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Projeto Academia do Cidadão

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NOME DO PROJETO: 
ACADEMIA DO CIDADÃO 
 
 
ORGANIZAÇÃO PROPONENTE: 
POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 IDENTIFICAÇÃO 
 
1.1 Nome do Projeto: Academia do Cidadão 
 
1.2 Instituição Mantenedora: Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG 
 
1.3 Unidade de Serviço: Academia de Polícia Militar de Minas Gerais – APM. 
 
1.4 Endereço completo da unidade de serviço: Rua Diábase, 320 – APM – Bairro 
Prado – Belo Horizonte – Minas Gerais. 
 
1.5 Responsáveis pela elaboração e execução do Projeto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome Função no Projeto Matrícula 
Cap. Claudio Alves e Silva 
Coordenador estratégico - Chefe do Núcleo de 
Prevenção Ativa 
122.643-0 
Cad Fernando de Abreu Armani Gerência/Comando do Projeto 153.403-1 
Cad Adão Ribeiro do Nascimento Seção de Recursos Humanos do Projeto 130.021-9 
Cad André Augusto B. de Oliveira Seção de Inteligência do Projeto 144.624-4 
Cad Lucas Emanoel Corgozinho Seção de Planejamento de Operações do Projeto 130.498-9 
Cad André Caselato Calais Seção de Comunicação Organizacional do Projeto 139.742-1 
 
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1. 2 DESCRIÇÃO DO PROJETO 
 
2.1 Resumo do Projeto 
 
O Projeto Academia do Cidadão visa à melhoria da prestação de serviços com 
ênfase na prevenção criminal e na ação educativa, em observância aos objetivos 
estratégicos, aos preceitos éticos e o respeito à dignidade da pessoa humana, 
resultando em redução da criminalidade, melhoria da qualidade de vida e da 
sensação de segurança dos moradores dos bairros Prado e Calafate, em Belo 
Horizonte. O Projeto integra as atividades de extensão do Batalhão Acadêmico 
Fernão Capelo, contribuindo para a qualificação profissional dos discentes da 
Academia de Polícia Militar (APM), preparando-os para atuarem em todos os rincões 
do Estado de Minas Gerais, na medida em que oportuniza a reflexão e a busca de 
soluções para os problemas de segurança pública próprios de cada área de 
responsabilidade. 
 
2.2 Justificativa 
 
 Várias são as motivações que culminaram com a criação do presente projeto. 
Essas motivações são de origem federal, estadual e institucional, conforme 
elencadas a seguir: 
- O Artigo 1º, inciso II, da CF/88, dispõe sobre os fundamentos da República 
Federativa do Brasil que constituem o Estado Democrático de Direito. Dentre estes 
fundamentos, destaca-se a cidadania, que confere ao cidadão o direito de 
participação política e social, garantindo dignidade a pessoa humana; 
- A Gestão para a Cidadania foi definida como o foco principal para o período de 
2011 – 2014 que corresponde à terceira geração do Modelo de Gestão 
Governamental do Estado de Minas Gerais, denominado “Estado em Rede”; 
- A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) busca atuar de forma alinhada ao 
modelo de gestão pública, principalmente nas ações com foco na promoção social, 
cidadania e fortalecimento dos direitos humanos. Para tanto, a PMMG lançou em 
2011 o programa Polícia para a Cidadania; 
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 A APM, de forma inovadora e em sintonia com as diretrizes do Governo 
Estadual e da PMMG, cria o projeto Academia do Cidadão. Trata-se de uma 
proposta de operacionalização da estratégia governamental, tendo como objetivo 
principal à prestação de serviços que, considerando o conceito de cidadania, 
incentiva a participação social como forma de solução conjunta para os problemas 
relacionados à segurança pública. 
O projeto Academia do Cidadão aproveita da experiência do Batalhão 
Acadêmico Fernão Capelo (BAFC), lançado em 2009, com o objetivo de aliar a 
teoria aprendida nas salas de aula à prática de atividades policiais junto à 
sociedade. Pautado nos princípios de polícia comunitária e de garantia das 
liberdades e direitos fundamentais das pessoas, visa aproximar os discentes da 
realidade social na qual irão atuar. 
A atuação dos discentes empregados no policiamento dos bairros Prado e 
Calafate busca a implementação de um reforço no policiamento local e aproximação 
da Polícia Militar a essas comunidades, de acordo com a responsabilidade social 
que a Academia de Polícia Militar tem por estar situada dentro da extensão territorial 
destes bairros. Além disso, constatou-se, através de diagnóstico específico, que o 
índice criminal dos bairros atingiu níveis preocupantes e a população não possui o 
um nível satisfatório de sensação de segurança que pode ser proporcionado pela 
PMMG. 
 
2.3 Diagnóstico 
 
 Um estudo acerca da criminalidade dos bairros foi a base de dados para a 
criação do Projeto Academia do Cidadão, para a definição de objetivos e metas, e 
para o planejamento de emprego operacional do efetivo executante. A seguir, o 
diagnóstico da criminalidade dos bairros Prado e Calafate. 
 
 
 
 
 
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2.3.1 Criminalidade Geral do Bairro Prado 
 
No período compreendido entre janeiro e junho de 2011 ocorreram 929 (novecentos 
e vinte e nove) crimes. Em comparação com o ano anterior, 2010, os crimes gerais 
tiveram uma redução de 3,23% conforme se vê na tabela abaixo. 
 
Pode se atribuir essa redução ao reforço no policiamento do bairro, cuja população 
realizou diversas reivindicações de melhoria na segurança. Diante disso, segundo a 
P3 da 125ª Cia/22º BPM, unidade responsável pela área, foram feitas diversas 
operações, que contaram com efetivo tanto do policiamento ordinário quanto de 
unidades especializadas. 
 
TABELA 1 
Comparativo da criminalidade geral do bairro Prado – Jan a Jun 2010/2011 
MÊS 2010 2011 V% 
Janeiro 151 134 -11,26 
Fevereiro 123 165 34,15 
Março 182 151 -17,03 
Abril 154 163 5,84 
Maio 179 168 -6,15 
Junho 171 148 -13,45 
SOMA 960 929 -3,23 
 Fonte: Armazém de dados PMMG, 2011. 
 
 
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2.3.1.2 Natureza 
 
As modalidades criminosas que se destacaram dentre os delitos gerais foram: furto 
(43,70%), roubo (10,66%) e acidente de trânsito com vítima (10,33%), conforme 
tabela abaixo. 
TABELA 2 
Principais naturezas de ocorrências do bairro Prado – jan a jun 2011 
NATUREZA QUANTIDADE F% FAC% 
Furto 406 43,70 43,7 
Roubo 99 10,66 54,36 
Acidente De trânsito c/ vítima 96 10,33 64,69 
Outras contra a pessoa 59 6,35 71,04 
Ameaça 45 4,84 75,89 
Dano 36 3,88 79,76 
Outras de trânsito 35 3,77 83,53 
Outras contra o patrimônio 33 3,55 87,08 
Estelionato 31 3,34 90,42 
Outras contidas em lei extravagante 19 2,05 92,46 
Demais naturezas 70 7,53 100,00 
Soma 929 100,00 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
 
 
 
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2.3.1.3 Logradouros 
 
Essas naturezas aconteceram com maior freqüência Na Av. Amazonas (10,12%), 
Av. do Contorno (6,46%), Av. Francisco Sá (6,03%) Rua Platina (5,17%), Rua 
Ituiutaba (4,84%), Rua dos Pampas (3,23%), Rua Chapecó (2,8%), Rua Cuiabá 
(2,58%), Rua Diabase (2,58%) e Av. Tereza Cristina (2,48%) e nos demais 
logradouros (53,71%), conforme tabela 3. A área que compreende esses 
logradouros possui uma extensa área comercial e corredores de tráfego, vias de 
acesso rápido para fuga dos infratores, como a Av. Amazonas, Av. do Contorno e 
Av. Tereza Cristina, onde trafegam milhares de veículos e pessoas, facilitando as 
ações delituosas, pois há ambiente favorável, vítima em potencial e agressores 
motivados. 
O furto e o roubo sozinhos somam 54% dos crimes gerais pode-se atribuir esse 
fenômeno ao fato de o bairro ter várias empresas tais como a CONTAX, que presta 
serviços de telefonia e possui milhares de funcionários, empresas de segurança tais 
como a RODOBAN e PROSSEGUR, a diversos estabelecimentos educacionais 
dentre os quais se destaca a faculdade Estácio de Sá, localizada na Rua Erê, 
diversas outras empresas de confecção situadas no interior do bairro e à vasta área 
comercial situada nas Ruas Platina e Cuiabá, Avenidas Silva Lobo, Tereza Cristina, 
Francisco Sá e Amazonas. Essa grande movimentação de pessoas, que vêm para ir 
ao comércio ou trabalhar, faz com que uma grande quantidadede veículos fiquem 
estacionados nos logradouros próximos, que favorece a ação dos marginais. 
É importante ressaltar também que o bairro Prado é um dos bairros mais tradicionais 
e luxuosos de Belo Horizonte, onde residem pessoas de classe média alta, o que 
por si só atrai a atenção de criminosos para a região. 
 
