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SIMULADO-2_DIA-1_HUMANAS-ONLINE (1)

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lorena dewa

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Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Em relação às pesquisas, a utilização da expressão university graduates evidencia a intenção de informar que
a) as doenças do coração atacam dez mil pacientes.
b) as doenças do coração ocorrem na faixa dos dezesseis anos.
c) as pesquisas sobre doenças são divulgadas no meio acadêmico.
d) jovens americanos são alertados dos riscos de doenças do coração.
e) maior nível de estudo reduz riscos de ataques do coração.

A persongem Susanita, no último quadro, inventa o vocábulo mujerez, utilizando um recurso de formação de palavra existente na língua espanhola. Na concepção da personagem, o sentido do vocábulo mujerez remete à
a) falta de feminilidade das mulheres que não se dedicam às tarefas domésticas.
b) valorização das mulheres que realizam todas as tarefas domésticas.
c) inferioridade das mulheres que praticam as tarefas domésticas.
d) relevância social das mulheres que possuem empregados para realizar as tarefas domésticas.
e) independência das mulheres que não se prendem apenas às tarefas domésticas.

No texto, a fundamentação que desencadeia todo o debate proposto é o
a) abastecimento de água potável própria e de qualidade, como direito de todos.
b) aumento do tratamento do esgoto coletado, que chega a apenas 39% do total.
c) acesso à coleta de esgoto nas zonas rurais ou urbanas, ricas ou pobres.
d) saneamento financeiramente acessível para a população mais pobre.
e) reconhecimento em 2010 do direito ao esgotamento sanitário como indispensável à vida.
a) abastecimento de água potável própria e de qualidade, como direito de todos.
b) aumento do tratamento do esgoto coletado, que chega a apenas 39% do total.
c) acesso à coleta de esgoto nas zonas rurais ou urbanas, ricas ou pobres.
d) saneamento financeiramente acessível para a população mais pobre.
e) reconhecimento em 2010 do direito ao esgotamento sanitário como indispensável à vida.

No soneto, Amor teme que
a) o eu lírico perca sua inspiração.
b) a poesia do eu lírico não seja sincera.
c) a poesia do eu lírico não seja compreendida.
d) o eu lírico esqueça sua amante.
e) o eu lírico divulgue seus enganos.

A fala de Ambrósio contém um elogio
a) à humildade.
b) à moderação.
c) à meritocracia.
d) à justiça.
e) à burocracia.

Nesse trecho, o cronista acaba por desconstruir a oposição entre
razão e século de luzes.
razão e crendice.
razão e descrença.
Iluminismo e Liberalismo.
Iluminismo e Revolução Francesa.
a) razão e século de luzes.
b) razão e crendice.
c) razão e descrença.
d) Iluminismo e Liberalismo.
e) Iluminismo e Revolução Francesa.

Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do Rei do Congo evidencia um processo de
a) exclusão social.
b) imposição religiosa.
c) acomodação política.
d) supressão simbólica.
e) ressignificação cultural.

Com base nos gráficos e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
a) O comércio bilateral entre China e África cresceu timidamente no período e envolveu, principalmente, bens de capital africanos e bens de consumo chineses.
b) As exportações chinesas para a África restringem-se a bens de consumo e produtos primários destinados a atender ao pequeno e estagnado mercado consumidor africano.
c) A implantação de grandes obras de engenharia, com destaque para rodovias transcontinentais, ferrovias e hidrovias, associa-se ao investimento chinês no setor da construção civil na África.
d) O agronegócio foi o principal investimento da China na África em função do exponencial crescimento da população chinesa e de sua grande demanda por alimentos.
e) O investimento chinês no setor minerador, na África, associa-se ao crescimento industrial da China e sua consequente demanda por petróleo e outros minérios.

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Questões resolvidas

Em relação às pesquisas, a utilização da expressão university graduates evidencia a intenção de informar que
a) as doenças do coração atacam dez mil pacientes.
b) as doenças do coração ocorrem na faixa dos dezesseis anos.
c) as pesquisas sobre doenças são divulgadas no meio acadêmico.
d) jovens americanos são alertados dos riscos de doenças do coração.
e) maior nível de estudo reduz riscos de ataques do coração.

A persongem Susanita, no último quadro, inventa o vocábulo mujerez, utilizando um recurso de formação de palavra existente na língua espanhola. Na concepção da personagem, o sentido do vocábulo mujerez remete à
a) falta de feminilidade das mulheres que não se dedicam às tarefas domésticas.
b) valorização das mulheres que realizam todas as tarefas domésticas.
c) inferioridade das mulheres que praticam as tarefas domésticas.
d) relevância social das mulheres que possuem empregados para realizar as tarefas domésticas.
e) independência das mulheres que não se prendem apenas às tarefas domésticas.

No texto, a fundamentação que desencadeia todo o debate proposto é o
a) abastecimento de água potável própria e de qualidade, como direito de todos.
b) aumento do tratamento do esgoto coletado, que chega a apenas 39% do total.
c) acesso à coleta de esgoto nas zonas rurais ou urbanas, ricas ou pobres.
d) saneamento financeiramente acessível para a população mais pobre.
e) reconhecimento em 2010 do direito ao esgotamento sanitário como indispensável à vida.
a) abastecimento de água potável própria e de qualidade, como direito de todos.
b) aumento do tratamento do esgoto coletado, que chega a apenas 39% do total.
c) acesso à coleta de esgoto nas zonas rurais ou urbanas, ricas ou pobres.
d) saneamento financeiramente acessível para a população mais pobre.
e) reconhecimento em 2010 do direito ao esgotamento sanitário como indispensável à vida.

No soneto, Amor teme que
a) o eu lírico perca sua inspiração.
b) a poesia do eu lírico não seja sincera.
c) a poesia do eu lírico não seja compreendida.
d) o eu lírico esqueça sua amante.
e) o eu lírico divulgue seus enganos.

A fala de Ambrósio contém um elogio
a) à humildade.
b) à moderação.
c) à meritocracia.
d) à justiça.
e) à burocracia.

Nesse trecho, o cronista acaba por desconstruir a oposição entre
razão e século de luzes.
razão e crendice.
razão e descrença.
Iluminismo e Liberalismo.
Iluminismo e Revolução Francesa.
a) razão e século de luzes.
b) razão e crendice.
c) razão e descrença.
d) Iluminismo e Liberalismo.
e) Iluminismo e Revolução Francesa.

Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do Rei do Congo evidencia um processo de
a) exclusão social.
b) imposição religiosa.
c) acomodação política.
d) supressão simbólica.
e) ressignificação cultural.

Com base nos gráficos e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
a) O comércio bilateral entre China e África cresceu timidamente no período e envolveu, principalmente, bens de capital africanos e bens de consumo chineses.
b) As exportações chinesas para a África restringem-se a bens de consumo e produtos primários destinados a atender ao pequeno e estagnado mercado consumidor africano.
c) A implantação de grandes obras de engenharia, com destaque para rodovias transcontinentais, ferrovias e hidrovias, associa-se ao investimento chinês no setor da construção civil na África.
d) O agronegócio foi o principal investimento da China na África em função do exponencial crescimento da população chinesa e de sua grande demanda por alimentos.
e) O investimento chinês no setor minerador, na África, associa-se ao crescimento industrial da China e sua consequente demanda por petróleo e outros minérios.

Prévia do material em texto

11
 NA
1º DIA
SIMULADOS 2022 - CICLO 01
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
2022 CADERNO 
01
ROSA
ATENÇÃO: Transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, 
considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder 
apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua 
inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo 
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente 
à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e 
poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que 
antecedem o término das provas.
2 2
SIMULADO 02 | 1º DIA
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 [OPÇÃO INGLÊS]
1. (Enem) National Geographic News
Christine Dell’ Amore
Published April 26, 2010
Our bodies produce a small steady amount of natural 
morphine, a new study suggests. Traces of the chemical 
are often found in mouse and human urine, leading 
scientists to wonder whether the drug is being made 
naturally or being delivered by something the subjects 
consumed. The new research shows that mice produce 
the “incredible painkiller” – and that humans and other 
mammals possess the same chemical road map for 
making it, said study co-author Meinhart Zenk, who 
studies plant-based pharmaceuticals at the Donald 
Danforth Plant Science Center in St. Louis, Missouri.
Disponível em: www.nationalgeographic.com. Acesso em: 27 jul. 
2010.
Ao ler a matéria publicada na National Geographic 
para a realização de um trabalho escolar, um estudante 
descobriu que 
a) os compostos químicos da morfina, produzidos por 
humanos, são manipulados no Missouri. 
b) os ratos e os humanos possuem a mesma via 
metabólica para produção de morfina. 
c) a produção de morfina em grande quantidade 
minimiza a dor em ratos e humanos. 
d) os seres humanos têm uma predisposição genética 
para inibir a dor. 
e) a produção de morfina é um traço incomum entre 
os animais. 
2. (Enem) Going to university seems to reduce the risk 
of dying from coronary heart disease. An American 
study that involved 10 000 patients from around the 
world has found that people who leave school before 
the age of 16 are five times more likely to suffer a heart 
attack and die than university graduates.
Word Repat News. Magazine Speak Up. Ano XIV, n 170. Editora 
Cameot, 2001. 
Em relação às pesquisas, a utilização da expressão 
university graduates evidencia a intenção de informar 
que 
a) as doenças do coração atacam dez mil pacientes. 
b) as doenças do coração ocorrem na faixa dos 
dezesseis anos. 
c) as pesquisas sobre doenças são divulgadas no meio 
acadêmico. 
d) jovens americanos são alertados dos riscos de 
doenças do coração. 
e) maior nível de estudo reduz riscos de ataques do 
coração. 
 
3. (Enem) Leia.
Quotes of the Day
Friday, Sep. 02, 2011
“There probably was a shortage of not just respect and 
boundaries but also love. But you do need, when they 
cross the line and break the law, to be very tough.” 
British Prime Minister DAVID CAMERON, arguing 
that those involved in the recent riots in England 
need “tough love” as he vows to “get to grips” with the 
country’s problem families.
Disponível em: www.time.com. Acesso em: 5 nov. 2011 (adaptado).
A respeito dos tumultos causados na Inglaterra em 
agosto de 2011, as palavras de alerta de David Cameron 
têm como foco principal 
a) enfatizar a discriminação contra os jovens britânicos 
e suas famílias. 
b) criticar as ações agressivas demonstradas nos 
tumultos pelos jovens. 
c) estabelecer relação entre a falta de limites dos 
jovens e o excesso de amor. 
d) reforçar a ideia de que o jovens precisam de amor, 
mas também de firmeza. 
e) descrever o tipo de amor que gera problemas às 
famílias de jovens britânicos. 
 
3
4. (Enem) The Road Not Taken (by Robert Frost)
Two roads diverged in a wood, and l —
l took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
Disponível em: www.poetryfoundation.org. Acesso em: 29 nov. 2011 
(fragmento).
Estes são os versos finais do famoso poema The 
Road Not Taken, do poeta americano Robert Frost. 
Levando-se em consideração que a vida é comumente 
metaforizada como uma viagem, esses versos indicam 
que o autor 
a) festeja o fato de ter sido ousado na escolha que fez 
em sua vida. 
b) lamenta por ter sido um viajante que encontrou 
muitas bifurcações. 
c) viaja muito pouco e que essa escolha fez toda a 
diferença em sua vida. 
d) reconhece que as dificuldades em sua vida foram 
todas superadas. 
e) percorre várias estradas durante as diferentes fases 
de sua vida. 
 
5. (Enem) 
 
No cartum, a crítica está no fato de a sociedade exigir 
do adolescente que 
a) se aposente prematuramente. 
b) amadureça precocemente. 
c) estude aplicadamente. 
d) se forme rapidamente. 
e) ouça atentamente. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 [OPÇÃO ESPANHOL]
1. (Enem) 
 
A persongem Susanita, no último quadro, inventa 
o vocábulo mujerez, utilizando um recurso de 
formação de palavra existente na língua espanhola. 
Na concepção da personagem, o sentido do vocábulo 
mujerez remete à 
a) falta de feminilidade das mulheres que não se 
dedicam às tarefas domésticas. 
b) valorização das mulheres que realizam todas as 
tarefas domésticas. 
c) inferioridade das mulheres que praticam as tarefas 
domésticas. 
d) relevância social das mulheres que possuem 
empregados para realizar as tarefas domésticas. 
e) independência das mulheres que não se prendem 
apenas às tarefas domésticas. 
 
2. (Enem) 
 
A charge evoca uma situação de disputa. Seu efeito 
humorístico reside no(a) 
a) aceitação imediata da provocação. 
b) descaracterização do convite a um desafio. 
c) sugestão de armas não convencionais para um duelo. 
d) deslocamento temporal do comentário lateral. 
e) posicionamento relaxado dos personagens. 
4
3. (Enem) !BRINCANDO!
KangaROOS llega a México con diseños atléticos, pero 
muy fashion. Tienen un toque vintage con diferentes 
formas y combinaciones de colores. Lo más cool de 
estos tenis es que tienen bolsas para guardar llaves o 
dinero.
Son ideales para hacer ejercicio y con unos jeans 
obtendras un look urbano.
 
www.kangaroos.com
Revista Glamour Latinoamérica. México, mar. 2010.
O texto publicitário utiliza diversas estratégias para 
enfatizar ascaracterísticas do produto que pretende 
vender. Assim, no texto, o uso de vários termos de 
outras línguas, que não a espanhola, tem a intenção de 
a) atrair a atenção do público alvo dessa propaganda. 
b) popularizar a prática de exercícios esportivos. 
c) agradar aos compradores ingleses desse tênis. 
d) incentivar os espanhóis a falarem outras línguas, 
e) enfatizar o conhecimento de mundo do autor do texto. 
 
