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Leitura e 
Produção de Texto
E-book 2
Mariana Batista
Neste E-book:
INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3
O CONCEITO DE LEITURA �����������������������4
Tipologias textuais, subtipos, gêneros e 
espécies ����������������������������������������������������������������� 11
CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������� 35
SÍNTESE �������������������������������������������������������36
2
E-book 
1
Leitura e Tipologias Textuais
E-book 
2
INTRODUÇÃO
Olá, estudante! No módulo anterior você conheceu 
um pouco sobre a história da leitura e da escrita� 
Para darmos continuidade aos nossos estudos em 
Leitura e Produção de Texto, neste módulo, dividido 
em dois tópicos, apresentaremos, primeiramente, 
uma conceituação de leitura, a partir da definição 
dos dicionários e dos seguintes autores: Geraldi 
(1984/2001, 1997), Lajolo e Zilberman (1982) e Silva 
(2011)� Ainda neste tópico falaremos das fases de 
leitura: pré-leitura, leitura seletiva, leitura crítica ou 
reflexiva e leitura interpretativa, segundo os estudos 
de Andrade (1999)�
No segundo tópico trataremos de quatro categorias 
textuais: tipo, subtipo, gênero e espécie� E estudare-
mos os quatro tipos textuais mais conhecidos e im-
portantes, tanto para a leitura quanto para a produção 
textual: narrativa, descritiva, dissertativa (expositiva 
e argumentativa) e injuntiva, com base em Travaglia 
(2007a, 2007b, 2009, 2018), Savioli e Fiorin (2011) e 
Köche, Marinello e Boff (2009)� 
Espero que você tenha um excelente aprendizado! 
Bons estudos!
3
O CONCEITO DE 
LEITURA
Iniciaremos este tópico perguntando a você, estudan-
te: “Como você definiria leitura?” e “O que o ato de 
ler significa para você?” Ao procurar nos dicionários 
Sacconi (2010) e no Dicionário Eletrônico Houaiss 
de Língua Portuguesa, encontramos que leitura é: 
1. Ação ou efeito de ler ou decifrar um texto, 
caracteres, etc.: a leitura dos originais de uma 
obra; a leitura dos hieróglifos. 2. O que se lê: 
leitura educativa. 3. Fato de saber ler: aprender 
a leitura. 4. Ação de ler em voz alta, diante de 
um auditório: fazer a leitura de um texto num 
congresso. 5. Arte, hábito ou prática de quem 
lê: faça da leitura um prazer! 6. Análise ou 
interpretação de um texto, de uma partitura, 
etc.: fazer uma nova leitura de Kant. 7. Modo 
próprio como alguém vê uma coisa; maneira 
pessoal de considerar um fato; interpretação: 
a leitura que ele faz do jogo é diferente da 
minha. (SACCONI, 2010, p.1255)
1. ato de decifrar signos gráficos que tradu-
zem a linguagem oral; arte de ler. 2. ação de 
tomar conhecimento do conteúdo de um texto 
escrito, para se distrair ou se informar. 3. ma-
neira de compreender, de interpretar um texto, 
4
uma mensagem, um acontecimento. 4. ato de 
decifrar qualquer notação; o resultado desse 
ato. (HOUAISS, dicionário eletrônico)
A partir do exposto, compreendemos que o ato de 
ler é mais do que decifrar códigos e decodificá-los, e 
sim é atribuir significado para o que é lido. Além dis-
so, a leitura tem uma forte ligação com a linguagem 
escrita; segundo Lajolo e Zilberman (1982), trata-se 
de um processo de interlocutor entre autor e leitor, 
este processo é mediado pelo texto�
Ler não é decifrar, como num jogo de adivi-
nhações, o sentido de um texto. É a partir do 
texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, con-
seguir relacioná-lo a todos os outros textos 
significativos para cada um, reconhecer nele o 
tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono 
da própria vontade, entregar-se a esta leitura, 
ou rebelar-se contra ela, propondo outra não 
prevista. (LAJOLO; ZILBERMAN, 1982, p. 59)
Neste sentido, podemos afirmar que o leitor é quem 
dá vida ao texto, o leitor é um ser ativo que dá senti-
do ao texto, ou seja, um texto só se torna completo 
quando ele é lido. “Ler não é, pois decodificar, tradu-
zir, repetir sentidos dados como prontos, é construir 
uma sequência de sentidos a partir dos índices que o 
sentido do autor quis dar a seu texto.” (SILVA, 2011, 
p� 23)�
5
Figura 1: A leitura como produtora de sentidos Fonte: Blog da Livraria 
Loyola
Diante dessas considerações, compreendemos que 
ler é atribuir significado ao texto. Um mesmo texto 
pode provocar diferentes visões da realidade em 
cada leitor ou em cada leitura; tais visões dependerão 
do modo que cada sujeito pensa e olha o mundo e, 
principalmente, de suas experiências com a ação 
de ler, quanto mais lemos, mais nosso repertório é 
ampliado e mais conseguimos interagir com o texto� 
O produto do trabalho de produção se oferece 
ao leitor, e nele se realiza a cada leitura, num 
processo dialógico cuja trama toma as pontas 
dos fios do bordado tecido para tecer sempre 
o mesmo e outro bordado, pois as mãos que 
agora tecem trazem e traçam outra história. 
Não são mãos amarradas – se o fossem, a 
leitura seria reconhecimento de sentidos e não 
produção de sentidos; não são mãos livres 
6
que produzem o seu bordado apenas com os 
fios que trazem nas veias de sua história – se 
o fossem, a leitura seria um outro bordado que 
se sobrepõe ao bordado que se lê, ocultando-
-o, apagando-o, substituindo-o. São mãos car-
regadas de fios, que retomam e tomam os fios 
que no que se disse pelas estratégias de dizer 
se oferece para a tecedura do mesmo e outro 
bordado. (GERALDI, 1997, p. 166).
