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Intoxicação exógena

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Intoxicação Exógena
Apresentação
As intoxicações exógenas são processos patológicos ao organismo causados por substâncias que, 
quando ingeridas, inaladas, ou em contato com a pele ou com os olhos, causam reações nocivas. As 
intoxicações podem apresentar diversos sintomas, desde locais até sistêmicos, inclusive colocando 
a vida do intoxicado em risco.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender a identificar os agentes causadores das 
intoxicações endógenas e as medidas de prevenção necessárias para evitar intoxicações, além de 
conhecer os primeiros socorros que devem ser dispensados às vítimas de intoxicação exógena.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar o agente causador das intoxicações exógenas.•
Aplicar medidas de prevenção de intoxicações.•
Descrever o atendimento a pacientes com intoxicações exógenas.•
Infográfico
A intoxicação exógena pode ser definida como a consequência clínica ou bioquímica da exposição a 
substâncias químicas encontradas no ambiente ou isoladas.
Confira a seguir alguns exemplos de intoxicações exógenas.
Conteúdo do livro
As intoxicações exógenas configuram um importante problema de saúde pública, que afeta 
principalmente as crianças menores de cinco anos. De acordo com dados do Sistema Nacional de 
Informações Tóxico-Farmacológicas, os agentes que mais causam intoxicação com registro são os 
medicamentos, seguidos dos domissanitários, das drogas de abuso, dos produtos químicos 
industriais e agrotóxicos de uso agrícola.
Na obra Primeiros socorros, leia o capítulo Intoxicação exógena, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem. Nele, você verá quais são os agentes que podem causar esse tipo de intoxicação, 
além de medidas de prevenção e primeiros socorros às vítimas.
PRIMEIROS 
SOCORROS
Márcio Haubert
 
Intoxicação exógena
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar o agente causador das intoxicações exógenas.
 � Aplicar medidas de prevenção de intoxicações.
 � Descrever o atendimento a pacientes com intoxicações exógenas.
Introdução
A intoxicação exógena (IE) é um processo patológico provocado por 
substâncias que causam desequilíbrio na homeostase do organismo, 
mediadas por reações bioquímicas. Esse processo tóxico se manifesta por 
meio de sinais e sintomas no indivíduo intoxicado. Os efeitos da substância 
tóxica no organismo podem surgir de imediato ou no decorrer do tempo. 
As IE configuram um importante problema de saúde pública que afeta 
principalmente as crianças menores de cinco anos. Segundo dados do 
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, os agentes que 
mais causam intoxicação com registro são os medicamentos, seguidos 
dos domissanitários, as drogas de abuso, os produtos químicos industriais 
e os agrotóxicos de uso agrícola.
Neste capítulo, você aprenderá a identificar os agentes causadores 
de IE e as medidas de prevenção necessárias para evitar intoxicações, 
além de conhecer os primeiros socorros que devem ser dispensados às 
vítimas de IE.
Agentes causadores
Diversas substâncias químicas e partículas sólidas originadas nas atividades 
comercial, agrícola, industrial e laboratorial possuem potencial tóxico para o 
ser humano. Intoxicações ou envenenamentos podem ocorrer por negligência 
ou ignorância no manuseio de substâncias tóxicas em diversos ambientes, 
como trabalho, escolas, parques e lares. A presença de substâncias tóxicas 
estranhas ao organismo pode levar a graves alterações de um ou mais sistemas 
fisiológicos. 
A IE é considerada um problema de saúde pública de importância global, já 
que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2012 foi estimado 
que 193.460 pessoas no mundo morreram em decorrência de intoxicações não 
intencionais. Quando se trata de suicídio, em torno de 1 milhão de pessoas 
morrem por ano mundialmente (SÃO PAULO, 2017).
No Brasil, os dados referentes às intoxicações ainda não são conhecidos 
em sua totalidade, em razão da subnotificação dos casos. Mesmo assim, 
foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(SINAN), entre 2010 e 2014, 376.506 casos suspeitos de intoxicação (SÃO 
PAULO, 2017). 
