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FESPSP_Planej_Amb_Rodoanel_Sul_P2 01

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FESPSP 
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo 
 
Versão Final 1 
P2.01 
Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção 
 
 
Introdução / Justificativa: 
 
O Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção, composto por ações 
de caráter técnico-gerencial, é parte integrante da estratégia de planejamento geral da 
construção do Trecho Sul do Rodoanel, devendo ser executado ao longo de toda a 
fase de implantação do empreendimento. O princípio básico que norteia o programa é 
a antecipação através do planejamento, ou seja, a identificação prévia de riscos e 
contingências que podem resultar em impactos, e a coordenação de ações para 
eliminação ou minimização dos mesmos. 
 
As medidas que compõem o programa da forma em que foi proposto no EIA são as 
seguintes: 
 
• M2.01.01 - Controle da liberação das frentes de obra 
• M2.01.02 - Diretrizes para drenagem provisória durante a construção M2.01.03 
- Análise de Planos Ambientais de Construção 
• M2.01.04 - Cadastramento ambiental e homologação de fornecedores e 
 prestadores de serviços de apoio à construção 
• M2.01.05 - Programação conjunta das atividades da obra 
 
Essas medidas são essencialmente multifuncionais, pois na maior parte dos casos 
exigem a participação de mais de uma área funcional da DERSA, assim como também 
das construtoras contratadas. 
 
 
Objetivos: 
 
Assim como todos os programas da fase pré-construtiva e outros programas da fase 
construtiva, o Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção é 
formado essencialmente por ações de cunho preventivo, cujo objetivo é criar 
condições, procedimentos ou rotinas que garantam o adequado planejamento 
ambiental das obras de implantação do Trecho Sul do Rodoanel. 
 
Esse planejamento ambiental objetiva garantir: 
 
• A continuidade dos trabalhos de construção da forma prevista em cada frente 
de obra, evitando-se paralisações com conseqüências e/ou riscos ambientais 
decorrentes da falta de sincronismo entre eventos ou atividades cuja conclusão 
constitui fator sine qua non para o avanço. 
• 
• A discussão detalhada de medidas específicas de controle para cada frente de 
obra, garantindo-se que a maior parte possível dos problemas sejam 
antecipados e que as diretrizes para o seu controle / mitigação sejam 
previamente discutidas e acordadas. 
 
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Versão Final 2 
• A minimização de impactos indiretos do processo de implantação, através de 
ações direcionadas aos fornecedores de bens e serviços a serem contratados 
pelas construtoras, garantindo-se que, pelo menos nos casos d’aqueles com 
significativo risco ambiental, os impactos associados a sua operação sejam 
previamente verificados. 
 
 
Metas: 
 
São metas do Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção: 
 
• Concluir as obras sem que nenhuma paralisação de frente de obra iniciada 
venha a ocorrer por falta de sincronismo entre atividades sob responsabilidade 
das diversas áreas funcionais da DERSA envolvidas com o projeto. 
 
• Assegurar que a forma de aplicação das Instruções de Controle Ambiental 
integrantes do Programa de Adequação Ambiental de Procedimentos 
Construtivos (P2.02) em cada frente de obra, seja previamente estudada e 
discutida por todos os envolvidos, limitando-se as situações ou aspectos 
imprevistos ao mínimo possível. 
 
• Garantir que a totalidade dos fornecedores de bens e serviços a serem 
contratados pelas construtoras estejam em situação regular perante as 
autoridades ambientais. 
 
 
Âmbito de Aplicação: 
 
O Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção se aplicará a todas 
as obras, incluindo as áreas de apoio a serem utilizadas. 
 
 
Ações / Atividades: 
 
As principais ações a serem desenvolvidas no âmbito do programa são sumariamente 
descritas a seguir, indicando-se as diversas áreas funcionais envolvidas segundo 
pertinente: 
 
Coordenação multi-departamental para liberação de frentes de obra 
 
Conforme estipulado na Medida M2.01.01, a DERSA liberará Frentes de Serviço na 
medida em que, salvo exceções justificadas e baseadas em análise de risco de 
impactos adicionais, os seguintes aspectos tenham sido equacionados: 
 
• Conclusão do projeto executivo, no relativo ao projeto de terraplenagem, 
drenagem definitiva, desvios provisórios de vias locais, locação definitiva de 
vias locais e definição dos componentes infra-estruturais que serão 
eventualmente remanejados; 
 
