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Exercicio 033

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Exercício 03/04/14
1 - Explique a formação da federação brasileira e a formação da federação norte americana.
De as características de cada uma.
A organização e estrutura do Estado podem ser analisadas sob três aspectos:
*Forma de governo: República ou Monarquia
*Sistema de governo: presidencialismo ou parlamentarismo
* Forma de Estado: Estado Unitário ou Federação
Inicialmente abordaremos o Estado Unitário, que não é adotada pelo Brasil, porém a maioria dos Estados da atualidade, comtemplam esta forma.
O Estado unitário classifica-se em três espécies distintas:
a) Estado unitário puro – absoluta centralização do exercício do Poder, tendo em conta o território do Estado, 
b) Estado unitário descentralizado administrativamente
c) Estado unitário descentralizado administrativa e politicamente
O Brasil adota a forma republicana, o sistema presidencialista e a forma federativa de Estado.
1.Origem:
A forma federativa do Estado teve sua origem nos Estados Unidos. As treze colônias britânicas da América ao se tornarem independentes, estabeleceram um pacto de colaboração para se protegerem das ameaças da antiga metrópole. Todavia, neste pacto havia o direito de secessão (direito de retirada), que os tornava fragilizados.
Para solucionar esse problema, os Estados estabeleceram uma forma federativa de estado em que não se permitiria mas o direito de secessão. Assim, os Estados cederam parte da sua soberania para um órgão central, formando os Estados Unidos da América.
2.Movimentos:
- Movimento centrípeto (de fora para dentro): Os Estados cederam parcela de sua soberania formando um órgão central. Federação dos Estados Unidos.
- Movimento centrífugo (do centro para fora): O Estado unitário descentralizou-se. Federação do Brasil.
O federalismo brasileiro é chamado de Federalismo atípico, pois não resultou de um processo de agregação daquilo que era separado, mais sim de um processo de desagregação do Império, transformando as províncias em Estados.
3.Características:
- Descentralização política: Os entes da federação possuem autonomia.
- Constituição rígida como base jurídica: As competências dos entes da federação estão estabelecidas numa constituição rígida.
- Inexistência do direito de secessão: Não se permite o direito de retirada de algum ente da federação, tanto que a tentativa de retirada enseja a intervenção federal. 
Conforme o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal (art. 1º da CF). 
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de estado (art. 60, §4º, I da CF).
- Soberania do Estado Federal: Enquanto os estados são autônomos entre si, nos termos da Constituição Federal, o País é soberano.
- Auto-organização dos estados-membros: Os Estados organizam-se através da elaboração das constituições estaduais.
- Órgão representativo dos estados-membros: Senado.
- Órgão guardião da Constituição: Supremo Tribunal Federal.
4.Conceito de Federação:
Federação é uma forma de estado caracterizada pela existência de duas ou mais ordens jurídicas que incidem simultaneamente sobre o mesmo território sem que se possa falar em hierarquia entre elas, mas em campos diferentes de atuação. 
5.Componentes da República Federativa do Brasil:
A República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
“A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de Direito...” (art. 1º da CF). 
“A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta constituição” (art. 18 da CF).
6.Fundamentos da República Federativa do Brasil:
- Soberania (art. 1º, I da CF): É a República Federativa do Brasil (conjunto formado pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios) que possui soberania e não a União.
- Cidadania (art. 1º, II da CF).
- Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III da CF).
- Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (art. 1º, IV da CF).
- Pluralismo político (art. 1º, V da CF).
7.Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
- Construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I da CF).
- Garantir o desenvolvimento nacional (art. 3º, II da CF).
- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais (art. 3º, III da CF):
A EC 31/00 criou o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza para vigorar até 2010. Tal fundo deve ser regulamentado por lei complementar, contando em seu Conselho Consultivo e de Acompanhamento com representantes da Sociedade Civil.
- Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV da CF).
8. Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais:
- Independência nacional (art. 4º, I da CF).
- Respeito aos dos direitos humanos (art. 4º, II da CF).
- Autodeterminação dos povos (art. 4º, III da CF).
- Não-intervenção (art. 4º, IV da CF).
- Igualdade entre os Estados (art. 4º, V da CF).
- Defesa da paz (art. 4º, VI da CF).
- Solução pacifica dos conflitos (art. 4º, VII da CF).
- Repúdio ao terrorismo e ao racismo (art. 4º, VIII da CF).
- Cooperação ente os povos para o progresso da humanidade (art. 4º, IX da CF).