A notificação das IE é obrigatória desde a publicação da Portaria GM/
MS nº. 104, de 25 de janeiro de 2011, que incluiu a IE na lista de agravos 
de notificação compulsória. Posteriormente, a Portaria GM/MS nº 1271, 
de 6 de junho de 2014, manteve a IE na lista de doenças e agravos de 
notificação compulsória e definiu sua periodicidade de notificação como 
semanal. Mais recentemente, a Portaria GM/MS nº 204, de 17 de fevereiro 
de 2016 (anexo I) substituiu a última, sem modificações em relação às IE 
(SÃO PAULO, 2017).
As IE causam alterações funcionais ou anatômicas, mais ou menos graves, 
causadas pela introdução de qualquer substância, em dose suficiente, no or-
ganismo ou nele formada, por suas propriedades químicas. Essas alterações 
dependem da natureza da substância, da sua concentração e, principalmente, 
da sensibilidade do próprio indivíduo ou de seus órgãos. Com base nisso, as 
substâncias nocivas podem ser chamadas de veneno ou tóxico.
É preciso que você saiba a diferenciação entre intoxicação, anafilaxia e 
alergia. Na intoxicação, as alterações resultam da ação direta do tóxico ou 
veneno sobre o organismo ou um de seus órgãos, o que pode se verificar 
em uma única dose. Já na anafilaxia e na alergia, as alterações resultam do 
choque antígeno versus anticorpo, necessitando, invariavelmente, de uma 
primeira dose, chamada de sensibilizante, e uma segunda dose, chamada 
desencadeante, ocorrendo sempre em um órgão específico para cada espécie 
animal, denominado órgão de choque.
Intoxicação exógena2
Sinais e sintomas nas intoxicações exógenas
Antes de tomar qualquer decisão, a primeira medida a ser adotada é verificar se 
realmente houve uma intoxicação. O fato de uma pessoa ter deglutido alguma 
substância não configura, necessariamente, uma intoxicação, pois algumas 
substâncias são inócuas e não requerem tratamento, ao passo que outras 
necessitam apenas da ingestão de um pouco de água ou leite para minimizar 
as possibilidades de uma irritação gástrica. Entretanto, você deve suspeitar 
de envenenamento ou intoxicação em qualquer pessoa que manifeste os sinais 
e sintomas descritos a seguir:
 � sinais evidentes na boca ou na pele de que a vítima tenha mastigado, 
engolido, aspirado ou estado em contato com substâncias tóxicas, ela-
boradas pelo ser humano ou provindas de animais;
 � hálito com odor estranho (cheiro do agente causal no hálito);
 � modificação na coloração dos lábios e interior da boca, dependendo 
do agente causal;
 � dor, sensação de queimação na boca, garganta ou estomago;
 � salivação, náuseas e vômitos;
 � diarreia; 
 � convulsões;
 � sonolência, confusão mental, torpor ou outras alterações de consciência;
 � estado de coma alternado com períodos de alucinações e delírio;
 � midríase ou miose;
 � sudorese;
 � distúrbios hemorrágicos manifestados por hematêmese, melena ou 
hematúria;
 � lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem definidos ou 
bolhas;
 � depressão da função respiratória;
 � inconsciência;
 � evidências de estado de choque eminente;
 � oligúria ou anúria (diminuição ou ausência de volume urinário).
Além desses sinais e sintomas, você deve atentar para sinais específicos, 
conforme o sistema corpóreo ou órgão intoxicado, descritos no Quadro 1.
3Intoxicações exógenas
Alterações apresentadas Substâncias tóxicas
Sistema nervoso
Distúrbios mentais, 
agitação psicomotora, 
delírio e alucinações
Anfetamina, atropina, anti-histamínicos, 
cocaína, maconha, rauwolfia, quinacrina, 
ergotamina, LSD-25, salicilatos, IMAO, 
imipramina, fenilbutazona, piramido, digital 
e efedrina, derivados de beladona, cocaína, 
álcool, maconha, chumbo, arsênico, ergot, 
anfetaminas, anti-histamínicos, cânfora, benzeno, 
barbitúricos einseticidas organoclorados.