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Versão Final 3 
• Equacionamento junto às empresas concessionárias, do remanejamento das 
interferências aéreas e subterrâneas eventualmente necessárias; 
• Conclusão dos trabalhos de prospecção e resgate arqueológico integrantes do 
Programa de Prospecção, Resgate Arqueológico e Preservação do Patrimônio 
Arqueológico, Histórico e Cultural (P2.08); 
• Conclusão ou equacionamento de todos os aspectos relativos a 
desapropriação das propriedades diretamente afetadas ou a autorizações de 
entrada eventualmente necessárias; 
• Conclusão ou equacionamento de todos os aspectos relativos ao 
reassentamento de famílias e atividades diretamente afetadas pelo 
empreendimento, sobretudo a execução do Plano de Reassentamento previsto 
como parte do Programa de Compensação Social e Reassentamento 
Involuntário (P2.07); 
• Obtenção da autorização do DEPRN para supressão de vegetação e 
intervenção em áreas de preservação permanente na faixa de domínio; 
• Obtenção de todas as licenças e autorizações ambientais necessárias à 
implantação e/ou utilização de áreas de empréstimo, depósitos de material 
excedente, canteiros de obra e instalações industriais provisórias a serem 
utilizadas para o sub-trecho durante os primeiros doze (12) meses de obra; 
• Obtenção de outorgas para intervenções com os recursos hídricos; 
• Aprovação, pela UGA-ROD, dos Planos Ambientais de Construção a serem 
apresentados pelas construtoras para cada sub-trecho, conforme a Medida 
M2.01.03; 
• Cadastramento dos Pontos de Controle de monitoramento ambiental pela 
Supervisão Ambiental, da forma prevista no Programa de Supervisão e 
Monitoramento Ambiental da Construção (P2.04). 
 
Para operacionalizar essa medida, a DERSA definirá previamente a forma em que 
cada um dos cinco (05) Lotes de obra do Trecho Sul será sub-dividido em sub-trechos 
prioritários, estabelecendo preliminarmente os limites entre cada sub-trecho e a 
seqüência de liberação de Ordens de Serviço. Uma vez estabelecidas as datas meta 
para início de cada sub-trecho, se realizarão reuniões de planejamento para garantir 
que as respectivas áreas funcionais da DERSA organizem as suas prioridades de 
maneira compatível. Essas reuniões poderão envolver: 
 
• Diretoria de Engenharia da DERSA. 
• Setor de desapropriação da DERSA. 
• UGA-ROD. 
• Empresa de Gerenciamento Social. 
• Empresas de Supervisão Ambiental. 
• Empresa de Prospecção Arqueológica. 
• Gerências Ambientais das Construtoras. 
 
Caso sejam encontrados vestígios arqueológicos, a instituição conveniada para a sua 
custódia, da forma prevista no Programa P2.08 (Programa de Prospecção, Resgate 
Arqueológico e Preservação do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural), também 
deverá ser envolvida. 
 
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Versão Final 4 
Elaboração de diretrizes de drenagem provisória 
 
Para todas as frentes de obra, inclusive áreas de apoio, a DERSA definirá, em nível 
esquemático, as diretrizes a serem adotadas pelas construtoras para o 
desenvolvimento dos respectivos Projetos de Drenagem Provisória. Essas diretrizes 
apontarão locais preferenciais e/u alternativos para localização de bacias de retenção 
de sedimentos, eixo preferencial para corta-rios, pontos estratégicos para implantação 
de descidas de água, locais preferenciais para colocação de estacas graduadas para 
monitoramento de níveis de assoreamento, e outros aspectosconsiderados 
importantes segundo as características de cada frente de obra. 
 
As diretrizes de drenagem provisória assim definidas poderão ser alteradas, de 
maneira justificada, pelas construtoras. Em qualquer hipótese, a responsabilidade pela 
plena eficácia das medidas a serem previstas nos Projetos de Drenagem Provisória 
será exclusivamente das construtoras. 
 
Análise e aprovação de Planos Ambientais de Construção 
 
Os Planos Ambientais de Construção para cada sub-trecho ou prioridade serão 
apresentados pelas construtoras de acordo com as orientações gerais constantes no 
Anexo 01, devendo incluir os Projetos de Drenagem Provisória elaborados de acordo 
com as orientações constantes no Anexo 02. 
 
Todos os planos apresentados pelas construtoras serão analisados e aprovados pela 
DERSA antes da emissão da Ordem de Serviço para o respectivo sub-trecho, sendo 
passíveis de revisão de acordo com o andamento dos serviços ou alterações 
posteriores do Projeto Executivo. 
 
Uma vez aprovados, os Planos Ambientais de Construção serão encaminhados à 
Secretaria do Meio Ambiente (DAIA) para conhecimento e acompanhamento. 
 
Cadastramento de fornecedores 
 
Conforme especificado na Medida M2.01.04, os seguintes produtos ou serviços 
estarão afetos ao procedimento de cadastramento ambiental: 
 
• Pedra britada, 
• Areia, 
• Rachão, 
• Concreto pré-misturado; 
• Lavagem de caixas d’água; 
• Limpa-fossas; 
• Serviços de coleta de lixo orgânico; 
• Serviços de coleta de resíduos industriais; 
• Serviços de coleta e/ou tratamento de resíduos perigosos e/ou infectantes; 
• Bota-foras, aterros ou outros locais para solo contaminado; 
• Fornecedores de sanitários químicos; 
• Fornecedores de mudas de espécies nativas e de serviços de plantio e 
manutenção; 
• E outros. 
 
