português instrumental 1

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FUNDAMENTOS DA 
EDUCAÇÃO
Unidade 1
Educação: concepção 
e políticas públicas
CEO 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ALESSANDRA FERREIRA
Gerente Editorial 
LAURA KRISTINA FRANCO DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
IRIA HELENA DUARTE
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Iria Helena Duarte
Olá. Meu nome é Iria Helena Duarte. Sou formada 
em Pedagogia, Especialista em Metodologia do Ensino da 
Língua Portuguesa e Estrangeira com uma experiência técnico-
profissional na área de ensino híbrido há mais de 10 anos. 
Concluinte em Psicopedagogia e especialização em Língua 
Espanhola. Iniciei minha carreira como docente em diversas 
escolas do Estado de São Paulo, Estado do Paraná e de Santa 
Catarina na área da Educação Infantil e Ensino Fundamental I. 
Em 2008, fui convidada por uma empresa em expansão em EAD 
a participar do departamento Pedagógico como Coordenadora 
Pedagógica em EAD e depois como professora conteudista na 
área da Pedagogia e ensino de Línguas. Também trabalhei para 
algumas faculdades, para a elaboração de trabalhos e materiais 
didáticos e preparatórios como ENADE. Atualmente sou sócia de 
uma escola EAD de ensino de cursos técnicos, profissionalizantes 
e idiomas e também atuo como mediadora do curso de Pedagogia 
e tutora virtual da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. 
Amo a minha profissão e sou apaixonada pelo meu trabalho. Estou 
sempre em busca de novos conhecimentos porque acredito no 
poder da educação e da reciclagem. Adoro poder transmitir minha 
experiência para todos que estão iniciando em suas profissões. Por 
isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco 
de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte sempre comigo!
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OBJETIVO
 
 
 
DEFINIÇÃO
 
 
NOTA
 
 
 
 IMPORTANTE
 
 
 
EXPLICANDO 
MELHOR
 
 
VOCÊ SABIA?
 
 
 
 
SAIBA MAIS
 
 
 
 ACESSE
 
 
 
 
REFLITA
 
 
 
 
 RESUMINDO
 
 
 
ATIVIDADES
 
 
 
TESTANDO
 
 
 