Sonolência, torpor e coma Barbitúricos, ganglioplégicos, 
anti-histamínicos, opiáceos, paraldeídos, 
salicilatos, fenotiazínicos, diazepínicos, 
anticonvulsivantes, cloroquina, glutetimida, 
lítio, nafazolina e antidepressivos tricíclicos.
Coma Derivados da morfina e análogos, hipnóticos, 
sedativos, anestésicos gerais, barbitúricos, 
álcool, chumbo, monóxido de carbono, fenóis, 
dióxido de carbono, nicotina, benzina, atropina, 
escopolamina, inseticidas organofosforados 
e organoclorados, insulina e salicilatos.
Ataxia Piperazina e reserpina.
Convulsões Estricnina, isoniazida, aminofilina, imipramina, 
anfetamina, cocaína, metrazol, antidepressivos 
tricíclicos, anti-histamínicos e ergotamina. 
Cânfora, cocaína, beladona e derivados, 
inseticidas organoclorados e organofosforados, 
anfetamina e derivados do ergot, nicotina, 
chumbo, bário, cafeína, monóxido de carbono, 
cianetos, salicilatos, picada de aranha 
viúva-negra, picada de escorpião e isoniazida.
Espasmos musculares Atropina, cádmio, estricnina, picada de 
escorpião e picada de aranha viúva-negra.
Paralisias gerais ou parciais Monóxido de carbono, dióxido de carbono, 
botulismo, álcool, curare e derivados, 
inseticidas organoclorados, nicotina, 
bário, mercúrio, arsênio e chumbo.
Quadro 1. Sintomas das intoxicações exógenas
(Continua)
Intoxicação exógena4
Quadro 1. Sintomas das intoxicações exógenas
Alterações apresentadas Substâncias tóxicas
Cefaleia Nitritos e hidralazina, monóxido de carbono, 
fenol, benzeno, nitratos, nitritos, hidrazina, 
trinitrotolueno, indometacina, anilina e chumbo.
Manifestações 
extrapiramidais
Butirofenoma, metaqualona e fenotiazínicos.
Distúrbios do equilíbrio Estreptomicina, diidroestreptomicina, 
quinina e álcool.
Globo ocular
Ambliopia Atropina, fisostigmina, cocaína e quinino.
Discromatopsia Santonina, digital, quinacrina, 
maconha, diuréticos e LSD-25.
Miose Opiáceos, fisostigmina, fenotiazínicos, 
ergotamina, ópio, morfina e 
derivados, barbitúricos, inseticidas 
organofosforados, nicotina e cafeína.
Midríase Atropina, cocaína, nicotina, epinefrina, efedrina, 
anfetamina, barbitúricos, maconha, beladona 
e derivados, meperidina, álcool, papaverina, 
éter, clorofórmio, simpaticomiméticos, 
parassimpaticomiméticos, anti-histamínicos, 
cocaína, cânfora, benzeno, bário, tálio, 
botulismo, monóxido de carbono, dióxido 
de carbono, anfetaminas e alucinógenos.
Visão púrpuro-amarelada Maconha, digitálicos e monóxido de carbono.
Visão turva Beladona e derivados, álcool metílico, álcool 
etílico, ergot, tetracloreto de carbono, 
inseticidas organofosforados e cânfora.
Cegueira parcial ou total Álcool etílico e tálio.
Aparelho respiratório
Dispneia Salicilatos, estricnina, fisostignina, epinefrina e 
anfetamina. Cianetos, monóxido de carbono, 
benzeno e outros solventes orgânicos voláteis, 
veneno de cobra e dióxido de carbono.
(Continua)
(Continuação)
5Intoxicações exógenas
Quadro 1. Sintomas das intoxicações exógenas
Alterações apresentadas Substâncias tóxicas
Apneia Derivados da morfina e análogos, anestésicos 
gerais, hipnóticos e sedativos, álcool, veneno 
de cobra e monóxido de carbono.
Depressão respiratória Barbitúricos, opiáceos, magnésio, 
anestésicos, bário e cloroquina.
Respiração lenta Ópio, derivados da morfina e 
análogos, álcool e, picrotoxina.
