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FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 1 P2.01 Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção Introdução / Justificativa: O Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção, composto por ações de caráter técnico-gerencial, é parte integrante da estratégia de planejamento geral da construção do Trecho Sul do Rodoanel, devendo ser executado ao longo de toda a fase de implantação do empreendimento. O princípio básico que norteia o programa é a antecipação através do planejamento, ou seja, a identificação prévia de riscos e contingências que podem resultar em impactos, e a coordenação de ações para eliminação ou minimização dos mesmos. As medidas que compõem o programa da forma em que foi proposto no EIA são as seguintes: • M2.01.01 - Controle da liberação das frentes de obra • M2.01.02 - Diretrizes para drenagem provisória durante a construção M2.01.03 - Análise de Planos Ambientais de Construção • M2.01.04 - Cadastramento ambiental e homologação de fornecedores e prestadores de serviços de apoio à construção • M2.01.05 - Programação conjunta das atividades da obra Essas medidas são essencialmente multifuncionais, pois na maior parte dos casos exigem a participação de mais de uma área funcional da DERSA, assim como também das construtoras contratadas. Objetivos: Assim como todos os programas da fase pré-construtiva e outros programas da fase construtiva, o Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção é formado essencialmente por ações de cunho preventivo, cujo objetivo é criar condições, procedimentos ou rotinas que garantam o adequado planejamento ambiental das obras de implantação do Trecho Sul do Rodoanel. Esse planejamento ambiental objetiva garantir: • A continuidade dos trabalhos de construção da forma prevista em cada frente de obra, evitando-se paralisações com conseqüências e/ou riscos ambientais decorrentes da falta de sincronismo entre eventos ou atividades cuja conclusão constitui fator sine qua non para o avanço. • • A discussão detalhada de medidas específicas de controle para cada frente de obra, garantindo-se que a maior parte possível dos problemas sejam antecipados e que as diretrizes para o seu controle / mitigação sejam previamente discutidas e acordadas. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 2 • A minimização de impactos indiretos do processo de implantação, através de ações direcionadas aos fornecedores de bens e serviços a serem contratados pelas construtoras, garantindo-se que, pelo menos nos casos d’aqueles com significativo risco ambiental, os impactos associados a sua operação sejam previamente verificados. Metas: São metas do Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção: • Concluir as obras sem que nenhuma paralisação de frente de obra iniciada venha a ocorrer por falta de sincronismo entre atividades sob responsabilidade das diversas áreas funcionais da DERSA envolvidas com o projeto. • Assegurar que a forma de aplicação das Instruções de Controle Ambiental integrantes do Programa de Adequação Ambiental de Procedimentos Construtivos (P2.02) em cada frente de obra, seja previamente estudada e discutida por todos os envolvidos, limitando-se as situações ou aspectos imprevistos ao mínimo possível. • Garantir que a totalidade dos fornecedores de bens e serviços a serem contratados pelas construtoras estejam em situação regular perante as autoridades ambientais. Âmbito de Aplicação: O Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção se aplicará a todas as obras, incluindo as áreas de apoio a serem utilizadas. Ações / Atividades: As principais ações a serem desenvolvidas no âmbito do programa são sumariamente descritas a seguir, indicando-se as diversas áreas funcionais envolvidas segundo pertinente: Coordenação multi-departamental para liberação de frentes de obra Conforme estipulado na Medida M2.01.01, a DERSA liberará Frentes de Serviço na medida em que, salvo exceções justificadas e baseadas em análise de risco de impactos adicionais, os seguintes aspectos tenham sido equacionados: • Conclusão do projeto executivo, no relativo ao projeto de terraplenagem, drenagem definitiva, desvios provisórios de vias locais, locação definitiva de vias locais e definição dos componentes infra-estruturais que serão eventualmente remanejados; FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 3 • Equacionamento junto às empresas concessionárias, do remanejamento das interferências aéreas e subterrâneas eventualmente necessárias; • Conclusão dos trabalhos de prospecção e resgate arqueológico integrantes do Programa de Prospecção, Resgate Arqueológico e Preservação do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural (P2.08); • Conclusão ou equacionamento de todos os aspectos relativos