 
 
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 TABELA 3 
Logradouros com maior incidência de crimes gerais – Prado – Jan a jun de 2011 
LOGRADOURO QUANTIDADE F% FAC% 
Amazonas 94 10,12 10,12 
Contorno 60 6,46 16,58 
Francisco Sá 56 6,03 22,61 
Platina 48 5,17 27,78 
Ituiutaba 45 4,84 32,62 
Pampas 30 3,23 35,85 
Chapecó 26 2,8 38,65 
Cuiabá 24 2,58 41,23 
Diabase 24 2,58 43,81 
Tereza Cristina 23 2,48 46,29 
Demais logradouros 499 53,71 100 
SOMA 929 100 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.1.4 Dias da semana 
 
Nota-se que os dias de maior incidência criminal geral são: segunda, terça, quarta e 
quinta. Durante a semana, as transações bancárias, econômicas, comerciais e as 
atividades burocrático-administrativas, tanto empresarial quanto particular ocorrem 
com maior ênfase na segunda, terça e quarta-feira e quinta-feira, porque estão no 
meio da semana, logo, haverá grande circulação financeira e de pessoas nesses 
10 
 
dias principalmente nas datas que antecedem e sucedem ao pagamento (5,6 e 10, 
11,12 de cada mês) em logradouros com estrutura comercial como as Ruas Platina 
e Cuiabá, Avenidas Silva Lobo, Tereza Cristina, Francisco Sá e Amazonas e 
consequentemente, ocorre maior incidência de roubo a transeunte e roubo a 
estabelecimento comercial com destaque a padaria. 
 
 
 GRÁFICO 1 – Distribuição dos crimes gerais por dia da semana, Prado – jan a jun de 2011. 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.1.5 Faixa horária 
 
O crime ocorre com maior freqüência nos segundo e terceiro turnos. A partir das 8h 
da manhã ocorre um crescimento do número de crimes que permanece alto até às 
23h. Têm-se os “horários de pico” entre 12 e 17h e entre 21 e 22h. Os criminosos 
preferem atuar no começo da tarde ainda no horário comercial, mas há uma 
acentuada incidência no final da tarde, quando as pessoas estão em deslocamento 
para casa, faculdade, escola, ponto de ônibus ou na condução do veículo. De 21 às 
24h ainda há o retorno de pessoas do trabalho ou da escola, e normalmente estão 
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mais cansadas e desatentas e, além disso, o período noturno possibilita a ocultação 
dos infratores atrás de árvores, terrenos baldios, carros, esquinas, o que favorece a 
ação delituosa. 
 
GRÁFICO 2 – Distribuição dos crimes gerais por hora do dia, Prado – jan a jun de 2011. 
Fonte: Armazém de dados 
 
2.3.2 Criminalidade violenta do Prado 
 
De Janeiro a Junho de 2011 ocorreram 98 (noventa e oito) crimes violentos, contra 
109 ocorridos no ano passado, o que significa uma redução de 10,09. Essa redução 
pode ser devida às razões já mencionadas, reforço no policiamento do bairro, com 
aumento da presença da polícia, realizando operações. 
 
 
 
 
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TABELA 4 
Comparativo da criminalidade violenta do bairro Prado – Jan a Jun 2010/2011 
MÊS 2010 2011 V% 
JAN 12 20 66,67 
FEV 12 22 83,33 
MAR 23 21 -8,70 
ABR 15 6 -60,00 
MAI 27 17 -37,04 
JUN 20 12 -40,00 
SOMA 109 98 -10,09 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.2.1 Natureza 
 
Constata-se que o roubo é o principal crime violento que ocorre no bairro (97%), o 
que pode ser explicado pelas razões ditas anteriormente, ou seja, extensa área 
comercial principalmente nas Ruas Platina e Cuiabá, Avenidas Silva Lobo, Tereza 
Cristina, Francisco Sá e Amazonas. Além disso, o rápido acesso a vias de acesso 
rápido para a fuga dos infratores, tais como as avenidas do Contorno, Amazonas e 
Tereza Cristina que vão interligar o bairro com quase toda a cidade e até outros 
municípios como Contagem e Betim. 
 
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 GRÁFICO 3 – Distribuição dos crimes violentos por natureza, Prado – jan a jun de 
2011. 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.2.2 Logradouros 
 
A maioria dos crimes violentos do bairro Prado se concentram em apenas nove 
logradouros, são eles: Av. Amazonas (12,24%), Av. do Contorno (10,20%), Rua 
Ituiutaba (9,18%), Rua Brumadinho (6,12%), Av. Francisco Sá (6,12%), Av. Tereza 
Cristina (5,10%), Rua Doutor João Lúcio Brandão (4,18%), Rua dos Pampas 
(3,06%) e Rua Chapecó (2,04%), que juntos somam mais da metade dos crimes 
violentos ocorridos (58,16%). 
Pode-se explicar a incidência de crimes violentos nas ruas Ituiutaba, Dr. João Lúcio 
Brandão e dos Pampas em razão do grande número de pessoas que circulam por 
elas, que trabalham em empresas próximas tais como a CONTAX, a RODOBAN, a 
PROSSEGUR, que estudam na faculdade Estácio de Sá ou na FAMIG, ou seja, 
vítimas disponíveis a agentes motivados. Além disso, esses logradouros estão 
14 
 
próximos à Av. Tereza Cristina e Av. do Contorno, vias de acesso rápido, que 
favorecem a fuga dos infratores. 
Já nas ruas Brumadinho e Chapecó e Av. Francisco Sá, pode-se atribuir ao fato a 
incidência criminal pelo fato de serem ou estarem próximas a ruas comerciais como 
a própria Av. Francisco e Ruas Cuiabá e Turquesa, além de estarem próximas às 
Avenidas Amazonas e do Contorno, o que favorece a fuga dos agentes. 
 
 TABELA 5 
Logradouros com maior incidência de crimes violentos – Prado – Jan a jun de 2011 
LOGRADOURO QUANTIDADE F% FAC% 
1º Amazonas 12 12,24 12,24 
2º Contorno 10 10,20 22,44 
3º Ituiutaba 9 9,18 31,63 
4º Brumadinho 6 6,12 37,75 
5º Francisco Sá 6 6,12 43,87 
6 ºTereza Cristina 5 5,10 48,97 
7º Doutor João Lúcio Brandão 4 4,08 53,06 
8º Pampas 3 3,06 56,12 
9º Chapecó 2 2,04 58,16 
Demais logradouros 41 41,84 100,00 
SOMA 98 100,00 
Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
 
 
 
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2.3.2.3 Dias da Semana 
 
Os dias da semana com maior incidência são segunda, terça, quinta e sexta, com 
destaque para a terça-feira. Os crimes ocorrem principalmente no meio da semana 
em razão da movimentação financeira e de pessoas ser maior, por causa do 
funcionamento das empresas e do comércio ser principalmente nesse período. 
 
GRÁFICO 4 – Distribuição dos crimes violentos por dia da semana, Prado – jan a jun de 
2011. 
Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.2.4 Faixa horária 
 
Os horários de maior incidência dos crimes violentos se encontram no período 
compreendido entre 14h e 23h. Entre 16 e 17h “há um horário de pico” que pode ser 
explicado pelo fato de a movimentação de pessoas se deslocando para o trabalho, 
para casa ou para a escola ser maior nesse período. Entre 22 e 23h ocorre outro 
“pico” pelo fato de muitas pessoas estarem retornando do trabalho ou da escola, 
16 
 
consequentemente estão mais cansadas e desatentas, e o período noturno favorece 
a ocultação dos agentes, tudo isso favorece a ação delituosa: 
 
GRÁFICO 5 – Distribuição dos crimes violentos por hora do dia, Prado – jan a jun de 2011. 
Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.3 Criminalidade Geral do Calafate 
 
No bairro Calafate, em 2010, ocorreram 488 crimes gerais, contra 639 em 2011, isto 
é, houve um aumento de 30,94% no total da criminalidade geral. Nesse ponto, 
destacamos o Acidente de trânsito com vítima, que teve aumento de 262,50% em 
relação ao mesmo período do ano passado, isto é, em 2010 foram 80 acidentes, 
nesse ano foram 290. Pode se atribuir esse aumento ao aumento da frota, ao 
grande fluxo de veículos que circula pelo bairro, por onde passam vias de trafego 
intenso com as Avenidas Tereza Cristina, Silva Lobo, as Ruas Platina e Campos 
Sales. Além disso, há a possibilidade de alguma (as) inadequação (ões) na 
engenharia de trânsito de algum (uns) logradouro(s). 
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O roubo aumentou 12,20%, tal fato pode ser atribuído à migração da criminalidade 
do Prado parao Calafate, em razão das operações e do reforço policial naquele 
bairro. 
 
