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GESTÃO DE STARTUPS AULA 1 Profª Elaine Hobmeir 2 CONVERSA INICIAL Bons empreendedores estão na base da criação de empresas em mercados altamente competitivos. Uma das falhas que representa uma visão distorcida da realidade no mercado corporativo é aquela que considera esses profissionais como uma casta que abriga alguns poucos privilegiados. Nada mais distante da realidade, principalmente quando é possível observar que praticamente todas as lideranças empreendedoras, com raras exceções, são formadas como resultado de muito trabalho. O sucesso destas pessoas, tidas como “profissionais do conhecimento”, conforme pontuado por Drucker (2016), não é o resultado do acaso ou da sorte. A qualidade de seu trabalho é resultado de um plano de carreira bem desenvolvido, afastada desta definição qualquer notação sobre estes profissionais serem adjetivados como workaholics (ou seja, viciados em trabalho). Não há uma diferença muito grande entre os empreendedores que adotam uma linha de trabalho como consultores ou colaboradores com negócios de terceiros e aqueles que criam prósperas empresas startups, em um mercado no qual elas proliferam, com vida curta, mas que deixam sementes de grandes empresas. Essa diferença está apenas na oportunidade que essas pessoas tiveram de “ser a pessoa certa, no lugar certo e na hora certa”. O que será apresentado nesta aula abrange esses dois tipos de profissionais. Há necessidade de uma personalidade carismática, principalmente quando se observa que, em mercados altamente competitivos, o cliente ganha um destaque especial, e uma atitude empática é necessária para que se compreenda, como postula Rosa (2019), que, para entender os clientes, é necessário “calçar os seus sapatos”. Nesta aula, você terá contato com alguns fundamentos voltados para sua formação como um gestor de empresas startups, com destaque para como efetivar a sua formação profissional. CONTEXTUALIZANDO Estamos distantes dos anos 1990, quando as startups eram empresas de alto sucesso. Tendo como foco, a título de exemplo, as empresas de tecnologia, localizadas no vale do Silício (IBM, Google, Microsoft, Apple e outras), elas pareciam cercadas de uma aura que endeusava seus criadores. O objetivo 3 dessas empresas era comum: obter ganhos financeiros, proposta que continua inalterada e deve assim permanecer em mercados futuros. Na atualidade, passadas quase três décadas, o conceito de inovação permanece o mesmo, mas encontra, na proposta da inovação, um diferencial fundamental, já defendido por Kim e Mauborgne (2015) quando analisam a abordagem estratégica do oceano azul. A proposta desses autores considera que, mais eficiente que melhorar o que a concorrência faz, é a proposta de inovar para se tornar líder em mercados altamente competitivos. Iniciamos nossa contextualização com empresas de tecnologia, mas o tema tratado neste ponto se aplica a todas as empresas que buscam um lugar ao sol, o que somente pode ser obtido com um processo de gestão de negócios que esteja apoiado em gerar maior rentabilidade, dinamizar os recursos que a empresa pode obter (poder da multidão). As empresas buscam fugir do risco que representa a confiança no estereótipo do empreendedor que, de posse de uma boa ideia e de um bom sonho em busca do sucesso, arrancava rumo à criação de grandes empresas, como as que foram anteriormente citadas neste material. Entretanto, empreender ainda mantém sua visão inicial de ser sinônimo de fazer algo revolucionário, que cria ambientes disruptivos tanto em empresas individuais quanto em empresas que representam marketplaces. O trabalho aqui desenvolvido também mantém uma definição tida como lugar comum, mas aceita de forma universal, que considera, a exemplo do que define a ABStartups Associação Brasileira de Startups, que considera que o termo startup identifica empresas recém-criadas, rentáveis e que criam modelos de negócios inovadores, seja em nichos específicos ou no comércio e negócios como um todo, com destaque para aqueles criados em ambientes digitais, nos quais o uso de marketplaces, abre um novo canal de negócios para empresas que atuam na criação de produtos e serviços de diferentes tipos. Os temas de estudo escolhidos estão de acordo com a tabela seguinte: Saiba mais Conheça mais sobre a empresa Abstartups: ABSTARTUPS. Disponível em: <https://abstartups.com.br/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 4 Tabela 1 – Temas a serem tratados nesta aula Tema Nome do tema Descrição 1 Vale a pena empreender? Análise dos riscos de inversão de capitais em empresas startups em mercados altamente competitivos. 2 Só ou acompanhado: como escolher os sócios? Estudo das opções de criação da estrutura societária de uma empresa startup. 3 Por que conhecer a modelagem de negócios? Estudo do valor agregado que pode adicionado a produtos e serviços a existência de um modelo de negócios. 