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Versão Final 5 
As informações a serem apresentadas pelas construtoras a respeito de cada 
fornecedor sujeito a cadastramento ambiental encontram-se especificadas no Anexo 
01 (Orientações Gerais para Elaboração de Planos Ambientais de Construção). 
 
A UGA-ROD analisará essa documentação, e poderá indeferir o cadastramento de 
fornecedores que não se encontrem em situação regular de licenciamento ambiental, 
que tenham autuações ambientais em aberto ou que apresentem passivos ambientais 
significativos não equacionados. Complementarmente, deficiências de padrão 
tecnológico (equipamentos, antiguidade, outras), e questões locacionais (rotas 
inconvenientes de interligação com as frentes de obra, outros aspectos), poderão 
resultar em posição desfavorável da UGA-ROD. 
 
Uma vez analisada a documentação dos fornecedores propostos, aqueles que forem 
cadastrados pela UGA-ROD receberão um certificado que deverá acompanhar toda 
equipe de serviço e/ou veículo de entrega de insumos à obra, sendo a observância 
dessa exigência objeto de verificação rotineira pela Supervisão Ambiental. 
 
O prazo dos certificados de cadastramento será igual ao período de fornecimento 
informado pela construtora contratante do fornecedor, mas em nenhum caso poderá 
exceder o prazo de validade de Licença de Funcionamento. Quando essa validade 
caducar, a continuidade da inclusão do fornecedor no cadastro dependerá do 
encaminhamento da renovação da Licença de Funcionamento à UGA-ROD. 
 
Reuniões de programação de gestão ambiental 
• 
A DERSA irá manter, através de reuniões semanais nas quais haverá a participação 
de todos os envolvidos na gestão ambiental da obra, um estreito controle das 
atividades de construção. 
 
Nestas reuniões os seguintes aspectos relativos à gestão ambiental serão tratados: 
 
• Definição das atividades semanais em cada frente de obra; 
• Programação de vistorias da Supervisão Ambiental; 
• Programação de vistorias com participação da Secretaria do Meio Ambiente, 
DUSM, DEPRN, CETESB, outras entidades; 
• Discussão de não-conformidades em aberto e prazos de atendimento; 
• Programação da entrega de Planos Ambientais de Construção; 
• Acompanhamento de gestões de licenciamento complementar em curso; 
• Acompanhamento de gestões de cadastramento de fornecedores em curso. 
 
 
Distribuição de Responsabilidades: 
 
A distribuição de responsabilidades no âmbito do Programa de Planejamento 
Ambiental Contínuo da Construção será compartilhada entre diversas áreas funcionais 
da DERSA e empresas especializadas a serem contratadas. 
 
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Versão Final 6 
No planejamento para liberação de frentes de obra, se envolverão pela DERSA, 
principalmente a Diretoria de Engenharia, o setor de desapropriação e a UGA-ROD. 
Apoiarão, na execução de tarefas necessárias ao cumprimento das metas, as 
empresas de Supervisão Ambiental, a empresa de Gerenciamento Social e a empresa 
de Prospecção Arqueológica. 
 
A elaboração de diretrizes de drenagem provisória e a análise e aprovação de Planos 
Ambientais de Construção, será uma atividade submetida a Diretoria de Engenharia 
da DERSA. As empresas de Supervisão Ambiental poderão vir a ser envolvidas nestas 
atividades com funções de assessoria técnica. 
 
A constituição e operação do cadastro ambiental de fornecedores será 
responsabilidade exclusiva da UGA-ROD. 
 
Finalmente, nas reuniões de programação se envolverão, pela DERSA, as Diretorias 
de Obras e de Engenharia, a UGA-ROD e o setor de desapropriação, assim como 
outros setores que venham a ser convocados para tratar de assuntos específicos. 
Pelas construtoras, participarão os respectivos Gerentes Ambientais. 
Complementarmente, as empresas de Supervisão Ambiental e de Gerenciamento 
Social participarão de todas as reuniões. A empresa de Prospecção Arqueológica 
participará durante o período de duração das atividades de prospecção e/ou resgate. 
 
 
Relatórios: 
 
Não é prevista a produção de relatórios específicos no âmbito do Programa de 
Planejamento Ambiental Contínuo da Construção. No entanto, o andamento do 
processo de definição de diretrizes de drenagem provisória e de elaboração, análise e 
aprovação de Planos Ambientais de Construção, será objeto de seção específica 
dentro dos Relatórios Semestrais de Acompanhamento da Implantação do PBA a 
serem elaborados pela UGA-ROD (Ver Programa P1.01). 
 
 
Cronograma: 
 
O Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção se iniciará a partir do 
momento em que for emitida a primeira Licença de Instalação e terá continuidade 
durante todo o período de construção. 
 
A elaboração de Planos Ambientais de Construção pelas construtoras e a sua revisão 
e aprovação pela DERSA será mais intensa nos períodos inicias de obra. Por outro 
lado, as atividades de programação ambiental (reuniões semanais) e cadastramento 
de fornecedores, terão intensidade uniforme durante a maior parte do período de 
construção. 
 
