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Efeitos da Condenação Penal

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DIREITO 
PENAL II
Juliana Kraemer
Micelli Teixeira
 
Efeitos da condenação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Conceituar efeitos da condenação.
  Distinguir os efeitos extrapenais genéricos dos específicos.
  Explorar os efeitos da condenação na legislação extravagante.
Introdução
Os efeitos da condenação legal na esfera penal referem-se às inúmeras 
consequências que ocorrem com o trânsito em julgado da sentença penal, 
distinguindo-os e apresentando-os também na legislação extravagante. 
Neste capítulo, você vai ler sobre os efeitos da condenação penal, que 
se traduzem nas repercussões jurídicas oriundas da condenação de um 
réu pelos atos ilícitos cometidos. 
Efeitos da condenação
No momento em que ocorre a condenação de alguém pela prática de um delito, 
existe a previsão de que o Estado vai impor uma sanção penal prevista em 
nossa legislação. Essa sanção pode ser: 
  pena de reclusão;
  pena restritiva de direitos;
  detenção;
  multa.
Todavia, essa não é a única consequência da condenação penal. A condena-
ção penal terá ainda outros efeitos, seja de natureza penal (efeitos secundários) 
ou de natureza extrapenal (efeitos na esfera civil, administrativa, entre outras).
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A condenação se trata do ato praticado pelo juiz, por meio do qual é imposta uma 
sanção penal àquele que cometeu uma infração. O ato de condenação tem o condão 
de transformar o preceito sancionador da norma penal incriminadora de abstrato 
em concreto, segundo as palavras de Liebman (NUCCI, 2015). Em outras palavras, 
podemos dizer que os efeitos da condenação serão todas as consequências geradas 
pela sentença penal condenatória transitada em julgado. 
Com o cometimento de um fato delituoso e a consequente sentença con-
denatória pela sua prática, existem implicações que a acompanham, são os 
chamados efeitos secundários, mediatos, reflexos, acessórios ou indiretos, 
subdividindo-se, ainda, em penais ou extrapenais (MASSON, 2014).
Sobre o assunto em voga, Prado (2008, p. 610) sustenta que:
Os efeitos da condenação são todos aqueles que, de modo direto ou indireto, 
atingem a vida do condenado por sentença penal irrecorrível. [...] A imposição 
de sentença penal (pena privativa de liberdade, pena restritiva de direitos e/
ou multa) ou de medida de segurança é, sem dúvida, o principal efeito da 
condenação. Entretanto, o fato de estar o réu compelido à execução da pena 
aplicada pela sentença condenatória não afasta a existência de outros efeitos 
secundários, reflexos, ou acessórios, de natureza penal e extrapenal, que em 
alguns casos necessariamente a acompanham.
A fixação da pena é o principal efeito da condenação, sendo os efeitos seguintes 
chamados de secundários (NUCCI, 2015).
Dessa forma, a doutrina divide, em um primeiro momento, os efeitos da 
sentença em:
  efeitos principais; 
  efeitos secundários.
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Efeitos principais
Os efeitos principais da sentença condenatória se caracterizam como a con-
sequência jurídico-penal imediata da sentença condenatória. Dessa forma, 
podemos considerar tais efeitos como a aplicação da pena imposta, de acordo 
com o delito cometido. As penas aplicadas poderão ser:
  privativa de liberdade;
  restritiva de direito;
  multa;
  medida de segurança.
Efeitos secundários
Os efeitos secundários da condenação estão diretamente vinculados aos efeitos 
principais. Os efeitos secundários, considerados derivados da sentença, poderão 
ser penais ou extrapenais. 
Assim, os efeitos penais serão: 
  impedimento ou revogação do sursis; 
  revogação de livramento condicional ou de reabilitação; 
  lançamento do nome do réu no rol dos culpados; 
  possibilidade de torná-lo reincidente se já foi condenado anteriormente. 
