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ROTEIRO DIR HUMAN VITIMAS DA CRIMINALIDADE E ABUSO DE PODER 2015 15

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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
CURSO NACIONAL DE MULTIPLICADOR DE DDHH 
 
PROFESSORES:
MARIA ÂNGELA, TC PM
LUÍS ANTONIO, CAP PM
PANTOJA, CAP PM
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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
CURSO NACIONAL DE MULTIPLICADOR DE DDHH 
 
 
VÍTIMAS DA CRIMINALIDADE E ABUSO DE PODER 
LUÍS ANTONIO, CAP PM
Email:lsilva091976@gmail.com
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 OBJETIVO DA DISCIPLINA 
Ao final dos estudos do conteúdo da disciplina o discente deverá ser capaz de:
	saber quais os principais documento que tratam das vítimas;
	definir o que é violência arbitrária abuso de poder;
	diferenciar vítima da criminalidade de vítimas de abuso de poder;
	 listar quais são os direitos da pessoa vítima;
	saber quais são os procedimentos policiais no atendimento às vítimas.
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TRECHO DO FILME CRASH
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COMO VOCÊ SE SENTE, COMO POLICIAL, AO VER ESSAS CENAS?
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Declaração das Nações Unidas sobre os Princípios Fundamentais de Justiça Relativos às Vítimas da Criminalidade e do Abuso do Poder (Declaração das Vítimas) 
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Não parece justo que os direitos e situação das vítimas sejam protegidos tão precariamente quando comparados aos níveis de proteção oferecidos aos infratores.
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Vítimas de crime
As pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido danos nomeadamente a sua integridade física ou mental, ou sofrimento de ordem emocional, ou perda material, ou grave atentado a seus direitos fundamentais, como conseqüência de atos ou omissões que violem as leis penais em vigor em um Estado Membro, incluindo as que proíbem o abuso do poder.
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Uma pessoa pode ser considerada como "vítima", no quadro da Declaração, quer o autor seja ou não identificado, preso, processado ou declarado culpado, e qualquer que sejam os laços de parentesco deste com a vítima.
O termo vítima, inclui, conforme o caso, a família próxima ou as pessoas a cargo da vítima e as pessoas que tenham sofrido um prejuízo ao intervirem para prestar assistência ás vítimas em situação de carência ou para impedir a vitimização.
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Evidentemente, esta última categoria pode incluir os policiais. 
Quando funcionários públicos ou pessoas que ajam em caráter oficial tiverem violado leis criminais, as vítimas devem receber reparação do Estado a que pertencem os funcionários responsáveis pelos danos. 
As vítimas devem receber, através dos meios governamentais, voluntários e comunitários, a necessária assistência material, psicológica e social. 
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		As disposições que tratam dos direitos da vítima da criminalidade previstas na Declaração das Vítimas estabelecem os seguintes direitos:
- acesso à justiça e tratamento equitativo;
- obrigação de restituição e reparação;
- indenização;
- serviços.	
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 ACESSO À JUSTIÇA E TRATAMENTO EQUITATIVO
As vítimas devem ser tratadas com compaixão e respeito pela sua dignidade. Têm direito ao acesso às instâncias judiciárias e a uma rápida reparação do prejuízo por si sofrido, de acordo com o disposto na legislação nacional. 
Há que criar e, se necessário, reforçar mecanismos judiciários e administrativos que permitam às vítimas a obtenção de reparação através de procedimentos, oficiais ou oficiosos, que sejam rápidos, eqüitativos, de baixo custo e acessíveis. As vítimas devem ser informadas dos direitos que lhes são reconhecidos para procurar a obtenção de reparação por estes meios.
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 OBRIGAÇÃO DE RESTITUIÇÃO E DE REPARAÇÃO.
Os autores de crimes ou os terceiros responsáveis pelo seu comportamento devem, se necessário, reparar de forma eqüitativa o prejuízo causado às vítimas, às suas famílias ou às pessoas a seu cargo.
Tal reparação deve incluir a restituição dos bens, uma indenização pelo prejuízo ou pelas perdas sofridos, o reembolso das despesas feitas como conseqüência da vitimização, a prestação de serviços e o restabelecimento dos direitos. 
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		 SERVIÇOS	
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		INDENIZAÇÃO
 
Quando não seja possível obter do delinqüente ou de outras fontes uma indenização completa, os Estados devem procurar assegurar uma indenização financeira:
 
a) Às vítimas que tenham sofrido um dano corporal ou um atentado importante à sua integridade física ou mental, como conseqüência de atos criminosos graves;
b) À família, em particular às pessoas a cargo das pessoas que tenham falecido ou que tenham sido atingidas por incapacidade física ou mental como conseqüência da vitimização.
	
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Vítimas do Abuso de Poder
As pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido danos, nomeadamente a sua integridade física ou mental, ou sofrimento de ordem emocional ou perda material, ou grave atentado aos seus direitos fundamentais, como conseqüência de atos ou omissões que, não constituindo ainda uma violação da legislação penal nacional, representam violações das normas internacionalmente reconhecidas em matéria de direitos humanos.
		