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Versão Final 7 
Recursos Humanos e Materiais a serem Alocados: 
 
A UGA-ROD vai gerenciar o programa com base na sua equipe técnica fixa. Na 
definição de diretrizes de drenagem provisória e na análise e aprovação de Planos 
Ambientais de Construção, a UGA-ROD poderá se apoiar em consultores 
especializados ou nas empresas de Supervisão Ambiental. 
 
 
Relação com Outros Programas: 
 
O Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção relaciona-se 
principalmente com o Programa de Adequação Ambiental de Procedimentos 
Construtivos (P2.02), Programa de Operacionalização de Sistemas de Gestão 
Ambiental pelas Construtoras Contratadas (P2.03), e Programa de Supervisão e 
Monitoramento Ambiental da Construção (P2.04). 
 
Também guarda relação estreita com o Programa de Licenciamento Ambiental 
Complementar (P1.03), uma vez que as atividades de planejamento ambiental das 
obras se iniciarão (ou pelo menos se intensificarão) em cada sub-trecho, a partir da 
emissão da respectiva Licença de Instalação. 
 
 
Bibliografia: 
 
• DERSA Desenvolvimento Rodoviário S/A; FESP/SP– Fundação Escola de 
Sociologia Política de São Paulo. Estudo de Impacto Ambiental do Trecho Sul 
Modificado – Programa Rodoanel Mario Covas. São Paulo, 2004. 9 v. Relatório 
Técnico. 
 
• Nchrp - NATIONAL COOPERATIVE HIGHWAY RESEARCH PROGRAM. Erosion 
control during highway construction: manual on principles and practices. 
Washington, D.C., 1980. 
 
• DNER – DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Corpo 
normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996. 
 
• DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA – ESTRUTURA. Manual 
rodoviário de conservação, monitoramento e controle ambiental. 2. ed. Rio de 
Janeiro, 2005. 
 
 
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Versão Final 8 
ANEXO 01 
 
Orientações Gerais para Elaboração de Planos Ambientais de Construção 
 
O objetivo dos Planos Ambientais de Construção a serem desenvolvidos pelas 
construtoras é detalhar a forma em que cada sub-trecho será executado, 
contemplando de um lado, o seqüenciamento dos trabalhos, e do outro lado, a 
logística da obra. Desta forma, pretende-se identificar antecipadamente todas as 
potenciais interferências ambientais e sociais, definindo-se a forma em que as 
mesmas serão controladas. 
 
Os Planos Ambientais de Construção serão elaborados por sub-trecho ou prioridade, 
e deverão incluir minimamente o seguinte: 
 
Cronograma detalhado de avanço 
 
Se apresentará um cronograma detalhado do avanço físico dos trabalhos no sub-
trecho. Esse cronograma deverá indicar claramente, além das datas e atividades 
usuais, pelo menos as seguintes datas marco: 
 
• Data limite para evacuação de construções ocupadas na faixa de domínio 
(caso ainda houver), podendo ser diferenciada por setor. 
• Data para conclusão da implantação inicial do Projeto de Drenagem Provisória 
(bacias de retenção, outros dispositivos propostos para implantação antes do 
início da terraplenagem). 
• Data prevista para abertura e fechamento de todos os corta-rios. 
• Data de início e fim do desmatamento. 
• Data de início e fim de cada remanejamento de utilidades aéreas ou 
subterrâneas. 
 
Cronograma de utilização de mão-de-obra 
 
Se indicará o número total de funcionários a serem envolvidos nas obras do sub-
trecho, segundo categoria e função, apresentando a evolução mês a mês até o final 
das obras. 
 
Programação preliminar do remanejamento de interferências a ser executado pelas 
respectivas concessionárias 
 
Todos os trabalhos de remanejamento de utilidades cuja execução será realizada 
pelas próprias concessionárias deverá contar com cronograma detalhado em 
documento subscrito pela concessionária. 
 
Projeto detalhado de Drenagem Provisória 
 
Deverá ser apresentado seguindo as orientações específicas constantes no Anexo 02. 
 
No caso das áreas de empréstimo, depósitos de material excedente e outras áreas de 
apoio a serem utilizadas para o sub-trecho, também deverão ser apresentados 
Projetos de Drenagem Provisória. 
 
 
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Versão Final 9 
Cronograma de utilização de áreas de empréstimo e depósitos de material excedente 
 
Se apresentará o cronograma de utilização de todas as áreas de empréstimo (AE) e 
depósitos de material excedente (DME), indicando volumes previstos mês a mês. Se 
apresentará também um diagrama de massa indicando a origem e destino dos 
materiais a serem extraídos das AEs ou depositados nos DMEs. 
 
Caso as AE e DME inicialmente licenciadas pela DERSA forem insuficientes para 
atender à totalidade das necessidades do sub-trecho, os volumes (capacidades) 
adicionais necessários serão indicados, assim como a data limite para a obtenção das 
respectivas licenças / autorizações. 
 