 TABELA 6 
Comparativo da criminalidade geral do bairro Calafate – Jan a Jun 2010/2011 
MESES DO ANO 2010 2011 v% 
Janeiro 68 109 60,29 
Fevereiro 85 63 -25,88 
Março 94 125 32,98 
Abril 73 131 79,45 
Maio 100 92 -8,00 
Junho 68 119 75,00 
TOTAL 488 639 30,94 
Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.3.1 Natureza 
 
Dos crimes que ocorreram podemos destacar os seguintes: Acidente de trânsito com 
vítima (45%), Furto (18%) e Roubo (7%). A grande incidência dos acidentes de 
trânsito com vítima pode atribuir ao aumento da frota, à grande concentração deles 
no bairro por causa do comércio, escolas faculdades e por fim à existência de 
logradouros com grande movimentação de veículos tais como Avenidas Tereza 
Cristina e Silva Lobo, Ruas Platina e Campos Sales, todas vão receber grande fluxo 
de tráfego oriundo da Avenida Amazonas. A Tereza Cristina recebe tráfego de 
veículos oriundos de dezenas de Municípios do interior. 
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Já o furto e o roubo, atribui-se a incidência criminal em razão da extensa área 
comercial situada nas Avenidas Silva Lobo e Tereza Cristina e Ruas Platina e 
Campos Sales. Esses logradouros estão situados próximos às Avenidas Amazonas 
e à própria Tereza Cristina, que interligam o bairro a outras regiões da cidade e a 
outros municípios da região metropolitana, facilitando a fuga dos agentes. 
 
Além da área comercial, há no bairro a estação de metrô Calafate, que recebe 
grande fluxo de pessoas e colégios como o São Bento, Bernardo Monteiro e Nossa 
Senhora da Piedade, além da escola técnica POLIMIG. Essas circunstâncias atraem 
a atenção de infratores para o bairro. 
 
 
GRÁFICO 6 – Distribuição dos crimes gerais por natureza, Calafate – jan a jun de 2011. 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
 
 
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2.3.3.2 Logradouros 
 
Os logradouros onde mais ocorrem os crimes são os seguintes: Av. Tereza Cristina 
(53,05%), Platina (11,42%) e Silva Lobo (4,23%), que respondem por quase 70% da 
incidência criminal geral do bairro, conforme se percebe pela tabela abaixo, 
justamente pelas razões ditas anteriormente: 
 
 TABELA 7 
Logradouros com maior incidência de crimes gerais – Calafate – Jan a jun de 2011 
LOGRADOUROS QTD F% FAC% 
Tereza Cristina 339 53,05 53,05 
Platina 73 11,42 64,47 
Silva Lobo 27 4,23 68,7 
Três Corações 17 2,66 71,36 
Campos Sales 15 2,35 73,71 
Zurick 12 1,88 75,59 
Desembargador Barcelos 10 1,56 77,15 
Cachoeira do Campo 10 1,56 78,71 
Oeste 9 1,42 80,13 
Demais logradouros 127 19,87 100 
TOTAL 639 100 
Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
 
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2.3.3.3 Dias da Semana 
 
Já os dias da semana com maior incidência criminal são: Segunda-Feira, terça-feira, 
quarta-feira e quinta-feira. Os crimes ocorrem principalmente no meio da semana em 
razão da movimentação financeira e de pessoas serem maior, por causa do 
funcionamento das empresas, escolas e do comércio ser principalmente nesse 
período. 
 
 
GRÁFICO 7 – Distribuição dos crimes gerais por dia da semana, Calafate – jan a jun de 2011. 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.3.4 Faixa Horária 
 
Os crimes ocorrem principalmente no período compreendido entre 8h e 23h, com um 
queda no período compreendido entre 12h e 14h. Uma possível justificativa para 
essa queda nesse último período é o fato de muitos policiais militares que estudam 
ou trabalham na Academia de Polícia Militar saírem para almoçar em restaurantes 
21 
 
ou até mesmo em suas próprias casas situadas no bairro. Essa movimentação de 
militares, nesse período, colabora para inibir a ação dos infratores. 
 
 
GRÁFICO 8 – Distribuição dos crimes gerais por hora do dia, Calafate – jan a jun de 2011. 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.4 Criminalidade Violenta do Calafate 
 
Comparando o ano de 2010 com o de 2011, constata-se que houve um aumento de 
4,44 no número de crimes violentos. Esse aumento, com dito anteriormente, pode 
ser devido à migração dos agentes que atuavam no bairro Prado para o Calafate. 
 
 
 
 
 
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TABELA 8 
Comparativo da criminalidade violenta do bairro Calafate – Jan a Jun 2010/2011 
MESES DO ANO 2010 2011 V% 
Janeiro 4 12 200 
Fevereiro 7 6 -14,29 
Março 8 14 75 
Abril 7 8 14,29 
Maio 12 3 -75 
Junho 7 4 -42,86 
TOTAL 45 47 4,44 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.4.1 Natureza 
 
Dos crimes violentos que ocorreram, o roubo constitui 94% do total, o que pode ser 
explicado pelas razões ditas anteriormente, ou seja, extensa área comercial 
principalmente nas Ruas Platina e Campos Sales, Avenidas Silva Lobo e Tereza 
Cristina. Além disso, o rápido acesso a vias de acesso rápido para a fuga dos 
infratores, tais como as avenidas do Contorno, Amazonas e Tereza Cristina que vão 
interligar o bairro com quase toda a cidade e até outros municípios como Contagem 
e Betim, o que favorece a ação dos agentes. 
. 
23 
 
 
 GRÁFICO 9 – Distribuição dos crimes violentos por natureza, Calafate – jan a jun de 2011. 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.4.2 Logradouros 
 
Quase 80% dos crimes se concentram em apenas 10 logradouros, dos quais 
destacamos três: Av. Tereza Cristina (21,28%), Rua Platina(14,89%) e Silva Lobo 
(8,51%) 
TABELA 9 
Logradouros com maior incidência de crimes violentos – Calafate – Jan a jun de 
2011 
LOGRADOURO 2011 F% FAC% 
Av.Tereza Cristina 10 21,28 21,28 
Rua Platina 7 14,89 36,17 
Av. Silva Lobo 4 8,51 44,68 
Rua Desembargador Barcelos 3 6,38 51,07 
Rua Zurick 3 6,38 57,45 
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Rua Cachoeira do Campo 3 6,38 63,83 
Rua Guaratã 3 6,38 70,22 
Rua Três Corações 2 4,26 74,47 
Rua Campos Sales 1 2,13 76,60 
Rua Bimbarra 1 2,13 78,73 
Demais logradouros 10 21,28 100,00 
SOMA 47 100,00 
Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
2.3.4.3 Dias da Semana 
 
Os dias da semana com maior incidência são de segunda à quinta-feira, o que 
coincide com os mesmos dias de maior ocorrência dos crimes gerais. Esse 
fenômeno ocorre, como dito anteriormente, principalmente no meio da semana em 
razão da movimentação financeira e de pessoas serem maior, por causa do 
funcionamento das empresas, escolas e do comércio ser principalmente nesse 
período. 
 
GRÁFICO 10 – Distribuição dos crimes violentos por dia da semana, Calafate – jan a jun de 2011. 
Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
25 
 
2.3.4.4 Faixa Horária 
 
Os horários com maior incidência estão compreendidos entre 16h e 21h e à 1h da 
manhã. . Entre 18 e 20h “há um horário de pico” que pode ser explicado pelo fato da 
movimentação de pessoas indo ou voltando para o trabalho, para casa ou para a 
escola ser maior nesse período. Nesse período já é final do dia e início da noite, as 
pessoas estão mais cansadas e desatentas, e o período noturno favorece a 
ocultação dos agentes, tudo isso facilita a ação delituosa. De 0 a 1 h da manhã há 
pico, explicado em razão da existência de poucas pessoas nas ruas, ou seja, 
ausência de pessoas que possam intervir numa ação delituosa, facilitando a prática 
do crime. 
 
 
 GRÁFICO 11 – Distribuição dos crimes violentos por hora do dia, Calafate – jan a jun de 2011. 
 Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
 
 
26 
 
2.3.5 Mapas de Kernel e de Pontos dos crimes violentos 
 
Os mapas de kernel e de Pontos da criminalidade violenta demonstram no terreno 
as áreas e as ruas dos bairros Prado e Calafate onde mais ocorrem os crimes como 
o roubo – Prado (97%); Calafate (94%) -, estupro – Prado (1%); Calafate (2%) -, 
seqüestro – Prado (2%) e homicídio – Calafate (4%). 
 
Os logradouros onde os crimes mais ocorrem estão próximos a logradouros como as 
Av. Amazonas, Tereza Cristina, Silva Lobo, do Contorno e Ruas Platina, Francisco 
Sá, Brumadinho, Ituiutaba, Desembargador Barcelos, Zurick, Cachoeirado Campo e 
Guaratã e Dr. João Lúcio Brandão. 
 