Os efeitos extrapenais se caracterizam como os encargos que se dão fora 
da esfera penal, ou seja, aqueles que terão seus efeitos aplicados no âmbito 
cível, administrativo, político w trabalhista (NUCCI, 2015). Ainda é oportuna 
a exposição sobre os efeitos secundários feita por Damásio de Jesus (2011):
  quando transitada em julgado, a prescrição da pretensão executória não 
se iniciará enquanto o condenado permanecer preso por outro motivo, 
conforme o art. 116, parágrafo único, do Código Penal;
  causará a revogação do sursis, previsto no art. 81, I, § 1º, do Código Penal;
  constituirá elementar da figura típica da contravenção de posse não 
justificada de instrumento de emprego usual na prática de furto, con-
forme o art. 25 da Lei de Contravenções Penais;
  impedirá, em regra, o sursis, previsto no art. 77, I, do Código Penal;
  causará a revogação da reabilitação, conforme reza o art. 95 do Código 
Penal;
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  tratasse de pressuposto da reincidência, conforme reza o art. 63 do 
Código Penal; 
  impedirá o privilégio dos arts. 155, § 2º, 170, 171, § 1º, e 180, § 3º, 1ª 
parte do Código Penal, no tocante ao segundo crime;
  aumentará a pena da contravenção de porte de arma branca, conforme 
a Lei de Contravenções Penais, art. 19, § 1º;
  terá influência na exceção da verdade no crime de calúnia, com previsão 
no art. 138, § 3º, I e III, do Código Penal;
  causará a revogação do livramento condicional, previsto no art. 86 do 
Código Penal;
  aumentará o prazo da prescrição da pretensão executória, conforme 
reza o art. 110, caput, do Código.
No tocante à repercussão, os efeitos penais irão repercutir em três âmbitos 
distintos: 
  Código Penal; 
  Código de Processo Penal;
  Legislação Penal Extravagante. 
No âmbito do Código Penal, as consequências previstas pela condenação são: 
  sanções penais; 
  medidas de segurança;
  efeitos secundários penais. 
Assim, as sanções aplicadas ao réu poderão ser as seguintes:
  pena privativa de liberdade, que irá limitar seu direito de ir e vir (ou 
seja, prisão);
  pena restritiva de direitos, que limitará diretamente as ações do réu 
ou forçam-no a praticar atos que, normalmente, seriam contra seu 
interesse (prestação pecuniária, perda de bens, prestação de serviços 
comunitários, entre outros);
  aplicação de pena de multa. 
As medidas de segurança são análogas às penas, porém só são aplicadas 
quando o réu, ao cometer o ato ilícito, não gozava do pleno exercício das 
faculdades mentais, chamado de inimputável.
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Conforme nosso diploma penal, essas medidas compreenderão a internação 
em hospital com tratamento psiquiátrico ou sujeição a tratamento ambulato-
rial. Dessa feita, os efeitos secundários penais, também chamados de efeitos 
acessórios da condenação, decorrerão desses dois últimos, distinguindo-se 
dos efeitos secundários (conhecidos como extrapenais) por permanecerem 
com natureza penal. São eles: 
  revogação da reabilitação e da liberdade condicional;
  caracterização da reincidência;
  impedimento da concessão de privilégios.
No tocante aos efeitos extrapenais, estes estão elencados nos arts. 91 e 92 
do Código Penal brasileiro. Todavia os efeitos penais poderão ser observados 
no Código Penal, no Código de Processo Penal e na Lei de Execução Penal. 
Por fim, ainda com relação aos efeitos extrapenais, estes se dividem em 
efeitos genéricos e efeitos específicos, que serão analisados separadamente 
neste capítulo (JESUS, 2011).
O agente pode ser civilmente obrigado à reparação do dano, embora o fato causador 
do prejuízo não seja típico.
A sentença que reconhece a inimputabilidade do réu, nos termos do art. 26, caput, 
do Código Penal, não gera o dever de reparação do dano, uma vez que tem natureza 
absolutória e não faz coisa julgada na esfera cível. 