Cronograma de utilização de outras áreas de apoio 
 
O canteiro principal de obras deverá receber Ordem de Serviço específica e 
independente da Ordem de Serviço de qualquer sub-trecho. 
 
Para as demais áreas de apoio cujo licenciamento será de responsabilidade da 
construtora, se deverá indicar a data de início de operação e os volumes de produção 
mensal segundo pertinente. Isto inclui centrais de concreto, usinas de asfalto, usinas 
de solo, pátios de pré-moldados e outras instalações industriais provisórias. 
 
A data limite para abertura dos processos de licenciamento de cada instalação 
industrial provisória deverá ser indicada, observando-se antecedência mínima de 60 
dias com relação ao início de operação de cada instalação. 
 
O local selecionado para cada instalação deverá preferencialmente ser indicado no 
Plano Ambiental de Construção, anexando-se a documentação demonstrativa do 
acordo com o proprietário da área quando for pertinente. Caso não for possível a 
definição do local das instalações industriais no momento de elaboração do Plano 
Ambiental de Construção, a data para indicação do mesmo deverá ser estabelecida, 
devendo em todos os casos anteceder a data para abertura do respectivo processo de 
licenciamento em pelo menos 60 dias. 
 
Caso for prevista a instalação de paiol de explosivos, a sua localização e cópia do 
acordo subscrito com o proprietário da área deverá necessariamente constar no Plano 
Ambiental de Construção. 
 
Projeto de instalações provisórias de apoio no interior das frentes de obra 
 
Deverá ser apresentada planta de todas as áreas de intervenção (inclusive AEs e 
DMEs) indicando: 
 
• Localização de contêineres e depósitos, 
• Distribuição de banheiros químicos, 
• Locais para posicionamento de geradores, compressores, outros 
equipamentos, 
• Outras instalações. 
 
 
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Versão Final 10 
Cronograma de utilização de fornecedores ou prestadores de serviços de apoio 
sujeitos ao procedimento de cadastramento ambiental 
 
Conforme previsto na Medida M2.01.04, a contratação de diversos serviços / insumos 
deverá passar pela análise e aprovação prévia da UGA-ROD. O Plano Ambiental de 
Construção deverá identificar todos os fornecedores de serviços / insumos sujeitos a 
cadastramento que deverão ser contratados dentro dos primeiros seis (06) meses de 
obra. Em todos os casos, a seguinte informação deverá ser apresentada: 
 
• Dados básicos do fornecedor (razão social, CNPJ, endereço, etc.); 
• Licença de Funcionamento (CETESB); 
• Alvará municipal; 
• Declaração (do fornecedor) de ausência de autuações ambientais em aberto e 
histórico de autuações passadas; 
• Descrição sumária do padrão operacional (tipo de exploração, tecnologia e 
equipamentos, outros aspectos dependendo da atividade); 
• Antiguidade da operação e dos principais equipamentos (quando pertinente); 
• Certificações em vigor (ISO 9000, ISO 14.000, outras); 
• Itinerário de circulação entre o fornecedor e as frentes de obra (quando 
pertinente). 
 
A documentação de qualquer fornecedor sujeito a cadastramento que não tenha sido 
incluído no Plano Ambiental de Construção, deverá ser encaminhada à UGA-ROD. 
 
Plano de sinalização de obra 
 
Se apresentará um Plano de Sinalização de Obra, na forma de plantas com a 
localização dos principais elementos de sinalização de obra a serem colocados no 
sub-trecho. Essas plantas incluirão a sinalização de desvios provisórios e vias locais a 
serem utilizadas intensamente. 
 
Áreas de restrição à circulação deverão ser claramente sinalizadas, assim como 
também se deverá prestar especial atenção à sinalização de segurança viária 
(restrições de velocidade, curvas perigosas, etc). O atendimento a todas as diretrizes 
de sinalização de obra integrantes da Instrução Geral de Controle Ambiental (ICA 00) 
incluída no Programa P2.02 deverá ser garantido. 
 
Projetos de caminhos de serviço 
 
Eventuais caminhos de serviço a serem implantados para a execução das obras no 
sub-trecho, assim como adequações ou melhorias em caminhos existentes, deverão 
ser incluídos no Plano Ambiental de Construção. 
 
No caso de caminhos novos a serem abertos, deverá se apresentar avaliação 
ambiental comparativa com outrostraçados, com demonstração dos méritos da 
alternativa selecionado. Caso não existam alternativas de traçado, isto deverá ser 
demonstrado. 
 
Se for prevista a implantação de caminhos de serviço fora dos limites da faixa de 
domínio, a construtora deverá obter e apresentar autorização do proprietário. 
 
 
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Versão Final 11 
No detalhamento do Projeto Executivo dos caminhos de serviço, a construtora deverá 
observar as diretrizes constantes no Programa de Otimização Ambiental do Projeto 
Executivo (P1.02) e na Instrução Complementar de Controle Ambiental para 
Implantação e Operação de Caminhos de Serviço (ICA-07) incluída no Programa 
P2.02. 
 