- Concessão de asilo político (art. 4º, X da CF): Asilo político é o acolhimento de estrangeiro que está sofrendo perseguição geralmente do seu próprio país, em razão de dissidência política, livre manifestação do pensamento ou ainda, crimes relacionados coma segurança do Estado que não configurem delitos no direito penal comum.
A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política e social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações (art. 4º, parágrafo único da CF). 
Desta forma, o Brasil assinou o Tratado de Assunção (1991) juntamente com a Argentina, Paraguai e Uruguai, formando o Mercosul (Mercado Comum do Sul). O processo integracionista compreende três etapas, o livre comércio (eliminação das barreiras ao comércio entre os membros), a união aduaneira (aplicação de uma tarifa externa comum ao comércio com terceiros países) e o mercado comum (livre circulação de fatores de produção). O Mercosul encontra-se na segunda fase.
O Protocolo de Ouro Preto (1994) reconheceu a personalidade de direito internacional ao Bloco.
9. Vedações constitucionais aos entes da Federação:
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão:
- Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público (art. 19, I da CF). Este inciso demonstra que o Brasil é um Estado Laico, isto é, que não pode estar ligado a nenhuma religião.
- Recusar fé aos documentos públicos (art.19, II da CF).
- Criar distinções entre brasileiros (art. 19, III da CF): Traz o princípio da isonomia.
- Criar preferências entre si (art. 19, III da CF): “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir imposto sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros” (art. 150, VI, “a” da CF).
2 – De que forma o sistema federativo se expressa na formação do congresso nacional. Explique as características da câmara dos deputados e do senado federal.
A estrutura do Poder Legislativo pode ser: unicameral ou bicameral. 
Unicameral - o Parlamento se compõe de um único órgão. Sistema adotado, principalmente, por pequenos países. 
Bicameral - o Parlamento ou Congresso é composto por dois órgãos diferentes: Câmara Baixa e Câmara Alta.O Poder Legislativo se manifesta pela conjunção das vontades das duas Casas do Congresso ou Parlamento, que deliberam, em regra, isoladamente.
O Brasil adota o sistema bicameral do tipo federativo. Conforme dispõe o artigo 44 da Constituição Federal, o Congresso Nacional se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
Art.44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
Comentário:
Note que apesar de o Congresso Nacional ser composto de duas Casas, são três, na verdade, os órgãos deliberativos, já que a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o Congresso Nacional são detentores de competências próprias, de regimentos internos próprios, de mesas próprias e de serviços próprios. Existem competências unicamerais, do Congresso Nacional (art. 49), da Câmara dos Deputados (art. 51) e do Senado Federal (art. 52). 
Art.45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
CÂMARA DOS DEPUTADOS (ART. 45 DA CONSTITUIÇÃO) 
A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal pelo voto direto, secreto, universal e periódico.
O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
O Estado de São Paulo, o mais populoso, elege setenta Deputados Federais, dispondo, assim, de uma representação parlamentar proporcionalmente inferior aos Estados menos populosos, os quais elegem oito Deputados Federais. Tal situação tem gerado sérias controvérsias, com alguns doutrinadores entendendo que o texto constitucional fere o princípio do voto igual para todos os brasileiros.
Cada Território elegerá quatro Deputados. 
Outras disposições 
a) Mesa diretora: será composta por Deputados Federais eleitos por seus pares.
b) Competências privativas (não-delegáveis): são atribuições específicas, que não necessitam da aprovação pelo Senado Federal nem da sanção do Presidente da República para que se tornem válidas. Estão enumeradas no art. 51 da Lei Maior.
SENADO FEDERAL (ART. 46 DA CONSTITUIÇÃO) 
O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
Os Estados-membros e o Distrito Federal elegem três Senadores, com mandato de oito anos. Cada Senador será eleito com dois suplentes.
A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, à razão de um terço e dois terços.
A representação no Senado, pelo princípio federativo, é igual para todos os Estados-membros e o Distrito Federal, o que também tem gerado descontentamento por parte dos Entes Federados com maior população. 
Outras disposições
a) Mesa diretora: será composta por Senadores da República eleitos por seus pares.
b) Competências (não-delegáveis): são atribuições específicas, que não necessitam da aprovação pela Câmara dos Deputados nem da sanção do Presidente da República para que se tornem válidas. Estão previstas no art. 52 da Constituição.
PODER LEGISLATIVO ESTADUAL (ART. 27 DA CONSTITUIÇÃO)
O Poder Legislativo estadual é unicameral, sendo exercido pelas Assembléias Legislativas, que, por sua vez, são integradas pelos Deputados Estaduais.
