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e-Tec Brasil81 Aula 15 - Gestão de relacionamentos na cadeia de suprimentos Nesta aula vamos entender o que são canais de distribuição e sua importância na cadeia de suprimentos. É vital que a logística entenda as reais necessidades e desejos de seus clientes, para poder construir um canal eficiente e eficaz. Bons estudos! 15.1 Evolução da cadeia de suprimentos Como nós vimos em algumas aulas anteriores, enquanto a gestão da cadeia de suprimentos é tida como um conceito muito novo, suas bases surgiram em teorias antigas e estabelecidas na logística. A sua origem aparece bem ligada ao renascimento da própria logística na década de 1950, quando o conceito recebe uma forma nova e destinada a ter uma administração integrada. Você deve estar se perguntando: “Então qual é a principal diferença entre logística e cadeia de suprimentos?” Segundo Bowersox et al. (1986), a evolução da logística integrada pode ser dividida em quatro períodos: O primeiro período teve início em 1956 e foi até 1965. Neste período, o conceito de cadeia de suprimentos foi formado por quatro grandes desen- volvimentos, cujos fatores contribuíram para o nascimento do conceito que estamos estudando: o surgimento da análise de custo total, foco num único ponto da cadeia de suprimentos, aumento da preocupação com o serviço ao cliente e a mudança na estruturação dos canais de marketing. O segundo período (1966 a 1970) obteve como resultado os benefícios de ter melhores serviços utilizando menores custos. Desta forma, as empresas começaram a dar foco na gestão de compras (mais estratégicas) e também na distribuição de produtos (mais otimizada). O terceiro período compreendeu os anos de 1971 a 1979. Tem como prin- cipal característica as mudanças nas prioridades de gestão dos recursos das empresas. E para melhorar o desempenho dos negócios, surgiu o conceito Just-in-time (que você provavelmente conhece ou já ouviu falar), para me- lhorar e organizar a administração de materiais na cadeia de suprimentos. O quarto período surge a partir de 1980 e se estende até o começo dos anos 90. Este período compreende muitas transformações na gestão polí- tica da sociedade e na área das ciências tecnológicas, como: mudanças na regulamentação do transporte, aumento acentuado na comercialização do computador, revolução dos sistemas de informação, adoção dos conceitos da qualidade e desenvolvimento de parcerias entre empresas e alianças es- tratégicas de negócios. 15.2 Relacionamento na cadeia de suprimento Para que fique mais fácil nosso entendimento, os canais de suprimento são formados por participantes que dependem uns dos outros. Segundo Cou- ghlan et al. (2002), “essa interdependência tem que ser controlada, e o poder é a maneira de fazer isto.” No entanto, vale lembrar que, no processo de distribuição, os resultados do canal dependem do equilíbrio de poder em um determinado relacionamento entre as partes e que a dependência nunca acontece apenas em uma direção. Você pode perceber que na verdade ocorre uma interdependência. A depen- dência mútua entre os membros da cadeia ajuda a criar e manter as alianças estratégicas, criando um incentivo à cooperação entre as partes. Os canais com uma dependência menor possui tendência a funcionar como as linhas clássicas de relacionamento econômico. Perceba que nos casos onde há um relacionamento de maior e menor energia em uma cadeia de suprimento, a parte mais fraca e mais dependente assume maior risco. 15.3 Alianças estratégicas em distribuição A palavra aliança virou um termo comum na sociedade empresarial, e em alguns casos pode até mesmo ser utilizada de maneira não muito proveitosa. Segundo Coughlan et al. (2002), a aliança é a união entre duas ou mais em- presas que possuem um objetivo comum, porém somente passa a ser estra- tégica caso essas uniões sejam de longo prazo e atuem em vários aspectos das empresas que compõem a união. Através da cooperação entre os membros e da sinergia que criam, as em- presas desejam que as alianças proporcionem uma maior competitividade, reduzindo ou acabando com atividades duplicadas e aumentando a eficiên- cia no compartilhamento das informações entre os integrantes da cadeia. Sinergia: termo de origem grega, que significa cooperação. Sinergia é um trabalho ou esforço para realizar uma determinada tarefa muito complexa, e poder atingir seu êxito no final. Sinergia é o momento em que o todo é maior que a soma das partes. Logística em Serviçose-Tec Brasil 82 e-Tec Brasil83Aula 15 - Gestão de relacionamentos na cadeia de suprimentos Podemos perceber que os pilares que sustentam a aliança estratégica estão firmados em: • Compromisso • Confiança • Honestidade • Interesses comuns Desta forma, os membros de uma determinada cadeia de suprimentos de- vem ter pré-disposição para manter de qualquer forma o relacionamento e buscar seu crescimento, mesmo que em curto prazo não se obtenha lucros ou mesmo mantendo o foco na aliança estratégica, deixando outras oportu- nidades para segundo plano. Resumo Nesta aula você pôde entender a evolução da cadeia de suprimentos e como se dá o processo de desenvolvimento junto com a logística. Atividade de aprendizagem 1. Avalie e indique as diferenças entre duas cadeias de suprimentos. A pri- meira onde há dependência do fornecedor, e a segunda onde há depen- dência do cliente. Anotações