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1 2 NOME DO PROJETO: ACADEMIA DO CIDADÃO ORGANIZAÇÃO PROPONENTE: POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3 1 IDENTIFICAÇÃO 1.1 Nome do Projeto: Academia do Cidadão 1.2 Instituição Mantenedora: Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG 1.3 Unidade de Serviço: Academia de Polícia Militar de Minas Gerais – APM. 1.4 Endereço completo da unidade de serviço: Rua Diábase, 320 – APM – Bairro Prado – Belo Horizonte – Minas Gerais. 1.5 Responsáveis pela elaboração e execução do Projeto: Nome Função no Projeto Matrícula Cap. Claudio Alves e Silva Coordenador estratégico - Chefe do Núcleo de Prevenção Ativa 122.643-0 Cad Fernando de Abreu Armani Gerência/Comando do Projeto 153.403-1 Cad Adão Ribeiro do Nascimento Seção de Recursos Humanos do Projeto 130.021-9 Cad André Augusto B. de Oliveira Seção de Inteligência do Projeto 144.624-4 Cad Lucas Emanoel Corgozinho Seção de Planejamento de Operações do Projeto 130.498-9 Cad André Caselato Calais Seção de Comunicação Organizacional do Projeto 139.742-1 4 1. 2 DESCRIÇÃO DO PROJETO 2.1 Resumo do Projeto O Projeto Academia do Cidadão visa à melhoria da prestação de serviços com ênfase na prevenção criminal e na ação educativa, em observância aos objetivos estratégicos, aos preceitos éticos e o respeito à dignidade da pessoa humana, resultando em redução da criminalidade, melhoria da qualidade de vida e da sensação de segurança dos moradores dos bairros Prado e Calafate, em Belo Horizonte. O Projeto integra as atividades de extensão do Batalhão Acadêmico Fernão Capelo, contribuindo para a qualificação profissional dos discentes da Academia de Polícia Militar (APM), preparando-os para atuarem em todos os rincões do Estado de Minas Gerais, na medida em que oportuniza a reflexão e a busca de soluções para os problemas de segurança pública próprios de cada área de responsabilidade. 2.2 Justificativa Várias são as motivações que culminaram com a criação do presente projeto. Essas motivações são de origem federal, estadual e institucional, conforme elencadas a seguir: - O Artigo 1º, inciso II, da CF/88, dispõe sobre os fundamentos da República Federativa do Brasil que constituem o Estado Democrático de Direito. Dentre estes fundamentos, destaca-se a cidadania, que confere ao cidadão o direito de participação política e social, garantindo dignidade a pessoa humana; - A Gestão para a Cidadania foi definida como o foco principal para o período de 2011 – 2014 que corresponde à terceira geração do Modelo de Gestão Governamental do Estado de Minas Gerais, denominado “Estado em Rede”; - A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) busca atuar de forma alinhada ao modelo de gestão pública, principalmente nas ações com foco na promoção social, cidadania e fortalecimento dos direitos humanos. Para tanto, a PMMG lançou em 2011 o programa Polícia para a Cidadania; 5 A APM, de forma inovadora e em sintonia com as diretrizes do Governo Estadual e da PMMG, cria o projeto Academia do Cidadão. Trata-se de uma proposta de operacionalização da estratégia governamental, tendo como objetivo principal à prestação de serviços que, considerando o conceito de cidadania, incentiva a participação social como forma de solução conjunta para os problemas relacionados à segurança pública. O projeto Academia do Cidadão aproveita da experiência do Batalhão Acadêmico Fernão Capelo (BAFC), lançado em 2009, com o objetivo de aliar a teoria aprendida nas salas de aula à prática de atividades policiais junto à sociedade. Pautado nos princípios de polícia comunitária e de garantia das liberdades e direitos fundamentais das pessoas, visa aproximar os discentes da realidade social na qual irão atuar. A atuação dos discentes empregados no policiamento dos bairros Prado e Calafate busca a implementação de um reforço no policiamento local e aproximação da Polícia Militar a essas comunidades, de acordo com a responsabilidade social que a Academia de Polícia Militar tem por estar situada dentro da extensão territorial destes bairros. Além disso, constatou-se, através de diagnóstico específico, que o índice criminal dos bairros atingiu níveis preocupantes e a população não possui o um nível satisfatório de sensação de segurança que pode ser proporcionado pela PMMG. 2.3 Diagnóstico Um estudo acerca da criminalidade dos bairros foi a base de dados para a criação do Projeto Academia do Cidadão, para a definição de objetivos e metas, e para o planejamento de emprego operacional do efetivo executante. A seguir, o diagnóstico da criminalidade dos bairros Prado e Calafate. 6 2.3.1 Criminalidade Geral do Bairro Prado No período compreendido entre janeiro e junho de 2011 ocorreram 929 (novecentos e vinte e nove) crimes. Em comparação com o ano anterior, 2010, os crimes gerais tiveram uma redução de 3,23% conforme se vê na tabela abaixo. Pode se atribuir essa redução ao reforço no policiamento do bairro, cuja população realizou diversas reivindicações de melhoria na segurança. Diante disso, segundo a P3 da 125ª Cia/22º BPM, unidade responsável pela área, foram feitas diversas operações, que contaram com efetivo tanto do policiamento ordinário quanto de unidades especializadas. TABELA 1 Comparativo da criminalidade geral do bairro Prado – Jan a Jun 2010/2011 MÊS 2010 2011 V% Janeiro 151 134 -11,26 Fevereiro 123 165 34,15 Março 182 151 -17,03 Abril 154 163 5,84 Maio 179 168 -6,15 Junho 171 148 -13,45 SOMA 960 929 -3,23 Fonte: Armazém de dados PMMG, 2011. 7 2.3.1.2 Natureza As modalidades criminosas que se destacaram dentre os delitos gerais foram: furto (43,70%), roubo (10,66%) e acidente de trânsito com vítima (10,33%), conforme tabela abaixo. TABELA 2 Principais naturezas de ocorrências do bairro Prado – jan a jun 2011 NATUREZA QUANTIDADE F% FAC% Furto 406 43,70 43,7 Roubo 99 10,66 54,36 Acidente De trânsito c/ vítima 96 10,33 64,69 Outras contra a pessoa 59 6,35 71,04 Ameaça 45 4,84 75,89 Dano 36 3,88 79,76 Outras de trânsito 35 3,77 83,53 Outras contra o patrimônio 33 3,55 87,08 Estelionato 31 3,34 90,42 Outras contidas em lei extravagante 19 2,05 92,46 Demais naturezas 70 7,53 100,00 Soma 929 100,00 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 8 2.3.1.3 Logradouros Essas naturezas aconteceram com maior freqüência Na Av. Amazonas (10,12%), Av. do Contorno (6,46%), Av. Francisco Sá (6,03%) Rua Platina (5,17%), Rua Ituiutaba (4,84%), Rua dos Pampas (3,23%), Rua Chapecó (2,8%), Rua Cuiabá (2,58%), Rua Diabase (2,58%) e Av. Tereza Cristina (2,48%) e nos demais logradouros (53,71%), conforme tabela 3. A área que compreende esses logradouros possui uma extensa área comercial e corredores de tráfego, vias de acesso rápido para fuga dos infratores, como a Av. Amazonas, Av. do Contorno e Av. Tereza Cristina, onde trafegam milhares de veículos e pessoas, facilitando as ações delituosas, pois há ambiente favorável, vítima em potencial e agressores motivados. O furto e o roubo sozinhos somam 54% dos crimes gerais pode-se atribuir esse fenômeno ao fato de o bairro ter várias empresas tais como a CONTAX, que presta serviços de telefonia e possui milhares de funcionários, empresas de segurança tais como a RODOBAN e PROSSEGUR, a diversos estabelecimentos educacionais dentre os quais se destaca a faculdade Estácio de Sá, localizada na Rua Erê, diversas outras empresas de confecção situadas no interior do bairro e à vasta área comercial situada nas Ruas Platina e Cuiabá, Avenidas Silva Lobo, Tereza Cristina, Francisco Sá e Amazonas. Essa grande movimentação de pessoas, que vêm para ir ao comércio ou trabalhar, faz com que uma grande quantidadede veículos fiquem estacionados nos logradouros próximos, que favorece a ação dos marginais. É importante ressaltar também que o bairro Prado é um dos bairros mais tradicionais e luxuosos de Belo Horizonte, onde residem pessoas de classe média alta, o que por si só atrai a atenção de criminosos para a região. 