essas as atribuições de todos os nutricionistas? O paciente deve encontrar em você tudo aquilo que ele deseja alcançar de objetivos e que não seja necessário procurar um outro profissional. O diferencial competitivo é algo obrigatório hoje em dia, o nutricionista deve ser um solucionador de problemas do paciente. COMO VENDER UMA IDEIA E NOVOS SERVIÇOS? Os nutricionistas possuem pacientes antigos e clientes em potencial que gostariam de fidelizar. É importante mostrar benefícios aos pacientes, por exemplo: pacientes que tiverem problemas com os agendamentos durante a pandemia, deve-se manter o contato com eles, para que você seja lembrado após esse período turbulento, é uma maneira eficiente de fidelização. A consulta nutricional vai além da antropometria. Este é o momento de provar que o nutricionista faz muito mais pela saúde das pessoas, pois todos os problemas de comportamento alimentar podem ser trabalhados nos atendimentos on-line. Por fim, esteja onde as pessoas estão e não dissemine notícias ruins, foque nos aspectos positivos. Atendimento Presencial x On-Line A alimentação constrói a mente, sendo fundamental para a saúde, nos âmbitos físico, mental e emocional. Entretanto, os transtornos mentais e alimentares estão cada vez mais presentes na sociedade, com aumento da prevalência e mortalidade por esta causa , representando assim um problema de saúde pública. ROBERTA CARBONARI C O N G R E S S O Sábado| 25/04 O IMPACTO DA ALIMENTAÇÃO NA SAÚDE MENTAL 15h40 às 16h20 O impacto da Alimentação na Saúde Mental O ambiente estressante e a alimentação inadequada, possuem impacto direto no aumento do risco de desenvolver distúrbios mentais, por promover a desabilidade mental, presente tanto em doenças neurodegenerativas quanto nas desordens mentais, como depressão, ansiedade. A qualidade da dieta atua na promoção da saúde mental, e seu desequilíbrio, pelo excesso ou deficiência, atuam aumentando o risco de desenvolver distúrbios mentais. PADRÃO ALIMENTAR X INFLAMAÇÃO X SAÚDE MENTAL O impacto da Alimentação na Saúde Mental A dieta mediterrânea possui ação anti-inflamatória, sendo composta pelo consumo de frutas, verduras, grãos integrais, oleaginosas, peixes, dentre outros. Possui relação direta com a saúde mental, pois o menor índice inflamatório está associado à redução no risco de desenvolver depressão. Portanto, possui um impacto positivo, atuando na proteção da saúde mental. Em contrapartida, dietas pró-inflamatórias, com alta densidade calórica e baixa densidade nutricional, foram associadas a um menor volume do hipocampo esquerdo, sendo um impacto anatômico no cérebro. E, ainda, aumentam o risco de desenvolver os distúrbios mentais pelo aumento da inflamação. A obesidade em estágio avançado em mães está diretamente associada à padrões depressivos e ansiosos em seus filhos, sendo um ciclo, pois um padrão alimentar inadequado gera a obesidade, que por sua vez aumenta a ansiedade, e incrementa o consumo alimentar. Tendo isso, a intervenção precoce, desde a pré-concepção é fundamental. Assim como, os estudos comprovam o maior risco de depressão e ansiedade em indivíduos com desnutrição, pela carência de nutrientes. Portanto, tanto a falta quanto o excesso de peso, são prejudiciais no que tange à saúde mental. IMPACTO DO IMC NA ANSIEDADE E DEPRESSÃO O impacto da Alimentação na Saúde Mental Estudos demonstram associação entre o consumo de bebidas açucaradas e o desenvolvimento de transtornos mentais, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), além do aumento de comportamentos agressivos em crianças com consumo excesso de refrigerantes. Também, a ingestão prolongada de alimentos ricos em açúcar, é um preditivo para o desenvolvimento de depressão. AÇÚCAR A interação dos nutrientes dentro de um padrão alimentar impactam na saúde desde o período pré-gestacional, sendo essencial uma alimentação equilibrada dos pais para o adequado desenvolvimento neuroendócrino do bebê e a redução do risco de desenvolver transtornos mentais. A dieta com alto índice de carboidratos simples e