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Classificação dos Organismos Vivos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
CURSO: Ciências Biológicas Disciplina: Microbiologia
PROF: Danilo Ruas Santos
ALUNO: Nathália Rosa Santos
Estudo dirigido II Unidade
1. Nos tempos de Aristóteles os organismos vivos eram classificados de duas maneiras, como plantas ou como animais. Em 1735, o botânico Carolus Linnaeus apresentou a classificação em dois reinos – Plantae e Animalia. Os biólogos procuraram classificar os organismos com base nas suas relações ancestrais. Carl Von Nageli, em 1857 propôs colocar bactérias e fungos no reino das plantas. Em 1866, Ernest Haeckel propôs o reino Protista para as bactérias, protozoários, algas e fungos. Tempos mais tarde, em 1959, os fungos foram classificados em seu próprio reino.
Com a microscopia eletrônica as diferenças físicas entre as células ficaram evidentes e foi introduzido o termo procarioto distinguindo as células sem núcleo das células nucleadas. Anos depois foi apresentada a definição atual dos procariotos: células nas quais o material nuclear não é envolto por uma membrana nuclear.
Apareceu a proposta do Reino Prokaryotae. Depois a criação de 5 reinos, procariotos foram colocados no Reino Prokaryotae ou Monera e os eucariotos constituíram os outros 4 reinos.
Novas técnicas revelaram a existência de 2 tipos de células procarióticas e 1 tipo de célula eucariótica. Os três tipos de células foram elevados para um nível acima do reino, chamado de domínio. Os organismos foram classificados em três domínios: animais, plantas, fungos e protistas são reinos do domínio Eukarya. Domínio Bacteria inclui procariotos patogênicos e não patogênicos encontrados no solo e na água, e também procariotos fotoautotróficos.
2. Domínios Bacteria, Archaea e Eukarya. Essa classificação foi fundamentada na comparação das sequências de nucleotídeos do RNA ribossômico, pois os ribossomos não são os mesmos em todas as células.
3. Eucariotos dividido em: Domínio> Reino> Filo> Classe> Ordem> Família> Gênero> Espécie.
Procariotos dividido em: Domínio> Filo> Classe> Ordem> Família> Gênero> Espécie.
Os seres Procariotos só não possuem reino.
4. Em dois domínios: Bacteria e Archaea. 
5. - Características morfológicas (ausência de um núcleo delimitado, existência de plasmídeos, ausência de algumas organelas, parede celular com peptideoglicana);
- coloração diferencial;
- testes bioquímicos;
- sorologia;
- fagotipagem;
- citometria de fluxo;
- composição de bases do DNA;
- fingerprinting de DNA;
- reação em cadeias de polimerase;
- hibridização de ácidos nucleicos.
6. Domínio Bacteria: Proteobactérias, Bactérias gram-negativas não proteobactérias e Bactérias gram-positivas.
Domínio Archaea: Crenarchaeota e Euryarchaeota.
7. a) Parede celular tipicamente gram-positiva: Bacteria
b) Parede celular tipicamente gram-negativa: Bacteria
c) Ausência de peptideoglicana na parede: Archaea
d) Ausência de parede celular: Archaea
8.
- Contém um único tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA.
- Contém um invólucro protéico (às vezes recoberto por um envelope de lipídeos, proteínas e carboidratos) que envolve o ácido nucléico.
- multiplicam-se no interior de células vivas utilizando a maquinaria de síntese celular.
- induzem a síntese de estruturas especializadas na transferência do ácido nucléico viral para outras células.
9. Não. Para que ocorra a infecção da célula hospedeira, a superfície externa do vírus deve interagir quimicamente com receptores específicos presentes na superfície celular.
10. Fora das células os vírus são inertes, daí necessitam da presença de uma célula viva para se multiplicarem porque não apresentam estruturas moleculares que permitam uma total independência no processo de replicação. Os ácidos nucleicos das células vivas estão em atividade o tempo todo. Quando um vírus penetra uma célula hospedeira, o ácido nucleico viral torna-se ativo, ocorrendo à multiplicação viral.
11. Um vírus possui um único tipo de ácido nucléico, que pode ser DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico), envolto pelo capsídeo. O capsídeo é um revestimento de proteínas. Cada capsídeo é composto por subunidades proteicas chamadas capsômeros. Em alguns vírus, o capsídeo pode ou não estar envolvido por uma membrana lipoprotéica, o envelope viral, que consiste em uma combinação de lipídeos, proteínas e carboidratos.
12. 
- Helicoidal: lembram bastões longos, que podem rígidos ou flexíveis.
- Poliédrica: o capsídeo tem a forma de um icosaedro, um poliedro regular com 20 faces triangulares e 12 vértices. Os capsômeros de cada face formam um triângulo equilátero.
- Complexa: Possuem estruturas adicionais aderidas. Normalmente apresentam capsídeo (cabeça) poliédrico e bainha helicoidal.
13. Projeções protéicas constituídas por complexos carboidrato-proteínas que se projetam da superfície do envelope do capsídeo viral. Alguns vírus se ligam à superfície da célula hospedeira através dessas espículas.
14. Absorção: ocorre após a colisão ao acaso entre partículas do fago e as bactérias. Um sítio de absorção no vírus se liga ao sítio do receptor complementar na parede da célula bacteriana. Formam-se ligações fracas entre o sítio de absorção e o receptor celular.