Respiração rápida e/
ou profunda
Beladona e derivados, cocaína, anfetaminas 
e derivados, estricnina, dióxido de 
carbono, lobelina, salicilatos e cânfora.
Cianose Acetanilida, fenacetina, nitritos, 
nitratos, subnitratos, sulfonas, cloratos, 
opiáceos e barbitúricos.
Edema pulmonar Vapores de metais, antidepressivos 
tríclicos, barbitúricos, clordiazepóxido, 
heroína e inseticidas organofosforados.
Sistema gastrointestinal
Vômitos e/ou diarreias Quinidina, digital, salicilatos, ferro, 
bromatos, fenoftaleína, antibióticos, 
anticonvulsivantes, bário e catárticos.
Náusea, vômito, diarreia, dor 
abdominal e desidratação
Sais de metais pesados, ácidos e álcalis 
corrosivos, catárticos, digitálicos, morfina 
e análogos, inseticidas organoclorados e 
organofosforados, ergot, nicotina, álcool 
metílico, fenóis, pilocarpina, ácido bórico, 
cocaína, procaína, anestésicos locais, 
salicilato, fósforo, botulismo, cogumelos 
venenosos e picada de escorpião.
Sialorreia Bismuto, mercúrio, prata, ouro, amônia, 
inseticidas organofosforados, salicilatos, 
pilocarpina, fisostigmina, nicotina, 
chumbo, botulismo e bários.
Icterícia Inseticidas organoclorados, fenotiazina, 
clorpromazina, arsênico e outros metais 
pesados, sulfas, trinitrotolueno e anilina.
(Continua)
(Continuação)
Intoxicação exógena6
Quadro 1. Sintomas das intoxicações exógenas
Alterações apresentadas Substâncias tóxicas
Aparelho cardiovascular
Hipotensão arterial Hipotensão arterial nitritos, nitratos, 
nitroglicerina, acônito, ferro, quinino, 
quenopódio, fenotiazínicos, barbitúricos, 
acetanilida, bário, digitálicos, procaína, 
clortiazida, reserpina, adrenalina, veratrum, ergot, 
nicotina, cortisona, anfetamina e chumbo.
Hipertensão arterial Epinefrina, anfetamina, corticoides, ergotamina, 
bário, clortiazida e ácido etacrínico.
Distúrbios do 
ritmo cardíaco
Bário, digital, fisostigmina, pilocarpina, quinino, 
quinidina, anfetamina, atropina, nafazolina, 
cocaína, efedrina, imipramina, fenilefrina, 
ácido etacrínico, lítio, IMAO e potássio.
Bradicardia Digitálicos, pilocarpina, quinina, quinidina, 
fenilefrina, fisostigmina e bário.
Taquicardia Anfetaminas e derivados, adrenalina, atropina, 
simpaticomiméticos, cocaína, cafeína e álcalis.
Palpitações Nitritos, nitratos, nitroglicerina 
e simpaticomiméticos.
Dor anginosa Nicotina
Pele e mucosas
Hipertermia Atropina, cocaína, aspirina, ácido bórico, 
antiadrenergicos e procaína.
Hipotermia Acônito, anestésicos, fenotiazínicos, irazolona, 
opiáceos, barbitúricos, nitritos e reserpina.
Sudorese Analgésicos, eméticos, opiáceos, pilocarpina, 
tiroxina, antiadrenergicos e iodetos.
Mucosas secas Atropina, escopolamina e efedrina.
Sistema geniturinário
Anúria Mercúrio, bismuto, fósforo, sulfonamidas, 
inseticidas organoclorados, tetracloreto de 
carbono, ácido oxálico e trinitrotolueno.
Poliúria Chumbo.
(Continua)
(Continuação)
7Intoxicações exógenas
Fonte: Adaptado de Brasil (2003, documento on-line).
Quadro 1. Sintomas das intoxicações exógenas
Alterações apresentadas Substâncias tóxicas
Porfiria Barbitúricos, difenilidantoína, hexacloro-
benzeno, meprobamato e griseofulvina.
