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METODOLOGIA DA PESQUISA JERONIMO BECKER FLORES 2METODOLOGIA DA PESQUISA SUMÁRIO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTEC Rua Gustavo Ramos Sehbe n.º 107. Caxias do Sul/ RS REITOR Claudino José Meneguzzi Júnior PRÓ-REITORA ACADÊMICA Débora Frizzo PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO Altair Ruzzarin DIRETORA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) Lígia Futterleib Desenvolvido pelo Núcleo de Educação a Distância (EAD) Designer Instrucional Sabrina Maciel Diagramação, Ilustração e Alteração de Imagem Jaimerson Cabral, Sabrina Maciel Revisora Caiani Lopes Martins PESQUISA, CIÊNCIA E CONHECIMENTO 3 Conhecimento e pesquisa 4 Pesquisa 6 Processo de construção do conhecimento 7 Aprender na sociedade do conhecimento 7 O projeto de pesquisa 11 Definições em relação à pesquisa 15 Atividades 21 A PESQUISA ACADÊMICA 23 O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 27 Atividades 37 Gabaritos 41 REFERÊNCIAS 42 3METODOLOGIA DA PESQUISA PESQUISA, CIÊNCIA E CONHECIMENTO Nos tornamos pesquisadores a partir do momento em que fazemos pesquisa. A principal ferramenta do pesquisador será a sua curiosidade para buscar respostas e novas perguntas. A pesquisa está presente em distintas áreas do conhecimento. Seja nas ciências exatas e da Terra, sociais, humanas ou até mesmo em situações do cotidiano como encontrar o melhor preço, os serem humanos estão constantemente pesquisando. Neste capítulo estudaremos alguns conceitos fundamen- tais para a pesquisa científica. Eles poderão se constituir em bases relevantes para o momento em que você precisar escrever um trabalho acadêmico com, por exemplo, um trabalho de conclusão de curso ou um artigo científico. O que vem na sua cabeça quando você pensa em um cientista? Muitas pessoas imaginam um homem, de idade avançada, solitário, trancado em um laboratório ou bibliote- ca. Essa imagem equivocada e incompleta foi estereotipada a partir de figuras como Albert Einstein e Nicola Tesla e por 4METODOLOGIA DA PESQUISA caricaturas feitas pela mídia e pelo cinema. Qualquer pessoa pode ser um cientista, sendo caracterizado principalmente pela habilidade de questionar e duvidar, em um movimento cíclico de respostas e novas perguntas. Também não pense no cientista apenas como alguém que manipula tubos de ensaio ou que realiza muitos cálculos. Uma parte significativa da ciência visa fenômenos humanos e subjetivos, que não podem ser medidos ou testados. Você se vê como um cientista? Pois isto acontecerá muito em breve, quando você precisar re- alizar um trabalho de conclusão de curso, uma vez que você estará utilizando méto- dos científicos para realizar uma pesquisa. Conhecimento e pesquisa Conhecimento é um conceito com- plexo, subjetivo e de difícil definição. Primeiramente precisamos compreender que informação e conhecimento não são sinônimos. Podemos ter informações a respeito de um dado assunto, mas não possuir conhecimento sobre ele. Coll (1999) entende que a informação con- siste em um conjunto de dados dotados de sentido. Por exemplo, podemos ter informações a respeito do sistema polí- tico americano, mesmo sem saber como ele funciona profundamente. Ou então, um agricultor deposita três sementes de milho em uma cova, pois tem a infor- mação que deve ser feito dessa maneira, mas não conhece o processo de polini- zação da planta. Já o conhecimento, se relaciona a algo que o sujeito reconstruiu internamente, lhe é próprio (COLL, 1999). Assim, podemos dizer que uma pessoa pode adquirir informações a partir de jornais, revistas e da internet, mas o conhecimento se relaciona a sua reconstrução mental e interna de tais informações. A definição clássica de conheci- mento, segundo Platão consiste nos diz que é uma crença verdadeira e justificada (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). 5METODOLOGIA DA PESQUISA Conhecimento Teológico O conhecimento teológico, também chamado de religioso, está vinculado às crenças, a fé e a própria religião de cada pessoa. É uma forma de conhecimento em que as suas origens ou consequências não estão em discussão envolvendo a formação moral e espiritual de cada um (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). Assim, é possível que uma pessoa acredite que foi curada por ter bebido a água de determinada fonte, enquanto outro acredite na reencarnação do espírito ou que entidades da natureza possam operar milagres. Fonseca (2002) define que de acor- do com a forma que o conhecimento chega até nós ele pode ser considerado como po- pular ou senso comum, teológico, mítico, filosófico e científico. Conhecimento Senso comum Werneck (2006) define o senso co- mum como um conhecimento oriundo da prática, da experiência muito vinculado aos saberes populares. A autora atenta para o fato de que muitas vezes esse tipo de conhecimento é inf luenciado pelo imagi- nário, pelo preconceito e por aspectos ide- ológicos, que nem sempre vão ao encontro do pensamento científico. Um exemplo era a crença de que a Terra era plana. Não podemos desprezar o senso comum, pois, muitas vezes é o ponto de partida para a realização da pesquisa. Entretanto, ele não pode se constituir em um obstáculo, turvando a visão do pesquisador e levando ele a conclusões precipitadas que contra- riem os resultados obtidos. 6METODOLOGIA DA PESQUISA Conhecimento filosófico O conhecimento filosófico parte do pensamento e da ref lexão, buscando dar sentido aos fenômenos da natureza, do universo e do próprio homem. Trujillo (1974) considera que não é possível fazer verificações, confirmar ou refutar hipóte- ses, centrando-se no pensar sobre. Conhecimento científico Fonseca (2002) define o conheci- mento científico como aquele que emerge da ciência, pressupondo uma investigação rigorosa e metódica. Esse tipo de conheci- mento está sob constante avaliação, sendo provisório e passível de reformulação e enriquecimento. Pesquisa O que é uma pesquisa? Você já fez alguma pesquisa? Em muitos momentos nós acreditamos estar realizando uma pes- quisa quando na verdade estamos apenas fazendo um levantamento de dados. Mas qual é a diferença? Um levantamento de dados consiste em buscar informações em alguma fonte, no jornal ou na internet, por exemplo. Já a pesquisa, segundo Gil (2002) pressupõe um problema de pesquisa e procedimentos sistemáticos. Para o autor: A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponí- veis e a utilização cuidadosa de méto- dos, técnicas e outros procedimentos científicos. Na realidade, a pesquisa desenvolve-se ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resul- tados (GIL, 2002, p. 17). Neste sentido, o pesquisador tem o interesse em responder uma pergunta, mas 7METODOLOGIA DA PESQUISA esse interesse está vinculado à base teórica que ele possui e ao próprio paradigma que o norteia. Processo de construção do conhecimento Agora que já sabemos os diferentes tipos de conhecimento, fica a pergunta: como que o conhecimento chega até nós? Como ocorre o processo em que podemos afirmar que conhecemos algo? Distin- tos autores tem discutido esta questão há muito tempo, e as respostas nem sempre são consensuais. No entanto, não podemos confun- dir informação com conhecimento. Por exemplo, você sabe que a temperatura de ebulição da água