Trata-se, portanto, de um processo dinâmico e dialó-
gico� E cada texto demandará de seu leitor um grau 
de dificuldade diferente; uma boa leitura depende 
basicamente dos fatores linguísticos (coerência, coe-
são, denotação, conotação, uso de figuras de lingua-
gem etc�) e dos fatores contextuais (o que se quer 
dizer em determinada situação)� Quando entramos 
no mundo acadêmico, por exemplo, as leituras que 
faremos nos exigirão maior criticidade, complexida-
de e análise, e refletirão diretamente sobre a nossa 
produção textual; a prática do ato de ler textos dessa 
esfera implica no domínio de conteúdos temáticos, 
da linguagem e dos recursos estilísticos utilizados� 
Outro aspecto importante para se tornar um bom 
leitor é o de entender qual o propósito do texto a ser 
lido. Você lê por que e para quê?
 Ainda nos tempos atuais, a leitura de textos literários 
é o que possui maior valoração social, no entanto, 
segundo Geraldi (1984/2001), o ato de ler possui 
várias finalidades: as pessoas leem para buscar in-
7
formações, para estudar, por fruição ou por pretexto, 
isto é, o texto serve como instrumento para outras 
ações� 
Além dessas finalidades, podemos acrescentar que 
o ato de ler também serve para que as pessoas se 
localizem espacialmente e possam se locomover de 
um local para o outro, para satisfazer alguma curiosi-
dade, para seguir instruções etc� A leitura em nossa 
cultura está presente em praticamente todos os âm-
bitos da sociedade, pois vivemos em uma cultura gra-
focêntrica em que a palavra escrita tem uma grande 
importância para o estabelecimento e manutenção 
de nossas relações interpessoais� 
Figura 2: As funções da leitura Fonte: Correio Popular, 2014.
Segundo Andrade (1999), podemos classificar as 
diversas funções da leitura em quatro tipos: leitura 
técnica; leitura de estudo; leitura de informação; e 
leitura recreativa� A leitura técnica está relaciona-
da com a habilidade de ler e interpretar gráficos e 
tabelas� Já a leitura de estudo tem como objetivo 
coletar informações para a aquisição e ampliação 
de conhecimentos� A leitura de informação está 
vinculada à cultura geral e à leitura recreativa ou 
8
de fruição; busca trazer distração, entretenimento, 
lazer e satisfação�
Pelo fato de nossa disciplina estar voltada para a 
leitura e produção de textos acadêmicos, nosso in-
teresse se reincidirá para as leituras de estudo e de 
informação� É preciso que você, comoestudante, se 
habitue desde cedo com esse formato de texto, pois 
será o mais recorrente durante sua vida acadêmica e 
incidirá sobre sua produção textual daqui para frente, 
desde a escrita de um fichamento até a entrega final 
de seu Trabalho de Conclusão de Curso� Assim, nos 
aprofundaremos em mais um ponto para que o nosso 
ato de ler seja proficiente: as fases da leitura.
Segundo Andrade (1999), existem quatro fases de 
leitura� São elas: pré-leitura; leitura seletiva; crítica 
ou reflexiva e interpretativa� Na fase de pré-leitura, 
também conhecida por leitura flutuante, o leitor toma 
um primeiro contato com o texto; nela, ele verifica-
rá se há ou não informações úteis de acordo com 
os seus objetivos, mas sem aprofundamentos� Na 
fase seletiva, por sua vez, há uma seleção das in-
formações consideradas mais importantes e mais 
interessantes para os propósitos do trabalho a ser 
desenvolvido� Na terceira fase, a crítica ou reflexiva 
é feita a análise e avaliação das informações esco-
lhidas por meio de uma atitude reflexiva das ideias 
contidas no texto. Por fim, a fase interpretativa tem o 
objetivo de se aprofundar plenamente nas ideias prin-
cipais do autor, compreendendo o que ele realmente 
quis dizer, correlacionando com outras afirmações, 
9
conhecimentos, conceitos etc� e estando apto para 
escrever uma síntese do que foi lido�
Além das fases da leitura, estudos linguísticos apon-
tam que existem alguns níveis de leitura: elemen-
tar, inspecional, analítico e sintópico (ADLER e VAN 
DOREN, 2010)� Para conhecê-los atente-se ao pod-
cast – Níveis de Leitura�
Podcast 1 
Antes de irmos para o tópico seguinte, vale ressal-
tar que a leitura é essencial para a nossa vida em 
sociedade, por meio dela interagimos uns com os 
outros, nos comunicamos, nos informamos, nos dis-
traímos, conhecemos outros mundos e adquirimos 
e construímos conhecimentos� A leitura, conforme 
vimos no início deste tópico, vai além da decodifi-
cação, ela é produtora de sentidos e está vinculada 
com a visão de mundo de cada pessoa� Nas palavras 
do escritor argentino Alberto Manguel (1997, p� 20): 
“Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta para 
vislumbrar o que somos e onde estamos� Lemos 
para compreender, ou para começar a compreender� 
Não podemos deixar de ler� Ler, quase como respirar, 
é nossa função essencial”. Para conhecer melhor 
Alberto Manguel e saber mais sobre leitura, atente-
-se ao podcast – Alberto Manguel e as Finalidades 
da Leitura�
Podcast 2 
10
Tipologias textuais, subtipos, 
gêneros e espécies
Iniciamos este tópico com ênfase na importância 
do ato de ler e, para a realização de uma boa leitura, 
temos que seguir alguns passos, tais como: identi-
ficação do tema, a localização espaço-temporal do 
texto, seus objetivos e ideias centrais� Para tanto, é 
preciso compreender que cada texto, segundo as 
suas intenções, tem um formato e é isso que vere-
mos neste momento�
 A partir dos estudos de Travaglia (2007a, 2018) 
compreendemos que tudo o que falamos/ouvimos 
ou escrevemos/lemos é dito por meio de textos e, 
cada texto se adequará às diferentes situações de 
interação comunicativa, a partir de algumas cate-
gorias que podem ser de naturezas distintas, estas 
denominadas de tipelementos� O referido autor nos 
diz que, até o momento, foram identificados quatro: 
tipos, subtipos, gêneros e espécies. 