Plano de transporte de obra 
 
Deverá ser apresentado um Plano de Transporte de Obra para cada sub-trecho. 
Desse plano deverá constar minimamente o seguinte: 
 
• Planta com a indicação de todos os caminhos de serviços e vias existentes a 
serem utilizados com intensidade significativa pelos veículos a serviço das 
obras, inclusive com definição de rotas nos percursos em zonas urbanizadas e 
identificação de pontos críticos em função das características do uso do solo 
lindeiro; 
• Indicação do número máximo de viagens/dia por tipo de veículo em cada via 
contemplada no Plano de Transporte; 
• Indicação do período de obra em que a utilização de cada via será mais 
intensa e horários de utilização; 
• Descrição das medidas específicas a serem adotadas em trechos críticos (se 
houver). 
 
No caso da utilização de vias locais, o Plano Ambiental de Construção deverá incluir 
informações a respeito do padrão atual de tráfego, linhas de ônibus, semaforização 
existente e outros aspectos relevantes. Também deverá ser incluída documentação 
fotográfica que ilustre com suficiente detalhe a situação inicial do pavimento, para 
efeitos da posterior avaliação das medidas de recuperação a ser implantadas no final 
das obras. 
 
Caso julgar pertinente, a DERSA poderá solicitar a anuência da Prefeitura local. 
 
A DERSA se reservará o direito de retirar o seu endosso e proibir o uso de qualquer 
via local pelas construtoras caso seja constatado o uso da mesma de maneira 
diferente do inicialmente proposto, a ocorrência de impactos acima dos níveis 
inicialmente descritos ou além da possibilidade de mitigação, ou no caso de 
reclamação fundada por parte da comunidade ou das administrações municipais. 
 
 
 
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Versão Final 12 
ANEXO 02 
 
Orientações Específicas para Elaboração de Projetos de Drenagem Provisória 
 
O objetivo dos Projetos de Drenagem Provisória é garantir que as obras de 
terraplenagem estarão permanentemente preparadas para receber chuvas, em 
especial durante as fases mais críticas em termos de riscos de erosão e 
assoreamento. Diferentemente de um projeto que descreve instalações definitivas e 
permanentes, o Projeto de Drenagem Provisória é necessariamente um projeto de 
natureza mais conceitual, no qual definem-se pontos críticos, tipos de dispositivo e 
localizações estratégicas, sendo passível de revisões constantes durante a fase de 
execução das obras em função da evolução de cada frente. 
 
Para a sua correta compreensão, os Projetos de Drenagem Provisória incluirão 
plantas ilustrando a configuração e posicionamento dos dispositivos de drenagem 
provisória e o sentido de escoamento das águas sobre todas as superfícies em solo 
exposto, em pelo menos três estágios de avanço da terraplenagem, sendo o primeiro 
estágio anterior às atividades de limpeza da faixa. Também incluirão indicação das 
mudanças seqüenciais no sentido do escoamento mediante representação no perfil 
longitudinal e em seções transversais. 
 
Sem prejuízo do exposto, para os dispositivos-tipo de drenagem provisória serão 
desenvolvidos projetos padrão de engenharia em nível de detalhe suficiente para 
viabilizar a sua fácil adequação às características locais em cada ponto de 
implantação. 
 
Os Projetos de Drenagem Provisória não eliminam nem substituem o Projeto de 
Drenagem Definitiva, no qual são detalhadas as estruturas permanentes para a 
condução das águas pluviais. Sem prejuízo do exposto, quando há coincidência entre 
a drenagem provisória e a drenagem definitiva, e sempre que possível, é prevista a 
antecipação da implantação da estrutura definitiva de maneira a aproveitá-la para o 
controle do escoamento durante as obras. Essa opção pela antecipação da drenagem 
definitiva deverá ser sempre indicada nas plantas do Projeto de Drenagem Provisória, 
mediante utilização de uma legenda adequada. 
 
Os elementos de base para desenvolvimento dos Projetos de Drenagem Provisória 
são os Projetos de Terraplenagem e de Drenagem Definitiva e os cronogramas 
setorizados de obra. 
 
Em virtude da sua grande importância para a mitigação dos impactos da obra, a 
DERSA está fornecendo as seguintes diretrizes gerais para a elaboração dos Projetos 
de Drenagem Provisória em todas as frentes de obra. No entanto, uma vez que 
contratualmente quaisquer danos decorrentes da não implementação das medidas 
preventivas adequadas por parte da empresa contratada para execução das obras são 
de sua responsabilidade, a obrigação pela elaboração e detalhamento dos Projetos de 
Drenagem Provisória é de cada construtora. 
 
A seguir são descritas sumariamente as principais diretrizes que nortearão a 
elaboração de Projetos de Drenagem Provisória: 
 
 
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Versão Final 13 
Orientação do sentido do escoamento 
 
Deve-se evitar que a água de chuva escoe sobre superfícies íngremes e/ou 
inconsolidadas. Isto significa que todas as superfícies de trabalho em solo exposto 
devem ter o seu escoamento previamente planejado, de forma a garantir que as águas 
sejam conduzidas de maneira controlada sobre os setores menos vulneráveis das 
frentes de obra. 
 