4. (Enem) 
 
A acessibilidade é um tema de relevância tanto na 
esfera pública quanto na esfera privada. No cartaz, a 
exploração desse tema destaca a importância de se 
a) estimular os cadeirantes na superação de barreiras. 
b) respeitar o estacionamento destinado a cadeirantes. 
c) identificar as vagas reservadas aos cadeirantes. 
d) eliminar os obstáculos para o trânsito de cadeirantes. 
e) facilitar a locomoção de cadeirantes em 
estacionamentos. 
5. (Enem) 
 
As marcas de primeira pessoa do plural no texto da 
campanha de amamentação têm como finalidade 
a) incluir o enunciador no discurso para expressar 
formalidade. 
b) agregar diversas vozes para impor valores às 
lactantes. 
c) forjar uma voz coletiva para garantir adesão à 
campanha. 
d) promover uma identificação entre o enunciador e o 
leitor para aproximá-los. 
e) remeter à voz institucional promotora da campanha 
para conferir-lhe credibilidade. 
QUESTÕES 06 A 45
6. (Fuvest) São Paulo gigante, torrão adorado
Estou abraçado com meu violão
Feito de pinheiro da mata selvagem
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante.
Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o 
termo “sertão” deve ser compreendido como 
a) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do 
sertão existente na região Nordeste do país. 
b) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos 
caiçaras, que identificam o sertão com a presença dos 
pinheiros. 
c) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste 
brasileiro, tal como foi encontrada pelos bandeirantes 
5
no século XVII. 
d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez 
do concreto e das construções. 
e) generalização do ambiente rural, independentemente 
das características de sua vegetação. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Política pública de saneamento básico: as bases do 
saneamento como direito de cidadania e os debates 
sobre novos modelos de gestão
Ana Lucia Britto
Professora Associada do PROURB-FAU-UFRJ
Pesquisadora do INCT Observatório das Metrópoles
A Assembleia Geral da ONU reconheceu em 2010 
que o acesso à água potável e ao esgotamento 
sanitário é indispensável para o pleno gozo do 
direito à vida. É preciso, para tanto, fazê-lo de modo 
financeiramente acessível e com qualidade para 
todos, sem discriminação. Também obriga os Estados 
a eliminarem progressivamente as desigualdades na 
distribuição de água e esgoto entre populações das 
zonas rurais ou urbanas, ricas ou pobres.
No Brasil, dados do Ministério das Cidades indicam 
que cerca de 35 milhões de brasileiros não são 
atendidos com abastecimento de água potável, mais 
da metade da população não tem acesso à coleta de 
esgoto, e apenas de todo o esgoto gerado são tratados. 
Aproximadamente da população que compõe o 
déficit de acesso ao abastecimento de água possuem 
renda domiciliar mensal de até salário mínimo 
por morador, ou seja, apresentam baixa capacidade 
de pagamento, o que coloca em pauta o tema do 
saneamento financeiramente acessível.
Desde 2007, quando foi criado o Ministério das 
Cidades, identificam-se avanços importantes na busca 
de diminuir o déficit já crônico em saneamento e 
pode-se caminhar alguns passos em direção à garantia 
do acesso a esses serviços como direito social. Nesse 
sentido destacamos as Conferências das Cidades e a 
criação da Secretaria de Saneamento e do Conselho 
Nacional das Cidades, que deram à política urbana 
uma base de participação e controle social.
Houve também, até 2014, uma progressiva ampliação 
de recursos para o setor, sobretudo a partir do PAC 
1 e PAC 2; a instituição de um marco regulatório 
(Lei 11.445/2007 e seu decreto de regulamentação) 
e de um Plano Nacional para o setor, o PLANSAB, 
construído com amplo debate popular, legitimado 
pelos Conselhos Nacionais das Cidades, de Saúde e de 
Meio Ambiente, e aprovado por decreto presidencial 
em novembro de 2013.
Esse marco legal e institucional traz aspectos essenciais 
para que a gestão dos serviços seja pautada por uma 
visão de saneamento como direito de cidadania: 
a) articulação da política de saneamento com as 
políticas de desenvolvimento urbano e regional, de 
habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, 
de proteção ambiental, de promoção da saúde; e b) 
a transparência das ações, baseada em sistemas de 
informações e processos decisórios participativos 
institucionalizados.
A Lei 11.445/2007 reforça a necessidade de 
planejamento para o saneamento, por meio da 
obrigatoriedade de planos municipais de abastecimento 
de água, coleta e tratamento de esgotos, drenagem e 
manejo de águas pluviais, limpeza urbana e manejo 
de resíduos sólidos. Esses planos são obrigatórios para 
que possam ser estabelecidos contratos de delegação 
da prestação de serviços e para que possam ser 
acessados recursos do governo federal (OGU, FGTS e 
FAT), com prazo final para sua elaboração terminando 
em 2017. A Lei reforça também a participação e o 
controle social, através de diferentes mecanismos 
como: audiências públicas, definição de conselho 
municipal responsável pelo acompanhamento e 
fiscalização da política de saneamento, sendo que a 
definição desse conselho também é condição para que 
possam ser acessados recursos do governo federal.
O marco legal introduz também a obrigatoriedade da 
regulação da prestação dos serviços de saneamento, 
visando à garantia do cumprimento das condições e 
metas estabelecidas nos contratos, à prevenção e à 
repressão ao abuso do poder econômico, reconhecendo 
que os serviços de saneamento são prestados em 
caráter de monopólio, o que significa que os usuários 
estão submetidos às atividades de um único prestador.
FONTE: adaptado de http://www.assemae.org.br/artigos/item/1762-
saneamento-basico-como-direito-de-cidadania 
7. (Espcex (Aman)) No texto, a fundamentação que 
desencadeia todo o debate proposto é o 
a) abastecimento de água potável própria e de 
qualidade, como direito de todos. 
b) aumento do tratamento do esgoto coletado, que 
chega a apenas 39% do total. 
c) acesso à coleta de esgoto nas zonas rurais ou 
urbanas, ricas ou pobres. 
d) saneamento financeiramente acessível para a 
população mais pobre. 
e) reconhecimento em 2010 do direito ao esgotamento 
sanitário como indispensável à vida. 
6
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o trecho do ensaio “As mutações do poder e os 
limites do humano”, de Newton Bignotto.
A modernidade se construiu a partir do 
Renascimento à luz da famosa asserção do filósofo 
italiano Pico della Mirandola em seu Discurso sobre 
a dignidade do homem (1486), segundo o qual fomos 
criados livres e com o poder de escolher o que 
desejamos ser. Diferentemente dos outros seres, o 
homem pode constituir a própria face e transitar pelos 
caminhos mais elevados, ou degenerar até o nível 
inferior das bestas.
Para Pico della Mirandola, o homem é um ser 
autoconstruído, e, por isso, não podemos atribuir 
a forças transcendentes nem os sucessos nem os 
fracassos. A liberdade para forjar sua própria natureza 
é um dom que implica riscos. Se com frequência 
preferimos olhar apenas para a força de uma vontade, 
que decidiu explorar o mundo com as ferramentas 
da razão, desde a era do Barroco sabemos que o 
real comporta um lado escuro, que não pode ser 
simplesmente esquecido. Ao lado do racionalismo 
triunfante, sempre houve um grito de alerta quanto às 
trevas que rondavam as sociedades modernas.
O século XX viu essas trevas ocuparem o centro da 
cena mundial e enterrou para sempre a ideia deque 
o progresso da civilização iria nos livrar de nossas 
fraquezas e defeitos. O século da técnica e dos avanços 
espetaculares da ciência foi também o século dos 
massacres e do aparecimento da morte em escala 
industrial. Tudo se passa como se a partir de agora 
não pudéssemos mais esquecer da besta, que Pico 
della Mirandola via como uma das possibilidades de 
nossa natureza. O monstro, que rondava a razão, e que 
por tanto tempo pareceu poder ser por ela derrotado, 
aproveitou-se de muitas de suas conquistas para criar 
uma nova identidade, que nos obriga a conviver com 
a barbárie no seio mesmo de sociedades que tanto 
contribuíram para criar a imagem iluminada do 
Ocidente.
(Adauto Novaes (org.). Mutações, 2008. Adaptado.) 
8. (Unesp) De acordo com Pico della Mirandola, 
a) a capacidade de autodeterminação caracteriza os 
homens. 
b) a ideia de livre-arbítrio acabou por se revelar 
ilusória. 
c) o convívio com a barbárie corrompeu a natureza 
humana. 
d) os homens acostumaram-se à condição de bestas. 
e) o progresso da humanidade passa invariavelmente 
pela barbárie. 
 
9. (Enem (Libras)) Ser mulher, vir à luz trazendo a 
alma talhada
para os gozos da vida; a liberdade e o amor;
tentar da glória a etérea e altívola escalada,
na eterna aspiração de um sonho superior...
Ser mulher, desejar outra alma pura e alada
para poder, com ela, o infinito transpor;
sentir a vida triste, insípida, isolada,
buscar um companheiro e encontrar um senhor...
Ser mulher, calcular todo o infinito curto
para a larga expansão do desejado surto,
no ascenso espiritual aos perfeitos ideais...
Ser mulher, e, oh! atroz, tantálica tristeza!
ficar na vida qual uma águia inerte, presa
nos pesados grilhões dos preceitos sociais!.
MACHADO, G. Poesias completas. Rio de Janeiro: L. Christiano: 
FUNARJ, 1991.
No poema, publicado em 1915, o eu lírico elabora uma 
percepção da condição feminina que se manifesta na 
expressão da 
a) impossibilidade de objetar a dominação masculina. 
b) consciência desolada do assujeitamento imputado. 
c) atitude questionadora das determinações biológicas. 
d) oposição entre a resignação e o desejo de liberdade. 
e) necessidade de compartilhar frustrações 
existenciais. 
 
10. (Enem PPL) Uma coisa ninguém discute: se 
Zacarias morreu, o seu corpo não foi enterrado.
A única pessoa que poderia dar informações certas 
sobre o assunto sou eu. Porém estou impedido de 
fazê-lo porque os meus companheiros fogem de mim, 
tão logo me avistam pela frente. Quando apanhados 
de surpresa, ficam estarrecidos e não conseguem 
articular uma palavra.
Em verdade morri, o que vem ao encontro da versão 
dos que creem na minha morte. Por outro lado, também 
não estou morto, pois faço tudo o que antes fazia e, 
7
devo dizer, com mais agrado do que anteriormente.
RUBIÃO, M. O pirotécnico Zacarias. São Paulo: Ática, 1974.
Murilo Rubião é um expoente da narrativa fantástica 
na literatura brasileira. No fragmento, a singularidade 
do modo como o autor explora o absurdo manifesta-se 
no(a) 
a) expressão direta e natural de uma situação insólita. 
b) relato denso e introspectivo sobre a experiência da 
morte. 
c) efeito paradoxal da irregularidade na organização 
temporal. 
d) discrepância entre a falta de emotividade e o evento 
angustiante. 
e) alternância entre os pontos de vista do narrador e 
do personagem. 
 
11. (Enem PPL) Descobrimento
Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei lá no norte, meu Deus!
[Muito longe de mim,
Na escuridão ativa da noite que caiu,
Um homem pálido, magro de cabelo escorrendo
[nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu...
ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Villa Rica 1993.
O poema modernista de Mário de Andrade revisita o 
tema do nacionalismo de forma irônica ao 
a) referendar estereótipos étnicos e sociais ligados ao 
brasileiro nortista. 
b) idealizar a vida bucólica do norte do país como 
alternativa de brasilidade. 
c) problematizar a relação entre distância geográfica e 
construção da nacionalidade. 
d) questionar a participação da cultura autóctone na 
formação da identidade nacional. 
e) propalar uma inquietação desfavorável quanto à 
aceitação das diferenças socioculturais. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o soneto de Luís de Camões.
Enquanto quis Fortuna1 que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento2
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento4,
Escureceu-me o engenho5 com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos6,
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
1Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte dos 
homens.
2suave pensamento: sentimento amoroso.
3Amor: entidade mítica que personifica o amor.
4juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que nunca 
se apaixonaram.
5engenho: talento poético, inspiração.
6defeitos: inverdades, fantasia. 
12. (Unesp) No soneto, Amor teme que 
a) o eu lírico perca sua inspiração. 
b) a poesia do eu lírico não seja sincera. 
c) a poesia do eu lírico não seja compreendida. 
d) o eu lírico esqueça sua amante. 
e) o eu lírico divulgue seus enganos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
Desenhar para ele é uma coisa; pintar é outra. No 
desenho se afirma, na pintura se esconde. Pela 
linha fala com extraordinária precisão estilística, 
preciosismo, audácia, e vai, por vezes, até a elegância, 
8
mesmo mundana; pela cor, ele se retrai e silencia. (...) 
Milton Dacosta foi o primeiro artista, hoje consagrado, 
que no Brasil partiu do cubismo, ou melhor, das 
repercussões da revolução cubista até as nossas 
praias provincianas. (...) Dessa fase, entre 1939 e 40, 
nos deu algumas telas que ainda hoje interessam pela 
essencialização dos valores plásticos, o desprezo dos 
detalhes anedóticos para só guardar os que definem o 
ambiente e, sobretudo, marcam a atmosfera, principal 
tema delas. A esquematização das formas, sobretudo 
o ovoide das cabeças sem pormenores fisionômicos, 
lembra Modigliani. Realmente, o ar que se respira 
nessas telas é o ar da “escola de Paris”. 
(Mário Pedrosa, Dos murais de Portinari aos espaços de Brasília, 
Perspectiva, 1981) 
13. (Espm) Segundo o texto, a obra de Milton Dacosta 
se destaca: 
a) pelo desenho formal da pintura clássica. 
b) pelo colorido apagado da escola de Paris. 
c) pelo desenho e pormenor fisionômico que lembram 
Picasso. 
d) pela cor e originalidade das formas ex¬pressionistas. 
e) pela ousadia do desenho e pela temática de origem 
vanguardista. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
A situação favorável, 
do ponto de vista das 
oportunidades de trabalho, 
que existia na região 
cafeeira, valeu aos antigos 
escravos liberados salários 
relativamente elevados. 
Com efeito, tudo indica 
que na região do café a 
abolição provocou efetivamente uma redistribuição 
da renda em favor da mão de obra. Sem embargo, 
essa melhora na remuneração real do trabalho parece 
haver tido efeitos antes negativos que positivos 
sobre a utilização dos fatores. (...) O homem formado 
desse sistema social está totalmente desaparelhado 
para responder aos estímulos econômicos. Quase 
não possuindo hábitos de vida familiar, a ideia de 
acumulação de riqueza lhe é praticamente estranha. 
Demais, seu rudimentar desenvolvimento mental 
limita extremamente suas “necessidades”. Sendo 
o trabalho para o escravo uma maldição e o ócioo 
bem inalcançável, a elevação de seu salário acima de 
suas necessidades – que estão definidas pelo nível de 
subsistência de um escravo – determina de imediato 
uma forte preferência pelo ócio. Dessa forma, uma 
das consequências diretas da abolição, nas regiões em 
mais rápido desenvolvimento, foi reduzir-se o grau de 
utilização da força de trabalho. 
Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil. 
14. (Espm) O final do texto faz uma referência ao fato 
de a abolição provocar um(a): 
a) exclusão radical do trabalho negro nas regiões 
agrárias desenvolvidas. 
b) processo de substituição da mão de obra escrava na 
cafeicultura. 
c) quadro ideológico favorável ao desenvolvimento 
econômico do país. 
d) alteração significativa na forma de produção 
agrícola no final do século XIX. 
e) migração dos ex-escravos para atividades de 
trabalhos domésticos e serviços urbanos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Quando se conversa, deve-se evitar as frases feitas que 
são verdadeiras chapas. Exemplos: em um enterro, 
dizer “que não se morre senão uma vez”, que “basta 
estar vivo para morrer”, que “o morto é feliz porque 
deixou de sofrer”, que “Deus sabe o que faz e escreve 
certo por linhas tortas” ou que “as grandes dores 
são mudas”. Quando se visita um doente, não há 
necessidade de levar no bolso sentenças desse jaez: 
“a saúde é a maior das fortunas”, “somos nós que 
pagamos pelos excessos de nossos pais” ou “a ciência, 
que tudo pode, ainda não encontrou remédio para os 
pequenos males”. Em todos os setores das atividades 
sociais, há frases no mesmo estilo e que convém 
deixar ao cuidado do Conselheiro Acácio que nelas se 
esmerou.
(Marcelino de Carvalho, Guia de Boas Maneiras)
15. (Espm) O autor defende a ideia de que: 
a) deve-se evitar frases clichês, mas pode-se confiar 
em quem se esmera em frases de¬licadas. 
b) em visita a um doente, embora não haja necessidade, 
uma frase amável já conhe¬cida conforta mais. 
c) para sair do universo de frases feitas, é re¬comendável 
sentenciar adotando o estilo do Conselheiro Acácio. 
d) infelizmente o Conselheiro Acácio não previu frases 
para todos os setores das atividades sociais. 
9
e) deve-se poupar o próximo de exemplos do repertório 
de lugares comuns. 
 