a desapropriação das propriedades diretamente afetadas ou a autorizações de entrada eventualmente necessárias; • Conclusão ou equacionamento de todos os aspectos relativos ao reassentamento de famílias e atividades diretamente afetadas pelo empreendimento, sobretudo a execução do Plano de Reassentamento previsto como parte do Programa de Compensação Social e Reassentamento Involuntário (P2.07); • Obtenção da autorização do DEPRN para supressão de vegetação e intervenção em áreas de preservação permanente na faixa de domínio; • Obtenção de todas as licenças e autorizações ambientais necessárias à implantação e/ou utilização de áreas de empréstimo, depósitos de material excedente, canteiros de obra e instalações industriais provisórias a serem utilizadas para o sub-trecho durante os primeiros doze (12) meses de obra; • Obtenção de outorgas para intervenções com os recursos hídricos; • Aprovação, pela UGA-ROD, dos Planos Ambientais de Construção a serem apresentados pelas construtoras para cada sub-trecho, conforme a Medida M2.01.03; • Cadastramento dos Pontos de Controle de monitoramento ambiental pela Supervisão Ambiental, da forma prevista no Programa de Supervisão e Monitoramento Ambiental da Construção (P2.04). Para operacionalizar essa medida, a DERSA definirá previamente a forma em que cada um dos cinco (05) Lotes de obra do Trecho Sul será sub-dividido em sub-trechos prioritários, estabelecendo preliminarmente os limites entre cada sub-trecho e a seqüência de liberação de Ordens de Serviço. Uma vez estabelecidas as datas meta para início de cada sub-trecho, se realizarão reuniões de planejamento para garantir que as respectivas áreas funcionais da DERSA organizem as suas prioridades de maneira compatível. Essas reuniões poderão envolver: • Diretoria de Engenharia da DERSA. • Setor de desapropriação da DERSA. • UGA-ROD. • Empresa de Gerenciamento Social. • Empresas de Supervisão Ambiental. • Empresa de Prospecção Arqueológica. • Gerências Ambientais das Construtoras. Caso sejam encontrados vestígios arqueológicos, a instituição conveniada para a sua custódia, da forma prevista no Programa P2.08 (Programa de Prospecção, Resgate Arqueológico e Preservação do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural), também deverá ser envolvida. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 4 Elaboração de diretrizes de drenagem provisória Para todas as frentes de obra, inclusive áreas de apoio, a DERSA definirá, em nível esquemático, as diretrizes a serem adotadas pelas construtoras para o desenvolvimento dos respectivos Projetos de Drenagem Provisória. Essas diretrizes apontarão locais preferenciais e/u alternativos para localização de bacias de retenção de sedimentos, eixo preferencial para corta-rios, pontos estratégicos para implantação de descidas de água, locais preferenciais para colocação de estacas graduadas para monitoramento de níveis de assoreamento, e outros aspectosconsiderados importantes segundo as características de cada frente de obra. As diretrizes de drenagem provisória assim definidas poderão ser alteradas, de maneira justificada, pelas construtoras. Em qualquer hipótese, a responsabilidade pela plena eficácia das medidas a serem previstas nos Projetos de Drenagem Provisória será exclusivamente das construtoras. Análise e aprovação de Planos Ambientais de Construção Os Planos Ambientais de Construção para cada sub-trecho ou prioridade serão apresentados pelas construtoras de acordo com as orientações gerais constantes no Anexo 01, devendo incluir os Projetos de Drenagem Provisória elaborados de acordo com as orientações constantes no Anexo 02. Todos os planos apresentados pelas construtoras serão analisados e aprovados pela DERSA antes da emissão da Ordem de Serviço para o respectivo sub-trecho, sendo passíveis de revisão de acordo com o andamento dos serviços ou alterações posteriores do Projeto Executivo. Uma vez aprovados, os Planos Ambientais de Construção serão encaminhados à Secretaria do Meio Ambiente (DAIA) para conhecimento e acompanhamento. Cadastramento de fornecedores Conforme especificado na Medida M2.01.04, os seguintes produtos ou serviços estarão afetos ao procedimento de cadastramento ambiental: • Pedra britada, • Areia, • Rachão, • Concreto pré-misturado; • Lavagem de caixas d’água; • Limpa-fossas; • Serviços de coleta de lixo orgânico; • Serviços de coleta de resíduos industriais; • Serviços de coleta e/ou tratamento de resíduos perigosos e/ou infectantes; • Bota-foras, aterros ou outros locais para solo contaminado; • Fornecedores de sanitários químicos; • Fornecedores de mudas de espécies nativas e de serviços de plantio e manutenção; • E outros. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 5 As informações a serem apresentadas pelas construtoras a respeito de cada fornecedor sujeito a cadastramento ambiental encontram-se especificadas no Anexo 01 (Orientações Gerais para Elaboração de Planos Ambientais de Construção). A UGA-ROD analisará essa documentação, e poderá indeferir o cadastramento de fornecedores que não se encontrem em situação regular de licenciamento ambiental, que tenham autuações ambientais em aberto ou que apresentem passivos ambientais significativos não equacionados. Complementarmente, deficiências de padrão tecnológico (equipamentos, antiguidade, outras), e questões locacionais (rotas inconvenientes de interligação com as frentes de obra, outros aspectos), poderão resultar em posição desfavorável da UGA-ROD. Uma vez analisada a documentação dos fornecedores propostos, aqueles que forem cadastrados pela UGA-ROD receberão um certificado que deverá acompanhar toda equipe de serviço e/ou veículo de entrega de insumos à obra, sendo a observância dessa exigência objeto de verificação rotineira pela Supervisão Ambiental. O prazo dos certificados de cadastramento será igual ao período de fornecimento informado pela construtora contratante do fornecedor, mas em nenhum caso poderá exceder o prazo de validade de Licença de Funcionamento. Quando essa validade caducar, a continuidade da inclusão do fornecedor no cadastro dependerá do encaminhamento da renovação da Licença de Funcionamento à UGA-ROD. Reuniões de programação de gestão ambiental • A DERSA irá manter, através de reuniões semanais nas quais haverá a participação de todos os envolvidos na gestão ambiental da obra, um estreito controle das atividades de construção. Nestas reuniões os seguintes aspectos relativos à gestão ambiental serão tratados: • Definição das atividades semanais em cada frente de obra; • Programação de vistorias da Supervisão Ambiental; • Programação de vistorias com participação da Secretaria do Meio Ambiente, DUSM, DEPRN, CETESB, outras entidades; • Discussão de não-conformidades em aberto e prazos de atendimento; • Programação da entrega de Planos Ambientais de Construção; • Acompanhamento de gestões de licenciamento complementar em curso; • Acompanhamento de gestões de cadastramento de fornecedores em curso. Distribuição de Responsabilidades: A distribuição de responsabilidades no âmbito do Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção será compartilhada entre diversas áreas funcionais da DERSA e empresas especializadas a serem contratadas. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 6 No planejamento para liberação de frentes de obra, se envolverão pela DERSA, principalmente a Diretoria de Engenharia, o setor de desapropriação e a UGA-ROD. Apoiarão, na execução de tarefas necessárias ao cumprimento das metas, as empresas de Supervisão Ambiental, a empresa de Gerenciamento Social e a empresa de Prospecção Arqueológica. A elaboração de diretrizes de drenagem provisória e a análise e aprovação de Planos Ambientais de Construção, será uma atividade submetida a Diretoria de Engenharia da DERSA. As empresas de Supervisão Ambiental poderão vir a ser envolvidas nestas atividades com funções de assessoria técnica. A constituição e operação do cadastro ambiental de fornecedores será responsabilidade exclusiva da UGA-ROD. Finalmente, nas reuniões de programação se envolverão, pela DERSA, as Diretorias de Obras e de Engenharia, a UGA-ROD e o setor de desapropriação, assim como outros setores que venham a ser convocados para tratar de assuntos específicos. Pelas construtoras, participarão os respectivos Gerentes Ambientais. Complementarmente, as empresas de Supervisão Ambiental e de Gerenciamento Social participarão de todas as reuniões. A empresa de Prospecção Arqueológica participará durante o período de duração das atividades de prospecção e/ou resgate. Relatórios: Não é prevista a produção de relatórios específicos no âmbito do Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção. No entanto, o andamento do processo de definição de diretrizes de drenagem provisória e de elaboração, análise e aprovação de Planos Ambientais de Construção, será objeto de seção específica dentro dos Relatórios Semestrais de Acompanhamento da Implantação do PBA a serem elaborados pela UGA-ROD (Ver Programa P1.01). Cronograma: O Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção se iniciará a partir do momento em que for emitida a primeira Licença de Instalação e terá continuidade durante todo o período de construção. A elaboração de Planos Ambientais de Construção pelas construtoras e a sua revisão e aprovação pela DERSA será mais intensa nos períodos inicias de obra. Por outro lado, as atividades de programação ambiental (reuniões semanais) e cadastramento de fornecedores, terão intensidade uniforme durante a maior parte do período de construção. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 7 Recursos Humanos e Materiais a serem Alocados: A UGA-ROD vai gerenciar o programa com base na sua equipe técnica fixa. Na definição de diretrizes de drenagem provisória e na análise e aprovação de Planos Ambientais de Construção, a UGA-ROD poderá se apoiar em consultores especializados ou nas empresas de Supervisão Ambiental. Relação com Outros Programas: O Programa de Planejamento Ambiental Contínuo da Construção relaciona-se principalmente com o Programa de Adequação Ambiental de Procedimentos Construtivos (P2.02), Programa de Operacionalização de Sistemas de Gestão Ambiental pelas Construtoras Contratadas (P2.03), e Programa de Supervisão e Monitoramento Ambiental da Construção (P2.04). Também guarda relação estreita com o Programa de Licenciamento Ambiental Complementar (P1.03), uma vez que as atividades de planejamento ambiental das obras se iniciarão (ou pelo menos se intensificarão) em cada sub-trecho, a partir da emissão da respectiva Licença de Instalação. Bibliografia: • DERSA Desenvolvimento Rodoviário S/A; FESP/SP– Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo. Estudo de Impacto Ambiental do Trecho Sul Modificado – Programa Rodoanel Mario Covas. São Paulo, 2004. 9 v. Relatório Técnico. • Nchrp - NATIONAL COOPERATIVE HIGHWAY RESEARCH PROGRAM. Erosion control during highway construction: manual on principles and practices. Washington, D.C., 1980. • DNER – DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996. • DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA – ESTRUTURA. Manual rodoviário de conservação, monitoramento e controle ambiental. 2. ed. Rio de Janeiro, 2005. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 8 ANEXO 01 Orientações Gerais para Elaboração de Planos Ambientais de Construção O objetivo dos Planos Ambientais de Construção a serem desenvolvidos pelas construtoras é detalhar a forma em que cada sub-trecho será executado, contemplando de um lado, o seqüenciamento dos trabalhos, e do outro lado, a logística da obra. Desta forma, pretende-se identificar antecipadamente todas as potenciais interferências ambientais e sociais, definindo-se a forma em que as mesmas serão controladas. Os Planos Ambientais de Construção serão elaborados por sub-trecho ou prioridade, e deverão incluir minimamente o seguinte: Cronograma detalhado de avanço Se apresentará um cronograma detalhado do avanço físico dos trabalhos no sub- trecho. Esse cronograma deverá indicar claramente, além das datas e atividades usuais, pelo menos as seguintes datas marco: • Data limite para evacuação de construções ocupadas na faixa de domínio (caso ainda houver), podendo ser diferenciada por setor. • Data para conclusão da implantação inicial do Projeto de Drenagem Provisória (bacias de retenção, outros dispositivos propostos para implantação antes do início da terraplenagem). • Data prevista para abertura e fechamento de todos os corta-rios. • Data de início e fim do desmatamento. • Data de início e fim de cada remanejamento de utilidades aéreas ou subterrâneas. Cronograma de utilização de mão-de-obra Se indicará o número total de funcionários a serem envolvidos nas obras do sub- trecho, segundo categoria e função, apresentando a evolução mês a mês até o final das obras. Programação preliminar do remanejamento de interferências a ser executado pelas respectivas concessionárias Todos os trabalhos de remanejamento de utilidades cuja execução será realizada pelas próprias concessionárias deverá contar com cronograma detalhado em documento subscrito pela concessionária. Projeto detalhado de Drenagem Provisória Deverá ser apresentado seguindo as orientações específicas constantes no Anexo 02. No caso das áreas de empréstimo, depósitos de material excedente e outras áreas de apoio a serem utilizadas para o sub-trecho, também deverão ser apresentados Projetos de Drenagem Provisória. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 9 Cronograma de utilização de áreas de empréstimo e depósitos de material excedente Se apresentará o cronograma de utilização de todas as áreas de empréstimo (AE) e depósitos de material excedente (DME), indicando volumes previstos mês a mês. Se apresentará também um diagrama de massa indicando a origem e destino dos materiais a serem extraídos das AEs ou depositados nos DMEs. Caso as AE e DME inicialmente licenciadas pela DERSA forem insuficientes para atender à totalidade das necessidades do sub-trecho, os volumes (capacidades) adicionais necessários serão indicados, assim como a data limite para a obtenção das respectivas licenças / autorizações. Cronograma de utilização de outras áreas de apoio O canteiro principal de obras deverá receber Ordem de Serviço específica e independente da Ordem de Serviço de qualquer sub-trecho. Para as demais áreas de apoio cujo licenciamento será de responsabilidade