Se o réu for declarado semi-imputável, a sentença condenatória reconhecerá a sua 
periculosidade e será imposta medida de segurançaem substituição à pena privativa 
de liberdade, acarretando como efeito secundário extrapenal da condenação o dever 
de reparação do dano causado. 
Efeitos extrapenais genéricos e específicos
Após a identifi cação dos efeitos da condenação de forma geral, passamos aos efeitos 
secundários da condenação penal, que são divididos em genéricos e específi cos.
Bitencourt (2009) explica que a sanção penal, a pena ou a medida de 
segurança são consequências jurídicas e imediatas da sentença penal conde-
natória. Diante disso, existirão outras medidas extrapenais que decorrerão da 
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condenação, que são os efeitos genéricos e específicos, elencados nos arts. 91 
e 92 do Código Penal. Dessa forma, os efeitos extrapenais podem ser:
  Genéricos — decorrem de qualquer condenação criminal, sem a ne-
cessidade de serem mencionados em sentença condenatória.
  Específicos — necessitam constar na sentença, ou seja, serão motiva-
damente declarados na sentença. 
Efeitos genéricos
Os efeitos genéricos da condenação estão previstos no art. 91 do Código Penal. 
Cleber Masson, citado por Rogério Sanches Cunha (2014, p. 499), apregoa: “A 
interpretação a contrario sensu do artigo 92, parágrafo único, do Código Penal, 
mostra serem tais efeitos automáticos, ou seja, não precisam ser expressamente 
declarados na sentença. Toda condenação os produz”.
Nessa esteira, conforme o art. 91 do Código Penal preleciona, após a sen-
tença penal condenatória transitada em julgado, ocorrerão efeitos extrapenais 
automáticos e imediatos. Diante disso, tais efeitos não dependerão de declaração 
expressa, apenas incidirão (PRADO, 2008).
O art. 91 do Código Penal possui a seguinte redação, in verbis:
Art. 91 São efeitos da condenação: 
I — tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 
II — a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro 
de boa-fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, 
alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito 
auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
§ 1º Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto 
ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando se 
localizarem no exterior. 
§ 2º Na hipótese do § 1º, as medidas assecuratórias previstas na legislação 
processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou 
acusado para posterior decretação de perda (BRASIL, 1940, documento on-line).
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Segue análise de cada inciso do art. 91 do Código Penal:
Inciso I — tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo 
crime. O dano causado à vítima deverá ser ressarcido por meio de ação civil, 
na esfera cível, e não na criminal, que julgou condenado ou inocente o réu. 
Existe, assim, autonomia entre os juízos, visto que o ordenamento jurídico 
segue a independência entre ambos. Dessa forma, as demandas extrapenais 
não atrasarão o processo penal (PRADO, 2008).
O demandante deve esperar que haja sentença na ação penal, todavia, ainda 
é possível ingressar com a actio civilis ex delicto. Caso o demandante aguarde a 
sentença penal, pode requerer imediatamente ação de indenização na esfera civil, 
ou ainda, no caso de ajuizadas duas demandas, poderá o juiz suspender a ação 
civil até que a ação penal seja julgada. É importante frisar que o fundamento 
dessa suspensão temporária terá o condão de evitar contradições nas sentenças. 
A sentença penal irrecorrível fará, assim, coisa julgada no cível, o que 
proibirá que se discuta na presente esfera a materialidade, a autoria ou a 
ilicitude do fato cometido. As discussões versarão tão somente no quantum 
indenizatório, que será devido à vítima, caso seja o réu condenado. Todavia, 
caso o réu venha a ser absolvido, com o feito arquivado e a sentença determi-
nando que não ocorreu crime, esse fato não impedirá a proposição da ação 
civil. É importante deixar claro que somente haveria o impedimento se restasse 
totalmente provada a inexistência material do crime (PRADO, 2008).
