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Faculdade de Engenharia Departamento de Cadeiras Gerais Licenciatura em Engenharia Informática Matemática Discreta I TEMA: ANÁLISE COMBINTATORIA Discentes: Docente: Falaque, Dalton Gomes Lauter Carmen Nassone Cumbi Júnior, Venâncio Salustiano Melo, Lucas José Machatine, Lélio Leonardo Nhamutole, Sérgio Alexandre Maputo, Abril de 2024 2 . Índice Introdução ............................................................................................................................................. 3 Analise Combinatória............................................................................................................................ 4 Princípio de contagem ........................................................................................................................... 4 Factorial ................................................................................................................................................ 5 Arranjos ................................................................................................................................................ 5 Permutação ........................................................................................................................................... 6 Combinação .......................................................................................................................................... 7 Conclusão ............................................................................................................................................. 9 Bibliografia ........................................................................................................................................ 10 3 Introdução Neste trabalho focaremos quatro tipos de agrupamentos: arranjos, factorial, permutações e combinações. Qual a diferença entre cada um deles? Esta será uma das principais dúvidas a serem sanadas neste trabalho. Veremos que se você possuir n objectos e p lugares disponíveis para guardar exactamente 1 desses objectos em cada lugar, isso será um arranjo de n objectos tomados p a p. Em particular, se o número de objectos for igual ao número de lugares disponíveis, teremos uma permutação de n objectos. Notaremos que nos arranjos, portanto nas permutações, a ordem é importa. Contudo, se você possuir n objectos e p e lugares disponíveis, mas a ordem cujos objectos são escolhidos não for importante, isso será uma combinação de n objectos tomados p a p. Trataremos ainda dos casos cuja escolha repetida de objectos é permitida e também das permutações circulares. 4 ANALISE COMBINATÓRIA OU CONTAGEM Trata da determinação do número de possibilidades lógicas de algum evento sem necessariamente identificar todos os casos. Princípio de contagem Há duas ferramentas importantes para a solução de problemas de problemas de copntagem: O princípio aditivo e o princípio multiplicativo Sejam A e B conjuntos que não possuem elementos em comum. O princípio aditivo garante que o número de elementos da união é igual ao número de elementos do conjunto A somado ao número de elementos do conjunto B, ou seja, n(A ∪ B ) = n(A) + n(B ), quando A ∩ B = ∅. Podemos estender o princípio aditivo para um número finito de conjuntos. Dados n conjuntos A1, A2, …, An, tais que Ai ∩ A j = ∅ para todo i ≠ j, temos: n(A1 ∪ A2 ∪ … ∪ An )= n(A1) + n(A2 ) + ⋯ + n(An). Ex: Ana deseja participar da Semana Universitária. Foram oferecidos 3 palestras e 2 seminários que interessavam a Ana, todos no mesmo horário. Note que ela tem três maneiras distintas para a escolha da palestra n(P ) = 3 e duas maneiras distintas para a escolha do seminário n(S) = 2, como os eventos são mutuamente excludentes, visto que Ana não poderá assistir a uma palestra e participar de um seminário que são eventos distintos no mesmo horário, o número de possibilidades de escolhas será: n(P ) + n(S) = 3 + 2 = 5. Dados dois conjuntos A e