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NA NEOUROPSICOPEDAGOGIA PRÁTICAS INTERVENTIVAS Um dos maiores desafios sociais que a Educação do século XXI tem é a integração e socialização das crianças com dificuldades de aprendizagem. É importante que o educador saiba o processo que pode ajudá-lo nessa jornada, usando estratégias pedagógicas com o objetivo de oferecer ao educando um bom desempenho em seu desenvolvimento educacional, para o educador é de fundamental importância compreender o funcionamento da atividade cerebral do seu aluno, de modo que esse conhecimento científico possa ser um respaldo para as possíveis intervenções pedagógicas, frente aos diversos obstáculos da aprendizagem. Contextualizando A intervenção da Neuropsicopegagogia pode ser uma porta de entrada com uma evo lução no que se refere a esse processo , oferecendo novas perspect ivas do ensino – aprendizagem. A Soc iedade Bras i le i ra de Neuropsicopedagogia (SBNPp) , em seu código de ét ica , def ine a Neuropsicopedagogia em uma c iênc ia transdisc ip l inar fundamentada nos conhecimentos da neuroc iênc ia apl icada à educação , com interfaces da Pedagogia e da Ps ico log ia cogni t iva , que tem como objeto de estudo a re lação entre o funcionamento do s istema nervoso e a aprendizagem humana numa perspect iva de re integração pessoal , soc ia l e educacional . O neuropsicopedagogo é grande contribuinte para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem na educação. Oferecendo um suporte embasado na neurociência. 1- A NEUROPSICOPEDAGOGIA A neuropsicopedagogia surgiu no Bras i l em 2008 , em Jo inv i l le no estado de Santa Catar ina . O pr imeiro pro jeto que envolv ia as Neuroc iênc ias apl icadas à educação , nomeado de Neuropsicopedagogia , unindo Neuroc iênc ias , Ps ico log ia e Pedagogia . In ic ia lmente seu desenvolv imento era Neuropsicopedagogia Inst i tuc ional com atendimento co let ivo , após do is anos se tornou Neuropsicopedagogia C l in ica também com atendimento ind iv idual . "A pr inc ipal f ina l idade de toda estrutura educacional é promover a aprendizagem e o desenvolv imento do ser humano. Isso , por s i só , just i f ica a constante preocupação , não apenas de ps icó logos e educadores como de pesquisadores de outras áreas , com a complexa natureza desses processos . Há vár ias formas de conceber o desenvolv imento e a aprendizagem como propr iedades fundamentais do homem, as quais se re lac ionam com uma mult ip l ic idade de fatores tanto intra e inter indiv iduais , bem como com aqueles referentes às disponib i l idades do meio mater ia l (PALANGANA, 20 15 ) . "Neuro - vem do grego Neuron “nervo” . Neuroc iênc ia – é o estudo c ient í f ico do s istema nervoso . Psico - também vem do grego - psukhê , -ês , v ida , espír i to (Expr ime a noção de espír i to ou act iv idade menta l ) . Ps ico log ia – é o estudo do comportamento e das funções menta is de grupos ou ind iv íduos . Pedagogia- também vem do grego - Pa idagogos é formada pela palavra (paidós = cr iança) e (agogos = condutor) . Portanto , pedagogo s igni f ica condutor de cr ianças , aquele que a juda a conduzir o ens ino . Pedagogia – é a c iênc ia que tem como objeto de estudo a educação , o processo de ensino e a aprendizagem. A transdisciplinaridade é uma abordagem científica que visa à unidade do conhecimento. Desta forma, procura estimular uma nova compreensão da realidade articulando elementos que passam entre, além e através das disciplinas, numa busca de compreensão da complexidade do mundo real (wikipedia16: 08 - 2021-02-15). 2.1- A CONTRIBUIÇÃO DA NEUROCIÊNCIA NA APRENDIZAGEM Neurociência é o estudo c ient í f ico do s istema nervoso . Tradic ionalmente , a neurociência tem s ido v is ta como um ramo da bio log ia . E no que e la pode contr ibuir na aprendizagem? Uma das grandes preocupações que o professor tem na sa la de aula é “o como fazer o meu a luno aprender” . É bem ai que a neuroc iênc ias vem contr ibuindo com o processo dessa nova competência que esse professor do século XXI tem. Sendo ass im conhecer a b io log ia cerebral nas d imensões cogni t ivas , motoras , emocionais e afet ivas é ter um grande a l iado que pode contr ibuir na educação . Os transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares compreendem grupos específicos de transtornos manifestados por comprometimentos e significativos na aprendizagem. [...] Eles não nãos simplesmente uma falta de oportunidade de