16. (Enem (Libras)) Enredo
Ele me amava, mas não tinha dote,
Só os cabelos pretíssimos e uma beleza
De príncipe de estórias encantadas.
Não tem importância, falou a meu pai,
Se é só por isto, espere.
Foi-se com uma bandeira,
E ajuntou ouro pra me comprar três vezes.
Na volta me achou casada com D. Cristóvão.
Estimo que sejam felizes, disse.
O melhor do amor é a sua memória, disse meu pai.
Demoraste tanto, que... disse D. Cristóvão.
Só eu não disse nada,
Nem antes, nem depois.
Prado, A. Bagagem. São Paulo: Siciliano, 1993.
No poema de Adélia Prado, o eu lírico relata uma 
experiência em que a mulher 
a) constrói modelos masculinos de feições idealizadas. 
b) exerce um papel centralizador na formação da 
família. 
c) incorpora uma visão do amor ancorada no senso 
comum. 
d) reafirma sua resignação diante de uma estrutura 
patriarcal. 
e) traduz uma percepção crítica em face de sua 
recorrente anulação. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a cena inicial da comédia O noviço, de Martins 
Pena.
AMBRÓSIO: No mundo a fortuna é para quem sabe 
adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego 
é aquele que não tem inteligência para vê-la e a 
alcançar. Todo homem pode ser rico, se atinar com 
o verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte, 
perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. 
Qual o homem que, resolvido a empregar todos os 
meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê o 
exemplo. Há oito anos, era eu pobre e miserável, e hoje 
sou rico, e mais ainda serei. O como não importa; no 
bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo 
mudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver de 
responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e 
serei limpo de culpa. As leis criminais fizeram-se para 
os pobres...
(Martins Pena. Comédias (1844-1845), 2007.)
 
17. (Unesp) A fala de Ambrósio contém um elogio 
a) à humildade. 
b) à moderação. 
c) à meritocracia. 
d) à justiça. 
e) à burocracia. 
 
18. (Espm) 
A graça da tira se concentra no fato de: 
a) o pássaro maior ficar desconcertado ante um 
espelho personificado que, ao refletir fielmente as 
rugas, denuncia a inexorável passagem do tempo. 
b) o pássaro menor fazer ilações sobre possível 
existência de algum mecanismo de rejuvenescimento, 
em resposta a um espelho revelador da velhice. 
c) o pássaro maior estar feliz por ter descoberto uma 
espécie de fonte da juventude, proporcionada por 
uma qualidade de vida provinda da nova previdência 
social. 
d) o pássaro maior ter traduzido, com um subterfúgio 
irônico, os novos parâmetros de aposentadoria da 
previdência social. 
e) o pássaro maior ter a autoestima elevada ao saber-
se, reconhecido pela previdência social, alguém com 
juventude prolongada. 
 
19. (Enem) A rapidez é 
destacada como uma das 
qualidades do serviço 
anunciado, funcionando 
como estratégia de 
persuasão em relação ao 
consumidor do mercado 
gráfico. O recurso da 
10
linguagem verbal que contribui para esse destaque é 
o emprego 
a) do termo “fácil” no início do anúncio, com foco no 
processo. 
b) de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão. 
c) das formas verbais no futuro e no pretérito, em 
sequência. 
d) da expressão intensificadora “menos do que” 
associada à qualidade. 
e) da locução “do mundo” associada a “melhor”, que 
quantifica a ação. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A escrita faz de tal modo parte de nossa civilização que 
poderia servir de definição dela própria. A história da 
humanidade se divide em duas imensas eras: antes e a 
partir da escrita. Talvez venha o dia de uma terceira era 
– depois da escrita. Vivemos os séculos da civilização 
escrita. Todas as nossas sociedades baseiam-se no 
escrito. A lei escrita substitui a lei oral, o contrato 
escrito substitui a convenção verbal, a religião escrita 
se seguiu à tradição lendária. E sobretudo não existe 
história que não se funde sobre textos.
Charles Higounet. A história da escrita. Adaptado. 
20. (Fuvest) A escrita poderia servir de definição da 
nossa civilização, uma vez que 
a) a terceira era está prestes a acontecer. 
b) o escrito respalda as atividades humanas. 
c) as convenções verbais substituíram o escrito. 
d) a oralidade deixou de ser usada em períodos 
remotos. 
e) os textos pararam de se modificar a partir da escrita. 
 
21. (Espm) 
 
A graça da tira decorre: 
a) da existência de “ruído” na comunicação efetuada 
pela esposa Helga e não entendida pelo amigo Ed 
Sortudo. 
b) de uma fala inabitual de Helga que, ao dirigir-se 
diretamente ao próprio marido, refere-se às qualidades 
de uma terceira pessoa. 
c) do não entendimento de um discurso ambíguo 
bastante comum, no qual se dirige à própria pessoa, 
questionando-a como se fosse uma outra. 
d) da diferença do nível de linguagem usado pelo 
emissor para se dirigir aos interlocutores, fato que fez 
sugerir a existência de dois maridos. 
e) da dificuldade de compreensão, por parte do amigo 
Ed Sortudo, devido aos traços de infor¬malidade no 
discurso de Helga. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
São Paulo – Os olhos do Brasil e do mundo se voltam 
para a maior floresta tropical e maior reserva de 
biodiversidade da Terra. Milhares de mensagens 
de alerta em diferentes línguas circulam nas redes 
sociais com a hashtag #PrayForAmazonia. A razão não 
poderia ser pior: a Amazônia arde em chamas.
O bioma é o mais afetado pela maior onda de incêndios 
florestais no Brasil em sete anos. Não há novidade 
no fenômeno em si. A Amazônia sempre sofreu com 
queimadas ligadas à exploração de terra. Mas como 
isso chegou tão longe?
Segundo dados do Inpe, o número de focos de incêndio 
florestal aumentou83% entre janeiro e agosto de 2019 
na comparação com o mesmo período de 2018. Desde 
1º de janeiro até a terça-feira [20.08.2019] foram 
contabilizados 74.155 focos, alta de 84% em relação 
ao mesmo período do ano passado. É o número mais 
alto desde que os registros começaram, em 2013. A 
última grande onda é de 2016, com 66.622 focos de 
queimadas nesse período.
Combinado a períodos de seca severa, o desmatamento 
e a prática de queimadas podem gerar um saldo final 
incendiário. O que causa estranheza aos especialistas 
nos eventos de 2019, porém, é que a seca não se mostra 
tão severa como nos anos anteriores e tampouco houve 
eventos climáticos extremos, como o El Niño, que 
justifiquem um aumento considerável nos focos de 
incêndio. Além disso, os tempos de seca mais severos 
ocorrem geralmente no mês de setembro. Ou seja: a 
mão do homem pesou, e muito, para a alta neste ano.
(Vanessa Barbosa. “Inferno na floresta: o que sabemos sobre os 
incêndios na Amazônia”. https://exame.abril.com.br, 23.08.2019. 
Adaptado.)
 
22. (Fgv) As informações do texto permitem concluir 
que 
a) a exploração da terra na região amazônica tem 
prejudicado a biodiversidade local, mas não se pode 
11
afirmar categoricamente que tenha relação com as 
queimadas de 2019. 
b) a Amazônia sofre regularmente com as queimadas, 
mas a de 2019 não se configura como a maior, já que 
incêndios anteriores na região devastaram 84% de 
mata nativa. 
c) o prejuízo causado à região amazônica em 2019 
decorreu da combinação de seca severa, desmatamento 
e prática de queimadas pelo homem, associados ao El 
Niño. 
d) a comoção internacional não se justifica, 
considerando-se que o índice de queimadas na 
Amazônia em 2019 é o menor desde 2013, quando 
começaram os registros. 
e) as queimadas na Amazônia despertaram 
a preocupação de pessoas em todo o mundo, 
considerando-se a relevância dessa floresta como a 
maior reserva de biodiversidade da Terra. 
 
23. (Enem PPL) Na tarefa diária de fazer jornalismo, 
bons títulos que apresentem de maneira clara o 
conteúdo da matéria são uma arte. Um leitor tem 
apontado, insistentemente, ao longo deste ano, títulos 
com sentido ambíguo em O Povo. No dia 8 de agosto, na 
editoria Brasil, o título destacava: “Justiça suspende 
processo por homicídio de acidente em Mariana”. 
Mais uma vez, ele apontou: “Do jeito como está escrito, 
ficou a dúvida: o acidente de Mariana cometeu ou 
sofreu o homicídio? Matou ou morreu?”. O leitor ainda 
deu a sugestão de como poderia ser: “Poderia ter sido 
assim: Suspenso o processo por homicídio resultante 
do acidente em Mariana”. Entendo que a insistência 
do leitor em apontar ambiguidades nos títulos é uma 
maneira de cobrar mais atenção com eles. É nossa 
obrigação, como jornalistas, oferecer títulos precisos 
e coerentes, mesmo que o espaço para escrevê-los seja 
delimitado por colunas e caracteres.
Disponível em: www.opovo.com.br. Acesso em: 10 dez. 2017 
(adaptado).
Esse texto é de uma coluna de jornal escrita por 
um ombudsman, profissional que, de maneira 
independente, critica o material publicado e responde 
às queixas dos leitores. Quais trechos do texto ratificam 
o papel desse profissional? 
a) “Do jeito como está escrito, ficou a dúvida” e “No dia 
8 de agosto, na editoria Brasil”. 
b) “Entendo que a insistência” e “É nossa obrigação, 
como jornalistas”. 
c) “Na tarefa diária de fazer jornalismo” e “Suspenso o 
processo por homicídio”. 
d) “O leitor ainda deu a sugestão” e “apontar 
ambiguidades nos títulos”. 
e) “o acidente de Mariana cometeu ou sofreu o 
homicídio?” e “Matou ou morreu?”. 
 
24. (Unesp) A partir do início do século XX, na França, 
alguns artistas vão subverter a concepção que se tinha 
da pintura. Em vez de simplesmente representar o 
que era visto, eles decidem representar aquilo que 
não podia ser visto. Os rostos de perfil têm dois olhos, 
a natureza se decompõe em formas geométricas... a 
realidade se revela em todas as suas facetas, como um 
cubo achatado.
Christian Demilly. Arte em movimentos e outras correntes do século 
XX, 2016. Adaptado.
Uma obra representativa da estética à qual o texto se 
refere está reproduzida em: 
a) b) 
c) d) 
e) 
12
25. (Enem PPL) O impacto das tecnologias de 
informação na geração do artigo científico: tópicos 
para estudo
O interesse pela comunicação científica e pela produção 
da literatura científica foi intenso nas décadas de 
1960 e 1970 e produziu estudos hoje considerados 
clássicos, mas diminuiu gradualmente de meados de 
1970 em diante. Agora, no entanto, há um fato novo, 
que traz de volta o tópico à discussão e consideração. 
O estágio atual da tecnologia da comunicação permite, 
com o auxílio do computador pessoal, contatos muito 
abrangentes, rápidos e eficientes, entre pessoas 
localizadas em qualquer lugar, desde que tenham 
acesso a redes de comunicação. O desenvolvimento 
nessa área tem sido muito grande e continua em 
passo muito acelerado. A internet está se tornando 
presente e acessível em toda parte, especialmente 
aos professores e pesquisadores nas universidades, 
permitindo, além da conversa reservada entre duas 
ou mais pessoas, acesso a uma gama imensa de 
informações e serviços. O impacto potencial das novas 
formas de comunicação para o periódico científico 
e para as bibliotecas universitárias e de pesquisa 
é enorme. Não é só a comunicação informal que é 
afetada. A edição de trabalhos, acabados ou não, e a 
sua distribuição, mediante as várias possibilidades 
que o meio eletrônico oferece, são tão fáceis que 
podem tornar cada usuário um editor e distribuidor. 
As iniciativas nessa área, documentadas na 
literatura, incluem a presença de editoras comerciais, 
universidades e indivíduos. Quer dizer: o fluxo da 
informação científica está sendo alterado.
MUELLER, S. P. M. Disponível em: http://revista.ibict.br. Acesso em: 
18 abr. 2015 (adaptado).
De acordo com o texto, o uso das tecnologias de 
informação e comunicação no ambiente acadêmico 
está 
a) promovendo mudanças significativas no 
desenvolvimento da sociedade, com novas estratégias 
de construção do conhecimento. 
b) proporcionando a troca de informações entre os 
centros de pesquisa, com redução de custos para as 
bibliotecas e universidades. 
c) acelerando as formas de publicação dos trabalhos 
científicos, com impactos negativos para as editoras e 
bibliotecas universitárias. 
d) incentivando o desenvolvimento de pesquisas 
com a utilização de computadores, com resultados 
consagrados na literatura científica. 
e) gerando a publicação de trabalhos inacabados, 
com a divulgação de pesquisas sem comprovação e 
avaliação de professores e pesquisadores. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a crônica “Almas penadas”, de Olavo Bilac, 
publicada originalmente em 1902.
Outro fantasma?... é verdade: outro fantasma. Já 
tardava. O Rio de Janeiro não pode passar muito tempo 
sem o seu lobisomem. Parece que tudo aqui concorre 
para nos impelir ao amor do sobrenatural [...]. Agora, 
já se não adormecem as crianças com histórias de 
fadas e de almas do outro mundo. Mas, ainda há 
menos de cinquenta anos, este era um povo de beatos 
[...]. [...] Os tempos melhoraram, mas guardam ainda 
um pouco dessa primitiva credulidade. Inventar um 
fantasma é ainda um magnífico recurso para quem 
quer levar a bom termo qualquer grossa patifaria. As 
almas simples vão propagando o terror, e, sob a capa e 
a salvaguarda desse temor, os patifes vão rejubilando.
O novo espectro que nos aparece é o de Catumbi. 
Começou a surgir vagamente, sem espalhafato, 
pelo pacato bairro – como um fantasma de grande e 
louvável modéstia. E tão esbatido1 passava o seu vulto 
na treva, tão sutilmente deslizava ao longo das casas 
adormecidas – que as primeiras pessoas que o viram 
não puderam em consciência dizer se era duende 
macho ou duende fêmea. [...] O fantasma não falava 
– naturalmente por saber de longa data que pela boca 
é que morrem os peixes eos fantasmas... Também, 
ninguém lhe falava – não por experiência, mas por 
medo. Porque, enfim, pode um homem ter nascido 
num século de luzes e de descrenças, e ter mamado o 
leite do liberalismo nos estafados seios da Revolução 
Francesa, e não acreditar nem em Deus nem no Diabo – 
e, apesar disso, sentir a voz presa na garganta, quando 
encontra na rua, a desoras2, uma avantesma3...
Assim, um profundo mistério cercava a existência 
do lobisomem de Catumbi – quando começaram de 
aparecer vestígios assinalados de sua passagem, não 
já pelas ruas, mas pelo interior das casas. Não vades 
agora crer que se tenham sumido, por exemplo, as 
hóstias consagradas da igreja de Catumbi, ou que os 
empregados do cemitério de S. Francisco de Paula 
tenham achado alguma sepultura vazia, ou que algum 
circunspecto pai de família, certa manhã, ao despertar, 
tenha dado pela falta... da própria alma. Nada disso. 
Os fenômenos eram outros. Desta casa sumiram-se as 
arandelas, daquela outra as galinhas, daquela outra as 
joias... E a polícia, finalmente, adquiriu a convicção de 
13
que o lobisomem, para perpétua e suprema vergonha 
de toda a sua classe, andava acumulando novos 
pecados sobre os pecados antigos, e dando-se à prática 
de excessos menos merecedores de exorcismos que de 
cadeia.
Dizem as folhas4 que a polícia, competentemente 
munida de bentinhos5 e de revólveres, de amuletos e 
de sabres, assaltou anteontem o reduto do fantasma. 
Um jornal, dando conta da diligência, disse que o 
delegado achou dentro da casa sinistra – um velho 
pardieiro6 que fica no topo de uma ladeira íngreme – 
alguns objetos singulares que pareciam instrumentos 
“pertencentes a gatunos”. E acrescentou: “alguns 
morcegos esvoaçavam espavoridos, tentando apagar 
as velas acesas que os sitiantes7 empunhavam”.
Esta nota de morcegos deve ser um chique romântico 
do noticiarista. No fundo da alma de todo o repórter 
há sempre um poeta... Vamos lá! nestes tempos, que 
correm, já nem há morcegos. Esses feios quirópteros, 
esses medonhos ratos alados, companheiros clássicos 
do terror noturno, já não aparecem pelo bairro 
civilizado de Catumbi. Os animais, que esvoaçavam 
espavoridos, eram sem dúvida os frangões roubados 
aos quintais das casas... Ai dos fantasmas! e mal dos 
lobisomens! o seu tempo passou.
(Olavo Bilac. Melhores crônicas, 2005.)
1esbatido: de tom pálido.
2a desoras: muito tarde.
3avantesma: alma do outro mundo, fantasma, espectro.
4folha: periódico diário, jornal.
5bentinho: objeto de devoção contendo orações 
escritas.
6pardieiro: prédio velho ou arruinado.
7sitiante: policial. 
26. (Unesp) “Porque, enfim, pode um homem ter 
nascido num século de luzes e de descrenças, e ter 
mamado o leite do liberalismo nos estafados seios 
da Revolução Francesa, e não acreditar nem em Deus 
nem no Diabo – e, apesar disso, sentir a voz presa na 
garganta, quando encontra na rua, a desoras, uma 
avantesma...” (2º parágrafo)
Nesse trecho, o cronista acaba por desconstruir a 
oposição entre 
a) razão e século de luzes. 
b) razão e crendice. 
c) razão e descrença. 
d) Iluminismo e Liberalismo. 
e) Iluminismo e Revolução Francesa. 
 