4 O que são startups? Orientações sobre o que deve ser feito para utilização mais correta de uma ferramenta VPD. 5 Startups: riscos e oportunidades. Analisar melhores comportamentos que tendem a aumentar as oportunidades e diminuir os riscos na criação de empresas startups. TEMA 1 – VALE A PENA EMPREENDER 1.1 Olhe para dentro de você Olhe à sua volta: inclua na abrangência de sua visão a sua vida familiar, social e profissional. Com uma visão panorâmica, coloque o foco de seus pensamentos em sua vida profissional e como ela está na atualidade. Você está satisfeito com o que faz? Evite colocar o foco apenas na situação financeira, ainda que esse aspecto tenha peso em sua análise. O principal sentimento que indica que você é um candidato a se tornar um empreendedor é a manifestação de um desgosto com o que você faz na atualidade. Esse é um sentimento que é possível observar em muitas pessoas, por mais que elas pretendam esconder esse fato. Se você está satisfeito e não conseguiu anotar nenhum sentimento de desgosto, este material ainda pode ser destinado a você, desde que você não tenha se acomodado à sua situação atual e deseje mudar para melhor, desde alguma particularidade em sua forma de trabalho ou na forma de trabalho da empresa para a qual presta seus serviços. Este trabalho avalia a principal razão para uma pessoa ser empreendedor. Você pode não manifestar nenhum desgosto, nem a vontade de mudar, mas sente uma inquietação latente, que pode representar alguma preocupação com o aspecto social, e também apresenta um indicativo de que está presente e é relatado por muitas pessoas, mesmo as que nunca antes tinham pensado em ser empresárias. Por fim, se você está insatisfeito com o aspecto financeiro e quer ganhar muito dinheiro, também poderá ser colocado no rol das pessoas 5 indicadas para o empresariado, sem que isso signifique ter as condições necessárias para tanto. 1.2 Como começar Você já sabe que tem propensão para o empreendedorismo, o que pode não acontecer com todas as pessoas, sem que haja nisso qualquer demérito em seu trabalho profissional. É hora de definir o que você quer fazer. Pode ser algo relacionado com sua atividade atual ou alguma outra coisa que nada tem a ver com o seu trabalho e com sua expertise. É importante lembrar que quanto mais o negócio escolhido se aproximar de seu estilo de vida, maiores serão as chances de sucesso. Outro aspecto de importância é a liberdade de decisão, que deve ser quase total, a não ser aspectos que tenham sido delimitados pelos stakeholders do negócio, aqueles que acreditaramno que você quer fazer, mas esperam algum retorno da inversão de recursos financeiros, que não podem acontecer a fundo perdido. Você tem tudo em mãos: a vontade de ser empresário, condições favoráveis identificadas, investidores confiando em seu trabalho, mas ainda há uma pergunta que martela sua cabeça: ser empresário é uma boa coisa? Essa é uma pergunta a que você somente poderá responder após o primeiro ano de seu negócio, se ele ainda estiver aberto. É preciso lembrar que a grande maioria das startups ou candidatas a startups fecha antes do primeiro ano de atuação no mercado. Para começar a verificar se essa realidade está correta, é preciso “botar o pé na estrada” (lembre- se de procurar andar um pouco nos sapatos dos seus futuros clientes, para saber o que eles realmente pensam. Aqui é hora e vez de efetivar a empatia, como comportamento mais recomendado para os novos empreendedores). Antes, é preciso compreender em sua exata dimensão o significado de empatia e sua importância para os empreendedores, como é possível observar nas colocações e estudos de Ribeiro (2018), um dos muitos pesquisadores que destaca esse aspecto como fundamental. 1.3 Colocando mãos à obra Acostume-se a alguns momentos de solidão. Você provavelmente irá trabalhar sozinho ou, pelo menos na fase inicial, com um ou poucos 6 colaboradores. Também não vale a pena a criação de uma infraestrutura própria, sendo o coworking recomendável. Segundo a Coworking Brasil (2019), é indicado para empreendedores em fase inicial a compreensão das vantagens de trabalhar de acordo com uma nova forma de pensar o ambiente de trabalho, seguindo as tendências do freelancing e das startups, que podem reunir diariamente milhares de pessoas, a fim de trabalhar em ambientes inspiradores e de elevada colaboração. O ambiente digital é sua arena de trabalho e você deve polir com cuidado as armas que irá utilizar, principalmente saber falar a linguagem de uma nova geração: a geração digital. Saber como fazer parte de uma pesquisa top entre as dez mais no Google é importante. Saber que leads bem preparados estão entre as técnicas mais recomendadas é questão de sobrevivência. Mas como fazer tudo isso? Aprendendo tudo o que você puder sobre o ambiente digital, um local no qual o marketing tem mil faces e cada uma delas indicada para um tipo de público-alvo. Aliás, conhecer o