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Simulado 2022 - Provas e Instruções

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lorena dewa

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Questões resolvidas

Na canção, o eu lírico modifica uma série de provérbios bastante conhecidos. A maioria das formulações originais desses provérbios contém um apelo
A) ao livre-arbítrio.
B) ao otimismo.
C) à solidariedade.
D) ao conformismo.
E) à transgressão.

A resposta de Diógenes a Alexandre Magno pode ser caracterizada como
Aaudaciosa.
Bsubserviente.
Chipócrita.
Dcompassiva.
Eincoerente.
A) Aaudaciosa.
B) Bsubserviente.
C) Chipócrita.
D) Dcompassiva.
E) Eincoerente.

Na tira, a morte é caracterizada como
Afrívola.
Bcompassiva.
Csolitária.
Dincorruptível.
Ematerialista.
A) Afrívola.
B) Bcompassiva.
C) Csolitária.
D) Dincorruptível.
E) Ematerialista.

O ditado popular que se relaciona melhor com o poema é:
APara bom entendedor, meia palavra basta.
BÁgua mole em pedra dura tanto bate até que fura.
CQuem com ferro fere, com ferro será ferido.
DUm dia é da caça, o outro é do caçador.
EUma andorinha só não faz verão.
A) APara bom entendedor, meia palavra basta.
B) BÁgua mole em pedra dura tanto bate até que fura.
C) CQuem com ferro fere, com ferro será ferido.
D) DUm dia é da caça, o outro é do caçador.
E) EUma andorinha só não faz verão.

Contribui para o efeito de humor do cartum o recurso
AAà antítese.
BBao eufemismo.
CCà personificação.
DDà hipérbole.
EEao paradoxo.

a) Aà antítese.
b) Bao eufemismo.
c) Cà personificação.
d) Dà hipérbole.
e) Eao paradoxo.

No contexto filosófico sobre o conceito de arte, os dois textos concordam em relação à

A) necessidade de engajamento político no processo autoral.
B) ausência de critério consensual na legitimação artística.
C) carência de investimento privado na formação artística.
D) atuação de legislação pública no cenário criativo.
E) exigência de embasamento tradicional na produção cultural.

O instrumento intelectual empregado por Descartes para analisar os seus próprios pensamentos tem como objetivo

A) identificar um ponto de partida para a consolidação de um conhecimento seguro.
B) observar os eventos particulares para a formação de um entendimento universal.
C) canalizar as necessidades humanas para a construção de um saber empírico.
D) estabelecer uma base cognitiva para assegurar a valorização da memória.
E) investigar totalidades estruturadas para dotá-las de significação.

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Questões resolvidas

Na canção, o eu lírico modifica uma série de provérbios bastante conhecidos. A maioria das formulações originais desses provérbios contém um apelo
A) ao livre-arbítrio.
B) ao otimismo.
C) à solidariedade.
D) ao conformismo.
E) à transgressão.

A resposta de Diógenes a Alexandre Magno pode ser caracterizada como
Aaudaciosa.
Bsubserviente.
Chipócrita.
Dcompassiva.
Eincoerente.
A) Aaudaciosa.
B) Bsubserviente.
C) Chipócrita.
D) Dcompassiva.
E) Eincoerente.

Na tira, a morte é caracterizada como
Afrívola.
Bcompassiva.
Csolitária.
Dincorruptível.
Ematerialista.
A) Afrívola.
B) Bcompassiva.
C) Csolitária.
D) Dincorruptível.
E) Ematerialista.

O ditado popular que se relaciona melhor com o poema é:
APara bom entendedor, meia palavra basta.
BÁgua mole em pedra dura tanto bate até que fura.
CQuem com ferro fere, com ferro será ferido.
DUm dia é da caça, o outro é do caçador.
EUma andorinha só não faz verão.
A) APara bom entendedor, meia palavra basta.
B) BÁgua mole em pedra dura tanto bate até que fura.
C) CQuem com ferro fere, com ferro será ferido.
D) DUm dia é da caça, o outro é do caçador.
E) EUma andorinha só não faz verão.

Contribui para o efeito de humor do cartum o recurso
AAà antítese.
BBao eufemismo.
CCà personificação.
DDà hipérbole.
EEao paradoxo.

a) Aà antítese.
b) Bao eufemismo.
c) Cà personificação.
d) Dà hipérbole.
e) Eao paradoxo.

No contexto filosófico sobre o conceito de arte, os dois textos concordam em relação à

A) necessidade de engajamento político no processo autoral.
B) ausência de critério consensual na legitimação artística.
C) carência de investimento privado na formação artística.
D) atuação de legislação pública no cenário criativo.
E) exigência de embasamento tradicional na produção cultural.

O instrumento intelectual empregado por Descartes para analisar os seus próprios pensamentos tem como objetivo

A) identificar um ponto de partida para a consolidação de um conhecimento seguro.
B) observar os eventos particulares para a formação de um entendimento universal.
C) canalizar as necessidades humanas para a construção de um saber empírico.
D) estabelecer uma base cognitiva para assegurar a valorização da memória.
E) investigar totalidades estruturadas para dotá-las de significação.

Prévia do material em texto

1
 NA
1º DIA
SIMULADOS 2022 - CICLO 06
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
ATENÇÃO: Transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, 
considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
É preciso que a leitura seja um ato de amor.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas 
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com 
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente 
à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá 
levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem 
o término das provas.
CADERNO 
01
AMARELO
2
LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (OPÇÃO INGLÊS)
Questão 01 
After prison blaze kills hundreds in Honduras UN 
warns on overcrowding
15 February 2012
A United Nations human rights official today called 
on Latin American countries to tackle the problem of 
prison overcrowding in the wake of an overnight fire 
at a jail in Honduras that killed hundreds of inmates. 
More than 300 prisoners are reported to have died in 
the blaze at the prison, located north of the capital, 
Tegucigalpa, with dozens of others still missing and 
presumed dead. Antonio Maldonado, human rights 
adviser for the UN system in Honduras, told UN 
Radio today that overcrowding may have contributed 
to the death toll. “But we have to wait until a thorough 
investigation is conducted so we can reach a precise 
cause,” he said. “But of course there is a problem 
of overcrowding in the prison system, not only in 
this country, but also in many other prisons in Latin 
America.”
Disponível em: <www.un.org>.
Acesso em: 22 fev. 2012 (adaptado).
Os noticiários destacam acontecimentos diários, que 
são veiculados em jornal impresso, rádio, televisão e 
internet. Nesse texto, o acontecimento reportado é a 
AAocorrência de um incêndio em um presídio 
superlotado em Honduras. 
BBquestão da superlotação nos presídios em 
Honduras e na América Latina. 
CCinvestigação da morte de um oficial das Nações 
Unidas em visita a um presídio. 
DDconclusão do relatório sobre a morte de mais de 
trezentos detentos em Honduras. 
EEcausa da morte de doze detentos em um presídio 
superlotado ao norte de Honduras. 
 
Questão 02 
Israel Travel Guide
 Israel has always been a standout destination. 
From the days of prophets to the modern day nomad 
this tiny slice of land on the eastern Mediteranean 
has long attracted visitors. While some arrive in the 
‘Holy Land’ on a spiritual quest, many others are on 
cultural tours, beach holidays and eco-tourism trips. 
Weeding through Israel’s convoluted history is both 
exhilarating and exhausting. There are crumbling 
temples, ruined cities, abandoned forts and hundreds 
of places associated with the Bible. And while a 
sense of adventure is required, most sites are safe 
and easily accessible. Most of all, Israel is about its 
incredible diverse population. Jews come from all 
over the world to live here, while about 20% of the 
population is Muslim. Politics are hard to get away 
from in Israel as everyone has an opinion on how to 
move the country forward – with a ready ear you’re 
sure to hear opinions from every side of the political 
spectrum.
Disponível em: www.worldtravelguide.net. Acesso em: 15 jun. 2012.
Antes de viajar, turistas geralmente buscam 
informações sobre o local para onde pretendem ir. O 
trecho do guia de viagens de Israel. 
AAdescreve a história desse local para que turistas 
valorizem seus costumes milenares. 
BBinforma hábitos religiosos para auxiliar turistas a 
entenderem as diferenças culturais. 
CCdivulga os principais pontos turísticos para ajudar 
turistas a planejarem sua viagem. 
DDrecomenda medidas de segurança para alertar 
turistas sobre possíveis riscos locais. 
EEapresenta aspectos gerais da cultura do país 
para continuar a atrair turistas estrangeiros. 
 
Questão 03 
36 hours in Buenos Aires
Contemporary Argentine history is a roller coaster of 
financial booms and cracks, set to gripping political 
soap operas. But through all the highs and lows, one 
thing has remained constant: Buenos Aires’s graceful 
elegance and cosmopolitan cool. This attractive 
city continues to draw food lovers, design buffs 
and party people with its riotous night life, fashion-
forward styling and a favorable exchange rate. Even 
3
with the uncertain economy, the creative energy and 
enterprising spirit of Porteños, as residents are called, 
prevail – just look to the growing ranks of art spaces, 
boutiques, restaurants and hotels.
SINGER, P. Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 30 jul. 2012.
Nesse artigo de jornal, Buenos Aires é apresentada 
como a capital argentina, que 
AAfoi objeto de novelas televisivas baseadas em 
sua vida noturna e artística. 
BBmanteve sua elegância e espírito cosmopolita, 
apesar das crises econômicas. 
CCteve sua energia e aspecto empreendedor 
ofuscados pela incerteza da economia. 
DDfoi marcada historicamente por uma vida 
financeira estável, com repercussão na arte. 
EEparou de atrair apreciadores da gastronomia, 
devido ao alto valor de sua moeda. 
 