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Concepção de Educação ............................................................ 9
A importância histórica no processo educativo ........................................... 10
As ciências da educação ....................................................................13
A concepção de pedagogia ...............................................................14
A natureza e a especificidade da educação: educação e 
educações ................................................................................. 18
Educação e educações .....................................................................................18
Perspectivas atuais da educação ........................................... 22
A educação nos dias de hoje ...........................................................................22
O passado que nos guia ...................................................................................24
Educação Tradicionalista e Nova ....................................................................25
A Educação Popular ..........................................................................................27
A tecnologia e a sociedade na informação e educação ............................. 30
A sociedade e as novas tecnologias ...............................................................31
A educação no contexto das políticas públicas .................... 37
As políticas públicas ..........................................................................................37
A influência do Neoliberalismo .......................................................................39
Aspectos Legais no âmbito educacional brasileiro ..................................... 41
A Constituição Federal de 1988 ......................................................................41
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDB) ........... 43
Plano Nacional da Educação (PNE) .................................................................44
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PR
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Iniciaremos nossa jornada quanto à definição da palavra 
educação. O que é educação para você? Qual o significado real 
que ela tem para a sua vida? Faremos muitos questionamentos 
ao longo de todo esse trabalho e esperamos que no final, você 
tenha uma visão muito mais ampla sobre a educação e tenha 
a compreensão de todas as etapas que foram percorridas até 
chegar nos dias de hoje.
Conhecer os fundamentos da educação é conhecer a origem 
de tudo, as bases e pensarmos qual foi o ponto de partida e para 
onde vamos. Entendemos que essa disciplina é a sustentação de todo 
um processo educativo para conseguirmos compreender também as 
ideias dos principais pensadores de diversas épocas e culturas.
Precisamos entender a história e alguns pensamentos 
filosóficos para que possamos chegar até os dias de hoje. O 
conceito de educação nos dias de hoje é muito diferente em 
outros tempos; felizmente, a educação passou a ser vista como 
prioridade e essencial para todos os indivíduos. O conceito de 
escolarizar, de formar e até mesmo educar não era discutido no 
passado, o que se entendia era que as pessoas eram expostas a 
diversos tipos de informação sem que um contexto fizesse parte 
da realidade de cada um.
Qual o cenário da nossa educação nos dias de hoje? Como 
podemos ter uma visão crítica em relação à educação e ao educador? 
Temos que compreender todas as ciências humanas que envolvem 
a educação para que possamos de fato, compreender a forma 
como atualmente se pensa sobre educação no Brasil e no mundo. 
Ao longo desta unidade letiva, você vai mergulhar neste universo!
Sejam muito bem-vindos!
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Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 1, e o nosso 
objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes 
competências profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Explicar os parâmetros e a definição sobre o que é 
educação em todo o seu contexto.
2. Identificar as diferentes naturezas da educação.
3. Diferenciar as perspectivas no cenário educativo atual 
e o impacto no ambiente escolar.
4. Reconhecer a importância sobre as Políticas Públicas e 
sua influência no âmbito educacional.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Concepção de Educação
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como funciona a concepção de educação 
em sua multiplicidade de formas e funções. Esse 
conhecimento será fundamental para o exercício de 
sua profissão, pois a educação não é um monólito, 
mas um ecossistema rico de práticas e teorias. As 
pessoas que tentaram navegar o complexo mundo 
da educação, sem a devida instrução, enfrentaram 
problemas ao aplicar conceitos inadequados 
ou ultrapassados, o que pode levar a uma 
prática pedagógica ineficaz e desconectada das 
necessidades atuais dos alunos. E, então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Compreender 
a natureza e a especificidade da educação, assim 
como as perspectivas atuais e o papel das políticas 
públicas, é crucial para se tornar um educador 
eficiente e transformador. Vamos lá. Avante!
A educação passou por muitas transformações ao longo 
dos anos e foi pensada e repensada. Podemos dizer que o seu 
conceito é amplo e baseado em muitas teorias fundamentadas. 
Devemos enxergar esse tema também e como um ato científico e 
não somente um ato de amor e de vocação. Por meio das trocas 
de experiências entre professores e estudantes, é que podemos 
realmente ter em mente o que mais define essa palavra. Educação 
é, portanto, não somente um ato de amor, mas de experiências 
vivas dentro de sala de aula e o que essas experiências podem 
trazer para os nossos alunos.
Muitos movimentos históricosforam responsáveis para 
que essa definição sobre o que é educação, fosse pensada e 
repensada. Outras ciências foram importantes nesse processo 
e tiveram papel fundamental para que possamos chegar a uma 
definição sobre o que é educação nos dias atuais.
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A educação é um campo multifacetado que abrange 
diversos aspectos da vida humana e da sociedade. De acordo 
com Comenius, em sua obra “Didática Magna”, a arte de ensinar é 
universal e deve ser acessível a todos, desempenhando um papel 
crucial no desenvolvimento humano e social. A concepção de 
educação envolve uma compreensão abrangente que vai além do 
ensino formal, englobando processos informais de aprendizado 
que ocorrem ao longo de toda a vida.
Para você, aluno, que está estudando pedagogia, é 
importante que tenha também domínio dessa ciência teórico-
prática, nos ajudando a ter noções sobre o indivíduo em seu 
processo em formação e desenvolvimento, no mundo, na 
cultura que o seu aluno está inserido. Somente na prática é que 
conseguimos ter maior definição sobre o que é educação e para 
que ela serve e a quem. 
A importância histórica no 
processo educativo
Na Grécia Antiga, os paidagogos eram escravos que tinham 
como tarefa única, levar os filhos dos senhores feudais até a escola, 
ou seja, essa vigilância e acompanhamento era denominada de 
paidagogia. Nos dias atuais, o termo pedagogia possui outras 
definições bastante diferenciadas dos paidagogos daquela época.
Podemos dizer que três tradições de estudos educacionais 
foram responsáveis para que chegássemos ao nosso cenário atual:
1. A tradição francesa sob o pensamento sociológico 
de Émile Durkheim (1858-1917). É considerado um 
dos pais da sociologia e fundou a escola francesa. 
Durkheim considerava que poderia haver combinação 
entre a pesquisa empírica e a teoria sociológica. Muito 
conhecido como um dos melhores teóricos sociais.
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2. A tradição alemã sob as fundamentações filosóficas de 
Johann Friedrich Herbart (1776-1841). Foi psicólogo, 
filósofo, pedagogista e fundador da pedagogia como 
uma disciplina acadêmica. 
3. A tradição americana sob a reflexão de John Dewey 
(1859-1952). Foi pedagogista, pedagogo e filósofo.
Émile Durkheim, uma das figuras mais proeminentes na 
fundação da sociologia moderna, fez contribuições fundamentais 
para a compreensão da educação como um fenômeno social. No 
final do século XIX e início do século XX, Durkheim conceituou pela 
primeira vez o termo “pedagogia” de uma forma que o distinguiu 
de noções mais genéricas de educação, e delineou as ciências da 
educação como um campo de estudo próprio.
Para Durkheim, a educação poderia ser entendida como a 
influência que as gerações adultas exercem sobre as que ainda não 
estão maduras para a vida social. Ele a via como uma socialização 
metódica das jovens gerações, enfatizando o papel da escola na 
transmissão de conhecimentos e normas sociais. A pedagogia, 
dentro desse contexto, era vista como a teoria científica da 
educação, que se apoiava nos resultados das ciências da educação 
e orientava a prática educativa.
A educação, em sua visão, não era apenas uma transmissão 
de conhecimento, mas um meio pelo qual as sociedades mantêm 