Urina escura Fenol, naftaleno, quinino, resorcina e timol.
Urina alaranjada Santonina.
Urina esverdeada Antraquinona, azul de metileno, 
ácido fênico, resorcinol e timol.
Urina vermelha Antraquinona, fenoftaleína, pirazolona, 
santonina, dorbane, fenidione e mefenezina.
Cólica uterina, 
metrorragia e aborto
Fósforo, chumbo, pilocarpina, fisostigmina, 
nicotina, quinina, ergot e catárticos.
(Continuação)
Confira no Quadro 2 os antídotos de algumas substâncias intoxicantes.
Agente Intoxicante Antídoto
Paracetamol Acetilcisteína
Inseticidas organofosforados e 
carbamatos, como o chumbinho
Atropina
Substâncias chamadas metemoglobinizantes, 
que impedem a oxigenação do sangue, como 
nitratos, gases de escapamentos, naftaleno e 
alguns medicamentos, como clorquina e lidocaína
Azul de metileno
Alguns metais pesados, como arsênico e ouro BAL ou dimercaprol
Alguns metais pesados, como o chumbo EDTA-cálcico
Remédios benzodiazepínicos, como 
diazepam ou clonazepam
Flumazenil
Quadro 2. Antídotos para agentes intoxicantes
(Continua)
Intoxicação exógena8
Medidas de prevenção
Os produtos químicos são indispensáveis para o desenvolvimento das ativi-
dades da humanidade, tanto para a prevenção e cura das doenças como para 
o aumento da produtividade agrícola. Entretanto, o uso inadequado e abusivo 
tem causado efeitos adversos à saúde humana e à integridade do meio ambiente, 
ocasionando acidentes individuais, coletivos e de grandes proporções.
As maiores ocorrênciasde IE ocorrem com crianças em ambientes domici-
liares, isso ocorre devido ao número crescente de novos produtos introduzidos 
no mercado, sempre com embalagens atrativas e que fazem o consumidor 
perder a referência da substância tóxica. Outra importante causa aponta para 
a indústria farmacêutica, que procura cada vez mais melhorar o aspecto e o 
sabor dos remédios para facilitar a adesão ao tratamento, mas que também 
acaba propiciando o maior número de intoxicações acidentais na infância.
As intoxicações em crianças menores de um ano ocorrem por descuido 
dos pais ou responsáveis na administração de medicamentos, pois, nessa 
idade, a criança não tem desenvoltura para andar, pegar o vidro de remédio, 
abrir a tampa e tomar o medicamento. Já as intoxicações em crianças maiores 
de um ano ocorrem por meio de produtos domiciliares, pois elas estão se 
locomovendo pela casa e abrindo armários. Produtos como álcool, querosene, 
detergentes e desinfetantes são guardados, quase sempre, de maneira incorreta, 
como em recipientes mal fechados ou em embalagens indevidas (garrafas de 
refrigerante, por exemplo). 
Medidas preventivas devem sempre existir a fim de evitar os acidentes, 
pois a prevenção é sempre o melhor tratamento contra qualquer acidente. Veja 
as principais medidas preventivas a serem seguidas:
Fonte: Aires (c2018, documento on-line).