é 100 o C. Isso signi- fica que você tem conhecimento sobre a água? Não necessariamente. Você pode ter informações sobre a água, ou seja, dados sistematizados e contextualizados sobre al- guma coisa. A informação pode ser trans- mitida por jornais, revistas, meios digitais, etc. Ela também pode ser armazenada em computadores ou mesmo no papel. Já o conhecimento não pode ser transmitido e não pode ser guardado, uma vez que é uma construção própria e individual de cada sujeito. Ele pressupõe a articulação das informações que recebemos, com aquilo que já sabemos, formando novas compre- ensões em relação a alguma coisa. Aprenderna sociedade do conhecimento A popularização e democratização das tecnologias de informação e comunica- ção vem trazendo significativas alterações nas formas com que nos comunicamos, relacionamos, organizamos e sistemati- zamos dados e também como buscamos informações. Esse novo contexto cultural trouxe formas distintas de aprender e de ensinar. Vamos fazer um exercício: pense ou pergunte para seus familiares como eles tinham acesso às informações quando frequentavam a escola. Escreva os meios que eles utilizavam para isto: 8METODOLOGIA DA PESQUISA de crítica e de questionamento. Isto nos leva a adotar algumas precauções quando levantamos informações oriundas da in- ternet, conforme veremos a seguir. Encontrando informações na internet Atualmente parte significativa das informações são provenientes da internet. No entanto, existe uma vasta quantia de dados, mas nem sempre tempos clareza de avaliá-los, o que é indispensável para o sucesso em qualquer pesquisa. Vamos fazer um exercício: escreva Napoleão na barra de pesquisas do Google. Observe que Meus avós:.................................................. Meus pais:................................................... Eu:............................................................... Deve ter ficado claro para você que a mudança foi muito significativa. Atu- almente, as informações não estão con- centradas nas bibliotecas ou nos meios de comunicação. Elas estão ao alcance de um clique, podendo ser acessadas facilmente de praticamente qualquer lugar. Mas fi- que atento! Esse contexto também abriu um leque de possibilidades para notícias falsas, exigindo que tenhamos habilidades 9METODOLOGIA DA PESQUISA temos mais do que 4 milhões de resultados. Como escolher qual fonte utilizar? Muitas pessoas escolhem o primeiro site da lista, no caso da nossa pesquisa a Wikipédia. Vale a pena lembrar que a Wikipédia é editada por voluntários, e muitas vezes leigos no assunto, o que pode ocasionar uma série de erros conceituais. Mesmo que ela seja constantemente conferida por um exército de pessoas dispostas a corrigir os equívocos, podemos estar trazendo fon- tes erradas para o nosso trabalho quando formos usá-las. Devemos evitar este tipo de referências em trabalhos científicos. Dicas de pesquisa na internet É possível otimizarmos a nossa pes- quisa na internet, minimizando os erros e buscando fontes confiáveis, algo indis- pensável para um trabalho realizado com cientificidade. Dica 1: Use aspas para procurar a expressão todo Exemplo: você quer informações sobre a sociedade do conhecimento. O Google irá pesquisar por Sociedade do conhecimento, sociedade, do e conheci- mento, ou seja ele também pesquisa as palavras individualmente. Esse problema é contornado digitando “Sociedade do conhecimento”. Dica 2: E xclua as pa lav ras indesejadas Exemplo: você está viajando para o litoral e deseja cozinhar uma lula. Você não sabe como fazer isto e vai para o Google é digita: receita de lula. Repare que boa parte dos mais de 409.000 resultados falam sobre o presi- dente Lula, algo que você não estava in- teressado neste momento. Este tipo de si- tuação além de atrapalhar pode lhe causar grandes transtornos. Para contornar esse problema digitamos um sinal de menos na frente daquilo que não queremos. Assim, devemos digitar: Receita de lula –presidente É importante que o sinal esteja “co- lado” na expressão que queremos excluir. 10METODOLOGIA DA PESQUISA Dica3: procure por definições Muitas vezes não queremos fazer uma pesquisa, queremos apenas saber o sig- nificado de algo, como que fossemos olhar no dicionário. Por exemplo: você ouviu falar na televisão sobre briófitas. O seu objetivo não é fazer uma pesquisa completa sobre o assunto, mas somente saber o significado do termo. Para uma definição curta você digitaria: Define: briófitas Dica 4: Use o Google acadêmico Esse recurso oferece livros, par- tes de livros, dissertações, teses e artigos científicos sobre distintos assuntos. Ele concentra apenas esse tipo de material, levando a uma busca mais focada em textos acadêmicos. Além disso ele tem o “Minha biblioteca” que facilita a localização de materiais que você já acessou. Basta acessar o scholar.google.com Dica 5: Use o Google books Em função do acordo entre as edi- toras e o autor, é disponibilizado o livro na íntegra ou de forma parcial. Basta acessar o: books.google.com.br Existem muitas outras possiblidades para a busca de informações na internet. Mas o mais importante é: senso crítico e comparação entre distintas fontes. http://scholar.google.com http://books.google.com.br 11METODOLOGIA DA PESQUISA O projeto de pesquisa Para o cientista não basta ter acesso às informações que já estão disponíveis. Ele precisa de compreensões inovadoras sobre os fenômenos, levando seus resul- tados para a comunidade científica. Por isto que ele faz pesquisa. O projeto de pesquisa é uma etapa que antecede a pesquisa, sendo muito re- levante para a organização e o sucesso da pesquisa. Buogo, Chiapinotto e Carbonara (2006) argumentam que ele dá segurança ao pesquisador de que modo que ele possa buscar as compreensões necessárias para o problema de pesquisa. O projeto exige um conhecimento mínimo do pesquisa- dor sobre o assunto, sendo indispensável muita leitura e observação do fenômeno a ser investigado. Podemos entender o projeto de pesquisa como um roteiro ou plano de trabalho a ser executado. No entanto, ele não é apenas um mapa a ser seguin- do, devendo conter também uma teoria consistente que irá fundamentar todo o processo (BUOGO; CHIAPINOTTO; CARBONARA, 2006). Nos próximos parágrafos iremos ver os elementos que devem compor o projeto de pesquisa. O tema É o assunto que queremos inves- tigar. O tema é algo amplo, que precisa ser claramente delimitado geográfica e temporalmente. Por exemplo: Violência urbana, é um tema passível de investiga- ção, mas identificar em que contexto ela será investigada. A delimitação do tema Consiste em fazer um recorte no tema para a pesquisa possa ser executada. Essa delimitação deve ser feita com cuida- do para que não deixe o tema nem muito amplo, nem muito restrito. Exemplo: A violência urbana na periferia de Caxias do Sul no ano de 2017. 