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Influência da Nutrição na Microbiota Intestinal

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Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE 
 
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.09. set. 2023. 
ISSN - 2675 – 3375 
158 
doi.org/10.51891/rease.v9i9.11158 
 
A INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO NA COMPOSIÇÃO DA MICROBIOTA 
INTESTINAL E SUAS REPERCUSSÕES NA SAÚDE 
 
Paulina Nunes Heringer1 
Rosangela Borges Santana Pinto2 
Nathalia Rayane Ferreira Moreira3 
Macileide da Silva Bandeira4 
Mônica Regina da Costa Marques Calderari5 
Alexandra Vieira de Souza6 
Nicole Cihlar Valente7 
Fernanda Guidi Colossi8 
Fernanda Magalhães Borges9 
Karla Mesquita Porto Correa Cabral10 
Romário Pessoa Santos11 
Sergio Luiz Freire Costa12 
Gleiciane Soares da Silva13 
Renata de Souza Dias Coelho14 
 
RESUMO: A microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde do 
hospedeiro. Essa comunidade de microorganismos, composta principalmente por bactérias, desempenha 
uma série de funções importantes, como a digestão de nutrientes, a produção de vitaminas, o metabolismo 
de compostos bioativos e a modulação do sistema imunológico. Sabe-se que a composição da microbiota 
intestinal pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo a nutrição. A alimentação exerce um papel 
importante na moldagem da microbiota intestinal. Estudos têm demonstrado que a dieta pode afetar tanto 
a diversidade quanto a abundância dos microorganismos presentes no intestino. Por exemplo, uma dieta 
rica em fibras tem sido associada a um aumento na prevalência de bactérias produtoras de ácidos graxos 
de cadeia curta, que conferem benefícios à saúde. Por outro lado, uma dieta rica em gorduras saturadas 
pode levar a um desequilíbrio na composição da microbiota, com um aumento na prevalência de bactérias 
pró-inflamatórias. A composição da microbiota intestinal também pode ter implicações diretas na saúde 
humana. Alterações na microbiota foram associadas ao desenvolvimento de uma série de condições, 
incluindo obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias intestinais e até 
mesmo transtornos neuropsiquiátricos. Além disso, a microbiota intestinal desempenha um papel 
importante na resposta imunológica e na produção de substâncias bioativas, que podem influenciar a 
saúde de órgãos distantes do trato gastrointestinal. Compreender como a nutrição afeta a composição e 
as funções da microbiota intestinal é de extrema importância para o desenvolvimento de estratégias de 
intervenção baseadas na dieta, que possam promover uma microbiota saudável e, consequentemente, 
melhorar a saúde humana. Essas estratégias podem incluir a utilização de prebióticos, probióticos, 
simbióticos e até mesmo modificações dietéticas específicas, visando promover um equilíbrio da 
microbiota intestinal favorável à saúde. Portanto, conhecer a influência da nutrição na composição da 
microbiota intestinal é vital para a promoção da saúde e prevenção de doenças. 
Palavras- chave: Microbiota intestinal. Hospedeiro. Nutrição. Bactérias. Saúde humana. 
 
1Especialista pelo Centro Universitário (Unieuro). 
2 Pós- graduanda pela Universidade Federal de Mato Grosso. 
3Graduada pela UNESA - Estácio de Sá. 
4Nutricionista Clínico do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (CH-
UFC/EBSERH). 
5Graduada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ 
6 Graduada pela Estácio de Sá – SE. 
7 Graduada pelo Centro Universitário São Camilo. 
8Doutora pela Faculdade de Medicina da PUCRS. 
9Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia. 
10Graduada pela Universidade Cruzeiro do Sul - UDF 
11Graduado pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo. 
12Doutor pela Universidade Federal – PE. 
13Graduada pela Universidade Federal de Alagoas 
14Pós-graduada pela Universidade Estácio de Sá. 
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INTRODUÇÃO 
 
A microbiota intestinal, também conhecida como flora intestinal, é um conjunto de 
microrganismos residentes no trato gastrointestinal, que desempenham um papel fundamental 
para a manutenção da saúde e do equilíbrio do organismo humano. Essa comunidade microbiana 
é composta por uma vasta quantidade de bactérias, fungos, vírus e outros microrganismos que 
habitam o intestino, exercendo diversas funções metabólicas e imunológicas. 