27 
 
 
FIGURA 1 – Mapa de Kernel, que delimita as Zonas quentes de criminalidade nos bairros Prado 
e Calafate – jan a jun de 2011. 
Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
28 
 
 
FIGURA 2 – Mapa de pontos da criminalidade violenta nos bairros Prado e Calafate – jan a jun 
de 2011. 
Fonte: Armazém de dados, PMMG, 2011. 
 
 
 Também foi realizada pesquisa de vitimização junto à comunidade, através de 
questionário (ver Anexo A) concernente à sensação de segurança dos moradores e 
comerciantes dos referidos bairros para identificação de possíveis cifras negras a fim 
de subsidiar as ações/operações e direcioná-las corretamente ao público-alvo. 
Segue abaixo a análise das respostas do referido questionário. 
29 
 
2.4 Definição do público alvo e dos objetivos da pesquisa 
 
A pesquisa tem como público alvo os moradores do bairro Prado e Calafate, cujas 
populações são respectivamente, 10.274 e 5.307, segundo o IBGE (senso de 2000) 
e dados da Seção de Planejamento e Operações do 22º BPM/PMMG – o senso de 
2010 ainda está em processamento. De cada uma dessas populações foi extraída 
uma amostra, segundo a fórmula de Stevenson (1981), a fim de que fosse realizada 
a pesquisa. 
 
2.4.1 Objetivos Principais 
 
 
a) Avaliar a sensação de segurança dos moradores dos bairros Prado e Calafate 
e, com base nisso, adotar medidas corretivas com vistas a aumentar a 
segurança subjetiva e objetiva da comunidade; 
b) Avaliar a sensação de satisfação dos moradores com relação à prestação de 
serviços da Polícia Militar e adotar medidas corretivas com vistas a melhor 
atender o cidadão residente naqueles bairros. 
 
2.4.2 Objetivos Secundários 
 
a) Verificar se os moradores conhecem o policiamento comunitário; 
b) Verificar o nível de integração entre a Polícia Militar e a Comunidade; 
c) Identificar o conhecimento e a concepção que os moradores têm sobre a 
Academia de Polícia Militar (APM); 
d) Identificar a influência da APM na segurança pública dos bairros pesquisados; 
e) Identificar o nível do medo do crime por parte dos moradores; 
f) Identificar qual o crime que mais aflige a comunidade; 
g) Verificar se os policiais estão praticando os princípios do policiamento 
comunitário; 
h) Colher sugestões dos moradores para melhorar o policiamento comunitário 
nos bairros 
30 
 
2.4.3 Definição do método de pesquisa de dados primários 
 
Foram utilizados os métodos de pesquisa qualitativo e quantitativo para realizar a 
pesquisa. No primeiro caso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio de 
monografias do Curso de Formação de Oficiais e sites da internet que trouxessem 
alguma informação sobre os bairros em questão. Já na pesquisa quantitativa, foi 
utilizado um questionário que buscou medir a sensação de segurança dos 
moradores. 
 
2.4.4 Definição da amostra 
 
Na definição da amostra, buscou-se selecionar uma amostra que fosse a mais 
confiável e representativa possível daquele universo. Para tanto, utilizou-se a 
fórmula matemática de Stevenson, criada em 1981. Dessa forma, para uma 
população (n) finita, a expressão matemática segundo a qual se transmite a relação 
entre diversas variáveis e constantes se apresenta na seguinte forma: 
 
n = Z². (P). (Q). (N) 
 ________________________ 
 (N – 1). E² + Z². (P). (Q) 
 
Em que: 
n = tamanho da amostra; 
N = tamanho da população ou universo estatístico; 
31 
 
Z = o valor Z é uma variável reduzida normal. Considerando-se que o nível de 
confiança é de 95%, de acordo com os valores da tabela Spiegel, o valor de Z neste 
caso será de 1,96; 
P = proporção da ocorrência das respostas do questionário aplicado aos 
moradores/comerciantes que residem no bairro pesquisado. Por não se saber o 
valor exato desta proporção, utilizou-se o 0,5 , uma vez que este valor permite a 
maior amostra. 
Q = complemento de proporção da ocorrência das respostas do questionário 
aplicado: (1 – P) = 1 – 0,5 = 0,5; 
E = erro máximo permitido = 8%, ou melhor, (0,08). 
Na medida em que utiliza um nível de confiança na ordem de 95% e erro máximo 
permitido de 8%, torna-se possível realizar deduções com graus de confiabilidade e 
credibilidade bastante elevados. Portanto, quanto maiores forem esses níveis, mais 
fidedigna e respeitada será a pesquisa. 
 
Diante do exposto, para o bairro Prado, temos: 
 
n = (1,96) zero. (0,5). (0,5). (10.274) 
 _______________________________________ 
 (10.274 – 1). (0,08)² + (1,96)². (0,5). (0,5) 
 
n = 147,87 
Portanto, o questionário foi aplicado a 148 moradores do bairro Prado. 
 
32 
 
Para o bairro Calafate: 
 
n = (1,96) ². (0,5). (0,5). (5.307) 
 ______________________________________ 
 (5.307 – 1). (0,08)² + (1,96)². (0,5). (0,5) 
 
n = 145,93 
Assim, o questionário foi aplicado a 146 moradores do bairro Calafate. 
 
Buscou-se aplicar o questionário em todas as regiões dos bairros, com o propósito 
de colher uma opinião mais fidedigna do todo. 
 
2.4.5 Resultados da pesquisa e análise dos dados 
 
Os dados apresentados a seguir são o resultado da pesquisa de campo, que tem 
como objetivo dar subsídios ao planejamento de ações e operações preventivas e 
repressivas que visam melhorar a qualidade de vida dos moradores dos bairros 
Prado e Calafate. 
 
2.4.6 Perfil dos moradores 
 
No bairro Prado 51% das pessoas entrevistadas eram do sexo feminino e 49% do 
sexo masculino. 
33 
 
 
 
GRÁFICO 1 – Sexo dos moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
Já no bairro Calafate o público foi composto de 50% do sexo feminino e 50% 
masculino. 
 
 
GRÁFICO 2 – Sexo dos moradores pesquisados, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
34 
 
A maioria das pessoas entrevistadas são adultas, cuja faixa etária está entre 25 e 64 
anos. Constata-se tal fato tanto no bairro Prado quanto no Calafate, o que pode ser 
explicado, em parte, em razão do horário em que foi realizada a entrevista, isto é, 
das 19h às 21h. 
 
 
GRÁFICO 3 – Faixa etária dos moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
 
 
35 
 
 
GRÁFICO 4 – Faixa etária dos moradores pesquisados, Calafate – julho de 
2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
Com relação ao nível de escolaridade, constatou-se que no Prado 43% das pessoas 
entrevistadas possuem o ensino médio, 42% curso superior e 15% apenas o ensino 
fundamental. Pode-se atribuir o razoável nível de escolaridade dessa população em 
razão da classe social média-alta que residente no local. 
 
 
 
36 
 
 
GRÁFICO 5 – Nível de escolaridade dos moradores pesquisados, Prado – julho de 
2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
Já no bairro Calafate, verificou-se que a maioria dos moradores possui o ensino 
médio, 38% curso superior e 14% o ensino fundamental. Há uma porcentagem 
menor de pessoas que possuem graduação em relação ao bairro Prado justamente 
pela diferença do nível econômico dos morados do Calafate. 
 
GRÁFICO 6 – Nível de escolaridade dos moradores pesquisados, Calafate – julho 
de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
37 
 
A maior parte da população é composta por solteiros 39%. Os casados são 38%. 
 
 
GRÁFICO 7 – Estado civil dos moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
Já no Calafate são 46% de solteiros e 33% de casados. 
 
 
GRÁFICO 8 – Estado civil dos moradores pesquisados, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
38 
 
Com relação ao tempo em que as pessoas residem nos bairros, verificou-se que a 
maior parte já mora há um tempo razoável, do que se conclui o aspecto tradicional 
da região. 
 
 
GRÁFICO 9 – Tempo em que os moradores pesquisados residem no bairro, Prado 
– julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisade campo, 2011. 
 
 
GRÁFICO 10 – Tempo em que os moradores pesquisados residem no bairro, 
Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
39 
 
2.4.7 Sensação de satisfação dos moradores 
 
No Prado 51% das pessoas já precisou dos serviços da Polícia Militar. Já no 
Calafate a maioria (55%) respondeu ainda não ter precisado. 
 
Quando se pergunta qual o conceito da prestação dos serviços da Polícia Militar no 
Bairro, verifica-se que no Prado a maioria das pessoas (74%) classifica entre bom e 
excelente. 
 
 
GRÁFICO 11 – Nível de satisfação dos moradores pesquisados com relação à 
prestação de serviços da PM, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
No Calafate o conceito de dessa prestação de serviços é ainda melhor, sendo que 
81% o classifica entre bom e excelente. 
 
