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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE Alunas : Rogerlane Gomes Jôse Kelly Flor Grazielly DEFINIÇÃO Os transtornos de personalidade são problemas de saúde mental que envolvem padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional. Grupo A Transtornos de Personalidade Excêntricos Transtorno Paranoide de Personalidade: Costumam ser hostis e agressivas, por ter uma tendência a sempre achar que vai ser enganada e sendo assim, desconfiam das pessoas. Transtorno Esquizoide de Personalidade: Costumam se distanciar de relacionamentos sociais e apresenta uma gama limitada de expressões emocionais em contextos interpessoais. Transtorno Esquizotípico de Personalidade: Elas podem ter um comportamento excêntrico, pensamentos e crenças incomuns ou bizarras, sentimento de desconforto em ambientes sociais e dificuldade para ter relacionamentos íntimos. Grupo B Transtornos de Personalidade Dramáticos ou Emocionais Transtorno Antissocial de Personalidade: Desrespeito e violação dos direitos dos outros, falta de remorso, comportamento impulsivo e irresponsável. Transtorno Borderline de Personalidade (Transtorno de Personalidade Limítrofe): Instabilidade nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos, além de impulsividade significativa. Transtorno Histriônico de Personalidade: Padrão de emotividade excessiva e busca de atenção, com necessidade de ser o centro das atenções. Transtorno Narcisista de Personalidade: Necessidade de admiração, falta de empatia e padrões de grandiosidade. Classe C (personalidades ansiosas) Transtorno de Personalidade Esquiva (Evitativa): Sensibilidade extrema à avaliação negativa, sentimentos de inadequação e inibição social. Transtorno de Personalidade Dependente: Necessidade excessiva de cuidado e apoio dos outros, resultando em comportamento submisso e apegado. Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva: Preocupação com ordem, perfeccionismo e controle, às custas de flexibilidade, abertura e eficiência. Os transtornos de personalidade são causados por uma interação dos genes com o ambiente. Ou seja, algumas pessoas nascem com uma tendência genética para o transtorno de personalidade e essa tendência pode ser, então, inibida ou ampliada por fatores ambientais tais como experiências ou fontes de estresse ou bem-estar. A opinião geral é que os genes e o ambiente têm uma contribuição quase igual para o desenvolvimento dos transtornos de personalidade. FATORES CONTRIBUINTES PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRANSTORNO Epidemiologia: Sexo e Idade Atingidos Idade Início: Geralmente na adolescência ou início da idade adulta. Persistência: Tendem a ser crônicos, com sintomas que podem variar e possivelmente diminuir com a idade. MULHERES Transtorno Borderline de Personalidade. Transtorno Histriônico de Personalidade. HOMENS Transtorno Antissocial de Personalidade. Transtorno Narcisista de Personalidade. Transtorno Obsessivo-Compulsivo de Personalidade . TRATAMENTO Os transtornos de personalidade são tratados com psicoterapia, que pode incluir psicoterapia individual ou terapia em grupo. A terapia tem mais probabilidade de ser eficaz quando a pessoa procura tratamento e é incentivada a mudar. Os tipos de psicoterapia comumente usados incluem: Terapia psicanalítica/psicodinâmica/focada na transferência Terapia comportamental dialética Terapia cognitiva comportamental Terapia de Grupo Psicoeducação (ensinar o indivíduo e familiares sobre o diagnóstico, tratamento e formas de enfrentamento) Não existem medicamentos usados especificamente para tratar transtornos de personalidade. No entanto, em alguns casos, medicamentos, como antidepressivos, ansiolíticos ou medicamentos estabilizadores do humor, podem ser úteis no tratamento de alguns sintomas. Sintomas mais graves ou duradouros podem exigir uma abordagem em equipe envolvendo um médico de atenção primária, um psiquiatra, um psicólogo, um assistente social e familiares. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO : Avaliação Inicial Histórico de Saúde Mental Avaliação dos Sintomas Monitoramento Contínuo Sintomas e Comportamentos Adesão ao Tratamento INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS Promoção de um Ambiente Seguro Ambiente Estável Prevenção de Comportamentos Autodestrutivos Estabelecimento de Relações Terapêuticas Empatia e Respeito Limites e Consistência EDUCAÇÃO E SUPORTE Psicoeducação Informação sobre o Transtorno Técnicas de Enfrentamento Envolvimento da Família Suporte Familiar Educação Familiar: PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE CUIDADOS Planejamento de Alta Planos de Seguimento: Recursos Comunitários: Coordenação com a equipe multidisciplinar Comunicação Eficaz Revisão Regular do Plano de Cuidados HALOPERIDOL INDICAÇÃO O haloperidol é um antipsicótico indicado para o tratamento de perturbações do comportamento, pensamento e afeto, como delírios ou alucinações em casos de esquizofrenia, agitação ou confusão mental, ou até para soluços, tiques ou náuseas e vômitos incontroláveis. PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS Bloqueio dos receptores de dopamina: atua principalmente como um antagonista dos receptores de dopamina no cérebro, especialmente nos receptores D2. Reduzindo a atividade dopaminérgica excessiva, que está implicada em distúrbios psicóticos. Bloqueio de outros receptores: Além dos receptores de dopamina, também pode afetar outros receptores neurotransmissores, incluindo os receptores de serotonina, histamina e alfa-adrenérgicos Estabilização da atividade neuronal: Ao bloquear os receptores de dopamina, o haloperidol ajuda a estabilizar a atividade neuronal em áreas do cérebro associadas aos sintomas psicóticos 1 3 2 PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS 4 6 5 Estabilização da atividade neuronal: Ao antagonizar os receptores de dopamina, o Haldol ajuda a estabilizar a atividade neuronal em áreas do cérebro associadas aos sintomas psicóticos, contribuindo assim para a redução dos sintomas de psicoses. Redução da agitação: Além de sua ação antipsicótica, o haloperidol também tem propriedades sedativas e calmantes, o que pode ajudar a reduzir a agitação em pacientes com distúrbios psicóticos ou demência. Efeitos extrapiramidais: O uso prolongado de haloperidol pode levar ao desenvolvimento de efeitos colaterais extrapiramidais, como acatisia, distonia, parkinsonismo e discinesia tardia, devido à sua ação sobre os sistemas dopaminérgicos no cérebro. EFEITOS ADVERSOS EFEITOS EXTRAPIRAMIDAIS: Distonia aguda: Contrações musculares involuntárias, frequentemente dolorosas. Acatisia: Inquietação, necessidade constante de movimento. Parkinsonismo: Sintomas semelhantes aos do Parkinson, como tremores, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão de movimentos). Discinesia tardia: Movimentos involuntários, muitas vezes da face e língua, que podem ser irreversíveis. SINTOMAS NEUROLÓGICOS: Sedação: Sonolência e cansaço. Convulsões: Em casos raros, especialmente em indivíduos predispostos. EFEITOS AUTONÔMICOS: Hipotensão ortostática: Queda da pressão arterial ao se levantar, pode do causar tonturas e desmaios. Boca seca. Constipação. Visão embaçada. EFEITOS CARDIOVASCULARES: Prolongamento do intervalo QT: Pode levar a arritmias cardíacas graves. EFEITOS ADVERSOS EFEITOS ENDÓCRINOS/METABÓLICOS: Ganho de peso. Hiperprolactinemia: Aumento dos níveis do hormônio prolactina, podendo levar a galactorreia (produção de leite), ginecomastia (aumento das mamas nos homens) e irregularidades menstruais. SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA (SNM): Uma condição rara, mas potencialmente fatal, caracterizada por rigidez muscular severa, febre alta, alteração do estado mental e instabilidade autonômica EFEITOS HEMATOLÓGICOS: Leucopenia e agranulocitose: Redução no número de leucócitos, aumentando o risco de infecções. REAÇÕES DERMATOLÓGICAS: Erupções cutâneas, fotossensibilidade e outras reações alérgicas.Cuidados de Enfermagem para Administração de Haldoloperidol 1 AVALIAÇÃO INICIAL E CONTÍNUA: Avaliar o histórico médico do paciente, incluindo condições preexistentes, alergias, e outros medicamentos em uso. Monitorar sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura) antes da administração e periodicamente durante o tratamento. 