O número de Deputados Estaduais corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
O mandato dos Deputados Estaduais será de quatro anos, aplicando-se-lhes as regras da Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.
Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, além de prover os respectivos cargos.
A iniciativa popular de leis estaduais é matéria reservada à lei.
PODER LEGISLATIVO DISTRITAL
A Câmara Distrital representa o Poder Legislativo Distrital, sendo unicameral e integrada pelos Deputados Distritais.
O Distrito Federal reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, sendo aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios da Constituição.
A eleição dos Deputados Distritais ocorrerá em turno único, coincidindo com a dos Governadores e Deputados Estaduais.
O número de Deputados Distritais corresponderá ao triplo da representação do Distrito Federal na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
O mandato dos Deputados Distritais será de quatro anos, aplicando-se-lhes as regras da Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
O subsídio dos Deputados Distritais será fixado por lei de iniciativa da Câmara Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.
Compete à Câmara Legislativa dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL (ART. 29, INCS. I A XIV DA CONSTITUIÇÃO)
O Poder Legislativo municipal também é unicameral, sendo exercido pelas Câmaras Municipais, que, por sua vez, são integradas pelos Vereadores.
Na forma do art. 29 da Constituição, os Municípios reger-se-ão pelas leis orgânicas que adotarem, aprovadas por dois terços dos membros das Câmaras Municipais, que as promulgarão, atendidos os princípios das Cartas Magnas Federal e Estadual respectiva. Devem observar os preceitos elencados nos incs. I a XIV do art. 29 da Constituição.
3 – A federação brasileira é composta por quantos entes federativos? Quais as principais competências da União, dos estados, do DF e dos municípios. 
Os entes federativos que compõem a federação brasileira conforme previsto no art. Da CF é a União, os Estados, Distrito Federal e Municípios.
A Constituição estabelece a competência de cada um dos entes federativos. A repartição de competência está intimamente ligada à predominância do interesse.	
	UNIÃO
	ESTADOS
	DF
	MUNICÍPIOS
	Cuidará de matérias de interesse geral.
	Cuidarão de matérias de interesse regional.
	Cuidará de matérias de interesse regional e local.
	Cuidarão de matérias de interesse local.
	COMPETÊNCIAS
	UNIÃO
	ESTADOS
	DF
	MUNICÍPIOS
	Legislativa (para editar Leis)
	Privativa (art. 22 da CF)
Concorrente (art. 24 da CF).
	Expressa
Residual (remanescente ou reservada)
Delegada pela União
Concorrente
Suplementar
	Expressa
Residual 
Delegada
Concorrente
Suplementar
Interesse local
	Expressa
Interesse Local
Suplementar
Plano diretor
	Não Legislativa (administrativa ou material): para exercer funções governamentais.
	Exclusiva (art. 21 da CF)
Comum (cumulativa ou paralela)
	Comum (cumulativa ou paralela)
Residual (remanescente ou reservada)
	Comum
(comulativa paralela)
	Comum
(comulativa paralela)
Privativa ou (enumerada)
União
Competência legislativa privativa (art. 22 da CF):
É relevante lembrar que tal competência pode ser delegada aos Estados e ao Distrito Federal por meio de lei complementar (art. 22, parágrafo único e 32, §1º da CF).- Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho (art. 22, I da CF).
- Desapropriação (art. 22, II da CF).
- Requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra (art. 22, III da CF).
- Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão (art. 22, IV da CF).
- Serviço postal (art. 22, V da CF).
- Sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais (art. 22, VI da CF).
- Política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores (art. 22, VII da CF).
- Comércio exterior e interestadual (art. 22, VIII da CF).
- Diretrizes da política nacional de transportes (art. 22, IX da CF).
- Regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial (art. 22, X da CF).
- Trânsito e transporte (art. 22, XI da CF).
- Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia (art. 22, XII da CF).
- Nacionalidade, cidadania e naturalização (art. 22, XIII da CF).
- Populações indígenas (art. 22, XIV da CF).
- Emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros (art. 22, XV da CF).
- Organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões (art. 22, XVI da CF).
- Organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes (art. 22, XVII da CF).
- Sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais (art. 22, XVIII da CF).
- Sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular (art. 22, XIX da CF).
- Sistemas de consórcios e sorteios (art. 22, XX da CF).
- Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares (art. 22, XXI da CF).
- Competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais (art. 22, XXII da CF).
- Seguridade social (art. 22, XXIII da CF).