40 
 
 
GRÁFICO 12 – Nível de satisfação dos moradores pesquisados com relação à 
prestação de serviços da PM, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
2.4.8 Influência da Academia de Polícia Militar na segurança pública dos 
bairros 
 
Constatou-se que 85% dos moradores do Prado conhecem a Academia de Polícia 
Militar (APM). No que se refere à segurança pública, a influência que a APM exerce 
no bairro foi classificada pela maioria (53%) entre regular e fraca. 
 
 
41 
 
 
GRÁFICO 13 – Percepção do nível de influência da APM na segurança pública do 
bairro, segundo os moradores pesquisados, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
No Calafate a maioria das pessoas 91%, conhece a APM. No que se refere à 
influência da APM na segurança pública do bairro, constatou-se uma diferença de 
opinião com relação ao Prado. A maioria (62%) classificou entre média e forte. 
 
 
GRÁFICO 14 – Percepção do nível de influência da APM na segurança pública do 
bairro, segundo os moradores pesquisados, Calafate – julho de 
2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
42 
 
2.4.9 Policiamento comunitário nos bairros 
 
Quando se pergunta se já ouviu falar de policiamento comunitário no bairro aos 
moradores no Prado, 60% respondem que sim. 
 
 
GRÁFICO 15 –Conhecimento sobre policiamento comunitário dos moradores 
pesquisados, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
Já no Calafate, 51% das pessoas já ouviu falar de policiamento comunitário e 49% 
nunca ouviram a respeito. 
 
 
43 
 
 
GRÁFICO 16 – Conhecimento sobre policiamento comunitário dos moradores 
pesquisados, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
Quando se pergunta com relação ao fato de já terem participado de alguma reunião 
comunitária para discutir problemas afetos à comunidade local, percebe-se que no 
bairro Prado apenas 10% já participaram e a maioria (90%) nunca participou. 
 
 
GRÁFICO 17 – Nível de participação dos moradores pesquisados em reuniões 
comunitárias, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
44 
 
No Calafate há uma porcentagem um pouco maior de pessoas que disseram já ter 
participado de alguma reunião comunitária para resolver problemas relacionados à 
comunidade, mas mesmo assim prevalece a pouca participação das pessoas para 
discutir questões que dizem respeito à coletividade. 
 
 
GRÁFICO 18 – Nível de participação dos moradores pesquisados em reuniões 
comunitárias, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
Quando se pergunta aos moradores do Prado se conhecem alguma policial que 
trabalhe no bairro a maioria (64%) responde que não conhecem nenhum. Apenas 
25% diz conhecer algum policial da área. Do que se conclui que interação entre 
polícia e comunidade é ainda muito precária. 
 
45 
 
 
GRÁFICO 19 – Interação entre moradores pesquisados e policiais que atuam na 
área, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
No Calafate, a aproximação entre Polícia Militar e comunidade é quase idêntica ao 
Prado, isto é, ainda é muito incipiente. A maioria (71%) não conhece algum policial 
que atue no bairro. 
 
46 
 
 
GRÁFICO 20 – Interação entre moradores pesquisados e policiais que atuam na 
área, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
Quando se pergunta com relação resolução de problemas que afligiam a qualidade 
de vida local que tenham sido solucionados pela Polícia Militar, 63% dos moradores 
do Prado respondem não terem ouvido falar a respeito. 
 
 
GRÁFICO 21 – Aplicação de princípios de polícia comunitária por parte de policiais 
militares que atuam na área, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
47 
 
No Calafate a situção é bem parecida. 61% respondeu que nunca ouviu falar sobre 
problemas da qualidade de vida local que tenham sido solucionados pela PM. 
 
GRÁFICO 22 – Aplicação de princípios de polícia comunitária por parte de policiais 
militares que atuam na área, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
No Prado, a maioria da população (59%) disse ter presenciado algum policial 
ajudando algum idoso, jovem, pobre, deficiente ou qualquer pessoa que fosse 
vulnerável. 
 
GRÁFICO 23 – Aplicação de princípios de polícia comunitária por parte de policiais 
militares que atuam na área, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
48 
 
Já no Calafate tem-se que a maioria nunca presenciou algum policial ajudando 
pessoas que façam parte de minorias ou grupo vulneráveis. 
 
 
GRÁFICO 24 – Aplicação de princípios de polícia comunitária por parte de policiais 
militares que atuam na área, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
2.4.10 Sensação de segurança objetiva e subjetiva 
 
Quando se pergunta com que frequência se costuma ver viaturas patrulhando pelo 
bairro, 52% respondem entre regularmente e muita. 
 
49 
 
 
GRÁFICO 25 – Frequência com que se vê viaturas patrulhando nas ruas do bairro, 
Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
No Calafate a situação é similar no que se à percepção da frequência com que se vê 
viaturas patrulhando pelo bairro. 
 
 
GRÁFICO 26 – Frequência com que se vê viaturas patrulhando nas ruas do bairro, 
Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
50 
 
No Prado quando se pergunta com relação ao medo do crime, isto é, medo de sair 
de casa para realizar atividades normais do dia a dia ou de denunciar algum crime a 
órgão responsável, a maioria 55% responde que sim. 
 
 
GRÁFICO 27 – Medo do crime, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
No Calafate, o medo do crime diminui discretamente e a maioria (51%) responde 
não ter medo de sair de casa para realizar atividades rotineiras nem de fazer 
denúncias. 
 
GRÁFICO 28 – Medo do crime, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
51 
 
Com relação ao crime que mais aflige os moradores do bairro Prado, ganham 
destaque os crimes contra o patrimônio, principalmente o roubo à mão armada 
(assalto) 48%, o furto em geral (17%) e o roubo em geral(12%). Portanto, os crimes 
contra o patrimônio são os que mais atemorizam os moradores. Vale lembrar que o 
bairro une pelo menos três aspectos que chamam a atenção de cidadãos infratores: 
possui vasta área comercial, grande fluxo de pessoas e várias vias de acesso rápido 
para fuga. 
 
 
 
GRÁFICO 29 – Crime que mais aflige a comunidade, Prado – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
No Calafate, com relação aos crimes que mais afligem os moradores, a situação é 
bem parecida. Destaque para os assaltos (30%), roubos em geral (23%) e para os 
furtos em geral (14%). Os crimes contra o patrimônio são os que mais incomodam a 
população, pelas mesmas razões descritas no bairro Prado. 
 
52 
 
 
 
GRÁFICO 30 – Crime que mais aflige a comunidade, Calafate – julho de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
2.4.11 Sugestões 
 
Os moradores do Prado, ao serem questionadossobre sugestões para melhorar o 
policiamento comunitário no bairro, a maioria (68%) responde que o policial deveria 
permanecer fixo na área para agir mais próximo ao cidadão, seguido da opção de 
melhorar o convívio entre a PM e a comunidade (19%). 
 
53 
 
 
GRÁFICO 31 – Sugestões de melhoria do policiamento comunitário, Prado – julho 
de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
No Calafate, a maioria (55%) também sugeriu que o policial deveria ser mantido fixo 
na área para se aproximar mais ao cidadão e melhorar o convívio entre a PM e a 
comunidade (34%). 
 
 
GRÁFICO 32 – Sugestões de melhoria do policiamento comunitário, Calafate – julho 
de 2011. 
 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 
 
54 
 
2.4.12 Considerações finais 
 
Sobre os objetivos principais da pesquisa, conclui-se que o nível de sensação de 
segurança nos dois bairros é regular. No Prado, quando se perguntou aos 
moradores com que frequência se vê viaturas patrulhando pelo bairro, 48% 
respondeu entre às vezes e raramente. No Calafate a situação foi similar, 47% 
disseram o mesmo. 
 
No Prado, com relação à segurança subjetiva, 55% das pessoas responderam ter 
medo de sair de casa para realizar atividades rotineiras, isto é, ir trabalhar, ir à 
escola, ao supermercado, passear pelas ruas ou de denunciar algum crime. 
 
No Calafate, apesar da maioria (51%) ter respondido não ter medo de sair de casa 
para realizar atividades rotineiras nem de fazer denúncias, 49% disseram ter medo, 
o que representa uma parcela considerável da população. 
 
Com relação ao crime que mais aflige os moradores do bairro Prado, ganham 
destaque os crimes contra o patrimônio, principalmente o roubo à mão armada 
(assalto) 48%, o furto em geral (17%) e o roubo em geral(12%). Portanto, os crimes 
contra o patrimônio são os que mais atemorizam os moradores. 
 
No Calafate, com relação aos crimes que mais afligem os moradores, a situação é 
bem parecida. Destaque para os assaltos (30%), roubos em geral (23%) e para os 
furtos em geral (14%). 
 
55 
 
Assim, no que se refere à sensação de segurança, são necessárias medidas 
visando à sua melhoria. 
 