9 TABELA 3 Logradouros com maior incidência de crimes gerais – Prado – Jan a jun de 2011 LOGRADOURO QUANTIDADE F% FAC% Amazonas 94 10,12 10,12 Contorno 60 6,46 16,58 Francisco Sá 56 6,03 22,61 Platina 48 5,17 27,78 Ituiutaba 45 4,84 32,62 Pampas 30 3,23 35,85 Chapecó 26 2,8 38,65 Cuiabá 24 2,58 41,23 Diabase 24 2,58 43,81 Tereza Cristina 23 2,48 46,29 Demais logradouros 499 53,71 100 SOMA 929 100 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.1.4 Dias da semana Nota-se que os dias de maior incidência criminal geral são: segunda, terça, quarta e quinta. Durante a semana, as transações bancárias, econômicas, comerciais e as atividades burocrático-administrativas, tanto empresarial quanto particular ocorrem com maior ênfase na segunda, terça e quarta-feira e quinta-feira, porque estão no meio da semana, logo, haverá grande circulação financeira e de pessoas nesses 10 dias principalmente nas datas que antecedem e sucedem ao pagamento (5,6 e 10, 11,12 de cada mês) em logradouros com estrutura comercial como as Ruas Platina e Cuiabá, Avenidas Silva Lobo, Tereza Cristina, Francisco Sá e Amazonas e consequentemente, ocorre maior incidência de roubo a transeunte e roubo a estabelecimento comercial com destaque a padaria. GRÁFICO 1 – Distribuição dos crimes gerais por dia da semana, Prado – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.1.5 Faixa horária O crime ocorre com maior freqüência nos segundo e terceiro turnos. A partir das 8h da manhã ocorre um crescimento do número de crimes que permanece alto até às 23h. Têm-se os “horários de pico” entre 12 e 17h e entre 21 e 22h. Os criminosos preferem atuar no começo da tarde ainda no horário comercial, mas há uma acentuada incidência no final da tarde, quando as pessoas estão em deslocamento para casa, faculdade, escola, ponto de ônibus ou na condução do veículo. De 21 às 24h ainda há o retorno de pessoas do trabalho ou da escola, e normalmente estão 11 mais cansadas e desatentas e, além disso, o período noturno possibilita a ocultação dos infratores atrás de árvores, terrenos baldios, carros, esquinas, o que favorece a ação delituosa. GRÁFICO 2 – Distribuição dos crimes gerais por hora do dia, Prado – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados 2.3.2 Criminalidade violenta do Prado De Janeiro a Junho de 2011 ocorreram 98 (noventa e oito) crimes violentos, contra 109 ocorridos no ano passado, o que significa uma redução de 10,09. Essa redução pode ser devida às razões já mencionadas, reforço no policiamento do bairro, com aumento da presença da polícia, realizando operações. 12 TABELA 4 Comparativo da criminalidade violenta do bairro Prado – Jan a Jun 2010/2011 MÊS 2010 2011 V% JAN 12 20 66,67 FEV 12 22 83,33 MAR 23 21 -8,70 ABR 15 6 -60,00 MAI 27 17 -37,04 JUN 20 12 -40,00 SOMA 109 98 -10,09 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.2.1 Natureza Constata-se que o roubo é o principal crime violento que ocorre no bairro (97%), o que pode ser explicado pelas razões ditas anteriormente, ou seja, extensa área comercial principalmente nas Ruas Platina e Cuiabá, Avenidas Silva Lobo, Tereza Cristina, Francisco Sá e Amazonas. Além disso, o rápido acesso a vias de acesso rápido para a fuga dos infratores, tais como as avenidas do Contorno, Amazonas e Tereza Cristina que vão interligar o bairro com quase toda a cidade e até outros municípios como Contagem e Betim. 13 GRÁFICO 3 – Distribuição dos crimes violentos por natureza, Prado – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.2.2 Logradouros A maioria dos crimes violentos do bairro Prado se concentram em apenas nove logradouros, são eles: Av. Amazonas (12,24%), Av. do Contorno (10,20%), Rua Ituiutaba (9,18%), Rua Brumadinho (6,12%), Av. Francisco Sá (6,12%), Av. Tereza Cristina (5,10%), Rua Doutor João Lúcio Brandão (4,18%), Rua dos Pampas (3,06%) e Rua Chapecó (2,04%), que juntos somam mais da metade dos crimes violentos ocorridos (58,16%). Pode-se explicar a incidência de crimes violentos nas ruas Ituiutaba, Dr. João Lúcio Brandão e dos Pampas em razão do grande número de pessoas que circulam por elas, que trabalham em empresas próximas tais como a CONTAX, a RODOBAN, a PROSSEGUR, que estudam na faculdade Estácio de Sá ou na FAMIG, ou seja, vítimas disponíveis a agentes motivados. Além disso, esses logradouros estão 14 próximos à Av. Tereza Cristina e Av. do Contorno, vias de acesso rápido, que favorecem a fuga dos infratores. Já nas ruas Brumadinho e Chapecó e Av. Francisco Sá, pode-se atribuir ao fato a incidência criminal pelo fato de serem ou estarem próximas a ruas comerciais como a própria Av. Francisco e Ruas Cuiabá e Turquesa, além de estarem próximas às Avenidas Amazonas e do Contorno, o que favorece a fuga dos agentes. TABELA 5 Logradouros com maior incidência de crimes violentos – Prado – Jan a jun de 2011 LOGRADOURO QUANTIDADE F% FAC% 1º Amazonas 12 12,24 12,24 2º Contorno 10 10,20 22,44 3º Ituiutaba 9 9,18 31,63 4º Brumadinho 6 6,12 37,75 5º Francisco Sá 6 6,12 43,87 6 ºTereza Cristina 5 5,10 48,97 7º Doutor João Lúcio Brandão 4 4,08 53,06 8º Pampas 3 3,06 56,12 9º Chapecó 2 2,04 58,16 Demais logradouros 41 41,84 100,00 SOMA 98 100,00 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 15 2.3.2.3 Dias da Semana Os dias da semana com maior incidência são segunda, terça, quinta e sexta, com destaque para a terça-feira. Os crimes ocorrem principalmente no meio da semana em razão da movimentação financeira e de pessoas ser maior, por causa do funcionamento das empresas e do comércio ser principalmente nesse período. GRÁFICO 4 – Distribuição dos crimes violentos por dia da semana, Prado – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.2.4 Faixa horária Os horários de maior incidência dos crimes violentos se encontram no período compreendido entre 14h e 23h. Entre 16 e 17h “há um horário de pico” que pode ser explicado pelo fato de a movimentação de pessoas se deslocando para o trabalho, para casa ou para a escola ser maior nesse período. Entre 22 e 23h ocorre outro “pico” pelo fato de muitas pessoas estarem retornando do trabalho ou da escola, 16 consequentemente estão mais cansadas e desatentas, e o período noturno favorece a ocultação dos agentes, tudo isso favorece a ação delituosa: GRÁFICO 5 – Distribuição dos crimes violentos por hora do dia, Prado – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.3 Criminalidade Geral do Calafate No bairro Calafate, em 2010, ocorreram 488 crimes gerais, contra 639 em 2011, isto é, houve um aumento de 30,94% no total da criminalidade geral. Nesse ponto, destacamos o Acidente de trânsito com vítima, que teve aumento de 262,50% em relação ao mesmo período do ano passado, isto é, em 2010 foram 80 acidentes, nesse ano foram 290. Pode se atribuir esse aumento ao aumento da frota, ao grande fluxo de veículos que circula pelo bairro, por onde passam vias de trafego intenso com as Avenidas Tereza Cristina, Silva Lobo, as Ruas Platina e Campos Sales. Além disso, há a possibilidade de alguma (as) inadequação (ões) na engenharia de trânsito de algum (uns) logradouro(s). 17 O roubo aumentou 12,20%, tal fato pode ser atribuído à migração da criminalidade do Prado parao Calafate, em razão das operações e do reforço policial naquele bairro. TABELA 6 Comparativo da criminalidade geral do bairro Calafate – Jan a Jun 2010/2011 MESES DO ANO 2010 2011 v% Janeiro 68 109 60,29 Fevereiro 85 63 -25,88 Março 94 125 32,98 Abril 73 131 79,45 Maio 100 92 -8,00 Junho 68 119 75,00 TOTAL 488 639 30,94 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.3.1 Natureza Dos crimes que ocorreram podemos destacar os seguintes: Acidente de trânsito com vítima (45%), Furto (18%) e Roubo (7%). A grande incidência dos acidentes de trânsito com vítima pode atribuir ao aumento da frota, à grande concentração deles no bairro por causa do comércio, escolas faculdades e por fim à existência de logradouros com grande movimentação de veículos tais como Avenidas Tereza Cristina e Silva Lobo, Ruas Platina e Campos Sales, todas vão receber grande fluxo de tráfego oriundo da Avenida Amazonas. A Tereza Cristina recebe tráfego de veículos oriundos de dezenas de Municípios do interior. 