B, o princípio multiplicativo nos garante que o número de maneiras de escolher um primeiro elemento do conjunto A e um segundo elemento do conjunto B é igual ao número de elementos de A multiplicado pelo número de elementos de B. Em outras palavras, o número de elementos do produto cartesiano de A por B satisfaz: n(A ⨯ B ) = n(A) ∙ n(B ). Estendendo para um número finito de conjuntos, temos que: n(A1 ⨯ A2 ⨯ …⨯ An ) = n(A1) ∙ n(A2 )∙ …∙ n(An ). Ex: Os organizadores da Semana Universitária, observando o interesse dos alunos em participar de palestras e seminários resolveram oferecer as palestras em um horário e os seminários em outro. Ana poderá participar de dois eventos escolher uma palestra e um seminário. Aplicando o princípio multiplicativo temos que ela poderá fazer essa escolha de 6 maneiras distintas: n(P ) ∙ n(S ) = 3 ∙ 2 = 6. 5 Existem situações mais complexas em que podemos utilizar simultaneamente os princípios aditivos e multiplicativo. Ex: Os alunos que apresentarem trabalhos na Semana Universitária serão classificados e premiados com 2 livros de disciplinas diferentes. Sabemos que existem 7 livros diferentes de informática (I), 4 livros diferentes de matemática (M) e 5 livros diferentes de didáctica (D). Ana foi a primeira colocada. Podemos determinar o número de escolhas que Ana poderá fazer: Ana poderá escolher as disciplinas de três maneiras diferentes: Informática e Matemática, pelo princípio multiplicativo: n(I ⨯ M ) = n(I ) ∙ n(M ) = 7 ∙ 4 = 28. Informática e Didáctica, pelo princípio multiplicativo: n(I ⨯ D ) = n(I ) ∙ n(D ) = 7 ∙ 5 = 35. Matemática e Didáctica, pelo princípio multiplicativo: n(M ⨯ D ) = n(M ) ∙ n(D ) = 4 ∙ 5 = 20. Utilizando o princípio aditivo determinamos o total de escolhas: 28+35+20=83 possibilidades de escolha FACTORIAL Factorial de um número natural n, representado por n!, sendo n> 1 é: n! = n ∙ (n −1) ∙ (n −2) ∙…∙ 3 ∙ 2 ∙ 1. Ex: 5! = 5.4.3.2.1 = 120 Observação 0! =1, 1! =1, 5! = 5. 𝟒. 𝟑. 𝟐. 𝟏 = 5. 𝟒! , Ex: 6! 3! = 6.5.4.3! 3! = 6.5.4 = 120 ARRANJOS É uma organização de elementos de uma determinada ordem, ou seja uma combinação de n elementos tomados p a p, onde a ordem de elementos importa. E é denotado por A 𝑛 𝑝 Chamamos de arranjo simples cada uma das lista ordenadas, sem repetição, formadas a partir da escolha de p elementos de um conjunto com n elementos distintos. Ex: Considerando o conjunto A= {1,2,3,4}, quantos números de 3 algarismos distintos ou iguais podem ser formados? Solução: Os arranjos simples de 3 elementos formados por elementos de A são: (1, 2, 3), (1, 2, 4), (1, 3, 2), (1, 3, 4), (1, 4,2), (1, 4, 3), (2, 1, 3), (2, 1, 4), (2, 3, 1), (2, 3, 4), (2, 4, 1), (2, 4, 3), (3, 1, 2), (3,1,4), (3, 2, 1), (3, 2, 4), (3, 4, 1), (3, 4, 2), (4, 1, 2), (4, 1, 3), (4, 2, 1), (4, 2, 3), (4, 3, 1), (4, 3, 2). 6 Para determinar o número total de arranjos simples tomado p a p de um dado conjuntos de n elementos, usamos a seguinte formula: A 𝑛 𝑝 = 𝑛! (𝑛−𝑝)! Com n, p ∈ ℕ; 𝑒 𝑛 ≥ p A 4 3 = 4! (4−3)! = 4.3.2.1 1! = 4.3.2 =24 Chamamos de arranjo com repetição a todos aqueles em que os elementos podem aparecer repetidos em cada grupo de p elementos. Para determinar o número total de arranjos com repetição tomado p a p de um dado conjuntos de n elementos, usamos a seguinte formula: A 𝑛 𝑝 = 𝑛𝑝 Com n, p ∈ ℕ; 𝑒 𝑛 ≥ p Solução A 𝑛 𝑝 = 𝑛𝑝 A 4 3 = 43 = 64 Chamamos de arranjo condicional a aqueles em que todos elementos aparecem em cada grupo de p elementos, mas existe uma condição que deve ser satisfeita sobre alguns elementos. PERMUTAÇÕESÉ uma técnica de contagem utilizada para determinar quantas maneiras existe para ordenar os elementos de um conjunto finito. Uma Permutação simples é a ordenação dos elementos de um conjunto finitos, quando seus elementos não se repetem, são distintos. Ė Utilizada para determinar a quantidade dessas ordenações. A quantidade 𝑝𝑛 de permutações de um conjunto de n elementos é igual a n! Para determinar a quantidade de permutações simples usamos a seguinte formula: 𝑝𝑛 = 𝑛! EX: Quantos ANAGRAMAS podemos formar permutando as letras da palavra FILA? Resolução: FILA-FIAL-FALI-FAIL-FLIA-FLAI IFLA-IFAL-ILFA-ILAF-IAFL-IALF LFIA-LFAI-LAFI-LAIF-LIFA-LIAF AFIL-AFLI-ALFI-ALIF-AILF-AIFL Através da palavra FILA podemos formar 24 ANAGRAMAS permutando as letras. Usando a formula: 7 𝑝𝑛 = 𝑛! 