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184 parte III – apLICando pessoas avalIaçãO CrítICa: consequências do modelo contingencial Na verdade, as dimensões essenciais afetam intrin- secamente a qualidade dos cargos, produzem satisfação pessoal e envolvimento humano e geram maior produti- vidade. Como as mudanças desatualizam rapidamente o conteúdo e a estrutura dos cargos e impõem novas pos- turas e habilidades aos seus ocupantes, surge a neces- sidade de redesenhar os cargos e atualizá-los mediante as alterações ocorridas no contexto organizacional e nas características das pessoas. É que também as pessoas sofrem mudanças: elas aprendem novas habilidades, absorvem novos conceitos, desenvolvem atitudes e enriquecem o seu comportamento diante do trabalho que executam. Assim, a principal mudança a ser consi- derada é a modificação do comportamento humano em função da contínua atualização do seu potencial. A abor- dagem contingencial de desenho de cargos antecipa-se à mudança e aproveita os benefícios proporcionando flexibilidade e adaptação criativa a novos problemas e objetivos, quando o ambiente é dinâmico e mutável e as mudanças são constantes e intensas. enriquecimento de cargos O desenho contingencial de cargos é mais dinâmico em relação aos outros e privilegia a mudança em função do desenvolvimento pessoal do ocupante. Em outros termos, permite a adaptação do cargo ao potencial de desenvolvimento pessoal do ocupante. Essa adaptação contínua é feita por meio do enriquecimento de cargos, que significa a reorganização e a ampliação do cargo para proporcionar adequação ao ocupante no sentido de aumentar a satisfação intrínseca, por meio do acrés- cimo de variedade, autonomia, significado das tarefas, identidade com as tarefas e retroação (Figura 8). Segundo a teoria dos dois fatores de Herzberg,12 o en- riquecimento de cargos é a maneira de obter satisfação intrínseca por meio do cargo. É que o cargo é pequeno demais para o espírito de muitas pessoas. Em outras pa- lavras, os cargos não são suficientemente grandes para a maioria das pessoas e precisam ser redimensionados. O enriquecimento do cargo – ou a ampliação do cargo – torna-se a maneira prática e viável para a adequação permanente do cargo ao crescimento profissional do ocupante. Consiste em aumentar de maneira delibe- rada e gradativa os objetivos, as responsabilidades e os desafios das tarefas do cargo para ajustá-los às caracte- rísticas progressivas do ocupante. O enriquecimento do cargo pode ser lateral ou horizontal (carga lateral com a adição de novas responsabilidades do mesmo nível) ou vertical (carga vertical com adição de novas responsabilidades mais elevadas). avalIaçãO CrítICa: enriquecimento vertical e lateral O enriquecimento vertical adiciona tarefas mais complexas ou atribuições administrativas ao cargo, como planejamento, organização e controle, enquanto transfere para outro cargo de nível mais baixo as tarefas mais simples. O enriquecimento lateral adiciona tarefas variadas, com a mesma complexidade das tarefas atuais, ao mesmo tempo que transfere para outros cargos do mesmo nível algumas das tarefas atuais. O enriqueci- mento vertical busca tarefas mais complexas e maiores responsabilidades, enquanto o horizontal busca variar tarefas de igual complexidade e responsabilidade. A adequação do cargo ao ocupante melhora o rela- cionamento entre as pessoas e o seu trabalho, incluindo oportunidades de iniciar mudanças na organização e na cultura organizacional e melhorar a qualidade de vida no trabalho. O que se espera do enriquecimento de cargos é não apenas uma melhora das condições de tra- balho, mas sobretudo o aumento na produtividade e na redução das taxas de rotatividade e absenteísmo. Uma experiência desse tipo introduz um novo conceito de cultura e clima organizacional, tanto na fábrica quanto no escritório: reeducação da gerência e da chefia, descen- tralização da gestão de pessoas, delegação de responsa- bilidades, maiores oportunidades de participação, etc. Enriquecimento vertical Cargo Enriquecimento horizontal Enriquecimento horizontal Cargo fIgura 8 Enriquecimento de cargos vertical e horizontal. CapÍtULo 7 – ModeLageM do traBaLHo 185 O enriquecimento de cargos oferece as seguintes vantagens: •» Maior motivação intrínseca do trabalho. •» Contínuo desenvolvimento das competências do colaborador. •» Crescimento profissional e impulso ao encarreira- mento mais rápido. •» Desempenho de alta qualidade no trabalho. •» Elevada satisfação com o trabalho. •» Redução de faltas (absenteísmo) e de desligamentos (rotatividade). As pessoas que executam trabalhos interessantes e desafiadores estão mais satisfeitas com eles do que as que executam tarefas repetitivas e rotineiras. Os resulta- dos do trabalho aumentam quando estão presentes três estados psicológicos críticos nas pessoas que executam o trabalho, a saber:13 1. Quando a pessoa encara o seu trabalho como signi- ficativo ou de valor. 