18 Já o furto e o roubo, atribui-se a incidência criminal em razão da extensa área comercial situada nas Avenidas Silva Lobo e Tereza Cristina e Ruas Platina e Campos Sales. Esses logradouros estão situados próximos às Avenidas Amazonas e à própria Tereza Cristina, que interligam o bairro a outras regiões da cidade e a outros municípios da região metropolitana, facilitando a fuga dos agentes. Além da área comercial, há no bairro a estação de metrô Calafate, que recebe grande fluxo de pessoas e colégios como o São Bento, Bernardo Monteiro e Nossa Senhora da Piedade, além da escola técnica POLIMIG. Essas circunstâncias atraem a atenção de infratores para o bairro. GRÁFICO 6 – Distribuição dos crimes gerais por natureza, Calafate – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 19 2.3.3.2 Logradouros Os logradouros onde mais ocorrem os crimes são os seguintes: Av. Tereza Cristina (53,05%), Platina (11,42%) e Silva Lobo (4,23%), que respondem por quase 70% da incidência criminal geral do bairro, conforme se percebe pela tabela abaixo, justamente pelas razões ditas anteriormente: TABELA 7 Logradouros com maior incidência de crimes gerais – Calafate – Jan a jun de 2011 LOGRADOUROS QTD F% FAC% Tereza Cristina 339 53,05 53,05 Platina 73 11,42 64,47 Silva Lobo 27 4,23 68,7 Três Corações 17 2,66 71,36 Campos Sales 15 2,35 73,71 Zurick 12 1,88 75,59 Desembargador Barcelos 10 1,56 77,15 Cachoeira do Campo 10 1,56 78,71 Oeste 9 1,42 80,13 Demais logradouros 127 19,87 100 TOTAL 639 100 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 20 2.3.3.3 Dias da Semana Já os dias da semana com maior incidência criminal são: Segunda-Feira, terça-feira, quarta-feira e quinta-feira. Os crimes ocorrem principalmente no meio da semana em razão da movimentação financeira e de pessoas serem maior, por causa do funcionamento das empresas, escolas e do comércio ser principalmente nesse período. GRÁFICO 7 – Distribuição dos crimes gerais por dia da semana, Calafate – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.3.4 Faixa Horária Os crimes ocorrem principalmente no período compreendido entre 8h e 23h, com um queda no período compreendido entre 12h e 14h. Uma possível justificativa para essa queda nesse último período é o fato de muitos policiais militares que estudam ou trabalham na Academia de Polícia Militar saírem para almoçar em restaurantes 21 ou até mesmo em suas próprias casas situadas no bairro. Essa movimentação de militares, nesse período, colabora para inibir a ação dos infratores. GRÁFICO 8 – Distribuição dos crimes gerais por hora do dia, Calafate – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.4 Criminalidade Violenta do Calafate Comparando o ano de 2010 com o de 2011, constata-se que houve um aumento de 4,44 no número de crimes violentos. Esse aumento, com dito anteriormente, pode ser devido à migração dos agentes que atuavam no bairro Prado para o Calafate. 22 TABELA 8 Comparativo da criminalidade violenta do bairro Calafate – Jan a Jun 2010/2011 MESES DO ANO 2010 2011 V% Janeiro 4 12 200 Fevereiro 7 6 -14,29 Março 8 14 75 Abril 7 8 14,29 Maio 12 3 -75 Junho 7 4 -42,86 TOTAL 45 47 4,44 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.4.1 Natureza Dos crimes violentos que ocorreram, o roubo constitui 94% do total, o que pode ser explicado pelas razões ditas anteriormente, ou seja, extensa área comercial principalmente nas Ruas Platina e Campos Sales, Avenidas Silva Lobo e Tereza Cristina. Além disso, o rápido acesso a vias de acesso rápido para a fuga dos infratores, tais como as avenidas do Contorno, Amazonas e Tereza Cristina que vão interligar o bairro com quase toda a cidade e até outros municípios como Contagem e Betim, o que favorece a ação dos agentes. . 23 GRÁFICO 9 – Distribuição dos crimes violentos por natureza, Calafate – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.4.2 Logradouros Quase 80% dos crimes se concentram em apenas 10 logradouros, dos quais destacamos três: Av. Tereza Cristina (21,28%), Rua Platina(14,89%) e Silva Lobo (8,51%) TABELA 9 Logradouros com maior incidência de crimes violentos – Calafate – Jan a jun de 2011 LOGRADOURO 2011 F% FAC% Av.Tereza Cristina 10 21,28 21,28 Rua Platina 7 14,89 36,17 Av. Silva Lobo 4 8,51 44,68 Rua Desembargador Barcelos 3 6,38 51,07 Rua Zurick 3 6,38 57,45 24 Rua Cachoeira do Campo 3 6,38 63,83 Rua Guaratã 3 6,38 70,22 Rua Três Corações 2 4,26 74,47 Rua Campos Sales 1 2,13 76,60 Rua Bimbarra 1 2,13 78,73 Demais logradouros 10 21,28 100,00 SOMA 47 100,00 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 2.3.4.3 Dias da Semana Os dias da semana com maior incidência são de segunda à quinta-feira, o que coincide com os mesmos dias de maior ocorrência dos crimes gerais. Esse fenômeno ocorre, como dito anteriormente, principalmente no meio da semana em razão da movimentação financeira e de pessoas serem maior, por causa do funcionamento das empresas, escolas e do comércio ser principalmente nesse período. GRÁFICO 10 – Distribuição dos crimes violentos por dia da semana, Calafate – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 25 2.3.4.4 Faixa Horária Os horários com maior incidência estão compreendidos entre 16h e 21h e à 1h da manhã. . Entre 18 e 20h “há um horário de pico” que pode ser explicado pelo fato da movimentação de pessoas indo ou voltando para o trabalho, para casa ou para a escola ser maior nesse período. Nesse período já é final do dia e início da noite, as pessoas estão mais cansadas e desatentas, e o período noturno favorece a ocultação dos agentes, tudo isso facilita a ação delituosa. De 0 a 1 h da manhã há pico, explicado em razão da existência de poucas pessoas nas ruas, ou seja, ausência de pessoas que possam intervir numa ação delituosa, facilitando a prática do crime. GRÁFICO 11 – Distribuição dos crimes violentos por hora do dia, Calafate – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 26 2.3.5 Mapas de Kernel e de Pontos dos crimes violentos Os mapas de kernel e de Pontos da criminalidade violenta demonstram no terreno as áreas e as ruas dos bairros Prado e Calafate onde mais ocorrem os crimes como o roubo – Prado (97%); Calafate (94%) -, estupro – Prado (1%); Calafate (2%) -, seqüestro – Prado (2%) e homicídio – Calafate (4%). Os logradouros onde os crimes mais ocorrem estão próximos a logradouros como as Av. Amazonas, Tereza Cristina, Silva Lobo, do Contorno e Ruas Platina, Francisco Sá, Brumadinho, Ituiutaba, Desembargador Barcelos, Zurick, Cachoeirado Campo e Guaratã e Dr. João Lúcio Brandão. 27 FIGURA 1 – Mapa de Kernel, que delimita as Zonas quentes de criminalidade nos bairros Prado e Calafate – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 28 FIGURA 2 – Mapa de pontos da criminalidade violenta nos bairros Prado e Calafate – jan a jun de 2011. Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. Também foi realizada pesquisa de vitimização junto à comunidade, através de questionário (ver Anexo A) concernente à sensação de segurança dos moradores e comerciantes dos referidos bairros para identificação de possíveis cifras negras a fim de subsidiar as ações/operações e direcioná-las corretamente ao público-alvo. Segue abaixo a análise das respostas do referido questionário. 29 2.4 Definição do público alvo e dos objetivos da pesquisa A pesquisa tem como público alvo os moradores do bairro Prado e Calafate, cujas populações são respectivamente, 10.274 e 5.307, segundo o IBGE (senso de 2000) e dados da Seção de Planejamento e Operações do 22º BPM/PMMG – o senso de 2010 ainda está em processamento. De cada uma dessas populações foi extraída uma amostra, segundo a fórmula de Stevenson (1981), a fim de que fosse realizada a pesquisa. 