público-alvo representa o seu dia a dia que antecede sua ida ao mercado, provavelmente em um nicho de mercado (lembre-se do dito “small is beautiful”, que colocamos logo ao início de nossas considerações). Fechar o primeiro cliente é motivo de altas comemorações. Mas se abrir um champanhe caro, não tome tudo de uma vez. A economia está entre as atividades mais votadas para novos empreendedores. Lembre-se de que o pós- venda é fundamental. O marketing do padeiro da esquina que manda lembranças e um pacotinho de bolachas para você no dia de seu aniversário é um exemplo a ser seguido. Você tem ferramentas de apoio tais como o BMG – Business Model Generation e o VPD – Value processing Design, que irão dar aos seus produtos e serviços as características que os clientes desejam e que os levarão a escolher os seus produtos. Você certamente irá utilizar alguma dessas ferramentas, algumas consideradas como abordagens e outras como metodologias, mas que têm em comum a inovação e as propostas disruptivas. Saiba mais 1. Acesse o link a seguir e leia a pequena postagem sobre empatia: RIBEIRO, W. Empatia é fundamental para empreender. Café com empreendedorismo para mulheres, 13 jun. 2018. Disponível em: 7 TEMA 2 – SÓ OU ACOMPANHADO: COMO ESCOLHER OS SÓCIOS? 2.1 O empreendedorismo é uma atividade solitária? Diversos estudos indicam que o empreendedor é um “lobo solitário”, mas não no sentido laboral, num momento em que pode contar com colaboradores, com outras pessoas na internet e nas redes sociais e de relacionamento profissional. Estamos aqui nos referindo a uma solidão necessária, tida como o momento de reflexão do empreendedor, quando de posse de elementos que lhe permitem uma análise mais detalhada do mercado, desenvolve aquilo que lhe cabe como missão: criar empresas de sucesso. O momento de reflexão, durante o qual se manifesta a solidão do empreendedor, é aquele que antecede o momento de tomada de decisão. É um momento de elevada importância que representa o resultado de seu trabalho e que pode afetar unicamente a ele ou um grupo maior se há outras pessoas envolvidas com a sua proposta. Ainda que o momento de reflexão seja único, pode ser que haja outros empreendedores, contratados como consultores ou sócios do empreendimento <http://www.cafecomempreendedorismo.com.br/empatia-e-fundamental-para- empreender/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 2. Conheça mais sobre coworking Acesse o link a seguir e conheça um pouco mais sobre o coworking: O QUE É coworking? Coworking Brasil, 2019. Disponível em: <https://coworkingbrasil.org/como-funciona-coworking/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 3. Acesse o link a seguir e assista ao vídeo de um dos consultores do SEBRAE – São Paulo para compreender a melhor forma de desenvolver esta atividade: O QUE É ser empreendedor? Canal BusTV, 17 set. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VjYIzAg5uA8>. Acesso em: 9 fev. 2019. 4. De acordo com a posição do SEBRAE e do instituto Endeavor que desenvolvem trabalhos extensivos sobre o empreendedorismo, há uma deficiência de formação dos empreendedores no mercado brasileiro. Coloque como tema de pesquisa a possibilidade de captura de elementos que permitam montar uma orientação de nível geral, para formação dos profissionais da área. 8 que também coloquem seus pareceres sobre assuntos de interesse. Dessa forma, na hora da tomada de decisão, essa solidão pode não se manifestar, e decisões conjunta deem maior segurança e diminuam a possibilidade de riscos de falhas que levem o empreendimento a não atingir seus objetivos. Assim, é importante ao empreendedor, quando em sua fase de estudos, verificar se irá bancar sozinho as responsabilidades do cargo e riscos de perda de investimentos, ou se irá agregar alguém que pode se envolver como sócio de uma startup criada segundo o modelo de empresas de capital e indústria, na qual o sócio capitalista entra com os recursos financeiros, e o empreendedor entra com o trabalho laboral propriamente dito. Dessa forma, desenha-se outro momento importante para o empreendedor: escolher se irá desenvolver seu empreendimento sozinho, sem intervenção de terceiros, ou se vai trabalhar com outros sócios de indústria ou capitalistas, compartilhando responsabilidades. 