Sobre a sensação de satisfação, constatou-se que a PM possui um bom conceito no 
que se refere à sua prestação de serviços pois no Prado, a maioria (74%) das 
pessoas que precisou dos serviços da PM a classificou entre bom e excelente e no 
Calafate o conceito foi ainda melhor, sendo que 81% o classifica entre bom e 
excelente. Dessa forma, nesse aspecto, é necessário traçar medidas de 
manutenção desse padrão. 
 
Uma boa parcela da população dos bairros não têm conhecimento que vem a ser o 
policiamento comunitário, isto é, 40% no Prado e 49% no Calafate. 
 
O nível de participação das pessoas na discussão de problemas afetos à 
comunidade é muito baixo, já que no bairro Prado apenas 10% disse ter participado 
e no Calafate apenas 15%. 
 
O nível de interação entre PM e comunidade pode ser classificado como ruim, pois a 
maioria (64%) dos moradores do Prado disse não conhecer qualquer policial que 
atue no bairro, contra 25 % que responderam conhecer algum deles. No Calafate, a 
aproximação entre Polícia Militar e comunidade é quase idêntica ao Prado, isto é, 
ainda é muito incipiente. A maioria (71%) não conhece qualquer policial que atue no 
bairro e 29% respondeu conhecer algum deles. 
 
Verifica-se que os policiais que atuam na área têm aplicado de forma muito precária 
os princípios de polícia comunitária já que 37% dos moradores do Prado afirmaram 
56 
 
terem ouvido falar que a PM tenha resolvido problemas que afetem a qualidade de 
vida da comunidade, não necessariamente um crime, mas uma demanda que possa 
redundar em atendimento policial. 
 
No Calafate a situção é bem parecida, onde 39% dos moradores responderam o 
mesmo. Além disso, 53% nunca presenciou algum policial ajudar pessoas que faça 
parte de minorias ou de grupos vulneráveis. 
 
A maioria dos moradores (85%) do Prado conhecem a Academia de Polícia Militar 
(APM). Quando se pergunta com relação à influência que a APM exerce na 
segurança segurança pública local, a maioria (53%) a classifica entre regular e fraca. 
 
No Calafate a maioria das pessoas (91%) também conhece a APM. Diferente da 
concepção dos moradores do Prado, a maioria (62%) das pessoas que residem no 
Calafate classificou entre média e forte a influência que a APM exerce na segurança 
pública do bairro. 
 
Observa-se que no Prado 48% dos entrevistados disseram que vêem às vezes ou 
raramente viaturas patrulhando pelo bairro. No Calafate a situação é similar no que 
se à percepção da frequência com que se vê viaturas patrulhando pelo bairro, 47% 
responderam entre ás vezes e raramente. 
 
Os moradores do Prado, ao serem questionados sobre sugestões para melhorar o 
policiamento comunitário no bairro, a maioria (68%) responde que o policial deveria 
permanecer fixo na área para agir mais próximo ao cidadão, seguido da opção de 
melhorar o convívio entre a PM e a comunidade (19%). 
57 
 
 
No Calafate, a maioria (55%) também sugeriu que o policial deveria ser mantido fixo 
na área para se aproximar mais ao cidadão e melhorar o convívio entre a PM e a 
comunidade (34%). 
 
Diante do que foi pesquisado, observa-se a necessidade não só de medidas 
preventivas e repressivas capazes de diminuir o crime, mas principalmente, capazes 
de aproximar a Polícia Militar e os moradores. 
 
2.5 Escopo 
 
O Projeto “Academia do Cidadão” tem por escopo a aplicação prática das 
competências profissionais adquiridas pelos discentes para promoção da segurança 
pública e execução do policiamento comunitário. Sustenta-se na premissa de que a 
Academia de Polícia Militar tem condições de contribuir para a manutenção da 
ordem pública nos bairros onde está localizada e para a melhoria da qualidade 
dos serviços prestados a estas comunidades, promovendo um ambiente 
saudável, harmonioso e seguro à comunidade do Prado e Calafate. 
Atualmente, o BAFC, coordenado pelo Núcleo de Prevenção Ativa (NPA) da 
APM, tem suas atividades reguladas pela Instrução nº 3.03.02/2009 – CG, que 
descreve como sua missão “proporcionar, pedagogicamente, a todos os 
discentes dos cursos da Academia de Polícia Militar e das Companhias de 
Ensino e Treinamento, a oportunidade de aplicar os conhecimentos 
adquiridos, por meio das disciplinas de seus cursos, na atividade-fim da 
Corporação, em suas diversas variáveis”. 
Sua ênfase recai sobre a prevenção criminal, por meio de intervenções 
planejadas e embasadas em princípios éticos e no respeito à dignidade humana. 
O Projeto consiste no emprego do efetivo acadêmico que compõe o BAFC 
em atividades de policiamento ostensivo em viaturas de duas e quatro rodas, a pé, 
58 
 
montado, ciclo patrulha e emprego de Bases Comunitárias Móveis em conjunto com 
ações comunitárias de outros seguimentos da própria Academia. Todas essas ações 
são desenvolvidas em apoio à 125ª Cia PM Esp do 22º BPM, responsável pela área 
delimitada, não tendo a pretensão de substituir o policiamento local. 
O Projeto busca uma aproximação com a comunidade através de visitas 
tranquilizadoras a vítimas de crimes, contatos com moradores e comerciantes para 
conhecer suas realidades e distribuir “dicas PM”, reuniões periódicas com as 
lideranças comunitárias, disponibilização de uma página na internet para 
participação da população, apresentações musicais na Base Comunitária pelas 
bandas do CEG (Milícia Levita e Permanência Compulsória) e outras ações de 
aproximação. Além de ações típicas de Polícia ostensiva e comunitária, serão 
empreendidos esforços para identificar problemas relacionados à qualidade de vida 
da comunidade, tais como barulho, pichações, lotes vagos, moradores de ruas, 
praças abandonadas, ruas escuras, dentre outros, e posterior acionamento dos 
órgãos responsáveis para solução destes problemas, como CEMIG, PBH,BHTrans, 
etc. 
Para conhecer a comunidade alvo do projeto, é importante identificar alguns 
de seus marcos históricos. 
 
Histórico do Calafate: 
 No começo do século XX, iniciava-se a povoação da região Oeste através 
do Núcleo Agrícola do Carlos Prates. Povoado inicialmente por colonos, muitos 
deles estrangeiros (italianos), confundia-se então à Vila Operária do Barro Preto. 
Nesta época desenvolvia-se concomitantemente o Núcleo Suburbano do 
Calafate, hoje bairro Calafate, localizado na região Oeste, uma das áreas mais 
povoadas nestes primeiros anos da capital. Esse local era formado por chácaras e 
uma pequena capela. O acesso era precário e o transporte só era possível através 
de animais. 
Em 1902, o presidente do Estado de Minas Gerais, Francisco Salles, 
determinou a construção da Estrada de Ferro Oeste de Minas, rumo a Betim 
59 
 
passando pelo Calafate, o que trouxe movimentação e progresso para o bairro. A 
primeira estação ferroviária foi instalada na Rua Santa Quitéria. 
 Em 1910, foi inaugurada a Estrada do Barreiro, passando também pelo 
Calafate. Estas vias de acesso foram as primeiras do bairro. Na década de 20 a 
cidade crescia e a região Oeste era a que mais se expandia. 
 Em 1936, o asfalto chegou oficialmente ao bairro Calafate. Neste mesmo ano 
era erguida uma pequena capela que mais tarde se transformaria na atual Igreja de 
São José do Calafate. 
 
 
 
Histórico do Prado: 
 A origem do bairro Prado, localizado na região Oeste, está intimamente 
ligada à fundação da capital. Pela Rua Platina, uma de suas principais vias, 
passaram as primeiras carroças que transportaram material para construção da 
cidade. 
 O Prado Mineiro, primeiro hipódromo de Belo Horizonte, inaugurado em 
1909, serviu de inspiração para o nome do bairro. Neste local, a sociedade se 
encontrava para assistir as corridas de cavalos, esporte muito popular à época. 
Com a retração deste tipo de esporte, o antigo hipódromo deu lugar a um campo 
de futebol, onde eram disputados jogos do campeonato mineiro. 
 Além das provas de turfe e futebol, o Prado Mineiro ficou também conhecido 
por ter sediado o primeiro voo oficial de avião da cidade, protagonizado pelo piloto 
italiano Darioll. O avião, àquela época, era totalmente desconhecido da população, 
tendo sido visto antes apenas no cinema. 
 
2.6 Objetivos e Metas 
 
Objetivo Geral - Promover a sensação de segurança aos moradores e comerciantes 
dos bairros Prado e Calafate através do Policiamento Comunitário executado pelos 
discentes da Academia de Polícia Militar, diminuindo a criminalidade local através de 
60 
 
ações cientificamente planejadas a curto, médio e longo prazo. 
 