27. (Unesp) Carpe diem: Esse conhecido lema, extraído 
das Odes do poeta latino Horácio (65 a.C.-8 a.C.), 
sintetiza expressivamente o seguinte motivo: saber 
aproveitar tudo o que se apresente de positivo (mesmo 
que pouco) e transitório.
(Renzo Tosi. Dicionário de sentenças latinas e gregas, 2010. 
Adaptado.)
Das estrofes extraídas da produção poética de 
Fernando Pessoa (1888-1935), aquela em que tal 
motivo se manifesta mais explicitamente é: 
a) Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra. 
b) Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Nem cumpre o que deseja,
Nem deseja o que cumpre. 
c) Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes. 
d) Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada. 
e) Acima da verdade estão os deuses.
A nossa ciência é uma falhada cópia
Da certeza com que eles
Sabem que há o Universo. 
 
14
28. (Unesp) 
 
O artista Artur Barrio nasceu em Portugal e mudou-
se para o Brasil em 1955, dedicando-se à pintura a 
partir de 1965. Em 1969, começa a criar as Situações: 
trabalhos de grande impacto, realizados com materiais 
orgânicos como lixo, papel higiênico, detritos humanos 
e carne putrefata, com os quais realiza intervenções no 
espaço urbano. No mesmo ano, escreve um manifesto 
no qual contesta as categorias tradicionais da arte e 
sua relação com o mercado, e a conjuntura histórica 
da América Latina. Em 1970, na mostra coletiva Do 
corpo à terra, espalha as Trouxas ensanguentadas em 
um rio em Belo Horizonte.
(http://enciclopedia.itaucultural.org.br. Adaptado.)
Relacionando-se a imagem, as informações contidas 
no texto e o contexto do ano da mostra coletiva Do 
corpo à terra, é correto interpretar a intervenção 
Trouxas ensanguentadas como uma 
a) denúncia da situação política e social do Brasil. 
b) revelação da pobreza da população brasileira. 
c) demonstração do caráter perdulário das sociedades 
de consumo. 
d) crítica à falta de planejamento das cidades latino-
americanas. 
e) melhoria, por meio da arte, das áreas degradadas 
das cidades. 
 
29. (Enem PPL) – ... E o amor não é só o que o senhor 
Sousa Costa pensa. Vim ensinar o amor como deve 
ser. Isso é que pretendo, pretendia ensinar pra Carlos. 
O amor sincero, elevado, cheio de senso prático, sem 
loucuras. Hoje, minha senhora, isso está se tomando 
uma necessidade desde que a filosofia invadiu o 
terreno do amor! Tudo o que há de pessimismo pela 
sociedade de agora! Estão se animalizando cada 
vez mais. Pela influência às vezes até indireta de 
Schopenhauer, de Nietzsche... embora sejam alemães. 
Amor puro, sincero, união inteligente de duas pessoas, 
compreensão mútua. E um futuro de paz conseguido 
pela coragem de aceitar o presente.
Rosto polido por lágrimas saudosas, quem vira 
Fräulein chorar!...
– ... É isso que eu vim ensinar pra seu filho, minha 
senhora. Criar um lar sagrado! Onde é que a gente 
encontra isso agora?
ANDRADE, M. Amar, verbo intransitivo. Rio de Janeiro: Agir, 2008.
Confrontada pela dona da casa, a personagem alemã 
explica as razões de sua presença ali. Em seu discurso, 
o amor é concebido por um viés que 
a) defende a idealização dos sentimentos. 
b) explica filosoficamente suas peculiaridades. 
c) questiona a possibilidade de sua compreensão. 
d) demarca as influências culturais sobre suas práticas. 
e) reforça o papel da família na transmissão de seus 
valores. 
 
30. (Fuvest) 
 
Identifique a alternativa mais adequada para expressar 
as relações entre arte e sociedade no quadro: 
a) A obra retrata o êxodo rural de um grupo de 
nordestinos, fugindo da fome, da seca e da miséria. 
b) O quadro critica a incapacidade da SUDENE em 
propor políticas públicas para a população nordestina. 
c) A pintura veicula uma mensagem de esperança, 
ao opor o céu azul aos tons terrosos para designar a 
aridez da paisagem. 
d) A imagem do grupo com corpos esquálidos e 
doentes evidencia uma visão preconceituosa sobre os 
nordestinos. 
e) A tela expressa fortes convicções religiosas, 
ao retratar o calvário dos nordestinos como uma 
passagem bíblica. 
15
31. (Enem PPL) Foi no século XVIII, nas terras de 
uma fazenda, que surgiu a Vila Distinta e Real de 
Sobral. O desenvolvimento da localidade se deu por 
estar próxima ao Rio Acaraú, que ligava os estados 
de Pernambuco, Piauí e Maranhão.O tombamento de 
Sobral trouxe, ainda, como peculiaridade no Ceará o 
envolvimento dos moradores. Quem passa pela cidade 
pode ver construções que trazem os estilos coloniais, 
ecléticos, art déco e vernaculares.
No interior do Ceará, município de Sobral guarda a arte colonial 
brasileira. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 14 
jul. 2015 (adaptado).
A condição atribuída ao complexo arquitetônico da 
cidade, conforme mencionada no texto, proporcionou a 
a) harmonização de espaços sociais. 
b) valorização de reservas ecológicas. 
c) ampliação de conjuntos residenciais. 
d) manutenção de comunidades de pescadores. 
e) preservação de artefatos de memória. 
 
32. (Enem) TEXTO I
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; 
e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que 
viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos 
e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, 
que todos trocaram por carapuças ou por qualquer 
coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão bem-
dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas 
que muito agradavam.
CASTRO, S. “A carta de Pero Vaz de Caminha”. Porto Alegre: L&PM, 
1996 (fragmento).
TEXTO II
 
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta 
de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam 
a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos 
textos, constata-se que 
a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das 
primeiras manifestações artísticas dos portugueses 
em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a 
estética literária. 
b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos 
pintados, cuja grande significação é a afirmação da 
arte acadêmica brasileira e a contestação de uma 
linguagem moderna. 
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra 
o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a 
pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos 
nativos. 
d) as duas produções, embora usem linguagens 
diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a mesma 
função social e artística. 
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de 
grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo 
momentos histórico, retratando a colonização. 
 
33. (Enem (Libras)) TEXTO I
TEXTO II
Elida, munida de lupas, tesoura e cola, toca imagens 
fotográficas recortadas em círculo, fotos destacam 
anotações de leitura antiga. Os sertões é o livro anotado. 
Nada escapa. Nem pontinhos miúdos que resistiram 
ao desgaste do tempo. Elida guarda numa caixa o que 
resta duma edição antiga. Euclides da Cunha vira 
16
pó. Elida aponta uma palavra recorrente: antítese. A 
página impressa precede o escrito. A antítese opõe 
morte e vida no texto deteriorado.
SCHÜLER, D. Guerra de antíteses nos Desertões. 365: Catálogo 
produzido na ocasião da exposição de Elida Tessler. Curadoria: 
Eduardo Veras e Gabriela Malta, maio 2015 (adaptado).
A instalação revela um processo de gênese e 
destruição fundado em procedimentos de apropriação 
intertextual que 
a) atualizam as linguagens e os seus suportes. 
b) dinamizam a crítica acerca da obra literária. 
c) emulam os vestígios do tempo sobre o texto. 
d) problematizam a sacralidade do objeto artístico. 
e) redimensionam o romance e a sua compreensão. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A taxação de livros tem um efeito cascata que acaba 
custando caro não apenas ao leitor, como também ao 
mercado editorial – que há anos não anda bem das 
pernas – e, em última instância, ao desenvolvimento 
econômico do país. A gente explica. Taxar um produto 
significa, quase sempre, um aumento no valor do 
produto final. Isso porque ao menos uma parte desse 
imposto será repassada ao consumidor, especialmente 
se considerarmos que as editoras e livrarias enfrentam 
há anos uma crise que agora está intensificada pela 
pandemia e não poderiam retirar o valor desse 
imposto de seu já apertado lucro. Livros mais caros 
também resultam em queda de vendas, que, por sua 
vez, enfraquece ainda mais editoras e as impede 
de investir em novas publicações – especialmente 
aquelas de menor apelo comercial, mas igualmente 
importantes para a pluralidade de ideias. Já deu para 
perceber a confusão, não é? Mas, além disso, qual 
seria o custo de uma sociedade com menos leitores e 
menos livros?
Taís Ilhéu. “Por que taxar os livros pode gerar retrocesso social e 
econômico no país”. Guia do Estudante. Setembro/2020. Adaptado.
34. (Fuvest) De acordo com o texto, os eventos 
sequenciais aos quais alude a expressão “efeito 
cascata” são: 
a) livros mais caros, decréscimo de vendas, estímulo 
às editoras, supressão de investimento em novas 
publicações. 
b) aumento do valor do produto final, queda de vendas, 
encolhimento das editoras, aumento do investimento 
em novas obras. 
c) livros mais caros, instabilidade nas vendas, 
enfraquecimento das editoras, expansão das 
publicações. 
d) aumento do valor do produto final, contração 
nas vendas, esgotamento das editoras, falta de 
investimento em novas publicações. 
e) livros mais caros, equilíbrio nas vendas, diminuição 
das editoras, carência de investimento em novas 
publicações. 
 
35. (Enem PPL) Muitos imigrantes de Hunsrück, 
localizada no sudoeste da Alemanha, chegaram ao 
Brasil no século 19 trazendo consigo uma variante do 
alemão, o hunsrückisch. Em contato com o português, 
essa variante se fundiu com algumas palavras, dando 
origem a uma nova língua falada no Brasil há quase 
200 anos, considerada uma língua de imigração.
A partir de 2007, línguas de imigração se tornaram 
línguas cooficiais em 19 municípios, sendo ensinadas 
nas escolas municipais. Em 2012, o hunsrückisch se 
tomou patrimônio histórico e cultural do Rio Grande 
do Sul, falado também em Santa Catarina e no Espírito 
Santo.
Disponível em: www.dw.com. Acesso em: 11 jun. 2019 (adaptado).
Ao informar que o hunsrückisch é falado em algumas 
regiões do país, o texto revela que o Brasil 
a) foi subordinado à cultura alemã. 
b) é caracterizado pelo plurilinguismo. 
c) foi consagrado por sua diversidade linguística. 
d) foi beneficiado pelo ensino bilíngue em seu 
território. 
e) está sujeito a imposições linguísticas de outros 
povos. 
 
36. (Enem PPL) Gírias das redes sociais caem na boca 
do povo
Nem adianta fazer a egípcia! Entendeu? Veja o glossário 
com as principais expressões da internet
Lacrou, biscoiteiro, crush. Quem nunca se deparou com 
ao menos uma dessas palavras não passa muito tempo 
nas redes sociais. Do dia para a noite, palavras e frases 
começaram a definir sentimentos e acontecimentos, e 
o sucesso desse tour foi parar no vocabulário de muita 
gente. O dialeto já não se restringe só à web. O contato 
constante com palavras do ambiente on-line acaba 
rompendo a barreira entre o mundo virtual e o mundo 
real. Quando menos se espera, começamos a repetir, 
em conversas do dia a dia, o que aprendemos na 
17
internet. A partir daí, juntamos palavras já conhecidas 
do nosso idioma às novas expressões.
Glossário de expressões
Biscoiteiro: alguém que faz de tudo para ter atenção o 
tempo inteiro, para ter curtidas.
Chamar no probleminha: conversar no privado.
Crush: alguém que desperta interesse.
Divou: estar muito produzida, sair bem em uma foto, 
assim como uma diva.
Fazer a egípcia: ignorar algo.
Lacrou/sambou: ganhar uma discussão com bons 
argumentos a ponto de não haver possibilidade de 
resposta.
Stalkear: investigar sobre a vida de alguém nas redes 
sociais.
Disponível em: https://odia.ig.com.br. Acesso em: 19 jun. 2019 
(adaptado).
Embora migrando do ambiente on-line para o 
vocabulário das pessoas fora da rede, essas expressões 
não são consideradas como características do uso 
padrão da língua porque 
a) definem sentimentos e acontecimentos corriqueiros 
na web. 
b) constituem marcas específicas de uma determinada 
variedade. 
c) passam a integrar a fala das pessoas em conversas 
cotidianas. 
d) são empregadas por quem passa muito tempo nasredes sociais. 
e) complementam palavras e expressões já conhecidas 
do português. 
 