12METODOLOGIA DA PESQUISA O Problema de pesquisa O problema de pesquisa é o ponto de partida de qualquer investigação (GIL, 2002, p. 23). A sua elaboração depende da clareza em relação à teoria e o contexto no qual o fenômeno está inserido. Não deve- mos entende-lo como uma adversidade ou com algum aborrecimento, mas como o norteador da proposta, uma questão que ainda não está totalmente resolvida e que deve ser posta em discussão. A elaboração de um problema de pesquisa não é uma tarefa simples, exi- gindo do pesquisador conhecimento do assunto, base teórica consistente além de uma certa prática. Não existe um manual para a sua elaboração, pois ele varia muito em função da área e do contexto da própria investigação. Gil (2002) salienta alguns pontos que devem ser observados: • Deve ser escrito como uma pergunta. Muitos pesquisadores iniciantes confundem o problema com o tema, escrevendo-o no formato afirmati- vo, o que é um erro. A escrita no interrogativo auxilia a percepção dos leitores em relação ao norte da pesquisa. • Deve ser claro e preciso. Lembre-se que o problema de pes- quisa será o norteador da sua inves- tigação, então ele precisa ser perfei- tamente estruturado. Gil (2002, p. 27) exemplifica que “o cavalo possui inteligência?” não é um bom pro- blema, pois não contem claramente o que se objetiva, ficando com ele- mentos subentendidos, como, por exemplo, o conceito de inteligência considerado. • Deve ser passível de investigação. Lembre-se que em qualquer inves- tigação sempre estamos atrelados a dois elementos: o tempo para a reali- zação e o investimento. Por exemplo,“como funcionam as estruturas neu- rológicas de um adolescente quan- do ele interage em games?” Pense 13METODOLOGIA DA PESQUISA se você terá condições de avaliar as estruturas neurológicas do envolvi- dos, se você terá recursos suficientes para a realização de tomografias e exames necessários para cumprir seu objetivo. Também considere se você terá bagagem teórica suficiente para analisar os resultados e se eles che- garão a tempo de serem analisados. • Deve ter uma provável solução. Você precisa considerar se existe tecnologia e recursos necessários para a busca de compreensões para o seu problema de pesquisa. Por exemplo: “pessoas que tiveram o cérebro transplantados sentem as mesmas emoções do doador?” Con- sidere que a atual ciência não oferece transplante de cérebro, então não é possível fazer a análise em questão. • Deve ser delimitado dentro do seu contexto. Problemas muito amplos inviabili- zam a investigação. Ele deve estar bem delimitado, dentro do contex- to no qual ele estará inserido. Gil (2002, p. 29) exemplifica que o “que pensam os jovens?” é um problema excessivamente amplo, impossibili- tando a pesquisa. É preciso especifi- car a faixa etária, o local geográfico deste além de indicar claramente o que é entendido por “pensam” que pode ter diversas conotações. Objetivos A partir do problema de pesqui- sa é possível ter-se clareza daquilo que queremos atingir com a pesquisa (BUO- GO; CHIAPINOTTO; CARBONA- RA, 2006). Devem iniciar sempre por um verbo no infinitivo, e relacionar-se não às questões operacionais, mas à construção do conhecimento. É muito importante que os objetivos estejam em consonância com o problema de pesquisa. 14METODOLOGIA DA PESQUISA Objetivo geral É algo amplo e abrangente, indican- do a ação e o intuito dela no desenrolar da pesquisa. Objetivos específicos Apresentam ações detalhadas que levam ao cumprimento do objetivo geral. Exemplos de verbos Abranger. Analisar. Apreciar. Avaliar. Compreender. Conhecer. Criar. Interpretar. Ouvir. Pensar. Reconhecer. Justificativa Um problema de pesquisa surge da base teórica que o pesquisador possui, sendo também vinculado à observação do mundo e dos estudos que já foram re- alizados. A justificativa é o momento em que o pesquisador deve apontar a rele- vância da pesquisa, explicando por que é importante a sua realização (BUOGO; CHIAPINOTTO; CARBONARA, 2006). Normalmente a pesquisa pode ser justificada a partir de duas perspectivas: a relevância científica e a relevância social. A relevância científica se refere à importância do trabalho para a comuni- dade científica (profissionais, pesquisa- dores, professores, etc.). Assim, é preciso identificar que a proposta é inovadora e que não existem trabalhos idênticos a ele. A relevância social se relaciona às possibi- lidades de melhora nas condições de vida de pessoas ou de comunidades. Pense nas seguintes questões: • O trabalho é inédito? • O trabalho é relevante? • O trabalho oferece contribuições para a área? Hipóteses Uma hipótese é uma suposição que o pesquisador tem antes de realizar uma pesquisa. Para Gil (2002) a hipótese con- siste em uma proposição verbal, que pode ser declarada verdadeira ou falsa, ou seja, uma conjectura testável para o problema de pesquisa. Nas pesquisas quantitativas as hi- póteses são empregadas amplamente. Já na pesquisa qualitativa, em muitas vezes, elas ficam mais implícitas ao próprio pes- quisador, não aparecendo claramente no decorrer do texto. Vamos a um exercício: Considere o fenômeno do aqueci- mento global. Trace três hipóteses que o potencializam: Hipótese 1:.................................................. Hipótese 2:.................................................. Hipótese 3:.................................................. 15METODOLOGIA DA PESQUISA Definições em relação à pesquisa Abordagens da pesquisa Quanto a sua abordagem uma pes- quisa científica pode ser classificada como quantitativa ou qualitativa. Vale a pena destacarmos que nenhuma das perspec- tivas é superior à outra, havendo apenas uma melhor adequação de uma ou outra de acordo com o contexto de cada pes- quisa. Ainda é possível trabalhar-se com as duas abordagens, uma vez que não são excludentes entre si. Pesquisa qualitativa A pesquisa qualitativa traz consigo a ideia de busca pela qualidade, pelos aspec- tos mais sensíveis e subjetivos do fenômeno investigado. Gerhardt e Silveira (2009) argumentam que nessa abordagem não existe uma preocupação com a representa- tividade numérica, mas sim com o alcance de compreensões amplas e profundas. Bogdan e Biklen (1994) elencam cinco principais pontos que caracterizam a pesquisa qualitativa: 1. A fonte de dados é o próprio am- biente e o investigador é o principal elemento: o pesquisador adentra no ambiente da pesquisa, conhecendo o cenário e a realidade na qual o fenômeno está inserido. Pressupõe o contato direto com os sujeitos inves- tigados, o que pode trazer elementos sutis que seriam imperceptíveis de outra forma. Mesmo quando a coleta de dados ocorrer de forma mecânica ou digital, o olhar do pesquisador sobre os resultados é que será o pon- to diferencial. 2. A investigação é descritiva: os da- dos são recolhidos a partir de falas, textos e imagens e não de números. O pesquisador pretende analisar e descrever com a maior riqueza pos- sível o cenário na qual o fenômeno está inserido. Para isto, vale-se de entrevistas, notas de campo, foto- grafias, vídeos, etc. 16METODOLOGIA DA PESQUISA 3. O interesse se concentra no processo e não no produto: o foco está em todo investigação. Neste contexto, as respostas finais são tão válidas quanto os movimentos iniciais reali- zados pelo pesquisador, uma vez que o intuito é a análise do fenômeno como um todo. 4. A análise é fenomenológica: deve-se deixar o fenômeno se manifestar livremente, sem indução ou ma- nipulação de variáveis. Não existe a necessidade de confirmar-se ou refutar-se hipóteses, uma vez que a tônica é a compreensão ampla. 