a sua coerência e perpetuam e renovam sua existência. Assim, ele 
estabeleceu as bases para as ciências da educação como uma área 
de estudo que engloba várias disciplinas — da psicologia à sociologia 
— todas voltadas para a compreensão e a melhoria da educação.
Durkheim foi pioneiro ao reconhecer que a educação 
é tanto um processo individual de desenvolvimento quanto um 
fenômeno coletivo que molda e é moldado pelas estruturas sociais. 
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Ele defendia que a educação deveria ser estudada cientificamente 
para melhorar tanto a instrução quanto a integração social. 
Esse enfoque colocou Durkheim na vanguarda do pensamento 
pedagógico e estabeleceu um precedente para pesquisas futuras 
na área das ciências da educação.
IMPORTANTE
A educação é vista como um direito fundamental e 
um meio de promover a cidadania, a igualdade e o 
desenvolvimento pessoal e social.
O termo “educação” é, de fato, um conceito multifacetado 
que transcende uma definição simples ou estreita. Tradicionalmente 
associado ao processo de ensino e aprendizagem em ambientes 
formais, como escolas e universidades, o escopo da educação se 
estende para incluir todo um espectro de experiências e processos 
que contribuem para a formação do indivíduo e da sociedade 
como um todo.
Imagem 1.1 - Processo educativo
Fonte: Freepik .
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As ciências da educação
As ciências da educação são compostas inicialmente 
pela psicologia e pela sociologia. Na fundamentação filosófica 
de Durkheim, a sociologia vem ao encontro de substituição da 
filosofia com a ideia de propor alguns fins para a educação. Já a 
psicologia surge para favorecer os meios e os instrumentos mais 
adequados na prática da didática.
Para Herbart, ciência e pedagogia estão intrinsicamente 
ligadas e esse pressuposto está enraizado em nosso sistema até 
hoje, ou seja, educação e pedagogia não podem estar separadas, 
pois, fazem parte de um mesmo caminho. É o que podemos 
observar nas reflexões de (HEIN,2014, p. 5):
O estudo das ideias pedagógicas não é 
apenas uma iniciação da filosofia antiga ou 
contemporânea, menos ainda ao resumo do 
que foi dito pelos filósofos sobre a educação. 
Mais importante do que dar a possibilidade de 
ter conhecimento teórico sobre a educação, 
esse estudo forma nos educadores uma 
postura que deve passar por toda a prática 
pedagógica. Essa postura deve induzir o 
educador a refletir radicalmente diante dos 
problemas educacionais, levando-os a tratar 
desses problemas de maneira séria e atenta.
Para nós, educadores, ter o conhecimento também da 
filosofia, sociologia e história nos auxilia na prática educativa 
tornando as ideias mais concisas entre o cenário atual. São 
elementos básicos e que podem nos oferecer recursos também na 
prática em sala de aula. Teoria e prática devem sempre estar em 
acordo, uma faz parte da outra. Não devemos nos ater somente 
à prática sem que tenhamos uma fundamentação teórica e por 
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outro lado, não existe teoria sem que exista também a sua prática. 
Uma complementa a outra. Prática e teoria devem estar sempre 
juntas em uma mesma sincronia. 
É o que afirma (HEIN, 2014, p. 6):
Para isso, é preciso fazer um exercício 
básico: ter acesso às fontes do 
pensamento pedagógico. Quando 
recorremos às fontes básicas do 
pensamento pedagógico, não estamos 
realizando um ato abstrato ou abstraído 
da realidade.
Estudar a teoria educacional é aceitar um 
convite para a ação individual e coletiva. 
Por isso mesmo, nenhuma questão pode 
ser banalizada. Pelo contrário, todos 
os aspectos da realidade precisam ser 
constantemente elaborados, trabalhados 
e submetidos à reflexão. Além da leitura 
sempre importante, o questionamento, 
a pergunta, o diálogo, o debate e a 
discussão organizada são as bases para 
o hábito de pensar.
A concepção de pedagogia
O termo pedagogia está intrinsicamente ligado à educação 
e didática, tanto historicamente quanto funcionalmente. Em 
seu sentido mais amplo, a pedagogia engloba muitos termos 
e não podemos nos ater simplesmente em um único conceito. 
Antigamente sua definição estava mais próxima da escolha 
dos estudos e da maneira de pensar. Para Alain Prost (1982), 
fundamenta uma definição mais ampla, porém coloca a relação 
dos alunos em relação ao saber.
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Com uma visão mais construtivista, Libâneo (2004) remete 
a ideia que a pedagogia não está somente ligada ao professor, ao 
aluno ou ao saber, mas a junção desses três elementos. O objeto 
de estudos principal é a relação entre aluno e professor por meio 
de suas experiências e seus conhecimentos compartilhados.Para John Dewey (1899) a pedagogia é uma “reconstrução 
contínua” que engloba a experiência passiva das crianças e que 
também está em constante questionamentos e concepções. 
Podemos então afirmar que a pedagogia está relacionada às 
experiências no âmbito educacional. Ela pode englobar tanto o 
plano de ação, quanto a realização de projetos e outras facetas e 
características ligadas à educação.
IMPORTANTE
O conceito de educação não é estático; ele se 
molda de acordo com o tempo, as culturas e as 
necessidades das sociedades.
Segundo (HEIN, 2004, p.8-9), esses conhecimentos podem 
ser destacados:
A ciência pedagógica abarca diferentes 
conhecimentos: condutas pedagógicas, 
conhecimento das disciplinas (programas 
e competências), conhecimento de 
metodologia (organização do trabalho 
docente), conhecimento científico (ciências 
da educação, do conhecimento, sociais 
etc.), conhecimento pedagógico e de ação 
para vinculação do conhecimento do aluno 
às condições do exercício de educar. 
Podemos concluir, então, que o termo pedagogia são 
subdivisões de outros termos intrínsecos no que se diz respeito à 
ciência pedagógica. Esses conhecimentos não estão somente em 
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sala de aula, mas no dia a dia, no relato das experiências vividas, 
na cultura de cada um, ou seja, no seu individualismo e, também, 
naquilo que nos une como seres humanos.
Um ponto muito importante a ser definido, nessa concepção, 
é a individualidade histórica. Não podemos aprender as definições 
sem que possamos também compreender nossa história, os 
acontecimentos e todos os fatores que desencadearam para que 
chegássemos nos atuais. É possível fazer uma análise e reflexão sob 
os aspectos históricos sem fazer nenhum questionamento e, sim, 
para que esse conhecimento nos seja benéfico para a construção 
do conhecimento e a prática em sala de aula. 
REFLITA
Baseado em todas as teorias que estudo até 
agora o que significa pedagogia para você e, como 
professor, quais os critérios que você utilizaria 
para que sua sala de aula fosse a mais harmoniosa 
possível? Escreva sua resposta em seu caderno e 
compartilhe suas ideias com seus colegas!
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RESUMINDO
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que a educação é uma 
tapeçaria rica e complexa, tecida com fios de 
diferentes teorias e práticas. Desde a concepção 
de educação, que se expande muito além das 
paredes da sala de aula e se infiltra em todos os 
cantos da experiência humana, até a natureza 
multifacetada da educação, que nos ensina que 
não há um único caminho para o desenvolvimento 
e a aprendizagem.
Portanto, ao fechar este capítulo, você deve ter 
uma compreensão ampliada de que a educação é 
um direito intrínseco que molda não só indivíduos, 
mas a sociedade em sua totalidade. Ela é dinâmica, 
evolutiva e eternamente adaptável, refletindo e 
modelando a cultura e os valores da época. Com 
essa base, você está agora mais bem equipado 
para avançar na sua jornada educacional ou 
profissional, levando consigo a consciência de que 
a educação é o alicerce sobre o qual se constrói 
uma sociedade consciente, crítica e progressiva.
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A natureza e a especificidade 
da educação: educação e 
educações
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz 
de entender como funciona a dinâmica entre 
as diferentes modalidades de educação e a 
singularidade de cada abordagem dentro do amplo 
espectro educacional. Isso será fundamental para 
o exercício de sua profissão, seja como educador, 
formulador de políticas ou participante ativo 
na área educacional. As pessoas que tentaram 
implementar estratégias educacionais sem a devida 
instrução tiveram problemas ao não reconhecer 
as nuances específicas que cada tipo de educação 
demanda e ao aplicar métodos inadequados 
para contextos distintos. E, então? Motivado para 
desenvolver esta competência e enriquecer sua 
prática ou compreensão educacional? Vamos lá. 
Avante na exploração da complexidade e beleza 
que envolvem a educação e suas múltiplas faces.
Educação e educações
Existem muitos fatores que diferenciam o homem dos 
animais e um deles é a educação que é um fenômeno próprio da 
raça humana, pois o homem necessita produzir sua existência todos 