Os tipos são caracterizados pela maneira como o 
texto se apresenta, instaurando diferentes modos 
de interação e de interlocução, ou seja, trata-se de 
um modo de se comunicar; abrange um conjunto 
de categorias teóricas determinadas por aspectos 
lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal� 
Os tipos textuais mais importantes para o estudo 
em Língua Portuguesa são os que Travaglia (2018) 
identificou como tipologia 1: descritivo, narrativo, 
dissertativo e injuntivo. Estes configuram as habilida-
11
des linguísticas e discursivas básicas que todos nós 
precisamos dominar para construir nossos textos� 
Há, ainda, outras tipologias: o texto argumentativo 
stricto sensu e argumentativo não-stricto sensu (tipo-
logia 2); o preditivo e não preditivo (tipologia 3); o do 
mundo comentado e o do mundo narrado (tipologia 
4); o lírico, épico/narrativo e dramático (tipologia 
5); o humorístico e não humorístico (tipologia 6); 
o literário e não literário (tipologia 7); e o factual e 
ficcional (tipologia 8).
Os subtipos podem ser definidos como uma varie-
dade de um tipo; trata-se de um tipo dependente� 
Segundo Travaglia (2018), foram identificados sub-
tipos de dois tipos: o injuntivo e o dissertativo� Na 
tipologia textual injuntiva teremos as seguintes varie-
dades: ordem (determina um fazer), pedido/súplica 
(solicita a realização de uma ação), conselho (diz 
qual/como é o melhor fazer), prescrição (ensina ou 
determina uma forma de fazer) e optação (deseja 
a realização de uma situação)� Já os subtipos do 
dissertativo são: o expositivo (não trabalha com con-
traposições, nem com problematizações) e o expli-
cativo (o saber é problematizado, exigindo-lhe uma 
solução ou explicação seguida de uma conclusão e 
avaliação do que fora exposto)�
Por sua vez, os gêneros textuais apresentam ca-
racterísticas sociocomunicativas relacionadas ao 
conteúdo, propriedades funcionais, estilo e compo-
sição característica; trata-se de um elemento que se 
diferencia segundo o seu propósito e que tem uma 
determinada função social�
12
O gênero é um instrumento linguístico de ação 
social estabelecido no curso da história por 
grupos sociais geralmente denominados de 
“comunidades discursivas”, em áreas de ação 
social diversas, como as comunidades reli-
giosas diversas, a jornalística, a da indústria 
e do comércio, a do entretenimento, a militar, 
a policial, a acadêmico-científica, a jurídica/ 
forense, a da educação escolar, a artístico-
-literária etc. (TRAVAGLIA, 2018, p. 1353)
 Segundo Travaglia (2007a), os gêneros textuais são 
inumeráveis, entre eles podemos citar: romance, con-
to, novela, fábula, parábola, apólogo, mito, lenda, no-
tícia, ata, biografia, piada, conto de fadas, epopeia, 
poesia lírica, tese, dissertação, artigo acadêmico-
-científico, editorial de jornal, monografia, conferência, 
carta, receita culinária, bula de remédio, cardápio, 
inquérito policial, entre outros�
As espécies textuais se caracterizam pelos aspectos 
formais da estrutura/superestrutura e da superfície 
linguística ou por aspectos de conteúdo; trata-se das 
variações de um determinado gênero� São exemplos 
de espécie: textos em prosa ou em verso; romances 
históricos, regionalistas, psicológicos, fantásticos, 
de ficção científica, policiais, autobiográficos etc.; 
carta, ofício, telegrama, bilhete, memorando corres-
pondendo ao gênero epistolar�
Segundo Travaglia (2018), os tipelementos apresen-
tam relações entre si e elas são importantes para a 
13
composição e funcionamento dos textos, sem este 
entendimento, corremos o risco de criar incoerências 
e repetições desnecessárias� Essas relações são de 
vinculação e de composição�
As relações de vinculação podem ser conforme os 
esquemas abaixo (TRAVAGLIA, 2018, pp.1356-1357):
Tipo
Espécies
Espécies
Espécies
Gêneros(s)
Gêneros(s)
Esquema 1
Figura 3: Relações de vinculação (Esquema 1) Fonte: Travaglia, 2018.
14
Lírico
Pelo
conteúdo:
Ditirambo
Elegia
Epitalâmio
Poemas
bucólicos
Etc.
Acróstico
Balada
Soneto
Haicai
Etc
Pela
forma:
Tipo
Espécie
Esquema 2
Figura 4: Relações de vinculação (Esquema 2) Fonte: Travaglia, 2018.
Correspon-
dência
Pela
forma
Carta
Telegrama
Ofício
Memorando
Bilhete
Cartões
Carta 
comercial
Etc.
Pela forma
e conteúdo
Gênero
Espécie
Esquema 3
Figura 5: Relações de vinculação (Esquema3) Fonte: Travaglia, 2018.
15
As relações de composição se dão por três modos: 
cruzamento ou fusão; conjugação; intercâmbio�
a) Cruzamento ou fusão: vários tipos de tipologias 
diferentes estão presentes em um mesmo texto; um 
texto não pode ser lírico e dramático ao mesmo tem-
po, mas pode ter características de muitos tipos de 
características diferentes� Segundo Travaglia (2007b, 
p� 1300), “temos para o gênero ’poema’ o cruzamento 
dos tipos ’narrativo, preditivo, lírico e literário’ e das 
espécies ‘soneto e em verso’ caracterizadas pela 
forma e da espécie ‘não-história’ caracterizada pelo 
conteúdo”. Exemplo:
Soneto de Separação
Inglaterra, 1938
De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto� 
De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama� 
De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente� 
Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente�
(MORAES, Vinícius de. 1938/1992, p.138). 