2. Quando a pessoa se sente responsável pelos resul- tados do trabalho. 3. Quando a pessoa conhece os resultados que obtém fazendo o trabalho. prós e COntras: enriquecimento de cargos Apesar dos aspectos positivos e motivacionais, o enriquecimento de cargos pode trazer consequências indesejáveis e negativas. As pessoas reagem de maneiras diferentes às mudanças que ocorrem no seu contexto. O enriquecimento de cargos pode provocar uma sensação de ansiedade e angústia nas pessoas e até o sentimento de serem exploradas pela organização. Por outro lado, o ambiente de trabalho influencia as expectativas das pessoas. Se a organização é tradicional e conservadora em suas políticas e procedimentos é de se esperar que o espírito de mudança e inovação esteja bloqueado e as pessoas se sintam inseguras com relação a toda novi- dade, porque não estão preparadas para ela. Quem vive sempre em organizações conservadoras e voltadas para o passado dificilmente têm condições de criar e inovar. Ou, como diz o ditado, quem vive eternamente em terreno de ovelha nunca aprenderá a voar como uma águia. E talvez nem saiba que existam águias voando pelo espaço, ou que é possível voar às alturas. Assim, o enriquecimento de cargos pode derrapar em alguns efeitos indesejáveis, principalmente em or- ganizações que privilegiam a conservação do status quo. O dilema do enriquecimento de cargos reside na resis- tência à mudança das tarefas e atribuições aumentadas. A ansiedade experimentada pelo temor de falhar e/ou quanto à possibilidade de não aprender o novo trabalho podem criar obstáculos. Os sindicatos têm explorado essa faceta, acusando empresas de o fazerem exclusivamen- te para proveito próprio, com a exploração das pessoas. Quando feito de maneira exagerada e com excessiva velocidade, pode provocar intensa concentração do in- divíduo no trabalho, reduzindo relações interpessoais por falta de tempo ou condições pessoais (Figura 10). aspectos motivacionais do desenho de cargos As dimensões profundas tendem a criar três estados psicológicos críticos nos ocupantes de cargos:14 1. Percepção do significado do trabalho: é o grau em que o ocupante sente que seu trabalho é importante, valioso e contribui para a organização. Para enriquecer um cargo, deve-se rearranjar seus elementos Atribuir responsabilidades mais elevadas Incluir o trabalho posterior Incluir o trabalho anterior Atribuir a outros ou automatizar tarefas simples Carga horizontal aumenta a variedade do cargo Carga vertical Aumenta a complexidade do cargo fIgura 9 Alternativas para o enriquecimento de cargos. 186 parte III – apLICando pessoas 2. Percepção da responsabilidade pelos resultados do trabalho: é o grau em que o ocupante se sente pessoalmente responsável pelo trabalho e que os resultados do trabalho dependem dele. 3. Conhecimento dos resultados do trabalho: é o grau em que o ocupante toma conhecimento do seu trabalho e autoavalia o seu desempenho. A íntima relaçãoentre as dimensões profundas do cargo e os estados psicológicos críticos produz resulta- dos como: elevada motivação para o trabalho, elevada qualidade no desempenho do trabalho, alta satisfação com o trabalho e baixo absenteísmo e rotatividade. A aplicação prática das cinco dimensões essenciais e dos três estados psicológicos críticos pode ser feita por meio de seis conceitos implementadores15 (Figura 11): 1. Tarefas combinadas: para aumentar a variedade e a identidade com a tarefa, deve-se combinar e juntar várias tarefas em uma só. O desenho clássico se ca- racterizava por dividir e fragmentar o trabalho em tarefas especializadas menores. Agora, a tendência é reunir essas partes divididas em módulos maiores de trabalho integrados. A linha de montagem tradi- cional é substituída por uma célula de produção ou pela montagem do produto por uma só pessoa que passa a ser generalista ou gerente de tarefa. 