37. (Enem PPL) Anatomia
Qual a matéria do poema?
A fúria do tempo com suas unhas e algemas?
Qual a semente do poema?
A fornalha da alma com os seus divinos dilemas?
Qual a paisagem do poema?
A selva da língua com suas feras e fonemas?
Qual o destino do poema?
O poço da página com suas pedras e gemas?
Qual o sentido do poema?
O sol da semântica com suas sombras pequenas?
Qual a pátria do poema?
O caos da vida e a vida apenas?
CAETANO, A. Disponível em: www.antoniomiranda.com.br. Acesso 
em: 27 set 2013 (fragmento).
Além da função poética, predomina no poema a função 
metalinguística, evidenciada 
a) pelo uso de repetidas perguntas retóricas. 
b) pelas dúvidas que inquietam o eu lírico. 
c) pelos usos que se fazem das figuras de linguagem. 
d) pelo fato de o poema falar de si mesmo como 
linguagem. 
e) pela prevalência do sentido poético como 
inquietação existencial. 
 
38. (Unesp) Perspectiva. Técnica de representação, 
numa superfície plana, do espaço tridimensional, 
baseado no uso de certos fenômenos ópticos, como 
a diminuição aparente no tamanho dos objetos e a 
convergência das linhas paralelas à medida que se 
distanciam do observador.
(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007.)
Verificam-se distorções e ambiguidades em relação à 
técnica da perspectiva na seguinte obra:
a) b) 
c) d) 
18
e) 
 
39. (Enem PPL) TEXTO I
A gestão da ignorância
Novas tecnologias mudaram a forma de pensar, 
planejar e também de se relacionar dentro das 
empresas. Agora, o que vale é ter flexibilidade, 
colaboração, segurança digital e confiança nas 
relações. Mas quais são as oportunidades para crescer 
nesse ambiente cada vez mais disruptivo?
CAMANHO, R. Revista da ESPN, n. 4, out.-nov.-dez. 2017 (adaptado).
TEXTO II
A falsa sensação de segurança
O número de usuários cresce, e, paralelo a isso, a falsa 
sensação de que a conexão digital é completamente 
segura e livre de ameaças. Profissionais de TI têm 
enfrentado problemas com falhas de segurança. E isso 
porque, em certos cenários, apenas um antivírus e/ou 
firewall bem configurados não são mais suficientes 
para mitigar os riscos atuais.
MOGAMI, S. Guia de produtos para infraestrutura de data centers. 
RTI Redes, Telecom e Instalações, n. 213, fev. 2018.
Ao abordarem a temática da tecnologia, os textos I e II 
apresentam como ponto comum 
a) o aumento dos riscos de disseminação de vírus. 
b) o incremento do número de usuários das redes 
sociais. 
c) a falta de conhecimento para lidar com problemas 
da web. 
d) os avanços alcançados no campo da gestão de 
problemas de TI. 
e) a preocupação com a vulnerabilidade inerente ao 
ambiente digital. 
 
40. (Enem PPL) O Bom-Crioulo
Com efeito, Bom-Crioulo não era somente 
um homem robusto, uma dessas organizações 
privilegiadas que trazem no corpo a sobranceira 
resistência do bronze e que esmagam com o peso dos 
músculos.
[...]
A chibata não lhe fazia mossa; tinha costas de ferro 
para resistir como um hércules ao pulso do guardião 
Agostinho. Já nem se lembrava do número das vezes 
que apanhara de chibata...
[...]
Entretanto, já iam cinquenta chibatadas! Ninguém 
lhe ouvira um gemido, nem percebera uma contorção, 
um gesto qualquer de dor. Viam-se unicamente 
naquele costão negro as marcas do junco, umas sobre 
as outras, entrecruzando-se como uma grande teia de 
aranha, roxas e latejantes, cortando a pele em todos os 
sentidos.
[...]
Marinheiros e oficiais, num silêncio concentrado, 
alongavam o olhar, cheios de interesse, a cada golpe.
– Cento e cinquenta!
Só então houve quem visse um ponto vermelho, 
uma gota rubra deslizar no espinhaço negro do 
marinheiro e logo este ponto vermelho se transformar 
numa fita de sangue.
CAMINHA, A. O Bom-Crioulo. São Paulo: Martin CIaret, 2006.
A prosa naturalista incorpora concepções geradas 
pelo cientificismo e pelo determinismo. No fragmento, 
a cena de tortura a Bom-Crioulo reproduz essas 
concepções, expressas pela 
a) exaltação da resistência inata para legitimar a 
exploração de uma etnia. 
b) defesa do estoicismo individual como forma de 
superação das adversidades. 
c) concepção do ser humano como uma espécie 
predadora e afeita à morbidez. 
d) observação detalhada do corpo para a identificação 
de características de raça. 
e) apologia à superioridade dos organismos saudáveis 
para a sobrevivência da espécie. 
 
41. (Enem) TEXTO I
 
19
TEXTO II
 
As duas imagens são produções que têm a cerâmica 
como matéria-prima. A obra Estrutura vertical dupla se 
distingue da urna funerária marajoara ao 
a) evidenciar a simetria na disposição das peças. 
b) materializar a técnica sem função utilitária. 
c) abandonar a regularidade na composição. 
d) anular possibilidades de leituras afetivas. 
e) integrar o suporte em sua constituição. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a fábula “O gato e a barata", de Millôr Fernandes.
A baratinha velha subiu pelo pé do copo que, ainda 
com um pouco de vinho, tinha sido largado a um canto 
da cozinha, desceu pela parte de dentro e começou 
a lambiscar o vinho. Dada a pequena distância que 
nas baratas vai da boca ao cérebro, o álcool lhe subiu 
logo a este. Bêbada, a baratinha caiu dentro do copo. 
Debateu-se, bebeu mais vinho, ficou mais tonta, 
debateu-se mais, bebeu mais, tonteou mais e já quase 
morria quando deparou com o carão do gato doméstico 
que sorria de sua aflição, do alto do copo.
– Gatinho, meu gatinho –, pediu ela – me salva, me 
salva. Me salva que assim que eu sair daqui eu deixo 
você me engolir inteirinha, como você gosta. Me salva.
– Você deixa mesmo eu engolir você? – disse o gato.
– Me saaaalva! – implorou a baratinha. – Eu prometo.
O gato então virou o copo com uma pata, o líquido 
escorreu e com ele a baratinha que, assim que se viu 
no chão, saiu correndo para o buraco mais perto, onde 
caiu na gargalhada.
– Que é isso? – perguntou o gato. – Você não vai sair 
daí e cumprir sua promessa? Você disse que deixaria 
eu comer você inteira.
– Ah, ah, ah – riu então a barata, sem poder se 
conter. – E você é tão imbecil a ponto de acreditar na 
promessa de uma barata velha e bêbada?
Moral: Às vezes a autodepreciação nos livra do 
pelotão.
(Diana Luz Pessoa de Barros. Teoria semiótica do texto, 2005.) 
42. (Fgv) A função do texto, considerado o gênero a 
que pertence, é sobretudo 
a) fazer uma crítica política. 
b) transmitir um ensinamento. 
c) satirizar comportamentos humanos. 
d) humanizar os animais. 
e) divertir o leitor. 
 
43. (Enem PPL) TEXTO I
Cadeira de segurança para crianças
 
TEXTO II
Quem pensa na frente anda com segurança no banco 
de trás
As consequências de uma colisão no trânsito podem 
ser minimizadas com o simples ato de SEMPRE utilizar 
o cinto de segurança, INCLUSIVE NOS PASSAGEIROS 
DO BANCO DE TRÁS.
A utilização do cinto e dos assentos infantis no banco 
traseiro é uma determinação prevista em lei e sujeita 
à multa, mas a maior razão de seu uso é em RESPEITO 
À VIDA.
Disponível em: http://portfolio-rocha.bIogspot.com.br. Acesso em: 20 
dez. 2012 (adaptado).
A segurança no trânsito tem sido tema de diversas 
campanhas. Da comparação entre os textos, 
depreende-se que ambos 
a) advertem sobre a importância do uso adequado dos 
artigos de segurança no trânsito. 
b) criticam o fato de os cintos de segurança serem 
projetados apenas para adultos. 
c) apresentam exemplos de consequências da falta de 
uso do cinto de segurança. 
d) chamam a atenção para as sanções impostas aos 
motoristas infratores. 
e) sugerem aos pais atitudes a serem tomadas na 
condução de veículos. 
20
44. (Enem PPL) Amor na escola
Duas da madrugada. O casal que discute no andar 
de baixo está tentando aprender. Eles pensavam que 
era só vestir branco, caprichar na decoração e fazer 
os convites chegarem a tempo. Mas não. Na escola, 
até logaritmonos foi ensinado. Decoramos a tabela 
periódica. Nos empurraram química orgânica. Mas 
nada nos foi dito sobre o amor.
GUERRA, C. Disponível em: http://vejabh.abriI.com.br. Acesso em: 19 
nov. 2014.
Qual é o recurso que identifica esse texto como uma 
crônica? 
a) A referência a um fato do cotidiano na vida de um 
casal. 
b) A marcação do tempo em “Duas da madrugada”. 
c) A descrição do espaço em “andar de baixo”. 
d) A enumeração de conteúdos escolares. 
e) A utilização dupla da conjunção “mas”. 
 
45. (Enem PPL) A caolha
A caolha era uma mulher magra, alta, macilenta, 
peito fundo, busto arqueado, braços compridos, 
delgados, largos nos cotovelos, grossos nos pulsos; 
mãos grandes, ossudas, estragadas pelo reumatismo 
e pelo trabalho; unhas grossas, chatas e cinzentas, 
cabelo crespo, de uma cor indecisa entre o branco sujo 
e o louro grisalho, desse cabelo cujo contato parece 
dever ser áspero e espinhento; boca descaída, numa 
expressão de desprezo, pescoço longo, engelhado, 
como o pescoço dos urubus; dentes falhos e cariados. 
O seu aspecto infundia terror às crianças e repulsão 
aos adultos; não tanto pela sua altura e extraordinária 
magreza, mas porque a desgraçada tinha um defeito 
horrível: haviam-lhe extraído o olho esquerdo; a 
pálpebra descera mirrada, deixando, contudo, junto 
ao lacrimal, uma fístula continuamente porejante. 
Era essa pinta amarela sobre o fundo denegrido da 
olheira, era essa destilação incessante de pus que a 
tomava repulsiva aos olhos de toda a gente.
ALMEIDA, J. L. In: COSTA, F. M. (org.). Os melhores contos brasileiros 
de todos os tempos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
Que procedimento composicional o narrador utiliza 
para caracterizar a aparência da personagem? 
a) A descrição marcada por adjetivações depreciativas. 
b) A alternância dos tempos e modos verbais da 
narrativa. 
c) A adoção de um ponto de vista centrado no medo 
das crianças. 
d) A objetividade da correlação entre imperfeições 
físicas e morais. 
e) A especificação da deformidade responsável pela 
feição assustadora. 
21
TEMA: A IMPORTÂNCIA DOS PROFISSIONAIS DA INFORMAÇÃO PARA A SOCIEDADE
TEXTO 1
Ética Jornalística
Um Código de ética é um acordo que estabelece os 
direitos e deveres de uma categoria profissional. 
Sendo assim, de acordo com o artigo 9º do Código de 
Ética do Jornalista, é dever do profissional:
 ƒ Divulgar todos os fatos que sejam de interesse público;
 ƒ Lutar pela liberdade de pensamento e expressão;
 ƒ Defender o livre exercício da profissão;
 ƒ Valorizar, honrar e dignificar a profissão;
 ƒ Opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, 
bem como defender os princípios expressos na 
Declaração Universal dos Direitos do Homem;
 ƒ Combater e denunciar todas as formas de 
corrupção, em especial quando exercida com o 
objetivo de controlar a informação;
 ƒ Respeitar o direito à privacidade do cidadão;
 ƒ Prestigiar as entidades representativas e 
democráticas da categoria;
Além disso, o código também deixa claro que o compromisso 
fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos e 
que ele não deve se pautar por interesses individuais. 
Portanto, o papel do jornalista é levar informação apurada 
e de interesse público para a população.
TEXTO 2
Prêmio Nobel da Paz de 2021: quem são os jornalistas 
Maria Ressa e Dmitry Muratov
Os jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov ganharam 
o Prêmio Nobel da Paz por sua “luta corajosa" em 
defesa da liberdade de expressão nas Filipinas e na 
Rússia, respectivamente.
A comissão se referiu à dupla como “representantes de 
todos os jornalistas que defendem este ideal" e disse que 
Muratov, que co-fundou o jornal independente Novaja 
Gazeta e foi seu editor-chefe por 24 anos, defendeu 
por décadas a liberdade de expressão na Rússia em 
condições cada vez mais desafiadoras.
“O jornalismo livre, independente e baseado em fatos 
serve para proteger contra abuso de poder, mentiras 
e propaganda de guerra", disse o comitê em um 
comunicado. “Sem liberdade de expressão e de imprensa, 
será difícil promover com sucesso a fraternidade entre as 
nações, o desarmamento e uma ordem mundial melhor 
para ter sucesso em nosso tempo", acrescentou.
O Prêmio Nobel da Paz se destina a homenagear um 
indivíduo ou organização que "fez mais ou melhor 
trabalho para a fraternidade entre as nações".
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58843873
TEXTO 3
Políticos e membros do Judiciário elogiam papel de 
consórcio na pandemia
O inédito consórcio formado por veículos de mídia 
para coletar e divulgar informações referentes à 
covid-19 foi elogiado por personalidades do mundo 
político e jurídico, entidades representativas de 
profissionais e pela imprensa em entrevistas a O 
Estado de S.Paulo. Em resposta à decisão do governo 
Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso 
a dados sobre a pandemia de Covid-19, os veículos 
de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de 
S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio 
para trabalhar de forma colaborativa e buscar as 
informações necessárias diretamente nas secretarias 
estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo 
Tribunal Federal, ressaltou que “a transparência é 
mandamento constitucional". 
“São bem-vindas todas as medidas que visem reforçar 
a transparência e ampliar as fronteiras do acesso à 
informação. Essa iniciativa é mais uma demonstração do 
trabalho de excelência realizado pela imprensa em auxiliar 
nas informações necessárias ao combate da pandemia."
Dias Toffoli, presidente do STF
“É louvável a iniciativa dos jornais. Neste momento de 
pandemia e de incertezas, trazer a informação correta, 
consolidada, verdadeira, confiável, é exatamente o que a 
população espera, da imprensa, e precisa, como nação." 
Davi Alcolumbre, presidente do Congresso
Fonte: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/
redacao/2020/06/08/personalidades-politicas-e-entidades-de-classe-
elogiam-consorcio-de-midia.htm (ajustado)
TEXTO 4
“Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos 
ante atrocidades sofridas por outros, perdemos também 
o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados”.
Vladmir Herzog, jornalista torturado e assassinado 
pela ditadura militar no Brasil (1964 a 1985) no dia 25 
de outubro de 1975.
Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/
noticia/2020/06/quem-foi-vladimir-herzog-jornalista-torturado-e-
morto-pela-ditadura-militar.html 
22
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 46 A 90
46. (Enem) Para Platão, o que havia de verdadeiro 
em Parmênides era que o objeto de conhecimento é 
um objeto de razão e não de sensação, e era preciso 
estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto 
sensível ou material que privilegiasse o primeiro em 
detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, 
a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: 
Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, 
um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão 
(427–346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se 
situa diante dessa relação? 
a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as 
duas. 
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o 
conhecimento a eles. 
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e 
sensação são inseparáveis. 
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar 
conhecimento, mas a sensação não. 
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a 
sensação é superior à razão. 
 