os dias, ao contrário dos animais que se adaptam facilmente em 
seu ambiente e tem a sua existência garantida. O homem precisa 
utilizar de diversos recursos para que sua existência esteja intacta.
Nesse pressuposto, a educação se faz necessária ao 
homem como afirmação do processo de trabalho, sendo que ela 
mesma é um processo de trabalho. Além disso existe a subsistência 
material, pois os seres humanos precisam dos bens materiais. 
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Obviamente a educação não se enquadra em bens materiais, mas 
favorece para que o homem os consiga por meio da educação. 
Quando falamos a palavra “educação”, não estamos 
querendo dizer somente o ato de educar, passar conhecimentos, 
instruir, e sim uma visão muito mais ampla. Como já vimos, a 
educação possui multifacetas que não podem ser desconsideradas. 
Lembre-se de que para sobreviver, o homem irá utilizar diversos 
recursos e muito deles, complexos, como a educação.
Segundo Saviani (2008), a educação tem a ver com “ideias, 
conhecimentos, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes, 
habilidades” e que são elementos exteriores ao homem, ou seja, 
ele aprende esses elementos por meio da educação, por essa razão 
é que podemos dizer que não se trata somente de um fenômeno 
próprio do homem, mas também único, capaz de transformar 
valores e ideias. O objeto da educação, então, é a assimilação da 
cultura do indivíduo e sua formação sobre ela na descoberta de 
adquirir tais objetivos.
Imagem 1.2 - Educação
Fonte: Freepik .
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É o que sugere em suas reflexões de (SAVIANI, 1984, p.2, 6):
Consequentemente, o trabalho educativo é 
o ato de produzir, direta e intencionalmente, 
em cada indivíduo singular, a humanidade 
que é produzida histórica e coletivamente 
pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto 
da educação diz respeito, de um lado 
à identificação dos elementos culturais 
que precisam ser assimilados pelos 
indivíduos da espécie humana para que 
eles se formem humanos e, de outro lado e 
concomitantemente, à descoberta das formas 
mais adequadas para atingir esse objetivo.
A compreensão da natureza da educação 
enquanto um trabalho não-material cujo 
produto não se separa do ato de produção 
nos permite situar a especificidade da 
educação como referida aos conhecimentos, 
ideias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, 
símbolos sob o aspecto de elementos 
necessários à formação da humanidade em 
cada indivíduo singular, na forma de uma 
segunda natureza, que se produz, deliberada 
e intencionalmente, através de relações 
pedagógicas historicamente determinadas 
que se travam entre os homens.
A partir dessa teoria é que abriram novas perspectivas e 
conceitos dos diferentes tipos de educação e suas especificidades 
através das ciências:
 • Ciências da educação (voltada a diversidade e estudos 
pedagógicos).
 • Ciências da natureza (preocupada com os fenômenos 
naturais).
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 • Ciências humanas (voltada aos fenômenos culturais).
Podemos compreender, então, que não existe um único 
tipo de educação, e sim diversas “educações”, seja em seu sentido 
amplo ou restrito.
RESUMINDO
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza 
de que você realmente entendeu o tema de 
estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que 
vimos. Você deve ter aprendido que a educação 
é um conceito dinâmico e multifacetado que se 
estende além do tradicionalprocesso de ensino 
formal, alcançando um espectro de práticas que 
são essenciais para a construção da experiência 
humana e o desenvolvimento social.
Em resumo, você deve ter compreendido que a 
educação é um fenômeno complexo que não pode 
ser reduzido a uma única definição ou prática. É 
uma interação contínua entre ensinar e aprender, 
entre indivíduo e sociedade, e entre conhecimento 
tradicional e inovação. Com essa compreensão, 
você está agora equipado para abordar a educação 
de uma maneira mais consciente e crítica, pronta 
para contribuir para o desenvolvimento e a 
melhoria contínua do campo educacional. Vamos 
continuar nossa jornada!
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Perspectivas atuais da 
educação
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como funcionam as perspectivas atuais 
da educação e a influência que exercem sobre os 
métodos de ensino, a integração da tecnologia e as 
políticas educacionais. Isso será fundamental para 
o exercício de sua profissão, pois a capacidade 
de se adaptar e responder às tendências 
contemporâneas é crucial para qualquer educador, 
administrador ou formulador de políticas no campo 
da educação. As pessoas que tentaram aplicar 
práticas educativas sem a devida instrução sobre 
as tendências atuais tiveram problemas ao não 
conseguir engajar os alunos efetivamente ou ao 
falhar em prepará-los para os desafios do mundo 
moderno. E, então? Motivado para desenvolver 
esta competência e tornar-se um profissional 
mais informado e preparado para o futuro da 
educação? Vamos lá. Avante na descoberta das 
novas fronteiras do ensino e aprendizagem!
A educação nos dias de hoje
Há uma grande preocupação quando se trata do termo 
de educação em nosso país. O tema é extenso, complexo e 
multifacetado. Porém, quando falamos em educação, nos 
referimos em um processo completo, como um todo.
Quando você pensa em educação, o que vem em mente? 
Você acredita, como futuro professor, que a educação pode 
ser melhorada em nosso país? E como podemos modificar as 
perspectivas educacionais nos dias de hoje? Há, de fato, muitas 
indagações que ainda pairam sem nenhuma resposta por sua 
complexidade.
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As duas últimas décadas do século XX foram marcadas 
por muitas mudanças tanto na esfera socioeconômica e política 
quanto na cultura, tecnologia e ciência. A Globalização nos trouxe 
uma comunicação comum a todas as pessoas de uma maneira 
muita rápida, quase que instantânea. Muitos movimentos sociais 
ocasionaram modificações no cenário mundial. Quem não lembra 
da queda do muro de Berlim?
Hoje em dia as pessoas estão tão ligadas à tecnologia 
que muitas já não conseguem simplesmente fazer uma simples 
ação sem usá-la. O celular e as redes sociais passaram a ser 
parte integrante na vida cotidiana das pessoas e quando elas não 
podem utilizar esses recursos tecnológicos, é como se fossem 
desmembradas, nos tornamos dependentes dessa tecnologia.
E o que essa tecnologia pode influenciar no sistema 
educacional? Como podemos falar do futuro da educação sem 
mencionar todos os problemas que também hoje enfrentamos 
todos os dias? Nossa intenção é que possamos apoiar nas práticas 
de pesquisadores e filósofos para que eles possam nos dar algum 
direcionamento para nosso futuro. Futuro esse que já é amanhã e 
em meio de tantos questionamentos, como serão as perspectivas 
da educação visando o que temos em vista hoje?
Há uma grande preocupação de educadores diante a essa 
demanda avassaladora das tecnologias, pois não podemos viver 
sem ela e, ao mesmo tempo, não podemos permitir que ela interfira 
tão exclusivamente em nosso cotidiano. E por consequência disso, 
criam-se algumas estratégias educacionais, a fim de diminuir a 
sensação de medo diante do futuro.
As perspectivas atuais da educação refletem uma série de 
tendências e desafios que impactam a forma como a educação é 
concebida e praticada. Essas perspectivas são influenciadas por 
fatores sociais, econômicos, tecnológicos e culturais, e requerem 
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uma abordagem crítica e reflexiva para compreender e responder 
adequadamente às necessidades da sociedade.
O passado que nos guia
Para compreender todas as questões do nosso presente, 
primeiro devemos conhecer o nosso passado, pois é, a partir 
dele, que conseguimos enxergar algumas vertentes e tentar 
achar algumas respostas para o futuro. Quais seriam os valores e 
práticas educacionais que nos marcaram que ainda possuem forte 
influência no presente? Sabemos que muitas perspectivas teóricas 
simplesmente desapareceram, porém outras ainda fazem parte 
do nosso dia a dia.
A história da educação é rica e complexa, repleta de 
transformações e evoluções que moldaram as práticas e valores 
educacionais atuais. Para entender o cenário educacional 
contemporâneo, é essencial lançar um olhar crítico e reflexivo 
sobre o passado, identificando os elementos que ainda persistem 
e aqueles que foram deixados para trás.
O Brasil, com sua história colonial e suas raízes profundas 
em uma sociedade estratificada, herdou práticas educacionais que 
refletiam as desigualdades sociais da época. A educação era privilégio 
de poucos, geralmente os filhos da elite, enquanto a grande maioria 
da população era mantida à margem do processo educacional.
REFLITA
Pensando no processo educativo de vinte 
anos atrás, como você compara hoje o sistema 
educacional do atual? No seu modo de ver, qual o 
que seria mais coerente e por quê?
Conhecer a história da educação é também uma forma de 