aprender, e sim, dificuldades decorrentes de desenvolvimento neurológico (HENNEMANN, 2015 p.3). "A través da base c ient í f ica podemos entender que a neuroc iênc ia contr ibui com a NEUROPSICOPEDAGOGIA para que possamos compreender que ex iste uma b io log ia cerebral , que existe uma anatomia e uma f is io log ia , e que prec isamos de uma base c ient í f ica para conhecer melhor o nosso aprendente . É prec iso novos pos ic ionamentos em re lação às prát icas intervent ivas , Através da d iscussão cr í t ica dessas prát icas e da part ic ipação e envolv imento efet ivo dos prof iss ionais envolv idos no processo de ensino é poss íve l uma busca de soluções para a superação dos problemas que se apresentam. O processo de aprendizagem já não é considerado uma ação passiva de recepção, nem o ensinamento uma simples transmissão de informação. Ao contrário, hoje falamos da aprendizagem interativa, dimensionalidade do saber. A aprendizagem supõe uma construção que ocorre por meio de um processo mental que implica na aquisição de um conhecimento novo. É sempre uma reconstrução interna e subjetiva, processada e construída interativamente (GÓMEZ & TERÁN, 1900 p. 31). "Com os avanços da neuroc iênc ia é poss íve l haver novos caminhos que podem contr ibuir de maneira efet iva com um parecer d i ferente nessa etapa de aprendizagem. O pr inc ipal desaf io que têm os pais , professor e os prof iss ionais que trabalham com cr ianças que apresentam di f icu ldades é a judá- las a adquir i r conf iança em s i mesma, A acredi tar nas suas capacidades . E les devem saber que as pessoas aprendem de d i ferentes modos e que sua energia pode ser encaminhada para encontrar estratégias adequadas para a aprendizagem. Por isso , os professores e prof iss ionais que atuam diretamente com cr ianças que apresentam esse aspecto , têm uma grande responsabi l idade . Suas habi l idades em observar , em detectar o problema, em saber como dar o feedback e dec id ir como e quando interv ir são de suma importânc ia(GÓMEZ & TERÁN, 1900) . . "A intervenção de um Neuropsicopegagogo pode ser uma porta de entrada com uma evo lução no que se refere a esse processo , oferecendo novas perspect ivas do ens ino - aprendizagem. A neuroc iênc ia oferta subsíd ios para reor ientar as prát icas pedagógicas na atual idade com uma nova abordagem de ref lexões em relação a aprendizagem. O neuropsicopedagogo pode aperfe içoar técnicas usadas com as cr ianças , a f im de real izar testes , montar estratégias para melhor l idar com esse t ipo de problema, o mesmo deve auxi l iar pais , professores para real izar trabalhos , br incadeiras , mais lúd icas , para tentar prender e chamar a atenção das cr ianças com TDAH (OLIVE IRA , 1996) . . 2.2 -A ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO A neuropsicopedagogia é uma nova c iênc ia que vem chegando ao mercado de trabalho com novos propósi tos dentro do desenvolv imento humano, usando técnicas de est ímulos para desenvolver a aprendizagem. No sent ido de auxi l iar as cr ianças , adolescentes e até idosos com a est imulação cogni t iva . Com as cr ianças , a educação precoce , por exemplo , pode ser uma ação educacional que a juda na prevenção dos desaf ios do desenvolv imento , po is é usado nesse processo ações g lobal izado com o ind iv iduo supr indosuas necess idades . Esse est ímulo é essencia lmente uma base em seu desenvolv imento educacional . Usando estratégias através de at iv idades que interagem com jogos , exerc íc ios , técnicas de est ímulos dentre outras que possam apr imorar o conhecimento infant i l . "Há duas áreas de atuação : Neupsicopedagogia Inst i tuc ional e a Neuropsicopedagogia C l in ica , ambas segue a mesma fundamentação teór ica . Segundo a Soc iedade Bras i le i ra de Neuropsicopedagogia – SBNPp no Art . 29 . A Neuropsicopedagogia tem caracter íst icas própr ias de atuação em seus contextos Inst i tuc ionais e C l ín icas : I - O contexto Inst i tuc ional compreende escolas públ icas e pr ivadas , a lém das at iv idades inc lu ídas no chamado “Terce iras Setor ” : a) Inst i tu ições de Ens ino Super ior que venham a desenvolver pro jetos de atendimento aos acadêmicos de Neuropsicopedagogia Inst i tuc ional , para atender às exigências do Min istér io de Educação , podem contar com o apoio da SBNPp para estruturar o trabalho técnico de forma a não adentrar no trabalho de outros prof iss ionais espec ia l is tas . I I - O contexto c l ín ico compreende atendimento em consul tór io por encaminhamento part icu lar ou conveniado , ass im como em centros , núc leos ou espaços de aprendizagem: a) Entende-se que , no chamado terce iro setor , pode-se abarcar também o atendimento C l ín ico . "Há duas áreas de atuação : Neupsicopedagogia Inst i tuc ional e a Neuropsicopedagogia C l in ica , ambas segue a mesma fundamentação teór ica . Segundo a Soc iedade Bras i le i ra de Neuropsicopedagogia – SBNPp no Art . 