47. (Enem) Em nosso país queremos substituir o 
egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos 
pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a 
tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à 
desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo 
orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao 
dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas 
boas pessoas, a intriga pelo mérito,o espirituoso pelo 
gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo 
encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes 
pela grandeza do homem.
HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) 
História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. 
Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado).
O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, 
do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual 
dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução 
Francesa? 
a) À alta burguesia, que desejava participar do poder 
legislativo francês como força política dominante. 
b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era 
ligado à alta burguesia. 
c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, 
que derrotaram as potências rivais e queriam 
reorganizar a França internamente. 
d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu 
contato, com os intelectuais iluministas, desejava 
extinguir o absolutismo francês. 
e) Aos representantes da pequena e média burguesia e 
das camadas populares, que desejavam justiça social e 
direitos políticos. 
 
48. (Enem) A linhagem dos primeiros críticos 
ambientais brasileiros não praticou o elogio laudatório 
da beleza e da grandeza do meio natural brasileiro. O 
meio natural foi elogiado por sua riqueza e potencial 
econômico, sendo sua destruição interpretada como 
um signo de atraso, ignorância e falta de cuidado.
PADUA, J. A. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica 
ambiental no Brasil escravista (1786-1888). Rio de Janeiro: Zahar, 
2002 (adaptado).
Descrevendo a posição dos críticos ambientais 
brasileiros dos séculos XVIII e XIX, o autor demonstra 
que, via de regra, eles viam o meio natural como 
a) ferramenta essencial para o avanço da nação. 
b) dádiva divina para o desenvolvimento industrial. 
c) paisagem privilegiada para a valorização fundiária. 
d) limitação topográfica para a promoção da 
urbanização. 
e) obstáculo climático para o estabelecimento da 
civilização. 
 
49. (Enem) TEXTO I
Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à mente 
quando terra e dívida são mencionadas juntas. Logo 
depois de 600 a.C., ele foi designado “legislador” 
em Atenas, com poderes sem precedentes, porque a 
exigência de redistribuição de terras e o cancelamento 
das dívidas não podiam continuar bloqueados pela 
oligarquia dos proprietários de terra por meio da força 
ou de pequenas concessões.
FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. São Paulo: WMF 
Martins Fontes, 2013 (adaptado).
TEXTO II
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos textos 
fundamentais do direito romano, uma das principais 
heranças romanas que chegaram até nos. A publicação 
23
dessas leis, por volta de 450 a.C., foi importante pois 
o conhecimento das “regras do jogo” da vida em 
sociedade é um instrumento favorável ao homem 
comum e potencialmente limitador da hegemonia e 
arbítrio dos poderosos.
FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).
O ponto de convergência entre as realidades 
sociopolíticas indicadas nos textos consiste na ideia 
de que a 
a) discussão de preceitos formais estabeleceu a 
democracia. 
b) invenção de códigos jurídicos desarticulou as 
aristocracias 
c) formulação de regulamentos oficiais instituiu as 
sociedades. 
d) definição de princípios morais encerrou os conflitos 
de interesses. 
e) criação de normas coletivas diminuiu as 
desigualdades de tratamento. 
 
50. (Enem) No período anterior ao golpe militar de 1964, 
os documentos episcopais indicavam para os bispos 
que o desenvolvimento econômico, e claramente 
o desenvolvimento capitalista, orientando-se no 
sentido da justa distribuição da riqueza, resolveria 
o problema da miséria rural e, consequentemente, 
suprimiria a possibilidade do proselitismo e da 
expansão comunista entre os camponeses. Foi nesse 
sentido que o golpe de Estado, de 31 de março de 1964, 
foi acolhido pela igreja.
MARTINS, J. S. A política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo: 
Contexto. 2011 (adaptado).
Em que pesem as divergências no interior do 
clero após a instalação da ditadura civil-militar, o 
posicionamento mencionado no texto fundamentou-
se no entendimento da hierarquia católica de que o(a) 
a) luta de classes é estimulada pelo livre mercado. 
b) poder oligárquico é limitado pela ação do Exército. 
c) doutrina cristã é beneficiada pelo atraso do interior. 
d) espaço político é dominado pelo interesse 
empresarial. 
e) manipulação ideológica é favorecida pela privação 
material. 
 
51. (Enem PPL) Todas as coisas são diferenciações de 
uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é evidente. 
Porque se as coisas que são agora neste mundo – terra, 
água ar e fogo e as outras coisas que se manifestam 
neste mundo –, se alguma destas coisas fosse diferente 
de qualquer outra, diferente em sua natureza própria 
e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas 
mudanças e diferenciações, então não poderiam as 
coisas, de nenhuma maneira, misturar-se umas às 
outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem 
a planta poderia brotar da terra, nem um animal ou 
qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas 
não fossem compostas de modo a serem as mesmas. 
Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de 
uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, 
retomando sempre a mesma coisa.
DIÓGENES, In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São 
Paulo, Cultrix, 1967.
O texto descreve argumentos dos primeiros 
pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a 
principal preocupação filosófica era de ordem 
a) cosmológica, propondo uma explicação racional do 
mundo fundamentada nos elementos da natureza. 
b) política, discutindo as formas de organização da 
pólis ao estabelecer as regras de democracia. 
c) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores 
virtuosos que tem a felicidade como o bem maior. 
d) estética, procurando investigar a aparência dos 
entes sensíveis. 
e) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca 
da realidade. 
 
52. (Enem) Hoje, a indústria cultural assumiu a 
herança civilizatória da democracia de pioneiros e 
empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza 
de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres 
para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, 
desde a neutralização histórica da religião, são livres 
para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. 
Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete 
sempre a coerção econômica, revela-se em todos os 
setores como a liberdade de escolher o que é sempre 
a mesma coisa.
ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: 
fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de 
acordo com a análise do texto, é um(a) 
a) legado social. 
b) patrimônio político. 
c) produto da moralidade. 
24
d) conquista da humanidade. 
e) ilusão da contemporaneidade. 
 
53. (Enem) 
 
O espaço mundial sob a “nova des-ordem” é um 
emaranhado de zonas, redes e “aglomerados”, 
espaços hegemônicos e contra-hegemônicos que 
se cruzam de forma complexa na face da Terra. Fica 
clara, de saída, a polêmica que envolve uma nova 
regionalização mundial. Como regionalizar um espaço 
tão heterogêneo e, em parte, fluido, como é o espaço 
mundial contemporâneo?
HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C.W. A nova des-ordem 
mundial. São Paulo: UNESP, 2006.
O mapa procura representar a lógica espacial do mundo 
contemporâneo pós-União Soviética, no contexto de 
avanço da globalização e do neoliberalismo, quando a 
divisão entre países socialistas e capitalistas se desfez 
e as categorias de “primeiro” e “terceiro” mundo 
perderam sua validade explicativa. Considerando 
esse objetivo interpretativo, tal distribuição espacial 
aponta para 
a) a estagnação dos Estados com forte identidade 
cultural. 
b) o alcance da racionalidade anticapitalista. 
c) a influência das grandespotências econômicas. 
d) a dissolução de blocos políticos regionais. 
e) o alargamento da força econômica dos países 
islâmicos. 
 
54. (Fuvest) Do ponto de vista tectônico, núcleos 
rochosos mais antigos, em áreas continentais mais 
interiorizadas, tendem a ser os mais estáveis, ou seja, 
menos sujeitos a abalos sísmicos e deformações. 
Em termos geomorfológicos, a maior estabilidade 
tectônica dessas áreas faz com que elas apresentem 
uma forte tendência à ocorrência, ao longo do tempo 
geológico, de um processo de 
a) aplainamento das formas de relevo, decorrente do 
intemperismo e da erosão. 
b) formação de depressões absolutas, gerada por 
acomodação de blocos rochosos. 
c) formação de canyons, decorrente de intensa erosão 
eólica. 
d) produção de desníveis topográficos acentuados, 
resultante da contínua sedimentação dos rios. 
e) geração de relevo serrano, associada a fatores 
climáticos ligados à glaciação. 
 
55. (Enem 2ª aplicação) O alfaiate pardo João de 
Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais 
do que 80 réis e oito filhos, declarava que “Todos os 
brasileiros se fizesse franceses, para viverem em 
igualdade e abundância”.
MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, 
M. N. (Org.). O império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 
1986.
O texto faz referência à Conjuração Baiana. No 
contexto da crise do sistema colonial, esse movimento 
se diferenciou dos demais movimentos libertários 
ocorridos no Brasil por 
a) defender a igualdade econômica, extinguindo a 
propriedade, conforme proposto nos movimentos 
liberais da França napoleônica. 
b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal 
que moveram os revolucionários ingleses na luta 
contra o absolutismo monárquico. 
c) propor a instalação de um regime nos moldes da 
república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem 
socioeconômica escravista e latifundiária. 
d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez 
que sofrera influência direta da Revolução Francesa, 
25
propondo o sistema censitário de votação. 
e) defender um governo democrático que garantisse 
a participação política das camadas populares, 
influenciado pelo ideário da Revolução Francesa. 
 
56. (Enem PPL) Enquanto o pensamento de Santo 
Agostinho representa o desenvolvimento de uma 
filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de 
São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até então 
vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser possível 
desenvolver uma leitura de Aristóteles compatível 
com a doutrina cristã. O aristotelismo de São Tomás 
abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para 
a legitimação do interesse pelas ciências naturais, um 
dos principais motivos do interesse por Aristóteles 
nesse período.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 
2005.
A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação 
da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica 
a) valorizar a investigação científica, contrariando 
certos dogmas religiosos. 
b) declarar a inexistência de Deus, colocando em 
dúvida toda a moral religiosa. 
c) criticar a Igreja Católica, instigando a criação de 
outras instituições religiosas. 
d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando 
a expansão do cristianismo. 
e) contribuir para o desenvolvimento de sentimentos 
antirreligiosos, seguindo sua teoria política. 
 
57. (Fgv) Em junho de 2015, o Papa Francisco tornou 
pública a encíclica Laudato sí (Louvado sejas), na qual 
trata do meio ambiente e da atual crise ecológica, 
conforme trecho a seguir.
48. O ambiente humano e o ambiente natural 
degradam-se em conjunto; e não podemos enfrentar 
adequadamente a degradação ambiental, se não 
prestarmos atenção às causas que têm a ver com a 
degradação humana e social. De fato, a deterioração 
do meio ambiente e a da sociedade afetam de 
modo especial os mais frágeis do planeta: “Tanto 
a experiência comum da vida quotidiana como a 
investigação científica demonstram que os efeitos mais 
graves de todas as agressões ambientais recaem sobre 
as pessoas mais pobres”. Por exemplo (...), a poluição 
da água afeta particularmente os mais pobres que não 
têm possibilidades de comprar água engarrafada, e 
a elevação do nível do mar afeta principalmente as 
populações costeiras mais pobres que não têm para 
onde se transferir. O impacto dos desequilíbrios atuais 
manifesta-se também na morte prematura de muitos 
pobres, nos conflitos gerados pela falta de recursos 
e em muitos outros problemas que não têm espaço 
suficiente nas agendas mundiais.
Apud http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/
documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html
No trecho selecionado da encíclica, o papa estabelece 
a) a relação entre a desigualdade social e a fragilidade 
do equilíbrio ecológico planetário. 
b) o vínculo entre a responsabilidade humana no 
aquecimento global e a elevação do nível do mar. 
c) a interdependência entre o desenvolvimento 
tecnológico e o progresso material e moral. 
d) o papel da política internacional para o uso 
responsável das fontes hídricas. 
e) a importância de preservar o bem comum, sobretudo 
a água potável. 
 
58. (Enem) Os portos sempre foram respostas ao 
comércio praticado em grande volume, que se dá via 
marítima, lacustre e fluvial, e sofreram adaptações, 
ou modernizações, de acordo com um conjunto de 
fatores que vão desde a sua localização privilegiada 
frente a extensas hinterlândias, passando por sua 
conectividade com modernas redes de transportes 
que garantam acessibilidade, associados, no atual 
momento, à tecnologia, que o transformam em 
pontas de lança de uma economia globalizada que 
comprime o tempo em nome da produtividade e da 
competitividade.
ROCHA NETO, J.M.; CRAVIDÃO, F. D., Portos no contexto do meio 
técnico. Mercator, n. 2, maio-ago, 2014 (adaptações).
Uma mudança que permitiu aos portos adequarem-se 
às novas necessidades comerciais apontadas no texto 
foi a 
a) intensificação do uso de contêineres. 
b) compactação das áreas de estocagem. 
c) burocratização dos serviços de alfândega. 
d) redução da profundidade dos atracadouros. 
e) superação da especialização dos cargueiros. 
 
59. (Enem) Nos últimos decênios, o território conhece 
grandes mudanças em função de acréscimos técnicos 
que renovam a sua materialidade, como resultado e 
26
condição, ao mesmo tempo, dos processos econômicos 
e sociais em curso.
SANTOS, M.; SILVEIRA; M. L. O Brasil: território e sociedade do século 
XXI. Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado).
A partir da última década, verifica-se a ocorrência 
no Brasil de alterações significativas no território, 
ocasionando impactos sociais, culturais e econômicos 
sobre comunidades locais, e com maior intensidade, 
na Amazônia Legal, com a 
a) reforma e ampliação de aeroportos nas capitais dos 
estados. 
b) ampliação de estádios de futebol para a realização 
de eventos esportivos. 
c) construção de usinas hidrelétricas sobre os rios 
Tocantins, Xingu e Madeira. 
d) instalação de cabos para a formação de uma rede 
informatizada de comunicação. 
e) formação de uma infraestrutura de torres que 
permitem a comunicação móvel na região. 
 