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	o direito exeqüível das vítimas de captura ou detenção ilegal à indenização (PIDCP, artigo 9.5);
	as vítimas de pena cumprida em virtude de erro judicial devem ser indenizadas em conformidade com a lei (PIDCP, artigo 14.6);
	 as vítimas de tortura possuem o direito exeqüível à indenização justa e adequada (Convenção contra a Tortura, artigo 14.1)
Poucos tratados criam obrigações legais aos Estados Partes com respeito ao tratamento das vítimas do crime e do abuso do poder. São eles: 
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 VÍDEOS VIOLÊNCIA POLICIAL
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 VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA
		A palavra arbitrária neste contexto deve ser entendida como aquela situação que contenha elementos de injustiça, imprevisibilidade, irracionalidade, inconstância e desproporcionalidade.		
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 REFLETINDO..... 
As ciências que estudam o ato delituoso (como a criminologia e o direito penal) inicialmente não percebiam a importância da vítima como objeto de
estudo. A ênfase maior de tais disciplinas era dada à pena e ao delinquente.
Na atualidade, as vítimas já conquistaram a atenção destas ciências, e o seu comportamento e atitudes são temas constantes de pesquisa.
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Seguindo essa lógica, as vítimas também não podem ser desconsideradas pelos organismos policiais. É necessária a conscientização dos profissionais de segurança pública que o tratamento inadequado pode gerar a violação e
o desrespeito aos Direitos Humanos, o que resultaria em uma nova violência.
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As vítimas, ao requererem a presença policial, criam uma expectativa de conforto, de reabilitação do equilíbrio emocional e de solução do problema e, por isso mesmo esperam uma atuação positiva por parte da Polícia.
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É neste sentido que o policial militar deve, primeiramente, conscientizar-se da importância de seu papel como mediador do conflito e se preparar profissionalmente para dar um atendimento diferenciado à vítima e ao autor do delito.
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 Informar sobre serviços sociais de atendimento à vítima, existentes no município (serviços de atendimento psicossocial, jurídico, grupos de ajuda e de orientação, abrigos, entre outros), complementam o atendimento policial.
 A orientação e o encaminhamento da vítima e de seus familiares para esses serviços podem ajudar a diminuir o seu sofrimento e a prevenir novos episódios.
O POLICIAL DEVE:
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 MANUAL TÉCNICO PROFISSIONAL 02
TRATAMENTO ÀS VÍTIMAS
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 PROCEDIMENTOS COM VÍTIMAS EM LOCAIS DE OCORRÊNCIA
 
 No ambiente de intervenção, o policial militar deve tranquilizar a vítima e demonstrar preocupação com sua situação física e psicológica. Sugerem-se os seguintes diálogos de verbalização: 
“___Minha preocupação agora é com você (o senhor). Você (o senhor) tem lesões aparentes? Necessita de atendimento médico? Você (o senhor) gostaria de falar sobre o ocorrido? Não se preocupe, pois outros policiais de nossa equipe já estão procurando o agente do crime para prendê-lo.” 
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 PROCEDIMENTOS COM VÍTIMASEM LOCAIS DE OCORRÊNCIA
 
 Na audição da vítima, que se encontra sob forte impacto psicológico, decorrente de fato violento, o policial militar deve permitir que ela fale livremente sobre o evento que ensejou a intervenção policial evitando-se, quando possível, tratar de detalhes que possam aumentar o constrangimento. Deve ouvir de maneira cuidadosa e respeitar os limites da vítima, inclusive a dificuldade em relatar os fatos e sentimentos. 
- Deve-se resguardar a vítima dos populares, da imprensa, como forma de preservá-la diante do acontecido. 
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 PROCEDIMENTOS COM VÍTIMAS EM LOCAIS DE OCORRÊNCIA
 
 Sempre que possível, a medida de localização e prisão dos infratores deverá ser tomada por outra equipe de serviço, utilizando-se de informações obtidas pela vítima, por solicitantes, testemunhas ou denunciantes. 
 Habitualmente, as vítimas manifestam medo, insegurança, desconfiança, dor, vergonha, incerteza ou culpa, além de apresentar possíveis lesões físicas. Diante desse quadro, ela será acolhida e orientada de maneira especial. No caso de violência sexual contra pessoa adulta, deverá ser respeitada sua opinião, quando houver recusa em prosseguir com as providências policiais. 
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Policiais femininos podem ter mais acessibilidade às vítimas mulheres ou crianças, o que as tranquilizará de forma mais imediata e facilitará a aproximação e o atendimento policial. 
 PROCEDIMENTOS COM VÍTIMAS EM LOCAIS DE OCORRÊNCIA
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A Lei Estadual nº 13.188, de 20 de janeiro de 1999, dispõe sobre a proteção, o auxílio e a assistência às vítimas de violência no Estado, elencando, ainda, outras providências sobre a matéria.
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 I -colaborar para a adoção de medidas imediatas que visem a reparar os danos físicos e materiais sofridos pela vítima;
 II - acompanhar as diligências policiais ou judiciais, especialmente quando se tratar de crime violento;
III - elaborar e executar plano de auxílio e de manutenção
econômica para as vítimas, testemunhas e seus familiares que estiverem sofrendo ameaças e necessitam de transferência temporária de residência;
IV -pagar as despesas de sepultamento da vítima de que trata o inciso I do art. 2º, se do ato de violência resultar a morte;
 V -proporcionar alimentação para lesionados com dificuldades econômicas e seus dependentes, enquanto durar o tratamento;
 VI -apoiar programas pedagógicos para readaptação social ou profissional da vítima. 
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VÍDEO RICARDO BALESTRERI
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Hora da revisão
	Quais são as pessoas consideradas vítimas da criminalidade?
	Quais são as pessoas consideradas vítimas do abuso de poder?
 Quais são os procedimentos policiais ao tratar com as vítimas? 
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MUITO OBRIGADO.
Cap Luís Antonio
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