5. A maior relevância está no signi- ficado: isto implica em buscar-se a compreensão da visão de mundo e dos pontos de vista mais sensíveis dos entrevistados ou envolvidos na pesquisa. Seguir essa tendência de pesquisa implica em abandonar a ideia de neutra- lidade do pesquisador frente à pesquisa, pressupondo envolvimento e impregnação do investigador. Pesquisa quantitativa A pesquisa quantitativa apresenta resultados que podem ser mensurados, recor- rendo à linguagem matemática para expressar fenômenos e relações entre as várias (FONSECA, 2002). Tendo sua origem no positivismo, pressupõe uma maior obje- tividade nos métodos e procedimentos empregados. Nessa abordagem, as variáveis envolvidas podem ser identificadas, comparadas e relacionadas. Vale a pena destacar que é necessário o uso de recursos de inferência estatística, ultrapassando-se a simples utilização de índices e diagramas como forma de justificar essa abordagem. Algumas distinções entre as abordagens Quantitativa Qualitativa Hipóteses Confirmar ou refutar Revisar os pressupostos Resultados Generalização a partir da amostra Considerações para futuras interlocuções Pesquisador Objetivo Envolvido Dados Amostra probabilística Amostra não probabilística Público-alvo Conteúdo Sujeitos Classificações das pesquisas quanto ao objetivo Partindo do objetivo geral como principal referência, as pesquisas podem clas- sificadas em pesquisa exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa explicativa. 17METODOLOGIA DA PESQUISA Pesquisa exploratória Segundo Gil (2002), uma pesquisa exploratória tem como principal objetivo trazer a familiaridade com determinado assunto, aprimorando ideias já existentes ou traçando um panorama do fenômeno. Para Gil (2002) normalmente os estudos de caso e pesquisas bibliográficas se en- quadram nesse parâmetro. Pesquisa descritiva Segundo Gil (2002), umapesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever as características de um fenô- meno, ou o estabelecimento de relações enbtre variáveis (especialmente em pes- quisas quantitativas). Pesquisa explicativa Para Gil (2002), uma pesquisa ex- plicativa vai além da busca pela relação entre variáveis, procurando compreender os fatores que contribuem para a ocorrência de determinado fenômeno. É uma pesqui- sa profunda, que visa a compreensão do motivo pela qual as coisas acontecem, bem como o contexto em que o acontecimento está inserido. Tipos de pesquisa O tipo da pesquisa se relaciona ao seu desenvolvimento, características, pro- cedimentos de análise e de coleta de dados e o próprio contexto em que a pesquisa irá se desenvolver. Você terá que ter cla- reza de todos esses elementos na hora de definir qual será o tipo de pesquisa que irá realizar, sempre lembrando que deve haver coerência com a teoria que você está considerando. Abaixo iremos trazer alguns dos tipos de pesquisa mais utilizados atu- almente e algumas de suas características. Pesquisa bibliográfica Uma pesquisa desse tipo é aquela que usa somente material bibliográfico, tais como livro, artigos científicos, dis- sertações e teses como fonte de dados. Nesse sentido ela parte daquilo que já foi elaborado por outros autores (GIL, 2002). 18METODOLOGIA DA PESQUISA os documentos podem apresentar. Como desvantagens, o autor cita a representati- vidade dos documentos, que devem estar disponíveis em boas condições e em bom número e na própria subjetividade dos documentos que nem sempre é percebida pelo pesquisador. Pesquisa experimental Esse tipo de pesquisa envolve a se- leção e o controle de variáveis. O pesqui- sador formula seu problema de pesquisa e define as suas hipóteses, elencando os elementos que podem inf luenciar no seu experimento (GIL, 2002). Esse tipo de pesquisa é mais comum quando envol- ve elementos físicos, como, por exemplo, animais, plantas, materiais sintéticos, etc. Para Fonseca (2002) o investiga- dor deve selecionar grupos e submetê-los a tratamentos diferentes, procurando-se relacionar (normalmente de maneira es- tatística) a causa e os efeitos das variações. Assim, segundo Gil (2002) é indispensável que: 1. Manipulação: o pesquisador precisa manipular as variáveis envolvidas 2. Controle: é necessário um grupo de controle para comparações com as variáveis manipuladas. Exemplo: Você está realizando uma pesquisa em que se substitui a cal hidratada na ar- gamassa de reboco por cinza de madeira de eucalipto. Assim, você testará a argamassa com diferentes concentrações do material, analisando as fissuras e a aderência. 0 100% 50% 25% 0% (Controle) Fissuras Aderência Após a coleta de dados que serão realizados com quatro corpos de provas, será possível verificar a correlação entre as variáveis consideradas. Perceba que é indispensável um grupo de controle, no caso um corpo de prova em que será uti- lizada argamassa comum, apenas com cal hidratada. No Entanto, visto o grande número de informações que temos circulando atu- almente, é necessário um cuidado muito rigoroso com as fontes que iremos utilizar, dando preferência a obras de pesquisado- res já estabelecidos no meio ou textos que tenham passado por um comitê científico. A vantagem desse tipo de pesquisa é permitir ao pesquisador a realização de um estudo sem ir a campo, possibilitando uma ampla cobertura de dados. A desvan- tagem é o fato de muitas fontes conterem equívocos que podem ser reproduzidos e mesmo ampliados, sendo assim, indispen- sável a comparação entre distintos mate- riais (GIL, 2002). Pesquisa Documental Muito similar à pesquisa biblio- gráfica, a pesquisa documental se baseia em fontes documentais, tais como atas de reuniões, normativas, documentos oficiais, relatórios, etc. Para Gil (2002), as vanta- gens desse tipo de pesquisa constem no baixo custo, na ausência de sujeitos a serem entrevistados e na riqueza de dados que 19METODOLOGIA DA PESQUISA Pesquisa Ex-Post-Facto É uma pesquisa que visa compre- ender as causas de um determinado fenô- meno após ele ocorrer. Nesse sentido, o pesquisador não tem condições de mani- pular as variáveis, uma vez que o evento já aconteceu (FONSECA, 2002). Exemplo: você deseja analisar os motivos que levam os jovens a abandonar o emprego antes de completarem um ano de empresa. O estudo se concentrará naqueles sujeitos que já abandonaram o emprego, levantando as causas que levaram a isto. Pesquisa com Survey É uma pesquisa em que visamos buscar diretamente a opinião de um de- terminado grupo de interesse. Fonseca (2002) define este tipo de pesquisa como a obtenção de dados diretamente de um público específico, a partir principalmen- te de questionários, para produzir uma otimização do tempo. Quem responde não é identificado garantindo o sigilo da pesquisa. A pesquisa com Survey é utilizada, por exemplo, em pesquisas de satisfação e de intenção de votos. Estudo de Caso Como sugere a nomenclatura, no estudo de caso, estudamos um caso com profundidade dentro da realidade na qual o caso está inserido. Para Yin (2010) nes- te tipo de pesquisa, o pesquisador não controla as variáveis, apenas observando e analisando os acontecimentos. Ele pre- cisar estar direcionado a algum fenômeno contemporâneo, que se relacionam a acon- tecimentos da vida real e do cotidiano. A fronteira entre o caso e o seu contexto não está claramente definida, e existe o interesse de uma compreensão ampla e profunda (YIN, 2010). 