Questão 04 
If You’re Out There
If you hear this message
Wherever you stand
I’m calling every woman
Calling every man
We’re the generation
We can’t afford to wait
The future started yesterday
And we’re already late
We’ve been looking for a song to sing
Searched for a melody
Searched for someone to lead
We’ve been looking for the world to change
If you feel the same, we’ll go on and say
If you’re out there
Sing along with me if you’re out there
I’m dying to believe that you’re out there
Stand up and say it loud if you’re out there
Tomorrow’s starting now...now...now […]
We can destroy Hunger
We can conquer Hate
Put down the arms and raise your voice
We’re joining hands today […]
LEGEND, J. Evolver. Los Angeles: Sony Music, 2008 (fragmento).
O trecho da letra de If You’re Out There revela que 
essa canção, lançada em 2008, é um(a) 
AAconvocação à luta armada. 
BBapelo ao engajamento social. 
CCatitude saudosista. 
DDcrítica a atitudes impensadas. 
EEelogio à capacidade de aceitação. 
 
Questão 05 
 
A emissão de gases tóxicos na atmosfera traz diversas 
consequências para nosso planeta. De acordo com 
o gráfico, retirado do texto Global warming is an 
international issue, observa-se que 
AAas queimadas poluem um pouco mais do que os 
combustíveis usados nos meios de transporte. 
BBas residências e comércios são os menores 
emissores de gases de efeito estufa naatmosfera. 
CCo processo de tratamento de água contribui para 
a emissão de gases poluentes no planeta. 
DDos combustíveis utilizados nos meios de 
transportes poluem mais do que as indústrias. 
EEos maiores emissores de gases de efeito estufa 
na atmosfera são as usinas elétricas. 
4
 LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (OPÇÃO ESPANHOL)
Questão 01 
A charge evoca uma situação de assombro 
frente a uma realidade que assola as sociedades 
contemporâneas. Seu efeito humorístico reside na 
crítica diante do(a) 
AAconstatação do ser humano como o responsável 
pela condição caótica do mundo. 
BBapelo à religiosidade diante das dificuldades 
enfrentadas pela humanidade. 
CCindignação dos trabalhadores em face das 
injustiças sociais. 
DDveiculação de informações trágicas pelos 
telejornais. 
EEmanipulação das notícias difundidas pelas 
mídias. 
 
Questão 02 
Pensar la lengua del siglo XXI
Aceptada la dicotomía entre “español general” 
académico y “español periférico” americano, 
la capacidad financiera de la Real Academia, 
apoyada por la corona y las grandes empresas 
transnacionales españolas, no promueve la 
conservación de la unidad, sino la unificación del 
español, dirigida e impuesta desde España (la 
Fundación Español Urgente: Fundeu). Unidad y 
unificación no son lo mismo: la unidad ha existido 
siempre y con ella la variedad de la lengua, 
riqueza suprema de nuestras culturas nacionales; 
la unificación lleva a la pérdida de las diferencias 
culturales, que nutren al ser humano y son tan 
importantes como la diversidad biológica de la 
Tierra.
Culturas nacionales: desde que nacieron los 
primeros criollos, mestizos y mulatos en el 
continente hispanoamericano, las diferencias de 
colonización, las improntas que dejaron en las 
nacientes sociedades americanas los pueblos 
aborígenes, la explotación de las riquezas naturales, 
las redes comerciales coloniales fueron creando 
culturas propias, diferentes entre sí, aunque con 
el fondo común de la tradición española. Después 
de las independencias, cuando se instituyeron 
nuestras naciones, bajo diferentes influencias, ya 
francesas, ya inglesas; cuando los inmigrantes 
italianos, sobre todo, dieron su pauta a Argentina, 
Uruguay o Venezuela, esas culturas nacionales se 
consolidaron y con ellas su español, pues la lengua 
es, ante todo, constituyente. Así, el español actual 
de España no es sino una más de las lenguas 
nacionales del mundo hispánico. El español actual 
es el conjunto de veintidós españoles nacionales, 
que tienen sus propias características; ninguno 
vale más que otro. La lengua del siglo XXI es, por 
eso, una lengua pluricéntrica .
LARA, L. F. Disponível em: <www.revistaenie.clarin.com>.
Acesso em: 25 fev. 2013.
O texto aborda a questão da língua espanhola no 
século XXI e tem como função apontar que 
AAas especificidades culturais rompem com a 
unidade hispânica. 
BBas variedades do espanhol têm igual relevância 
linguística e cultural. 
CCa unidade linguística do espanhol fortalece a 
identidade cultural hispânica. 
DDa consolidação das diferenças da língua 
prejudica sua projeção mundial. 
EEa unificação da língua enriquece a competência 
linguística dos falantes. 
Questão 03 
Los fallos de software en aparatos médicos, como 
marcapasos, van a ser una creciente amenaza 
para la salud pública, según el informe de 
Software Freedom Law Center (SFLC) que ha sido 
presentado hoy en Portland (EEUU), en la Open 
5
Source Convention (OSCON).
La ponencia “Muerto por el código: transparencia de 
software en los dispositivos médicos implantables” 
aborda el riesgo potencialmente mortal de los 
defectos informáticos en los aparatos médicos 
implantados en las personas.
Según SFLC, millones de personas con condiciones 
crónicas del corazón, epilepsia, diabetes, obesidad 
e, incluso, la depresión dependen de implantes, 
pero el software permanece oculto a los pacientes 
y sus médicos.
La SFLC recuerda graves fallos informáticos 
ocurridos en otros campos, como en elecciones, 
en la fabricácion de coches, en las líneas aéreas 
comerciales o en los mercados financeiros.
Disponível em: http://www.elpais.com. Acesso em: 24 jul. 2010 
(adaptado).
O título da palestra, citado no texto, antecipa o 
tema que será tratado e mostra que o autor tem a 
intenção de 
AArelatar novas experiências em tratamento de 
saúde. 
BBalertar sobre os riscos mortais de determinados 
softwares de uso médico para o ser humano. 
CCdenunciar falhas médicas na implantação de 
softwares em seres humanos. 
DDdivulgar novos softwares presentes em 
aparelhos médicos lançados no mercado. 
EEapresentar os defeitos mais comuns de 
softwares em aparelhos médicos. 
 
Questão 04 
Agua
al soñar que un cántaro
en la cabeza acarreas,
será éxito y triunfo lo que tú veas.
Bañarse en un río
donde el agua escalda,
es augurio de enemigos
y de cuchillo en la espalda.
Bañarse en un río de agua puerca,
es perder a alguien cerca.
ORTIZ, A.; FLORES FARFÁN. J. A. Sueños mexicanos.
México: Artes de México. 2012.
O poema retoma elementos da cultura popular 
mexicana que refletem um dos aspectos que a 
constitui, caracterizado pela 
AApercepção dos perigos de banhar-se em rios 
de águas poluídas. 
BBcrença na relevância dos sonhos como 
premonições ou conselhos. 
CCnecessidade de resgate da tradição de carregar 
água em cântaros. 
DDexaltação da importância da preservação da 
água. 
EEcautela no trato com inimigos e pessoas 
traiçoeiras. 
 
Questão 05 
 
Considere que, em cada sociedade, os indivíduos 
estão inseridos em um sistema de sexo-gênero, 
isto é, atuam de acordo com determinados padrões 
de comportamento. Desse modo, o texto é irônico 
por meio 
AAda demonstração da inexistência de padrões 
de comportamento feminino em situações 
cotidianas relacionadas ao universo 
gastronômico. 
BBda divulgação de estereótipos com vistas 
a consolidar padrões de comportamento 
socialmente aceitáveis. 
CCdo rechaço da importância assumida pelo 
homem nos relacionamentos contemporâneos 
em detrimento da mulher. 
DDda denúncia do desconforto feminino ao 
deparar- se com situações do cotidiano 
consideradas marcadamente machistas. 
EEda contraposição de um estereótipo de 
comportamento feminino em relação 
às mudanças vividas pela sociedade 
contemporânea. 
6
Questões de 06 a 45
Questão 06 
A certa personagem desvanecida
Um soneto começo em vosso gabo*:
Contemos esta regra por primeira,
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.
Na quinta torce agora a porca o rabo;
A sexta vá também desta maneira:
Na sétima entro já com grã** canseira,
E saio dos quartetos muito brabo.
Agora nos tercetos que direi?
Direi que vós, Senhor, a mim me honrais
Gabando‐vos a vós, e eu fico um rei.
Nesta vida um soneto já ditei;
Se desta agora escapo, nunca mais:
Louvado seja Deus, que o acabei.
Gregório de Matos
*louvor **grande
Tipo zero
Você é um tipo que não tem tipo
Com todo tipo você se parece
E sendo um tipo que assimila tanto tipo
Passou a ser um tipo que ninguém esquece
Quando você penetra num salão
E se mistura com a multidão
Você se torna um tipo destacado
Desconfiado todo mundo fica
Que o seu tipo não se classifica
Você passa a ser um tipo desclassificado
Eu até hoje nunca vi nenhum
Tipo vulgar tão fora do comum
Que fosse um tipo tão observado
Você ficou agora convencido
Que o seu tipo já está batido
Mas o seu tipo é o tipo do tipo esgotado
Noel Rosa
O soneto de Gregório de Matos e o samba de Noel 
Rosa, embora distantes na forma e no tempo, 
aproximam‐se por ironizarem 
AAo processo de composição do texto. 
BBa própria inferioridade ante o retratado. 
CCa singularidade de um caráter nulo. 
DDo sublime que se oculta na vulgaridade. 
EEa intolerância para com os gênios. 
Questão 07 
Analise a tela Marat assassinado, pintada por 
Jacques-Louis David em 1793.
Essa pintura apresenta estilo 
AAgótico,expresso no confronto entre claro e 
escuro, e representa uma importante passagem 
bíblica. 
BBbarroco, expresso no contraste entre os objetos 
retratados, e valoriza a importância da leitura e 
da escrita. 
CCromântico, expresso no conteúdo religioso da 
cena, e representa o predomínio da emoção 
sobre a razão. 
DDneoclássico, expresso na modelação da 
musculatura do corpo, e representa um episódio 
político da época. 
EEmoderno, expresso na imprecisão das formas 
e dos contornos do desenho, e representa o 
cotidiano do homem da época. 
7
Questão 08 
 