 
Objetivos específicos: 
- Divulgar o projeto a comunidade local, colhendo, ao mesmo tempo, informações 
sobre os principais problemas locais que possam estar sendo omitidos pela falta de 
registro (cifras negras ou problemas decorrentes da ineficiência de outros órgãos). 
 
 
Ações específicas Metas 
a) Realizar contatos com moradores e 
comerciantes, principalmente lideres 
comunitários, como forma de difundir o 
projeto à comunidade local. 
Dar conhecimento do projeto a 
comunidade local, colhendo informações 
sobre os principais problemas locais 
b) Confeccionar e divulgar um espaço 
na internet para participação dos 
moradores de forma mais ágil. 
Divulgar o site aos moradores do bairro 
para, assim, permitir a coleta de 
informações locais e a distribuição de 
dicas policiais e outras informações úteis à 
população. 
c) Realizar palestras aos moradores, 
comerciantes e discentes da APM a 
respeito de temas de segurança 
pública, ligados a prevenção. 
Reduzir a vitimização e instruir a 
população e discentes a respeito de todo o 
processo de vitimização, reforçando ações 
preventivas. 
 
 
- Reduzir os índices de criminalidade e os problemas locais dos Bairros Prado e 
Calafate, aumentando a qualidade de vida desses bairros e reduzindo o medo do 
crime desses bairros. 
 
Ações específicas Metas 
a) Executar ações diárias com efetivo 
acadêmico no policiamento, ordinário e 
Reduzir o índice criminal do primeiro 
trimestre de funcionamento do projeto e 
 
61 
 
especial, nas modalidades a pé, de 
bicicleta, motorizado, montado, em 
patrulhamento e permanência. 
mostrar à população local a presença 
policial. 
b) Planejar operações específicas para 
incidir diretamente nos problemas locais 
constatados. 
Solucionar ou reduzir problemas locais 
que possam estar atingindo a 
comunidade. 
c) Solicitar apoio a outras unidades 
operacionais e à 125ª Cia PM Esp do 
22ºBPM para a resolução de crimes 
mais específicos ou complexos. 
Enfrentar problemas de forma integrada 
e manter os bairros com um 
policiamento contínuo e direcionado. 
 
- Promover a capacitação dos Policiais Militares envolvidos no projeto para qualificá-
los a prestar um excelente serviço. 
 
Ações específicas Metas 
a) Promover instruções internas para 
Policiais Militares da APM concernente 
ao projeto. 
Capacitar os militares do CET, CFAS, 
CEG e toda a Administração da APM, 
deixando-os cientes da responsabilidade 
do projeto. 
b) Ministrar palestras sobre Polícia 
Comunitária para os Policiais Militares 
da APM. 
Capacitar toda Administração da APM e 
discentes dos centros da APM. 
 
 
 
- Aumentar a sensação de segurança dos moradores dos bairros Prado e Calafate e a 
confiança desses na Polícia Militar para que participem da segurança dos referidos 
bairros. 
 
Ações específicas Metas 
a) Consolidar o projeto Academia do Fazer com que todos os moradores e 
62 
 
Cidadão nos bairros contemplados. comerciantes participem efetivamente 
do projeto através da rede de vizinhos 
protegidos. 
b) Criar um ambiente motivador para a 
participação dos moradores no projeto, 
de modo a torná-los cientes de suas 
responsabilidades na segurança da 
comunidade. 
Incentivar os moradores e comerciantes 
a participarem das soluções das 
demandas surgidas. 
b) Promover a sensação de segurança 
subjetiva através de vários tipos de 
propagandas. 
Afixar faixas e banners por todo o bairro, 
inclusive em comércios, publicar em 
jornais de bairros, etc. 
 
- Promover campanhas sociais com apoio de outros órgãos públicos. 
 
Ações específicas Metas 
a) Promover campanhas contra 
doenças sexualmente transmissíveis, 
antidrogas, contra dengue, e outras 
úteis a toda comunidade e ainda 
auxiliando a campanha através de 
apresentações das bandas Milícia 
Levita e Permanência Compulsória. 
Atingir a participação de toda 
comunidade e motivá-los a participar 
das atividades do projeto. 
 
- Adquirir tecnologia de ponta para qualificar a atuação policial e facilitar a 
cientificidade da atuação do projeto 
 
 
Ações específicas Metas 
a) Mostrar resultados do projeto ao 
comando da Polícia Militar de Minas 
Gerais, à SEDS e à comunidade, 
Dar conhecimento a comunidade do 
novo diagnóstico realizado e enviar 
relatórios ao alto comando e a SEDS 
63 
 
informando a possível maximização dos 
resultados através da aquisição de nova 
tecnologia. 
mostrando os resultados já alcançados 
pelo projeto. 
b) Angariar recursos para adquirir palm 
top para sofisticar o policiamento. 
Equipar todas as viaturas do projeto 
com essa tecnologia. 
c) Pesquisar novas tecnologias que 
sejam importantes para o aumento da 
qualidade da prestação de serviço pelos 
militares do projeto e empreender 
esforços para a aquisição dessas. 
Descobrir tecnologias que irão promover 
uma melhoria no projeto e fazer o 
possível para adquiri-las. 
 
- Tornar o projeto um padrão de aplicação de Polícia Militar a ser seguido por toda a 
Polícia Militar de Minas Gerais e mostrar o exemplo desse projeto a outras Polícias 
Militares de outros estados como forma a tornar-se referência. 
 
a) Confeccionar um projeto modelo 
para servir de base a outros futurosprojetos da PMMG e outras polícias. 
Chegar a um sólido e detalhado projeto 
que possa ser exequível na prática policial. 
b) Encaminhar o projeto e matérias 
relativos a este após certo tempo de 
duração e consolidação para fora do 
estado de Minas Gerais. 
Enviar o projeto à SENASP e a outras 
Polícias Militares. 
 
2.6 Áreas de abrangência 
 
O projeto será realizado nos bairros Prado e Calafate, áreas compreendidas dentro 
do limite do BAFC (Batalhão Acadêmico Fernão Capelo). 
 
 
 
 
64 
 
2.7 Público-alvo 
 
Comunidade dos bairros contemplados e policiais militares discentes da Academia 
de Polícia Militar. 
 
2.8 Logomarca do projeto 
 
Para divulgação ao público externo e interno, foi confeccionado um release com 
informações do projeto. Foi também criado um logotipo para caracterizar e identificar 
as ações e documentos referentes a esse trabalho (Anexo B). 
 
Quanto à simbologia do logotipo, ao fundo, o desenho do Portão das Armas da 
Academia de Polícia Militar, imagem tradicional, que permite o reconhecimento da 
instituição de ensino. As três pessoas estão nas cores heráldicas da PMMG, 
referindo-se a identidade organizacional. As mãos dadas simbolizam a ação 
conjunta. O personagem ao centro representa um policial militar (identificado pela 
boina), sendo este o principal responsável pela união entre APM e comunidade. 
 
2.9 Execução 
 
A gestão do projeto, bem como do emprego operacional, ficará a cargo dos cadetes 
do 2º ano do Curso de Formação de Oficiais, sob supervisão e coordenação 
estratégica do Chefe do Núcleo de Prevenção Ativa (NPA) da APMMG. 
 
Quanto à pesquisa de vitimização e o trabalho de geoprocessamento, para 
confecção dos cartões programa, haverá apoio do analista criminal do citado NPA à 
seção de planejamento de operações. 
 
As linhas de ação se dividem em operacional e comunitária. 
 
65 
 
A execução dos serviços operacionais consiste em: visitas, orientações e cadastros 
de moradores e comerciantes, ações conjuntas com outros órgãos, distribuição de 
dicas de segurança, operações blitzen, notificações de irregularidades e visita as 
vítimas de crime. 
 
O emprego logístico da linha operacional é realizado por meio de automóveis 
(viaturas policiais), bases comunitárias móveis, motocicletas, cavalos e bicicletas. Os 
processos utilizados são: a pé, em bicicleta, motorizado e montado. 
 
Relacionado à atividade das viaturas policiais, os militares executarão patrulhamento 
à velocidade de 20 Km/h, com dispositivo de iluminação vermelha intermitente 
(giroflex) aceso, acionando brevemente a sirene a cada 3 minutos. A cada 40 
minutos de patrulhamento motorizado, os policiais deverão parar as viaturas nos 
pontos bases previamente estabelecidos em cartões programas, permanecendo 20 
minutos no local, onde permanecerão desembarcados, primando pelo contato com 
moradores e comerciantes locais. 
 
A linha de ação comunitária está voltada para a prestação dos seguintes serviços: 
palestras nas escolas e igrejas; participação em reuniões comunitárias; revitalização 
da Rede de Vizinhos Protegidos; desenvolvimento de atividades artísticas e 
culturais; campanhas solidárias; abertura do ambiente acadêmico para visitação e 
construção do sítio eletrônico (www.academiadocidadao.com.br) para participação 
do cidadão. 
 
