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Victor Velloso – FASAI 23.1 
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➜ Sistema nervoso autônomo 
⇀ O sistema nervoso autônomo é responsável por 
controlar a musculatura lisa, o músculo cardíaco, 
as glândulas e outros aspectos do corpo. 
⇀ O sistema nervoso autônomo tem origem no 
corno lateral da medula. Os neurônios pré-
sinápticos fazem sinapses com os neurônios pós-
sinápticos nos gânglios autônomos. No caso do 
sistema nervoso simpático, esses gânglios têm 
origem na região toracolombar, no caso do 
parassimpático, tem origem na região 
craniosacral. 
⇀ As fibras pré-ganglionares são fibras B 
mielinizadas, pequenas e de condução 
relativamente lenta. As fibras pós-ganglionares 
são fibras C não mielinizadas, menores e de 
condução mais lenta. 
⇀ Possui 2 subdivisões: Sistema nervoso 
simpático e parassimpático (SNS e SNPS). Na 
maioria dos órgãos, essas divisões do SN atuam 
de maneira antagonista, entretanto vale lembrar 
que alguns órgãos são inervados exclusivamente 
pelo simpático (como a glândula adrenal) ou 
parassimpático e alguma ações, como o coito, 
necessitam de ação sinergista. 
⇀ O sistema nervoso simpático possui efeitos 
sistêmicos de estresse, como aumento do débito 
cardíaco para maior suprimento sanguíneo, 
dilatação das pupilas para melhor visão, 
broncodilatação para permitir melhor hematose, 
vasoconstrição periférica direciona o sangue para 
onde ele precisa – o que causa pele fria – enquanto 
há vasodilatação nos músculos. As funções não 
essenciais como digestão são inibidas. 
⇀ Outras diferenças notáveis entre o SNS e o 
SNPS é que o primeiro tem origem na região 
toracolombar, enquanto o segundo tem origem na 
região craniosacral. Além disso, o 
neurotransmissor de todos os 1º neurônios são 
ACh, no SNS o neurotransmissor dos 2º neurônios 
é a noradrenalina (exceto glândulas sudoríparas e 
vasos) , enquanto no SNPS é a ACh. Ademais os 
gânglios do sistema nervoso simpático se 
localizam próximo ao sistema nervoso central, 
enquanto no SNPS, eles se localizam próximo ao 
órgão efetor. 
 
➜ Sistema nervoso parassimpático 
⇀ Os axônios pré ganglionares do sistema nervoso 
parassimpático tem origem na região 
craniosacral. No crânio irá partir dos nervos 
cranianos III, VII, IX e X. 
• Nervo oculomotor (III): As fibras 
parassimpáticas do nervo oculomotor tem 
origem no seu núcleo de nervo craniano e 
são responsáveis por realizar a constrição 
da pupila. 
• Nervo facial (VII): É responsável por 
estimular a secreção de glândulas 
lacrimais, glândulas secretoras de muco na 
cavidade nasal e glândulas salivares 
• Nervo glossofaríngeo (IX): É responsável 
pela secreção de saliva da parótida. 
• Nervo vago (X): O nervo vago possui ampla 
participação no SNPS, possuindo 90% de 
suas fibras pré-sinápticas. Seus nervos se 
ramificam e formam plexos para inervar os 
órgãos efetores, a exemplo do plexo 
cardíaco, plexo pulmonar, plexo mesentérico 
superior etc. 
 
Victor Velloso – FASAI 23.1 
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⇀ Na região sacral, terá origem nos segmentos 
S2 a S4. Esses nervos suprem órgãos da região 
pélvica, causando a contração do músculo liso da 
parede da bexiga e relaxa o esfíncter da uretra; 
relaxa os músculos uterinos e estimula a defecação 
e a ereção. 
 