valorizar a memória e o legado daqueles que lutaram por uma 
educação mais justa e inclusiva. É uma forma de reconhecer os 
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avanços conquistados e identificar os desafios que ainda precisam 
ser superados.
O passado educacional do Brasil é uma fonte rica de 
aprendizado e reflexão. Ao compreendê-lo, ganhamos perspectivas 
valiosas que nos ajudam a navegar pelos desafios do presente e 
a moldar um futuro mais promissor para a educação no país. 
Reconhecendo as influências do passado, podemos trabalhar 
para construir uma educação que seja verdadeiramente inclusiva, 
equitativa e capaz de atender às necessidades de todos os cidadãos.
Ao revisitar o passado educacional brasileiro, percebemos 
não apenas os erros e as iniquidades, mas também os avanços e os 
marcos significativos que formaram a base da educação moderna.
Por exemplo, a educação no Brasil foi marcada por longos 
períodos de exclusão e acessibilidade limitada. Havia claras 
disparidades entre classes sociais, gêneros e grupos étnicos. A luta 
pelo direito à educação foi um processo árduo que exigiu o esforço 
conjunto de muitos. Entender essas lutas e conquistas nos permite 
valorizar os avanços e reconhecer a importância de continuar 
trabalhando por uma educação mais inclusiva e equitativa.
REFLITA
O passado tem lições valiosas a nos ensinar. Em 
vez de esquecê-lo, por que não o usar como uma 
ferramenta para moldar um futuro mais brilhante?
Educação Tradicionalista e Nova
A educação, como fenômeno social complexo, é influenciada 
tanto por tradições arraigadas quanto por movimentos inovadores. 
A educação tradicionalista e a nova, embora aparentemente 
opostas, coexistem no cenário educacional brasileiro, criando um 
tecido diversificado de práticas pedagógicas.
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A educação tradicional se deu, primeiramente na sociedade 
de classes escravista e para uma minoria. Teve o seu declínio no 
movimento renascentista, porém muitas de suas características, 
ainda estão enraizadas nas salas de aula brasileira. Muitas 
instituições ainda adotam o regime tradicional e podemos dizer 
que muitos professores também utilizam de recursos e métodos 
tradicionais dentro de sala de aula.
A educação nova, teve seu início nas ideias de Rousseau 
por meio de sua obra e nos trouxe muitas conquistas, 
principalmente no campo da ciênciae metodologias do ensino. 
Tanta educação tradicionalista como nova estão enraizadas em 
nosso sistema e essa consolidação nos dá o claro entendimento 
que elas permanecerão também no futuro. Ambas possuem uma 
característica em comum, pois entendem que a educação é um 
processo de conhecimento individual.
IMPORTANTE
O reconhecimento das raízes históricas da educação 
tradicionalista é crucial para compreender suas 
persistências e para trabalhar no sentido de uma 
educação mais democrática e inclusiva.
Outro fator que foi muito importante, foi a ideia da 
educação permanente, ou também conhecida como educação 
internacionalizada. No início da metade deste século, alguns 
pesquisadores idealizaram um tipo de comunicação, e que foi 
diretamente confiada à UNESCO, pois esse novo sistema já havia 
sido conferido em países desenvolvidos nos quais a erradicação 
do analfabetismo foi total. Essa educação, deu-se primeiramente 
em Bruxelas no ano de 1899 pelo educador Adolphe Ferriére. 
Podemos dizer que ainda nos dias de hoje existe muita influência 
dessa educação nas salas de aula brasileira.
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Enquanto algumas práticas e valores do passado foram 
superados, outros persistem, resistindo às mudanças e inovações. 
O ensino tradicional, por exemplo, ainda encontra espaço em 
muitas escolas, mesmo diante das evidências de que métodos 
mais ativos e participativos tendem a ser mais eficazes.
REFLITA
Como podemos equilibrar a preservação das 
tradições educacionais positivas com a necessidade 
de inovação e modernização?
Ao refletirmos sobre essas diferentes abordagens 
educacionais, torna-se evidente que cada uma delas contribuiu 
de maneira única para a formação do cenário educacional atual. 
A educação tradicionalista, apesar de suas limitações, ofereceu 
estrutura e sistematização. A Educação Nova injetou vitalidade 
e participação, enquanto a educação permanente trouxe uma 
perspectiva de aprendizagem ao longo da vida.
A resposta a essa pergunta envolve um compromisso 
constante com a reflexão, a avaliação e a inovação pedagógica. É 
essencial que os educadores e os tomadores de decisão estejam 
abertos a aprender com o passado, a reconhecer as conquistas do 
presente e a explorar as possibilidades do futuro, sempre com o 
objetivo de promover uma educação que seja inclusiva, equitativa 
e capaz de responder aos desafios de nossa sociedade.
A Educação Popular
A ideologia de educação popular, se deu nos anos 60 por 
Paulo Freire. Houve uma reflexão profunda na qual a organização 
deveria fazer parte do processo educativo, ou seja, a transformação 
também estava no modo de organizar-se.
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Paulo Freire representa uma ruptura significativa com os 
modelos educacionais tradicionais, priorizando a participação 
ativa dos alunos e a construção coletiva do conhecimento. 
Essa abordagem busca não apenas transmitir informações, 
mas também empoderar os indivíduos, proporcionando-lhes 
ferramentas para transformar sua realidade social.
Para (HEIN,2014, p.57), podemos discorrer que: 
Estamos traçando um caminho para mudança 
da própria função social da escola. Entre os 
educadores, chamamos essa nova educação 
de educação popular. Não que ela seja 
destinada somente às camadas populares, 
mas pelo seu caráter popular, socialista e 
democrático.
A educação popular no seu método teórico recapitulado, 
tem oferecido grandes possibilidades e diretórios, desde o 
pensamento da reforma dos sistemas da escolarização pública 
até a novas reestruturações no modelo de práticas pedagógicas 
que foi, sem dúvida, uma grande contribuição da América 
Latina durante muitos anos. A percepção da aprendizagem e 
do conhecimento do sujeito e de ensinar a partir de palavras e 
temas que geram algum desenvolvimento, propiciaram uma nova 
transformação social e política da educação, fazendo crítica direta 
à pedagogia universal.
Para (HEIN,2014, p.66), as definições de educação popular 
vão muito mais além: 
Estamos falando, então, de uma nova fase 
da educação. Nessa fase a democracia não 
pode ser apenas uma recomendação, como 
os teóricos da educação dos anos 1970 
diziam. A educação, para ser instrumento 
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de paz, precisa ser um resultado da luta, 
do movimento popular. Atualmente, muitas 
organizações de educadores pelo mundo estão 
se desenvolvendo. A intenção é fortalecer 
suas entidades para contribuir com uma nova 
concepção da educação. Essa concepção não 
será mais fruto da elaboração teórica de algum 
pensador, filósofo ou expert da educação. 
As alternativas educacionais populares são, 
necessariamente, o resultado de uma luta 
pela organização do poder popular. Mas 
não podemos considerar que essa luta 
dispensa criação e a reinvenção (pedagogia 
da imaginação) de novos meios educacionais. 
Além disso é preciso incorporar as conquistas 
da ciência, da técnica e da tecnologia.
Para a educação popular, a democracia não é apenas 
um ideal a ser alcançado; é uma prática viva e essencial para 
o processo educativo. Isso significa que os estudantes são 
encorajados a participar, questionar e contribuir ativamente para 
o seu aprendizado, bem como para a transformação da sociedade.
A abordagem da educação popular valoriza o conhecimento 
prévio dos estudantes, buscando criar um currículo que seja 
relevante e significativo para suas vidas. Isso implica uma educação 
que parte das experiências vividas pelos estudantes, utilizando 
temas e questões que são pertinentes ao seu contexto social.
A educação popular não se contenta apenas com a 
transmissão de informações; ela busca promover uma reflexão crítica 
sobre a sociedade e empoderar os indivíduos para agirem como 
agentes de mudança. Isso implica um compromisso constante com a 
justiça social e a igualdade, buscando criar condições para que todos 
possam participar plenamente da vida social, econômica e política.
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Ela nos desafia a repensar nossas práticas pedagógicas, 
nossos currículos e nossas estruturas educacionais, buscando 
criar condições para que todos os estudantes possam aprender, 
participar e transformar o mundo ao seu redor. Ao fazê-lo, ela 
nos lembra de que a educação é, acima de tudo, um ato de amor, 
liberdade e compromisso com a transformação social.
A tecnologia e a sociedade na 
informação e educação
O crescimento das tecnologias foi muito impactante para 
todas a áreas e por consequência disso, muitas habilidades que 
até então não eram praticadas, passaram a ser nesse gigantesco 
avanço. É o mundo conectado com ele mesmo, em uma rapidez de 