2.4.1 Objetivos Principais a) Avaliar a sensação de segurança dos moradores dos bairros Prado e Calafate e, com base nisso, adotar medidas corretivas com vistas a aumentar a segurança subjetiva e objetiva da comunidade; b) Avaliar a sensação de satisfação dos moradores com relação à prestação de serviços da Polícia Militar e adotar medidas corretivas com vistas a melhor atender o cidadão residente naqueles bairros. 2.4.2 Objetivos Secundários a) Verificar se os moradores conhecem o policiamento comunitário; b) Verificar o nível de integração entre a Polícia Militar e a Comunidade; c) Identificar o conhecimento e a concepção que os moradores têm sobre a Academia de Polícia Militar (APM); d) Identificar a influência da APM na segurança pública dos bairros pesquisados; e) Identificar o nível do medo do crime por parte dos moradores; f) Identificar qual o crime que mais aflige a comunidade; g) Verificar se os policiais estão praticando os princípios do policiamento comunitário; h) Colher sugestões dos moradores para melhorar o policiamento comunitário nos bairros 30 2.4.3 Definição do método de pesquisa de dados primários Foram utilizados os métodos de pesquisa qualitativo e quantitativo para realizar a pesquisa. No primeiro caso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio de monografias do Curso de Formação de Oficiais e sites da internet que trouxessem alguma informação sobre os bairros em questão. Já na pesquisa quantitativa, foi utilizado um questionário que buscou medir a sensação de segurança dos moradores. 2.4.4 Definição da amostra Na definição da amostra, buscou-se selecionar uma amostra que fosse a mais confiável e representativa possível daquele universo. Para tanto, utilizou-se a fórmula matemática de Stevenson, criada em 1981. Dessa forma, para uma população (n) finita, a expressão matemática segundo a qual se transmite a relação entre diversas variáveis e constantes se apresenta na seguinte forma: n = Z². (P). (Q). (N) ________________________ (N – 1). E² + Z². (P). (Q) Em que: n = tamanho da amostra; N = tamanho da população ou universo estatístico; 31 Z = o valor Z é uma variável reduzida normal. Considerando-se que o nível de confiança é de 95%, de acordo com os valores da tabela Spiegel, o valor de Z neste caso será de 1,96; P = proporção da ocorrência das respostas do questionário aplicado aos moradores/comerciantes que residem no bairro pesquisado. Por não se saber o valor exato desta proporção, utilizou-se o 0,5 , uma vez que este valor permite a maior amostra. Q = complemento de proporção da ocorrência das respostas do questionário aplicado: (1 – P) = 1 – 0,5 = 0,5; E = erro máximo permitido = 8%, ou melhor, (0,08). Na medida em que utiliza um nível de confiança na ordem de 95% e erro máximo permitido de 8%, torna-se possível realizar deduções com graus de confiabilidade e credibilidade bastante elevados. Portanto, quanto maiores forem esses níveis, mais fidedigna e respeitada será a pesquisa. Diante do exposto, para o bairro Prado, temos: n = (1,96) zero. (0,5). (0,5). (10.274) _______________________________________ (10.274 – 1). (0,08)² + (1,96)². (0,5). (0,5) n = 147,87 Portanto, o questionário foi aplicado a 148 moradores do bairro Prado. 32 Para o bairro Calafate: n = (1,96) ². (0,5). (0,5). (5.307) ______________________________________ (5.307 – 1). (0,08)² + (1,96)². (0,5). (0,5) n = 145,93 Assim, o questionário foi aplicado a 146 moradores do bairro Calafate. Buscou-se aplicar o questionário em todas as regiões dos bairros, com o propósito de colher uma opinião mais fidedigna do todo. 2.4.5 Resultados da pesquisa e análise dos dados Os dados apresentados a seguir são o resultado da pesquisa de campo, que tem como objetivo dar subsídios ao planejamento de ações e operações preventivas e repressivas que visam melhorar a qualidade de vida dos moradores dos bairros Prado e Calafate. 2.4.6 Perfil dos moradores No bairro Prado 51% das pessoas entrevistadas eram do sexo feminino e 49% do sexo masculino. 33 GRÁFICO 1 – Sexo dos moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Já no bairro Calafate o público foi composto de 50% do sexo feminino e 50% masculino. GRÁFICO 2 – Sexo dos moradores pesquisados, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 34 A maioria das pessoas entrevistadas são adultas, cuja faixa etária está entre 25 e 64 anos. Constata-se tal fato tanto no bairro Prado quanto no Calafate, o que pode ser explicado, em parte, em razão do horário em que foi realizada a entrevista, isto é, das 19h às 21h. GRÁFICO 3 – Faixa etária dos moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 35 GRÁFICO 4 – Faixa etária dos moradores pesquisados, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Com relação ao nível de escolaridade, constatou-se que no Prado 43% das pessoas entrevistadas possuem o ensino médio, 42% curso superior e 15% apenas o ensino fundamental. Pode-se atribuir o razoável nível de escolaridade dessa população em razão da classe social média-alta que residente no local. 36 GRÁFICO 5 – Nível de escolaridade dos moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Já no bairro Calafate, verificou-se que a maioria dos moradores possui o ensino médio, 38% curso superior e 14% o ensino fundamental. Há uma porcentagem menor de pessoas que possuem graduação em relação ao bairro Prado justamente pela diferença do nível econômico dos morados do Calafate. GRÁFICO 6 – Nível de escolaridade dos moradores pesquisados, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 37 A maior parte da população é composta por solteiros 39%. Os casados são 38%. GRÁFICO 7 – Estado civil dos moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Já no Calafate são 46% de solteiros e 33% de casados. GRÁFICO 8 – Estado civil dos moradores pesquisados, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 38 Com relação ao tempo em que as pessoas residem nos bairros, verificou-se que a maior parte já mora há um tempo razoável, do que se conclui o aspecto tradicional da região. GRÁFICO 9 – Tempo em que os moradores pesquisados residem no bairro, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisade campo, 2011. GRÁFICO 10 – Tempo em que os moradores pesquisados residem no bairro, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 39 2.4.7 Sensação de satisfação dos moradores No Prado 51% das pessoas já precisou dos serviços da Polícia Militar. Já no Calafate a maioria (55%) respondeu ainda não ter precisado. Quando se pergunta qual o conceito da prestação dos serviços da Polícia Militar no Bairro, verifica-se que no Prado a maioria das pessoas (74%) classifica entre bom e excelente. GRÁFICO 11 – Nível de satisfação dos moradores pesquisados com relação à prestação de serviços da PM, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. No Calafate o conceito de dessa prestação de serviços é ainda melhor, sendo que 81% o classifica entre bom e excelente. 40 GRÁFICO 12 – Nível de satisfação dos moradores pesquisados com relação à prestação de serviços da PM, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 2.4.8 Influência da Academia de Polícia Militar na segurança pública dos bairros Constatou-se que 85% dos moradores do Prado conhecem a Academia de Polícia Militar (APM). No que se refere à segurança pública, a influência que a APM exerce no bairro foi classificada pela maioria (53%) entre regular e fraca. 