16
b) Conjugação: vários tipos de uma tipologia cons-
tituem um texto, com relações hierárquicas ou lado 
a lado, no primeiro caso há um tipo dominante obri-
gatoriamente� Por exemplo, no romance o tipo do-
minante é o narrativo, no entanto, podem aparecer 
trechos descritivos, dissertativos ou injuntivos� Ou 
não há nenhum tipo dominante, os tipos aparecem 
somente conjugados e nenhum está subordinado 
ao outro, por exemplo, “na ‘bula’ a descrição aparece 
sempre na composição do remédio, já a injunção 
aparece na posologia, a dissertação na explicação 
de como o remédio age no organismo e a narração 
em relatos de casos clínicos”. (TRAVAGLIA, 2007b, 
p� 1302)
c) Intercâmbio: acontece quando em uma dada 
situação usa-se outro tipo, gênero ou espécie não 
esperados, criando um efeito de sentido particular� 
Exemplo:
Se em uma sala quente alguém que quer que 
se ligue o ar condicionado ou que se abram as 
janelas, portanto incitar a realização de uma 
situação, o que é feito apropriadamente por 
meio de textos injuntivos, faz uma descrição 
dizendo “Está quente aqui, não?” tem-se um 
intercâmbio de tipos, pois esperava-se que 
essa pessoa produzisse uma ordem ou pe-
dido (injuntivos): “Abra as janelas!” ou “Por 
favor, abra as janelas, pois está quente” ou 
ainda “Ligue o ar condicionado”. Certamente 
o não uso da ordem tem o efeito de marcar 
17
o produtor do texto como alguém mais gentil 
que faz um pedido ou ainda mais sutilmente 
insinua o que quer que seja feito, contando 
com a competência do seu interlocutor, dentro 
da situação específica. (TRAVAGLIA, 2018, p. 
1363)
Agora que você já conhece a definição dos tipelemen-
tos tipo, subtipo, gênero e espécie, suas diferenças 
e relações, observe as características principais dos 
tipos textuais da tipologia 1: narrativo, descritivo, 
dissertativo e injuntivo�
Saiba Mais
Para conhecer as características das outras ti-
pologias textuais leia: TRAVAGLIA, Luiz Carlos. 
Tipologia textual e o ensino da língua� Domí-
nios da Linguagem, vol� 12, n� 03, jul-set, 2018, 
pp� 1336-1400� Disponível em: http://www.seer.
ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/
view/41612/23986� Acesso em: 19 fev� 2019�
Tipo Narrativo
Segundo Travaglia (2007a), o tipo narrativo tem como 
objetivo contar/narrar os acontecimentos ou fatos 
organizados em episódios e se caracteriza pela uni-
dade temática, pela sucessão temporal/causal de 
eventos, pela predominância de verbos de ação e 
pelo uso constante de advérbios temporais, causais 
18
e locativos� De maneira geral, a narrativa possui cinco 
elementos estruturantes, são eles: 
a) Enredo: conjunto dos acontecimentos/fatos a 
serem narrados� Em geral, é dividido em introdução, 
desenvolvimento, clímax e desfecho. O conflito serve 
como elemento estruturador do enredo�
b) Personagens: são responsáveis por executar as 
ações na história; são classificadas em protagonista, 
antagonista e coadjuvante�
c) Tempo: é interno ao texto, podendo ser psicoló-
gico e/ou cronológico podendo ser posterior, simul-
tâneo ou anterior ao tempo referencial�
d) Espaço: onde acontecem as ações da narrativa�
e) Narrador: é o elemento estruturador da história� O 
narrador pode ser em primeira pessoa – personagem 
ou testemunha – ou em terceira pessoa – observador 
ou onisciente�
Dentro do tipo narrativo temos os seguintes gêneros 
textuais: conto maravilhoso; conto de fadas; fábula; 
lenda; romance de aventura; sketch ou história engra-
çada; biografia romanceada; novela fantástica; conto; 
crônica literária; adivinha; piada etc� Observemos o 
exemplo abaixo:
A Infinita Fiandeira
A aranha, aquela aranha, era tão única: não parava de fazer 
teias! Fazia-as de todos os tamanhos e formas� Havia, contu-
do, um senão: ela fazia, mas não lhes dava utilidade� O bicho 
19
repaginava o mundo� Contudo, sempre inacabava as suas 
obras. Ao fio e ao cabo, ela já amealhava uma porção de 
teias que só ganhavam senso no rebrilho das manhãs�
E dia e noite: dos seus palpos primavam obras, com bele-
zas de cacimbo gotejando, rendas e rendilhados� Tudo sem 
fim nem finalidade. Todo bom aracnídeo sabe que a teia 
cumpre as fatais funções: lençol de núpcias, armadilha de 
caçador� Todos sabem, menos a nossa aranhinha, em suas 
distraiçoeiras funções� 
Para a mãe-aranha aquilo não passava de mau senso� Para 
que tanto labor se depois não se dava a indevida aplicação? 
Mas a jovem aranhiça não fazia ouvidos. E alfaiatava, alfine-
tava, cegava os nós. Tecia e retecia o fio, entrelaçava mais e 
mais teia� Sem nunca fazer morada em nenhuma� Recusava 
a utilitária vocação da sua espécie�
- Não faço teias por instinto�
- Então, faz por quê?
- Faço por arte�
Benzia-se a mãe, rezava o pai� Mas nem com preces� A 
filha saiu pelo mundo em ofício de infinita teceloa. E em can-
tos e recantos deixava a sua marca, o engenho de sua seda� 
Os pais, após concertação, a mandaram chamar� A mãe:
- Minha filha, quando é que assentas as patas na parede?
E o pai:
- Já eu me vejo em palpos de mim…
Em choro múltiplo, a mãe limpou as lágrimas dos muitos 
olhos enquanto disse:
- Estamos recebendo queixas do aranhal�
20
- O que é que dizem mãe?
- Dizem que isso só pode ser doença apanhada de outras 
criaturas�
Até que se decidiram: a jovem aranha tinha que ser recon-
duzida aos seus mandos genéticos� Aquele devaneio seria 
causado por falta de namorado� A moça seria até virgem, 
não tendo nunca digerido um machito� E organizaram um 
amoroso encontro�
- Vai ver que custa menos que engolir mosca - disse a 
mãe�
E aconteceu� Contudo, ao invés de devorar o singelo namo-
rador, a aranha namorou e ficou enamorada. Os dois deram-
-se os apêndices e dançaram ao som de uma brisa que fazia 
vibrar a teia. Ou seria a teia que fabricava a brisa?