60. (Enem) Ninguém nasce mulher; torna-se mulher. 
Nenhum destino biológico, psíquico, econômico 
define a forma que a fêmea humana assume no seio 
da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora 
esse produto intermediário entre o macho e o castrado 
que qualificam o feminino.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
Na década de 1960, a proposição de Simone de 
Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento 
social que teve como marca o(a) 
a) ação do Poder Judiciário para criminalizar a 
violência sexual. 
b) pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla 
jornada de trabalho. 
c) organização de protestos públicos para garantir a 
igualdade de gênero.d) oposição de grupos religiosos para impedir os 
casamentos homoafetivos. 
e) estabelecimento de políticas governamentais para 
promover ações afirmativas. 
 
61. (Enem) Após a Independência, integramo-nos 
como exportadores de produtos primários à divisão 
internacional do trabalho, estruturada ao redor da 
Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, 
com braço escravo importado da África, de plantas 
tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso 
atrasou o desenvolvimento de nossa economia 
por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país 
essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado 
por depender de produtores cativos. Não se poderia 
confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos 
de produção que os mais toscos e baratos.
O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para 
fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo 
que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", 
marca que distinguia as classes cultas e "naturalmente" 
dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E 
de fora vinham também os capitais que permitiam 
iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços 
urbanos, de energia, transportes e comunicações.
Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. 
In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século de 
transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.
Levando-se em consideração as afirmações anteriores, 
relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião 
da independência política (1822), é correto afirmar 
que o país 
a) se industrializou rapidamente devido ao 
desenvolvimento alcançado no período colonial. 
b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão 
e fundamentou a produção no trabalho livre. 
c) se tornou dependente da economia europeia por 
realizar tardiamente sua industrialização em relação 
a outros países. 
d) se tornou dependente do capital estrangeiro, que 
foi introduzido no país sem trazer ganhos para a 
infraestrutura de serviços urbanos. 
e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-
Bretanha, que investiu capitais em vários setores 
produtivos. 
 
62. (Enem PPL) O homem natural é tudo para si mesmo; 
é a unidade numérica, o inteiro absoluto, que só se 
relaciona consigo mesmo ou com seu semelhante. O 
homem civil é apenas uma unidade fracionária que se 
liga ao denominador, e cujo valor está em sua relação 
com o todo, que é o corpo social. As boas instituições 
sociais são as que melhor sabem desnaturar o homem, 
retirar-lhe sua existência absoluta para dar-lhe uma 
relativa, e transferir o eu para a unidade comum, de 
sorte que cada particular não se julgue mais como tal, 
e sim como uma parte da unidade, e só seja percebido 
no todo. 
ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 
1999. 
27
A visão de Rousseau em relação à natureza humana, 
conforme expressa o texto, diz que 
a) o homem civil é formado a partir do desvio de sua 
própria natureza. 
b) as instituições sociais formam o homem de acordo 
com a sua essência natural. 
c) o homem civil é um todo no corpo social, pois as 
instituições sociais dependem dele. 
d) o homem é forçado a sair da natureza para se tornar 
absoluto. 
e) as instituições sociais expressam a natureza 
humana, pois o homem é um ser político. 
 
63. (Fuvest) 
 
A charge satiriza uma prática eleitoral presente no 
Brasil da chamada “Primeira República”. Tal prática 
revelava a 
a) ignorância, por parte dos eleitores, dos rumos 
políticos do país, tornando esses eleitores adeptos de 
ideologias políticas nazifascistas. 
b) ausência de autonomia dos eleitores e sua fidelidade 
forçada a alguns políticos, as quais limitavam o 
direito de escolha e demonstravam a fragilidade das 
instituições republicanas. 
c) restrição provocada pelo voto censitário, que 
limitava o direito de participação política àqueles que 
possuíam um certo número de animais. 
d) facilidade de acesso à informação e propaganda 
política, permitindo, aos eleitores, a rápida 
identificação dos candidatos que defendiam a 
soberania nacional frente às ameaças estrangeiras. 
e) ampliação do direito de voto trazida pela República, 
que passou a incluir os analfabetos e facilitou sua 
manipulação por políticos inescrupulosos. 
 
64. (Enem) 
 
Elaborada em 1969, a releitura contida na Figura 2 
revela aspectos de uma trajetória e obra dedicada à 
a) valorização de uma representação tradicional da 
mulher. 
b) descaracterização de referências do folclore 
nordestino. 
c) fusão de elementos brasileiros à moda da Europa. 
d) massificação do consumo de uma arte local. 
e) criação de uma estética de resistência. 
 
65. (Enem (Libras)) O desenvolvimento científico 
digital-molecular de certa forma desterritorializou 
as localizações produtivas; os novos métodos de 
organização do trabalho industrial também vão na 
mesma direção: just in time, kamban, organização 
flexível.
OLIVEIRA, F. As contradições do ão: globalização, nação, região, 
metropolização. Belo Horizonte: Cedeplar UFMG, 2004.
As mudanças descritas no texto referentes aos 
processos produtivos são favorecidas pela 
a) ampliação da intervenção do Estado. 
b) adoção de barreiras alfandegárias. 
c) expansão das redes informacionais. 
d) predominância de empresas locais. 
e) concentração dos polos de fabricação. 
 
28
66. (Enem) A escravidão não há de ser suprimida 
no Brasil por uma guerra servil, muito menos por 
insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, 
tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados 
Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de 
uma revolução, como aconteceu na França, sendo 
essa revolução obra exclusiva da população livre. É 
no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do 
interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há 
de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; 
São Paulo: Publifolha 2000 (adaptado).
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político 
sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no 
Brasil, no qual 
a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra. 
b) incentivava a conquista de alforrias por meio de 
ações judiciais. 
c) optava pela via legalista de libertação. 
d) priorizava a negociação em torno das indenizações 
aos senhores. 
e) antecipava a libertação paternalista dos cativos. 
 
67. (Enem) TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento 
originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que 
outras coisas provêm de sua descendência. Quando o 
ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os 
ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a 
partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, 
transformam-se em água. A água, quando mais 
condensada, transforma-se em terra, e quando 
condensada ao máximo possível, transforma-se em 
pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 
(adaptado). 
TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, 
como criador de todas as coisas, está no princípio do 
mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos 
apresentam, em face desta concepção, as especulações 
contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo 
se origina, ou de algum dos quatro elementos, como 
ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga 
Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem 
ancorar o mundo numa teia de aranha”.
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: 
Vozes, 1991 (adaptado).
Filósofos dos diversos tempos históricos 
desenvolveram teses para explicar a origem do 
universo, a partir de uma explicação racional. As 
teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de 
Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua 
fundamentação teorias que 
a) eram baseadas nas ciências da natureza. 
b) refutavam as teorias de filósofos da religião. 
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. 
d)postulavam um princípio originário para o mundo. 
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. 
 
68. (Enem) Sou uma pobre e velha mulher,
Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.
VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999.
Os versos do poeta francês François Villon fazem 
referência às imagens presentes nos templos católicos 
medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas 
com o objetivo de 
a) refinar o gosto dos cristãos. 
b) incorporar ideais heréticos. 
c) educar os fiéis através do olhar. 
d) divulgar a genialidade dos artistas católicos. 
e) valorizar esteticamente os templos religiosos. 
 
69. (Enem) Após o retorno de uma viagem a Minas 
Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande 
frieza, seus partidários prepararam uma série de 
manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, 
armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, 
na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos 
que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, 
durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras 
“portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo 
respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.
VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: 
Objetiva, 2008 (adaptado).
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se 
caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse 
sentido, a análise dos episódios descritos em Minas 
Gerais e no Rio de Janeiro revela 
a) estímulos ao racismo. 
29
b) apoio ao xenofobismo. 
c) críticas ao federalismo. 
d) repúdio ao republicanismo. 
e) questionamentos ao autoritarismo. 
 
70. (Enem) Homens da Inglaterra, por que arar para os 
senhores que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas 
que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o 
túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso 
suor — ah, que bebem vosso sangue?
SHELLEY. “Os homens da Inglaterra’. Apud HUBERMAN, L. In: 
História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
A análise do trecho permite identificar que o poeta 
romântico Shelley (1792-1822) registrou uma 
contradição nas condições socioeconômicas da 
nascente classe trabalhadora inglesa durante a 
Revolução Industrial. Tal contradição está identificada 
a) na pobreza dos empregados, que estava dissociada 
da riqueza dos patrões. 
b) no salário dos operários, que era proporcional aos 
seus esforços nas indústrias. 
c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados 
pelo proletariado. 
d) no trabalho, que era considerado uma garantia de 
liberdade. 
e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que 
a produziam. 
 
71. (Enem) Ao deflagrar-se a crise mundial de 1929, 
a situação da economia cafeeira se apresentava como 
se segue. A produção, que se encontrava em altos 
níveis, teria que seguir crescendo, pois os produtores 
haviam continuado a expandir as plantações até 
aquele momento. Com efeito, a produção máxima seria 
alcançada em 1933, ou seja, no ponto mais baixo da 
depressão, como reflexo das grandes plantações de 
1927-1928. Entretanto, era totalmente impossível obter 
crédito no exterior para financiar a retenção de novos 
estoques, pois o mercado internacional de capitais 
se encontrava em profunda depressão, e o crédito do 
governo desaparecera com a evaporação das reservas.
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora 
Nacional, 1997 (adaptado).
Uma resposta do Estado brasileiro à conjuntura 
econômica mencionada foi o(a) 
a) atração de empresas estrangeiras. 
b) reformulação do sistema fundiário. 
c) incremento da mão de obra imigrante. 
d) desenvolvimento de política industrial. 
e) financiamento de pequenos agricultores. 
 
72. (Enem) A partir de 1942 e estendendo-se até o final 
do Estado Novo, o Ministro do Trabalho, Indústria e 
Comércio de Getúlio Vargas falou aos ouvintes da 
Rádio Nacional semanalmente, por dez minutos, no 
programa “Hora do Brasil”. O objetivo declarado do 
governo era esclarecer os trabalhadores acerca das 
inovações na legislação de proteção ao trabalho.
GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: IUPERJ / 
Vértice. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988 (adaptado).
Os programas “Hora do Brasil” contribuíram para 
a) conscientizar os trabalhadores de que os direitos 
sociais foram conquistados por seu esforço, após anos 
de lutas sindicais. 
b) promover a autonomia dos grupos sociais, por meio 
de uma linguagem simples e de fácil entendimento. 
c) estimular os movimentos grevistas, que 
reivindicavam um aprofundamento dos direitos 
trabalhistas. 
d) consolidar a imagem de Vargas como um governante 
protetor das massas. 
e) aumentar os grupos de discussão política dos 
trabalhadores, estimulados pelas palavras do ministro. 
 
73. (Enem) Alguns dos desejos são naturais e 
necessários; outros, naturais e não necessários; 
outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos 
de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se 
não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso 
pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua 
satisfação ou parecem geradores de dano.
EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos 
de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974.
No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem 
tem como fim 
a) alcançar o prazer moderado e a felicidade. 
b) valorizar os deveres e as obrigações sociais. 
c) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com 
resignação. 
d) refletir sobre os valores e as normas dadas pela 
divindade. 
30
e) defender a indiferença e a impossibilidade de se 
atingir o saber. 
 
74. (Enem) 
 
Essa imagem foi impressa em cartilha escolar durante 
a vigência do Estado Novo com o intuito de 
a) destacar a sabedoria inata do líder governamental. 
b) atender a necessidade familiar de obediência 
infantil. 
c) promover o desenvolvimento consistente das 
atitudes solidárias. 
d) conquistar a aprovação política por meio do apelo 
carismático. 
e) estimular o interesse acadêmico por meio de 
exercícios intelectuais. 
 
75. (Enem) A felicidade é portanto, a melhor, a mais 
nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses 
atributos não devem estar separados como na inscrição 
existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais 
justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o 
que amamos”. Todos estes atributos estão presentes 
nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, 
nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais 
excelentes atributos, Aristóteles a identifica como 
a) busca por bens materiais e títulos de nobreza. 
b) plenitude espiritual a ascese pessoal. 
c) finalidade das ações e condutas humanas. 
d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. 
e) expressão do sucesso individual e reconhecimento 
público. 
 
76. (Fuvest) A Litosfera é fragmentada em placas 
que deslizam, convergem e se separam umas em 
relação às outras à medida que se movimentam sobre 
a Astenosfera. Essa dinâmica compõe a Tectônica 
de Placas, reconhecida inicialmente pelo cientista 
alemão Alfred Wegener, que elaborou a teoria da 
Deriva Continental no início do século XX, tal como 
demonstrado a seguir.
 
As bases da teoria de Wegener seguiram inúmeras 
evidências deixadas na superfície dos continentes ao 
longo do tempo geológico. Considerando as figuras 
e seus conhecimentos, indique o fator básico que 
influenciou o raciocínio de Wegener. 
a) As repartições internas atuais dos continentes no 
Hemisfério Norte. 
31
b) A continuidade dos sistemas fluviais entre América 
e África. 
c) As ligações atuais entre os continentes no Hemisfério 
Sul.d) A semelhança entre os contornos da costa sul-
americana e africana. 
e) A distribuição das águas constituindo um só oceano. 
 
77. (Enem) Seguiam-se vinte criados custosamente 
vestidos e montados em soberbos cavalos; depois 
destes, marchava o Embaixador do Rei do Congo 
magnificamente ornado de seda azul para anunciar ao 
Senado que a vinda do Rei estava destinada para o dia 
dezesseis. Em resposta obteve repetidas vivas do povo 
que concorreu alegre e admirado de tanta grandeza. 
“Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro”, Bahia apud DEL 
PRIORE, M. Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI JR., 
R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. São Paulo: 
Brasiliense, 1994 (adaptado).
Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação 
do Rei do Congo evidencia um processo de 
a) exclusão social. 
b) imposição religiosa. 
c) acomodação política. 
d) supressão simbólica. 
e) ressignificação cultural. 
 
78. (Fuvest) O processo de industrialização que se 
efetivou em São Paulo a partir do início do século XX foi o 
indutor do processo de metropolização. A partir do final 
dos anos 1950, a concentração da estrutura produtiva 
e a centralização do capital em São Paulo foram 
acompanhadas de uma urbanização contraditória que, 
ao mesmo tempo, absorvia as modernidades possíveis 
e expulsava para as periferias imensa quantidade de 
pessoas que, na impossibilidade de viver o urbano, 
contraditoriamente, potencializavam a sua expansão. 
Assim, de 1960 a 1980, a expansão da metrópole 
caracterizou-se também pela intensa expansão de 
sua área construída, marcadamente fragmentada e 
hierarquizada. Esse processo se constituiu em um 
ciclo da expansão capitalista em São Paulo marcada 
por sua periferização.
Isabel Alvarez. Projetos Urbanos: alianças e conflitos na reprodução 
da metrópole. Disponível em: http://gesp.fflch.usp.br/sites/gesp.fflch.
usp.br/files/02611.pdf. Acessado em 10/08/2015. Adaptado.
Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto 
afirmar: 
a) O processo que levou à formação da metrópole 
paulistana foi dual, pois, ao trazer modernidade, 
trouxe também segregação social. 
b) A cidade de São Paulo, no período entre o final da 
Segunda Guerra Mundial e os anos de 1980, conheceu 
um processo intenso de desconcentração industrial. 
c) A periferia de São Paulo continua tendo, nos 
dias de hoje, um papel fundamental de eliminar a 
fragmentação e a hierarquização espacial. 
d) A periferização, em São Paulo, cresceu com ritmo 
acelerado até os anos de 1980, e, a partir daí, estagnou, 
devido à retração de investimentos na metrópole. 
e) A expansão da área construída da metrópole, na 
década de 1960, permitiu, ao mesmo tempo, ampliar 
a mancha urbana e eliminar a fragmentação espacial. 
 