Quadro 2. Antídotos para agentes intoxicantes
Agente Intoxicante Antídoto
Analgésicos opiáceos, como morfina ou codeína Naloxona
Pesticidas ou medicamentos 
anticoagulantes, como a varfarina
Vitamina K
(Continuação)
9Intoxicações exógenas
 � guarde todas as drogas tóxicas e substâncias químicas fora do alcance 
das crianças;
 � guarde todas as substâncias em seus recipientes originais;
 � não ofereça medicamentos de sabor agradável como se fossem 
guloseimas;
 � atente e observe bem o remédio e seu rótulo antes de usá-lo;
 � elimine medicamentos fora de uso;
 � leia as instruções de qualquer produto químico antes de usar;
 � guarde inseticidas em armários com chaves;
 � não acondicione soluções de limpeza em lugares baixos;
 � elimine plantas tóxicas dos jardins ou vasos;
 � use equipamentos de proteção ao manipular substâncias tóxicas;
 � não consuma alimentos com prazo de validade vencido ou embalagens 
em mau estado de conservação;
 � leia atentamente as instruções antes da utilizar de qualquer produto 
químico;
 � nunca tome ou dê a alguém um medicamento sem antes procurar a 
orientação do médico;
 � jamais use um medicamento apenas pelas informações contidas na 
bula, ou aceite substituições sem a prévia autorização do seu médico;
 � procure verificar as condições do medicamento, principalmente data 
de validade e condições de embalagem;
 � use exatamente a medida prescrita e no horário indicado;
 � guarde todo medicamento trancado a chave em gaveta, armário, ou 
lugares fora do alcance das crianças;
 � não armazene inseticidas próximo aos alimentos;
 � não reaproveite vasilhames, como garrafas de cerveja e refrigerantes 
para colocar material químico de limpeza ou inseticidas;
 � procure conhecer as plantas que tem em casa e nunca as deixe em local 
de fácil acesso a crianças e animais;
 � não aplique raticida ou outros pesticidas em locais acessíveis às crianças;
 � não conserve na residência plantas tóxicas;
 � lave bem as mãos sempre que manipular algum produto químico;
 � realize pinturas e artesanatos em locais ventilados;
 � não misture produtos químicos ou de limpeza; a mistura pode ser ainda 
mais tóxica do que o produto original.
Intoxicação exógena10
Dicas de prevenção
 � Prevenção é o melhor socorro em casos de intoxicações.
 � Conheça os tipos de substâncias tóxicas maquiladas no seu ambiente de trabalho, 
bem como seus antídotos.
 � Evite deixar medicamentos, material de limpeza, produtos de higiene e cosméticos 
perto do alcance de crianças.
 � Use apenas medicamentos indicados por um médico e confirme a prescrição.
 � Para qualquer dúvida procure o Centro de Informação Toxicológica (CIT) do seu 
estado.
Primeiros socorros
Em suspeita de envenenamentos e intoxicações, é importante investigar a área 
onde o acidentado foi encontrado, na tentativa de identificar, com a maior 
precisão possível, o agente causador do envenenamento, ou encontrar pistas 
que ajudem nessa identificação. Muitos indícios são úteis nessa dedução, 
como frascos de remédios, produtos químicos, materiais de limpeza, bebidas, 
seringas de injeção, latas de alimentos, caixas e outros recipientes.
Muitas pessoas supõem que exista um antídoto para a maioria ou a totalidade 
dos agentes tóxicos, mas, infelizmente, isso não é verdade. Existem apenas 
alguns produtos específicos para certos casos e que necessitam de orientação 
médica para serem usados.
Portanto, o bom atendimento de primeiros socorros deve ser feito pelo uso, 
aplicação e práticas dos cuidados gerais. Os primeiros socorros destinados 
às vítimas devem considerar qual o tipo substância tóxica e, principalmente, 
qual órgão está afetando. Os procedimentos gerais são:
 � isolar a área;
 � identificar o tipo de agente que está presente no local onde foi encon-
trado o acidentado;
 � utilizar equipamentos de proteção próprios para cada situação, a fim 
de proteger a si mesmo;
 � remover o acidentado o mais rapidamente possível para um local bem 
ventilado;
 � solicitar atendimento especializado;
11Intoxicações exógenas
 � verificar os sinais vitais com agilidade;
 � aplicar técnicas de ressuscitação cardiorrespiratória, se necessário; 
 � fazer respiração boca-a-boca somente utilizando máscara adequada;
 � manter o acidentado imóvel, aquecido e sob observação.
Estes procedimentos só devem ser aplicados se houver absoluta certeza 
de que a área e o acidentado, estejam inteiramente seguros. É importante 
deixar esclarecido o fato de que a presença de fumaça, gases ou vapores, 
ainda que pouco tóxicos, em ambientes fechados, podem ter consequências 
fatais, porque esses agentes se expandem muito rápido e tomam o espaço do 
oxigênio presente, provocando asfixia.