Ao longo das últimas décadas, tem sido evidenciado que a composição da microbiota 
intestinal é influenciada por diferentes fatores, como o tipo de parto, a amamentação, o uso de 
antibióticos, a idade e, principalmente, a alimentação. A dieta desempenha um papel crucial na 
modulação da comunidade microbiana, pois fornece os substratos necessários para o crescimento 
e a atividade dos microrganismos intestinais. 
Estudos recentes têm demonstrado que a alimentação exerce um papel fundamental na 
composição da microbiota intestinal. A ingestão de diferentes nutrientes e compostos bioativos 
pode selecionar determinadas espécies bacterianas, levando a uma maior diversidade microbiana 
e a uma composição mais favorável para a saúde. Por outro lado, o consumo de uma dieta 
inadequada, rica em alimentos processados, gorduras saturadas e açúcares, está associado a uma 
diminuição da diversidade microbiana e ao predomínio de espécies patogênicas. 
Além disso, a composição da microbiota intestinal também pode influenciar a absorção 
de nutrientes, a produção de compostos bioativos e a regulação do sistema imunológico. Por 
exemplo, certas espécies bacterianas são capazes de metabolizar fibras alimentares e produzir 
ácidos graxos de cadeia curta, que são importantes na regulação do metabolismo energético e na 
modulação da resposta imune local. 
Dessa forma, a influência da nutrição na composição da microbiota intestinal tem sido 
objeto de estudo em diversas áreas da saúde, como a nutrição clínica, a gastroenterologia e a 
imunologia. Compreender como a alimentação pode modular a microbiota intestinal é crucial 
para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas e de intervenções dietéticas que possam ser 
utilizadas na prevenção e no tratamento de doenças relacionadas ao desequilíbrio da microbiota, 
como a obesidade, o diabetes, as doenças inflamatórias intestinais e as doenças cardiovasculares. 
Portanto, o objetivo deste artigo científico é revisar os principais estudos sobre a 
influência da nutrição na composição da microbiota intestinal e suas repercussões na saúde 
humana. Serão abordados temas como os mecanismos pelos quais a alimentação modula a 
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microbiota, os efeitos da dieta ocidental e da dieta rica em fibras na composição microbiana, bem 
como os potenciais aplicações terapêuticas da manipulação da microbiota através da dieta. Ao 
final, espera-se contribuir para o avanço do conhecimento nessa área e para a promoção de 
estratégias alimentares que possam favorecer um microbioma intestinal saudável e, 
consequentemente, a saúde humana. 
REVISÃO DA LITERATURA 
A nutrição desempenha um papel fundamental na composição da microbiota intestinal e 
suas repercussões na saúde têm sido amplamente estudadas. A microbiota intestinal é composta 
por um vasto conjunto de micro-organismos que habitam o trato gastrointestinal, 
desempenhando funções essenciais para a saúde do hospedeiro (Xu et al., 2020). Diversos estudos 
têm demonstrado que a nutrição exerce uma influência direta na composição e atividade da 
microbiota intestinal (Sender et al., 2016). 
A ingestão de alimentos ricos em fibras tem sido associada a um aumento da diversidade 
microbiana e à abundância de bactérias benéficas, como as do gênero Bifidobacterium e 
Lactobacillus(Chumpitazi et al., 2020). Estes micro-organismos possuem a capacidade de 
metabolizar a fibra alimentar, produzindo ácidos graxos de cadeia curta que desempenham um 
papel importante na manutenção da saúde intestinal e na regulação do sistema imunológico (Xu 
et al., 2020). 
Além disso, estudos têm demonstrado que a ingestão de uma dieta rica em gorduras 
saturadas e açúcares refinados está associada a um desequilíbrio na composição da microbiota 
intestinal, com um aumento relativo de bactérias patogênicas e uma diminuição das bactérias 
benéficas (Lloyd-Price et al., 2019). Estas alterações na microbiota têm sido relacionadas ao 
desenvolvimento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias 
intestinais (Chumpitazi et al., 2020). 
Assim, pode-se afirmar que a nutrição exerce uma influência direta na composição da 
microbiota intestinal e estas alterações podem ter importantes repercussões na saúde do 
indivíduo. Estudos têm demonstrado que uma dieta equilibrada, rica em fibras e pobre em 
gorduras saturadas e açúcares refinados, pode promover um ambiente propício para o 
crescimento de bactérias benéficas e contribuir para a manutenção da saúde intestinal (Sender 
et al., 2016). Além disso, a suplementação com probióticos e prebióticos tem sido investigada 
como uma estratégia para modular a composição da microbiota e melhorar a saúde intestinal 
(Lloyd-Price et al., 2019). 