informação que chega até mesmo ser absurda. Todas as pessoas 
têm acesso à informação de forma muito rápida e pontual e 
sabemos que essa realidade de hoje não corresponde ao passado.
Outra característica muito importante para esse 
“arrebatamento” tecnológico está no sentido da própria linguagem. 
Há diferentes formas de expressão e de linguagem nos dias atuas. 
Podemos citar a linguagem da televisão, da informatização e da 
internet. Criaram-se novas perspectivas, novos conceitos e valores 
completamente diferentes das décadas passadas.
REFLITA
Como as mudanças sociais e tecnológicas estão 
influenciando as práticas educacionais e o papel 
dos educadores?
Um exemplo disso é o próprio uso do computador. Perceba 
que, para pessoas mais velhas, usar essa ferramenta é uma 
tarefa que para muitas chega a ser uma missão quase impossível, 
enquanto as crianças praticamente nascem já informatizadas. É 
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incrível o domínio que elas possuem de manusear uma ferramenta 
tecnológica; é muito comum crianças muito pequenas brincarem 
com tablets ou até mesmo nos celulares por meio de jogos 
educativos ou software voltados ao desenvolvimento infantil. Tudo 
isso porque elas têm acesso a esse tipo de recurso e a tecnologia 
faz parte do cotidiano. Chamamos de cultura digital o acessona 
idade tenra para uso das tecnologias. 
Outra consequência importante da evolução das novas 
tecnologias é a evolução da aprendizagem à distância, que é a uma 
das maiores novidades deste milênio. O ensino híbrido está cada 
vez mais em alta e a tendência é que cresça. Você mesmo, caro (a) 
aluno (a) está usufruindo deste conceito de uma nova educação, 
a educação EAD. 
Infelizmente ainda falta muito para que os sistemas 
educacionais avancem significativamente no mesmo passo que 
a tecnologia. Ainda há muito o que fazer no que se diz respeito 
sobre a comunicação áudio visual e da informática e acabam 
trabalhando com recursos tradicionais. Vale lembrar de que 
nossos jovens estão em outra linguagem e quando retardamos 
um conhecimento, podemos ter muitos problemas nesse sentido, 
até mesmo a falta de motivação no sistema educacional.
REFLITA
Diante as demandas tecnológicas, você acredita 
que utilizar recursos, como notebook, celular, 
datashow, tablets etc. em sala de aula é algo que 
promova o desenvolvimento do indivíduo? Quais 
recursos tecnológicos você utilizaria e não utilizaria 
com seus alunos?
A sociedade e as novas tecnologias
Vivemos da era do conhecimento, a todo instante há 
novidades tecnológicas e devido à Globalização, o processo das 
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telecomunicações avança a cada segundo. Você pode notar isso 
quando você percebe que o seu aparelho de celular, que não 
tem um ano, já existe um modelo mais recente dele. A tecnologia 
parece estar de mãos dadas com o tempo, isto é, ambos não 
param, é sempre um processo continuo.
A integração entre educação e tecnologia é um dos grandes 
desafios do século XXI, exigindo uma reestruturação completa 
do papel da escola, dos educadores e dos próprios alunos no 
processo educativo. As novas tecnologias trouxeram uma série de 
possibilidades, mas também demandas para que todos estejam 
preparados para lidar com esse novo cenário.
Segundo (GADOTTI,2014, p 7):
As novas tecnologias permitem acessar 
conhecimentos transmitidos não apenas por 
palavras, mas também por imagens, sons, 
fotos, vídeos (hipermídia), etc. Nos últimos 
anos, a informação deixou de ser uma 
área ou especialidade para se transformar 
uma dimensão de tudo, transformando 
profundamente a forma como a sociedade 
se organiza. Pode-se dizer que está em 
andamento uma Revolução da Informação, 
como ocorreram no passado a Revolução 
Agrícola e Revolução Industrial.
As tecnologias nos trouxeram demandas muito curiosas, 
pois o espaço educativo deixou de ser exclusivamente dentro 
do ambiente escolar, o espaço domiciliar também se tornou um 
ambiente de conhecimentos quando tratamos dos alunos de EAD, 
pois o local de estudos é dentro da sua própria casa. Algumas 
Organizações não governamentais, assim como sindicatos, 
associações, igrejas e etc., também aderiram às tecnologias na 
difusão de conhecimentos e da formação continuada.
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A aprendizagem deixou de ser um ato restrito às paredes 
da escola e se expandiu para diversos ambientes, incluindo 
o espaço domiciliar. As novas tecnologias permitem que o 
conhecimento seja acessado e construído em qualquer lugar e a 
qualquer momento, criando a necessidade de uma educação mais 
flexível e adaptada a essa realidade.
Temos o ciberespaço, um local onde está em todos os 
lugares, podemos até dizer que o ciberespaço é um local onde 
está em lugar nenhum, porque não existe um endereço fixo, cada 
local de informação e de conhecimento é o seu ciberespaço.
Nesse pressuposto, podemos afirmar que todo o 
conhecimento adquirido é considerado fundamental, ou seja, para 
que você tenha uma boa qualificação é preciso que você tenha o 
básico desse conhecimento. Podemos citar, por exemplo, o próprio 
uso dos computadores. Se o indivíduo não tiver conhecimentos 
básicos fica muito difícil ele se candidatar em áreas que exigem 
uma certa autonomia a esse recurso.
O grande desafio, então, da escola é se adequar a esse 
conhecimento no sentido de inovação às demandas das novas 
tecnologias e sua reestruturação curricular. Nessa perspectiva, 
o professor passa a ser o mediador desse conhecimento, pois o 
aluno passa a ser sujeito principal da sua formação. 
Podemos exemplificar, você mesmo, aluno EAD. Você 
é o principal sujeito nesse processo educativo e constrói seus 
conhecimentos a partir do que você faz, do que estuda e das suas 
pesquisas. O aluno EAD tem que ser proativo, disciplinado e muito 
curioso, só assim dá-se por completo seu conhecimento.
E quem é o professor nos dias de hoje?
É claro que não podemos pensar em educação sem o 
docente. O professor hoje é aquele que vive no seu tempo, deve estar 
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sempre fazendo suas reciclagens e adquirindo novos conhecimentos, 
pois ainda hoje eles não somente transformam a informação em 
conhecimento, como também formam pessoas. E é exatamente o 
papel de nós, docentes, transformar e formar pessoas.
O papel do professor se transforma diante das novas 
tecnologias. Mais do que um transmissor de informações, ele se 
torna um mediador, um facilitador do processo de aprendizagem, 
ajudando os alunos a navegarem pelo vasto mar de informações 
disponíveis e a construírem seu próprio conhecimento.
O aluno assume um papel mais ativo em sua educação, 
tornando-se o principal agente de sua formação. Isso exige uma 
postura proativa, disciplinada e curiosa, características essenciais 
para quem deseja se destacar em um mundo cada vez mais 
dominado pelas tecnologias.
Os professores precisam estar constantemente se 
atualizando e adquirindo novos conhecimentos para estarem 
aptos a desempenhar seu papel nesse novo cenário educacional. 
A formação continuada se torna uma necessidade imperativa, 
garantindo que eles estejam sempre prontos para responder aos 
desafios impostos pelas novas tecnologias.
REFLITA
Como seria a escola do futuro para você? O que ela 
deveria proporcionar para seus alunos?
A escola do futuro deve ser um espaço de inovação, 
criatividade e flexibilidade, proporcionando, aos alunos, as 
ferramentas necessárias para que eles possam navegar com 
segurança e autonomia pelo mundo digital. Ela deve ser capaz de 
prepará-los não apenas para o mercado de trabalho, mas também 
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para a vida em sociedade, formando cidadãos críticos, conscientes 
e aptos a transformar a realidade à sua volta.
As novas tecnologias impuseram uma série de desafios 
ao mundo educacional, mas também abriram um leque de 
possibilidades para transformar a forma como ensinamos 
e aprendemos. A escola do futuro deve ser um espaço que 
propicie o desenvolvimento integral dos alunos, preparando-os 
para os desafios do século XXI e formando cidadãos capazes de 
transformar a sociedade em que vivem. Como será essa escola 
depende das escolhas que fazemos hoje e da nossa capacidade de 
nos adaptarmos e inovarmos diante dos desafios impostos pelas 
novas tecnologias.
REFLITA
O que você pode fazer, como indivíduo e como parte 
de uma comunidade educacional, para contribuir 
para a construção dessa escola do futuro?
RESUMINDO
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que as perspectivas 
atuais da educação são um mosaico vibrante, 
refletindo uma variedade de influências e desafios. 
Neste capítulo, exploramos como a globalização, 
a tecnologia e as mudanças socioculturais estão 
reformulando o cenário educacional, apresentando 
tanto oportunidades quanto obstáculos.
Discutimos a importância da alfabetização digital na 
era da informação, a questão da inclusão e como a 
educação pode atuar como um equalizador social 
que vê a educação como a prática da liberdade.