41 GRÁFICO 13 – Percepção do nível de influência da APM na segurança pública do bairro, segundo os moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. No Calafate a maioria das pessoas 91%, conhece a APM. No que se refere à influência da APM na segurança pública do bairro, constatou-se uma diferença de opinião com relação ao Prado. A maioria (62%) classificou entre média e forte. GRÁFICO 14 – Percepção do nível de influência da APM na segurança pública do bairro, segundo os moradores pesquisados, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 42 2.4.9 Policiamento comunitário nos bairros Quando se pergunta se já ouviu falar de policiamento comunitário no bairro aos moradores no Prado, 60% respondem que sim. GRÁFICO 15 –Conhecimento sobre policiamento comunitário dos moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Já no Calafate, 51% das pessoas já ouviu falar de policiamento comunitário e 49% nunca ouviram a respeito. 43 GRÁFICO 16 – Conhecimento sobre policiamento comunitário dos moradores pesquisados, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Quando se pergunta com relação ao fato de já terem participado de alguma reunião comunitária para discutir problemas afetos à comunidade local, percebe-se que no bairro Prado apenas 10% já participaram e a maioria (90%) nunca participou. GRÁFICO 17 – Nível de participação dos moradores pesquisados em reuniões comunitárias, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 44 No Calafate há uma porcentagem um pouco maior de pessoas que disseram já ter participado de alguma reunião comunitária para resolver problemas relacionados à comunidade, mas mesmo assim prevalece a pouca participação das pessoas para discutir questões que dizem respeito à coletividade. GRÁFICO 18 – Nível de participação dos moradores pesquisados em reuniões comunitárias, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Quando se pergunta aos moradores do Prado se conhecem alguma policial que trabalhe no bairro a maioria (64%) responde que não conhecem nenhum. Apenas 25% diz conhecer algum policial da área. Do que se conclui que interação entre polícia e comunidade é ainda muito precária. 45 GRÁFICO 19 – Interação entre moradores pesquisados e policiais que atuam na área, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. No Calafate, a aproximação entre Polícia Militar e comunidade é quase idêntica ao Prado, isto é, ainda é muito incipiente. A maioria (71%) não conhece algum policial que atue no bairro. 46 GRÁFICO 20 – Interação entre moradores pesquisados e policiais que atuam na área, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Quando se pergunta com relação resolução de problemas que afligiam a qualidade de vida local que tenham sido solucionados pela Polícia Militar, 63% dos moradores do Prado respondem não terem ouvido falar a respeito. GRÁFICO 21 – Aplicação de princípios de polícia comunitária por parte de policiais militares que atuam na área, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 47 No Calafate a situção é bem parecida. 61% respondeu que nunca ouviu falar sobre problemas da qualidade de vida local que tenham sido solucionados pela PM. GRÁFICO 22 – Aplicação de princípios de polícia comunitária por parte de policiais militares que atuam na área, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. No Prado, a maioria da população (59%) disse ter presenciado algum policial ajudando algum idoso, jovem, pobre, deficiente ou qualquer pessoa que fosse vulnerável. GRÁFICO 23 – Aplicação de princípios de polícia comunitária por parte de policiais militares que atuam na área, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 48 Já no Calafate tem-se que a maioria nunca presenciou algum policial ajudando pessoas que façam parte de minorias ou grupo vulneráveis. GRÁFICO 24 – Aplicação de princípios de polícia comunitária por parte de policiais militares que atuam na área, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 2.4.10 Sensação de segurança objetiva e subjetiva Quando se pergunta com que frequência se costuma ver viaturas patrulhando pelo bairro, 52% respondem entre regularmente e muita. 49 GRÁFICO 25 – Frequência com que se vê viaturas patrulhando nas ruas do bairro, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. No Calafate a situação é similar no que se à percepção da frequência com que se vê viaturas patrulhando pelo bairro. GRÁFICO 26 – Frequência com que se vê viaturas patrulhando nas ruas do bairro, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 50 No Prado quando se pergunta com relação ao medo do crime, isto é, medo de sair de casa para realizar atividades normais do dia a dia ou de denunciar algum crime a órgão responsável, a maioria 55% responde que sim. GRÁFICO 27 – Medo do crime, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. No Calafate, o medo do crime diminui discretamente e a maioria (51%) responde não ter medo de sair de casa para realizar atividades rotineiras nem de fazer denúncias. GRÁFICO 28 – Medo do crime, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 51 Com relação ao crime que mais aflige os moradores do bairro Prado, ganham destaque os crimes contra o patrimônio, principalmente o roubo à mão armada (assalto) 48%, o furto em geral (17%) e o roubo em geral(12%). Portanto, os crimes contra o patrimônio são os que mais atemorizam os moradores. Vale lembrar que o bairro une pelo menos três aspectos que chamam a atenção de cidadãos infratores: possui vasta área comercial, grande fluxo de pessoas e várias vias de acesso rápido para fuga. GRÁFICO 29 – Crime que mais aflige a comunidade, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. No Calafate, com relação aos crimes que mais afligem os moradores, a situação é bem parecida. Destaque para os assaltos (30%), roubos em geral (23%) e para os furtos em geral (14%). Os crimes contra o patrimônio são os que mais incomodam a população, pelas mesmas razões descritas no bairro Prado. 52 GRÁFICO 30 – Crime que mais aflige a comunidade, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 2.4.11 Sugestões Os moradores do Prado, ao serem questionadossobre sugestões para melhorar o policiamento comunitário no bairro, a maioria (68%) responde que o policial deveria permanecer fixo na área para agir mais próximo ao cidadão, seguido da opção de melhorar o convívio entre a PM e a comunidade (19%). 53 GRÁFICO 31 – Sugestões de melhoria do policiamento comunitário, Prado – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. No Calafate, a maioria (55%) também sugeriu que o policial deveria ser mantido fixo na área para se aproximar mais ao cidadão e melhorar o convívio entre a PM e a comunidade (34%). GRÁFICO 32 – Sugestões de melhoria do policiamento comunitário, Calafate – julho de 2011. Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 54 2.4.12 Considerações finais Sobre os objetivos principais da pesquisa, conclui-se que o nível de sensação de segurança nos dois bairros é regular. No Prado, quando se perguntou aos moradores com que frequência se vê viaturas patrulhando pelo bairro, 48% respondeu entre às vezes e raramente. No Calafate a situação foi similar, 47% disseram o mesmo. No Prado, com relação à segurança subjetiva, 55% das pessoas responderam ter medo de sair de casa para realizar atividades rotineiras, isto é, ir trabalhar, ir à escola, ao supermercado, passear pelas ruas ou de denunciar algum crime. No Calafate, apesar da maioria (51%) ter respondido não ter medo de sair de casa para realizar atividades rotineiras nem de fazer denúncias, 49% disseram ter medo, o que representa uma parcela considerável da população. Com relação ao crime que mais aflige os moradores do bairro Prado, ganham destaque os crimes contra o patrimônio, principalmente o roubo à mão armada (assalto) 48%, o furto em geral (17%) e o roubo em geral(12%). Portanto, os crimes contra o patrimônio são os que mais atemorizam os moradores. No Calafate, com relação aos crimes que mais afligem os moradores, a situação é bem parecida. Destaque para os assaltos (30%), roubos em geral (23%) e para os furtos em geral (14%). 