da construtora, se deverá indicar a data de início de operação e os volumes de produção mensal segundo pertinente. Isto inclui centrais de concreto, usinas de asfalto, usinas de solo, pátios de pré-moldados e outras instalações industriais provisórias. A data limite para abertura dos processos de licenciamento de cada instalação industrial provisória deverá ser indicada, observando-se antecedência mínima de 60 dias com relação ao início de operação de cada instalação. O local selecionado para cada instalação deverá preferencialmente ser indicado no Plano Ambiental de Construção, anexando-se a documentação demonstrativa do acordo com o proprietário da área quando for pertinente. Caso não for possível a definição do local das instalações industriais no momento de elaboração do Plano Ambiental de Construção, a data para indicação do mesmo deverá ser estabelecida, devendo em todos os casos anteceder a data para abertura do respectivo processo de licenciamento em pelo menos 60 dias. Caso for prevista a instalação de paiol de explosivos, a sua localização e cópia do acordo subscrito com o proprietário da área deverá necessariamente constar no Plano Ambiental de Construção. Projeto de instalações provisórias de apoio no interior das frentes de obra Deverá ser apresentada planta de todas as áreas de intervenção (inclusive AEs e DMEs) indicando: • Localização de contêineres e depósitos, • Distribuição de banheiros químicos, • Locais para posicionamento de geradores, compressores, outros equipamentos, • Outras instalações. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 10 Cronograma de utilização de fornecedores ou prestadores de serviços de apoio sujeitos ao procedimento de cadastramento ambiental Conforme previsto na Medida M2.01.04, a contratação de diversos serviços / insumos deverá passar pela análise e aprovação prévia da UGA-ROD. O Plano Ambiental de Construção deverá identificar todos os fornecedores de serviços / insumos sujeitos a cadastramento que deverão ser contratados dentro dos primeiros seis (06) meses de obra. Em todos os casos, a seguinte informação deverá ser apresentada: • Dados básicos do fornecedor (razão social, CNPJ, endereço, etc.); • Licença de Funcionamento (CETESB); • Alvará municipal; • Declaração (do fornecedor) de ausência de autuações ambientais em aberto e histórico de autuações passadas; • Descrição sumária do padrão operacional (tipo de exploração, tecnologia e equipamentos, outros aspectos dependendo da atividade); • Antiguidade da operação e dos principais equipamentos (quando pertinente); • Certificações em vigor (ISO 9000, ISO 14.000, outras); • Itinerário de circulação entre o fornecedor e as frentes de obra (quando pertinente). A documentação de qualquer fornecedor sujeito a cadastramento que não tenha sido incluído no Plano Ambiental de Construção, deverá ser encaminhada à UGA-ROD. Plano de sinalização de obra Se apresentará um Plano de Sinalização de Obra, na forma de plantas com a localização dos principais elementos de sinalização de obra a serem colocados no sub-trecho. Essas plantas incluirão a sinalização de desvios provisórios e vias locais a serem utilizadas intensamente. Áreas de restrição à circulação deverão ser claramente sinalizadas, assim como também se deverá prestar especial atenção à sinalização de segurança viária (restrições de velocidade, curvas perigosas, etc). O atendimento a todas as diretrizes de sinalização de obra integrantes da Instrução Geral de Controle Ambiental (ICA 00) incluída no Programa P2.02 deverá ser garantido. Projetos de caminhos de serviço Eventuais caminhos de serviço a serem implantados para a execução das obras no sub-trecho, assim como adequações ou melhorias em caminhos existentes, deverão ser incluídos no Plano Ambiental de Construção. No caso de caminhos novos a serem abertos, deverá se apresentar avaliação ambiental comparativa com outrostraçados, com demonstração dos méritos da alternativa selecionado. Caso não existam alternativas de traçado, isto deverá ser demonstrado. Se for prevista a implantação de caminhos de serviço fora dos limites da faixa de domínio, a construtora deverá obter e apresentar autorização do proprietário. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 11 No detalhamento do Projeto Executivo dos caminhos de serviço, a construtora deverá observar as diretrizes constantes no Programa de Otimização Ambiental do Projeto Executivo (P1.02) e na Instrução Complementar de Controle Ambiental para Implantação e Operação de Caminhos de Serviço (ICA-07) incluída no Programa P2.02. Plano de transporte de obra Deverá ser apresentado um Plano de Transporte de Obra para cada sub-trecho. Desse plano deverá constar minimamente o seguinte: • Planta com a indicação de todos os caminhos de serviços e vias existentes a serem utilizados com intensidade significativa pelos veículos a serviço das obras, inclusive com definição de rotas nos percursos em zonas urbanizadas e identificação de pontos críticos em função das características do uso do solo lindeiro; • Indicação do número máximo de viagens/dia por tipo de veículo em cada via contemplada no Plano de Transporte; • Indicação do período de obra em que a utilização de cada via será mais intensa e horários de utilização; • Descrição das medidas específicas a serem adotadas em trechos críticos (se houver). No caso da utilização de vias locais, o Plano Ambiental de Construção deverá incluir informações a respeito do padrão atual de tráfego, linhas de ônibus, semaforização existente e outros aspectos relevantes. Também deverá ser incluída documentação fotográfica que ilustre com suficiente detalhe a situação inicial do pavimento, para efeitos da posterior avaliação das medidas de recuperação a ser implantadas no final das obras. Caso julgar pertinente, a DERSA poderá solicitar a anuência da Prefeitura local. A DERSA se reservará o direito de retirar o seu endosso e proibir o uso de qualquer via local pelas construtoras caso seja constatado o uso da mesma de maneira diferente do inicialmente proposto, a ocorrência de impactos acima dos níveis inicialmente descritos ou além da possibilidade de mitigação, ou no caso de reclamação fundada por parte da comunidade ou das administrações municipais. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 12 ANEXO 02 Orientações Específicas para Elaboração de Projetos de Drenagem Provisória O objetivo dos Projetos de Drenagem Provisória é garantir que as obras de terraplenagem estarão permanentemente preparadas para receber chuvas, em especial durante as fases mais críticas em termos de riscos de erosão e assoreamento. Diferentemente de um projeto que descreve instalações definitivas e permanentes, o Projeto de Drenagem Provisória é necessariamente um projeto de natureza mais conceitual, no qual definem-se pontos críticos, tipos de dispositivo e localizações estratégicas, sendo passível de revisões constantes durante a fase de execução das obras em função da evolução de cada frente. Para a sua correta compreensão, os Projetos de Drenagem Provisória incluirão plantas ilustrando a configuração e posicionamento dos dispositivos de drenagem provisória e o sentido de escoamento das águas sobre todas as superfícies em solo exposto, em pelo menos três estágios de avanço da terraplenagem, sendo o primeiro estágio anterior às atividades de limpeza da faixa. Também incluirão indicação das mudanças seqüenciais no sentido do escoamento mediante representação no perfil longitudinal e em seções transversais. Sem prejuízo do exposto, para os dispositivos-tipo de drenagem provisória serão desenvolvidos projetos padrão de engenharia em nível de detalhe suficiente para viabilizar a sua fácil adequação às características locais em cada ponto de implantação. Os Projetos de Drenagem Provisória não eliminam nem substituem o Projeto de Drenagem Definitiva, no qual são detalhadas as estruturas permanentes para a condução das águas pluviais. Sem prejuízo do exposto, quando há coincidência entre a drenagem provisória e a drenagem definitiva, e sempre que possível, é prevista a antecipação da implantação da estrutura definitiva de maneira a aproveitá-la para o controle do escoamento durante as obras. Essa opção pela antecipação da drenagem definitiva deverá ser sempre indicada nas plantas do Projeto de Drenagem Provisória, mediante utilização de uma legenda adequada. Os elementos de base para desenvolvimento dos Projetos de Drenagem Provisória são os Projetos de Terraplenagem e de Drenagem Definitiva e os cronogramas setorizados de obra. Em virtude da sua grande importância para a mitigação dos impactos da obra, a DERSA está fornecendo as seguintes diretrizes gerais para a elaboração dos Projetos de Drenagem Provisória em todas as frentes de obra. No entanto, uma vez que contratualmente quaisquer danos decorrentes da não implementação das medidas preventivas adequadas por parte da empresa contratada para execução das obras são de sua responsabilidade, a obrigação pela elaboração e detalhamento dos Projetos de Drenagem Provisória é de cada construtora. A seguir são descritas sumariamente as principais diretrizes que nortearão a elaboração de Projetos de Drenagem Provisória: FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 13 Orientação do sentido do escoamento Deve-se evitar que a água de chuva escoe sobre superfícies íngremes e/ou inconsolidadas. Isto significa que todas as superfícies de trabalho em solo exposto devem ter o seu escoamento previamente planejado, de forma a garantir que as águas sejam conduzidas de maneira controlada sobre os setores menos vulneráveis das frentes de obra. Como