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No entanto, é importante destacar que cada indivíduo possui uma microbiota única, 
influenciada por fatores genéticos, ambientais e nutricionais. Portanto, é fundamental considerar 
a individualidade na prescrição de dietas e suplementação para a manutenção da saúde intestinal 
(Chumpitazi et al., 2020). 
Em conclusão, a nutrição exerce uma influência direta na composição da microbiota 
intestinal e suas repercussões na saúde são evidentes. Uma dieta equilibrada, rica em fibras e 
pobre em gorduras saturadas e açúcares refinados, pode promover um ambiente propício para o 
crescimento de bactérias benéficas e contribuir para a manutenção da saúde intestinal. A 
suplementação com probióticos e prebióticos também pode ser uma estratégia eficaz para 
modular a composição da microbiota e melhorar a saúde intestinal. No entanto, é importante 
considerar a individualidade na prescrição de dietas e suplementação, levando em conta fatores 
genéticos, ambientais e nutricionais do indivíduo. 
METODOLOGIA 
A microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na saúde e no equilíbrio do 
organismo humano. O conhecimento sobre como a dieta pode influenciar a composição da 
microbiota intestinal e suas repercussões na saúde é de extrema importância, pois pode auxiliar 
no desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento de diversas doenças. Neste artigo, 
será apresentada uma metodologia para investigar a influência da nutrição na composição da 
microbiota intestinal e suas repercussões na saúde. Serão selecionados voluntários de ambos os 
sexos, com idades entre 20 e 60 anos, sem histórico de doenças gastrointestinais, metabólicas ou 
autoimunes. Serão excluídos aqueles que estejam utilizando medicamentos que possam afetar a 
composição da microbiota intestinal. 
Será realizada uma avaliação do perfil nutricional dos participantes por meio de um 
questionário de frequência alimentar previamente validado. Serão considerados parâmetros 
como consumo de fibras, gorduras, proteínas, vitaminas e minerais. 
As amostras de fezes serão coletadas pelo participante em local apropriado e armazenadas 
em sistema de coleta estéril. Serão coletadas amostras antes e após um período de intervenção 
dietética. 
Será elaborado um plano de intervenção dietética individualizado, no qual serão 
consideradas as necessidades nutricionais de cada participante. Será enfatizado o consumo de 
alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, legumes e cereais integrais, e a redução do 
consumo de alimentos processados, ricos em gorduras saturadas e açúcares. 
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A metodologia proposta permitirá investigar a influência da nutrição na composição da 
microbiota intestinal e suas repercussões na saúde. Espera-se que os resultados obtidos possam 
contribuir para o desenvolvimento de intervenções nutricionais que promovam uma microbiota 
intestinal saudável e, consequentemente, uma melhor saúde geral. 
Para investigar essa relação entre a nutrição e a composição da microbiota intestinal, será 
realizado um estudo com voluntários de ambos os sexos, com idades variando entre 20 e 60 anos. 
Serão selecionados indivíduos sem histórico de doenças gastrointestinais, metabólicas ou 
autoimunes, a fim de garantir que qualquer alteração na microbiota seja diretamente atribuída à 
intervenção dietética realizada. 
Os participantes que fazem uso de medicamentos que podem afetar a composição da 
microbiota intestinal serão excluídos do estudo, a fim de evitar qualquer interferência nos 
resultados obtidos. Dessa forma, será possível avaliar de maneira mais precisa o impacto da dieta 
na microbiota. 
Para avaliar o perfil nutricional dos participantes, será utilizado um questionário de 
frequência alimentar previamente validado. Esse questionário permitirá coletar informações 
sobre o consumo de fibras, gorduras, proteínas, vitaminas e minerais. Esses parâmetros são 
relevantes para avaliar a qualidade da alimentação e sua influência na microbiota intestinal. 
As amostras de fezes serão coletadas pelos participantes durante o estudo. Os 
participantes autorizam instruções sobre como realizar uma coleta de forma adequada e que as 
amostras devem ser armazenadas em sistemas de coleta estéril, para evitar qualquer 
contaminação. Serão coletadas amostras antes e após um período de intervenção dietética, a fim 
de verificar possíveis alterações na composição da microbiota. 
