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Questões Objetivas - Filosofia-52

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mais, praticamente sem ter feito uma única refeição decente na vida. Propõe-se, como
virtude alimentar, um mundo sombrio de pastas, mingaus, poções, soros de proteína e
sabe-se lá o que ainda vem pela frente. Não está claro o que se ganha em toda essa
história. A perspectiva de morrer, um dia, no peso ideal?
(J. R. Guzzo. Veja, 09.06.2010. Adaptado.)
Sob o ponto de vista filosófico, podemos afirmar que, para o autor,
a) é positiva a adoção de procedimentos científicos no campo nutricional.
b) o tema da qualidade de vida deve ser enfocado sob critérios morais.
c)   os   padrões  hegemônicos  vigentes   na   sociedade   atual   no   campo  da  nutrição   são
elogiáveis.
d) a felicidade depende do número de calorias ingeridas pelo ser humano.
e) a autonomia individual deveria ser o critério para definir os parâmetros de uma vida
adequada.
Resposta:E
O   autor   critica,   na   verdade,   aquela   ditadura   da  magreza   onde   os   indivíduos   são
conduzidos ao padrão de beleza  atual  e acabam com isso sofrendo sérios distúrbios
alimentares como bulimia, anorexia, diabetes, pressão alta, entre outras. A autonomia
individual é agir como se quer, sem qualquer determinação casual, quer seja exterior,
como  os  médicos,   nutricionistas,   ambientalistas   e   outros  mencionados   no   texto   ou
interior, no caso, os desejos e o caráter. No entanto, agir como se quer para garantir uma
vida adequada não existe se não houver responsabilidade e total consciência dos atos
que se quer praticar.
 
55. (Unesp   2011) Renata, 11, combinava com uma amiga viajar em julho para a
Disney. Questionada pela mãe, que não sabia de excursão nenhuma, a menina pegou
uma pasta com preços do pacote turístico e uma foto com os dizeres: “Se eu não for
para a Disney vou ser um pateta”. A agência de turismo e a escola afirmam que não
pretendiam constranger ninguém e que a placa do Pateta era apenas uma brincadeira.
Para um promotor da área do consumidor, o caso ilustra bem os abusos na publicidade
infantil.
“Já temos problemas sérios de bullying nas escolas. Essa empresa está criando uma
situação propícia para isso”.
 (Folha de S.Paulo, 20.04.2010. Adaptado.)
Acerca dessa notícia, podemos afirmar que:
a) Em nossa sociedade, os campos da publicidade e da pedagogia são esferas separadas,
não suscitando questões de natureza ética.
b) Para o promotor citado na reportagem, o caso em questão provoca problemas de
natureza exclusivamente jurídica.
c) Uma das questões éticas envolvidas diz respeito à exposição precoce das crianças à
manipulação do desejo, exercida pela publicidade.
d) O público-alvo dessa campanha publicitária constitui-se de indivíduos dotados de
consciência autônoma.
e) Para o promotor citado na reportagem, o caso em questão não apresenta repercussões
de natureza psicológica.
Resposta:C
O caso  Renata,   11   anos,   representa   o   quanto  uma   propaganda   preocupa-se   com   a
imagem em torno do produto, ao invés de nos dizer para que o produto serve. Deste
modo,  o  papel  ético  do  promotor  é  alertar  que  uma criança  que não  usufruir  desta
viagem, será, certamente, vítima de coação e constrangimento por parte dos colegas que
forem à Disney.
 
56. (Unesp   2011)  Analise   o   trecho   da   entrevista   dada   pelo   chefe   de   imprensa   do
governo do Irã a um jornal brasileiro.
Folha  –  Há preocupação  quanto  a  uma  mudança  de  posição  do  governo brasileiro,
sobretudo na área de direitos humanos, depois que a presidente Dilma se manifestou
contrariamente ao apedrejamento de Sakineh?
Ali Akbar Javanfekr – Encontrei poucas informações sobre a realidade iraniana aqui no
Brasil. Há notícias distorcidas e falsas. Isso é preocupante. Minha presença aqui é para
tentar divulgar as informações corretas. No caso de Sakineh, informações que chegaram
à presidente Dilma Rousseff não foram corretas.
Folha – A presidente Dilma está mal informada?
Ali Akbar Javanfekr – Sim. Foi mal informada sobre esse caso.
Folha – É verdade, como diz o presidente Ahmadinejad, que não há gays no Irã?
Ali Akbar Javanfekr – Não temos.
Folha – É o único país do mundo que não tem gay?
Ali Akbar Javanfekr – Na República Islâmica do Irã, não há.
Folha – Se houver, há punições?
Ali Akbar Javanfekr – Nossa visão sobre esse tema é diferente da de vocês. É um ato
feio, que nenhuma das religiões divinas aceita. Temos a responsabilidade humana, até
divina, de não
aceitar esse tipo de comportamento. Existe uma ameaça sobre a saúde da humanidade.
A Aids, por exemplo. Uma das raízes é esse tipo de relacionamento.
(Folha de S.Paulo, 14.03.2011. Adaptado.)
Sob o ponto de vista ético,  as opiniões expressas no trecho da entrevista podem ser
caracterizadas como
a) uma visão de mundo fortemente influenciada pelas matrizes liberais do pensamento
filosófico.
b) uma posição convencionalmente associada ao pensamento politicamente correto.
c) uma visão de mundo fortemente influenciada pelo fundamentalismo religioso.
d) opiniões que expressam afinidade com o imperativo categórico kantiano.
e) posições condizentes com a valorização da consciência individual autônoma.
Resposta:C
O   fundamentalismo   religioso   é   considerado   por   muita   gente   um   mal   e   por   se
caracterizar como um pensamento dogmático que não aceita mudança e refundação de
seus   argumentos   eles   acabam   fazendo  o  que   fazem,   como  afirmar   nesta   entrevista
categoricamente a não existência de homossexuais em seu país, e fundamentando seus
atos – que consideram éticos – nos dogmas e leis rígidas de sua própria religião.
 