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Você deve ter percebido que as perspectivas 
atuaisda educação desafiam educadores e alunos 
a pensarem além dos métodos tradicionais, 
incentivando a adaptabilidade, o pensamento 
crítico e a aprendizagem ao longo da vida como 
competências fundamentais. E, por último, 
destacamos como as políticas públicas devem criar 
condições para que a educação possa cumprir seu 
papel em um mundo em constante transformação.
Com esse conhecimento em mãos, você está 
agora mais preparado para enfrentar os desafios 
da educação contemporânea e para contribuir 
ativamente para a evolução desse campo tão 
essencial para o desenvolvimento humano e social. 
Avante na jornada educacional!
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A educação no contexto das 
políticas públicas
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como funciona a educação no contexto 
das políticas públicas. Isso será fundamental para o 
exercício de sua profissão, seja você um educador, 
um administrador escolar ou um formulador de 
políticas. As pessoas que tentaram implementar 
mudanças ou inovações educacionais sem a 
devida compreensão das políticas públicas tiveram 
problemas ao não conseguir o apoio necessário ou 
ao enfrentarem obstáculos institucionais e legais 
inesperados. E, então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Este capítulo irá equipá-lo com 
o conhecimento crítico para navegar o complexo 
sistema das políticas públicas em educação, 
permitindo que você contribua de maneira efetiva 
para a formulação, implementação e avaliação de 
políticas que afetam a qualidade e a equidade da 
educação. Vamos lá. Avante!
As políticas públicas
O termo se refere ao conjunto de medidas e procedimentos 
que demandam a orientação política da nação e fazem a 
regulamentação das atividades governamentais relacionadas ao 
interesse público, ou seja, todas intenções que são traduzidas em 
ações, são consideradas políticas públicas. 
A educação no contexto das políticas públicas é um tema 
crucial, pois as decisões políticas afetam diretamente a qualidade, 
o acesso e a equidade da educação. É imperativo que haja um 
comprometimento com políticas educacionais inclusivas e justas, 
que promovam oportunidades de aprendizado para todos.
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IMPORTANTE
As políticas públicas desempenham um papel 
fundamental na configuração do sistema 
educacional e na garantia do direito à educação.
A educação, como pilar fundamental das sociedades, está 
intrinsecamente ligada às políticas públicas. É por meio delas que 
se definem diretrizes, metas e recursos para o setor.
Agora, sim, futuro professor, podemos definir políticas 
públicas: “Políticas públicas são aqui entendidas como o “Estado 
em ação”; é o Estado implantando um projeto de governo, por 
meio de programas, de ações voltadas para setores específicos da 
sociedade” (HOLFLING, 2001, p.31).
Essas políticas públicas têm sempre uma intencionalidade 
e elas podem ser modificadas sempre que alguma legislação ou 
algo significativo mude em nosso país, em outras palavras, é um 
terreno muito móvel e está em constante atualização. Qualquer 
mudança que ocorra na esfera governamental, pode influenciar 
diretamente nesse cenário. 
Por sua vez, pleiteiam aplicações de recursos públicos e suas 
funções podem ser distributivas, redistributivas ou regulatórias. Nas 
aplicações distributivas, elas são redirecionadas unicamente para o 
Estado e a sua finalidade é a distribuição de bens e serviços para a 
sociedade em geral. Faz parte das políticas distributivas a construção 
de estradas, hospitais e escolas, transporte público e etc. 
As aplicações redistributivas, a principal característica é 
destinar recursos, bens e serviços para a sociedade e significam 
a repartição de custos e benefícios sociais. Um exemplo disso é 
o próprio Bolsa família ou como o Renda Mínima. E por fim, as 
aplicações regulatórias constituem leis e regras para direcionar 
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determinadas atividades, comportamentos e ações. Podemos citar 
a CLT, LDB, ou seja, diversas legislações de natureza econômica.
Quando falamos de política, nos referimos sempre a um 
sistema que deve estar relacionado ao bem comum e que deve 
atender a todas as demandas sociais. Note que política não é algo 
estático, e que está sempre em constante modificação e é passível 
também de muitas interpretações.
Outro fator bastante significativo é pensar que todas 
políticas públicas tem suas influências, sejam internacionais, 
nacionais ou locais. Estão sempre baseadas nos ideais de 
alguém ou de um grupo. UNICEF e UNESCO são exemplos dessas 
interferências internacionais. 
IMPORTANTE
As políticas públicas têm o poder de influenciar 
direta e indiretamente o desenvolvimento 
educacional de um país.
A influência do Neoliberalismo
REFLITA
Antes de iniciarmos a explicação desse tema, 
pedimos que você faça uma reflexão sobre o texto 
abaixo: Você já estudou que toda política pública 
sofre influências externas. Citaremos aqui o caso 
do Banco Mundial. Trata-se de uma instituição 
financeira internacional que faz empréstimos para 
todos os países em desenvolvimento, ou seja, o 
mesmo processo que acontece com você quando 
precisa de um dinheiro a mais para fazer algum 
projeto, pagar uma dívida, reformar a casa etc.
Todos sabem que a realidade brasileira na área da educação 
tem uma situação muito crítica, e precisamos de toda ajuda para 
essas demandas sociais, que não são poucas. Desde a construção 
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de escolas, materiais escolares de qualidade até aumento de 
vagas em creches requer muito dinheiro. Por sua vez, o Banco 
Mundial oferece empréstimos para que muitos desses problemas 
educacionais sejam sanados, ou melhor, sejam amenizados.
O Banco Mundial é o principal representante das ideias 
neoliberais e sempre traz consigo questões de financiamento. 
Quando ele faz um empréstimo para a educação, ele olha a 
educação nas questões de mercado e não porque ele é “bonzinho” 
e quer simplesmente ajudar.
Baseado nessa explicação, você acredita que possa existir 
outra maneira de nos poupar da dívida externa e ainda encontrar 
subsídios em favor dos problemas da educação?
DEFINIÇÃO
Entende-se por Neoliberalismo como um princípio 
socioeconômico que tem por ideais a não 
participação do Estado na economia e poder ter livre 
domínio sobre o mercado para a melhoria da nação, 
garantindo um grande crescimento econômico e 
social do país. Para os neoliberalistas, o Estado não 
pode ter total supremacia, muito pelo contrário.
Quando se trata de educação o Neoliberalismo defende a 
ideia que a crise educacional é uma expansão desordenada devido 
aos seus sistemas educativos e que essa crise pode gerar influências 
diretas nas práticas pedagógicas e de gestão. Para o ponto de vista 
neoliberal a crise é direcionada por questões administrativas e de 
gestão e não no que se refere à democratização da escola.
O Neoliberalismo insiste no pressuposto de que a escola 
tem muitas defasagens de funcionamento por conta de ausências 
de um verdadeiro mercado educativo e não por outras questões, 
sejam elas internas ou externas. Os grandes vilões da educação 
para os neoliberalistas é o Estado, em primeiro lugar, os sindicatos 
e todas organizações que defendem a educação pública para todos.
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SAIBA MAIS
Dica de leitura: “Liberalismo e educação em 
debate”. LOMBARDI, J. C.; SANFELICE, J. L. Ed. 
Autores Associados, 2007.
Aspectos Legais no âmbito 
educacional brasileiro
“A importância de conhecer a base legal decorre do fato de 
que essa, embora por si não altere a fisionomia do real, indica um 
caminho que a sociedade deseja para si e quer ver materializado” 
(VIEIRA,2005, p.29).
A legislação educacional brasileira é uma ferramenta 
vital para nortear as práticas pedagógicas e políticas públicas 
do país. Conhecer esses aspectos legais é imperativo para todos 
os envolvidos no setor educacional, pois essasleis delineiam os 
direitos, deveres e objetivos da educação no Brasil.
A Constituição Federal de 1988
A Constituição Federal de 1988 (CFRB/88) foi um marco 
de profunda importância para as políticas educacionais em um 
cenário de democratização da educação e redemocratização do 
país. Quando, pela primeira vez, a educação passou a ser um 
direito do cidadão e dever do Estado, representa mecanismos de 
desenvolvimentos, tanto pessoais como em relação da própria 
sociedade. Os objetivos eram que o indivíduo tivesse garantia plena 
em sua própria realização, promover o exercício da cidadania e de 
qualificar o indivíduo para o mercado de trabalho.
Podemos elucidar mais esses princípios com a reflexão de 
(BOBBIO,1992, p.25):
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(...) os direitos fundamentais ou direitos 
humanos são direitos históricos, ou seja, são 
frutos de circunstâncias e conjunturas vividas 
pela humanidade e especificamente por cada 
um dos diversos Estados, sociedades e culturas. 