Inciso II — a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou 
de terceiro de boa-fé. O segundo efeito genérico da condenação encontra-se 
no inciso II do art. 91, que trata da perda em favor da União de instrumentos 
que façam parte de ato ilícito, bem como de produtos, bens ou valores que, 
de qualquer forma, resultem em proveito de quem cometeu o referido crime 
(PRADO, 2008). Roberto Lyra (apud PRADO, 2008, p. 612) sustenta que: 
Os produtos do crime (producta sceleris) são coisas adquiridas diretamente 
com o delito (coisa roubada), ou mediante sucessiva especificação (joia feita 
com o ouro roubado), ou conseguidas mediante alienação (dinheiro de venda 
do objeto roubado) ou criadas com o crime (moeda falsa); já os instrumentos 
do crime (strumenta sceleris) são os materiais, as coisas cujo uso não importa 
destruição imediata da própria substância e que não podem ser substituídos 
por outros da mesma espécie e de que se serviu o agente na prática do crime.
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A doutrina menciona e evidencia a diferença entre produtos e instrumentos do crime, 
explicando e complementando a norma penal existente. A doutrina ocupou-se em 
trazer uma luz especial ao fato de que tanto um quanto o outro serão perdidos em 
favor do Estado, isto é, quando restar comprovado serem resultado da prática criminosa 
(LYRA apud PRADO, 2008).
Ainda, aquele que foi lesado e o terceiro de boa-fé não poderão ser prejudicados, 
facultando-lhes o uso do bem. O referido uso irá depender de uma autorização para a 
consequente eliminação da natureza ilícita (BITENCOURT, 2012). Uma vez comprovada 
a idoneidade moral da vítima, lesado ou do terceiro de boa-fé, este terá seus bens 
restituídos (CAPEZ, 2009).
Efeitos específicos
Sobre os efeitos específi cos trazidos na condenação, eles estão dispostos no 
art. 92 do Código Penal, que assim os apresenta:
Art. 92 São também efeitos da condenação:
I — a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior 
a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever 
para com a Administração Pública; 
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 
(quatro) anos nos demais casos.
II — a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos 
crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado 
ou curatelado; 
III — a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para 
a prática de crime doloso. 
Parágrafo único. Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo 
ser motivadamente declarados na sentença (BRASIL,1940, documento on-line).
O art. 92 do Código Penal preceitua uma sanção jurídica (que é diferente de 
sanção penal), uma vez que traz apenas consequências que possuirão caráter 
extrapenal. Tratam-se de sanções que não buscam retribuir, mas sim prevenir, 
pois inviabilizam a manutenção de situações que propiciam a prática do fato 
delituoso, assim, desestimulando-o (NUCCI, 2015).
Segundo nos ensina Lopes (1999), os efeitos específicos são penas acessórias 
mascaradas de efeitos de condenação, pois não produzirão efeitos automáticos 
na sentença condenatória, necessitando da realização de declaração do juiz.
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Conforme nos esclarece Nucci (2015), é mais apropriado falar em efei-
tos da condenação do que em penas acessórias, além de se evitar sempre 
a impressão de estar o Estado conferindo ao condenado duas penalidades 
pelo mesmo fato — a principal e a acessória —, em um abrigo ilógico para 
o malfadado bis in idem.
Inciso I — aperda de cargo, função pública ou mandato eletivo. O inciso 
I faz referência à perda de cargo, função pública ou mandato eletivo. A alínea 
a traz como consequência a aplicação da pena privativa de liberdade, que 
será operada por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados 
com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública. 
É indispensável para preencher esse requisito que a infração seja praticada 
com abuso de poder ou violação de dever na atividade pública. Além disso, a 
perda da função não abrangerá qualquer cargo, função ou atividade exercida 
pelo condenado, mas somente fará relação àquela no qual praticou abuso, isso 
porque a interdição recairá sobre a ação criminosa (BITENCOURT, 2012).