Como regra geral, a única água que deve escoar sobre a superfície de saias de aterro 
ou taludes de corte é aquela que precipita diretamente sobre as mesmas. 
 
De maneira geral, o alteamento dos aterros será sempre realizado com orientação do 
platô na direção do canteiro central ou na direção de somente uma das duas saias 
laterais, elegendo-se sempre aquela que apresentar melhores condições de 
estabilidade e/ou maior facilidade para implantação de dispositivos de retenção a 
jusante. 
 
Nos trechos em corte, a orientação das plataformas seguirá estratégia similar, 
privilegiando o canteiro central ou somente uma das duas laterais. Deve-se garantir 
que o escoamento no sentido longitudinal dos cortes ocorra ao longo de somente um 
eixo, uma vez que o escoamento por mais eixos (por exemplo, pelas duas laterais da 
plataforma escavada) simplesmente multiplica os problemas de carreamento de solos. 
 
Controle da velocidade do escoamento 
 
O controle da velocidade de escoamento das águas pluviais sobre áreas de solo 
exposto é fundamental. A água tem que andar, não pode correr. Isso deve ser 
conseguido aumentando o percurso da água, diminuindo a sua inclinação, ou 
implantando leiras ou outros elementos redutores de velocidade transversalmente ao 
seu curso. Quanto maior a velocidade do escoamento, maior a energia erosiva, e 
maiores os problemas de erosão e carreamento de solos. 
 
Dentro das frentes de obra propriamente, os principais problemas de controle da 
velocidade do escoamento deverão ocorrer ao longo dos segmentos que 
apresentarem maior inclinação, em especial aqueles onde os trechos inclinados são 
mais compridos. O Projeto de Drenagem de Obra deve utilizar a inclinação das 
superfícies para segregar, na medida do possível, os eixos de escoamento pluvial dos 
eixos de circulação de veículos e equipamentos, que devem permanecer livres de 
elementos transversais para redução de velocidade. 
 
Minimização de áreas instáveis 
 
A criação, mesmo que de maneira provisória e por curto período de tempo, de áreas 
instáveis dentro das frentesde obra, deve ser sempre minimizada. 
 
Essa diretriz implica que a formação de pilhas de terra solta (por exemplo, durante a 
remoção do horizonte orgânico), deverá limitar-se ao indispensável. Ao mesmo tempo, 
o posicionamento das pilhas deverá obedecer a planejamento estratégico de forma a 
garantir que elas sejam sempre colocadas em locais planos ou quase planos e que 
não se encontrem no caminho do escoamento de águas pluviais de montante. 
 
 
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Essa diretriz também exige que haja um constante controle da inclinação das 
superfícies de trabalho, em especial das saias de aterro e taludes de corte, mesmo 
antes de se atingir os greides de projeto. Em princípio, a inclinação final máxima de 
saias e taludes prevista no projeto de terraplenagem, não deverá ser excedida em 
nenhuma saia ou talude em nenhum momento durante a fase de execução da 
terraplenagem. 
 
Todavia com relação à minimização de áreas instáveis, devem ser previstos alguns 
pontos estratégicos como bota-esperas de material laterítico a ser utilizado 
posteriormente para reforço do sub-leito e de solo orgânico a ser reaproveitado nos 
trabalhos de forração vegetal de saias e taludes no final das obras. 
 
Tratamentos de proteção superficial 
 
A proteção superficial de áreas instáveis, com ênfase nas saias de aterro e taludes de 
corte, deverá ser uma constante durante toda a duração dos serviços de 
terraplenagem. Para garantir essa proteção, diversas medidas preventivas deverão ser 
adotadas, complementando a estabilização em saias de aterro e aquelas já descritas 
anteriormente no que se refere à orientação do escoamento pluvial para evitar o fluxo 
das águas sobre superfícies vulneráveis. 
 
Para proteger superfícies instáveis, poderão ser utilizadas camadas de material 
vegetal picotado, ou a própria forração vegetal prevista após a conclusão das obras, a 
qual poderá ter a sua implantação antecipada nas frentes de obra em que isto se 
mostrar viável. Tal antecipação também deverá ser representada nas plantas 
mediante legenda específica. 
 
Proteção de cursos d’água 
 
Complementarmente a todas as diretrizes acima descritas, será necessário 
implementar dispositivos de proteção dos cursos d’água passíveis de serem 
diretamente afetados pelas obras de terraplenagem. Dentre estes dispositivos 
destacam-se os corta-rios, entubamentos ou galerias provisórias e outros dispositivos 
capazes de isolar as drenagens das áreas de solo exposto. 
 