regra geral, a única água que deve escoar sobre a superfície de saias de aterro ou taludes de corte é aquela que precipita diretamente sobre as mesmas. De maneira geral, o alteamento dos aterros será sempre realizado com orientação do platô na direção do canteiro central ou na direção de somente uma das duas saias laterais, elegendo-se sempre aquela que apresentar melhores condições de estabilidade e/ou maior facilidade para implantação de dispositivos de retenção a jusante. Nos trechos em corte, a orientação das plataformas seguirá estratégia similar, privilegiando o canteiro central ou somente uma das duas laterais. Deve-se garantir que o escoamento no sentido longitudinal dos cortes ocorra ao longo de somente um eixo, uma vez que o escoamento por mais eixos (por exemplo, pelas duas laterais da plataforma escavada) simplesmente multiplica os problemas de carreamento de solos. Controle da velocidade do escoamento O controle da velocidade de escoamento das águas pluviais sobre áreas de solo exposto é fundamental. A água tem que andar, não pode correr. Isso deve ser conseguido aumentando o percurso da água, diminuindo a sua inclinação, ou implantando leiras ou outros elementos redutores de velocidade transversalmente ao seu curso. Quanto maior a velocidade do escoamento, maior a energia erosiva, e maiores os problemas de erosão e carreamento de solos. Dentro das frentes de obra propriamente, os principais problemas de controle da velocidade do escoamento deverão ocorrer ao longo dos segmentos que apresentarem maior inclinação, em especial aqueles onde os trechos inclinados são mais compridos. O Projeto de Drenagem de Obra deve utilizar a inclinação das superfícies para segregar, na medida do possível, os eixos de escoamento pluvial dos eixos de circulação de veículos e equipamentos, que devem permanecer livres de elementos transversais para redução de velocidade. Minimização de áreas instáveis A criação, mesmo que de maneira provisória e por curto período de tempo, de áreas instáveis dentro das frentesde obra, deve ser sempre minimizada. Essa diretriz implica que a formação de pilhas de terra solta (por exemplo, durante a remoção do horizonte orgânico), deverá limitar-se ao indispensável. Ao mesmo tempo, o posicionamento das pilhas deverá obedecer a planejamento estratégico de forma a garantir que elas sejam sempre colocadas em locais planos ou quase planos e que não se encontrem no caminho do escoamento de águas pluviais de montante. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 14 Essa diretriz também exige que haja um constante controle da inclinação das superfícies de trabalho, em especial das saias de aterro e taludes de corte, mesmo antes de se atingir os greides de projeto. Em princípio, a inclinação final máxima de saias e taludes prevista no projeto de terraplenagem, não deverá ser excedida em nenhuma saia ou talude em nenhum momento durante a fase de execução da terraplenagem. Todavia com relação à minimização de áreas instáveis, devem ser previstos alguns pontos estratégicos como bota-esperas de material laterítico a ser utilizado posteriormente para reforço do sub-leito e de solo orgânico a ser reaproveitado nos trabalhos de forração vegetal de saias e taludes no final das obras. Tratamentos de proteção superficial A proteção superficial de áreas instáveis, com ênfase nas saias de aterro e taludes de corte, deverá ser uma constante durante toda a duração dos serviços de terraplenagem. Para garantir essa proteção, diversas medidas preventivas deverão ser adotadas, complementando a estabilização em saias de aterro e aquelas já descritas anteriormente no que se refere à orientação do escoamento pluvial para evitar o fluxo das águas sobre superfícies vulneráveis. Para proteger superfícies instáveis, poderão ser utilizadas camadas de material vegetal picotado, ou a própria forração vegetal prevista após a conclusão das obras, a qual poderá ter a sua implantação antecipada nas frentes de obra em que isto se mostrar viável. Tal antecipação também deverá ser representada nas plantas mediante legenda específica. Proteção de cursos d’água Complementarmente a todas as diretrizes acima descritas, será necessário implementar dispositivos de proteção dos cursos d’água passíveis de serem diretamente afetados pelas obras de terraplenagem. Dentre estes dispositivos destacam-se os corta-rios, entubamentos ou galerias provisórias e outros dispositivos capazes de isolar as drenagens das áreas de solo exposto. Os dispositivos de proteção de cursos d´água deverão atender ao especificado nas Instruções de Controle Ambiental incluídas no Programa P2.02, em especial à Instrução Geral de Controle Ambiental (ICA 00), na ICA-01 (Instrução Complementar de Controle Ambiental para Execução de Travessias de Drenagem e/ou Aterros Próximos