2. Formação de unidades naturais de trabalho: a unidade natural de trabalho é o conjunto de par- tes funcionalmente especializadas que formam um processo, o qual permite uma noção integral do trabalho. A formação de unidades naturais de trabalho consiste em identificar diferentes tarefas, agrupá-las em módulos significativos e atribuí-las a uma só pessoa. Isso produz significado da tarefa e da identidade com a tarefa, proporcionando no ocupante do cargo um sentimento de propriedade em relação àquilo que faz. 3. Relações diretas com o cliente ou usuário: a ideia é dar a cada cargo um cliente (saída) e um fornece- dor (entrada). O cliente pode ser interno ou externo. As relações diretas consistem em estabelecer rela- ções diretas entre o ocupante do cargo e os vários usuários internos ou clientes externos do serviço, em uma ponta, bem como com os fornecedores, na outra. O primeiro passo é saber quais são os clientes (saídas) e fornecedores (entradas) imediatos e quais são os requisitos ou exigências. Tratar com clientes e usuários aumenta a variedade, pois os assuntos fIgura 10 As abordagens no desenho de cargos.16 Filosofia/abordagem Técnicas vantagens desvantagens Objetivo administração Simplificação do trabalho Cria cargos simples, seguros e confiáveis. Minimiza as demandas mentais do trabalho Monotonia, chateação e alienação Eficiência Relações humanas Trabalho em grupos Reconhece a importância das necessidades sociais dos empregados Proporciona pouca orientação técnica Satisfação Características do trabalho Ampliação do cargo Reduz o tempo de espera entre as tarefas, melhora a flexibilidade da organização, reduz as necessidades de suporte do staff Sacrifica as vantagens da simplificação sem reduzir as desvantagens Eficiência Enriquecimento do cargo Cria cargos que envolvem o empregado, aumenta a motivação, a satisfação e a produtividade Custo. Aumenta o potencial de erros e acidentes. Requer empregados adicionais. O controle permanece com os gerentes Satisfação alto desempenho no trabalho Equipes Oferece maior dose de autocontrole sobre o trabalho. Ideal para novas fábricas, onde é compatível com a tecnologia adotada Requer desenho organizacional compatível e cuidadosa estruturação de equipes. As relações entre equipes devem ser administradas. Tempo devotado a assuntos não produtivos Eficiência CapÍtULo 7 – ModeLageM do traBaLHo 187 são encaminhados diretamente ao ocupante. Isso envolve maior responsabilidade e autonomia, bem como favorece a retroação por meio do cliente ou do usuário. 4. Carga vertical: consiste no enriquecimento vertical com a adição de tarefas mais elevadas ou ativida- des gerenciais. O ocupante recebe mais autoridade, responsabilidade e critério para planejar, organizar e controlar seu próprio trabalho. A autonomia é acrescentada quando o ocupante passa a estabelecer objetivos de desempenho, com a liberdade suficiente para resolver sozinho seus problemas e tomar deci- sões sobre como e quando executar as tarefas. 5. Abertura de canais de retroação: a tarefa pode proporcionar informação direta para o ocupante a respeito de como está realizando seu trabalho, sem que tenha de depender da avaliação do seu desempe- nho por parte do gerente ou terceiros. A abertura de canais de retroação atribui ao ocupante o controle de seu desempenho, criando uma tarefa total e com- pleta e com conhecimento pleno dos resultados. Isso aumenta a realimentação por meio do próprio cargo e faz fluir a retroação diretamente entre os usuários e fornecedores, sem necessidade de incluir gerentes ou pessoal de staff. 