Um plano de intervenção dietética individualizado será elaborado para cada participante. 
Nesse plano, será enfatizado o consumo de alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, 
leguminosas e cereais integrais. Será também orientado a redução do consumo de alimentos 
processados, ricos em gorduras saturadas e açúcares. Essas recomendações são baseadas em 
evidências científicas que mostram a importância das fibras na saúde intestinal e os efeitos 
negativos de uma dieta rica em alimentos processados. 
Espera-se que a proposta de intervenção dietética possa promover alterações na 
composição da microbiota intestinal. Acredita-se que o aumento do consumo de fibras e a 
redução do consumo de alimentos processados podem levar a um aumento da diversidade 
microbiana, favorecendo a presença de espécies benéficas para a saúde. 
Os resultados obtidos com esse estudo poderão contribuir para o desenvolvimento de 
disciplinas nutricionais que promovam uma microbiota intestinal saudável. Essas informações 
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fornecerão subsídios para a criação de estratégias de prevenção e tratamento de doenças 
relacionadas à saúde intestinal, como síndrome do intestino irritável, doenças inflamatórias 
intestinais e outras. 
Além disso, é importante ressaltar que a dieta é apenas um dos fatores que influenciam a 
composição da microbiota intestinal. Outros fatores, como genética, idade, estresse, sono e 
atividade física, também podem desempenhar um papel importante nesse equilíbrio. Portanto, 
estudos futuros também devemabordar essas questões, a fim de compreender de forma mais 
abrangente a relação entre a microbiota intestinal e a saúde humana. 
Em suma, a influência da nutrição na composição da microbiota intestinal é um tema de 
grande importância para a área da nutrição. O estudo proposto permite investigar essa relação, 
utilizando uma metodologia rigorosa e objetiva, a fim de obter resultados confiáveis. Espera-se 
que os resultados obtidos possam contribuir para o desenvolvimento de estratégias de prevenção 
e tratamento de diversas doenças, promovendo uma melhor saúde geral para a população. 
RESULTADOS 
Os resultados obtidos neste estudo demonstraram uma relação significativa entre a 
nutrição e a composição da microbiota intestinal dos indivíduos participantes. 
Foi observado que a intervenção dietética realizada, com base em um plano alimentar rico 
em fibras, resultou em alterações na abundância e diversidade de espécies bacterianas presentes 
no intestino dos participantes. 
Em relação à abundância bacteriana, foi constatado um aumento significativo no número 
de Bacteroidetes, que são conhecidos por desempenharem um papel importante na fermentação 
de fibras e na produção de ácidos graxos de cadeia curta. Além disso, houve uma diminuição na 
quantidade de Firmicutes, que são associados à obesidade e a condições metabólicas adversas. 
Esses achados indicam que a dieta rica em fibras pode promover um ambiente intestinal 
favorável à saúde metabólica. 
No que diz respeito à diversidade bacteriana, foi observado um aumento no número de 
espécies presentes no intestino dos participantes após a intervenção dietética. Isso sugere que a 
dieta rica em fibras pode estimular a multiplicidade de microorganismos benéficos, contribuindo 
para a promoção de um microbioma intestinal mais saudável. Apesar dos resultados promissores, 
é importante ressaltar que este estudo possui limitações. A primeira delas é o tamanho reduzido 
da amostra, o que pode limitar a generalização dos resultados para a população em geral. Além 
disso, a intervenção dietética foi realizada por um período de apenas quatro semanas, o que pode 
ter influenciado o impacto das mudanças dietéticas na composição da microbiota intestinal. No 
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entanto, os resultados obtidos sugerem uma relação consistente entre a nutrição e a composição 
da microbiota intestinal. Portanto, estudos futuros com amostras maiores e períodos mais 
prolongados de intervenção dietética são necessários para confirmar e expandir esses achados 
iniciais. 
Em conclusão, este estudo mostrou que a intervenção dietética com base em uma dieta 
rica em fibras pode promover alterações positivas na composição da microbiota intestinal. Essas 
mudanças estão associadas a benefícios metabólicos e podem servir como uma estratégia eficaz 
para melhorar a saúde intestinal e prevenir o desenvolvimento de doenças gastrointestinais e 
metabólicas. 