- Diretrizes e bases da educação nacional (art. 22, XXIV da CF).
- Registros públicos (art. 22, XXV da CF).
- Atividades nucleares de qualquer natureza (art. 22, XXVI da CF).
- Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, §1°, III (art. 22, XXVII da CF).
- Defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional (art. 22, XXVIII da CF).
- Propaganda comercial (art. 22, XIX da CF). 
Competência legislativa concorrente (art. 24 da CF):
A União, os Estados e Distrito Federal possuem competência para legislar sobre as matérias do artigo 24 da CF. Não há possibilidade de delegação por parte da União aos Estados-membros e Distrito Federal das matérias elencadas no artigo 24 da CF.
Compete à União estabelecer normas gerais sobre as matérias do artigo 24 da CF. Esta competência não exclui a competência suplementar dos Estados (ou Distrito Federal).
A competência suplementar do Estado pode se dividir em duas espécies: Competência suplementar e competência supletiva. Na suplementar, cabe aos Estados (ou Distrito Federal) estabelecer normas específicas sobre as matérias do artigo 24 da CF. Na supletiva, cabe aos Estados (ou Distrito Federal), tendo em vista inexistência de lei federal sobre normas gerais, exercer a competência legislativa plena, ou seja, editar normas de caráter geral e específico (art. 24, §§1º, 2º e 3º da CF). 
A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual (ou distrital) no que lhe for contrário (art. 24, §4º da CF). Se não forem conflitantes passam, a conviver perfeitamente.
Se a norma geral federal, que suspender a eficácia da norma geral estadual (ou distrital), for revogada por outra norma geral federal não conflitante, a norma geral estadual voltará a produzir efeitos.
Em razão do artigo 30, I da Constituição Federal, os Municípios também têm competência suplementar às normas gerais e específicas, dentro do interesse local municipal.
- Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico (art. 24, I da CF).
- Orçamento (art. 24, II da CF).
- Juntas comerciais (art. 24, III da CF).
- Custas dos serviços forenses (art. 24, IV da CF).
- Produção e consumo (art. 24, V da CF).
- Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição (art. 24, VI da CF)
- Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico (art. 24, VII da CF).
- Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (art. 24, VIII da CF).
- Educação, cultura, ensino e desporto (art. 24, IX da CF).
- Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas (art. 24, X da CF).
- Procedimentos em matéria processual (art. 24, XI da CF).
- Previdência social, proteção e defesa da saúde (art. 24, XII da CF).
- Assistência jurídica e Defensoria pública (art. 24, XIII da CF).
- Proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência (art. 24, XIV da CF).
- Proteção à infância e à juventude (art. 24, XV da CF).
- Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis (art. 24, XVI da CF).
Competência Não-Legislativa Exclusiva (art. 21 da CF):
Esta competência é indelegável
- Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais (art. 21, I da CF).
- Declarar a guerra e celebrar a paz (art. 21, II da CF).
- Assegurar a defesa nacional (art. 21, III da CF).
- Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente (art. 21, IV da CF).
- Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal (art. 21, V da CF).
- Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico (art. 21, VI da CF).
- Emitir moeda (art. 21, VII da CF).
- Administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada (art. 21, VIII da CF).
- Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social (art. 21, IX da CF).
- Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional (art. 21, X da CF).
- Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais (art. 21, XI da CF).
- Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão (art. 21, XII da CF):
Os serviços de radiodifusão sonora, de sons e imagens (art. 21, XII, a da CF).
Os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos (art. 21, XII, “b” da CF).
A navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária (art. 21, XII, “c” da CF).
Os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território (art. 21, XII, “d” da CF).
Os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros (art. 21, XII, “e” da CF);
Os portos marítimos, fluviais e lacustres (art. 21, XII, “f” da CF).
- Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios (art. 21, XIII da CF).
- Organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao DistritoFederal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio (art. 21, XIV da CF).
- Organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional (art. 21, XV da CF).
- Exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão (art. 21, XVI da CF).
- Conceder anistia (art. 21, XVII da CF).
- Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações (art. 21, XVIII da CF).
- Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso (art. 21, XVIX da CF).
- Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos (art. 21, XX da CF).
- Estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação (art. 21, XXI da CF).
- Executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras (art. 21, XXII da CF).
- Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições (art. 21, XXIII da CF):
Toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional (art. 21, XXIII, “a” da CF).
Sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e atividades análogas (art. 21, XXIII, “b” da CF).
A responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa (art. 21, XXIII, “c” da CF).