➜ Sistema nervoso simpático 
⇀ Seus neurônios pré-sinápticos têm origem na 
região toracolombar, entre as vértebras T1 e L2. 
Algumas estruturas recebem inervação exclusiva 
do SNS, como as glândulas sudoríparas, os folículos 
pilosos e a musculatura lisa das paredes dos vasos 
superficiais, o que provoca sudorese, arrepios e 
aumento da pressão arterial + pele fria. 
⇀ Além disso, possui complexas formações de 
gânglios na região torácica, o tronco simpático e 
na região abdominopélvica, os gânglios pré-
vertebrais/paravertebrais. 
• Os gânglios do tronco simpático têm um 
formato de colar em pérolas e se comunica com 
o ramo anterior dos nervos espinhais, através 
dos ramos comunicantes brancos e cinzentos. 
• Os gânglios pré-vertebrais diferem dos 
gânglios do tronco simpático, pois possuem 
menos organização. 
⇀ As fibras do sistema nervoso simpático podem 
seguir por 3 diferentes vias para chegar ao órgão 
efetor. 
1. O axônio pré-ganglionar pode fazer sinapse 
com um neurônio no mesmo nível. 
 
2. O axônio pré-
ganglionar 
pode subir ou 
descer para 
outros 
gânglios, tendo 
em vista que 
os axônios pré, 
vêm de T1 a 
L2. 
 
 
3. O axônio pode passar direto pelo gânglio do 
tronco sináptico e fazer sinapse em outro 
gânglio próximo ao órgão efetor, como é o 
caso do sistema digestório. 
 
 
⇀ Para inervar a parte externa do corpo, será 
utilizada a via 1 e 2, nas quais o neurônio pré-
ganglionar entra pelo ramo comunicante branco, 
faz sinapse em um gânglio do tronco sináptico e 
a fibra eferente sai pelo ramo comunicante 
cinzento. O ramo comunicante branco recebe 
fibras mielínicas do corno lateral da medula e os 
neurônios pós ganglionares são amielínicos. 
Síndrome de Horner condição que se segue ao dano no 
tronco simpático, na região inferior do pescoço em um 
lado do corpo. Os sintomas, que ocorrem apenas no 
lado afetado, resultam de uma perda de inervação 
simpática para a cabeça e da predominância dos 
efeitos parassimpáticos. Eles incluem a queda da 
pálpebra superior (ptose), constrição da pupila, rubor 
da face e impossibilidade de transpirar. A síndrome 
de Horner pode indicar a presença de doença ou 
infecção no pescoço. 
 
Há 2 grupos de receptores para acetilcolina: os 
nicotínicos e os muscarínicos. Para a 
noradrenalina, temos o α1 e α2 e β1 e β2. Os 
receptores B2 são encontrados principalmente 
nos pulmões, onde promovem broncodilatação. 
Beta bloqueadores 1 (propranolol) e 
bloqueadores de receptores muscarínicos. 
 
 
Victor Velloso – FASAI 23.1 
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➜ Sistema nervoso entérico 
⇀ Pode ser subdividido em plexo submucoso e plexo 
mioentérico. 
 
 
 
 
 
 
⇀ A medula da suprarrenal é um órgão 
importante do sistema nervoso simpático. As 
células da medula da suprarrenal são neurônios 
modificados que produzem principalmente 2 
substâncias: epinefrina e norepinefrina. A 
primeira age principalmente sobre a função de 
bomba do coração e a segunda atua 
principalmente na vasoconstrição periférica. 
⇀ Também há a formação de sistema de reflexo 
no sistema nervoso autônomo. O reflexo de 
defecação, por exemplo, ocorre quando o cólon é 
distendido pelas fezes, e essa distensão faz com 
que os músculos do intestino grosso contraiam. 
 
⇀ Controle pelo tronco encefálico: Muitos centros 
no bulbo controlam funções autonômicas, como o 
ritmo cardíaco, a peristalse e o diâmetro dos 
vasos. 
⇀ Controle pela medula: O controle a nível de 
medula ocorre apenas com os arcos reflexos. 
⇀ Controle pelo hipotálamo: As partes anteriores 
do hipotálamo controlam o SNS e as partes 
laterais e posteriores controlam o SNPS. É por 
meio do SNA que o hipotálamo controla a 
temperatura corporal, o bpm, irpm etc. 
⇀ Controle pelo córtex cerebral: Apesar de haver 
poquíssima influência da parte consciente do 
sistema nervoso, no SNA, ainda é possível 
estimular o SNS ou SNPS através de um filme de 
terror ou meditação. 
Doença de Raynaud: crises intermitentes do 
sistema nervoso simpático, causando 
vasoconstrição periférica.

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