29 . A Neuropsicopedagogia tem caracter íst icas própr ias de atuação em seus contextos Inst i tuc ionais e C l ín icas : I - O contexto Inst i tuc ional compreende escolas públ icas e pr ivadas , a lém das at iv idades inc lu ídas no chamado “Terce iras Setor ” : a) Inst i tu ições de Ens ino Super ior que venham a desenvolver pro jetos de atendimento aos acadêmicos de Neuropsicopedagogia Inst i tuc ional , para atender às exigências do Min istér io de Educação , podem contar com o apoio da SBNPp para estruturar o trabalho técnico de forma a não adentrar no trabalho de outros prof iss ionais espec ia l is tas . I I - O contexto c l ín ico compreende atendimento em consul tór io por encaminhamento part icu lar ou conveniado , ass im como em centros , núc leos ou espaços de aprendizagem: a) Entende-se que , no chamado terce iro setor , pode-se abarcar também o atendimento C l ín ico . " Neuropsicopedagogia Inst i tuc ional – O prof iss ional faz atendimento no co let ivo sempre trabalhando com grupos de suje i to atendendo a demanda daquele grupo em relação ao processo de aprendizagem. Sua competência é fazer uma aval iação e/ou tr iagem, e observações para real izar um p lano de intervenção co let iva , esse atendimento pode ser não só em uma inst i tu ição como: hospi ta is , esco las , empresas , c l in icas , ONGs (está sem remuneração) , e até outros espaços , que tem como pr inc íp io desenvolver o trabalhar em grupos . A Neuropsicopedagogia C l in ica – o atendimento com esse prof iss ional será sempre indiv idual izado . Segundo a SBNPp no Art igo 3 1 . Ao Neuropsicopedagogo com formação na área C l ín ica , conforme descr i to no Capí tu lo V f ica de l imi tado sua atuação com atendimentos neuropsicopedagógicos ind iv idual izados em sett ing adequado , como consul tór io part icu lar , espaço de atendimento , posto de saúde , terce iro setor , conforme caracter íst icas inst i tuc ionais d ispostas no Art . 29 . 3- A INTERVENÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICO NA PRÁTICA Os protocolos de aval iação do neuropsicopedagogo , é d i ferente dos protocolos de intervenção neuropsicopedagógico . No protoco lo de intervenção nós devemos real izar sessões de no máximo duas vezes na semana, de uma a duas vezes por semana, com duração de 50 minutos cada sessão . Esta intervenção deve está baseada no seu p lano intervent ivo . Você já fez o protoco lo de aval iação , já cr iou o seu p lano de intervenção e va i fazer a intervenção baseada nesse p lano . Muitos profissionais da neuropisicopedagogia, tem medo da intervenção, porque acreditam que precisam, das técnicas dos protocolos da pedagogia. Como por exemplo: Alfabetizar, como ensinar português, como ensinar matemática, como ensinar ciências e afins. Mas não, a intervenção neuropsicopedagógica, não está baseada no processo de ensino, ela está baseada no processo de aprendizagem. Mas afinal, como vou intervir? "Para a intervenção neuoropis icopedagógica ser real izada , nós devemos real izar a intervenção nas habi l idades necessár ias para a aprendizagem. Então , nós não vamos interv ir no ens ino de português , mas nós avmos trabalhar com o desenvolv imento da l inguagem. Nós não vamos trabalhar com a d isc ip l ina da matemát ica , mas nós vamos trabalhar com habi l idades do desenvolv imento do rac ioc ín io lóg ico matemát ico . Bem como nós vamos trabalhar com; atenção memór ia , as funções execut ivas , o p lanejamento estratégico , o contro le in ib i tór io , f lex ib i l idade cogni t iva , práx ias , v iso construção , v iso percepção , dentre outras . Nós não vamos trabalhar o componente curr icu lar , nós vamos trabalhar com as habi l idades , que vão proporc ionar aos nossos aprendentes a aprendizagem. A efet ivação da aprendizagem. Nós vamos trabalhar com a neuroc iênc ia apl icada a educação , com a pedagogia e com a ps ico log ia cogni t iva intercaladas e não como um reforço escolar ou como uma aula part icu lar no contraturno .