Portanto, embora se alicercem numa perspectiva 
jusnaturalista¹, os direitos fundamentais não 
prescindem do conhecimento estatal, da 
inserção no direito positivo.
Constituição Federal de 1988
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
¹ A teoria jusnaturalista é fundamentada pelos direitos humanos e que esses são 
fundamentais.
Neste artigo, é notório que a CFRB/88 deixa bem claro 
que tanto Estado e família devem assegurar o direito à educação. 
O Estado deve proporcionar meios para que o indivíduo possa 
adquirir dos seus direitos e a família também tem o seu papel 
muito importante, deve servir como base e guia no processo do 
desenvolvimento educacional.
O artigo 209 explica que a educação deve ser obrigatória 
e gratuita em seus níveis e modalidades de ensino, também para 
pessoas que nunca tiveram acesso à educação, na modalidade de 
Educação de Jovens e Adultos (EJA). No inciso IV do mesmo artigo, 
diz sobre a educação infantil e o dever do Estado em garantir o 
direito as crianças até 5 anos em creches e pré-escola.
Como você pode notar, a CFRB/88 revolucionou conceitos 
que até então, não eram vistos ou praticados. Por ter um 
conteúdo muito vasto, sugerimos que você faça a leitura de toda a 
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Constituição e analise a importância que cada artigo ou inciso tem 
na história da educação brasileira. 
REFLITA
Sabendo que a educação “é um dever do Estado 
e da família”, como você analisa os diversos 
problemas que enfrentamos todos os dias na 
educação?
Por que, mesmo o Estado sendo obrigado a 
promover a educação para crianças de até 5 anos, 
muitas crianças não estão nas creches por falta de 
vaga? O que você faria se tivesse autonomia para 
modificar essas questões?
A Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional de 1996 (LDB)
A CFRB/88 marca um ponto crucial na história educacional 
do Brasil, definindo a educação como um direito de todos e um 
dever do Estado. Seguindo esse princípio, a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/96, estabelece as 
diretrizes para a organização da educação nacional.
IMPORTANTE
A LDB é considerada a lei maior da educação 
brasileira, fornecendo as bases para todas as 
outras normativas e práticas educacionais no país.
Também conhecida como Lei Darci Ribeiro, nº 9.394, de 
20 de novembro de 1996, composta por nove títulos e 91 artigos. 
Houve algumas modificações, entre elas em 20 de maio de 2014, 
com nove títulos e 92 artigos; em 2013 já havia sofrido 32 emendas.
As diretrizes correspondem às modalidades da organização 
da educação aos ordenamentos da oferta, aos sistemas de 
conferência de resultados e procedimentos para articulação de 
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infraestrutura e infraestrutura. Nas diretrizes, encontramos o 
conteúdo de formulação operativa. As Bases correspondem às vigas 
de sustentação em que o sistema educacional é fundamentado.
Nessa nova perspectiva, o Estado redirecionou o seu papel 
e fez alterações significativas na legislação educacional com a ideia 
de adotar novos métodos de gestão pública. A LDB agrega alguns 
valores e deveres que estavam em pauta e promove algumas 
discussões, principalmente na questão sobre o financiamento 
da educação, pois é sabido que nosso sistema de financiamento 
possui muita defasagem entre todas as esferas governamentais, 
sejam federais, estaduais ou municipais.
Para compreender sobre todas as questões da LDB, mais 
uma vez convidamos você para que faça uma leitura completa 
dessa lei, pois nosso objetivo, nesse momento, é que você 
tenha ciência dos principais apontamentos do cenário político 
educacional brasileiro.
Plano Nacional da Educação (PNE)
A educação brasileira passou por diversas transformações 
nas últimas décadas, buscando expandir o acesso e melhorar a 
qualidade. Vieira (2005) destaca a importância de conhecer as 
bases legais, pois elas indicam o caminho desejado pela sociedade. 
Nesse sentido, programas e políticas foram criados, como o Fundo 
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) 
e o Plano Nacional de Educação (PNE), buscando garantir recursos 
e estratégias para alcançar esses objetivos.
REFLITA
Como as leis e políticas educacionais podem ser 
efetivamente implementadas para transformar a 
realidade educacional brasileira?
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O PNE visa assegurar a todos indivíduos que tenham 
condições básicas na qualidade da educação sancionado pela 
presidente Dilma Rousseff em 25 de junho de 2014. Se constitui 
em um conjunto de estratégias e metas que pretende subsidiar às 
necessidades educacionais do país. Existem 20 metas fixadas pelo 
PNE (2011-2020), algumas delas bastante ambiciosas se formos 
fazer uma análise do quadro real educacional brasileiro. 
Apesar dos avanços, ainda existem desafios significativos 
a serem superados, incluindo a desigualdade de acesso, a falta 
de infraestrutura adequada e a valorização dos profissionais da 
educação. É essencial que haja um comprometimento de todos os 
setores da sociedade para que as diretrizes legais se transformem 
em práticas efetivas que promovam uma educação de qualidade 
para todos.
VOCÊ SABIA?
O Brasil tem um dos maiores sistemas educacionais 
do mundo em termos de número de estudantes, 
o que torna a implementação de políticas 
educacionais um desafio ainda maior.
A educação, conforme estabelecido na Constituição e na LDB, 
é um direito de todos e um dever do Estado, da família e da sociedade. 
Isso implica que é responsabilidade compartilhada garantir que cada 
cidadão tenha acesso a uma educação de qualidade.
IMPORTANTE
A visão de educação como um direito e dever 
reforça a ideia de que ela é um pilar fundamental 
para o desenvolvimento do país e para a promoção 
de uma sociedade mais justa e igualitária.
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RESUMINDO
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza 
de que você realmente entendeu o tema de 
estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que 
vimos. Você deve ter aprendido que a educação 
é profundamente influenciada pelo contexto das 
políticas públicas. Ela não ocorre no vácuo, mas 
está entrelaçada com decisões governamentais, 
financiamento, legislação e diretrizes que têm o 
poder de moldar o sistema educacional.
Neste capítulo, descobrimos como as políticas 
públicas podem ser instrumentos de mudança, 
promovendo a equidade e a qualidade na 
educação. As políticas não apenas refletem, mas 
também constituem práticas sociais, incluindo 
as educacionais, e são formuladas em resposta a 
uma variedade de influências sociais, políticas e 
econômicas.
Você também deve ter captado a complexidade das 
políticas educacionais e comoelas requerem um 
compromisso contínuo com a reflexão e adaptação. 
Como vimos, as políticas são implementadas por 
pessoas, e portanto, estão sujeitas a interpretações 
diversas e até mesmo a resistências.
Além disso, examinamos como as políticas públicas 
podem afetar todos os aspectos da educação, 
desde a infraestrutura até os currículos e métodos 
pedagógicos, e como profissionais da educação 
precisam estar atentos a essas mudanças para 
trabalhar dentro do sistema ou para advogar 
por reformas. A relação entre política e prática é 
bidirecional, com as experiências da sala de aula 
informando as políticas, tanto quanto as políticas 
moldam essas experiências.
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Por fim, você aprendeu sobre a importância do 
papel dos educadores como agentes ativos no 
processo político, defendendo as necessidades 
e interesses dos alunos e da comunidade 
educacional. A educação é, inerentemente, 
um ato político e que os educadores têm a 
responsabilidade de se engajar criticamente com 
as políticas que influenciam seu trabalho.
Portanto, agora você está mais bem equipado para 
entender o papel vital que a política desempenha 
na educação e como, por meio de uma abordagem 
informada e engajada, pode-se contribuir 
significativamente para o desenvolvimento de 
políticas públicas que promovam uma educação 
justa, inclusiva e de alta qualidade. Avante 
na jornada de fazer a diferença no campo da 
educação!
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Gestão Escolar. Fortaleza: Edições SEDUC, 2005. 
VIGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins 
Fontes, 2001.
	Concepção de Educação
	A importância histórica no processo educativo
	As ciências da educação
	A concepção de pedagogia
	A natureza e a especificidade da educação: educação e educações
	Educação e educações
	Perspectivas atuais da educação
	A educação nos dias de hoje
	O passado que nos guia
	Educação Tradicionalista e Nova
	A Educação Popular
	A tecnologia e a sociedade na informação e educação
	A sociedade e as novas tecnologias
	A educação no contexto das políticas públicas
	As políticas públicas
	A influência do Neoliberalismo
	Aspectos Legais no âmbito educacional brasileiro
	A Constituição Federal de 1988
	A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDB)
	Plano Nacional da Educação (PNE)