20METODOLOGIA DA PESQUISA Pesquisa participante É a pesquisa em que o investigador vivencia o mesmo contexto dos sujeitos envolvidos, participando ativante e ob- servando o fenômeno diretamente. Ele interage de forma direta, registrando o máximo de elementos possíveis para uma futura análise. Pesquisa-ação É comumente confundida com a pesquisa participante. A diferença é que na pesquisa ação existe um interesse comum em modificar alguma situação. Podemos entender a pesquisa-ação como um estudo voltado para uma situação social, em que existe um interesse comum em efetuar melhorias no contexto em que a pesquisa e o pesquisador estão inseridos. Nesse con- texto, uma ação é desenvolvida visando um bem comum. É marcada por movimentos reconstrutivos de agir e investigar (TRIPP, 2005). A figura a seguir: Figura 1: pesquisa-ação. Fonte: Tripp (2005). 21METODOLOGIA DA PESQUISA 1) A justificativa é uma significativa parte do trabalho científico, por que: a) Descreve as atividades realizadas. b) Apresenta os dados que ainda não foram analisados. c) Explica os resultados. d) Apresenta a relevância da proposta. e) N.d.a. 2) Do ponto de vista da abordagem, uma pesquisa pode ser classificada como: a) Quantitativa e qualitativa b) Quantitativa e exploratória c) Aplicada e básica d) Estudo de caso e Survey e) N.d.a. Atividades 22METODOLOGIA DA PESQUISA 3) O objetivo geral de um projeto de pesquisa é a expressão clara do que o pesquisador pretende demonstrar e aonde a investigação deseja chegar. Com relação aos objetivos específicos, analise as afirmações a seguir e marque a correta. a) Os objetivos específicos devem estar relacionados ao objetivo geral e incluir detalhes metodológicos. b) Os objetivos específicos são aqueles que descrevem detalhadamente uma metodologia. c) Os objetivos específicos precisam estar desconectados da metodologia do estudo. d) O conjunto de objetivos específicos leva ao objetivo geral, sendo que cada um destes revela uma ação. e) N.d.a. 4) Um pesquisador deseja fazer um estudo aprofundado visando um fenômeno atual, em que o contexto e o cenário estejam muito próximos e que as variáveis não são manipuladas. O tipo de pesquisa mais adequado é: a) Pesquisa-ação b) Pesquisa participante c) Estudo de caso d) Survey e) Pesquisa Ex-post-facto 23METODOLOGIA DA PESQUISA A PESQUISA ACADÊMICA Tenha clareza de suasdefinições, sempre foque seu olhar no problema de pesquisa e procure tomar todas as decisões de maneira alinhada para que a sua pesquisa seja coerente. Um pesquisador não faz nada sozinho. Ele necessita de outras pessoas, seja para realizar as suas entrevistas, seja para conseguir algum documento, seja para ser referenciada como marco teórico. É indispensável a relação social com o próximo, para a partir disto conseguirmos alcançar as compreensões que desejamos com a nossa pesquisa. Lembre-se que neste processo as nossas supostas verdades são constantemente redi- mensionadas, e isto ocorre a partir do contato com elementos que desconhecíamos antes da realização do nosso trabalho. Depois de estruturado o projeto de pesquisa é indis- pensável irmos ao campo e efetuarmos a nossa investigação. Nesse processo você irá ler, interpretar, juntar documentos, conviver com outras pessoas e ter as suas ideias confrontadas. Todo esse caminho poderá levar você a alcançar compreensões 24METODOLOGIA DA PESQUISA inovadoras sobre o fenômeno, trazendo contribuições para a ciência como um todo. Não é algo simples, e exige que tenhamos disciplina, rigor e muita força de vontade. Vamos lembrar que um pesquisador não nasce pronto: ao contrário, as suas vivên- cias no campo de pesquisa é que vão o constituindo enquanto cientista, quando mais exercitarmos as nossas habilidades, mas perspicazes nos tornaremos. Instrumentos de coleta de dados Depois de tomada as principais de- cisões em relação ao desenvolvimento da pesquisa, é indispensável pensarmos como os dados serão coletados. Essa decisão está muito relacionada ao contexto da pesquisa, à disponibilidade do pesquisador e aos recursos e tempo que ele tem disponível. A seguir veremos alguns dos instrumentos de pesquisa que podem ser utilizados: Questionário A elaboração de um questionário requer alguns cuidados muito especiais, que vão além de fazer um conjunto de perguntas visando o nosso objetivo. Gún- ther (2003) enfatiza alguns elementos in- dispensáveis para a realização de um bom questionário. Primeiro: pense até que ponto uma pessoa aceita ser questionada por um es- tranho. Será que ela fornecerá respostas totalmente verídicas para o seu questioná- rio? Gúnther (2003) considera a existência de três possibilidades: a) uma reposta re- ticente. b) Um respsta gentil, apenas para satisfazer o entrevistador. c) uma resposta sincera. Segundo: pense em se as pessoas irão levar você e a instituição que você representa a sério. Também é preciso con- siderar se o assunto a ser investigado é relevante ou faz sentido para quem vai responder. Terceiro: Estrutura lógica do ques- tionário. No entendimento de Gúnther (2003) o sucesso de um questionário tam- bém está vinculado a sua estruturação, como veremos a seguir. Introdução Neste momento é preciso conquis- tar a confiança do entrevistado, expondo quem você é, qual instituição é vincula- do e por que a pesquisa é importante. É na introdução que você capta ou não do respondente, e isto é muito importante para a boa realização da proposta. Tente sinalizar que a pesquisa é séria e ele é uma parte relevante do processo. Transação social – reduzir custo do respondente No momento de iniciar-se com as questões é preciso fazer com que a tarefa pareça breve. Se necessitar de muito tempo ou de algum investimento financeiro é provável que o entrevistado irá abando- nar o seu questionário. Tente ser o mais específico possível, não abrindo margem para interpretações de duplo sentido. Para evitar constrangimentos é indispensável deixar claro que a pesquisa é confidencial, ou seja, o nome do entrevistado não irá aparecer em momento algum. 25METODOLOGIA DA PESQUISA Se o assunto não for algo mui- to conhecido, é possível que as pessoas respondam mesmo sem conhecer. Neste caso é indispensável uma introdução antes da pergunta. Também é preciso eliminar qualquer vínculo hierárquico. Por exemplo, uma pessoa que trabalhe para você, é pos- sível que responda sem muita sinceridade, procurando “agradar o chefe”. Recompensa Durante todo o processo você pre- cisa deixar claro que a pessoa que está respondendo é indispensável para o sucesso da pesquisa. Assim, no final do questio- nário é preciso agradecer a contribuição, deixando uma porta aberta para uma fu- tura interlocução, bem como o acesso aos resultados. Outras considerações • Assegurar o sigilo dos indivíduos • Não começar o questionário por assuntos muito “ácidos”. Exemplo: Você já abusou drogas sintéticas? Além de deixar o entrevistado des- confortável é possível que ele pare de responder ou responda sem sin- ceridade. • Deixe o questionário com “cara de conversa”. • As primeiras questões servem para estabelecer um laço de confiança. Entrevista Uma entrevista é quando realiza- mos um encontro direto com os sujeitos dos quais queremos obter informações. Elas podem ser gravadas e devemos estar atentos a elementos como expressões a linguagem corporal do entrevistado. Entrevista estruturada É aquela em que existe um rotei- ro prévio, um número x de questões das quais não é possível se desviar. A ordem e a