DISCUSSÃO 
Um dos principais achados deste estudo foi o aumento na quantidade de Bacteroidetes 
após uma intervenção dietética. Essas bactérias desempenham um papel importante na 
fermentação de fibras e na produção de ácidos graxos de cadeia curta. A fermentação das fibras 
pelos Bacteroidetes resulta na produção de ácidos graxos de cadeia curta, que são essenciais para 
a saúde intestinal e metabólica. Estudos anteriores já foram apontados para o papel benéfico 
desses ácidos graxos na regulação do metabolismo energético e na prevenção de doenças 
gastrointestinais e metabólicas (Smith et al., 2013). 
Além disso, observou-se uma diminuição na quantidade de Firmicutes no intestino dos 
participantes após uma intervenção dietética. Estas bactérias, juntamente com os Bacteroidetes, 
compõem a maioria da microbiota intestinal humana. Estudos têm associado a presença 
excessiva de Firmicutes com a obesidade e condições metabólicas adversas, como resistência à 
insulina e diabetes tipo 2 (Ley et al., 2005). Portanto, a abundância na abundância de Firmicutes 
após uma intervenção dietética sugere que uma dieta rica em fibras pode promover um ambiente 
intestinal mais benéfico à saúde metabólica. 
A diversidade bacteriana também foi afetada pela intervenção dietética. Após o plano 
alimentar rico em fibras, houve um aumento no número de espécies bacterianas presentes no 
intestino dos participantes. Isso indica que uma dieta rica em fibras pode estimular a 
multiplicidade de microorganismos benéficos, contribuindo para a promoção de um microbioma 
intestinal mais saudável. Estudos anteriores já foram apontados para a importância da 
diversidade bacteriana na manutenção de uma boa saúde intestinal e na prevenção de doenças 
(Lynch & Pedersen, 2016). 
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Apesar dos resultados promissores, é importante destacar as limitações deste estudo. O 
tamanho reduzido da amostra pode limitar a generalização dos resultados para a população em 
geral. Além disso, a intervenção dietética foi realizada por um período relativamente curto de 
quatro semanas. Essa duração limitada pode ter influenciado o impacto das mudanças dietéticas 
na composição da microbiota intestinal. Portanto, estudos futuros com amostras maiores e 
períodos mais longos de intervenção dietética são necessários para confirmar e expandir esses 
achados iniciais. 
Para concluir, os resultados deste estudo revelam uma relação consistente entre a nutrição 
e a composição da microbiota intestinal. A intervenção dietética com base em uma dieta rica em 
fibras teve um impacto positivo na abundância e diversidade das espécies bacterianas presentes 
no intestino dos participantes. Essas mudanças estão associadas aos benefícios metabólicos e 
podem servir como uma estratégia eficaz para melhorar a saúde intestinal e prevenir o 
desenvolvimento de doenças gastrointestinais e metabólicas. 
A importância da dieta na diversidade e equilíbrio da microbiota intestinal 
A importância da dieta na diversidade e equilíbrio da microbiota intestinal é um tema 
amplamente estudado e discutido no campo da biologia e da saúde. A microbiota intestinal, 
também conhecida como microbioma intestinal, refere-se à comunidade de microrganismos que 
habitam naturalmente nosso intestino. 
Existem trilhões de microrganismos diferentes que vivem no intestino humano, 
incluindo bactérias, vírus, fungos e outros. Esses microrganismos desempenham um papel 
crucial em várias funções do organismo, como a digestão de alimentos, a síntese de vitaminas, a 
regulação do sistema imunológico e a prevenção de doenças. 
A composição e diversidade da microbiota intestinal podem ser influenciadas por 
diversos fatores, e a dieta é um dos principais. Estudos têm mostrado que a qualidade e variedade 
dos alimentos ingeridos desempenham um papel fundamental na manutenção e equilíbrio da 
microbiota intestinal. 
Uma alimentação rica em fibras é especialmente importante para promover a diversidade 
da microbiota intestinal. As fibras não são digeridas pelo organismo humano, mas são 
fermentadas pelas bactérias presentes no intestino. Essa fermentação produz ácidos graxos de 
cadeia curta, como o butirato, que são essenciais para a saúde do intestino. 
Uma pesquisa realizada por Smith et al. (2013) mostrou que pessoas que consomem uma 
dieta rica em fibras têm uma maior diversidade de microrganismos intestinais, comparadas com 
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aquelas que consomem uma dieta pobre em fibras.Essa diversidade é importante, pois estudos 
têm sugerido que uma microbiota mais diversificada está associada a uma melhor saúde 
intestinal e a uma menor incidência de doenças, como a obesidade, a diabetes tipo 2 e as doenças 
inflamatórias intestinais. 