2.2 Ir sozinho ou ter sócios? Muitas das iniciativas empreendedoras têm seu início de forma solitária e, na dependência do nível de sucesso, apresentam na sequência a captação maior de recursos para ampliação, ocasião em que novos sócios podem ser admitidos. Diversas atividades empresariais nascem de amizades enraizadas de pessoas que, juntas, acalentam sonhos e ideais comuns. Não há como apresentar uma orientação sobre o que é melhor: um início solitário ou um início com o estabelecimento de uma sociedade. Não há um padrão que possa ser estabelecido, principalmente quando uma sociedade comercial, em muitos casos, pode ser assemelhada a um casamento: tudo depende do andamento das coisas. O melhor ou pior caminho, menor ou maior possibilidade de dar certo, maior ou menor lucratividade ou incorrência em um erro somente poderá ser avaliada depois que as coisas começarem a andar. Antes,tudo representa um palpite, tanto que não há trabalhos de peso acadêmico sobre esse assunto, que é tratado como aqui, de forma especulativa, que pode ou não representar uma boa orientação, sendo a segunda opção a que apresenta maiores possibilidades. O sucesso na escolha de sociedade (seja de indústria ou de capital e indústria) depende de uma série de fatores que estão ligados a aspectos humanos (e, portanto, sujeito a erros) e ficam na dependência de fatores que estão diretamente ligados às características individuais de cada um dos 9 participantes da sociedade. Nesse caso, vale ainda mais observar a máxima de estabelecida pela lei de Murphy: se algo tem possibilidade de dar errado, certamente irá dar errado. Aqui as possibilidades de o empreendimento falhar devido a fatores extratrabalhistas é grande. Uma primeira recomendação: os sócios devem ser egressos de estudos ou trabalhos com negócios relacionados de alguma forma com o que vão fazer e demonstrar o mesmo entusiasmo e vontade, e o negócio deve representar um interesse comum. Ambos devem ter conhecimento do que irão fazer. É preciso tomar cuidado se você está tomando a decisão de ter um sócio apenas por questões financeiras, excluídas as sociedades de capital e indústria. Ao optar por investidores como sócios, há a possibilidade de que a liberdade do empreendedor sofra restrições que podem ocasionar rompimento do empreendimento ao primeiro vento mais forte. Quando não há ideais envolvidos, muitos dos sacrifícios exigidos podem não ser assumidos. Nos casos de sócios investidores, o grande desafio está na obtenção de um envolvimento de todas as partes. Aqui, a possibilidade de que o empreendedor tenha momentos de solidão é maior, pois envolve não apenas momentos de reflexão, mas também momentos nos quais, se o envolvimento não for de mesma intensidade, quem assume a parte laboral pode ter que decidir sozinha. Por outro lado, em todos os casos, o compartilhamento de ideias pode atuar como um elemento altamente sinérgico e, em todos os casos, inclusive os que envolvem empresas de indústria e capital, as partes de completarem, com uma delas assumindo o papel de orientador, em atividades similares aquelas desenvolvidas no coaching executivo. Citamos até o momento vantagens de um posicionamento similar de todos os envolvidos, mas é preciso não esquecer que, mesmo quando há diferentes formações e propósitos envolvidos, pode ser interessante contar, nos possíveis sócios, com colaboração de expertises e aspectos culturais diversificados, que podem enriquecer o relacionamento e levar a um bom resultado. Saiba mais 1. Acesse o link a seguir e conheça um dos posicionamentos colocados sobre as dificuldades de abertura de empresas em sociedade. LAM, C. 6 problemas entre sócios que podem atrapalhar um negócio. Revista Exame, 19 jul. 2012. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/6- 10 TEMA 3 – POR QUE CONHECER MODELAGEM DE NEGÓCIOS 3.1 O que é modelagem de negócios O processo de modelagem de negócios tem o propósito de definir qual modelo de negócio a empresa irá adotar e qual é o ferramental que os participantes da criação ou readequação da empresa a novos tempos terão à sua disposição. O modelo de negócio é a atividade subsequente e que irá descrever com detalhes como a empresa vai criar seus produtos e serviços, com um nível de valor agregado, de forma que, ainda que em mercados altamente competitivos, pessoas se interessem em pagar por eles. São definições simples, mas por trás das quais há toda uma complexidade de estudos detalhados que iniciam com o conhecimento do mercado, seja em marketplaces, em nichos específicos ou produtos e negócios que concorrem na busca da preferência dos clientes. Com base nisso, eles se direcionam para a definição do perfil do cliente ideal da empresa (persona) para que sobre este cliente sejam desenvolvidas proposições de valor. O problema começa quando, no mercado de trabalho, é fácil identificar uma notória falta da cultura de planejamento, trocada pela criatividade e pela vitória, pela insistência e persistência, mas elas são insuficientes para sustentar as empresas. É preciso descer do trem dos sonhos e cair na realidade de que para que esses sonhos sejam atendidos, a solução é o planejamento. problemas-entre-socios-que-podem-atrapalhar-um-negocio/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 2. Acesse o link a seguir e conheça mais sobre os tipos societários. Conheça os nove tipos de sociedades empresariais que se podem encontrar no Brasil, como forma de aumentar os seus conhecimentos sobre o tema: ABRANTES, L. 9 tipos de sociedades empresariais que existem no Brasil. Saia do lugar, S.d. Disponível em: <https://saiadolugar.com.br/tipos-de- sociedade-empresarial/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 3. Considere desenvolver uma pesquisa sobre os números de empresas que fecham antes do primeiro ano de funcionamento, fazendo uma divisão que identifique em termos percentuais. 