55 Assim, no que se refere à sensação de segurança, são necessárias medidas visando à sua melhoria. Sobre a sensação de satisfação, constatou-se que a PM possui um bom conceito no que se refere à sua prestação de serviços pois no Prado, a maioria (74%) das pessoas que precisou dos serviços da PM a classificou entre bom e excelente e no Calafate o conceito foi ainda melhor, sendo que 81% o classifica entre bom e excelente. Dessa forma, nesse aspecto, é necessário traçar medidas de manutenção desse padrão. Uma boa parcela da população dos bairros não têm conhecimento que vem a ser o policiamento comunitário, isto é, 40% no Prado e 49% no Calafate. O nível de participação das pessoas na discussão de problemas afetos à comunidade é muito baixo, já que no bairro Prado apenas 10% disse ter participado e no Calafate apenas 15%. O nível de interação entre PM e comunidade pode ser classificado como ruim, pois a maioria (64%) dos moradores do Prado disse não conhecer qualquer policial que atue no bairro, contra 25 % que responderam conhecer algum deles. No Calafate, a aproximação entre Polícia Militar e comunidade é quase idêntica ao Prado, isto é, ainda é muito incipiente. A maioria (71%) não conhece qualquer policial que atue no bairro e 29% respondeu conhecer algum deles. Verifica-se que os policiais que atuam na área têm aplicado de forma muito precária os princípios de polícia comunitária já que 37% dos moradores do Prado afirmaram 56 terem ouvido falar que a PM tenha resolvido problemas que afetem a qualidade de vida da comunidade, não necessariamente um crime, mas uma demanda que possa redundar em atendimento policial. No Calafate a situção é bem parecida, onde 39% dos moradores responderam o mesmo. Além disso, 53% nunca presenciou algum policial ajudar pessoas que faça parte de minorias ou de grupos vulneráveis. A maioria dos moradores (85%) do Prado conhecem a Academia de Polícia Militar (APM). Quando se pergunta com relação à influência que a APM exerce na segurança segurança pública local, a maioria (53%) a classifica entre regular e fraca. No Calafate a maioria das pessoas (91%) também conhece a APM. Diferente da concepção dos moradores do Prado, a maioria (62%) das pessoas que residem no Calafate classificou entre média e forte a influência que a APM exerce na segurança pública do bairro. Observa-se que no Prado 48% dos entrevistados disseram que vêem às vezes ou raramente viaturas patrulhando pelo bairro. No Calafate a situação é similar no que se à percepção da frequência com que se vê viaturas patrulhando pelo bairro, 47% responderam entre ás vezes e raramente. Os moradores do Prado, ao serem questionados sobre sugestões para melhorar o policiamento comunitário no bairro, a maioria (68%) responde que o policial deveria permanecer fixo na área para agir mais próximo ao cidadão, seguido da opção de melhorar o convívio entre a PM e a comunidade (19%). 57 No Calafate, a maioria (55%) também sugeriu que o policial deveria ser mantido fixo na área para se aproximar mais ao cidadão e melhorar o convívio entre a PM e a comunidade (34%). Diante do que foi pesquisado, observa-se a necessidade não só de medidas preventivas e repressivas capazes de diminuir o crime, mas principalmente, capazes de aproximar a Polícia Militar e os moradores. 2.5 Escopo O Projeto “Academia do Cidadão” tem por escopo a aplicação prática das competências profissionais adquiridas pelos discentes para promoção da segurança pública e execução do policiamento comunitário. Sustenta-se na premissa de que a Academia de Polícia Militar tem condições de contribuir para a manutenção da ordem pública nos bairros onde está localizada e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados a estas comunidades, promovendo um ambiente saudável, harmonioso e seguro à comunidade do Prado e Calafate. Atualmente, o BAFC, coordenado pelo Núcleo de Prevenção Ativa (NPA) da APM, tem suas atividades reguladas pela Instrução nº 3.03.02/2009 – CG, que descreve como sua missão “proporcionar, pedagogicamente, a todos os discentes dos cursos da Academia de Polícia Militar e das Companhias de Ensino e Treinamento, a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos, por meio das disciplinas de seus cursos, na atividade-fim da Corporação, em suas diversas variáveis”. Sua ênfase recai sobre a prevenção criminal, por meio de intervenções planejadas e embasadas em princípios éticos e no respeito à dignidade humana. O Projeto consiste no emprego do efetivo acadêmico que compõe o BAFC em atividades de policiamento ostensivo em viaturas de duas e quatro rodas, a pé, 58 montado, ciclo patrulha e emprego de Bases Comunitárias Móveis em conjunto com ações comunitárias de outros seguimentos da própria Academia. Todas essas ações são desenvolvidas em apoio à 125ª Cia PM Esp do 22º BPM, responsável pela área delimitada, não tendo a pretensão de substituir o policiamento local. O Projeto busca uma aproximação com a comunidade através de visitas tranquilizadoras a vítimas de crimes, contatos com moradores e comerciantes para conhecer suas realidades e distribuir “dicas PM”, reuniões periódicas com as lideranças comunitárias, disponibilização de uma página na internet para participação da população, apresentações musicais na Base Comunitária pelas bandas do CEG (Milícia Levita e Permanência Compulsória) e outras ações de aproximação. Além de ações típicas de Polícia ostensiva e comunitária, serão empreendidos esforços para identificar problemas relacionados à qualidade de vida da comunidade, tais como barulho, pichações, lotes vagos, moradores de ruas, praças abandonadas, ruas escuras, dentre outros, e posterior acionamento dos órgãos responsáveis para solução destes problemas, como CEMIG, PBH,BHTrans, etc. Para conhecer a comunidade alvo do projeto, é importante identificar alguns de seus marcos históricos. Histórico do Calafate: No começo do século XX, iniciava-se a povoação da região Oeste através do Núcleo Agrícola do Carlos Prates. Povoado inicialmente por colonos, muitos deles estrangeiros (italianos), confundia-se então à Vila Operária do Barro Preto. Nesta época desenvolvia-se concomitantemente o Núcleo Suburbano do Calafate, hoje bairro Calafate, localizado na região Oeste, uma das áreas mais povoadas nestes primeiros anos da capital. Esse local era formado por chácaras e uma pequena capela. O acesso era precário e o transporte só era possível através de animais. Em 1902, o presidente do Estado de Minas Gerais, Francisco Salles, determinou a construção da Estrada de Ferro Oeste de Minas, rumo a Betim 59 passando pelo Calafate, o que trouxe movimentação e progresso para o bairro. A primeira estação ferroviária foi instalada na Rua Santa Quitéria. Em 1910, foi inaugurada a Estrada do Barreiro, passando também pelo Calafate. Estas vias de acesso foram as primeiras do bairro. Na década de 20 a cidade crescia e a região Oeste era a que mais se expandia. Em 1936, o asfalto chegou oficialmente ao bairro Calafate. Neste mesmo ano era erguida uma pequena capela que mais tarde se transformaria na atual Igreja de São José do Calafate. Histórico do Prado: A origem do bairro Prado, localizado na região Oeste, está intimamente ligada à fundação da capital. Pela Rua Platina, uma de suas principais vias, passaram as primeiras carroças que transportaram material para construção da cidade. O Prado Mineiro, primeiro hipódromo de Belo Horizonte, inaugurado em 1909, serviu de inspiração para o nome do bairro. Neste local, a sociedade se encontrava para assistir as corridas de cavalos, esporte muito popular à época. Com a retração deste tipo de esporte, o antigo hipódromo deu lugar a um campo de futebol, onde eram disputados jogos do campeonato mineiro. Além das provas de turfe e futebol, o Prado Mineiro ficou também conhecido por ter sediado o primeiro voo oficial de avião da cidade, protagonizado pelo piloto italiano Darioll. O avião, àquela época, era totalmente desconhecido da população, tendo sido visto antes apenas no cinema. 