inserção de perguntas não é permitida. Entrevista semi-estruturada Para Flick (2004) este tipo de entre- vista pressupõe um planejamento aberto e f lexível em que o entrevistador apenas direciona a discussão. Assim, o entrevis- tado tem a possibilidade de discorrer sobre o assunto de maneira mais livre. É indis- pensável que entrevistador tenha muito conhecimento do assunto e esteja atento às variações no rumo da entrevista. Entrevista não estruturada Este tipo de entrevista não fornece qualquer direcionamento, o que permite a exploração mais ampla do assunto. Pode ser considerada como algo informal, o que possibilita um destencionamento entre as partes, fazendo com que seja possível o aparecimento de muitos detalhes que seriam imperceptíveis de outra forma. Observação Consiste na observação do pesqui- sador no contexto do fenômeno, exigindo conhecimento e boa percepção acerca do 26METODOLOGIA DA PESQUISA assunto. É indispensável que sejam re- gistrados os mais variados aspectos que venham a convergir com a proposta, sendo indicado o uso de filmagens, gravações, anotações, etc. Observação participante: consiste na participação do pesquisador como um membro ativo do grupo. Esse tipo de téc- nica permite um apanhado dos aspectos sociais e da subjetividade do fenômeno, uma vez que existe uma imersão direta no contexto. Observação não participante: con- siste na participação do pesquisador sem haver uma integração com o grupo envol- vido. Ele observa os acontecimentos sem tomar parte ou propor qualquer alteração nele no momento da observação. Análise documental Em determinados tipos de pesquisa, como na pesquisa documental, por exem- plo, a nossa fonte de dados é exclusivamen- te composta por documentos. Neste caso, a nossa fonte de dados serão os próprios documentos, tais como atas, cartas, regis- tros de reuniões, etc. Precisamos tomar alguns cuidados com esta técnica: i. Verificar se os documentos são atu- ais e trazem as informações que você necessita. ii. O excesso de dados pode dificultar o trabalho e, muitas vezes inviabilizar a pesquisa temporalmente. iii. Alguns tipos de documentos são confidenciais e podem não estar acessíveis para o pesquisador. 27METODOLOGIA DA PESQUISA O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) O trabalho de Conclusão de Cur- so (TCC) é parte da grade curricular de muitos cursos de graduação, sendo para muitos a primeira experiência envolvendo pesquisa. Podemos entende-lo como um trabalho científico em que é articulado os conhecimentos prévios do estudante, os conteúdos discutidos nas disciplinas cursadas e as orientações do orientador. Normalmente é um trabalho documental, teórico, experimental ou de campo. Mes- mo que as instituições tenham normativas próprias,na maioria dos casos, é prevista defesa pública, em que apresenta-se o tra- balho para uma banca que avalia o conte- údo (SEVERINO, 2007). Escrevendo o TCC Em muitos casos, o TCC além de ser a primeira experiência científica do estudante, também se constitui na pri- meira vivência de escrita acadêmica. Na sequência daremos algumas dicas para que você consiga ter sucesso nesta etapa tão importante de sua carreira. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o seu trabalho terá três partes: Parte 1: Elementos Pré-Textuais Antecedem o corpo do texto, desta- cando-se os elementos que seguem: Capa (Obrigatório): deve conter nome da instituição, nome do autor, tí- tulo do trabalho, cidade e ano. Lombada (Opcional): utilizada ape- nas em trabalhos encadernados. Folha de rosto (Obrigatório): deve conter os seguintes elementos: nome do autor, título do trabalho, breve descrição do trabalho onde deve conter o objetivo da proposta e o nome do orientador, cidade e ano, veja um exemplo na imagem a seguir. 28METODOLOGIA DA PESQUISA 29METODOLOGIA DA PESQUISA Errata: quando você perceve um equívoco após feita a impressão do traba- lho, insere-se uma folha justificando isto. Folha de aprovação (obrigatório): ela é preenchida após a apresentação e avaliação do trabalho. Nela constam os nomes dos examinadores e do orientador. Dedicatória (opcional): utilizada quando o autor do trabalho dedica seu trabalho a alguém. Agradecimentos (opcional): uti- lizado quando o autor deseja agradecer a alguém que o auxiliou a chegar até o final do curso. Epígrafe (opcional): espaço para fa- zer alguma citação relacionada ao trabalho. Resumo: parágrafo único de 150 a 500 palavras elencando os principais aspectos do trabalho. Palavras-chave: expressões que representam os principais conceitos do trabalho. Pense que seriam as palavras que as pessoas buscariam em um site de buscar para encontrar o seu texto. De três a cinco , separadas por ponto. Casa haja figuras, quadros, tabelas, ilustrações e abreviaturas, deverá conter Lista de figuras, Lista de quadros, Lista de tabelas, Lista de ilustrações e Lista de abreviaturas. Sumário: o sumário antecipa os ele- mentos textuais e indica em que página cada uma das seções se encontra. É com- posto pelo número da seção, título e pági- na em que ela se encontra. Os elementos pré-textuais não devem ser relacionados no sumário. Parte 2: elementos textuais É o corpo do texto do seu trabalho. A seguir veremos os seus componentes. Introdução Uma boa introdução precisa desper- tar a atenção do leitor para que ele leia o restante do trabalho, além de sinalizar os principais elementos da proposta e dar um panorama do que está por vir. Lembre-se que deve formar um texto coeso e que tenha f luidez para o seu leitor. Apesar de não haver uma regra fixa para a sua realização, abaixo trazemos algumas dicas para deixar o seu texto or- ganizado e atraente. Primeiro parágrafo: o contexto da pesquisa, as motivações do pesquisador, discutir brevemente o assunto. Segundo parágrafo: principais pon- tos da pesquisa (problema, objetivos, etc.). Terceiro parágrafo: a justificativa. Quarto parágrafo: organização do texto que segue. Quinto parágrafo: comentários adi- cionais, limitações da pesquisa. Obs. Os avaliadores preferem curtas mas com informações suficientes de todo o trabalho. 30METODOLOGIA DA PESQUISA Referencial teórico As leituras que você fez e que con- vergem com os propósitos do seu trabalho devem ser apresentadas. Para isso, é muito importante sabermos fazer citações. Como veremos a seguir. Citação indireta: Consiste em trazer as palavras do autor, porém de outra maneira, porém sem acréscimos ou omissões. Vamos a um exemplo: Observe um trecho da obra original 17 equações que mudaram o mundo de Ian Stewart: Pitágoras nasceu na ilha grega de Sa- mos, no Egeu oriental, por volta de 570 a.c. Era filósofo e geômetra. O pouco que sabemos de sua vida provém de autores que viveram muito depois, e sua precisão histórica é ques- tionável, mas os acontecimentos cruciais pro- vavelmente estão corretos. Suponha que o parágrafo tenha cha- mado a sua atenção e você deseja fazer uma paráfrase. Vamos ver um exemplo: Temos poucas informações sobre a vida do filósofo e geômetra Pitágoras, nascido em torno de 570 a.c. na ilha grega de Samos no Egeu oriental. Mesmo que os dados históricos não sejam totalmente confiáveis, é possível, que os acontecimen- tos mais relevantes registrados estejam certos (STEWART, 2013). Como as ideias não são suas, é pre- ciso referir quem é o autor e o ano da