A aranhiça levou o namorado a visitar a sua colecção de 
teias, ele que escolhesse uma, ficaria prova de seu amor.
A família desiludida consultou o Deus dos bichos, para re-
clamar da fabricação daquele espécime. Uma aranha assim, 
com mania de gente? Na sua alta teia, o Deus dos bichos 
quis saber o que poderia fazer� Pediram que ela transitasse 
para humana� E assim sucedeu: um golpe divino, a aranha 
foi convertida em pessoa. Quando ela, transfigurada, se apre-
sentou no mundo dos humanos logo lhe exigiram a imediata 
identificação. Quem era, o que fazia?
- Faço arte�
- Arte?
E os humanos se entreolharam intrigados� Desconheciam 
o que fosse arte. Em que consistia? Até que um, mais velho, 
se lembrou� Que houvera um tempo, em tempos de que já se 
perderamemória, em que alguns se ocupavam de tais impro-
21
dutivos afazeres� Felizmente, isso tinha acabado, e os pou-
cos que teimavam em criar esses poucos rentáveis produtos 
- chamados de obras de arte - tinham sido geneticamente 
transmutados em bichos� Aranhas, ao que parece�
(COUTO, Mia. O fio das missangas, 2009). 
Figura 6: Teia de Aranha Fonte: Blog Letras in.verso e re.verso.
Podemos observar que o narrador do Conto acima 
é em terceira pessoa e ele conta a história de uma 
aranha que produzia teias de todos os tamanhos e 
formas, mas que nunca eram acabadas e eram con-
cebidas como obras de arte. O conflito da história 
se dá exatamente pelo fato de outras aranhas estra-
nharem que as teias de nossa personagem principal 
não correspondiam a sua finalidade primordial: de 
habitação e de proteção� Assim, após várias tentati-
vas frustradas, pai e mãe de nossa aranhinha resol-
vem consultar o deus dos bichos e, não vendo outra 
22
solução, a transforma em humana e, ao chegar ao 
mundo dos humanos, ela também não é bem aceita, 
pois ao responder o que fazia disse que Arte� E arte 
é algo que há muito tempo deixou de ter importân-
cia, as pessoas que as fazia foram transformadas 
em aranha� A construção deste conto é cheia de 
metáforas e do uso do sentido conotativo, abrindo 
possibilidade para mais de uma interpretação; po-
demos afirmar que o fazer das teias está vinculado 
ao trabalho do escritor, em especial o de literatura, 
que, apesar de estar em um alto grau de erudição, a 
literatura é considerada por muitas pessoas como 
um fazer improdutivo e para poucos�
Tipo Descritivo
Segundo Savioli e Fiorin (2011), o tipo descritivo tem 
como objetivo principal expor as características de 
seres concretos (pessoas, animais, objetos, situa-
ções, lugares etc�); trata-se, portanto, de um retrato 
falado� O que é descrito é visto como algo simultâ-
neo, não apresentando relação de anterioridade e 
posteridade entre os enunciados; compreendemos 
que a principal característica do texto descrito é a 
inexistência de progressão temporal e, devido a este 
fato, os tempos verbais mais utilizados são o presen-
te (indica concomitância em relação ao momento 
da fala) e o pretérito imperfeito (expressa concomi-
tância em relação a um marco temporal passado do 
enunciado)�
23
Pelo fato de a descrição apresentar um es-
tado, que sofrerá mudanças, é muito comum 
que os textos comecem com uma descrição 
e, depois, convertam-se numa narração. A des-
crição serve para apresentar personagens, 
lugares, estados, que, no curso da ação, so-
frerão transformações. Por isso, o texto des-
critivo não relata mudanças de situação; nele, 
ações e qualidades são vistas como um es-
tado único. (SAVIOLI; FIORIN, 2011, p. 343)
Em outras palavras, podemos afirmar que o texto des-
critivo é estático, é um retrato composto por palavras 
e depende muito mais dos conhecimentos linguísti-
cos e do conhecimento de mundo de quem descreve 
do que do objeto em si� Os sinais indicativos dessa ti-
pologia textual são: tempos verbais, termos técnicos, 
adjetivos e formas adjetivadas do verbo, metáfora, 
sinédoque, metonímia e nomes próprios (MARQUESI, 
2004)� Outra característica importante na descrição 
é que ela pode ser objetiva ou subjetiva; na descrição 
objetiva o autor busca passar com exatidão os deta-
lhes, buscando maior proximidade com a realidade 
e na descrição subjetiva o autor descreve o objeto a 
partir de uma visão pessoal, de seus sentimentos e 
impressões que o objeto lhe causa�
Parece não haver muitos gêneros que compõem essa 
tipologia, no entanto, podemos destacar os classifi-
cados e textos de qualificação. Observe o exemplo:
24
O Jantar do Bispo
A casa era grande, branca e antiga� Em sua frente havia 
um pátio quadrado� À direita um laranjal onde noite e dia 
corria uma fonte� À esquerda era o jardim de buxo, húmido e 
sombrio, com suas camélias e seus bancos de azulejo�
A meio da fachada descia uma escada de granito coberta 
de musgo� Em frente dessa escada, do outro lado do pátio, 
ficava o grande portão que dava para a estrada.
A parte de trás de casa era virada ao poente e das suas 
janelas debruçadas sobre pomares e campos via-se o rio que 
atravessa a várzea verde e viam-se ao longe os montes azu-
lados cujos cimos, em certas tardes, ficavam roxos.
(Sophia de Mello Breyner Andresen, Contos Exemplares, 
1962/2014)
Figura 7: Capa do livro Contos Exemplares Fonte: Site Livraria da 
Travessa.