79. (Fuvest) 
 
Níveis per capita de industrialização, 1750-1913
(Reino Unido em 1900 = 100)
Ronald Findlay e Kevin O’Rourke. Power and Plenty: Trade,War, and 
the World Economy in the Second Millennium. Princeton: Princeton 
University Press, 2007. Adaptado.
Com base na tabela, é correto afirmar: 
a) A industrialização acelerada da Alemanha e dos 
Estados Unidos ocorreu durante a Primeira Revolução 
Industrial, mantendo-se relativamente inalterada 
durante a Segunda Revolução Industrial. 
b) Os países do Sul e do Leste da Europa apresentaram 
níveis de industrialização equivalentes aos dos países 
do Norte da Europa e dos Estados Unidos durante a 
Segunda Revolução Industrial. 
c) A Primeira Revolução Industrial teve por epicentro 
o Reino Unido, acompanhado em menor grau pela 
Bélgica, ambos mantendo níveis elevados durante a 
Segunda Revolução Industrial. 
d) Os níveis de industrialização verificados na Ásia em 
meados do século XVIII acompanharam o movimento 
32
geral de industrialização do Atlântico Norte ocorrido 
na segunda metade do século XIX. 
e) O Japão se destacou como o país asiático de 
mais rápida industrialização no curso da Primeira 
Revolução Industrial, perdendo força, no entanto, 
durante a Segunda Revolução Industrial. 
 
80. (Fuvest) Observe os gráficos.
 
Com base nos gráficos e em seus conhecimentos, 
assinale a alternativa correta. 
a) O comércio bilateral entre China e África cresceu 
timidamente no período e envolveu, principalmente, 
bens de capital africanos e bens de consumo chineses. 
b) As exportações chinesas para a África restringem-se 
a bens de consumo e produtos primários destinados a 
atender ao pequeno e estagnado mercado consumidor 
africano. 
c) A implantação de grandes obras de engenharia, com 
destaque para rodovias transcontinentais, ferrovias e 
hidrovias, associa-se ao investimento chinês no setor 
da construção civil na África. 
d) O agronegócio foi o principal investimento da China 
na África em função do exponencial crescimento 
da população chinesa e de sua grande demanda por 
alimentos. 
e) O investimento chinês no setor minerador, na África, 
associa-se ao crescimento industrial da China e sua 
consequente demanda por petróleo e outros minérios. 
 
81. (Fuvest) Se o açúcar do Brasil o tem dado a conhecer 
a todos os reinos e províncias da Europa, o tabaco o 
tem feito muito afamado em todas as quatro partes do 
mundo, em as quais hoje tanto se deseja e com tantas 
diligências e por qualquer via se procura. Há pouco 
mais de cem anos que esta folha se começou a plantar 
e beneficiar na Bahia [...] e, desta sorte, uma folha 
antes desprezada e quase desconhecida tem dado e dá 
atualmente grandes cabedais aos moradores do Brasil e 
incríveis emolumentos aos Erários dos príncipes. 
ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas 
e minas. São Paulo: EDUSP, 2007. Adaptado. 
 
O texto acima, escrito por um padre italiano em 1711, 
revela que 
a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior ao do 
ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar. 
b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do que 
ocorria com outros produtos, era direcionado à 
metrópole. 
c) não se pode exagerar quanto à lucratividade 
propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do tabaco, 
desde seu início, era maior. 
d) os europeus, naquele ano, já conheciam plenamente 
o potencial econômico de suas colônias americanas. 
e) a economia colonial foi marcada pela simultaneidade 
de produtos, cuja lucratividade se relacionava com sua 
inserção em mercados internacionais. 
 
82. (Enem) A natureza fez os homens tão iguais, quanto 
às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por 
vezes se encontre um homem manifestamente mais 
forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, 
mesmo assim, quando se considera tudo isto em 
conjunto, a diferença entre um e outro homem não 
é suficientemente considerável para que um deles 
possa com base nela reclamar algum benefício a que 
outro não possa igualmente aspirar.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo Martins Fontes, 2003
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, 
quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles 
a) entravam em conflito. 
b) recorriam aos clérigos. 
c) consultavam os anciãos. 
d) apelavam aos governantes. 
e) exerciam a solidariedade. 
 
83. (Enem) A transferência da corte trouxe para a 
América portuguesa a família real e o governo da 
Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte 
do aparato administrativo português. Personalidades 
diversas e funcionários régios continuaram 
33
embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus 
empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no 
Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de 
independência da América portuguesa por terem 
a) incentivado o clamor popular por liberdade. 
b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana. 
c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial. 
d) obtido o apoio do grupo constitucionalista 
português. 
e) provocado os movimentos separatistasdas 
províncias. 
 
84. (Enem) TEXTO I
O que vemos no país é uma espécie de espraiamento e 
a manifestação da agressividade através da violência. 
Isso se desdobra de maneira evidente na criminalidade, 
que está presente em todos os redutos — seja nas áreas 
abandonadas pelo poder público, seja na política ou 
no futebol. O brasileiro não é mais violento do que 
outros povos, mas a fragilidade do exercício e do 
reconhecimento da cidadania e a ausência do Estado 
em vários territórios do país se impõem como um 
caldo de cultura no qual a agressividade e a violência 
fincam suas raízes.
Entrevista com Joel Birman. A Corrupção é um crime sem rosto. 
IstoÉ. Edição 2099; 3 fev. 2010.
TEXTO II
Nenhuma sociedade pode sobreviver sem canalizar 
as pulsões e emoções do indivíduo, sem um controle 
muito específico de seu comportamento. Nenhum 
controle desse tipo é possível sem que as pessoas 
anteponham limitações umas às outras, e todas as 
limitações são convertidas, na pessoa a quem são 
impostas, em medo de um ou outro tipo.
ELIAS, N. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
Considerando-se a dinâmica do processo civilizador, 
tal como descrito no Texto II, o argumento do Texto 
I acerca da violência e agressividade na sociedade 
brasileira expressa a 
a) incompatibilidade entre os modos democráticos de 
convívio social e a presença de aparatos de controle 
policial. 
b) manutenção de práticas repressivas herdadas 
dos períodos ditatoriais sob a forma de leis e atos 
administrativos. 
c) inabilidade das forças militares em conter a violência 
decorrente das ondas migratórias nas grandes cidades 
brasileiras. 
d) dificuldade histórica da sociedade brasileira em 
institucionalizar formas de controle social compatíveis 
com valores democráticos. 
e) incapacidade das instituições político-legislativas 
em formular mecanismos de controle social específicos 
à realidade social brasileira. 
 
85. (Enem) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser 
amado que temido ou temido que amado. Responde-
se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque 
é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que 
amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque 
dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que 
são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos 
de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente 
teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, 
quando, como acima disse, o perigo está longe; mas 
quando ele chega, revoltam-se.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
A partir da análise histórica do comportamento 
humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel 
define o homem como um ser 
a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o 
bem a si e aos outros. 
b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para 
alcançar êxito na política. 
c) guiado por interesses, de modo que suas ações são 
imprevisíveis e inconstantes. 
d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-
social e portando seus direitos naturais. 
e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas 
com seus pares. 
 
86. (Fuvest) A ideia de ocupação do continente pelo 
povo americano teve também raízes populares, no 
senso comum e também em fundamentos religiosos. O 
sonho de estender o princípio da “união” até o Pacífico 
foi chamado de “Destino Manifesto”. 
Nancy Priscilla S. Naro. A formação dos Estados Unidos. São Paulo: 
Atual, 1986, p. 19. 
A concepção de “Destino Manifesto”, cunhada nos 
Estados Unidos da década de 1840, 
a) difundiu a ideia de que os norte-americanos 
34
eram um povo eleito e contribuiu para justificar o 
desbravamento de fronteiras e a expansão em direção 
ao Oeste. 
b) tinha origem na doutrina judaica e enfatizava que 
os homens deviam temer a Deus e respeitar a todos 
os semelhantes, independentemente de sua etnia ou 
posição social. 
c) baseava-se no princípio do multiculturalismo 
e impediu a propagação de projetos ou ideologias 
racistas no Sul e no Norte dos Estados Unidos. 
d) derivou de princípios calvinistas e rejeitava a 
valorização do individualismo e do aventureirismo 
nas campanhas militares de conquista territorial, 
privilegiando as ações coordenadas pelo Estado. 
e) defendia a necessidade de se preservar a natureza 
e impediu o prosseguimento das guerras contra 
indígenas, na conquista do Centro e do Oeste do 
território norte-americano. 
 
87. (Mackenzie) Leia o texto a seguir para responder a 
questão.
População idosa da Europa é um desafio para o 
sistema previdenciário
Jornal do Brasil
“O equilíbrio no sistema previdenciário europeu é um 
dos grandes desafios do continente para as próximas 
décadas, acreditam os especialistas. Os que vivem de 
aposentadorias deverão atingir a maioria da população 
europeia, com cerca de do total em 2050. Porém, a 
crise econômica que se alastra no Velho Mundo já 
desempregou cerca de do continente, causando um 
desequilíbrio que deverá afetar os Estados no futuro.”
Fonte: www.jb.com.br/economia/noticias/2012/02/03/
O trecho da reportagem acima retrata parte do 
problema do chamado “deficit previdenciário”. Este 
problema envolve aspectos demográficos, econômicos 
e políticos. A esse respeito, assinale a alternativa 
correta. 
a) O deficit previdenciário é um problema grave da 
Europa, pois sua população ainda se encontra na 
primeira fase do processo de transição demográfica, 
apresentando redução constante dos índices de 
mortalidade e aumento da expectativa de vida. Os 
índices elevados de natalidade, pouco superiores 
às médias mundiais, não têm sido suficientes para a 
reposição da mão de obra e, consequentemente, das 
contribuições previdenciárias. 
b) A população europeia encontra-se na segunda fase 
do processo de transição demográfica, caracterizando-
se por uma queda recente dos índices de natalidade, 
o que garante a mão de obra compatível com as 
contribuições previdenciárias. Desse modo, o 
problema do deficit se justifica apenas pela crise 
econômica deflagrada em 2008. 
c) A contínua elevação da expectativa de vida fez 
aumentar a proporção de idosos no continente 
europeu, ao mesmo tempo em que a reduzida taxa 
de natalidade fez com que a proporção da população 
economicamente ativa não acompanhasse esse 
crescimento. Esses dois fenômenos, combinados, 
provocam o deficit previdenciário, agravado pela crise 
econômica. 
d) A população europeia é chamada de “madura” 
ou “envelhecida”, pois a proporção média de idosos 
(pessoas acima de 60 anos) nos países do continente 
ultrapassa os 60% da população total. Nesse contexto, 
os gastos com aposentadorias e pensões tornam-
se muito superiores ao volume das contribuições 
previdenciárias. 
e) A grande participação de imigrantes ilegais é a 
principal causa do deficit previdenciário nos países 
europeus, sobretudo na sua porção ocidental. Países 
como França e Alemanha apresentam grandes 
percentuais de estrangeiros irregulares, notadamente 
argelinos e turcos. Esses imigrantes, por serem 
ilegais, não trabalham, mas consomem os recursos 
previdenciários sob a forma de aposentadorias e 
pensões. 
 
88. (Fuvest) No mundo virtual, milhões de pessoas 
falam, compram, compartilham dados e se reúnem 
para tratar dos mais variados assuntos.
Nas figuras, os números mostram a movimentação 
média, em 1 minuto, de algumas das principais 
empresas e ferramentas de internet nos anos de 2015 
e 2017.
 
 
35
Sobre a internet e os números mostrados nas figuras, 
é correto afirmar: 
a) Após um crescimento até a primeira década do 
século XXI, as ferramentas na internet apresentaram 
estagnação de utilização nos últimos anos. 
b) Para todos os governos do mundo, 
independentemente do regime, a democratização da 
internet é uma ação estratégica. 
c) O controle de dados e informações é descentralizado, 
o que confere equanimidade aos países membros da 
ONU. 
d) A internet está em constante e rápida mudança, com 
novas ferramentasaparecendo com contribuições 
relevantes, enquanto outras vão perdendo espaço. 
e) Empresas do ramo de serviços têm apresentado 
crescimento acentuado, o que não é observado em 
relação a empresas do ramo de entretenimento. 
 
89. (Enem (Libras)) A difusão do termo globalização 
ocorreu por meio da imprensa financeira internacional, 
em meados da década de 1980. Depois disso, muitos 
intelectuais dedicaram-se ao tema, associando-o à 
difusão de novas tecnologias na área da comunicação, 
como satélites artificiais, redes de fibra óptica que 
interligam pessoas por meio de computadores, entre 
outras, que permitiram acelerar a circulação de 
informações e de fluxos financeiros.
RIBEIRO, W. C. Globalização e geografia em Milton Santos. Scripta Nova: 
Revista Electrónica de Geografía e Ciencias Sociales, n. 124, 2002.
No mundo atual, as novas tecnologias abordadas no 
texto proporcionaram a 
a) garantia do acesso digital. 
b) substituição da mídia formal. 
c) padronização da cultura dos povos. 
d) transparência dos fatos transmitidos. 
e) velocidade de propagação das notícias. 
 
90. (Fuvest) Em uma significativa passagem da tragédia 
Macbeth, de Shakespeare, seu personagem principal 
declara: “Ouso tudo o que é próprio de um homem; quem 
ousa fazer mais do que isso não o é”. De acordo com muitos 
intérpretes, essa postura revela, com extraordinária 
clareza, toda a audácia da experiência renascentista.
Com relação à cultura humanista, é correto afirmar que 
a) o mecenato de príncipes, de instituições e de famílias 
ricas e poderosas evitou os constrangimentos, prisão e 
tortura de artistas e de cientistas. 
b) a presença majoritária de temáticas religiosas nas 
artes plásticas demonstrava as dificuldades de assimilar 
as conquistas científicas produzidas naquele momento. 
c) a observação da natureza, os experimentos e a 
pesquisa empírica contribuíram para o rompimento 
de alguns dos dogmas fundamentais da Igreja. 
d) a reflexão dedutiva e o cálculo matemático limitaram-
se à pesquisa teórica e somente seriam aplicados na 
chamada Revolução Científica do século XVII. 
e) a avidez de conhecimento e de poder favoreceu 
a renovação das universidades e a valorização dos 
saberes transmitidos pela cultura letrada.
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RASCUNHO
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