Penetração: A cauda do bacteriófago libera a enzima lisozima, destruindo uma porção da parede celular bacteriana. Durante a penetração a bainha da cauda do fago se contrai, e o centro da cauda atravessa a parede da célula bacteriana. Quando o centro alcança a membrana plasmática, o DNA da cabeça do fago penetra na bactéria.
Biossíntese: Assim que o DNA do bacteriófago alcança o citoplasma da célula hospedeira, ocorre a biossíntese do ácido nucleico e das proteínas virais.
O fago utiliza várias enzimas e os nucleotídeos da célula hospedeira para sintetizar cópias do seu DNA. Em seguida tem início a biossíntese das proteínas virais.
Durante o ciclo de multiplicação do fago, controles gênicos regulam a transcrição de regiões diferentes do DNA.
Maturação: vírions completos são formados a partir do DNA e dos capsídeos. Os componentes virais se organizam espontaneamente, formando a partícula viral. As cabeças e as caudas são montadas separadamente a partir de subunidades de proteínas: a cabeça recebe o DNA viral e se liga à cauda.
Liberação: estágio em que ocorre a liberação dos vírions da célula hospedeira. A lisozima, codificada por um gene viral, é sintetizada dentro da célula. Essa enzima destrói a parede celular bacteriana, liberando os novos bacteriófagos produzidos.
15. O ciclo lítico termina com a lise e a morte da célula hospedeira, enquanto no ciclo lisogênico a célula hospedeira permanece viva.
Vantagens:
As células lisogênicas são imunes à reinfecção pelo mesmo fago.
As células hospedeiras podem exibir novas propriedades- conversão. O vírus induz uma mudança no fenótipo da bactéria infectada. Ex.: a membrana externa da célula pode tornar-se impermeável a outros vírus ou a capacidade patogênica da bactéria para um hospedeiro pode ser aumentada.
A lisogenia torna possível a transdução especializada, que permite a transferência de um gene de uma bactéria à outra, de modo seletivo. Transferindo apenas uma pequena região do cromossomo bacteriano.
16.
	Estágio
	Diferenças no ciclo de replicação
	
	Bacteriófagos
	Vírus animais
	Absorção
	As fibras da cauda ancoram nas proteínas da parede celular
	Os sítios de absorção são proteínas e glicoproteínas da membrana plasmática
	Penetração
	O DNA viral é injetado dentro da célula
	O capsídeo penetra por endocitose ou por fusão
	Desnudamento
	Desnecessário
	Remoção enzimática das proteínas do capsídeo
	Biossíntese
	No citoplasma
	No núcleo(vírus com genoma DNA) ou citoplasma(vírus com genoma RNA)
	Infecção crônica
	Lisogenia
	Latência: infecções virais latentes; câncer
	LIberação
	Lise da célula hospedeira
	Os vírus envelopados brotam; os não envelopados rompem a membrana plasmática
17. Envelopados: Penetração pode ser por fusão e liberação por exocitose ou brotamento.
Não envelopados: Penetração pode ser por pinocitose e liberação por lisecelular.
18. É o período no qual os vírions completos e infecciosos não estão presentes.
19. Infecções virais latentes e infecções virais persistentes ou crônicas.
20. Não. Vírus HIV: transcriptase reversa, integrase e protease.
21. DNA fita dupla, DNA fita simples, RNA fita dupla e RNA fita simples.
Papvavírus como exemplo de replicação de um vírus de DNA
Após a absorção, a penetração, o seu DNA é desnudado e liberado no núcleo da célula hospedeira. A seguir ocorre a transcrição de uma porção do DNA viral que codifica os “genes precoces”, seguida da tradução. Os produtos desse gene são enzimas requeridas para a multiplicação do DNA viral. 
Algum tempo após o início da replicação ocorre a transcrição e a tradução dos genes “tardios”. Ocorre a síntese das proteínas do capsídeo, no citoplasma da célula hospedeira.
Após a migração das proteínas do capsídeo para o núcleo celular, ocorre a maturação; o DNA viral e as proteínas do capsídeo se montam para formar os vírus completos. Os vírus completos são, então, liberados da célula hospedeira.
Vírus contendo RNA
	Após a absorção, penetração, ocorre o desnudamento liberando RNA e proteínas virais. Os vírus de ssRNA (fita simples) com genoma de fita positiva são capazes de sintetizar proteínas diretamente de sua fia positiva. Usando a fita positiva como molde, eles transcrevem fitas negativas para produzir fitas positivas adicionais, que servem como mRNA e são incorporadas dentro do capsídeo como genoma viral. Os vírus de ssRNA com genoma de fita negativa devem transcrever uma fita positiva para servir como mRNA antes do início da síntese das proteínas virais. O mRNA transcreve fitas negativas adicionais para serem incorporadas ao capsídeo viral. Os vírus ssRNA, assim como os vírus dsRNA (fita dupla), devem usar o mRNA (fita positiva) para codificar suas proteínas, inclusive as proteínas do capsídeo.
22. Os vírus de plantas não podem penetrar em células vegetais intactas por causa da parede celular rígida, impermeável. Os vírus penetram nas células através de abrasões ou são introduzidos juntamente com parasitas de plantas, como os nematódeos, os fungos e através de vetores como insetos sugadores de seiva.
23. Vírion - partícula viral completa e infecciosa composta por um ácido nucléico envolto por uma cobertura de proteína, que protege do ambiente e serve como um veículo de transmissão de uma célula hospedeira para outra.
Viroides – fragmentos de RNA infecciosos causadores de algumas doenças em plantas, tem cerca de 300 a 400 nucleotídeos sem qualquer envoltório protéico.
Príons – proteínas que possuem propriedades infectantes.

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