25
O texto acima é a primeira parte de um conto, confor-
me podemos observar� Ele faz a descrição da parte 
externa de uma casa: da frente, dos lados e de trás� 
O tempo é o do passado, o narrador descreve como 
a casa era quando os fatos que serão narrados após 
a descrição da casa aconteceram� Por ser bem deta-
lhada, podemos reproduzir em nossas mentes uma 
impressão equivalente ao objeto que está sendo 
retratado, pois a descrição neste conto tem como 
função situar o leitor no espaço da história�
Saiba Mais
Leia o conto “O Jantar do Bispo”, de Sophia de 
Mello Andresen, em: http://textosintegrais.blogs-
pot.com/2011/04/o-jantar-do-bispo-de-sophia-
-de-mello.html� Acesso: 19 fev� 2019�
Tipo Dissertativo Expositivo e 
Argumentativo
Segundo Travaglia (2009), no texto dissertativo temos 
o enunciador com a finalidade de buscar o refletir, o 
avaliar, o explicar, o conceituar e o expor ideias para 
um interlocutor que, como ser pensante, raciocina 
sobre o que lhe é apresentado� Outra característica 
importante do texto dissertativo é a simultaneidade 
das situações, o tempo da enunciação pode ser an-
terior, simultâneo ou posterior ao momento daquilo 
que se apresenta no texto�
26
 A tipologia textual dissertativa tem dois subtipos: o 
expositivo e o explicativo, no entanto, usaremos o ter-
mo argumentativo, pois é o de uso mais comum entre 
os professores de Língua Portuguesa� Entendemos 
que o primeiro tem como objetivos informar e escla-
recer o leitor sobre determinado assunto, pois possui 
um saber teórico já consolidado que serve como 
base para a reflexão. No expositivo temos, portanto: 
a análise e/ou síntese de representações con-
ceituais, com ordenação lógica a que acres-
centamos avaliações ou não de algo, reflexões 
organizadas sobre um ponto do conhecimen-
to, por meio de categorias composicionais 
da generalização e especificação que podem 
aparecer em um esquema dedutivo (genera-
lização – especificação), indutivo (especifi-
cação – generalização) ou dedutivo-indutivo 
(generalização – especificação – generaliza-
ção). Portanto é a apresentação de um sa-
ber/conhecer de forma consensual e lógica. 
(TRAVAGLIA, 2009, p. 2636). 
O texto dissertativo expositivo, geralmente, apresenta 
a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento 
e conclusão. Na introdução apresentamos o tema 
que será abordado e o objetivo do texto; no desen-
volvimento há uma explicação tanto dos aspectos 
principais quanto dos secundários relativos ao tema; 
e na conclusão o tema é reafirmado, é feita uma 
síntese dos conteúdos abordados e pode haver ou 
27
não uma tomada de posição do autor em relação ao 
assunto tratado. Veja este exemplo:
A Lua’, de Tarsila do Amaral, chega ao MoMA e con-
sagra brasileira no panteão modernista
Um cacto solitário, cuja figura sugere a de um ser huma-
no, ergue-se ante uma noite de lua minguante, em uma tela 
de 110 por 110 centímetros� A Lua, quadro de 1928, con-
siderado um marco da pintura antropofágica de Tarsila do 
Amaral, foi comprada pelo Museu de Arte Moderna de Nova 
York (MoMA), por aproximadamente 20 milhões de dólares 
(cerca de 74 milhões de reais)� A obra, que representa o 
rompimento definitivo da artista com a tradição da pintura, 
converteu-se na mais cara já vendida de um artista brasileiro 
—superando Vaso de flores, deGuignard, arrematado em um 
leilão em 2015 por 5,7 milhões de reais— e alçou sua autora 
ao pedestal definitivo dos pintores modernos internacionais.
A compra acontece um ano depois de que o MoMA rea-
lizou a primeira grande retrospectiva da brasileira em Nova 
York, reunindo 130 obras de Tarsila� Na ocasião, a tela não 
estava disponível para empréstimo, devido a questões fa-
miliares� Ann Temkin, curadora-chefe de pintura e escultura 
do MoMA, conta que os curadores da retrospectiva ficaram 
“deslumbrados” com A Lua e que tiveram “muita sorte em 
encontrá-la” agora. “Sempre fomos conscientes de que seria 
difícil encontrar uma boa pintura do período antropofágico 
ainda disponível”, afirmou Temkin na manhã desta quarta-fei-
ra, durante o anúncio da aquisição, referindo-se às telas do 
fim da década de 1920 que estão em coleções de museus 
brasileiros ou acervos privados� Depois da famosa Abaporu 
(1928), a principal tela desse período é Urutu (O Ovo), que 
28
pertence à coleção Gilberto Chateaubriand, exposta no MAM 
do Rio�
(OLIVEIRA, Joanna. A Lua’, de Tarsila do Amaral, chega 
ao MoMA e consagra brasileira no panteão modernista. 
Jornal El País, Seção Cultura, 27 de fevereiro de 2019� Dispo-
nível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/27/cultu-
ra/1551291870_688892.html� Acesso em: 01 mar� 2019�)
Figura 8: A Lua, de Tarsila do Amaral Fonte: Jornal El País
Por sua vez, o argumentativo não somente expõe 
ideias e fatos sobre um tema, e sim apresenta uma 
análise e discussão; há uma problematização em 
relação a um ponto de um saber� O texto dissertativo 
argumentativo tem como marca principal “convencer 
ou persuadir através do arranjo dos diversos recursos 
oferecidos pela língua” (CITELLI, 1994, p. 07), em 
outras palavras, a partir de uma série de encadea-
mentos semânticos e de uma sequência lógica, o 
autor mostrará ao seu interlocutor que está com a 
razão� Observe o exemplo abaixo:
29
Quem vai olhar por elas?
Embora constitua um crime grave, a violência contra a 
mulher persiste no Brasil� As notícias de agressões a mulhe-
res são constantes, tanto no que se refere à violência física, 
como psicológica e sexual� Na última década, o índice de 
assassinatos de mulheres brasileiras aumentou� Como rever-
ter esse quadro?