- Organizar, manter e executar a inspeção do trabalho (art. 21, XXIV da CF).
- Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa (art. 21, XXV da CF).
Competência Não-legislativa Comum (art. 23 da CF):
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios possuem competência para legislar sobre as matérias do artigo 23 da CF.
“Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional” (art. 23, parágrafo único da CF). 
- Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público (art. 23, I da CF).
- Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência (art. 23, II da CF).
- Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos (art. 23, III da CF).
- Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural (art. 23, IV da CF).
- Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência (art. 23, V da CF).
- Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas (art. 23, VI da CF).
- Preservar as florestas, a fauna e a flora (art. 23, VII da CF).
- Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar (art. 23, VIII da CF).
- Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico (art. 23, IX da CF).
- Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos (art. 23, X da CF).
- Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios (art. 23, XI da CF).
- Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito (art. 23, XII da CF).
Estados
- Competência não-legislativa comum (art. 23 da CF): Já foi estudada no item União.
- Competência não-legislativa residual: São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal (art. 25, §1º da CF). Cabe aos Estados todas as competências que não forem da União, dos Municípios e comuns.
- Competência legislativa expressa: Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observado os princípios desta Constituição (art. 25, §1º da CF).
- Competência legislativa remanescente: São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal (art. 25, §1º da CF). Cabe aos Estados todas as competências que não forem da União e dos Municípios.
Excepcionalmente, a Constituição estabelece algumas competências enumeradas aos Estados-membros, como a criação, incorporação, fusão e o desmembramento de municípios por meio de lei estadual (art. 18, §4º da CF); exploração diretamente, ou mediante concessão, dos serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação (art. 25, §2º da CF); a instituição mediante lei complementar estadual das regiões metropolitanas, aglomerados urbanos e microrregiões (art. 25, §3º da CF).
- Competência Legislativa delegada pela União: Já foi estudada no item União (art. 22, parágrafo único da CF).
- Competência Legislativa concorrente: Já foi estudada no item União.
- Competência legislativa concorrente suplementar: Já foi estudada no item União.
Municípios
- Competência não-legislativa comum: Já foi estudada no item União.
- Competência não-legislativa privativa (art. 30, III à IX da CF): Hipóteses descritas, presumindo-se o interesse local. Compete aos Municípios:
Instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei (art. 30, III da CF).
Criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual (art. 30, IV da CF).
Organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial (art. 30, V da CF).
Manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental (art. 30, VI da CF).
Prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população (art. 30, VII da CF).
Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano (art. 30, VIII da CF).
Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual (art. 30, IX da CF).
- Competência legislativa expressa: Os Municípios têm competência para elaborar a própria lei orgânica (art. 29 da CF).
- Competência Legislativa para assuntos de interesse local. (art. 30, I da CF).
- Competência Legislativa suplementar (art. 30, II da CF): Cabe aos Municípios suplementar a legislação Federal e estadual no que couber, relacionado ao interesse local.
- Competência Legislativa para instituir o plano diretor: “O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de 20.000 habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana” (art. 182, §1º da CF). A propriedade cumpre a função social quando atende ao plano diretor.
Distrito Federal
- Competência não legislativa comum: Já foi estudada no item União.
- Competência legislativa expressa: O Distrito Federal tem competência para elaborar a própria lei orgânica (art. 32 da CF).
- Competência legislativa residual: Toda competência que não for vedada, ao Distrito Federal estará reservada (art. 25, §1º da CF).
- Competência Legislativa delegada pela União: Já foi estudada no item União (art. 22, parágrafo único da CF).
- Competência Legislativa concorrente: Já foi estudada no item União
- Competência legislativa concorrentesuplementar: Já foi estudada no item União.
- Competência legislativa para assuntos de interesse local (art. 30, I e 32, §1º da CF).
- Competência suplementar dos Municípios (art. 30, II da CF).
4 – O que significa legislatura, sessão legislativa e período legislativo.
A legislatura é o lapso temporal legislativo expressamente definido na Constituição como tendo a duração de quatro anos (Parágrafo único do art. 44).
Comentário:
Legislatura é termo que teve a sua significação muito discutida, ora sendo entendido como um período de tempo, ora como a composição do Parlamento em um certo período de tempo. A doutrina moderna parece querer o primeiro entendimento, e a Constituição abraça essa definição. Hoje a legislatura tem duração de quatro anos. Não há legislatura no Senado Federal, que é contínuo, graças à renovação parcial e alternada, por um e dois terços, estabelecida no art. 46, § 2º. 