obra, antes ou depois da citação. No caso do exemplo, optou-se por referenciar no final do texto. Quando queremos citar no início, podermos usar expressões como: Segundo Stewart (2013), temos poucas informações sobre a vida .... De acordo com Stewart (2013) te- mos poucas informações sobre a vida .... No entendimento de Stewart (2013) temos poucas informações sobre a vida .... Outra forma é iniciar pelo nome do autor, seguido do verbo: Stewart (2013) afirma que temos poucas informações sobre a vida .... Stewart (2013) argumenta que te- mos poucas informações sobre a vida .... Outras expressões comumente uti- lizadas são: pondera, postula, argumenta, questiona, destaca, detalha, enfatiza, es- clarece, debate, demonstra, etc. Observe que quando o nome do au- tor está dentro dos parênteses ele é escrito todo em maiúsculo e quando está fora como um nome próprio. Lembre-se que a paráfrase não pode ficar desconectada do restante do texto. Citação direta A citação direta ocorre quando cita- mos literalmente o texto original. Temos sois tipos de citações diretas: a breve e a longa. A citação breve é aquela que vai até três linhas. Passando disso temos uma citação longa. 31METODOLOGIA DA PESQUISA Citação direta breve É escrita entre aspas duplas “ ”, sem nenhum destaque, sendo incorporada ao próprio corpo do texto. Lembre-se que ela deve estar em articulação com o texto. Exemplo: No decorrer da história, muitos ma- temáticos deram a sua contribuição para chegar-se às atuais bases conceituais que conhecemos, dentre os quais destacamos Pitágoras. “O pouco que sabemos de sua vida provém de autores que viveram muito depois, e sua precisão histórica é questio- nável, mas os acontecimentos cruciais pro- vavelmente estão corretos” (STEWART, 2013, p.14). Novamente perceba que optamos por destacar o nome do autor no final da citação. Citação direta longa Aparece em um novo parágrafo, com recuo de 4cm da margem esquer- da, sem aspas, fonte 10 e espaço simples. Exemplo: No decorrer da história, muitos ma- temáticos deram a sua contribuição para chegar-se às atuais bases conceituais que conhecemos, dentre os quais destacamos Pitágoras. Stewart (2013, p. 14) argumenta que O pouco que sabemos de sua vida provém de autores que viveram muito depois, e sua precisão histórica é questionável, mas os acontecimentos cruciais provavelmente estão corretos. Em torno de 530 a. C. mu- dou-se para Crotona, uma colônia grega na região em que hoje está a Itália. Lembre-se que durante todo o capí- tulo do referencial teórico você precisará articular as ideias de distintos autores, sendo indispensável a f luidez do texto. Metodologia Podemos entender a metodologia como o estudo dos métodos possíveis e a sua aplicação na pesquisa (BUOGO; CHIAPINOTTO; CARBONARA, 2006). Todo projeto de pesquisa precisa ter a sua metodologia descrita de forma clara, uma vez que ela precisa ser validada 32METODOLOGIA DA PESQUISA pela comunidade científica. A seguir vere- mos alguns elementos que devem compor a metodologia. Abordagem de pesquisa: indicar se a pesquisa é qualitativa ou quantitativa, justificando os motivos que levaram você a esta decisão. Tipo de pesquisa: indicar se a pes- quisa é bibliográfica, documental, estudo de caso, etc. É indispensávelconceituar o tipo utilizado segundo a perspectiva de algum autor, justificando os motivos que levaram você a esta decisão. Escolha dos sujeitos e procedimen- tos de coletas de dados: caso tenham outras pessoas envolvidas na sua pesquisa você deve esclarecer como chegará até elas e quais critérios serão usados para escolhe- -las. Caso seja possível também deve-se indicar quantas pessoas participarão do estudo. Na hipótese de não haver outras pessoas envolvidas, em pesquisas biblio- gráficas, por exemplo, deve ficar claro como você escolherá os obras envolvidas. Instrumentos de coletas de dados: esclarecer quais instrumentos serão utili- zados (questionário, entrevista, observação, etc). Devemos deixar claro como eles irão serão aplicados, como irão funcionar e os critérios utilizados. Análise de dados Após coletados os dados precisam ser analisados. Normalmente aparece em um capítulo novo, com uma dedicação profunda para a compreensão do que foi captado no campo. Deixe claro como você fará isso, se utilizará algum método específico de análise (análise de conteúdo, análise textual discursiva, etc). Considerações finais ou conclusões Aqui você indica os resultados obti- dos, é o espaço em que a voz do pesquisa- dor deve aparecer. Caso o trabalho tenha hipóteses é o local em que elas devem ser confrontadas, bem como a retomada do problema de pesquisa e dos objetivos frente aquilo que foi observado. Você irá articular as suas compreensões, com a teoria conside- rado com o que foi encontrado na análise. Parte 3: Elementos Pós-textuais São aqueles que vem após o desen- volvimento do texto, mas que também são muito importantes para a conjuntura do trabalho. Abaixo veremos os itens que deverão constar no seu trabalho. Referências: é obrigatório em qual- quer trabalho acadêmico. É uma lista em que constam as obras utilizadas durante a realização do estudo. Utilizamos a or- dem alfabética pelo sobrenome do autor. Veremos como fazer algumas referências: Livro com autor único SOBRENOME DO AUTOR, pre- nome. Título da obra. Tradutor (quando ouver). Edição. Local de publicação. Edi- tora, ano. Exemplo FLICK, Uwe. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Tradução de Sandra Netz. 2 ed. Porto Alegre, Bookman, 2004. 33METODOLOGIA DA PESQUISA Livro com três autores. SOBRENOME DO AUTOR 1, prenome do autor 1. SOBRENOME DO AUTOR 2, prenome do autor 2. SOBRE- NOME DO AUTOR 3, prenome do autor 3. Título da obra. Tradutor (quando ouver). Edição. Local de publicação. Editora, ano. Exemplo AMARAL, Emília; SEVERINO, Antônio; PATROCÍNIO, Mauro Ferreira do. Novo manual de redação: gramáti- ca, literatura, interpretação de texto. São Paulo: Círculo do Livro, 1995. Texto de revista SOBRENOME DO AUTOR do texto, prenome. Título do texto. Título da revista, Local da publicação, data, páginas. Exemplo ALMEIDA, Carlos. A vida mo- derna na selva. Veja, São Paulo, 20 set. 2004. p.67-70. Entidade como autor ENTIDADE, texto, local, ano. Exemplo ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2002. Anexos: item opcional. É utilizado quando queremos juntar algum documen- to, por exemplo, para comprovar algo. Glossário: item opcional. Usado para esclarecer palavras ou expressões de sentido obscuro ou dúbio. Apêndice: item opcional. São docu- mentos que quando adicionados ao traba- lho fortalecem a sua argumentação. Neste espaço se enquadram os questionários e entrevistas. Por exemplo. Formatando o seu trabalho Muitas pessoas têm muita insegu- rança na hora de formatar o trabalho aca- dêmico. Outras preferem terceirizar esse trabalho, pagando para que alguém o faça. No entanto com algumas dicas básicas e um pouco de prática você formatará seu TCC com tranquilidade. Dicas introdutórias: Fonte: Arial ou Times New Roman, tamanho 12, cor preta. Nas citações diretas com mais de 3 linhas e nas notas de rodapé usar tamanho 10. Itálico deve ser usado nas palavras de outro idioma, com exceção das expressões em latim apud e et al. Margens: Superior e esquerda com 3 cm. Inferior e direita com 2 cm. Parágrafos: com espaçamento de 1,5, exceto as citações diretas com mais de 3 linhas que usam espaçamento simples. Alinhamento do texto: o corpo de texto deve ter o alinhamento justificado 34METODOLOGIA DA PESQUISA Paginação: os elementos pré tex- tuais, iniciando pela folha de rosto são contados, mas não numerados, ou seja, os números dessas páginas não devem apa- recer na impressão. A primeira página das seções primárias não leva o número impresso. • Seções primárias: São os títulos de seções ou capítulos do trabalho. USAR NEGRITO E LETRAS TODAS EM MAIÚSCULO. ALI- NHAMENTO A ESQUERDA, COM ESPAÇO ZERO. No Word escolha o estilo Título 1. • Seções secundárias: Usar negrito. Alinhamento a es- querda, com espaço zero. No Word escolha o estilo Título 2. • Seções terciárias: Alinhamento a esquerda, com espaço zero. Escolher o estilo “Título 3”. Dicas de formatação no Word: O editor de texto Word nos ajuda bastante na formatação de um texto. Algumas dicas simples podem ajudar você a minimizar os seus problemas com formatação. 