11 Com o planejamento, torna-se possível apresentar de forma compreensível as ideias que os empreendedores têm, seja para investidores, bancos, clientes e sociedade como um todo; estabelecer um plano de negócios que seja factível e, principalmente, que convença aos outros de que é realmente factível e; descrever procedimentos e etapas que reúnam em um compêndio compreensível para todos os envolvidos no processo. Não são poucas as saídas de um planejamento bem feito e, para que elas venham à luz, dentro da agilidade que o mercado necessita, a evolução tecnológica deverá ser utilizada em todo seu potencial. Além de ferramental de apoio que dê mobilidade aos atos a serem executados, alguma metodologia deve ser colocada em movimento. Existem diversas propostas que podem ser utilizadas e aquela denominada Canvas ganha a preferência de grande parte dos pesquisadores envolvidos com a área administrativa. Ela é conhecida como BMG – Business Model Generation e foi criada por Osterwald et al. (2015), desenvolvida em um formato gráfico, o que torna facilitada a compreensão e a eliminação de toda a complexidade que possa existir. 3.2 Qual é a ferramenta mais indicada? O elemento mais utilizado é a metodologia BMG – Business Model Generation, estruturada em nove etapas. O modelo trabalha com uma linha diretriz de tornar os produtos e serviços oferecidos pela empresa mais atraentes para os clientes. A criação e o trabalho extensivo com esse modelo supera a atividade de algumas empresas, que limitam os seus trabalhos em contatos desenvolvidos nas redes sociais, que acabam por se revelar insuficientes. 3.3 O que é o BMG – Business Model Generation Particularizado e apresentado de forma reduzida em suas nove fases componentes, é necessário um complemento como elemento introdutório ao conhecimento que o aluno deve ter sobre o significado do BMG. Osterwald e Pigneur (2011) colocam um roteiro que dá ordem e define o significado de cada uma das etapas e que apresentamos ao aluno na lista apresentada a seguir: Proposta de Valor: descrição das soluções que a empresa propõe a oferecer para resolver os problemas de seus clientes. 12 Segmentos de Clientes: na parte de segmentação de clientes é descrito o perfil do público alvo, quais são suas preferências, seus comportamentos, faixa etária, onde estão localizados, enfim, todas as informações necessárias que ajudarão a elaborar a projeção de vendas e se o empreendimento proporcionará lucratividade. Relacionamento com o Consumidor: é a parte que apresenta como a empresa irá se relacionar com seusclientes, para estabelecer sua proposta de valor. Canais de Distribuição: trata-se dos meios que serão estabelecidos a comunicação com os clientes, seja através das mídias sociais, anúncios patrocinados, publicidade e propaganda em veículos tradicionais como televisão, rádio, revistas e jornais. Atividades Chaves: dentro do espaço de atividades chaves é enumerada as tarefas que serão executadas para construir a proposta de valor. Recursos Chaves: definido as atividades chaves da empresa o próximo passo é descrever como serão executadas estas atividades, quais são as máquinas utilizadas, o número de pessoas contratadas para operacionalizar a produção, onde será alojado os maquinários e as pessoas para trabalhar, o quanto de investimento financeiro será necessário para investir em todos os recursos. Parceiros Chaves: como parcerias chaves deve ser descrito quais serão os principais fornecedores que ajudarão a empresa a oferecer sua proposta de valor. Fluxo de Receita: é apresentado o quanto os clientes estarão dispostos a pagar pela proposta de valor oferecida pela empresa e quais serão as formas de pagamento, prazos, entre outros. Estrutura de Custos: toda a etapa de processo de uma empresa tem seus custos de produção e manutenção da atividade que devem ser descritos na estrutura de custos. Como é possível observar, os blocos são integrados e complementares ao modelo de plano de negócio que estabelece o desenvolvimento do projeto da empresa ao longo do tempo. Saiba mais 1. Conheça com maiores detalhes e de forma rápida o que é o BMG acessando o link a seguir: ENTENDA de forma rápida o que é a ferramenta Business Model Canvas. Atitude e Negócios, 2018. Disponível em: <https://atitudeenegocios.com/business-model-canvas/>. Acesso em; 9 fev. 2019. 2. Assista ao vídeo criado pelo autor do BMG que pode ser acessado no link a seguir OSTERWALDER, A. Businnes Model Generation. Altabooks, 14 set. 2011. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=41q_zn8jMaE>. Acesso em: 9 fev. 2019. 3. Conheça mais sobre relacionamento com o cliente. 