Podem-se distinguir diferentes tendências 
dentro da escultura moderna. Alguns escultores 
permaneceram ligados ao estilo de Rodin, isto é, 
à representação realista. Outros deram liberdade 
à imaginação. Dentro dessa segunda tendência, 
destaca-se Constantin Brancusi, um dos mais 
importantes escultores do século XX. 
A obra Pássaro no espaço evidencia que Brancusi 
criou formas em geral 
AAfigurativas, pois representam expressivamente o 
que há no mundo interior do artista. 
BBfuturistas, pois fazem referência à velocidade, à 
modernidade e à tensão interna da matéria. 
CCdadaístas, pois utilizam a crítica e a irreverência 
para questionar o conceito do belo em arte. 
DDcubistas, que resultam da geometrização de 
imagens relacionadas ao onírico e ao fantástico. 
EEabstratas, resultantes de um rigoroso processo 
de simplificação das características do objeto 
representado. 
 
Questão 09 
Ao correlacionar o trabalho humano ao da máquina, 
o autor vale-se da disposição visual do texto para 
AAexpressar a ideia de desumanização e de perda 
de identidade. 
BBironizar a realização de tarefas repetitivas e 
acríticas. 
CCrealçar a falta de sentido de atividades 
burocráticas. 
DDsinalizar a alienação do funcionário de repartição. 
EEdestacar a inutilidade do trabalhador moderno. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Romance LIII ou Das Palavras Aéreas
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras,
sois de vento, ides no vento,
no vento que não retorna,
e, em tão rápida existência,
tudo se forma e transforma!
Sois de vento, ides no vento,
e quedais, com sorte nova! (...)
8
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Perdão podíeis ter sido!
– sois madeira que se corta,
– sois vinte degraus de escada,
– sois um pedaço de corda...
– sois povo pelas janelas,
cortejo, bandeiras, tropa...
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Éreis um sopro na aragem...
– sois um homem que se enforca!
Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência.
 
Questão 10 
A “estranha potência” que a voz lírica ressalta nas 
palavras decorre de uma combinação entre 
AAfluidez nos ventos do presente e conteúdo fixo no 
passado. 
BBforma abstrata no espaço e presença concreta na 
história. 
CCleveza impalpável na arte e vigor nos documentos 
antigos. 
DDsonoridade ruidosa nos ares e significado estável 
no papel. 
EElirismo irrefletido da poesia e peso justo dos 
acontecimentos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr 
Fernandes.
 Um leão, um burro e um rato voltaram, 
afinal, da caçada que haviam empreendido juntos1 
e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: 
dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca 
e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco 
e, com voz tonitruante que procurava inutilmente 
suavizar, berrou:
 – Bem, agora que terminamos um magnífico 
dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, 
para a justa partilha do nosso esforço conjunto. 
Compadre burro, por favor, você, que é o mais 
sábio de nós três, com licença do compadre rato, 
você, compadre burro, vai fazer a partilha desta 
caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, 
compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, 
deixando nosso grande amigo burro em paz para 
deliberar.
 Os dois se afastaram, foram até o rio, 
beberam água2 e ficaram um tempo. Voltaram 
e verificaram que o burro tinha feito um trabalho 
extremamente meticuloso, dividindo a caça em três 
partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois 
voltando, o burro perguntou ao leão:
 – Pronto, compadre leão, aí está: que acha 
da partilha?
 O leão não disse uma palavra. Deu uma 
violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no 
chão, morto.
 Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e 
disse:
 – Compadre rato, lamento muito, mas tenho 
a impressão de que concorda em que não podíamos 
suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. 
Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia 
outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava 
mais o compadre burro. Me faça um favor agora – 
divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o 
corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, 
deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
 Mal o leão se afastou, o rato não teve a 
menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de 
um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do 
outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O 
leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato 
o chamou:
 – Compadre leão, está pronta a partilha!
 O leão, vendo a caça dividida de maneira 
tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
 – Maravilhoso, meu caro compadre, 
maravilhoso! Como você chegou tão depressa a 
uma partilha tão certa?
 E o rato respondeu:
 – Muito simples. Estabeleci uma relação 
matemática entre seu tamanho e o meu – é claro 
que você precisa comer muito mais. Tracei uma 
comparação entre a sua força e a minha – é claro que 
você precisa de muito maior volume de alimentação 
do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição 
na floresta com a minha – e, evidentemente, a 
partilha só podia ser esta. Além do que, sou um 
9
intelectual, sou todo espírito!
 – Inacreditável, inacreditável! Que 
compreensão! Que argúcia! – exclamou o leão, 
realmente admirado. – Olha, juro que nunca 
tinha notado, em você, essa cultura. Como você 
escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou 
tanta sabedoria?
 – Na verdade, leão, eu nunca soube nada. 
Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, 
acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro 
morto.
 Moral: Só um burro tenta ficar com a parte 
do leão.
1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na 
destruição do meio ambiente é coisa muito comum.
2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou 
que o rato estava sujando a água que ele bebia. 
Mas isso já é outra fábula.
(100 fábulas fabulosas, 2012.) 
Questão 11 
A narrativa de Millôr Fernandes afasta-se do modelo 
tradicional da fábula na medida em que emprega 
um tom 
AAmoralizante. 
BBfantástico. 
CClacônico. 
DDambíguo. 
EEparódico. 
Questão 12 
Muito do que gastamos (e nos desgastamos) nesse 
consumismo feroz podia ser negociado com a gente 
mesmo: uma hora de alegria em troca daquele 
sapato. Uma tarde de amor em troca da prestação 
do carro do ano; um fim de semana em família em 
lugar daquele trabalho extra que está me matando 
e ainda por cima detesto.
Não sei se sou otimista demais, ou fora da realidade. 
Mas, à medida que fui gostando mais do meu 
jeans, camiseta e mocassins, me agitando menos, 
querendo ter menos, fui ficando mais tranquila e 
mais divertida. Sapato e roupa simbolizam bem 
mais do que isso que são: representam uma 
escolha de vida, uma postura interior.
Nunca fui modelo de nada, graças a Deus. Mas 
amadurecer me obrigou a fazer muita faxina nos 
armários da alma e na bolsa também. Resistir 
a certas tentações é burrice; mas fugir de outras 
pode ser crescimento, e muito mais alegria.
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2011.
Nesse texto, há duas ocorrências de dois-pontos. 
Na primeira, eles anunciam uma enumeração das 
negociações que podemos fazer conosco. Na 
segunda, eles introduzem uma 
AAopinião sobre o uso de jeans, camiseta e 
mocassins. 
BBexplicação sobre a simbologia de sapatos e 
roupas. 
CCconclusão acerca da oposição entre otimismoe 
realidade. 
DDcomparação entre ostentação e conforto em 
termos de vestuário. 
EEretomada da ideia de negociação discutida no 
primeiro parágrafo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto de Mario Quintana.
 Homo insapiens1
 Vocês se lembram de quando a gente se 
perdia no campo e soltava a rédea ao cavalo e ele 
voltava direitinho para casa? Pois até hoje, quando 
não me lembro de onde guardei uma coisa, desisto 
de quebrar a cabeça, afrouxo o espírito e eis que 
ele conduz meu passo e minha mão sonâmbula 
ao lugar exato. Quanto a saber qual dos dois, 
espírito e corpo, é o cavaleiro e o cavalo, é questão 
acadêmica. Só sei que isso não me acontece agora 
na vastidão do campo, mas dentro de uma casa, de 
uma sala, de um móvel...
(A vaca e o hipogrifo, 2012.)
1Homo sapiens: na classificação biológica dos 
seres, é o nome científico do ser humano. Do 
latim, significa “homem sábio”, racional. “Homo 
insapiens”, título do texto, é uma variação do termo. 
10
Questão 13 
“Quanto a saber qual dos dois, espírito e corpo, é o 
cavaleiro e o cavalo, é questão acadêmica.” 
No contexto em que está inserida, a expressão 
“questão acadêmica” pode ser entendida como 
AAuma questão relevante, que precisa ser resolvida. 
BBuma questão subjetiva, que se refere às crenças 
de cada pessoa. 
CCuma questão irrelevante devido a sua 
simplicidade. 
DDuma questão complexa que foge ao escopo do 
texto. 
EEuma questão crítica que, por isso, deve ser 
evitada. 
 