6. Criação de grupos autônomos: consiste em trans- ferir trabalhos individuais para grupos interativos ou equipes de trabalho. A dinâmica que ocorre nos grupos proporciona maior satisfação, pois o trabalho se torna uma atividade social e o grupo influencia o comportamento individual criando soluções de trabalho com maior eficácia do que isoladamente. O ideal na criação de grupos autônomos é a atribui- ção de uma tarefa completa e total com autonomia para o grupo decidir sobre a execução. O sistema de recompensas deve ser grupal, isto é, coerente com o desenho grupal. Essa abordagem envolve grupos multifuncionais, equipes autogeridas, células de produção, círculos de controle de qualidade (CCQ), equipes transitórias, forças-tarefas, etc. A interação grupal proporciona recursos sociais capazes de es- timular a motivação, o desempenho no trabalho e a produtividade. vOltandO aO CasO IntrOdutórIO: a tintas abC Mário Esteves achava que a Tintas ABC tinha um desenho de cargos ultrapassado. Como gerente de RH, achava que deveria fazer algumas inovações, mas não tinha intenção de mexer no organograma, pois isso demandaria enfrentar os demais diretores da empresa, conservadores e apáticos. Achava melhor fazer uma revo- lução silenciosa, mas eficaz, por meio de mudanças nos cargos, com a ajuda dos gerentes de linha. Seu trabalho deveria ser o de proporcionar intensa assessoria de staff para que eles pudessem trazer a inovação para a empresa por meio do total redesenho dos cargos. Se as dimensões profundas e os conceitos imple- mentadores forem aplicados, a expectativa é uma melhora considerável nas atitudes dos colaboradores diante do cargo ocupado e diante da empresa, como mostra a Figura 12. variedade Tarefas combinadas Autonomia Formação de unidades naturais de trabalho Identidade com as tarefas Percepção do significado do trabalho Percepção da responsabilidade pelos resultados Conhecimento dos resultados Carga vertical/ enriquecimento vertical Significado das tarefas Relações diretas com o cliente/usuário Retroação Abertura de canais de retroação Criação de grupos autônomos Dimensões profundas Estados psicológicos críticos Conceitos implementadores fIgura 11 Os seis conceitos implementadores.14 188 parte III – apLICando pessoas exerCíCIO: quais são as preferências para o desenho de cargos? 17 Os cargos estão sendo desenhados para proporcionar condições de elevado desempenho e satisfação ao ocu- pante – ou seja, alavancar resultados para a organização, de um lado, e para o ocupante, de outro. Utilizar a coluna direita no quadro a seguir para avaliar as características de trabalho que julgar mais importantes, com notas de 1 (baixo grau de importância) a 10 (alto grau de impor- tância). Importância variedade de tarefas e habilidades Retroação do desempenho Autonomia e liberdade de trabalho Trabalho em equipe Responsabilidade quanto a metas e resultados Relacionamento com pessoas Trabalho integral e não fragmentado Importância do trabalho para os outros Planejamento dos recursos necessários Programação flexível de trabalho Cada grupo designado pelo professor deve fazer as avaliações. Compartilhar as avaliações pessoais com os outros membros do grupo. Discutir como são diferentes as preferências individuais e como as impressões diferem das preferências dos colegas. Verificar quais são os padrões queprevalecem no grupo. Desenvolver o consenso do grupo em uma outra coluna. Designar um porta-voz para apresentar os resultados do grupo para o restante da clas- se, com as razões das escolhas. descRIção e análIse de caRgos Quase toda literatura de RH inclui um capítulo sobre descrição e análise de cargos. Para não fugir à regra, aqui se fará o mesmo. Nem sempre é o gerente de linha ou o especialista de RH quem desenha os cargos. Muitas vezes, outros órgãos são os responsáveis pelo desenho de cargos – como O&M ou engenharia industrial. Assim, muitas vezes, o gerente de linha ou o especialista em RH precisam saber como os cargos foram desenhados e estruturados. Daí a necessidade de descrever e analisar os cargos. A descrição e a análise de cargos têm no seu bojo a noção de que os cargos já existem e que precisam ser desvendados como se fossem caixas negras. Sabe-se hoje que os cargos precisam acompanhar as mudanças que ocorrem no contexto das organizações. avalIaçãO CrítICa: o que está acontecendo com os cargos? Tanto a informatização – caracterizada pela automação dos escritórios – quanto a automação industrial – caracte- rizada pela automação dos processos de produção – para as tarefas simples e repetitivas estão deixando para trás a especialização profissional e buscando a generalidade e a multifuncionalidade das pessoas. As tarefas deixam de ser repetitivas e musculares para se tornar mentais e mutáveis. Os cargos deixam de ser individualizados e confinados para se tornar socialmente interdependentes e com forte vinculação