Já a alínea b desse inciso traz a lição de que não faz diferença a natureza da 
infração, uma vez que, se o agente é condenado à pena privativa de liberdade 
superior a quatro anos, compete à justiça comum a decretação da perda da 
função pública como efeito secundário. O impedimento de permanência em 
função pública não necessariamente é imutável, pois não será impedido de 
investir em nova função (BITENCOURT, 2012).
Podemos dizer que o efeito da condenação é permanente, isto é, o con-
denado, por mais que seja reabilitado, não poderá voltar a cargo, função ou 
mandato que exercia anteriormente (PRADO, 2008), limitando-se a se habilitar 
para exercer outra atividade pública, diversa da que desempenhava, pois desta 
foi definitivamente excluído (BITENCOURT, 2009).
Inciso II — a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou 
curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos con-
tra fi lho, tutelado ou curatelado. O efeito extrapenal existente na perda do 
exercício do poder familiar, da tutela ou de curatela, estabelecido no art. 92, 
II, do Código Penal, está presente em qualquer crime doloso contra fi lho, 
tutelado ou curatelado; sujeito à reclusão, o réu, por intermédio de sentença 
condenatória, poderá ser declarado incapacitado para continuar no exercício 
do poder familiar (BITENCOURT, 2012).
São necessárias duas exigências: a primeira referente à modalidade de 
crime, excluindo-se os delitos culposos, e a segunda referente à qualidade da 
pena cominada em lei, excluindo-se a detenção. Cabe aqui frisar que, assim 
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como no inciso anterior, sendo decretada a incapacidade, o condenado, mesmo 
reabilitado, não voltará a exercer o poder familiar, a tutela ou a curatela contra 
quem cometeu o crime. Esse efeito, após ser aplicado em sentença condenatória 
transitada em julgado, é permanente (PRADO, 2008).
Inciso III — a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como 
meio para a prática de crime doloso. A inabilitação referida no inciso III do 
art. 92 do Código Penal é um efeito com ação sobre crimes dolosos praticados 
no ato de dirigir veículos. Esses efeitos objetivam afastar o delinquente da 
situação criminosa ou de circunstâncias que poderiam levá-lo à reincidência 
(BITENCOURT, 2012).
De acordo com a lição de Greco (2012), essa inabilitação se dá em face de 
crime perpetrado de forma volitiva, no qual o indivíduo é responsabilizado pelo 
desiderato cometido, sofrendo, ainda, os efeitos da condenação, perdendo sua 
credencial para dirigir veículo. Essa inabilitação, a princípio, é permanente, 
porém, sendo o condenado atingido pela reabilitação, pode ser habilitado 
novamente a dirigir veículo (MIRABETE; FABBRINI, 2011).
Por fim, Greco (2012) sustenta que os efeitos específicos contidos no art. 92 
do Código Penal são casos que devem ser declarados expressamente no decisum 
condenatório, sob pena de não serem aplicados, haja vista que não são considerados 
efeitos automáticos da sentença penal condenatória transitada em julgado.
Efeitos da condenação na legislação extravagante
Após a abordagem dos efeitos da condenação, podemos afi rmar que esses 
efeitos estão não só no Código Penal, mas também na legislação extravagante.
A legislação penal extravagante se refere a situações muito específicas, sendo 
a diversidade de efeitos proporcional à vastidão do universo jurídico. Como é 
impossível entrar em detalhes, observaremos algumas situações mais significativas.
Efeitos políticos
Sobre os efeitos políticos relacionados à sentença penal condenatória, encontramos 
amparo no art. 15 da Constituição Federal (BRASIL, 1988, documento on-line).
Art. 15 É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão 
só se dará nos casos de:
[...]
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III — condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus 
efeitos;
[...]
V — improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
A Lei nº. 8.429, de 2 de junho de 1992, em seu art. 12, traz disposições sobre 
as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito 
no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública 
direta, indireta ou fundacional, com a previsão de suspensão dos direitos políticos, 
cujo prazo é estipulado de acordo com o enquadramento legal (MATTOS, 2009). 