Questão 14 
TEXTO I
A arquitetura barroca realizou-se principalmente 
nos palácios e nas igrejas. A Igreja Católica queria 
proclamar o triunfo de sua fé, por isso realizou 
obras que impressionam pelo esplendor. Na Itália, 
por exemplo, há a praça de São Pedro (1657-
1666). Um fator que merece ser assinalado é o 
reconhecimento de que as cercanias imediatas da 
obra arquitetônica eram importantes para a beleza 
da construção. Disso resultou a preocupação 
paisagística com grandes jardins dos palácios, 
como em Versalhes, na França, e com praças 
das igrejas, como a da basílica de São Pedro, no 
Vaticano. O trabalho realizado por Bernini para 
essa praça é um dos exemplos mais significativos 
da arquitetura e do urbanismo do século XVII na 
Itália.
 PROENÇA, Graça. História da arte. Editora Ática 17ed. São Paulo. 
2000
TEXTO II
Os arquitetos do Barroco deixam de lado a 
simplicidade e a racionalidade do Renascimento 
e investem na grandiosidade das igrejas e das 
praças, como a praça de São Pedro. Nesse período 
artístico, firmou-se a ideia de que 
AAa forma elíptica do espaço em torno das igrejas 
era importante para a estrutura arquitetônica, 
porém comprometia a beleza da construção. 
BBo espaço em torno da obra arquitetônica era 
importante para a beleza da construção, pois 
auxilia a suntuosidade desse monumento à fé 
católica. 
CCa grandiosidade arquitetônica deveria ficar 
restrita às igrejas, portanto o palácio barroco 
deveria manter a simplicidade e a racionalidade. 
DDo espaço externo da obra arquitetônica deveria 
refletir sobriedade, pois não era um elemento 
importante para a beleza da construção. 
EEo uso de obelisco e de colunatas compromete 
fortemente a beleza arquitetônica do espaço em 
torno da igreja. 
Questão 15 
 – Não digo que seja uma mulher perdida, mas 
recebeu uma educação muito livre, saracoteia 
sozinha por toda a cidade e não tem podido, por 
conseguinte, escapar à implacável maledicência 
dos fluminenses. Demais, está habituada ao 
luxo, ao luxo da rua, que é o mais caro; em casa 
arranjam-se ela e a tia sabe Deus como. Não é 
mulher com quem a gente se case. Depois, lembra-
te que apenas começas e não tens ainda onde cair 
morto. Enfim, és um homem: faze o que bem te 
parecer.
Essas palavras, proferidas com uma franqueza 
por tantos motivos autorizada, calaram no ânimo 
do bacharel. Intimamente ele estimava que o 
velho amigo de seu pai o dissuadisse de requestar 
a moça, não pelas consequências morais do 
casamento, mas pela obrigação, que este lhe 
impunha, de satisfazer uma dívida de vinte contos 
de réis, quando, apesar de todos os seus esforços, 
não conseguira até então pôr de parte nem o terço 
daquela quantia. 
AZEVEDO, A. A dívida. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 20 ago. 2017.
O texto, publicado no fim do século XIX, traz à tona 
representações sociais da sociedade brasileira da 
11
época. Em consonância com a estética realista, 
traços da visão crítica do narrador manifestam-se 
na 
AAcaracterização pejorativa do comportamento da 
mulher solteira. 
BBconcepção irônica acerca dos valores morais 
inerentes à vida conjugal. 
CCcontraposição entre a idealização do amor e as 
imposições do trabalho. 
DDexpressão caricatural do casamento pelo viés do 
sentimentalismo burguês. 
EEsobreposição da preocupação financeira em 
relação ao sentimento amoroso. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A 
terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. 
A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra 
de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para 
o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro 
de 1897, e foi publicada apenas em 1902.
 Percorrendo certa vez, nos fins de setembro 
[de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo 
à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros 
espaçados e soturnos, encontramos, no descer de 
uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas 
se dispunham circulando um vale único. Pequenos 
arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos 
intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, 
davam ao lugar a aparência exata de algum velho 
jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, 
uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação 
franzina.
 O sol poente desatava, longa, a sua sombra 
pelo chão e protegido por ela – braços largamente 
abertos, face volvida para os céus – um soldado 
descansava.
 Descansava... havia três meses.
 Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. 
A coronha da Mannlicher4 estrondada, o cinturão 
e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, 
diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com 
adversário possante. Caíra, certo, derreando-
se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, 
manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-
se, dias depois, os mortos, não fora percebido. 
Não compartira, por isto, a vala comum de menos 
de um côvado de fundo em que eram jogados, 
formando pela última vez juntos, os companheiros 
abatidos na batalha. O destino que o removera do 
lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: 
livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso 
repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços 
largamente abertos, rosto voltado para os céus, 
para os sóis ardentes, para os luares claros, para 
as estrelas fulgurantes...
 E estava intacto. Murchara apenas. 
Mumificara conservando os traços fisionômicos, 
de modo a incutir a ilusão exata de um lutador 
cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à 
sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme 
– o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria – 
lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida 
sem decomposição repugnante, numa exaustão 
imperceptível. Era um aparelho revelando de modo 
absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos 
ares.
(Os sertões, 2016.)
1canhoneio: descarga de canhões.
2icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom 
verde-pálido e frutos bacáceos.
3palmatória: planta da família das cactáceas, de 
flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior 
vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.
4Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von 
Mannlicher. 
Questão 16 
 A linguagem do texto pode ser caracterizada como 
AAerudita e lacônica. 
BBrebuscada e técnica. 
CCcoloquial e prolixa. 
DDsubjetiva e informal. 
EEhermética e impessoal. 
 
Questão 17 
Mensagem à poesia
Vinicius de Moraes
Não posso
Não é possível
Digam-lhe que é totalmente impossível
Agora não pode ser
É impossível
12
Não posso.
Digam-lheque estou tristíssimo, mas não posso ir 
esta noite ao seu encontro.
(...)
Não devo usá-la em seu mistério: a hora é de 
esclarecimento
Nem debruçar-me sobre mim quando a meu lado
Há fome e mentira; e um pranto de criança sozinha 
numa estrada
Junto a um cadáver de mãe: digam-lhe que há
Um náufrago no meio do oceano, um tirano no 
poder, um homem arrependido; digam-lhe que há 
uma casa vazia.
(...)
Massaud Moisés, História da Literatura Brasileira. 6.ed. São Paulo: 
Cultrix. 2007. p.282.
A poesia é um instrumento utilizado pelo poeta para 
verbalizar seus sentimentos, suas intenções e sua 
visão de mundo. A leitura do fragmento poético 
evidencia que o eu lírico 
AAdirige-se à mulher amada lembrando-lhe que o 
momento é de solidariedade com o sofrimento 
humano. 
BButiliza a força de sua poesia para denunciar 
e resolver as grandes injustiças existentes na 
sociedade moderna. 
CCmostra sua vertente social ao demonstrar 
solidariedade com o drama humano, minimizando 
sua vertente intimista. 
DDusa a força de sua poesia intimista e sentimental 
para ressaltar sua impotência diante dos dramas 
existenciais do homem. 
EEvislumbra, no sofrimento humano, a oportunidade 
de dar uma função social à sua poesia e resolver 
seus dramas pessoais. 
 