Cada legislatura é dividida em sessões legislativas anuais, cada qual correspondendo ao chamado ano legislativo.
Cada legislatura, por sua vez, é subdividida em períodos legislativos semestrais, correspondente cada um deles ao semestre legislativo. 
Diz a Lei Maior que o Congresso Nacional, por suas Casas, reunir-se-á anualmente (sessão legislativa ordinária), na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho (primeiro período legislativo) e de 1º de agosto a 22 de dezembro (segundo período legislativo) (art. 57, caput).
Ademais, a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (§ 2º do art. 57 da Lei Maior). 
Sessão legislativa (diária) 
As sessões legislativas também correspondem ao trabalho diário dos parlamentares. Podem ser ordinárias, extraordinárias, preparatórias ou conjuntas.
a) Sessões legislativas ordinárias: são realizadas nos dias úteis, dentro do horário de expediente parlamentar fixado no regimento interno das respectivas Casas. Quando recaírem em sábados, domingos ou feriados, as reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente (§ 1º do art. 57 da Lei Maior).
b) Sessões legislativas extraordinárias: são as convocadas fora do horário normal (sessão legislativa ordinária), para apreciar determinada matéria ou encerrar votação já iniciada.
c) Sessões legislativas preparatórias: são convocadas para a posse dos congressistas e eleição das respectivas Mesas. Diz a Lei Maior que cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente (§ 4º do art. 57).
d) Sessões legislativas conjuntas: são reuniões conjuntas das duas Casas do Congresso Nacional. Ocorrem nas situações previstas na Constituição. Assim é que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para (Art. 57, § 3º): 
Inaugurar a sessão legislativa;
Elaborar o regimento interno comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
Receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
Conhecer do veto e sobre ele deliberar, em escrutínio secreto (Art. 66, § 4º). 
5 – O que é/ significa a intervenção federal e estadual?
Concepção de Intervenção - é a medida excepcional ou extremada de caráter temporário que incide sobre a autonomia dos entes da Federação em conformidade com as hipóteses exaustivas previstas nos arts. 34 e 35/CF, visando a manutenção e preservação da Unidade Federal.
 
	ESPÉCIES
	Federal
	Estadual
	REGRA
	Intervenção federal: União nos Estados, Distrito Federal (hipóteses do art. 34) e nos Municípios localizados em Território Federal (hipótese do art. 35); 
	Intervenção estadual: Estados em seus Municípios (art. 35).
	HIPÓTESES
	Art. 34 da CF
	Art. 35 da CF
	PROCEDIMENTO (fases e etapas)
	1ª. fase – Iniciativa A Constituição estabelece que tem legitimidade para deflagrar o procedimento interventivo de acordo com as hipóteses e aqui subdividiremos por espécies de intervenção, que são de quatro tipos : 
Espontânea
Provocada por solicitação
C) Provocada por Requisição
2ª. fase – Judicial (somente ocorre nas hipóteses do art. 34, VI e VII; art. 35, IV/CF) Não o há sobre o ato de intervenção nem sobre esta, porque se trata de ato de natureza política insuscetível de controle jurisdicional, salvo manifesta infrigência as normas constitucionais, mormente naqueles casos em que a intervenção dependa de solicitação do poder coacto ou impedido ou de requisição dos tribunais e elas não tenham sido feitas ou tenham sido feitas irregularmente. 
Acontece nas duas hipóteses em que a legitimidade para dar início à ação é do Procurador Geral da República( ação de executoriedade de lei federal e de ação direta de inconstitucionalidade interventiva) e dependem de provimento do Supremo Tribunal Federal que encaminhará ao Presidente da República para os fins de decreto interventivo, trata-se de ação vinculada, mera formalização de uma decisão tomada por órgão judiciário(Art. 36, III,CF). 
Proclama-se, a intervenção como antídoto constitucional aos comportamentos desagregadores, quando necessária à harmonia da Unidade Federativa. 
Em relação ao poder judiciário, não se trata de solicitação e sim de requisição significando ordem, exigência. É determinação de fazer (cumprir) por exigência legal. 
Assim sendo, é decidida a intervenção quanto aos aspectos formal e material, ao reverso da solicitação pelos poderes Executivo e Legislativo, a sua execução independe de apreciação legislativa. 
Podemos aqui citar uma outra hipótese de apreciação jurisdicional da intervenção se dará quando a intervenção tenha sido suspensa pelo Congresso Nacional e ela persista, pois, nesse caso, o ato perderá legitimidade e se tornará inconstitucional, sendo pertinente recorrer-se ao Judiciário para garantir o exercício dos poderes estaduais. 