Contato com a pele
Em casos de substância em contato direto com a pele, lave o local com água 
corrente, pura e abundantemente. A lavagem da pele e mucosa afetada com 
água corrente, tem demonstrado ser a mais valiosa prevenção contra lesões. 
Outras medidas são:
 � retirar roupas e calçados do acidentado caso estiverem contaminados;
 � dar atenção redobrada ao caso, se o contato de substâncias químicas for 
com os olhos, pois os agentes, além de serem absorvidos rapidamente 
pela mucosa, podem produzir irritação intensa e causar a perda da visão;
 � lavar os olhos abundantemente com água corrente, durante pelo menos 
15 minutos.
Ingestão de substâncias
Muitas intoxicações ocorrem pela ingestão de agentes tóxicos, líquidos ou 
sólidos. O grau de intoxicação varia com a toxicidade da substância e com 
a dose ingerida. Os cuidados prestados a vítimas de ingestão de substâncias 
devem incluir:
 � identifique o agente para informar ao médico ou procurar ver nos rótulos 
ou bulas se existe alguma indicação de antídotos;
 � observe atentamente o acidentado, pois os efeitos podem não ser 
imediatos;
Intoxicação exógena12
 � procure transportar o acidentado imediatamente a um pronto-socorro, 
para diminuir a possibilidade de absorção do veneno pelo organismo, 
mantendo-o aquecido;
 � provoque o vômito em casos de intoxicações por alimentos, medicamen-
tos, álcool, inseticida, xampu, naftalina, mercúrio, plantas venenosas 
(exceto diefembácias — comigo-ninguém-pode) e outras substâncias 
que não sejam corrosivas nem derivados de petróleo;
 � não provoque vômito em vítimas inconscientes e nem de intoxicação 
pelos seguintes agentes: substância corrosiva forte, veneno que provoque 
queimadura dos lábios, boca e faringe, soda cáustica, alvejantes, tira-
-ferrugem, água com cal, amônia, desodorante, derivados de petróleo 
como querosene, gasolina, fluido de isqueiro, benzina e lustra-móveis.
Confira no linka seguir um artigo sobre intoxicação acidental na população infanto-
-juvenil em ambiente domiciliar e o perfil dos atendimentos de emergência.
https://goo.gl/A4hoxD
AIRES, E. Conheça os tipos de intoxicação e como identificar. c2018. Disponível em: 
<https://www.tuasaude.com/sintomas-de-intoxicacao/>. Acesso em: 01 jul. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Manual de primeiros socorros. Rio 
de Janeiro: FIOCRUZ, 2003. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/
manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2018.
SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Coordenadoria de Vigilância em 
Saúde. Divisão de Vigilância Epidemiológica. Núcleo de Prevenção e Controle das 
Intoxicações. Manual de toxicologia clínica: orientações para assistência e vigilância 
das intoxicações agudas. São Paulo: Secretaria Municipal da Saúde, 2017. Disponível 
em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/MANUAL%20DE%20TOXICOLOGIA%20
CL%C3%8DNICA%20-%20COVISA%202017.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2018.
13Intoxicações exógenas
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 104, de 25 de janeiro de 2011. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.html>. 
Acesso em: 01 jul. 2018.. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 204, de 17 de fevereiro de 2016. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. 
Acesso em: 01 jul. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1.271, de 6 de junho de 2014. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt1271_06_06_2014.html>. 
Acesso em: 01 jul. 2018. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. International Programme on Chemical Safety. 
Poisoning prevention and management. c2018. Disponível em: <http://www.who.int/
ipcs/poisons/en/>. Acesso em: 01 jul. 2018.
Intoxicação exógena14
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
Os medicamentos são os principais agentes tóxicos que causam intoxicação em seres humanos no 
Brasil, ocupando o primeiro lugar nas estatísticas desde 1994.
Assista ao vídeo a seguir e saiba mais sobre as intoxicações medicamentosas.