Questão 18 
Os quadrinhos apresentam a sequência de certos 
dispositivos eletrônicos criados no decorrer da 
história, destacando 
AAa alienação provocada pelo uso excessivo 
da tecnologia nas sociedades urbanas 
contemporâneas. 
BBo estágio mais recente da evolução tecnológica 
para o armazenamento de dados digitais. 
CCos diferentes tipos de dispositivos usados 
atualmente para a gravação de dados digitais. 
DDo desperdício de matéria-prima proveniente da 
indústria tecnológica. 
EEa comparação entre evolução humana e 
tecnológica. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a crônica “Elegia do Guandu”, de Carlos 
Drummond de Andrade, publicada originalmente 
em 2 de novembro de 1974.
 E se reverenciássemos neste 2 de novembro 
os mortos do Guandu, que descem a correnteza, a 
caminho do mar – o mar que eles não alcançam, 
pois encalham na areia das margens, e os urubus 
os devoram?
 Perdoai se apresento matéria tão feia, em 
dia de flores consagradas aos mortos queridos. 
Estes não são amados de ninguém, ou o são 
de mínima gente. Seus corpos, não há quem os 
reclame, de medo ou seja lá pelo que for.
13
 Se algum deles tem sorte de derivar 
pela restinga da Marambaia e ali é recolhido por 
pescadores – ah, peixe menos desejado – ganha 
sepultura anônima, que a piedade dos humildes 
providencia. Mas não é prudente pescar mortos do 
Guandu: há sempre a perspectiva de interrogatórios 
que fazem perder o dia de trabalho, às vezes mais 
do que isso: a liberdade, que se confisca aos 
suspeitos e aos que explicam mal suas pescarias 
macabras.
 São marginais caçados pela polícia ou por 
outros marginais, são suicidas, são acidentados? 
Difícil classificá-los, se não trazem a marca 
registrada dos trucidadores ou estes sinais: mãos 
amarradas, amarrado de vários corpos, pesos 
amarrados aos pés. Estes últimos são mortos fáceis 
de catalogar, embora só se lhes vejam as cabeças 
em rodopio à flor d’água, mas os que vêm boiando 
e fluindo, fluindo e boiando, em sonho aquático 
deslizante, estes desesperaram da vida, ou a vida 
lhes faltou de surpresa?
 Os mortos vão passando, procissão falhada. 
Eis desce o rio um lote de seis, uns aos outros 
ligados pela corda fraternizante. É espetáculo 
para se ver da janela de moradores de Itaguaí, 
assistentes ribeirinhos de novela de espaçados 
capítulos. Ver e não contar. Ver e guardar para 
conversas íntimas:
 – Ontem, na tintura da madrugada, passaram 
três garrafinhas. Eu vi, chamei a Teresa pra espiar 
também...
 Garrafinhas chamam-se eles, os trucidados 
com chumbo aos pés, e não mais como ficou 
escrito em livros de cartório. O garrafinha nº 1 não 
é diferente do garrafinha nº 2 ou 3. Foram todos 
nivelados pelo Guandu. Como frascos vazios, de 
pequeno porte e nenhuma importância, lá vão rio 
abaixo, Nova Iguaçu abaixo, rumo do esquecimento 
das garrafas e dos crimes que cometeram ou 
não cometeram, ou dos crimes que neles foram 
cometidos.
 [...]
 O Guandu não responde a inquéritos nem a 
repórteres. Não distingue, carrega. Não comenta, 
não julga, não reclama se lhe corrompem as 
águas; transporta. Em sua impessoalidade serve 
a desígnios vários, favorece a vida que quer se 
desembaraçar da morte, facilita a morte que quer se 
libertar da vida. Pela justiça sumária, pelo absurdo, 
pelo desespero.
 Mas não é ao Guandu que cabe dedicar 
uma elegia, é aos mortos do Guandu, nos quais 
ninguém pensa no dia de pensar os e nos mortos. 
Os criminosos, os não criminosos, os que se 
destruíram, os que resvalaram. Mortos sem 
sepultura e sem lembrança. Trágicos e apagados 
deslizantes na correnteza. Passageiros do Guandu, 
apenas e afinal.
(Carlos Drummond de Andrade. Os dias lindos, 2013.) 
Questão 19 
Pode-se apontar na crônica um teor, sobretudo, 
AAmetalinguístico. 
BBparódico. 
CCcrítico. 
DDsatírico. 
EEfantástico. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a letra da canção “Bom conselho”, de Chico 
Buarque, composta em 1972.
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado:
Quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
(www.chicobuarque.com.br) 
14
Questão 20 
Na canção, o eu lírico modifica uma série de 
provérbios bastante conhecidos. A maioria das 
formulações originais desses provérbios contém 
um apelo 
AAao livre-arbítrio. 
BBao otimismo. 
CCà solidariedade. 
DDao conformismo. 
EEà transgressão. 
Questão 21 
A prática de jogos, esportes, lutas, danças e 
ginásticas é considerada, no senso comum, 
como sinônimo de saúde. Essa relação direta de 
causa e efeito linear e incondicional é explorada 
e estimulada pela indústria cultural, do lazer e da 
saúde ao reforçar conceitos e cultivar valores, no 
mínimo contestáveis, de dieta, de forma física e de 
modelos de corpos ideais.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1998.
O texto demonstra uma compreensão de saúde 
baseada na 
AArealização de exercícios físicos para uma boa 
forma. 
BBcomplexidade dos diversos fatores para sua 
manutenção. 
CCprática de ginástica como sinônimo de sucesso e 
bem-estar. 
DDsuperação de limites no esporte como forma de 
satisfação e prazer. 
EEalimentação balanceada para o alcance de 
padrão corporal hegemônico. 
 
Questão 22 
 
Do questionamento da personagem Mafalda, 
depreende-se uma crítica 
AAao crescimento demográfico. 
BBà mercantilização da infância. 
CCà precariedade da educação. 
DDà generalização do consumismo. 
EEà desumanização do mundo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Examine a tirinha do cartunista André Dahmer.
Questão 23 
Para produzir o efeito cômico e também crítico da 
tirinha, o cartunista mobiliza os seguintes recursos 
expressivos: 
AAeufemismo e pleonasmo. 
BBpersonificação e hipérbole. 
CChipérbole e eufemismo. 
DDpersonificação e antítese. 
EEhipérbole e antítese. 
15
Questão 24 
A ciência do Homem-Aranha
Muitos dos superpoderes do querido Homem-
Aranha de fato se assemelham às habilidades 
biológicas das aranhas e são objeto de estudo para 
produção de novos materiais.
O “sentido-aranha” adquirido por Peter Parker 
funciona quase como um sexto sentido, uma 
espécie de habilidade premonitória e, por isso, soa 
como um mero elemento ficcional. No entanto, as 
aranhas realmente têm um sentido mais aguçado. 
Na verdade, elas têm um dos sistemas sensoriais 
mais impressionais da natureza.
Os pelos sensoriais das aranhas, que estão 
espalhadospor todo o corpo, funcionam como uma 
forma muito boa de perceber o mundo e captar 
informações do ambiente. Em muitas espécies, 
esse tato por meio dos pelos tem papel mais 
importante que a própria visão, uma vez que muitas 
aranhas conseguem prender e atacar suas presas 
na completa escuridão. E por que os pelos humanos 
não são tão eficientes como órgãos sensoriais como 
os das aranhas? Primeiro, porque um ser humano 
tem em média fios de pelo em cada do corpo, 
enquanto algumas espécies de aranha podem 
chegar a ter mil pelos por segundo, porque 
cada pelo das aranhas possui até nervos para 
fazer a comunicação entre a sensação percebida 
e o cérebro, enquanto nós, seres humanos, temos 
apenas nervo por pelo.
Disponível em: http://cienciahoje.org.br. Acesso em; 11 dez. 2018. 
(adaptado).
Como estratégia de progressão do texto, o autor 
simula uma interlocução com o público leitor ao 
recorrer à 
AArevelação do “sentido-aranha” adquirido pelo 
super-herói como um sexto sentido. 
BBcaracterização do afeto do público pelo super-
herói marcado pela palavra “querido”. 
CCcomparação entre os poderes do super-herói e 
as habilidades biológicas das aranhas. 
DDpergunta retórica na introdução das causas da 
eficiência do sistema sensorial das aranhas. 
EEcomprovação das diferenças entre a constituição 
física do homem e da aranha por meio de dados 
numéricos. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o poema de Fernando Pessoa.
Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.
Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.
Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.
Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.
Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.
(Obra poética, 1997.) 
Questão 25 
No poema, o eu lírico sente-se 
AAdesorientado e melancólico. 
BBdesamparado e entediado. 
CCnostálgico e orgulhoso. 
DDperplexo e eufórico. 
EEaliviado e resignado. 
 
16
Questão 26 
De vez em quando, nas redes sociais, a gente se pega 
compartilhando notícias falsas, fotos modificadas, 
boatos de todo tipo. O problema é quando a 
matéria é falsa. E, pior ainda, se é uma matéria 
falsa que não foi criada por motivos humorísticos 
ou literários (sim, considero o “jornalismo ficcional” 
uma interessante forma de literatura), mas para 
prejudicar a imagem de algum partido ou de algum 
político, não importa de que posição ou tendência. 
Inventa-se uma arbitrariedade ou falcatrua, joga-
se nas redes sociais e aguarda-se o resultado. 
Nesse caso, a multiplicação da notícia falsa (que 
está sempre sujeita a ser denunciada juridicamente 
como injúria, calúnia ou difamação) se dá em várias 
direções.
Antes de curtir, comentar ou compartilhar, procuro 
checar as fontes, ir aos links originais.
TAVARES, B. Disponível em: www.cartafundamental.com.br. Acesso 
em: 20 jan. 2015 (adaptado).
O texto expõe a preocupação de uma leitora de 
notícias on-line de que o compartilhamento de 
conteúdos falsos pode ter como consequência a 
AAdisplicência natural das pessoas que navegam 
pela internet. 
BBdesconstrução das relações entre jornalismo e 
literatura. 
CCimpossibilidade de identificação da origem dos 
textos. 
DDdisseminação de ações criminosas na internet. 
EEobtenção de maior popularidade nas redes. 
 
Questão 27 
O efeito de sentido do cartaz é provocado pela 
combinação de aspectos verbais e não verbais. 
Nas frases “Construa acessos. Derrube barreiras”, 
o produtor do texto, para atingir o público-alvo, 
recorreu, essencialmente, à 
AAparonímia ao suavizar a ideia entre os dois 
verbos. 
BBironia ao empregar a palavra “barreira” com 
sentido pejorativo. 
CCpolissemia ao estabelecer os vários sentidos da 
palavra “acessos”. 
DDantonímia ao retratar a oposição entre os verbos 
e os substantivos. 
EEsinonímia ao aproximar o sentido das palavras 
“acessos” e “barreiras”. 
 