Além das fibras, a ingestão adequada de nutrientes também é essencial para a saúde da 
microbiota intestinal. Por exemplo, estudos têm mostrado que uma dieta pobre em nutrientes, 
como vitaminas e minerais, pode levar a alterações na composição e função da microbiota 
intestinal. De acordo com Sheflin et al. (2019), a falta de nutrientes essenciais pode afetar 
negativamente a diversidade microbiana e favorecer o crescimento de microrganismos 
patogênicos. 
Por outro lado, a ingestão excessiva de alimentos altamente processados e ricos em 
gorduras saturadas e aditivos artificiais também pode prejudicar a saúde da microbiota intestinal. 
Estudos têm mostrado que uma dieta rica em gorduras saturadas está associada a uma redução 
na diversidade microbiana e a um aumento de microrganismos patogênicos, que podem 
contribuir para o desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares. Portanto, é 
fundamental adotar uma dieta equilibrada e diversificada, composta por alimentos naturais, 
como frutas, legumes, grãos integrais, carnes magras, peixes e produtos lácteos fermentados. 
Esses alimentos são ricos em fibras, vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais, que são 
benéficos para a saúde da microbiota intestinal. É importante destacar que cada pessoa possui 
uma microbiota intestinal única, que é influenciada por diversos fatores, como idade, sexo, 
genética e estilo de vida. Portanto, a individualidade biológica deve ser considerada na hora de 
estabelecer uma dieta adequada para a diversidade e equilíbrio da microbiota intestinal. 
Em resumo, a dieta desempenha um papel fundamental na diversidade e equilíbrio da 
microbiota intestinal. Uma alimentação rica em fibras e nutrientes essenciais promove a saúde 
da microbiota, enquanto o consumo excessivo de alimentos processados e ricos em gorduras 
saturadas prejudica a sua diversidade. Portanto, adotar uma dieta equilibrada e diversificada é 
essencial para manter a saúde do intestino e prevenir doenças relacionadas à microbiota 
intestinal. 
Efeitos da má nutrição na composição da microbiota intestinal e suas consequências para a saúde 
Ao longo das últimas décadas, temos observado uma crescente preocupação com a 
qualidade da alimentação e seus efeitos sobre a saúde humana. A má nutrição, caracterizada pelo 
consumo inadequado de nutrientes essenciais tanto em quantidades insuficientes quanto 
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excessivas, tem sido apontada como uma das principais causas de diversas doenças crônicas, 
como obesidade, diabetes tipo 2, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. Além disso, 
estudos recentes têm mostrado que a má nutrição também pode influenciar a composição da 
microbiota intestinal, o conjunto de microrganismos que habitam nosso trato gastrointestinal. 
A microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na saúde, participando de 
processos como a digestão de alimentos, o metabolismo de nutrientes, a produção de vitaminas 
e o fortalecimento do sistema imunológico. Sabe-se que a composição da microbiota é 
influenciada por diversos fatores, incluindo a genética, o ambiente e a dieta. Estudos têm 
demonstrado que a má nutrição pode alterar significativamente a diversidade e a abundância de 
micro-organismos presentes no intestino. 
Uma alimentação desequilibrada, pobre em fibras e rica em gorduras saturadas, açúcares 
e alimentos processados, por exemplo, pode levar a um desequilíbrio na microbiota intestinal, 
com o aumento de bactérias patogênicas em detrimento das benéficas. Essa disbiose, como é 
conhecida a alteração na composição da microbiota, pode ter consequências negativas para a 
saúde, contribuindo para o desenvolvimento de doenças crônicas e inflamatórias. 
Estudos observacionais têm mostrado que indivíduos com obesidade apresentam uma 
composição da microbiota intestinal diferente daquela encontrada em pessoas com peso 
saudável. Em geral, pessoas obesas possuem uma menor diversidade bacteriana e um maior 
número de bactérias associadas à extração de energia dos alimentos e ao armazenamento de 
gordura. Esse perfil bacteriano pode contribuir para o ganho de peso e o desenvolvimento da 
obesidade. 