𝑝4 = 4! = 24 Uma Permutação com repetição acontece quando em um conjunto de n elementos, alguns destes são iguais. Para determinar o número de permutações com repetição, dividimos o factorial do número total n de elementos, pelo produto entre os factoriais dos elementos que repetem: P 𝑛 (𝑎, 𝑏, 𝑐) = n! a!. b!. c! EX: Quantos ANAGRAMAS podemos formar permutando as letras da palavra BANANA? Resolução: P 𝑛 (𝐴, 𝑁) = 6! 3! .2! = 6.5.4.3! 3! .2! = 6.5.2 = 60 O número de permutações para as letras da palavra BANANA é igual a 60. Uma Permutação circular é uma situação que ocorre quando temos grupos com elementos distintos formando uma circunferência de círculo. Formula: 𝑝𝑛 = (𝑛 − 1)! COMBINAÇÃO A combinação é um processo matemático utilizado para contar a quantidade de subconjuntos diferentes, possíveis de serem formados, ao escolher elementos de um conjunto maior, não importando a ordem dos elementos. Cada subconjunto formado por elementos distintos de um conjunto maior, sem considerar a ordem com que estão organizados, é uma combinação. Existem dois tipos de combinações: as simples e as com repetição. Uma combinação simples é aquela que não possui elementos repetidos no conjunto maior. Desta forma, também não há elementos repetidos nas combinações formadas. Fórmula da combinação simples C 𝑛 𝑝 = 𝑛! 𝑝!(𝑛−𝑝)! . 8 Ex: Quantas combinações são possíveis de serem formadas se em um conjunto de cinco frutas distintas escolhermos três para montar uma salada? Mesmo sem saber quais são as frutas, o problema anuncia serem distintas, sendo uma questão de combinação simples. C 𝑛 𝑝 = 𝑛! 𝑝!(𝑛−𝑝)! C 5 3 = 5! 3!(5−3)! = 5.4.3! 3!.2! = 5.2 = 10. Portanto, há 10 combinações possíveis de serem formadas. A Combinação com repetição ocorre quando há elementos que se repetem, por isso, também é conhecida por combinação com repetição. Na combinação com repetição, o número p, que representa a quantidade de elementos no conjunto a ser combinado, é maior que a quantidade n de elementos disponíveis no conjunto original. Como o número p é maior que o número n, alguns elementos deverão ser repetidos. Fórmula da combinação com repetição 𝐂 𝒏 𝒑 = (𝒏+𝒑−𝟏)! 𝒑!(𝒏−𝟏)! . Ex: De quantos modos um cliente pode compor uma salada com seis frutas (unidades), onde o cardápio oferece apenas cinco opções? O n, número total de frutas é 5, mas seis irão para o potinho de salada, obrigando a repetição de uma. Com n = 5 e p = 6. C 5 6 = (5+6−1)! 6!(5−1)! = 10! 6!.4! = 10.9.8.7.6! 6!.4.3.2.1 = 7.5.3.2 = 210 Combinações complementares Observe que C 𝑛 𝑝 = 𝑛! 𝑝!(𝑛−𝑝)! = 𝑛! (𝑛−𝑝!(𝑛−𝑝)! = C 𝑛−𝑝 𝑝 Chamamos C 𝑛−𝑝 𝑝 de combinação complementar de C 𝑛 𝑝 9 CONCLUSÃO Definirmos arranjo, factorial, permutação e combinação. Vimos que a diferença entre arranjo simples e combinação simples está no facto de ser ou não importante a ordem dos objectos escolhidos no agrupamento. Tratamos ainda como obter fórmulas fechadas e simples para problemas de arranjo, permutação e combinação com repetição. Para completar o trabalho, definimos permutação circular, que é um pouco diferente da permutação simples (em fila), mas que possui relação íntima com esta, como pode ser visto pela própria fórmula obtida. 10 BIBLIOGRAFIA CABRAL, Raquel Pinheiro. Computação. M. Discreta.1ª edição. Fortaleza ceara. 2017 Santos, Wagner Ferreira. M. Discreta.CESAD.2010 BARBOSA, R.M. Combinatória e Grafos. Vol.1. Nobel: São Paulo, 1974. SANTOS, J.P.O., et al. Introdução à Análise Combinatória. Moderna: Rio de Janeiro, 2007. ASTH, Rafael C.. Analise combinatória. Toda matéria. 28/4/24 Introdução Fórmula da combinação simples Fórmula da combinação com repetição 𝐂,𝒏-𝒑. = ,(𝒏+𝒑−𝟏)!-𝒑!,𝒏−𝟏.!..