A violência contra a mulher tem raízes profundas, ligadas 
a relações de classe, etnia, gênero e poder� A sociedade oci-
dental configurou-se de forma que aos homens coubessem 
as atividades consideradas nobres, enquanto as mulheres 
ficariam restritas ao âmbito doméstico. Ainda que se tenha 
avançado bastante, com a emancipação progressiva do gê-
nero feminino, não foram superados os paradigmas de um 
modelo patriarcal, no qual é naturalizado o direito dos ho-
mens de controlar as mulheres, podendo chegar, até mesmo, 
à violência�
A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, no Brasil, foi 
um marco significativo no combate à prática infame da vio-
lência doméstica� Até então, o crime era tido como algo de 
“menor potencial ofensivo” e julgado junto com brigas co-
muns, como disputas entre vizinhos� Essa lei alterou o Códi-
go Penal, permitindo que os agressores passem a ser presos 
e aumentando as penas. Entretanto, ela não é suficiente, em 
si mesma, para desconstruir uma realidade cristalizada� Para 
alcançar avanços significativos, ao menos duas ações de-
vem ser empreendidas�
Em primeiro lugar, há que trazer o tema para o processo 
educativo, tanto na escola como na família� Crianças que 
vivenciam relações de igualdade de direitos entre os gêneros 
ficam menos suscetíveis aos preconceitos baseados em re-
lações obsoletas de poder� Há que educar as jovens para não 
30
ver as agressões como normais e orientá-las sobre como se 
proteger� Os jovens, por sua vez, precisam ser formados para 
ver as mulheres como semelhantes, e não como inferiores�
Ao mesmo tempo, faz-se necessário zelar pela aplicação 
severa das leis de proteção da mulher, garantindo segurança 
às vítimas que procuram as delegacias especializadas� As 
redes sociais e a mídia podem ser boas aliadas nessa cau-
sa, com campanhas de conscientização e denúncia, para 
que o Brasil supere o quanto antes esse cenário aviltante e 
desonroso�
(RAMAL, Andrea� Enem: colunista faz ‘redação modelo’ 
sobre violência contra mulheres - Quem vai olhar por elas? 
Site G1, 25/10/2015, Disponível em: http://g1.globo.com/edu-
cacao/enem/2015/noticia/2015/10/enem-colunista-faz-re-
dacao-modelo-sobre-violencia-contra-mulheres.html� Acesso 
em: 27 fev� 2019)�
Da mesma forma que o texto expositivo, podemos 
observar que o texto argumentativo tem a seguinte 
estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
Na introdução, além da exposição do tema, são apre-
sentadas a problematização e a tese que o autor irá 
defender. No exemplo da redação acima identifica-
mos que o tema é sobre a violência contra mulher 
e a problematização gira em torno do fato que nos 
últimos anos essa violência aumentou, a tese a ser 
defendida é como se pode reverter esse quadro�
No desenvolvimento, o autor expõe seus argumen-
tos defendendo o seu ponto de vista tendo como 
referências pesquisas e estudos, dados estatísticos, 
fatores sociais, econômicos e culturais, citações de 
31
autores renomados, entre outros� Conforme podemos 
observar, no segundo e no terceiro parágrafo a autora 
traz alguns fatores históricos sobre o tema e a Lei 
Maria da Penha como argumentos e fundamentação 
para a defesa de seu ponto de vista�
Por fim, na conclusão, há a retomada do tema e da 
problematização iniciais, a reafirmação da tese e 
uma proposta de intervenção� No caso de nosso 
exemplo a autora defende que esta temática deve 
ser levada para as escolas e que leis mais severas 
devem ser aplicadas para o combate da violência 
contra a mulher�
Tipologia Textual Injuntiva
Segundo Köche, Marinello e Boff (2009), a tipologia 
textual injuntiva tem como característica principal 
guiar as pessoas para a realização de uma atividade 
específica e/ou determinar normas que direcionem 
práticas sociais; é encontrada em gêneros textuais 
do nosso cotidiano, como em manuais e instruções 
de uso e montagem de objetos, em livros de receitas 
culinárias, em leis e decretos, em regimentos, em 
bulas de remédios, em regras de jogos etc� 
A injunção tem como objetivos, portanto, incitar a re-
alização de uma situação� “Aconselhar o interlocutor 
a fazer algo, ordenar-lhe que cumpra determinadas 
tarefas, apelar para que aja numa determinada dire-
ção, instruí-lo, ensiná-lo a desenvolver uma atividade, 
entre outras.” (ROSA, 2003, p. 25). 
32
Há o emprego de períodos curtos e simples, pois 
eles auxiliam na clareza das informações; outra ca-
racterística de textos de tipologia injuntiva é o uso 
de verbos no imperativo (acrescente), no futuro do 
presente (colocará) e no infinitivo (acrescentar) e, 
em geral, é utilizado o pronome de tratamento você� 
Observe o exemplo:
Receita de Pão de Queijo
Ingredientes:
500 g de polvilho azedo
1 copo (americano) de água
1 copo (americano) de leite
1/2 xícara de óleo
2 ovos
100 g de queijo parmesão ralado
Sal a gosto
Modo de Preparo:
Em uma panela, ferva a água e acrescente o leite, o óleo e 
o sal�
Adicione o polvilho, misture bem e comece a sovar a mas-
sa com o fogo desligado�
Quando a massa estiver morna, acrescente o queijo par-
mesão, os ovos e misture bem�
Unte as mãos e enrole bolinhas de 2 cm de diâmetro.