17
Questão 28 
 
É determinante, para o uso da língua, a situação social 
na qual está inserido o falante. No texto, verifica-se 
uma comunicação marcada por 
AAdesconhecimento da língua por parte dos dois 
falantes. 
BBuso coloquial da língua, característica utilizada em 
todo o país. 
CCutilização de linguagem regional, com variação no 
campo fonológico. 
DDlinguagem vulgar, caracterizando os personagens 
como pessoas sem escolaridade. 
EEescolha de uma linguagem giriática, não sendo 
possível a compreensão sem conhecimento prévio. 
Questão 29 
Com o enredo que homenageou o centenário do Rei do 
Baião, Luiz Gonzaga, a Unidos da Tijuca foi coroada no 
Carnaval 2012.
À penúltima escola a entrar na Sapucaí, na segunda 
noite de desfiles, mergulhou no universo do cantor e 
compositor brasileiro e trouxe a cultura nordestina com 
criatividade para a Avenida, com o enredo O dia em que 
toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o 
Rei Luiz do Sertão.
Disponível em: www.cultura.rj.gov.br. Acesso em: 15 maio 2012 (adaptado).
A notícia relata um evento cultural que marca a 
AAprimazia do samba sobre a música nordestina. 
BBinter-relação entre dois gêneros musicais brasileiros. 
CCvalorização das origens oligárquicas da cultura 
nordestina. 
DDproposta de resgate de antigos gêneros musicais 
brasileiros. 
EEcriatividade em compor um samba-enredo em 
homenagem a uma pessoa. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o ensaio “Império reverso”, de Eduardo 
Giannetti.
Império reverso – O filósofo grego Diógenes fez 
da autossuficiência e do controle das paixões os 
valores centrais de sua vida: um casaco, uma 
mochila e uma cisterna de argila no interior da qual 
pernoitava eram suas únicas posses. Intrigado com 
relatos sobre essa estranha figura, o imperador 
Alexandre Magno resolveu conferir de perto. Foi 
até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do 
mundo, peça-me o que desejar e lhe atenderei.” 
Diógenes [...] não titubeou: “O senhor teria a 
delicadeza de afastar-se um pouco? Sua sombra 
está bloqueando o meu banho de sol.” O filósofo 
e o imperador são casos extremos, mas ambos 
ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, 
o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele 
que de menor número de coisas carece. Alexandre, 
ex-pupilo e depois mecenas de Aristóteles, 
aprendeu a lição. Quando um cortesão zombou do 
morador da cisterna por ter “desperdiçado” a oferta 
que lhe caíra do céu, o imperador rebateu: “Pois 
saiba então você que, se eu não fosse Alexandre, 
eu teria desejado ser Diógenes.” Os extremos se 
tocam. – “Querei só o que podeis”, pondera o padre 
Antônio Vieira, “e sereis omnipotentes.”
(Eduardo Giannetti. Trópicos utópicos, 2016.) 
Questão 30 
A resposta de Diógenes a Alexandre Magno pode 
ser caracterizada como 
AAaudaciosa. 
BBsubserviente. 
CChipócrita. 
DDcompassiva. 
EEincoerente. 
 
18
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Examine a tira de André Dahmer para responder 
à(s) questão(ões) a seguir.
 
Questão 31 
Na tira, a morte é caracterizada como 
AAfrívola. 
BBcompassiva. 
CCsolitária. 
DDincorruptível. 
EEmaterialista. 
 
Questão 32 
A mídia divulga à exaustão um padrão corporal 
determinado, padrão único, branco, jovem, 
musculoso e, especialmente no caso do corpo 
feminino, magro. Pesquisas apontam para o 
fato de que esse padrão de beleza divulgado se 
aplica apenas de 5 a 8% da população mundial. 
Especialmente no Brasil, onde a diversidade é uma 
característica marcante, a mídia no geral acaba 
por mostrar seu desprezo pela riqueza de tipos, 
de raças, pela própria mestiçagem, insistindo num 
padrão único de beleza tanto para mulheres quanto 
para homens.
MALDONADO, G. A educaçãofísica e o adolescente: a imagem 
corporal e a estética da transformação na mídia impressa. Revista 
Mackenzie de Educação Física e Esportes, n. 1, 2006 (adaptado).
Em relação aos aspectos do padrão corporal dos 
brasileiros, compreende-se que esta população 
AAé caracterizada pela sua rica diversidade. 
BBpossui, em sua maioria, mulheres obesas. 
CCestá devidamente representada na grande mídia. 
DDtem padrão de beleza idêntico aos demais países. 
EEe) é composta, na maioria, por pessoas brancas 
e magras. 
 
Questão 33 
A carroça sem cavalo
 Conta-se que, em noites frias de inverno, 
descia um forte nevoeiro trazido pelo mar e, nessa 
noite, ouviam-se muitos barulhos estranhos. 
Os moradores da cidade de São Francisco, 
que é a cidade mais antiga de Santa Catarina, 
eram acordados de madrugada com um barulho 
perturbador. Ao abrirem a janela de casa, os 
moradores assustavam-se com a cena: viam uma 
carroça andando sem cavalo e sem ninguém 
puxando... Andava sozinha! Na carroça, havia 
objetos barulhentos, como panelas, bules, inclusive 
alguns objetos amarrados do lado de fora da 
carroça. O medo dominou a pequena cidade. Conta-
se ainda que um carroceiro foi morto a coices pelo 
seu cavalo, por maltratar o animal. Nas noites de 
manifestação da assombração, a carroça saía de 
um nevoeiro, assustava a população e, depois de 
um tempo, voltava a desaparecer no nevoeiro.
Disponível em: www.gazetaonline.com.br. Acesso em: 12 dez. 2017 
(adaptado).
Considerando-se que os diversos gêneros que 
circulam na sociedade cumprem uma função social 
específica, esse texto tem por função 
AAabordar histórias reais. 
BBinformar acontecimentos. 
CCquestionar crenças populares. 
DDnarrar histórias do imaginário social. 
EEsituar fatos de interesse da sociedade. 
 
19
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
Uma planta é perturbada na sua sesta* pelo exército 
que a pisa.
Mas mais frágil fica a bota.
Gonçalo M. Tavares, 1: poemas.
*sesta: repouso após o almoço. 
Questão 34 
O ditado popular que se relaciona melhor com o 
poema é: 
AAPara bom entendedor, meia palavra basta. 
BBÁgua mole em pedra dura tanto bate até que fura. 
CCQuem com ferro fere, com ferro será ferido. 
DDUm dia é da caça, o outro é do caçador. 
EEUma andorinha só não faz verão. 
Questão 35 
Ed Mort só vai
Mort. Ed Mort. Detetive particular. Está na 
plaqueta. Tenho um escritório numa galeria de 
Copacabana entre um fliperama e uma loja de 
carimbos. Dá só para o essencial, um telefone 
mudo e um cinzeiro. Mas insisto numa mesa e 
numa cadeira. Apesar do protesto das baratas. 
Elas não vencerão. Comprei um jogo de máscaras. 
No meu trabalho o disfarce é essencial. Para 
escapar dos credores. Outro dia entrei na sala 
e vi a cara do King Kong andando pelo chão. 
As baratas estavam roubando as máscaras. 
Espisoteei meia dúzia. As outras atacaram a 
mesa. Consegui salvar a minha Bic e o jornal. 
O jornal era novo, tinha só uma semana. Mas 
elas levaram a agenda. Saí ganhando. A agenda 
estava em branco. Meu último caso fora com a 
funcionária do Erótica, a primeira ótica da cidade 
com balconista topless. Acabara mal. Mort. Ed 
Mort. Está na plaqueta.
VERISSIMO, L. F. Ed Mort: todas as histórias. Porto Alegre: 
L&PM, 1997 (adaptado).
Nessa crônica, o efeito de humor é basicamente 
construído por uma 
AAsegmentação de enunciados baseada na 
descrição dos hábitos do personagem. 
BBordenação dos constituintes oracionais na qual 
se destaca o núcleo verbal. 
CCestrutura composicional caracterizada pelo 
arranjo singular dos períodos. 
DDsequenciação narrativa na qual se articulam 
eventos absurdos. 
EEseleção lexical na qual predominam informações 
redundantes. 
Questão 36 
19-11-1959
Eu a conheci da primeira vez em que estive aqui. 
Parece-me que é esquizofrênica, caso crônico, doente 
há mais de vinte anos – não estou bem certa. Foi 
transferida para a Colônia Juliano Moreira e nunca 
mais a vi. [...] À tarde, quando ia lá, pedia-lhe para 
cantar a ária da Bohème, “Valsa da Musetta”. Dona 
Georgiana, recortada no meio do pátio, cantava – e era 
de doer o coração. As dementes, descalças e rasgadas, 
paravam em surpresa, rindo bonito em silêncio, os 
rostos transformados. Outras, sentadas no chão úmido, 
avançavam as faces inundadas de presença – elas que 
eram tão distantes. Os rostos fulgiam por instantes, 
irisados e indestrutíveis. Me deixava imóvel, as lágrimas 
cegando-me. Dona Georgiana cantava: cheia de graça, 
os olhos azuis sorrindo, aquele passado tão presente, 
ela que fora, ela que era, se elevando na limpidez das 
notas, minhas lágrimas descendo caladas, o pátio de 
mulheres existindo em dor e beleza. A beleza terrífica 
que Puccini não alcançou: uma mulher descalça, suja, 
gasta, louca, e as notas saindo-lhe em tragicidade difícil 
e bela demais – para existir fora de um hospício.
CANÇADO, M. L. Hospício é Deus. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
O diário da autora, como interna de hospital psiquiátrico, 
configura um registro singular, fundamentado por uma 
percepção que 
AAatenua a realidade do sofrimento por meio da música. 
BBredimensiona a essência humana tocada pela 
sensibilidade. 
CCevidencia os efeitos dos maus-tratos sobre a imagem 
feminina. 
DDtransfigura o cotidiano da internação pelo poder de 
se emocionar. 
EEaponta para a recuperação da saúde mental graças 
à atividade artística. 
20
Questão 37 
A imagem é considerada uma das referências 
do movimento artístico e cultural denominado 
Renascimento. Analise atentamente.
 