2 ADMINISTRAÇÃO CORRETA Verificar a dosagem prescrita e a via de administração (oral, intramuscular). Para administração intramuscular, utilizar técnica asséptica e escolher um local de injeção apropriado (geralmente o músculo glúteo). 3 MONITORAMENTO DE EFEITOS ADVERSOS: Observar sinais de efeitos extrapiramidais, como distonia, acatisia, parkinsonismo e discinesia tardia. Monitorar o ECG, especialmente se o paciente tiver histórico de problemas cardíacos, devido ao risco de prolongamento do intervalo QT. Estar atento a sinais de síndrome neuroléptica maligna, como febre alta, rigidez muscular, e alteração do estado mental. 4 SUPORTE AO PACIENTE: Orientar o paciente sobre a importância de relatar qualquer sintoma incomum, como inquietação, movimentos involuntários, ou reações alérgicas . Informar o paciente sobre possíveis efeitos adversos, como sedação e hipotensão ortostática, e recomendar levantar-se lentamente para evitar quedas. Cuidados de Enfermagem para Administração de Haldoloperidol 5 GERENCIAMENTO DE EFEITOS COLATERAIS: Administrar medicamentos adjuvantes, se prescritos, para gerenciar efeitos extrapiramidais (por exemplo, anticolinérgicos como benztropina). Garantir a hidratação adequada e incentivar uma dieta rica em fibras para prevenir constipação. 6 EDUCAÇÃO DO PACIENTE E FAMÍLIA: Explicar a finalidade do medicamento e a importância de seguir o regime de tratamento. Informar sobre a necessidade de evitar álcool e outras substâncias que possam interagir com o Haldol. 7 DOCUMENTAÇÃO: Registrar a administração do medicamento, incluindo a dose, via e horário. Documentar qualquer efeito adverso observado e as intervenções realizadas. 8 PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS: Usar com cautela em pacientes idosos ou aqueles com demência, pois eles são mais suscetíveis a efeitos adversos graves. Evitar a administração em pacientes com histórico de prolongamento do intervalo QT ou outras arritmias cardíacas sem uma avaliação cuidadosa dos riscos. REFERÊNCIAS TRANSTORNO de personalidade: Transtorno de personalidade é um conjunto de doenças psiquiátricas caracterizadas por desvios de comportamento bem rígidos e mal ajustados que prejudicam a forma que o paciente lida com seus impulsos e com as pessoas ao redor.. [S. l.], 6 fev. 2024. Disponível em: https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/transtorno-de-personalidade. Acesso em: 23 maio 2024. ZIMMERMAN, Mark. Considerações gerais sobre transtornos de personalidade: Os transtornos de personalidade são problemas de saúde mental que envolvem padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.. [S. l.], Setembro 2023. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-paranoide-tpp. Acesso em: 23 maio 2024. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição (DSM-5-TR). Associação Psiquiátrica Americana. (2022). Lenzenweger MF, Lane MC, Loranger AW, Kessler RC. 2007. Transtornos de personalidade do DSM-IV na Replicação da Pesquisa Nacional de Comorbidade. Psiquiatria Biológica, 62(6), 553-564. COSTA, Flávia. Haloperidol (Haldol): para que serve, como usar e efeitos colaterais: Para que serve Como usar Efeitos colaterais Contra-indicações. [S. l.], Janeiro 2023. Disponível em: https://www.tuasaude.com/haloperidol-haldol/. Acesso em: 23 maio 2024. image1.png image2.png image3.png image4.jpg image5.jpg image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png