O projeto terá também sua fase de desconcentração de tarefas, dividindo os 
esforços em equipes denominadas “Comitês de Resolução de Problemas”, que 
atuarão em áreas específicas delimitadas pelo gerente do projeto, de acordo com as 
demandas da área identificadas pelos membros de execução do Projeto e 
comunidade. 
 
 
66 
 
2.10 Resultados Finalísticos 
 
São os resultados finalísticos deste projeto: 
 
 em conformidade com a atual gestão governamental, a promoção da 
cidadania, principalmente no que se refere à participação social nos assuntos 
relacionados à segurança pública, no intuito de melhorar a qualidade de vida da 
população dos bairros Prado e Calafate; 
 
 redução dos crimes violentos, do delito de furto e dos acidentes de trânsito 
com vítima; 
 
 a integração entre os órgãos envolvidos e lideranças comunitárias, com a 
devida responsabilização para cada área de atuação; 
 
 consolidação da doutrina de Polícia Comunitária e experiência prática policial, 
visando à qualificação profissional dos discentes dos cursos de formação da 
Academia de Polícia Militar de Minas Gerais. 
 
A avaliação do projeto e dos resultados finalísticos será realizada a cada seis 
meses, para fins de monitoramento e controle, através da análise criminal por 
geoprocessamento e pesquisa de vitimização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
1. 3 CONCLUSÃO 
 
 
À Polícia Militar de Minas Gerais, mais do que assegurar os direitos humanos, cabe 
promovê-los. A dignidade da pessoa humana inclui sua participação social, inclusive 
nos assuntos voltados à área de segurança pública. Neste prisma, a Academia de 
Polícia Militar busca inovação na prestação de serviços, os quais reafirmam o direito 
à cidadania e tornam a segurança pública um dever do Estado e direito e 
responsabilidade de todos. 
 
O projeto Academia do Cidadão visa também à qualificação profissional dos seus 
policiais, por meio da consolidação da filosofia de Polícia Comunitária. Esta atuação 
efetiva na prevenção criminal e na manutenção da ordem pública conduz a 
Instituição no cumprimento de seu papel, tanto no ensino como na responsabilidade 
pela segurança da localidade em que está inserida. 
 
Sob os pilares da extensão do ensino e da responsabilidade social, a Academia de 
Polícia Militar apresenta o projeto Academia do Cidadão, com o fim de contribuir 
para a paz social e para melhoria da qualidade de vida da população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988. Brasília: Câmara dos Deputados, 05 de outubro de 1988. 
 
BAYLEY, David H. Padrões de policiamento: uma análise internacional 
comparativa. Tradução de Renê Alexandre Belmonte. 2. Ed. 1. reimp. São Paulo: 
Universidade de São Paulo, 2006, 267 p. 
 
MINAS GERAIS. Constituição (1989). Constituição do Estado de Minas Gerais de 
1989. Brasília: 21 de setembro de 1989. 
 
___________________________. Diretriz para a produção de serviços de 
Segurança Pública Nr 05/2002-CG: regula a estruturação e o funcionamento de 
conselhos comunitários de segurança pública - CONSEP. Belo Horizonte, 2010, 
29 p. 
 
___________________________. Diretriz para a produção de serviços de 
Segurança Pública Nr 3.01.01/2010-CG - DGEOp: regula o emprego operacional da 
Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2010, 108 p. 
 
___________________________. Diretriz para a produção de serviços de 
Segurança Pública Nr 3.01.05/2010-CG: regula a atuação da PMMG segundo a 
filosofia dos Direitos Humanos. Belo Horizonte, 2010, 74 p. 
 
___________________________. Diretriz para a produção de serviços de 
Segurança Pública Nr 3.01.06/2011-CG: regula a aplicação da filosofia de Polícia 
Comunitária pela PMMG. Belo Horizonte, 2011, 85 p. 
 
69 
 
 ___________________________. Instrução Nr 3001.7/2004-CG: regula o 
desenvolvimento da prevenção ativa pela PMMG e contém o regimento interno dos 
núcleos de prevenção ativa (NPA). Belo Horizonte, 2004, 30 p. 
 
___________________________. Instrução Nr 3.03.11/2011-CG: regula a 
implantação de redes de vizinhos protegidos/redes de proteção nas comunidades do 
Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2011, 51 p. 
 
TORO, J. Bernardo; WERNECK, Nísia Maria Duarte Furquim. Mobilização social: 
um modo de construir a democracia e a participação. UNICEF: Brasil, 1996. 
 
 
70 
 
ANEXO A: QUESTIONÁRIO SOBRE A SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E 
SATISFAÇÃO DAS COMUNIDADES DO BAIRRO PRADO E CALAFATE 
 
 ACADEMIA DO CIDADÃOA Academia de Polícia Militar está elaborando o projeto “Academia do Cidadão” para 
melhorar a segurança do seu bairro, com o objetivo de diminuir a criminalidade e reduzir o 
medo do crime. Mas, para tanto, é necessário que você tenha consciência da importância de 
sua participação na segurança da sua comunidade. Fornecer informações à polícia é uma das 
melhores formas, seja sugerindo ou até mesmo criticando. Agradecemos o seu empenho em 
colaborar com a Polícia Militar ao preencher este questionário. 
 
Morador do bairro Prado ( ) ou Calafate ( ) 
E- mail: 
Sexo: Mas ( ) Fem ( ) Idade: 
Nível de instrução: 1º Grau ( ) 2º Grau ( ) Curso superior ( ) 
Estado civil: Solteiro ( ) Casado ( ) Separado ( ) Outros ( ) 
 
1. Há quanto tempo reside no bairro? 
 
a) ( ) Até 3 anos 
b) ( ) De 3 a 6 anos 
c) ( ) De 6 a 10 anos 
d) ( ) Mais de 10 anos 
 
 
71 
 
2. O sr.(a) já ouviu falar em policiamento comunitário aqui no bairro? 
 
a) ( ) Sim 
b) ( ) Não 
 
3. O sr.(a) já participou de alguma reunião comunitária para discutir problemas 
relacionados à comunidade? 
 
a) ( ) Sim 
b) ( ) Não 
 
4. O sr.(a) já precisou dos serviços da Polícia Militar no bairro? 
 
a) ( ) Sim 
b) ( ) Não 
 
5. O sr.(a) conhece a Academia de Polícia Militar? 
 
a) ( ) Sim 
b) ( ) Não 
 
6. Caso a resposta acima seja positiva, qual a opinião do sr.(a) sobre a influência da 
Academia de Polícia Militar no que diz respeito à segurança pública do bairro? 
 
a) ( ) Forte 
b) ( ) Média 
c) ( ) Regular 
d) ( ) Fraca 
 
7. Qual o conceito que o sr.(a) tem da prestação de serviços da Polícia Militar? 
 
a) ( ) Excelente 
b) ( ) Ótimo 
c) ( ) Bom 
d) ( ) Regular 
e) ( ) Ruim 
 
72 
 
 
8. O sr.(a) conhece algum(uns) policial(ais) que trabalhe(m) no seu bairro? 
 
a) ( ) Sim, todos eles 
b) ( ) Sim, alguns deles 
c) ( ) Não, mas tenho ciência do trabalho realizado por eles 
d) ( ) Não, nenhum deles 
 
9. Com que freqüência o sr.(a) costuma ver viaturas policiais fazendo patrulhamento 
pelas ruas do bairro? 
 
a) ( ) Muita 
b) ( ) Regularmente 
c) ( ) Às vezes 
d) ( ) Raramente 
 
10. O sr.(a) já ouviu falar de algum problema que afligia a qualidade de vida local que 
tenha sido solucionado pela Polícia Militar? 
 
a) ( ) Sim 
b) ( ) Não 
 
11. O sr.(a) já presenciou algum policial militar ajudar algum jovem, idoso, pobre, 
deficiente ou qualquer pessoa que tenha necessidades especiais ou seja vulnerável? 
 
a) ( ) Sim 
b) ( ) Não 
 
12. O Sr.(a) tem medo de sair de casa, desconfiança de denunciar um delito a 
instituição policial, medo de ir à escola, dentre outros? 
 
a) ( ) Sim 
b) ( ) Não 
 
13. Na sua opinião, qual o crime que mais aflige a comunidade do seu bairro? 
 
 
73 
 
14. Escolha uma das sugestões abaixo para melhorar a Polícia Comunitária em seu 
bairro: 
 
a) Melhorar o convívio entre a Polícia e Comunidade........................................ ( ) 
b) Melhorar o treinamento dos Policiais Militares do bairro............................... ( ) 
c) Melhorar o trabalho da Polícia Civil no bairro................................................ ( ) 
d) Manter o policial fixo na área para agir mais próximo ao cidadão................. ( ) 
e) Outros – especifique - .................................................................................... 
 
 
 
( ) 
 
 
74 
 
ANEXO B: LOGOTIPO DO PROJETO ACADEMIA DO CIDADÃO

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