Art. 12 Independentemente das sanções penais, civis e administrativas pre-
vistas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade 
sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumu-
lativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
I — na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função 
pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de 
multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de 
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais 
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
II — na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou 
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, 
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, 
pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de 
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais 
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
III — na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda 
da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, paga-
mento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo 
agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
três anos (BRASIL, 1992, documento on-line).
Efeitos administrativos
O art. 6º da Lei de Abuso de Autoridade — Lei nº. 4.898, de 9 de dezembro 
de 1965 — assim ensina (FREITAS; FREITAS, 1983, p. 121):
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa 
civil e penal.
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§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do 
abuso cometido e consistirá em:
a) advertência;
b) repreensão
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta 
dias, com perda de vencimentos e vantagens;
d) destituição de função;
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público.
Na esfera administrativa, existindo crime supostamente praticado pelo agente pú-
blico, a própria Administração Pública, de ofício, possui competência para instaurar 
procedimento administrativo, sindicância administrativa ou processo administrativo, 
de acordo com a natureza da infração penal, jáque as instâncias administrativas, civil 
e penal não se comunicam, são independentes e autônomas.
Na esfera federal, a Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dispõe sobre o regime 
jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas 
federais, inclusive com destinação do Título IV, a partir do art. 116, para estabelecer o 
regime disciplinar dos servidores. A Lei nº. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, contém normas 
que regulam o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
Efeitos extrapenais na Lei de Tortura
A Lei de Tortura — Lei nº. 9.455, de 7 de abril de 1997 — prevê, em seu art. 
1º, § 5º, o efeito automático segundo doutrina mais autorizada para condenado: 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
[...]
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a 
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. (BRASIL, 
1997, documento on-line).
Efeitos extrapenais na Lei do Racismo
A Lei do Racismo — Lei nº. 7.716, de 5 de janeiro de 1989 — traz, no seu art. 
16, um efeito não automático e, no seu art. 18, um efeito para o condenado 
nessa modalidade de infração penal (MELO, 2010).
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Art. 16 Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, 
para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento 
particular por prazo não superior a três meses.
[...]
Art. 18 Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automá-
ticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença (BRASIL, 1989, 
documento on-line).
Efeitos extrapenais na Lei Falimentar
A Lei de Falência — Lei nº. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005 — prevê, no seu 
art. 181, os efeitos da condenação para os crimes falimentares:
Art. 181 São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei:
I — a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;
II — o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de 
administração, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;
III — a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.
§ 1º Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser mo-
tivadamente declarados na sentença, e perdurarão até 5 (cinco) anos após a 
extinção da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.
§ 2º Transitada em julgado a sentença penal condenatória, será notificado o 
Registro Público de Empresas para que tome as medidas necessárias para impedir 
novo registro em nome dos inabilitados (BRASIL, 2005, documento on-line).
Efeitos extrapenais trabalhistas na Consolidação 
das Leis do Trabalho
O Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943, que institui a Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), traz a previsão do uso do direito comum como 
fonte subsidiária do Direito do Trabalho.
Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de 
disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurispru-
dência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de 
direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os 
usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum 
interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, 
naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.
Se a justa causa depender de a ser apurado em Juízo Criminal, poderá haver 
influência na coisa julgada criminal no processo trabalhista. (BRASIL, 1943, 
documento on-line).
13Efeitos da condenação
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Existe na CLT a previsão dos motivos que ensejam a rescisão do contrato 
de trabalho pelo empregado por justa causa, em conformidade com o art. 482, 
sendo que a alínea d traz a condenação criminal do empregado, com trânsito 
em julgado: “Art. 482 Constituem justa causa para rescisão do contrato de 
trabalho pelo empregador: [...] d) condenação criminal do empregado, passada 
em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena” (BRASIL, 
1943, documento on-line).