13 TEMA 4 – O QUE SÃO STARTUPS 4.1 Em busca de uma definição Buscando sempre definições simplificadas que sugerem maior reflexão para que o aluno possa criar uma conceituação pessoal, podemos definir uma startup de acordo com colocações que são tomadas como domínio público. É considerado, de forma convergente, que uma startup é um modelo criado com base em ideias geradas por empreendedores, que se mostra repetível e escalável. Esse modelo é criado para novas empresas, mas sua abordagem pode ser adotada para empresas já existentes e em fase de reengenharia de procedimentos que não lhes deram a desejada liderança no mercado. O que cerca as startups é uma aura de inovação, criada por jovens empreendedores, que estão com vontade de serem livres, independentes do jugo de um patrão. O modelo criado para as startups é, geralmente, uma solução que nunca foi desenvolvida ou criada para concorrer em mercados altamente competitivos, para oferta de produtos e serviços que sejam melhores que os da concorrência e levem seus clientes a os escolher, ao invés dos produtos de suas concorrentes. 4.2 Como iniciar o estudo para a criação de uma startup O desenvolvimento de uma startup exige um grande esforço, de uma única pessoa ou de um grupo de pessoas, reunidas com um objetivo comum, geralmente adotado como um ideal. Elas são empresas criadas em um contexto de elevada incerteza e que pode apresentar grande risco de perda do capital investido, o que dificulta a sua proliferação desordenada. Considerando a importância destacada em diversos momentos sobre o relacionamento com o cliente, acesse o link a seguir e obtenha maiores informações sobre o CRM – Customer Relationship Management: O QUE é o CRM? Salesforce, 2019. Disponível em: <https://www.salesforce.com/br/crm/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 4. Considere desenvolver uma pesquisa sobre a gestão de relacionamento com o cliente que lhe dê elementos para compreender melhor a importância dada a este procedimento e à busca do cliente ideal (persona). 14 Há exemplos notórios tais como a NetFlix, o Uber e tantas outras empresas que foram criados em meio à desconfiança geral e que acabaram se tornando fenômenos em suas áreas de atuação, sofrendo muito combate e, em muitos casos, boicotes severos, devido a deslocarem muitas pessoas de suas zonas de conforto e ao enfrentamento que faziam às grandes empresas, que acabaram por substituir. Há casos em que, imediatamente após conseguir sucesso, a startup fecha e cede lugar a uma nova empresa, agora criada na perspectiva tradicional. Dessa forma, para iniciar a criação de uma startup, é importante que os empreendedores que tenham uma boa ideia estejam cientes dos desafios que vão enfrentar e que apresentem em seus produtos um elevado diferencial inovador, como defesa contra os riscos que poderá enfrentar. Há um indicativo negativo e que pode afastar muitos criadores de boas ideias: a grande maioria das startups criadas tem seu fechamento decretado antes que completem um ano de atuação no mercado. Saiba mais 1. Acesse o link e assista a um vídeo com o qual poderá aprender mais sobre o conceito e como criar startups: VALE do Silício: Carolina Reis da Startup OneSkin em San Francisco com Joyce Bianchi. A Magia do Mundo dos Negócios, 17 fev. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=umoRpkwbhi0>. Acesso em: 10 fev. 2019. 2. Conheça mais sobre o Vale do Silício. Acesse o link a seguir e assista a um vídeo sobre o Vale do Silício, considerado o berço de muitas startups, apresentado no programa Fantástico: VALE do Silício. Matheus França, 4 fev. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=lqqzIoKpbxc>. Acesso em: 10 fev. 2019. 3. Leia mais sobre o relacionamento entre criatividade e criação de startups que você pode acessar no link a seguir: ORTIZ, F. C. Organizações, startups e equipes virtuais: criatividade, inovação e comunicação integrada. Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 97-122, jul./dez. 2015. Disponível em: <http://www3.eca.usp.br/sites/default/files/form/biblioteca/acervo/producao- academica/002770966.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2019. 15 TEMA 5 – STARTUPS: RISCOS E OPORTUNIDADES 5.1 Quais são os riscos das startups? Em diversos pontos você foi alertado sobre o fato de que grande número de empresas startups podem falir porque os produtos e serviços que ela oferece no mercado não apresentam nenhum interesse para seus clientes. Esse fato identifica a atividade de criação de startups como de grande risco. A revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, que atua no segmento de empresas startups, publica periodicamente artigos e orientações sobre o comportamento que empreendedores devem adotar no mercado, principalmente quando enfrentam situações que ameaçam a estabilidade dessas empresas. Em um artigo publicado, ela apresenta resultados compilados de uma pesquisa desenvolvida pela empresa CBInsights, que mantém um banco de dados de capital de risco. Veja esse resultado no link de interesse que fecha este tópico e esta aula. 5.2 Quais são as oportunidades das startups? Mesmo em tempo de crise econômica em nível mundial, que se replica em nosso país, as oportunidades de abertura de novas empresas startups permanecem ativas. Parece que nossos empreendedores estão superando tempos difíceis e também superando a si próprios, em termos de criatividade e inventividade.