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Exercícios
1) A intoxicação exógena pode ser provocada por ingestão ou inalação de substâncias 
prejudiciais ao organismo, administração excessiva de medicamentos ou drogas ou, ainda, 
absorção de substâncias pelo tecido epitelial. Um paciente com intoxicação exógena pode 
apresentar diversos sinais e sintomas, entre eles a diminuição do diâmetro pupilar, que 
chamamos de ___________________, o aumento do diâmetro pupilar, que chamamos de 
____________________, a diminuição da frequência cardíaca, chamada de 
____________________, ou o aumento da frequência respiratória, chamada de 
_____________________.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas do texto acima.
A) anisocoria - miose - bradiarritmia - dispneia.
B) midríase - anisocoria - taquicardia - bradipneia.
C) miose - midríase - bradicardia - taquipneia.
D) midríase - miose - bradipnéia - taquicardia.
E) midríase - miose - taquicardia - dispneia.
2) Intoxicações exógenas são um grave problema de saúde pública em todos os países do 
mundo e sua incidência vem aumentando, pois se tem mais quantidades e variedades de 
produtos químicos lançados no mercado. Sobre os primeiros socorros com pessoas vítimas 
de intoxicações exógenas, marque a afirmativa correta:
A) Lave os olhos abundantemente com água corrente, durante pelo menos cinco minutos.
B) Retirar roupas e calçados do acidentado caso esses estejam contaminados.
C) É importante deixar esclarecido o fato de que a presença de fumaça, gases ou vapores, ainda 
que pouco tóxicos, em ambientes fechados, não proporcionam consequências fatais.
D) Se houver parada cardiorrespiratória, inicie imediatamante o socorro com respiração boca a 
boca.
E) Identificar o tipo de agente que está presente no local onde foi encontrado o acidentado é 
um atendimento secundário, sem importância imediata.
3) Se uma pessoa se intoxicar com derivados da morfina e análogos, hipnóticos, sedativos, 
anestésicos gerais, barbitúricos, álcool, chumbo, monóxido de carbono, fenóis, dióxido de 
carbono, qual alteração clínica poderá apresentar? 
A) Coma.
B) Espasmos musculares.
C) Cegueira parcial ou total.
D) Cianose.
E) Dor anginosa.
4) Muitas intoxicações ocorrem pela ingestão de agentes tóxicos, líquidos ou sólidos. O grau de 
intoxicação varia conforme a toxicidade da substância e a dose ingerida. Sobre provocar o 
vômito como cuidado ao intoxicado, marque a alternativa correta:
A) O vômito deve ser sempre provocado a fim de expulsar o intoxicante do organismo.
B) Somente se pode provocar o vômito em casos de intoxicações por alimentos.
C) Em nenhum momento e em nenhum caso é correto provocar vômitos.
D) É seguro provocar vômito em vítimas inconscientes.
E) Pode-se provocar o vômito em casos de intoxicações por alimentos, medicamentos, álcool, 
inseticida, xampu, naftalina, mercúrio e algumas plantas venenosas.
5) As maiores ocorrências de intoxicações exógenas ocorrem em crianças em ambientes 
domiciliares. Isso se dá devido ao número crescente de novos produtos introduzidos no 
mercado, sempre com embalagens atrativas, fazendo com que o consumidor perca a 
referência da substância tóxica. Medidas preventivas devem sempre existir a fim de evitar 
acidentes, pois a prevenção é sempre o melhor tratamento contra qualquer acidente. 
Marque a alternativa que apresenta medidas preventivas corretas:
A) Guarde todas as substâncias em recipientes reutilzados.
B) Ofereça medicamentos de sabor agradável para crianças como se fossem guloseimas.
C) Armazene medicamentos fora de uso, para possível uso futuro.
D) Guarde todas as drogas tóxicas e substâncias químicas fora do alcance das crianças.
E) Acondicione soluções de limpeza em lugares baixos.
Na prática
Diversas substâncias podem causar intoxicação. As intoxicações podem ser acidentais ou 
autoprovocadas, como tentativa de suicídio. Veja a seguir um caso clínico que elucida uma 
intoxicação por carbamatos.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Manual de toxicologia clínica
Veja neste manual as orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudas.
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Intoxicações exógenas
Confira no link a seguir um vídeo sobre intoxicações exógenas e veja o que fazer em diferentes 
situações envolvendo esse tipo de intoxicação.
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