Efeitos extrapenais na Lei sobre Drogas
A Constituição Federal traz a regulação da individualização da pena no art. 5º, 
XLVI, com expressa previsão de perda de bens como uma das modalidades de 
penas: “Art. 5º [...] XLVI — a lei regulará a individualização da pena e adotará, 
entre outras as seguintes: [...] b) perda de bens” (BRASIL, 1988, documento on-line).
A Lei nº. 11.343, de 23 de agosto de 2006, em seu art. 63, traz a previsão do 
sequestro e da indisponibilidade de bens e valores apreendidos e destinados 
ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad):
Art. 63 Ao proferir a sentença de mérito, o juiz decidirá sobre o perdimento 
do produto, bem ou valor apreendido, sequestrado ou declarado indisponível.
§ 1º Os valores apreendidos em decorrência dos crimes tipificados nesta Lei 
e que não forem objeto de tutela cautelar, após decretado o seu perdimento 
em favor da União, serão revertidos diretamente ao Funad.
§ 2º Compete à Senad a alienação dos bens apreendidos e não leiloados em 
caráter cautelar, cujo perdimento já tenha sido decretado em favor da União 
(BRASIL, 2006, documento on-line).
A Constituição Federal, art. 243, trouxe a previsão dos casos de localização 
de culturas ilegais de plantas psicotrópicas, em propriedades rurais e urbanas, 
em qualquer região do País, com a consequente expropriação e destinação: 
Art. 243 As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde 
forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de 
trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma 
agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao 
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, 
no que couber, o disposto no art. 5º. 
Efeitos da condenação14
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Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em 
decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de 
trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação 
específica, na forma da lei (BRASIL, 1988, documento on-line). 
Efeitos extrapenais na Lei de Lavagem de Dinheiro
A Lei de Lavagem de Dinheiro, também conhecida por Lei de Lavagem de 
Capitais — Lei nº. 9.613, de 3 de março de 1998 —, prevê dispositivos acerca 
dos efeitos da condenação:
Art. 4º-A A alienação antecipada para preservação de valor de bens sob 
constrição será decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério 
Público ou por solicitação da parte interessada, mediante petição autônoma, 
que será autuada em apartado e cujos autos terão tramitação em separado em 
relação ao processo principal.
[...]
§ 10 Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, o juiz 
decretará, em favor, conforme o caso, da União ou do Estado: 
I — a perda dos valores depositados na conta remunerada e da fiança; 
II — a perda dos bens não alienados antecipadamente e daqueles aos quais 
não foi dada destinação prévia; e 
III — a perda dos bens não reclamados no prazo de 90 (noventa) dias após o 
trânsito em julgado da sentença condenatória, ressalvado o direito de lesado 
ou terceiro de boa-fé (BRASIL, 1998, documento on-line).
Efeitos extrapenais nos crimes eleitorais
Os crimes eleitorais estão elencados em nosso Código Eleitoral e na legislação 
eleitoral extravagante, existindo ainda a determinação de que seja aplicado, 
de forma subsidiária, ao Código de Penal no que tange aos crimes eleitorais.
Dessa forma, o efeito aleatório da condenação penal nos crimes eleitorais é 
a suspensão dos direitos políticos, conforme o teor dos arts. 14 e 15 da Consti-
tuição Federal, regulados pela Lei Complementar nº. 64, de 18 de maio de 1990.
Nesse sentido,é oportuna a lição de José Cretella Junior acerca do tema 
(CRETELLA JUNIOR, 1989, p. 1.121): “Enquanto o condenado cumpre a 
pena, ou quando ainda é possível ao Estado exigir o cumprimento da pena, é 
15Efeitos da condenação
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porque da sentença continuam ainda a irradiar efeitos, estando, nesse período 
de irradiação sentencial, suspensos os direitos políticos”.
Diante disso, o principal efeito extrapenal pela condenação em crime 
eleitoral é a inelegibilidade.