2.6 Objetivos e Metas Objetivo Geral - Promover a sensação de segurança aos moradores e comerciantes dos bairros Prado e Calafate através do Policiamento Comunitário executado pelos discentes da Academia de Polícia Militar, diminuindo a criminalidade local através de 60 ações cientificamente planejadas a curto, médio e longo prazo. Objetivos específicos: - Divulgar o projeto a comunidade local, colhendo, ao mesmo tempo, informações sobre os principais problemas locais que possam estar sendo omitidos pela falta de registro (cifras negras ou problemas decorrentes da ineficiência de outros órgãos). Ações específicas Metas a) Realizar contatos com moradores e comerciantes, principalmente lideres comunitários, como forma de difundir o projeto à comunidade local. Dar conhecimento do projeto a comunidade local, colhendo informações sobre os principais problemas locais b) Confeccionar e divulgar um espaço na internet para participação dos moradores de forma mais ágil. Divulgar o site aos moradores do bairro para, assim, permitir a coleta de informações locais e a distribuição de dicas policiais e outras informações úteis à população. c) Realizar palestras aos moradores, comerciantes e discentes da APM a respeito de temas de segurança pública, ligados a prevenção. Reduzir a vitimização e instruir a população e discentes a respeito de todo o processo de vitimização, reforçando ações preventivas. - Reduzir os índices de criminalidade e os problemas locais dos Bairros Prado e Calafate, aumentando a qualidade de vida desses bairros e reduzindo o medo do crime desses bairros. Ações específicas Metas a) Executar ações diárias com efetivo acadêmico no policiamento, ordinário e Reduzir o índice criminal do primeiro trimestre de funcionamento do projeto e 61 especial, nas modalidades a pé, de bicicleta, motorizado, montado, em patrulhamento e permanência. mostrar à população local a presença policial. b) Planejar operações específicas para incidir diretamente nos problemas locais constatados. Solucionar ou reduzir problemas locais que possam estar atingindo a comunidade. c) Solicitar apoio a outras unidades operacionais e à 125ª Cia PM Esp do 22ºBPM para a resolução de crimes mais específicos ou complexos. Enfrentar problemas de forma integrada e manter os bairros com um policiamento contínuo e direcionado. - Promover a capacitação dos Policiais Militares envolvidos no projeto para qualificá- los a prestar um excelente serviço. Ações específicas Metas a) Promover instruções internas para Policiais Militares da APM concernente ao projeto. Capacitar os militares do CET, CFAS, CEG e toda a Administração da APM, deixando-os cientes da responsabilidade do projeto. b) Ministrar palestras sobre Polícia Comunitária para os Policiais Militares da APM. Capacitar toda Administração da APM e discentes dos centros da APM. - Aumentar a sensação de segurança dos moradores dos bairros Prado e Calafate e a confiança desses na Polícia Militar para que participem da segurança dos referidos bairros. Ações específicas Metas a) Consolidar o projeto Academia do Fazer com que todos os moradores e 62 Cidadão nos bairros contemplados. comerciantes participem efetivamente do projeto através da rede de vizinhos protegidos. b) Criar um ambiente motivador para a participação dos moradores no projeto, de modo a torná-los cientes de suas responsabilidades na segurança da comunidade. Incentivar os moradores e comerciantes a participarem das soluções das demandas surgidas. b) Promover a sensação de segurança subjetiva através de vários tipos de propagandas. Afixar faixas e banners por todo o bairro, inclusive em comércios, publicar em jornais de bairros, etc. - Promover campanhas sociais com apoio de outros órgãos públicos. Ações específicas Metas a) Promover campanhas contra doenças sexualmente transmissíveis, antidrogas, contra dengue, e outras úteis a toda comunidade e ainda auxiliando a campanha através de apresentações das bandas Milícia Levita e Permanência Compulsória. Atingir a participação de toda comunidade e motivá-los a participar das atividades do projeto. - Adquirir tecnologia de ponta para qualificar a atuação policial e facilitar a cientificidade da atuação do projeto Ações específicas Metas a) Mostrar resultados do projeto ao comando da Polícia Militar de Minas Gerais, à SEDS e à comunidade, Dar conhecimento a comunidade do novo diagnóstico realizado e enviar relatórios ao alto comando e a SEDS 63 informando a possível maximização dos resultados através da aquisição de nova tecnologia. mostrando os resultados já alcançados pelo projeto. b) Angariar recursos para adquirir palm top para sofisticar o policiamento. Equipar todas as viaturas do projeto com essa tecnologia. c) Pesquisar novas tecnologias que sejam importantes para o aumento da qualidade da prestação de serviço pelos militares do projeto e empreender esforços para a aquisição dessas. Descobrir tecnologias que irão promover uma melhoria no projeto e fazer o possível para adquiri-las. - Tornar o projeto um padrão de aplicação de Polícia Militar a ser seguido por toda a Polícia Militar de Minas Gerais e mostrar o exemplo desse projeto a outras Polícias Militares de outros estados como forma a tornar-se referência. a) Confeccionar um projeto modelo para servir de base a outros futurosprojetos da PMMG e outras polícias. Chegar a um sólido e detalhado projeto que possa ser exequível na prática policial. b) Encaminhar o projeto e matérias relativos a este após certo tempo de duração e consolidação para fora do estado de Minas Gerais. Enviar o projeto à SENASP e a outras Polícias Militares. 2.6 Áreas de abrangência O projeto será realizado nos bairros Prado e Calafate, áreas compreendidas dentro do limite do BAFC (Batalhão Acadêmico Fernão Capelo). 64 2.7 Público-alvo Comunidade dos bairros contemplados e policiais militares discentes da Academia de Polícia Militar. 2.8 Logomarca do projeto Para divulgação ao público externo e interno, foi confeccionado um release com informações do projeto. Foi também criado um logotipo para caracterizar e identificar as ações e documentos referentes a esse trabalho (Anexo B). Quanto à simbologia do logotipo, ao fundo, o desenho do Portão das Armas da Academia de Polícia Militar, imagem tradicional, que permite o reconhecimento da instituição de ensino. As três pessoas estão nas cores heráldicas da PMMG, referindo-se a identidade organizacional. As mãos dadas simbolizam a ação conjunta. O personagem ao centro representa um policial militar (identificado pela boina), sendo este o principal responsável pela união entre APM e comunidade. 2.9 Execução A gestão do projeto, bem como do emprego operacional, ficará a cargo dos cadetes do 2º ano do Curso de Formação de Oficiais, sob supervisão e coordenação estratégica do Chefe do Núcleo de Prevenção Ativa (NPA) da APMMG. Quanto à pesquisa de vitimização e o trabalho de geoprocessamento, para confecção dos cartões programa, haverá apoio do analista criminal do citado NPA à seção de planejamento de operações. As linhas de ação se dividem em operacional e comunitária. 65 A execução dos serviços operacionais consiste em: visitas, orientações e cadastros de moradores e comerciantes, ações conjuntas com outros órgãos, distribuição de dicas de segurança, operações blitzen, notificações de irregularidades e visita as vítimas de crime. O emprego logístico da linha operacional é realizado por meio de automóveis (viaturas policiais), bases comunitárias móveis, motocicletas, cavalos e bicicletas. Os processos utilizados são: a pé, em bicicleta, motorizado e montado. Relacionado à atividade das viaturas policiais, os militares executarão patrulhamento à velocidade de 20 Km/h, com dispositivo de iluminação vermelha intermitente (giroflex) aceso, acionando brevemente a sirene a cada 3 minutos. A cada 40 minutos de patrulhamento motorizado, os policiais deverão parar as viaturas nos pontos bases previamente estabelecidos em cartões programas, permanecendo 20 minutos no local, onde permanecerão desembarcados, primando pelo contato com moradores e comerciantes locais. A linha de ação comunitária está voltada para a prestação dos seguintes serviços: palestras nas escolas e igrejas; participação em reuniões comunitárias; revitalização da Rede de Vizinhos Protegidos; desenvolvimento de atividades artísticas e culturais; campanhas solidárias; abertura do ambiente acadêmico para visitação e construção do sítio eletrônico (www.academiadocidadao.com.br) para participação do cidadão. O projeto terá também sua fase de desconcentração de tarefas, dividindo os esforços em equipes denominadas “Comitês de Resolução de Problemas”, que atuarão em áreas específicas delimitadas pelo gerente do projeto, de acordo com as demandas da área identificadas pelos membros de execução do Projeto e comunidade. 