Definimos como instrumento da ordem jurídica, editada no exercício de expresso poder e conformado às finalidades do Estado de direito, favorecendo a federação- forma de Estado. 
É, pois de se esperar que não pareça decisão inócua. O Poder Judiciário não pode abdicar de competência assegurada constitucionalmente, devendo agir com eficiência, como guardião dos superiores interesses coletivos. 
Afinal temos aí não os interesses dos governantes, mas sim dos governados. 
3ª. fase – Decreto interventivo A Intervenção será formalizada através de decreto expedido pelo Presidente da República(Art. 84, X, CF). A decretação e execução são de competência privativa dele. 
O decreto deverá fixar a amplitude, o prazo, as condições e se couber, o interventor(Art.36, §1°, CF). Depois de publicado, torna-se imediatamente eficaz, legitimando os atos subsequentes, que deverão estar de acordo com critérios da necessidade e proporcionalidade à lesão institucional. 
É possível a realização de intervenção sem a nomeação deste, limitando-se a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar para o restabelecimento da normalidade e do equilíbrio. 
Como já mencionado pode ser espontânea ou provocada. Se espontânea, a decisão é discricionária, tem a faculdade de decretar a intervenção se a situação a seu juízo,o exigir. Porém, ele deve zelar pela salvaguarda da Constituição, tendo obrigação de decretá-la sempre que necessário sob pena de responder por crime de responsabilidade. Ressalte-se ainda que nesta hipótese, deve ouvir previamente o Conselho de Defesa Nacional (Art. 91, § 1°, II, CF) e o Conselho da República (Art. 90, I, CF), não estando vinculado aos seus pareceres. 
No caso de solicitação dos Poderes coactos basta que de algum modo, o poder faça sentir a sua vontade. Não poderia obedecer um rito minuncioso, pois a coação provavelmente o vedaria. 
E por fim, nos de requisição, trata-se de ato de mera formalização. 
4ª. fase – Controle político O controle político no caso de intervenção federal,deverá ser exercido pelo Congresso Nacional, que é composto pelos representantes do povo(Câmara de deputados) e dos Estados-Membros(Senado Federal), para garantir que a medida será excepciona e também a participação de todos os Estados e do povo. 
O decreto de intervenção expedido pelo Presidente da República será apreciado pelo Congresso Nacional, no prazo de 24 horas, contado da expedição do decreto de Intervenção, devendo ser feita a convocação extraordinária, também no prazo de 24 horas, caso a Casa esteja de recesso parlamentar(Art. 57,§6°,I, CF c/c Art. 36,§ 2°, CF). 
Compete ao Congresso Nacional examinar os aspectos formais e materiais. Examina a forma para verificar se foram preenchidos todos os requisitos procedimentais e o conteúdo para aprová-lo ou não. È de competência exclusiva do Congresso Nacional, mediante decreto legislativo, aprovar a intervenção federal, bem como suspendê-la(Art. 49, IV, CF). Suspensa pelo Poder Legislativo, será restabelecida a plena autonomia da entidade federativa, com a recondução das autoridades eventualmente afastadas. 
A recusa de aprovação equivale à suspensão da medida: seus efeitos são ex nunc. O decreto interventivo deverá cessar imediatamente, sob pena de cometer crime de responsabilidade(Art. 85, II, CF- atentado contra os poderes constitucionais do Estado), passando a ser inconstitucional. 
Nas hipóteses previstas nos Art. 34, VI e VII será dispensado o contole político, e o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade(Art. 36, § 3°, CF). Como assevera Lewandowski, que em se tratando de requisição judicial, não poderia o Legislativo obstá-la, sob pena de vulnerar o princípio da separação dos poderes.Entretanto, existindo qualquer vício de forma ou eventual desvio de finalidade na decretação da intervenção, o Congresso Nacional poderá suspendê-la, a qualquer tempo, com fundamento no Art. 49, IV, da Constituição Federal. 
	FORMAS:
	De ofício (espontânea, discricionária)
	Por provocação
	De ofício (espontânea, discricionária)
	Nas hipóteses em que a Constituição autorizada que a intervenção seja efetivada diretamente, e por iniciativa própria, pelo Chefe do Executivo. 
O chefe do Executivo, dentro do seu juízo de discricionariedade, decide pela intervenção e, de oficio, a executa, independentemente de provocação de outros órgãos.