Os dispositivos de proteção de cursos d´água deverão atender ao especificado nas 
Instruções de Controle Ambiental incluídas no Programa P2.02, em especial à 
Instrução Geral de Controle Ambiental (ICA 00), na ICA-01 (Instrução Complementar 
de Controle Ambiental para Execução de Travessias de Drenagem e/ou Aterros 
Próximos a Áreas de Preservação Permanente) e na ICA-04 (Instrução Complementar 
de Controle Ambiental para Execução de Pontes e Viadutos). 
 
Adequação programática dos serviços de terraplenagem 
 
Diversas diretrizes de adequação programática poderão ser de grande importância na 
redução dos impactos de erosão e assoreamento. A mais evidente delas é a 
programação dos serviços de terraplenagem, preferencialmente em meses secos. 
Essa medida é particularmente relevante no caso dos segmentos da obra que se 
desenvolve em aterro. Preventivamente, também os trabalhos em setores instáveis 
poderão ser evitados em dias com clima instável, procedendo-se, inclusive, à proteção 
preventiva de áreas vulneráveis no período imediatamente precedente ao início 
 
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Versão Final 15 
provável de chuvas intensas. As plantas seqüenciais de terraplenagem deverão indicar 
claramente os setores de maior risco onde as obras serão aceleradas para minimizar 
os períodos de exposição. 
 
Retenção de solo nas frentes de obra 
 
Os solos porventura carreados pelas chuvas apesar das medidas preventivas acima 
descritas, serão preferencialmente retidos dentro das próprias frentes de obras. Para 
tanto, serão progressivamente implantados dispositivos de retenção em cascata, ao 
longo dos eixos de escoamento que se mostrarem mais problemáticos. Os dispositivos 
poderão ser simples cacimbas no caminho preferencial das águas, ou 
alternativamente diques de retenção em diversas configurações e/ou procedimentos 
construtivos. Preferencialmente, se procurará implantar bacias de acumulação onde o 
tempo de permanência das águas seja suficiente para permitir a deposição dos 
sedimentos. Para tanto, se adotará como referência um volume de acumulação de 200 
m3 por hectare de área de contribuição. Quando não existam condições locais para 
implantação de bacias de retenção com esta capacidade, se deverão prever 
elementos com função filtrante no vertedouro ou outro dispositivo. 
 
Retenção a jusante das frentes de obra 
 
Em todos os casos, deverá ser prevista a implantação de pelo menos um dispositivo 
de retenção de sedimentos a jusante dos limites de obra. As plantas do Projeto de 
Drenagem Provisória devem indicar a localização destes dispositivos, o seu tipo e a 
área de solo exposto contribuinte ao mesmo. Em nenhuma etapa da terraplenagem 
poderão existir áreas de solo exposto cujo escoamento não contribua para uma bacia 
de retenção de sedimentos antes de atingir o curso d’água. 
 
A localização dessas retenções mudará de acordo com o andamento das obras, 
coincidindo predominantemente com os pontos baixos do relevo natural no início dos 
trabalhos e com os pontos baixos do relevo modificado pela terraplanagem em etapas 
posteriores. 
 
Em todos os casos, a retenção a jusante será adotada como uma medida 
complementar, objetivando reter o material de granulometria mais fina e reduzir 
parcialmente a turbidez das águas, uma vez que o material de granulometria mais 
grossa poderá ser retido nas próprias frentes com maior facilidade. 
 
Dispositivos de retenção a jusante das obras deverão ser planejados com especial 
cuidado nos pontos de encontro entre corte e aterro, uma vez que nesses pontos 
serão desviadas as águas vindas dos cortes para fora das frentes de obra, evitando 
que elas escoem por sobre os aterros. 
 
Em todos os casos, esses dispositivos serão implantados em locais acessíveis por 
equipamentos em condições de fazer limpezas periódicas. Do lado do dispositivo 
deverá sempre ser prevista uma área plana onde o material retirado possa ser 
“tombado” e drenado, para posterior carregamento e transporte ao bota-fora 
destinado. 
 
Genericamente, os dispositivos de retenção a jusante poderão ser de dois tipos: de 
acumulação e de seção drenante. 
 
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Versão Final 16 
Os dispositivos de acumulação são viáveis onde há disponibilidade de espaço pois 
dependem de maior capacidade de armazenamento / retenção. Eles funcionam por 
extravazamento do dique mediante vertedouro de superfície em ponto protegido, 
sendo que a eficácia na retenção dos sedimentos é uma função do tempo de 
permanência da água. O critério de dimensionamento deve considerar a área de solo 
exposto contribuinte, uma chuva de projeto de grande intensidade (por exemplo, a 
maior precipitação horária para um TR de 5 anos), e um volume de armazenamento 
suficiente para reter pelo menos 2 minutos de chuva. 
 
Os dispositivos com seção drenante são mais adequados onde a disponibilidade de 
espaço é menor. Neles, o dique de formação deve contar com uma seção drenante de 
forma a cumprir a função de “filtro”, evitando que a sua capacidade de retenção seja 
automaticamente preenchida no início de cada episódio chuvoso, passando as águas 
a escoar sobre a crista do dique sem qualquer efetividade de retenção.

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