66 2.10 Resultados Finalísticos São os resultados finalísticos deste projeto: em conformidade com a atual gestão governamental, a promoção da cidadania, principalmente no que se refere à participação social nos assuntos relacionados à segurança pública, no intuito de melhorar a qualidade de vida da população dos bairros Prado e Calafate; redução dos crimes violentos, do delito de furto e dos acidentes de trânsito com vítima; a integração entre os órgãos envolvidos e lideranças comunitárias, com a devida responsabilização para cada área de atuação; consolidação da doutrina de Polícia Comunitária e experiência prática policial, visando à qualificação profissional dos discentes dos cursos de formação da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais. A avaliação do projeto e dos resultados finalísticos será realizada a cada seis meses, para fins de monitoramento e controle, através da análise criminal por geoprocessamento e pesquisa de vitimização. 67 1. 3 CONCLUSÃO À Polícia Militar de Minas Gerais, mais do que assegurar os direitos humanos, cabe promovê-los. A dignidade da pessoa humana inclui sua participação social, inclusive nos assuntos voltados à área de segurança pública. Neste prisma, a Academia de Polícia Militar busca inovação na prestação de serviços, os quais reafirmam o direito à cidadania e tornam a segurança pública um dever do Estado e direito e responsabilidade de todos. O projeto Academia do Cidadão visa também à qualificação profissional dos seus policiais, por meio da consolidação da filosofia de Polícia Comunitária. Esta atuação efetiva na prevenção criminal e na manutenção da ordem pública conduz a Instituição no cumprimento de seu papel, tanto no ensino como na responsabilidade pela segurança da localidade em que está inserida. Sob os pilares da extensão do ensino e da responsabilidade social, a Academia de Polícia Militar apresenta o projeto Academia do Cidadão, com o fim de contribuir para a paz social e para melhoria da qualidade de vida da população. 68 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Câmara dos Deputados, 05 de outubro de 1988. BAYLEY, David H. Padrões de policiamento: uma análise internacional comparativa. Tradução de Renê Alexandre Belmonte. 2. Ed. 1. reimp. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2006, 267 p. MINAS GERAIS. Constituição (1989). Constituição do Estado de Minas Gerais de 1989. Brasília: 21 de setembro de 1989. ___________________________. Diretriz para a produção de serviços de Segurança Pública Nr 05/2002-CG: regula a estruturação e o funcionamento de conselhos comunitários de segurança pública - CONSEP. Belo Horizonte, 2010, 29 p. ___________________________. Diretriz para a produção de serviços de Segurança Pública Nr 3.01.01/2010-CG - DGEOp: regula o emprego operacional da Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2010, 108 p. ___________________________. Diretriz para a produção de serviços de Segurança Pública Nr 3.01.05/2010-CG: regula a atuação da PMMG segundo a filosofia dos Direitos Humanos. Belo Horizonte, 2010, 74 p. ___________________________. Diretriz para a produção de serviços de Segurança Pública Nr 3.01.06/2011-CG: regula a aplicação da filosofia de Polícia Comunitária pela PMMG. Belo Horizonte, 2011, 85 p. 69 ___________________________. Instrução Nr 3001.7/2004-CG: regula o desenvolvimento da prevenção ativa pela PMMG e contém o regimento interno dos núcleos de prevenção ativa (NPA). Belo Horizonte, 2004, 30 p. ___________________________. Instrução Nr 3.03.11/2011-CG: regula a implantação de redes de vizinhos protegidos/redes de proteção nas comunidades do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2011, 51 p. TORO, J. Bernardo; WERNECK, Nísia Maria Duarte Furquim. Mobilização social: um modo de construir a democracia e a participação. UNICEF: Brasil, 1996. 70 ANEXO A: QUESTIONÁRIO SOBRE A SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E SATISFAÇÃO DAS COMUNIDADES DO BAIRRO PRADO E CALAFATE ACADEMIA DO CIDADÃOA Academia de Polícia Militar está elaborando o projeto “Academia do Cidadão” para melhorar a segurança do seu bairro, com o objetivo de diminuir a criminalidade e reduzir o medo do crime. Mas, para tanto, é necessário que você tenha consciência da importância de sua participação na segurança da sua comunidade. Fornecer informações à polícia é uma das melhores formas, seja sugerindo ou até mesmo criticando. Agradecemos o seu empenho em colaborar com a Polícia Militar ao preencher este questionário. Morador do bairro Prado ( ) ou Calafate ( ) E- mail: Sexo: Mas ( ) Fem ( ) Idade: Nível de instrução: 1º Grau ( ) 2º Grau ( ) Curso superior ( ) Estado civil: Solteiro ( ) Casado ( ) Separado ( ) Outros ( ) 1. Há quanto tempo reside no bairro? a) ( ) Até 3 anos b) ( ) De 3 a 6 anos c) ( ) De 6 a 10 anos d) ( ) Mais de 10 anos 71 2. O sr.(a) já ouviu falar em policiamento comunitário aqui no bairro? a) ( ) Sim b) ( ) Não 3. O sr.(a) já participou de alguma reunião comunitária para discutir problemas relacionados à comunidade? a) ( ) Sim b) ( ) Não 4. O sr.(a) já precisou dos serviços da Polícia Militar no bairro? a) ( ) Sim b) ( ) Não 5. O sr.(a) conhece a Academia de Polícia Militar? a) ( ) Sim b) ( ) Não 6. Caso a resposta acima seja positiva, qual a opinião do sr.(a) sobre a influência da Academia de Polícia Militar no que diz respeito à segurança pública do bairro? a) ( ) Forte b) ( ) Média c) ( ) Regular d) ( ) Fraca 7. Qual o conceito que o sr.(a) tem da prestação de serviços da Polícia Militar? a) ( ) Excelente b) ( ) Ótimo c) ( ) Bom d) ( ) Regular e) ( ) Ruim 72 8. O sr.(a) conhece algum(uns) policial(ais) que trabalhe(m) no seu bairro? a) ( ) Sim, todos eles b) ( ) Sim, alguns deles c) ( ) Não, mas tenho ciência do trabalho realizado por eles d) ( ) Não, nenhum deles 9. Com que freqüência o sr.(a) costuma ver viaturas policiais fazendo patrulhamento pelas ruas do bairro? a) ( ) Muita b) ( ) Regularmente c) ( ) Às vezes d) ( ) Raramente 10. O sr.(a) já ouviu falar de algum problema que afligia a qualidade de vida local que tenha sido solucionado pela Polícia Militar? a) ( ) Sim b) ( ) Não 11. O sr.(a) já presenciou algum policial militar ajudar algum jovem, idoso, pobre, deficiente ou qualquer pessoa que tenha necessidades especiais ou seja vulnerável? a) ( ) Sim b) ( ) Não 12. O Sr.(a) tem medo de sair de casa, desconfiança de denunciar um delito a instituição policial, medo de ir à escola, dentre outros? a) ( ) Sim b) ( ) Não 13. Na sua opinião, qual o crime que mais aflige a comunidade do seu bairro? 73 14. Escolha uma das sugestões abaixo para melhorar a Polícia Comunitária em seu bairro: a) Melhorar o convívio entre a Polícia e Comunidade........................................ ( ) b) Melhorar o treinamento dos Policiais Militares do bairro............................... ( ) c) Melhorar o trabalho da Polícia Civil no bairro................................................ ( ) d) Manter o policial fixo na área para agir mais próximo ao cidadão................. ( ) e) Outros – especifique - .................................................................................... ( ) 74 ANEXO B: LOGOTIPO DO PROJETO ACADEMIA DO CIDADÃO