Essa imagem pode ser considerada renascentista 
porque: 
AArepresenta as personagens de forma simbólica e 
recorre a temas da doutrina cristã. 
BBreforça a perspectiva teocêntrica, ao representar 
a virgem Maria no centro da composição pictórica. 
CCretoma o tema da pureza da alma feminina 
estabelecendo uma releitura narrativa sobre o 
pecado original. 
DDadota o contraste dramático entre tons claros e 
escuros em sintonia com as tensões religiosas do 
período. 
EEutiliza a técnica da perspectiva tridimensional, 
que provoca a ilusão de profundidade e espaço. 
Questão 38 
A feição deles é serem pardos, quase avermelhados, 
de rostos regulares e narizes bem feitos; andam 
nus sem nenhuma cobertura; nem se importam 
de cobrir nenhuma coisa, nem de mostrar suas 
vergonhas. E sobre isto são tão inocentes, como 
em mostrar o rosto.
Fragmento da Carta, de Caminha. Cereja, William Roberto. Literatura 
brasileira: em diálogo com outras literaturas e outras linguagens. 5.ed 
reform. São Paulo: Atual, 2013. p.101.
A Carta de Caminha faz parte do patrimônio 
cultural e histórico brasileiro. Ao avaliar a intenção 
comunicativa do fragmento, retirado do texto de 
Caminha, infere-se que ele cumpre a função social 
de 
AAavaliar as crenças do indígena brasileiro. 
BBfornecer informações sobre o nativo local. 
CCcriticar o comportamento indolente do indígena. 
DDconscientizar da necessidade de catequizar o 
indígena. 
EEanalisar o comportamento agressivo do habitante 
da terra. 
 
Questão 39 
TEXTO I
A introdução de transgênicos na natureza expõe 
nossa biodiversidade a sérios riscos, como a perda 
ou alteração do patrimônio genético de nossas 
plantas e sementes e o aumento dramático no uso de 
agrotóxicos. Além disso, ela torna a agricultura e os 
agricultores reféns de poucas empresas que detêm 
a tecnologia e põe em risco a saúde de agricultores 
e consumidores. O Greenpeace defende um 
modelo de agricultura baseado na biodiversidade 
agrícola e que não se utilize de produtos tóxicos, 
por entender que só assim teremos agricultura para 
sempre.
Disponível em: www.greenpeace.org. Acesso em: 20 maio 2013.
TEXTO II
Os alimentos geneticamente modificados 
disponíveis no mercado internacional não 
representam um risco à saúde maior do que o 
apresentado por alimentos obtidos através de 
técnicas tradicionais de cruzamento agrícola.
Essa é a posição de entidadescomo a Organização 
Mundial da Saúde (OMS), a Organização das 
Nações Unidas para Alimentação e para Agricultura 
(FAO), o Comissariado Europeu para Pesquisa, 
Inovação e Ciência e várias das principais 
academias de ciência do mundo.
A OMS diz que até hoje não foi encontrado 
nenhum caso de efeito sobre a saúde, resultante 
do consumo de alimento geneticamente modificado 
(GM) “entre a população dos países em que eles 
foram aprovados”.
Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 20 maio 2013.
21
Os textos tratam de uma temática bastante discutida 
na atualidade. No que se refere às posições 
defendidas, os dois textos 
AArevelam preocupações quanto ao cultivo de 
alimentos geneticamente modificados. 
BBdestacam os riscos à saúde causados por 
alimentos geneticamente modificados. 
CCdivergem sobre a segurança do consumo de 
alimentos geneticamente modificados. 
DDalertam para a necessidade de mais estudos 
sobre sementes modificadas geneticamente. 
EEdiscordam quanto à validade de pesquisas 
sobre a produção de alimentos geneticamente 
modificados. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o trecho do poema “Amor feinho”, de Adélia 
Prado.
Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por 
sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que 
é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.
(Bagagem, 2011.)
 
Questão 40 
Segundo o eu lírico, o “amor feinho” é 
AAum acontecimento único na vida de uma pessoa. 
BBuma experiência cotidiana, desejável e possível. 
CCuma ilusão em que alguns amantes acreditam. 
DDuma maneira de viver acessível a qualquer 
pessoa. 
EEum estado de aceitação de uma vida 
desinteressante. 
 
Questão 41 
Hino à Bandeira
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
BILAC, O.: BRAGA, F. Disponível em: www2.planalto.gov.br. Acesso 
em: 10 dez. 2017 (fragmento).
No Hino à Bandeira, a descrição é um recurso 
utilizado para exaltar o símbolo nacional na medida 
em que 
AAremete a um momento futuro. 
BBpromove a união dos cidadãos. 
CCvaloriza os seus elementos. 
DDemprega termos religiosos. 
EErecorre à sua história. 
 
22
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o 
trecho do livro O homem cordial, de Sérgio Buarque 
de Holanda.
Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição 
brasileira para a civilização será de cordialidade — 
daremos ao mundo o “homem cordial”. A 1lhaneza 
no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes 
tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, 
representam, com efeito, um traço definido do 
caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que 
permanece ativa e fecunda a influência ancestral 
dos padrões de convívio humano, informados no 
meio rural e patriarcal. Seria engano supor que 
essas virtudes possam significar “boas maneiras”, 
civilidade. São antes de tudo expressões legítimas 
de um fundo emotivo extremamente rico e 
transbordante. Na civilidade há qualquer coisa de 
coercitivo — ela pode exprimir-se em mandamentos 
e em sentenças. Entre os japoneses, onde, como se 
sabe, a polidez envolve os aspectos mais ordinários 
do convívio social, chega a ponto de confundir-se, 
por vezes, com a reverência religiosa. Já houve 
quem notasse este fato significativo, de que as 
formas exteriores de veneração à divindade, no 
cerimonial xintoísta, não diferem essencialmente 
das maneiras sociais de demonstrar respeito.
Nenhum povo está mais distante dessa noção 
ritualista da vida do que o brasileiro. Nossa forma 
ordinária de convívio social é, no fundo, justamente 
o contrário da polidez. Ela pode iludir na aparência 
— e isso se explica pelo fato de a atitude polida 
consistir precisamente em uma espécie de mímica 
deliberada de manifestações que são espontâneas 
no “homem cordial”: é a forma natural e viva que 
se converteu em fórmula. Além disso a polidez 
é, de algum modo, organização de defesa ante a 
sociedade. Detém-se na parte exterior, epidérmica 
do indivíduo, podendo mesmo servir, quando 
necessário, de peça de resistência. Equivale a um 
disfarce que permitirá a cada qual preservar intatas 
sua sensibilidade e suas emoções.
Por meio de semelhante padronização das formas 
exteriores da cordialidade, que não precisam ser 
legítimas para se manifestarem, revela-se um 
decisivo triunfo do espírito sobre a vida. Armado 
dessa máscara, o indivíduo consegue manter 
sua supremacia ante o social. E, efetivamente, a 
polidez implica uma presença contínua e soberana 
do indivíduo.
No “homem cordial”, a vida em sociedade é, de 
certo modo, uma verdadeira libertação do pavor 
que ele sente em viver consigo mesmo, em apoiar-
se sobre si próprio em todas as circunstâncias da 
existência. Sua maneira de expansão para com os 
outros reduz o indivíduo, cada vez mais, à parcela 
social, periférica, que no brasileiro — como bom 
americano — tende a ser a que mais importa. Ela é 
antes um viver nos outros.
(O homem cordial, 2012.)
1lhaneza: afabilidade.
 
Questão 42 
De acordo com o autor, 
AAa lhaneza no trato, a hospitalidade e a 
generosidade são traços constitutivos da 
civilidade do brasileiro. 
BBa polidez constitui uma espécie de máscara com 
a qual os brasileiros continuamente se defendem 
da sociedade. 
CCa polidez observada no convívio social entre 
brasileiros chega quase a se confundir com a 
veneração religiosa. 
DDa lhaneza no trato, a hospitalidade e a 
generosidade constituem quase mandamentos 
impostos pela sociedade brasileira. 
EEa polidez constitui uma qualidade íntima dos 
brasileiros a se manifestar continuamente no 
convívio social. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a 
seguir.
[...] no tempo em que se passavam os fatos que 
vamos narrando nada mais havia comum do que 
ter cada casa um, dois e às vezes mais agregados.
Em certas casas os agregados eram muito úteis, 
porque a família tirava grande proveito de seus 
serviços, e já tivemos ocasião de dar exemplo disso 
quando contamos a história do finado padrinho 
de Leonardo; outras vezes porém, e estas eram 
maior número, o agregado, refinado vadio, era 
uma verdadeira parasita que se prendia à árvore 
familiar, que lhe participava da seiva sem ajudá-la 
a dar frutos, e o que é mais ainda, chegava mesmo 
a dar cabo dela. E o caso é que, apesar de tudo, 
23
se na primeira hipótese o esmagavam com o peso 
de mil exigências, se lhe batiam a cada passo com 
os favores na cara, se o filho mais velho da casa, 
por exemplo, o tomava por seu divertimento, e à 
menor e mais justa queixa saltavam-lhe os pais em 
cima tomando o partido de seu filho, no segundo 
aturavam quanto desconcerto havia com paciência 
de mártir, o agregado tornava-se quase um rei em 
casa, punha, dispunha, castigava os escravos, 
ralhava com os filhos, intervinha enfim nos mais 
particulares negócios.
Em qual dos dois casos estava ou viria estar em 
breve o nosso amigo Leonardo? O leitor que decida 
pelo que se vai passar.
(Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um Sargento de Milícias, 1994.) 
Questão 43 
O romance de Manuel Antônio de Almeida aborda 
costumes da sociedade do Rio de Janeiro do século 
XIX. Um deles é a presença comum de agregados 
nas casas. No texto, essa figura é descrita 
AAcom certa reserva, já que se tratava de uma 
pessoa que não era bem vista pela família.BBpor dois vieses, conforme a sua relação com a 
família: ou era útil a esta ou a explorava. 
CCde modo divertido, como uma pessoa que 
surpreendia não raro pelo seu humor e pela sua 
simpatia. 
DDcomo vítima do sistema, uma vez que a família a 
explorava, chegando a tratá-la como um escravo. 
EEde forma positiva, dado que os laços afetivos 
estabelecidos com a família eram legítimos. 
Questão 44 
Examine o cartum de Quino.
Contribui para o efeito de humor do cartum o recurso 
AAà antítese. 
BBao eufemismo. 
CCà personificação. 
DDà hipérbole. 
EEao paradoxo. 
Questão 45 
Examine a tira de André Dahmer.
 
