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Sistemas de Direitos Humanos

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Sistemas de direitos humanos
Tarciso Dal Maso
Sistema árabe de DDHH
Origem: Liga dos Estados Árabes, fundada em 1945 no Cairo por Egito, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Síria e Iêmen
Em 2004, adotam a Carta Árabe sobre os Direitos Humanos, que entrou em vigor em 2008
Carta Árabe sobre os Direitos Humanos
Partindo da fé da Nação Árabe na dignidade do homem a quem Deus honrou desde a criação do mundo e no fato de a pátria árabe ser o berço das religiões e civilizações cujos nobres valores consagraram o direito humano a uma vida digna fundada sobre liberdade, justiça e igualdade
Para concretizar os eternos princípios de fraternidade, igualdade e tolerância entre seres humanos consagrados pelo Islã e outras religiões reveladas
Rejeitando todas as formas de racismo e sionismo que constituem uma violação de direitos humanos e uma ameaça à paz e à segurança internacionais, conscientes da estreita ligação existente entre os direitos humanos e a paz e segurança internacionais, reafirmando a princípios da Carta das Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos Humanos e as disposições do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e do Pacto direito internacional relativo aos direitos econômicos, sociais e culturais e tendo em conta a Declaração do Cairo sobre os Direitos Humanos no Islã
ONZE Estados ratificaram
Carta Árabe sobre os Direitos Humanos
Direitos individuais: direito à vida ; não ser submetido a tortura, tratamento desumano ou degradante; viver livre da escravidão; liberdade e segurança das pessoas 
Regras de justiça: igualdade perante a lei e perante os tribunais; direito a um julgamento justo
Direitos civis e políticos: liberdade de exercício de atividades políticas, de associação e de reunião; liberdade de movimento; respeito pela vida privada e familiar; direitos das minorias; asilo político; adquirir uma nacionalidade; liberdade de pensamento, consciência e religião; propriedade privada; liberdade de opinião e expressão; consentimento livre e pleno para casar 
Direitos econômicos, sociais e culturais: direito ao trabalho; formar sindicatos; proteção social; ao desenvolvimento; a um padrão de vida adequado; à educação; participar na vida cultural 
Comitê de especialistas
A Carta Árabe institui o Comitê de Especialistas, órgão encarregado de zelar pela aplicação e cumprimento dos direitos contidos neste instrumento. 
As comunicações individuais não podem ser submetidas ao Comitê. Sua principal função é examinar os relatórios periódicos dos Estados Membros; 
O objetivo é avaliar se os países implementam medidas para garantir a proteção dos direitos e liberdades reconhecidos na Carta, bem como os progressos alcançados para o seu gozo. O Comitê também emite comentários finais e recomendações que são incluídas no relatório anual ao Conselho da LEA. 
Os poderes do Comitê são meramente recomendatórios
Sistema árabe
a Comissão Permanente dos Direitos Humanos monitora o cumprimento dos direitos humanos pelos Estados, organiza conferências especializadas, participa na elaboração de documentos, interage com organizações internacionais e colabora com os Estados a seu pedido. 
O Departamento de Direitos Humanos é órgão encarregado de apoiar o trabalho da Comissão Permanente e da Comissão de Especialistas
Comissão de Assuntos Legislativos, Jurídicos e de Direitos Humanos do Parlamento Árabe; e o Comité Árabe Permanente para os Direitos Humanos no Secretariado-Geral da Liga Árabe
Corte?
Em 7 de Setembro de 2014, o Conselho de Ministros da LEA elaborou um tratado adicional, o Estatuto do Tribunal Árabe (não entrou em vigor)
O Tribunal terá sede em Manama (Bahrein) e a sua jurisdição abrangerá os casos decorrentes da aplicação e interpretação da Carta Árabe ou de qualquer outro tratado árabe de direitos humanos do qual os Estados denunciados sejam membros.
Sistema islâmico de direitos humanos
O sistema islâmico de direitos humanos tem sua origem na Organização para a Cooperação Islâmica (OCI, sigla em inglês), organismo intergovernamental fundado em 1969 com o objetivo de salvaguardar e proteger os interesses do mundo muçulmano, entre seus 57 estados membros
Esta organização adotou a Declaração dos Direitos Humanos no Islã (a “Declaração” ou “Declaração do Cairo”) em agosto de 1990, durante a celebração da 19ª Conferência Islâmica de Ministros de Assuntos Exteriores. Os direitos humanos no Islã têm a particularidade de encontrar integrados na Ley Divina contida no Alcorão
É por isso que o preâmbulo da Declaração estabelece como objetivo principal contribuir para os esforços da humanidade para fazer valer os direitos humanos, proteger os seres humanos da exploração e da perseguição, e afirmar sua liberdade e direito de vida digna de acordo com os valores e princípios islâmicos. 
A Declaração do Cairo consagra direitos civis e políticos; econômicos, sociais e culturais; direito à livre determinação dos povos, entre outros
Sistema Asiático de Direitos Humanos
O sistema asiático de direitos humanos tem sua origem na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), fundada em 1967 por líderes da Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tailândia. 
Em dezembro de 2008, os 10 membros atuais da ASEAN (Vietnã, Laos, Brunei, Camboya, Cingapura, Mianmar, Indonésia, Filipinas, Malásia e Tailândia) adotaram a Carta da ASEAN (a “Carta”), que define a estrutura e funções da ASEAN. Entre eles, foi estabelecida a obrigação da organização de criar um órgão cujo fim seria a promoção e proteção dos direitos humanos e liberdades fundamentais. 
Um ano depois, resultou na criação da Comissão Intergovernamental de Direitos Humanos da ASEAN (a “Comissão”) 
Em 18 de novembro de 2012, os Estados membros adotaram a Declaração de Direitos Humanos da ASEAN que esclarece o mandato da Comissão. 
Contém uma série de princípios gerais, entre eles se estabelece que todos os direitos humanos são universais, indivisíveis, interdependentes e se encontram inter-relacionados 
Além disso, consagra direitos civis e políticos; econômicos, sociais e culturais; o direito ao desenvolvimento e à paz. 
Em sua origem, a Declaração surgiu com o objetivo de ser precursora de um tratado formal para a região - como é a Declaração Universal dos Direitos Humanos para os Patos Internacionais de Nações Unidas ou a Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem para o Convenção Americana de Direitos Humanos
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