Efeitos extrapenais dos crimes ambientais
Os crimes ambientais estão dispostos na Lei nº. 9.065, de 12 de fevereiro de 
1998, que prevê que a responsabilidade pelo cometimento dos crimes pode 
ser tanto da pessoa física quanto da pessoa jurídica. O efeito secundário da 
condenação por crime ambiental é a obrigatoriedade de realizar a reparação 
do dano ambiental causado pelo condenado.
De acordo com a lição de Nucci (2007, p. 772), a legislação nos traz uma 
grande inovação ao permitir a incidência desse efeito:
É a possibilidade de fixar, como tarefa gratuita do condenado, a restauração 
(recuperação, buscando a volta ao estado original) de coisa particular, pública 
ou tombada (esta última é colocada sobre proteção estatal para a preservação 
do estado original) que tenha sido danificada, se possível (o sentenciado pode 
não ter habilidade para tanto). Não esclarece, expressamente, a lei se a coisa 
precisa sofrer o dano por parte do condenado encarregado de restaurá-la. 
Parece-nos que sim, pois, afinal, foi incluída também a coisa particular [...]
Finda a pena, cumprida a contento até o ponto em que foi possível, ao término 
dos dois anos, julga-se extinta a punibilidade do condenado. A partir daí, na 
área cível, espera-se haver a ação própria, movida pelo Ministério Público, 
para obrigar à reparação total do dano.
Assim, existem os efeitos automáticos da condenação — aos quais todo o 
condenado, independentemente do crime praticado, está sujeito — e os efeitos 
específicos. Os efeitos específicos estão dispostos no repositório penal, da 
mesma forma que certas leis extravagantes. 
Dessa forma, os efeitos extrapenais são uma importante ferramenta posta 
à disposição do Poder Judiciário brasileiro, uma vez que, por meio desses 
efeitos, é possível a responsabilização do condenado em mais de uma esfera 
no mesmo processo ou a execução de outra medida em seara diversa. 
Efeitos da condenação16
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BITENCOURT, C. R. Código Penal comentado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
BITENCOURT, C. R. Tratado de Direito Penal: parte geral 1. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Promulgada em 5 de 
outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituição.htm>. Acesso em: 27 ago. 2018. 
BRASIL. Decreto-Lei nº. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial 
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 31 dez. 1940. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: 27 ago. 2018. 
BRASIL. Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943. Consolidação das Leis do Traba-
lho. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 9 ago. 1943. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm>. Acesso em: 
27 ago. 2018. 
BRASIL. Lei nº. 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Diário Oficial [da] República Federativa do 
Brasil, Brasília, DF, 9 jan. 1989. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/
LEIS/L7716.htm>. Acesso em: 27 ago. 2018. 
BRASIL. Lei nº. 8.429, de 2 de junho de 1992. Diário Oficial [da] República Federativa do 
Brasil, Brasília, DF, 3 jun. 1992. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
LEIS/L8429.htm>. Acesso em: 27 ago. 2018. 
BRASIL. Lei nº. 9.455, de 7 de abril de 1997. Diário Oficial [da] República Federativa do 
Brasil, Brasília, DF, 8 abr. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/
LEIS/L9455.htm>. Acesso em: 27 ago. 2018. 
BRASIL. Lei nº. 9.613, de 3 de março de 1998. Diário Oficial [da] República Federativa do 
Brasil, Brasília, DF, 4 mar. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccIVIL_03/
leis/L9613.htm>. Acesso em: 27 ago. 2018. 
BRASIL. Lei nº. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. Diário Oficial [da] República Federativa 
do Brasil, Brasília, DF, 9 fev. 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11101.htm>. Acesso em: 27 ago. 2018. 
BRASIL. Lei nº. 11.343, de 23 de agosto de 2006. Diário Oficial [da] República Federativa 
do Brasil, Brasília, DF, 24 ago. 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm>. Acesso em: 27 ago. 2018. 
CAPEZ, F. Curso de Direito Penal: parte geral. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v.1.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
http://planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/
http://www.planalto.gov.br/ccIVIL_03/
http://www.planalto.gov.br/cci-
http://www.planalto.gov.br/cci-
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da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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