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Literatura Portuguesa III Aula 02: Modernismo Tópico 06: Florbela Espanca Descrição da imagem: Foto de Florbela Espanca. Florbela Espanca [6] Florbela de Alma da Conceição (1894-1930) representa a nova mulher, cuja libertação ocorre, no mundo ocidental, apenas no século vinte. Contemporânea da revolução modernista, Florbela não aderiu ao movimento na forma de suas composições, na quase totalidade constituída de sonetos. Também não participou da movimentada vida política de seu tempo, quando as mulheres lutavam pelo direito ao voto. O que é moderno em Florbela é a apropriação do tema erótico pela mulher. O que é político em sua poesia apaixonada é a libertação do controle sexual, que submeteu a mulher a uma escravidão multissecular. Mas a geração de Florbela tem seus mártires, e ela se inclui nesse rol. Casada três vezes, deprimida sobretudo após a morte do irmão aviador Apeles, em acidente de 1927, acabaria por cometer suicídio. O soneto foi, para ela, além de seu suporte predileto, um disfarce clássico para o tabu que ela desafiou: "Eu quero amar, amar perdidamente !/ Amar só por amar. aqui... além.../ Mais este e aquele, o outro e toda a gente..." "Livros de Florbela Espanca: Livro de mágoas (1919); Livro de Soror Saudade (1923). Póstumos, todos de 1931: Charneca em flor; Reliquiae; Juvenília (poemas); Dominó negro; Máscara do destino (contos). Alguns sonetos: SONETOS DE FLORBELA ESPANCA EU.. Eu sou a que no mundo anda perdida, Eu sou a que na vida não tem norte, 57