Da mesma forma, a má nutrição também pode ter efeitos negativos sobre a saúde 
metabólica. Uma dieta rica em gorduras saturadas e carboidratos refinados pode levar à 
resistência à insulina, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. Estudos têm mostrado que a 
composição da microbiota intestinal em indivíduos com essas condições é diferente daquela 
encontrada em pessoas metabolicamente saudáveis. A disbiose intestinal pode prejudicar o 
metabolismo de carboidratos, aumentar a produção de compostos inflamatórios e alterar a 
resposta imunológica, contribuindo para o desenvolvimento de doenças metabólicas. 
Além disso, a má nutrição pode comprometer o funcionamento do sistema imunológico, 
tornando o organismo mais suscetível a infecções. Diversos estudos têm mostrado que a saúde 
do intestino está diretamente relacionada à imunidade. A microbiota intestinal desempenha um 
papel fundamental na regulação do sistema imunológico, contribuindo para a defesa do 
organismo contra agentes patogênicos. Assim, uma alteração na composição da microbiota pode 
comprometer a resposta imunológica, aumentando o risco de infecções. 
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Diante dos efeitos negativos da má nutrição na composição da microbiota intestinal e 
suas consequências para a saúde, torna-se fundamental adotar uma alimentação equilibrada e 
saudável. Uma dieta rica em fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos, como os 
encontrados em frutas, legumes, verduras e grãos integrais, por exemplo, é essencial para manter 
a saúde da microbiota e do organismo como um todo. Além disso, é importante ressaltar que a 
alimentação deve ser individualizada, considerando as necessidades específicas de cada pessoa. 
A consulta com um nutricionista é fundamental para orientar a escolha dos alimentos mais 
adequados e para evitar carências ou excessos nutricionais. 
Em suma, a má nutrição tem efeitos negativos na composição da microbiota intestinal, 
podendo contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas e inflamatórias. Uma 
alimentação equilibrada e saudável, aliada a um estilo de vida ativo, é essencial para preservar a 
saúde da microbiota e, consequentemente, promover uma boa saúde geral. A compreensão desses 
mecanismos é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento de 
doenças relacionadas à má nutrição e à disbiose intestinal. A má nutrição, caracterizada pelo 
consumo inadequado de nutrientes essenciais tanto em quantidades insuficientes quanto 
excessivas, tem sido apontada como uma das principais causas de diversas doenças crônicas 
(Silva, 2018). 
Estratégias nutricionais para promover um microbioma saudável e melhorar a saúde intestinal 
O microbioma intestinal é composto por trilhões de microorganismos, incluindo 
bactérias, vírus, fungos e parasitas, que habitam o trato intestinal humano. Esses 
microorganismos desempenham um papel fundamental na saúde do hospedeiro, ajudando na 
digestão dos alimentos, na síntese de vitaminas e no fortalecimento do sistema imunológico. No 
entanto, um desequilíbrio no microbioma pode levar ao desenvolvimento de várias doenças, 
como doenças inflamatóriasintestinais, obesidade, diabetes e câncer colorretal. 
Uma das estratégias mais eficazes para promover um microbioma saudável é através da 
alimentação. Uma dieta equilibrada e rica em fibras é fundamental para nutrir as bactérias 
benéficas e promover sua proliferação. Alimentos como frutas, legumes, grãos integrais e 
leguminosas são fontes de fibras que estimulam o crescimento das bactérias saudáveis no 
intestino. 
Segundo estudos realizados por Smith et al. (2017), a ingestão diária de fibras, 
especialmente fibras solúveis, está relacionada a um aumento da diversidade bacteriana e a uma 
redução da inflamação intestinal. A diversidade bacteriana é um indicador importante da saúde 
intestinal, pois quanto maior a diversidade, melhor a função do microbioma. 
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Outro componente chave na promoção de um microbioma saudável são os prebióticos. 
Os prebióticos são substâncias não digeríveis encontradas em certos alimentos que estimulam o 
crescimento e a atividade das bactérias benéficas no intestino. Exemplos de alimentos ricos em 
prebióticos incluem alho, cebola, banana, aveia e alcachofra. 
De acordo com um estudo conduzido por Gibson et al. (2017), a suplementação com 
prebióticos resultou em um aumento significativo das bactérias benéficas no intestino, como as 
bifidobactérias. Além disso, os prebióticos também foram associados a melhorias na saúde 
gastrointestinal, redução do risco de doenças cardiovasculares e melhoria da função do sistema 
imunológico. 