57. (Unesp 2011) Analise o texto político, que apresenta uma visão muito próxima de
importantes reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os
domínios da ética e da política são práticas distintas.
“A política arruína o caráter”, disse Otto von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de
ferro” da Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que agora
enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram
colocados e mantidos no poder por nações que se enxergam como faróis da democracia
e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável?
Os ditadores eram a única esperança do Ocidente de continuar tendo acesso ao petróleo
árabe e de manter um mínimo de informação sobre as organizações terroristas islâmicas.
Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinário diplomata americano do
século passado,  George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades  não
vivem para conduzir sua política externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua
política externa para viver”.
(Veja, 02.03.2011. Adaptado.)
A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo
a)  considerava  a  ditadura  o modelo  mais  apropriado de governo,  sendo simpático  à
repressão militar sobre populações civis.
b) foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer tipo de
manifestação de autoritarismo por parte dos governantes.
c) foi um dos teóricos do socialismo científico, respaldando as ideias de Marx e Engels.
d) foi um pensador escolástico que preconizou a moralidade cristã como base da vida
política.
e) refletiu sobre a política através de aspectos prioritariamente pragmáticos.
Resposta:E
Nicolau Maquiavel (1469-1527), para descrever a ação do príncipe (governante) usa de
duas expressões italianas virtú e fortuna. A virtú significa virtude, no sentido grego de
força, valor, uma qualidade de guerreiro e lutador forte e viril. Em Maquiavel, não se
trata  disto,  mas   sim da   capacidade  do  príncipe  de  perceber  o   jogo  das   forças   que
caracteriza o momento político para agir, seja de qual maneira for, para alcançar seus
objetivos. O pensamento de Maquiavel se aproxima com o texto da questão quando ela
se aplica a fortuna, ou seja, a ocasião (pragmático) que não deve deixar escapar pelo
príncipe e nela utilizar-se dos meios necessários para seus fins.
 
58. (Unesp 2011) “Ea verdade, o que será? A filosofia busca a verdade, mas não possui
o   significado   e   substância   da  verdade  única.  Para   nós,   a   verdade  não   é   estática   e
definitiva, mas movimento incessante, que penetra no infinito. No mundo, a verdade
está em conflito perpétuo. A filosofia leva esse conflito ao extremo, porém o despe de
violência. Em suas relações com tudo quanto existe, o filósofo vê a verdade revelar-se a
seus olhos, graças ao intercâmbio com outros pensadores e ao processo que o torna
transparente a si mesmo. Eis porque a filosofia não se transforma em credo. Está em
contínuo combate consigo mesma”.
(Karl Jaspers, 1971.)
Com base no texto, responda se a verdade filosófica pretende ser absoluta, justificando
sua resposta com uma passagem do texto citado. Ainda de acordo com o fragmento,
explique como podemos compreender  os conflitos  entre   filosofia  e   religião  e  cite  o
principal movimento filosófico ocidental do período moderno que se caracterizou pelos
conflitos com a religião.
Resposta:
 Jaspers,   logo   no   início   do   seu   texto,   deixa   evidente   que   a   verdade   filosófica   não
pretende ser absoluta:  “A filosofia busca a verdade,  mas não possui o significado e
substância da verdade única”. Ainda, logo em seguida afirma que: “Para nós [filósofos],
a   verdade   não   é   estática   e   definitiva,  mas  movimento   incessante,   que   penetra   no
infinito”. E é justamente por ir neste sentido, isto é, por rejeitar verdades absolutas, que
a filosofia invariavelmente se confronta com a religião.  Caso notório no pensamento
ocidental é o surgimento do Iluminismo, no século XVIII, que, embora ressaltasse a
importância   da   tolerância,   criticava   o   irracionalismo   e   defendia   a   difusão   do
conhecimento científico – baseado na experiência e na observação -,  questionando a
autoridade da Igreja, que até então era quem ditava as bases do conhecimento humano.
 
59. (Unesp 2011) Parece notícia velha, mas a ciência e o ensino da ciência continuam
sob ataque. No portal ‘brasilescola.com’ há um texto de Rainer Sousa, da Equipe Brasil

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