É uma condição que favorece os trabalhadores, ainda que o número de desempregados esteja em espiral crescente. Quando se fala em inventividade para as startups brasileiras, está-se colocando em xeque a busca de uma saída para negócios que apresentam 4. Considere desenvolver uma pesquisa na qual investigue o relacionamento entre a motivação dos empreendedores e obtenção de sucesso na atividade de criação de startups de sucesso. Saiba mais Conheça mais sobre o trabalho desenvolvido pela empresa acessando o link a seguir: CBINSIGHTS. Disponível em: <https://www.cbinsights.com/>. Acesso em: 10 fev. 2019. 16 gastos excessivos e com altas taxas de risco. Há um cuidado especial, que secunda outro cuidado, este o principal, representado pela oferta de produtos que os clientes realmente desejam. Com as perspectivas de uma sensível diminuição de custos de telecomunicação, parece natural que a maior oportunidade para a criação de novas empresas startups esteja nessas localidades. O ato e o fato de empreender na grande rede se tornam recorrentes e não há como comparar os números da oferta em mercados que estejam fora dela. A perspectiva de negócios funcionando diuturnamente, com a tecnologia operando em favor dos empreendedores, não é mais um sonho distante e parece que não exige explicações complementares. Um escritório virtual, com secretárias eletrônicas atendendo a necessidades de clientes em um nível global deixa de ser apenas uma esperança para tornar-se uma realidade inquestionável. Dessa forma, diminui o número de empresas com instalações físicas. Em termos democratizantes, a grande rede tem sido benéfica para os pequenos e médios empresários ao igualar, ao mesmo custo, as oportunidades de competição com as grandes empresas. As pequenas empresas startups ganham com as preocupações ambientais, com o trabalho com energia limpa, com atendimento diferenciado e dados online para os clientes quando necessário. Tudo isso representa o surgimento de novas concepções comerciais e de relacionamento com clientes, com a busca da proposição de valor aos produtos e serviços que elas podem oferecer. A mobilidade urbana é tratada como uma palavra de ordem para as pequenas empresas startups, abrindo-se aqui também novos campos de trabalho. O exemplo do Uber, o surgimento de empresas que proporcionam aluguel de bicicletas, patinetes e pequenos veículos automotores ganha destaque. Essas ideias ganham prioridade, principalmente nas grandes cidades para o enfrentamento de um trânsito caótico. O surgimento e a futura evolução de simplificação da exigência de requisitos legais também estão na lista das oportunidades para as startups. A diminuição dos impostos também está na ordem do dia na agenda de muitos políticos. 17 Entre as áreas que devem receber favorecimento e aderir a sistemas tais como o Simples (ver link no Saiba mais a seguir) estão aquelas relacionadas aos serviços de imunização e controle de pragas urbanas, que cresce de forma assustadora em algumas capitais; serviços de transporte turístico, que pode abrir um leque diferenciado de negócios; sociedades cooperativas e, com autorização recente, alguns serviços que envolvem terapia, tais como a fisioterapia e terapia ocupacional, entram em destaque. Instituições tais como o Sebrae e o Instituto Endeavor estão em um rol de empresas nacionais que atuam como favorecedores, e muitos estados criam empresas denominadas incubadoras de negócios, que dão atenção especial à criação de empresas startups. Saiba mais 1. Acesse o link a seguir e leia a íntegra o artigo no qual são relacionados os vinte principais riscos que correm as empresas startups: 20 PERIGOS que podem acabar com a sua startup. Pequenas Empresas & Grandes Negócios, 28 mar. 2016. Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2016/03/20-perigos-que- podem-acabar-com-sua-startup.html>. Acesso em: 10 fev. 2019. 2. Complemente seus estudos com o guia de criação de startups que você pode obter acessando o link a seguir: BORRELI, I. Como criar uma startup no Brasil? Confira nosso passo a passo. StarSe, 25 jun. 2018. Disponível em: <https://www.startse.com/noticia/empreendedores/51130/passo-a-passo-para- criar-uma-startup>. Acesso em: 10 fev. 2019. 3. Acesse o link a seguir e assista a mais um vídeo com orientações sobre como criar uma empresa startup. 20 PERIGOS que podem acabar com a sua startup. Pequenas Empresas & Grandes Negócios, 28 mar. 2016. Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2016/03/20-perigos-que- podem-acabar-com-sua-startup.html>. Acesso em: 10 fev. 2019. 4. Considere desenvolver uma pesquisa na qual você levante dados que permitam estabelecer uma escala de importância entre as razões apresentadas para o fechamento de empresas, entre os vinte fatores de risco relacionados nos itens 1 e 3. 18 TROCANDO IDEIAS Nesta aula, foi colocado ao seu alcance um conjunto de informações iniciais e introdutórias sobre o processo de criação das empresas startups. O perfil do empreendedor brasileiro forma um conjunto de pessoas jovens, arrojadas, com idades variando entre 18 e 24 anos, que demonstram o desejo de serem os seus próprios patrões. As EPP – Empresas de Pequeno porte e as PME – Pequenas e Médias Empresas estão cada vez em maior evidência. O status de MEI – Microempreendedor Individual cresce e empregos encontram-se ameaçados pelas atividades de outsourcing, que limitam vagas tradicionais. Há um contexto que parece ser totalmente favorável a assumir riscos e investir na criação de uma empresa startup para chamar de sua. Um dos limitadores é a competição entre pessoas de alta escolaridade, uma das características desse mercado atípico. Mas na soma geral, os fatores favoráveis crescem. Nas próximas aulas, você irá aprofundar os seus conhecimentos sobre o tema. NA PRÁTICA O empreendedorismo na prática ainda depende muito do idealismo e coragem daqueles que resolvem enfrentar riscos e investir em uma ideia, que sai dos escaninhos das escrivaninhas para ganhar notoriedade, temporária ou permanente, nos diferentes nichos de negócios possíveis e que estão a exigir criatividade para obter funcionalidade total. É apropriada a citação, neste momento, da colocação de um profissional altamente comprometido com o ato e a arte de empreender, Dornelas (2007) apropriadamente destaca com idealismo a importância da arte de empreender e assinala o papel de desbravadores para muitos daqueles que colocam em prática ideias inovadoras e que abrem novos canais de negócio que colaboram de forma decisiva para a melhoria das condições de vida de muitas outras pessoas. FINALIZANDO É preciso que cada uma das pessoas que estão envolvidas ou pretendem ter envolvimento com as atividades de empreendedorismo esteja ciente de que 19 irão enfrentar o desafio de participar de um cenário de grande competividade e de escassez de recursos financeiros, mas ainda assim estimulante e provocante em termos de validação da inovação e criatividade. O empreendedorismo coloca em expansão a criação de novas empresas e representa algo mais do que “ser um empresário”. É possível que nem todo o empresário seja um empreendedor e, da mesma forma, é possível que nem todo o empreendedor tenha a pretensão de ser um empresário. Secunda este primeiro mito outro que aponta para a necessidade de muito esforço e uma preparação exaustiva para o desenvolvimento de atividades de planejamento, que colocam o empreendedorismo longe da imagem de umsonho, criado pelas startups que surgiram no Vale do Silício. Esse tempo dos desbravadores passou e, na atualidade, se o terreno está aplainado, ainda exige muito daqueles que enxergam no empreendedorismo uma oportunidade de vida. A isso tudo é preciso somar habilidades de relacionamento em todos os níveis, apresentação de competências gerenciais e uma alta capacidade de liderança, devido à necessidade de motivar aqueles que assumem como seus os sonhos dos empreendedores com os quais desenvolvem os seus trabalhos. 20 REFERÊNCIAS DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo: Cengage Learning, 2016. KIM, W. C.; MAUBORGNE, R. A transição para o oceano azul: muito além da competição. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. O QUE É coworking? Coworking Brasil, 2019. Disponível em: <https://coworkingbrasil.org/como-funciona-coworking/>. Acesso em: 9 fev. 2019. OSTERWALD A. et al. Value proposition design: how to create products and services customers want. N. Y: Wiley, 2015. OSTERWALD A.; PIGNEUR, Y. Business Model Generation: inovação em modelos de negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011. PARA ENTENDER o cliente, lojista deve calçar sapatos do consumidor. E- commerce Brasil, 22 fev. 2017. Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/entender-cliente-calcar-sapatos- consumidor/>. Acesso em: 10 fev. 2019. RIBEIRO, W. Empatia é fundamental para empreender. Café com empreendedorismo para mulheres, 13 jun. 2018. Disponível em: <http://www.cafecomempreendedorismo.com.br/empatia-e-fundamental-para- empreender/>. Acesso em: 9 fev. 2019. ROSA, F. Todos os artigos de Fernanda Rosa. E-commerce Brasil, 2019. Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.br/author/fernandarosa/>. Acesso em: 9 fev. 2019. SCORA, C. M. A solidão do empreendedor. Administradores, 17 abr. 2006. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-solidao- do-empreendedor/12062>. Acesso em: 10 fev. 2019.