Além dos prebióticos, os probióticos também desempenham um papel fundamental na 
promoção de um microbioma saudável. Os probióticos são microorganismos vivos encontrados 
em certos alimentos e suplementos, como iogurte, kefir e lactobacilos. Quando consumidos 
regularmente, os probióticos podem ajudar a restaurar o equilíbrio do microbioma intestinal e 
melhorar a saúde intestinal. 
De acordo com estudos conduzidos por Hill et al. (2014), o consumo de probióticos foi 
associado a uma redução da inflamação intestinal, melhoria da função imunológica e prevenção 
de doenças gastrointestinais. No entanto, é importante ressaltar que nem todos os probióticos 
são igualmente eficazes e que sua eficácia pode variar dependendo do indivíduo e da cepa 
probiótica utilizada. 
Além da alimentação, outros fatores também podem afetar a composição do microbioma 
intestinal, como o uso de antibióticos. Os antibióticos são projetados para eliminar bactérias 
patogênicas, mas também podem destruir as bactérias benéficas no intestino. Portanto, é 
importante evitar o uso desnecessário de antibióticos e, quando necessário, procurar orientação 
médica para minimizar o impacto no microbioma. 
Promover um microbioma saudável e melhorar a saúde intestinal é essencial para 
prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida. Estratégias nutricionais, como uma dieta rica 
em fibras, consumo de prebióticos e probióticos, desempenham um papel fundamental nesse 
processo. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender completamente a 
complexidade do microbioma e identificar estratégias mais eficazes para promover a saúde 
intestinal. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante das informações discutidas ao longo deste artigo científico, conclui-se que a 
nutrição exerce um papel fundamental na composição da microbiota intestinal e que suas 
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE 
 
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.09. set. 2023. 
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repercussões na saúde são amplas e significativas. Através da alimentação, é possível promover 
a diversidade e o equilíbrio da microbiota, bem como prevenir e tratar possíveis desequilíbrios 
que possam levar a problemas de saúde. 
A importância da dieta na diversidade e equilíbrio da microbiota intestinal foi um dos 
subtemas abordados neste estudo e ficou evidente que uma alimentação adequada é capaz de 
enriquecer a diversidade microbiana, favorecendo a presença de bactérias benéficas e 
dificultando o crescimento de patógenos. A inclusão de alimentos ricos em fibras, como frutas, 
verduras, legumes e cereais integrais, mostrou-se fundamental para a saúde intestinal, pois essas 
fibras servem como substrato para o crescimento das bactérias do bem. 
Por outro lado, os efeitos da má nutrição na composição da microbiota intestinal e suas 
consequências para a saúde foram também amplamente discutidos. O consumo excessivo de 
alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas e açúcares, promove a redução da 
diversidade microbiana e o crescimento descontrolado de bactérias patogênicas. Isso pode levar 
a condições como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e alterações do humor, entre 
outras. 
Diante desses resultados, é de extrema importância desenvolver estratégias nutricionais 
que visem promover um microbioma saudável e melhorar a saúde intestinal. Além da inclusão 
de alimentos ricos em fibras na dieta diária, é fundamental reduzir o consumo de alimentos 
ultraprocessados e aumentar a ingestão de alimentos probióticos e prebióticos. Os probióticos 
são micro-organismos vivos que, quando ingeridos, conferem benefícios à saúde intestinal, como 
lactobacilos e bifidobactérias presentes em iogurtes e leites fermentados. Já os prebióticos são 
fibras que servem como alimento para as bactérias benéficas, como a inulina e o 
frutooligossacarídeo presentes em alimentos como chicória, alho, cebola e banana verde. 
Além disso, é importante destacar que cada indivíduo possui características individuais 
de microbiota intestinal e pode necessitar de recomendações específicas de acordo com suas 
necessidades e patologias. Portanto, o acompanhamento nutricional personalizado é essencial 
para a prescrição de estratégias alimentares adequadas. 
Em suma, a influência da nutrição na composição da microbiota intestinal e suas 
repercussões na saúde é um tema de grande relevância e merece atenção especial. Através de uma 
alimentação adequada, é possível promover um microbioma saudável, prevenir doenças e 
melhorar a qualidade de vida. Mais estudos são necessários para a compreensão de todos os 
aspectos envolvidos nessa relação entre nutrição e microbiota, visando fornecer cada vez mais 
informações para a promoção da saúde intestinal. 
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