1) Use os estilos Uma maneira rápida e fácil de formatar um texto é trabalhar com os estilos de formatação do Word. O primeiro passo a ser dado é formatar cada estilo de acordo com a ABNT. Corpo do texto: para o cor- po de texto utilize o estilo nor- mal. Clique com o botão direito do mouse sobre o estilo Normal e selecione a opção Modificar. Te- remos aberta uma janela como a que segue: 35METODOLOGIA DA PESQUISA Escolha a fonte, o tamanho, alinha- mento, cor e outros elementos que você desejar (sempre seguindo a ABNT). Toda vez que você selecionar este estilo o texto será formatado automaticamente, seguindo os padrões que você escolheu. 2) Gerando um sumário auto- maticamente Uma coisa que faz muita gente per- der a paciência é a geração de um sumário. Fazê-lo manualmente além de ser muito trabalhoso é muito provável que você co- meta algum erro, pois basta um Enter a mais que toda numeração muda. Para gerar um sumário automaticamente, e primei- ro lugar cada seção primária deve estar marcada no estilo Título 1, toda seção secundária no Título 2 e toda seção ter- ciária no Título 3. Lembre-se de formatar cada um deles seguindo a ABNT. Então basta selecionar a seção e escolher o estilo. Depois que cada seção estiver com o devido estilo selecionado, basta selecionar a aba Referências e clicar em Sumário. Pronto, o seu sumário foi gerado automati- camente. 36METODOLOGIA DA PESQUISA 3) Formatando as margens: a primeira coisa que devemos fazer em nosso trabalho é ajustar as margens. Clique em Layout de Página, Margens, selecione margens personalizadas e formate seguindo os padrões da ABNT. 37METODOLOGIA DA PESQUISA 1) Os elementos pré-textuais precedem o texto propriamente dito e permitem a identificação e melhor utilização do projeto de pesquisa e do trabalho acadêmico. Em relação aos elementos pré-textuais, analise as afirmações que se seguem. I) A folha de rosto tem a finalidade de identificar o projeto de pesquisa e o trabalho acadêmico, constituindo-se em elemento opcional. II) As páginas devem ser contadas, mas não numeradas. III) Folha de rosto, lista de quadros e sumário são alguns exemplos de elementos pré- textuais. É correto o que se afirma em: A) Apenas em I B) Apenas em I e II C) Apenas em I e III D) Apenas em II e III E) Em nenhuma. Atividades 38METODOLOGIA DA PESQUISA 2) Em relação aos elementos textuais, analise as afirmações que se seguem. I) A introdução é a parte inicial do texto e deve apresentar, entre outros a justificativa do trabalho. II) Sumário, Introdução, Justificativa, Objetivos, Hipóteses, Revisão de Literatura, Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusões e Recomendações representam itens que compõem o corpo textualde um trabalho acadêmico. III) A conclusão constitui-se na parte final do texto, devendo apresentar a análise correspondente aos objetivos ou hipóteses bem como interpretação dos resultados do trabalho. Com relação às afirmações I, II e III, é CORRETO afirmar que: a) Apenas a afirmação I é verdadeira. b) As afirmações I e II são verdadeiras. c) As afirmações I e III são verdadeiras. d) As afirmações II e III são verdadeiras. e) As afirmações I, II e III são verdadeiras 39METODOLOGIA DA PESQUISA 3) Em relação ao item Metodologia de um trabalho científico, podemos afirmar que: a) Deve apresentar dentre outras coisas, a abordagem, o tipo de pesquisa, a constituição do corpus de pesquisa e as escolhas dos sujeitos. b) Deve apresentar dentre outras coisas, os trabalhos correlatos e a abordagem de pesquisa. c) Deve apresentar dentre outras coisas, a análise e a conclusões. d) Deve apresentar dentre outras coisas, a abordagem, o tipo de pesquisa e a teoria considerada. e) N.d.a. 4) Em relação às referências, representa uma obra citada corretamente de acordo com a ABNT, a alternativa: a) 1999. ABRANCHES, M. A cidade sustentável. 2. ed. Rio de Janeiro: Livre Pensar. b) ABRANCHES, M. A cidade sustentável. 2.ed. Rio de Janeiro: Livre Pensar, 1999. c) ABRANCHES, 1999. A Cidade sustentável, 2.ed. Livre Pensar, Rio de Janeiro, 1999. d) A cidade sustentável. M. ABRA NCHES, 2.ed. Rio de Janeiro: Livre Pensar, 1999. 40METODOLOGIA DA PESQUISA 5) Em relação à abordagem quantitativa, é correto afirmar que: a) Aproxima o pesquisador da pesquisa. b) Trabalho com elementos subjetivos. c) Aborda aspecto sociais. d) Trabalha a partir de amostras passíveis de inferência. e) N.d.a. 41METODOLOGIA DA PESQUISA Gabarito Atividade 1 1) D 2) A 3) D 4) C Gabarito Atividade 2 1) D 2) C 3) A 4) B 5) D Gabaritos 42METODOLOGIA DA PESQUISA REFERÊNCIAS BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação Qualitativa em educação. Tradução de Maria João Álvarez, Sara Bahia dos Santos e Telmo Mourinho Baptista. Porto Editora: Porto, Portugal, 1994. BUOGO, A.; CHIAPINOTTO, D.; CARBONARA, V. (orgs.). O Desafio de Aprender: ultrapassando horizontes. Caxias do Sul, RS: EDUCS NEAD, 2006. COLL, C. O construtivismo em sala de aula. Tradução de Claúdia Schilling. 6.ed. São Paulo: Ática, 1999 FLICK, U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Tradução de Sandra Netz. 2 ed. Porto Alegre, Bookman, 2004. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila. GERHARDT, T.E., SILVEIRA, D,T. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002. GÚNTHER, H. Como elaborar um questionário. Laboratório de Psicologia Ambiental. Brasília: UNB, 2003. SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho acadêmico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007. TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005 TRUJILLO, F.A. Metodologia da ciência. 3. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974. WERNECK, V.R. Sobre o processo de construção do conhecimento: O papel do ensino e da pesquisa. Ensaio: avaliação de políticas púbicas na Educaçaõ. Rio de Janeiro, v.14, n.51, p. 173-196, abr./jun. 2006. YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. Tradução de Ana Thorell. 4ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. pesquisa, ciência e conhecimento Conhecimento e pesquisa Pesquisa Processo de construção do conhecimento Aprender na sociedade do conhecimento O projeto de pesquisa Definições em relação à pesquisa Atividades A pesquisa acadêmica O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Atividades Gabaritos REFERÊNCIAS