	São hipótese de intervenção Federal espontânea:
para a defesa da unidade nacional (CF, art. 34, I e II)
para a defesa da ordem pública (CF, art. 34, III)
para a defesa das finanças públicas (CF, art. 34, V)
	Por provocação
	Quando a medida depende de provocação de algum órgão ao qual a Constituição conferiu tal competência.
Nessas hipóteses, não poderá o Chefe do Executivo tomar a iniciativa e executar, de oficio, a medida. A intervenção dependerá da manifestação de vontade do órgão que recebeu tal incumbência constitucional. 
	Segundo a Constituição, a provocação poderá dar-se mediante “solicitação” e “requisição”.
Por solicitação: art. 34, IV, combinado com o art. 36, I, primeira parte quando coação ou impedimento recaírem sobre o Poder Legislativo ou o Poder Executivo, impedindo o livre exercício dos aludidos Poderes nas unidades da Federação, a decretação da intervenção federal, pelo Presidente da República, dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido; 
Por requisição: a) art. 34. IV, combinado com o art. 36, I, segunda parte se a coação for exercida contra o Poder Judiciário, a decretação da intervenção da federal dependerá de requisição do Supremo Tribunal Federal; b) art. 34. VI, segunda parte, combinado com o art. 36, II no caso de desobediência a ordem ou decisão judicial, a decretação dependerá de requisição do STF, STJ ou do TSE, de acordo com a matéria;
Intervenção federal provocada, dependendo de provimento de representação: a) art. 34, VII, combinado com o art. 36, III, primeira parte no caso de ofensa aos princípios constitucionais sensíveis, previstos no art. 34, VII, da CF/88, a intervenção federal dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-Geral da República; b) art. 34, VI, primeira parte, combinado com o art. 36, III, segunda parte para prover a execução de lei federal (pressupondo ter havido recusa à execução de lei federal), a intervenção dependerá de provimento de representação do Procurador-Geral da República pelo STF (EC n. 45/2004).
	O INTERVENTOR
	Autoridade Federal nomeada pelo Chefe do Poder Executivo, se necessário(Art. 36,§ 1°,CF), para resolver a questão que justificou a invasão da esfera de autonomia de entidade federativa. Tratando-se de intervenção federal o interventor é considerado funcionário público federal, cujas, funções, limitadas ao ato de intervenção, são federais. Mas o Interventor, ao dar continuidade à administração do Estado, pode praticar atos de gestão típicos do governo estadual. Na qualidade de interventor, como agente federal, a responsabilidade civil por eventuais danos causados será da União. Todavia, quando age no exercício normal da administração estadual, eventual responsabilidade civil será do Estado. 
	CESSAÇÃO DA INTERVENÇÃO
	A Intervenção deve prevalecer apenas pelo tempo necessário para a resolução do motivo que lhe deu causa. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas devem ser reconduzidas para os seus cargos, salvo impedimentos legais (Art. 36, § 4°, CF). 
 
 
LEI 8.038/90
 
Intervenção Federal
 
Art. 19 - A requisição de intervenção federal prevista nos incisos II e IV do art. 36 da Constituição Federal será promovida:
I - de ofício, ou mediante pedido de Presidente de Tribunal de Justiça do Estado, ou de Presidente de Tribunal Federal, quando se tratar de prover a execução de ordem ou decisão judicial, com ressalva, conforme a matéria, da competência do Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal Superior Eleitoral;
II - de ofício, ou mediante pedido da parte interessada, quando se tratar de prover a execução de ordem ou decisão do Superior Tribunal de Justiça;
III - mediante representação do Procurador-Geral da República, quando se tratar de prover a execução de lei federal.
Art. 20 - O Presidente, ao receber o pedido:
I - tomará as providências que lhe parecerem adequadas para remover, administrativamente, a causa do pedido;
II - mandará arquivá-lo, se for manifestamente infundado, cabendo do seu despacho agravo regimental.
Art. 21 - Realizada a gestão prevista no inciso I do artigo anterior, solicitadas informações à autoridade estadual e ouvido o Procurador-Geral, o pedido será distribuído a um relator.
Parágrafo único - Tendo em vista o interesse público, poderá ser permitida a presença no recinto às partes e seus advogados, ou somente a estes.
Art. 22 - Julgado procedente o pedido, o Presidente do Superior Tribunal de Justiça comunicará, imediatamente, a decisão aos órgãos do poder público interessados e requisitará a intervenção ao Presidente da República.
 
Trabalho a mão, a caneta, corrigir em sala de aula e utilizar na confecção das questões discursivas da prova.

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