a Áreas de Preservação Permanente) e na ICA-04 (Instrução Complementar de Controle Ambiental para Execução de Pontes e Viadutos). Adequação programática dos serviços de terraplenagem Diversas diretrizes de adequação programática poderão ser de grande importância na redução dos impactos de erosão e assoreamento. A mais evidente delas é a programação dos serviços de terraplenagem, preferencialmente em meses secos. Essa medida é particularmente relevante no caso dos segmentos da obra que se desenvolve em aterro. Preventivamente, também os trabalhos em setores instáveis poderão ser evitados em dias com clima instável, procedendo-se, inclusive, à proteção preventiva de áreas vulneráveis no período imediatamente precedente ao início FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 15 provável de chuvas intensas. As plantas seqüenciais de terraplenagem deverão indicar claramente os setores de maior risco onde as obras serão aceleradas para minimizar os períodos de exposição. Retenção de solo nas frentes de obra Os solos porventura carreados pelas chuvas apesar das medidas preventivas acima descritas, serão preferencialmente retidos dentro das próprias frentes de obras. Para tanto, serão progressivamente implantados dispositivos de retenção em cascata, ao longo dos eixos de escoamento que se mostrarem mais problemáticos. Os dispositivos poderão ser simples cacimbas no caminho preferencial das águas, ou alternativamente diques de retenção em diversas configurações e/ou procedimentos construtivos. Preferencialmente, se procurará implantar bacias de acumulação onde o tempo de permanência das águas seja suficiente para permitir a deposição dos sedimentos. Para tanto, se adotará como referência um volume de acumulação de 200 m3 por hectare de área de contribuição. Quando não existam condições locais para implantação de bacias de retenção com esta capacidade, se deverão prever elementos com função filtrante no vertedouro ou outro dispositivo. Retenção a jusante das frentes de obra Em todos os casos, deverá ser prevista a implantação de pelo menos um dispositivo de retenção de sedimentos a jusante dos limites de obra. As plantas do Projeto de Drenagem Provisória devem indicar a localização destes dispositivos, o seu tipo e a área de solo exposto contribuinte ao mesmo. Em nenhuma etapa da terraplenagem poderão existir áreas de solo exposto cujo escoamento não contribua para uma bacia de retenção de sedimentos antes de atingir o curso d’água. A localização dessas retenções mudará de acordo com o andamento das obras, coincidindo predominantemente com os pontos baixos do relevo natural no início dos trabalhos e com os pontos baixos do relevo modificado pela terraplanagem em etapas posteriores. Em todos os casos, a retenção a jusante será adotada como uma medida complementar, objetivando reter o material de granulometria mais fina e reduzir parcialmente a turbidez das águas, uma vez que o material de granulometria mais grossa poderá ser retido nas próprias frentes com maior facilidade. Dispositivos de retenção a jusante das obras deverão ser planejados com especial cuidado nos pontos de encontro entre corte e aterro, uma vez que nesses pontos serão desviadas as águas vindas dos cortes para fora das frentes de obra, evitando que elas escoem por sobre os aterros. Em todos os casos, esses dispositivos serão implantados em locais acessíveis por equipamentos em condições de fazer limpezas periódicas. Do lado do dispositivo deverá sempre ser prevista uma área plana onde o material retirado possa ser “tombado” e drenado, para posterior carregamento e transporte ao bota-fora destinado. Genericamente, os dispositivos de retenção a jusante poderão ser de dois tipos: de acumulação e de seção drenante. FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Versão Final 16 Os dispositivos de acumulação são viáveis onde há disponibilidade de espaço pois dependem de maior capacidade de armazenamento / retenção. Eles funcionam por extravazamento do dique mediante vertedouro de superfície em ponto protegido, sendo que a eficácia na retenção dos sedimentos é uma função do tempo de permanência da água. O critério de dimensionamento deve considerar a área de solo exposto contribuinte, uma chuva de projeto de grande intensidade (por exemplo, a maior precipitação horária para um TR de 5 anos), e um volume de armazenamento suficiente para reter pelo menos 2 minutos de chuva. Os dispositivos com seção drenante são mais adequados onde a disponibilidade de espaço é menor. Neles, o dique de formação deve contar com uma seção drenante de forma a cumprir a função de “filtro”, evitando que a sua capacidade de retenção seja automaticamente preenchida no início de cada episódio chuvoso, passando as águas a escoar sobre a crista do dique sem qualquer efetividade de retenção.