grupal. As relações interpessoais e o espírito de equipe estão sendo privilegiados. Tudo isso está tornando rapidamente obsoletos os tradicionais cargos. fIgura 12 A atitude do colaborador diante do cargo e diante da empresa. Atividades variadas e inovadoras identificação com as tarefas Compreensão do significado Autonomia e independência Retroação dos resultados Percepção da responsabilidade Satisfação com o cargo Trabalho em equipe Boa remuneração Benefícios adequados Qualidade de vida no trabalho Participação nos resultados Clima organizacional positivo Cultura democrática e participativa Reconhecimento e status Ambiente psicológico agradável Receptividade a sugestões e ideias Liberdade e autonomia Comunicação intensa Oportunidades de crescimento Liderança inovadora Orgulho da empresa Qualidade de vida Participação nos resultados Atitude diante do cargo Atitude diante da empresa Atitude do colaborador CapÍtULo 7 – ModeLageM do traBaLHo 189 conceito de descrição de cargos Descrever um cargo significa relacionar o que o ocu- pante faz, como ele faz, sob quais condições ele faz e por que ele faz. A descrição de cargo é um retrato simplifi- cado do conteúdo e das principais responsabilidades do cargo, define o que o ocupante faz, quando faz, como faz, onde faz e por que faz. dICas: definições de descrição de cargos •» descrição de cargos é uma definição escrita do que o ocupante do cargo faz, como e por que faz.18 •» descrição de cargos é um documento escrito que identifica, descreve e define um cargo em termos de deveres, responsabilidades, condições de trabalho e especificações.19 •» descrição de cargos é uma definição escrita do que o ocupante do cargo faz, como e em que condições o cargo é desempenhado. Essa definição é utilizada para definir as especificações do cargo, relacionando os conhecimentos, as habilidades e as capacidades necessárias ao desempenho satisfatório do cargo20. A descrição do cargo relaciona, de maneira breve, as tarefas, os deveres e as responsabilidades. Ela é narrativa e expositiva e se preocupa com os aspectos intrínsecos do cargo, isto é, com seu o conteúdo. Feita a descrição, vem a análise de cargos. Esta aborda os aspectos extrínsecos do cargo, isto é, quais são os requisitos que o ocupante deve possuir para desempenhar o cargo (Figura 14). Periodicidade: »• Diária »• Semanal »• Mensal »• Anual »• Esporádica Local e ambiente de trabalho Objetivos do cargo Metas e resultados a atingir Tarefas e atividades a executar Através de: »• Pessoas »• Máquinas e equipamentos »• Materiais »• Dados e informações Quando faz Onde faz Por que faz O que faz Como faz Conteúdo do cargo fIgura 13 Conteúdo do cargo segundo a descrição de cargos. fIgura 14 Exemplo de descrição de cargo. Título do cargo Enfermeira Resumo do cargo Responsável pelo esquema completo de cuidados ao paciente, desde a admissão até a transferência ou saída do processo de enfermagem, bem como da avaliação, do planejamento e da implementação. A enfermeira tem autoridade e total responsabilidade sobre o processo de enfermagem e para projetar as futuras necessidades do paciente e/ou da família. Dirige e guia os processos, os cuidados ao paciente e as atividades do pessoal de apoio, enquanto mantém o alto padrão de enfermagem profissional. Qualificações Educação: graduação em escola superior de enfermagem Experiência profissional: cuidados críticos exigem um ano de experiência médico-cirúrgica Requisitos de licença ou registro Requisitos físicos: A: capacidade de bend, alcançar ou assistir a transferência de 50 ou mais pounds B: capacidade de transferir e/ou andar 80% de 8 horas shift C: acuidade visual e auditiva para desempenhar funções relacionadas responsabilidades 1. Avaliar dimensões físicas, emocionais e psicossociais dos pacientes. Avaliar o paciente por escrito após sua admissão e comunicá-la aos que dele cuidam, conforme as políticas internas da instituição. 2. Formular um plano escrito de cuidados ao paciente desde a admissão até a alta. Desenvolver objetivos de curto e longo prazos após a admissão. Rever e atualizar o plano. 3. Implementar plano de cuidados. Demonstrar habilidade em desempenhar procedimentos comuns de enfermagem. Completar as atividades de cuidado com o paciente de maneira organizada e cronometrada, estabelecendo prioridades apropriadas.