Disponha as bolinhas em uma assadeira untada com óleo, 
deixando um espaço entre elas�
Asse em forno médio (180º C), preaquecido, por cerca de 
40 minutos� 
(Disponível em: https://www.tudogostoso.com.br/receita/
1443-pao-de-queijo.html� Acesso em: 19 fev� 2019)�
33
Podemos observar que esse tipo de texto apresenta 
uma estrutura linear ordenada temporalmente,há 
uma sucessão lógica e cronológica das fases e/ou 
etapas que o interlocutor deverá seguir para execu-
tar a tarefa de forma bem sucedida� Diante dessas 
considerações, podemos concluir que a tipologia 
textual injuntiva instrui e ensina alguém a fazer algo 
ou como deve agir em determinadas situações�
34
CONSIDERAÇÕES 
FINAIS
Neste módulo percorremos um importante caminho: 
começamos por apresentar a você, estudante, o con-
ceito de leitura, compreendendo que o ato de ler vai 
além da decifração de códigos, ele é um produtor de 
sentidos que dá vida ao texto. Vimos também que, 
para nossa produção textual dentro da universidade, 
nossos estudos como leitores devem passar por 
algumas fases de leitura, são elas: pré-leitura; leitura 
seletiva; crítica ou reflexiva e interpretativa. Sendo 
que a última fase é a mais completa de todas�
Em um segundo momento, estudamos categorias 
de textos e vimos suas diferenças e relações que 
estabelecem entre si: tipos, subtipos, gêneros e 
espécies� E nos aprofundamos nos tipos narrativo, 
descritivo, dissertativo e injuntivo� No tipo narrativo 
tem-se como objetivo contar acontecimentos e di-
zer os fatos; já no tipo descritivo o enunciador quer 
caracterizar e dizer como é determinada pessoa ou 
objeto; por sua vez, o tipo dissertativo tem como 
propósito expor ideias, conceitos avaliando, anali-
sando e refletindo sobre eles; por fim, o tipo injuntivo 
diz o que e como deve fazer, incitando a realização 
de uma situação�Diante desse breve resumo do que 
foi estudado aqui, espero que seus conhecimentos 
sejam ampliados� No próximo módulo iniciaremos 
nosso contato com a prática de produção textual 
acadêmica, portanto, veremos alguns gêneros tex-
tuais do tipo dissertativo� Até Breve!
35
Síntese
• Leitura recreativa ou de fruição: busca trazer 
distração, entretenimento, lazer e satisfação.
• Leitura de estudo: tem como objetivo coletar 
informações para a aquisição e ampliação de 
conhecimentos. 
• Leitura de informação: vinculada à cultura geral.
• Interpretativa: aprofundamento e compreensão do 
que o autor do texto quer dizer.
• Crítica ou reflexiva: análise e avaliação das 
informações selecionadas;
• Leitura seletiva: seleção das partes mais 
relevantes e interessantes do texto;
Leitura
Em Leitura apresentamos a definição desse conceito a 
partir do Dicionário Sacconi e do Dicionário Eletrônico 
Houaiss de Língua Portuguesa: o ato de ler vai além da 
decifração de códigos e sua decodificação, trata-se de 
atribuir significado para o que é lido. É um processo 
dinâmico e dialógico que depende de fatores linguísticos 
(coerência, coesão, denotação, conotação, uso de figuras 
de linguagem etc.) e dos fatores contextuais (o que se 
quer dizer em determinada situação).
Além desses aspectos, podemos classificar as diversas 
funções da leitura em quatro tipos:
• Tipo Injuntivo: tem como característica principal guiar 
as pessoas para a realização de uma atividade específica ou 
determinar normas que direcionem práticas sociais. É 
encontrado em gêneros textuais do nosso cotidiano como 
em manuais e instruções de uso e montagem de objetos, 
em livros de receitas culinárias, em leis e decretos. 
• Tipo Dissertativo Argumentativo: não somente expõe 
ideias e fatos sobre um tema, mas também apresenta uma 
análise e discussão; há uma problematização em relação a 
um ponto de um saber. Também apresenta a seguinte 
estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.
• Tipo Dissertativo Expositivo: tem como objetivos 
informar e esclarecer o leitor sobre determinado assunto, 
pois possui um saber teórico já consolidado que serve como 
base para a reflexão. Geralmente, apresenta a seguinte 
estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.
• Espécie: variações de um determinado gênero. Exemplos: 
romances históricos, regionalistas, psicológicos, fantásticos, 
de ficção científica, policiais, autobiográficos etc. 
Por fim, vimos as características dos tipos textuais narrativo, 
descritivo, dissertativo expositivo e argumentativo, e 
injuntivo. Tipo Narrativo: tem como objetivo contar/narrar os 
acontecimentos ou fatos organizados em episódios. De 
maneira geral, a narrativa possui cinco elementos 
estruturantes, são eles: enredo, personagens, tempo, 
espaço e narrador.
• Gênero: elemento que se diferencia segundo o seu 
propósito e que tem uma determinada função social. 
Exemplos: romance, conto, novela, fábula, parábola, apólogo, 
mito, lenda, notícia, ata, biografia, piada, conto de fadas, 
epopeia, poesia lírica, tese, dissertação, artigo 
acadêmico-científico etc.
• Tipo Descritivo: tem como objetivo principal expor as 
características de seres concretos (pessoas, animais, 
objetos, situações, lugares etc.); trata-se, portanto, de um 
retrato falado.
• Subtipo: variedade de um tipo; pode ser classificado em 
injuntivo ou dissertativo.
Tipologias textuais
No tópico tipologias textuais, com base em Travaglia 
(2007a, 2007b, 2009, 2018), iniciamos nossos estudos 
apresentando a definição e diferença entre tipos textuais, 
subtipos, gêneros e espécies.
• Tipo: Trata-se de um modo de se comunicar; abrange um 
conjunto de categorias teóricas determinadas por aspectos 
lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal. Os tipos 
textuais mais importantes para o estudo em Língua 
Portuguesa são os que Travaglia (2018) identificou como 
tipologia 1: descritivo, narrativo, dissertativo e injuntivo.
Outro ponto importante abordado neste tópico está 
relacionado às fases da leitura, que são:
• Leitura técnica: relacionada com a habilidade de 
ler e interpretar gráficos e tabelas. 
• Pré-leitura: quando o leitor toma contato com o 
texto e verifica se há informações importantes para o 
seu objetivo;
Este módulo está dividido 
em dois grandes tópicos: 
• Leitura;
• Tipologias Textuais.
Referências 
Bibliográficas 
& Consultadas
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Contos Exemplares� Lisboa: Assírio & Alvim, 2014� 
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2009�
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