Contribui para o efeito de humor da tira o recurso 
AAao pleonasmo. 
BBà redundância. 
CCao eufemismo. 
DDà intertextualidade. 
EEà metalinguagem. 
24
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na própria folha, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o 
número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
 4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto insuficiente".
 4.2 fugir do tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
 4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
TEMA: A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA PARA AS POLÍTICAS 
PÚBLICAS BRASILEIRAS 
TEXTOS MOTIVADORES
Texto 1
O que é o censo demográfico?
 De uma forma simples, podemos definir que o censo demográfico nos diz quem somos como um 
povo brasileiro, qual nossa idade, o tamanho de nossa população e, portanto, quem compõe o Brasil. Ele 
é realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e consiste em um questionário que 
investiga características demográficas, sociais e econômicas de todo o contingente populacional brasileiro 
que vive em domicílios particulares permanentes. Então, é preciso reforçar que, nesse caso, o censo 
demográfico exclui os moradores de rua.
 Fonte: https://www.orbe-ri.com/post/importancia-censo-demografico-politicas-publicas
Texto 2 
 
25
Texto 3
Por que o atraso?
Tradicionalmente feito a cada dez anos, o levantamento era previsto para 2020, mas foi adiado para 2021 
devido à pandemia de Covid-19. Além disso, 90% da verba destinada ao Censo no Orçamento de 2021 foi 
cortada conforme o projeto de lei passou pelo Congresso e foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, 
em março, inviabilizando a realização da pesquisa. À época, a então presidente do IBGE, Susana Guerra, 
pediu demissão.
Decisão do Supremo obrigou o governo a realizar o Censo em 2022 impreterivelmente, sob o risco de “deixar 
o país às cegas.”
Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2022/08/01/O-que-voc%C3%AA-precisa-saber-sobre-o-Censo-2022?utm_medium=Email&utm_
campaign=NLDurmaComEssa&utm_source=nexoassinantes
Texto 4
Fonte: https://www.humorpolitico.com.br/ed-carlos/censo-2021/
Texto 5
No Brasil, segundo o IBGE, durante o período imperial, o único órgão com atividades exclusivamente 
estatísticas era a Diretoria Geral de Estatística, criada em 1871. No ano de 1872, houve o primeiro censo 
da população brasileira, feito por José Maria da Silva Paranhos, conhecido como Visconde do Rio Branco. 
Durante o período da República, o governo brasileiro sentiu necessidade de ampliar essas atividades, 
principalmente depois da implantação do registro civil de nascimentos, casamentos e óbitos. Além disso, a 
carência de um órgão capacitado a articular e coordenar as pesquisas estatísticas, unificando a ação dos 
serviços especializados em funcionamento no País, favoreceu a criação, em 1934, do Instituto Nacional de 
Estatística (INE), que iniciou suas atividades em 29 de maio de 1936, ano em que foi instituído o Conselho 
Brasileiro de Geografia, incorporado ao INE, que passou a se chamar, então, Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE).
Fonte: IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA PARA O PROCESSO DE CONHECIMENTO E TOMADA DE DECISÃO. Disponível em: < http://www.
ipardes.gov.br/biblioteca/docs/NT_06_importancia_estatistica_tomada_decisao.pdf>. Acesso em agosto, 2022.
26
RASCUNHO
REDAÇÃO
2022
TRANSCREVA A SUA REDAÇÃO PARA A FOLHA DE REDAÇÃO
01
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CIÊNCIAS HUMANAS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
Questão 46 
Em Goiás e Mato Grosso, as modificações 
dependeram fundamentalmente de novos manejos 
aplicados às terras. Acima de tudo, porém, o 
desenvolvimento regional deveu-se a uma articulada 
transformação dos meios urbanos e rurais, a serviço 
da produção tanto de alimentos básicos, como o 
arroz, por exemplo, quanto de grãos para consumo 
interno e exportação, como a soja.
AB’SABER, A. N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades 
paisagísticas. São Paulo: Ateliê, 2003.
A realidade descrita no texto se estabelece sobre 
qual domínio morfoclimático? 
AAPradaria. 
BBCerrado. 
CCCaatinga. 
DDAraucária. 
EEAtlântico. 
Questão 47 
Aquilo que é quente necessita de umidade para viver, 
e o que é morto seca, e todos os germes são úmidos, 
e todo alimento é cheio de suco; ora, é natural que 
cada coisa se nutra daquilo de que provém.
SIMPLÍCIO. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São 
Paulo: Cultrix, 1993.
O fragmento atribuído ao filósofo Tales de Mileto 
é característico do pensamento pré-socrático ao 
apresentar uma 
AAabordagem epistemológica sobre o lógos e a 
fundamentação da metafísica. 
BBteoria crítica sobre a essência e o método do 
conhecimento científico. 
CCjustificação religiosa sobre a existência e as 
contradições humanas. 
DDlaboração poética sobre os mitos e as narrativas 
cosmogônicas. 
EEexplicação racional sobre a origem e a 
transformação da physis. 
Questão 48 
O protagonismo indígena vem optando por uma 
estratégia de “des-invisibilização”, valendo-se da 
dinâmica das novas tecnologias. Em outubro de 
2012, após receberem uma liminar lhes negando 
o direito a permanecer em suas terras, os Guarani 
de Pyelito Kue divulgaram uma carta na qual se 
dispunham a morrer, mas não a sair de suas terras. 
Esse fato foi amplamente divulgado, gerando uma 
grande mobilização na internet, que levou milhares 
de pessoas a escolherem seu lado, divulgando 
a hashtag “#somostodosGuarani-Kaiowá” ou 
acrescentando o sobrenome Guarani-Kaiowá a seus 
nomes nos perfis das principais redes sociais.
CAPIBERIBE, A; BONILLA, O. A ocupação do Congresso: contra o que 
lutam os índios? Estudos Avançados, n. 83, 2015 (adaptado).
A estratégia comunicativa adotada pelos indígenas, 
no contexto em pauta, teve por efeito. 
AAenfraquecer as formas de militância política. 
BBabalar a identidade de povos tradicionais. 
CCinserir as comunidades no mercado global. 
DDdistanciar os grupos de culturas locais. 
EEangariar o apoio de segmentos étnicos externos. 
Questão 49 
O jovem espanhol Daniel se sente perdido. Seu diploma 
de desenhista industrial e seu alto conhecimento de 
inglês devem ajudá-lo a tomar um rumo. Mas a taxa de 
desemprego, que supera 52% entre os que têm menos 
de 25 anos, o desnorteia. Ele está convencido de que 
seu futuro profissional não está na Espanha, como o 
de, pelo menos, 120 mil conterrâneos que emigraram 
nos últimos dois anos. O irmão dele, que é engenheiro-
agrônomo, conseguiu emprego no Chile. Atualmente, 
Daniel participa de uma “oficina de procura de emprego” 
em países como Brasil, Alemanha e China. A oficina é 
oferecida por uma universidade espanhola.
GUILAYN, P. “Na Espanha, universidade ensina a emigrar”. O Globo, 17 fev. 
2013 (adaptado).
A situação ilustra uma crise econômica que implica 
AAvalorização do trabalho fabril. 
BBexpansão dos recursos tecnológicos. 
CCexportação de mãode obra qualificada. 
DDdiversificação dos mercados produtivos. 
EEintensificação dos intercâmbios estudantis. 
 
28
Questão 50 
Os sofistas inventam a educação em ambiente 
artificial, o que se tornará uma das características 
de nossa civilização. Eles são os profissionais do 
ensino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja 
necessário reconhecer a notável originalidade de 
um Protágoras, de um Górgias ou de um Antifonte, 
por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a 
seus alunos receitas que lhes permitiam persuadir 
os ouvintes, defender, com a mesma habilidade, o 
pró e o contra, conforme o entendimento de cada 
um.
HADOT, P. O que é a filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 2010 
(adaptado).
O texto apresenta uma característica dos sofistas, 
mestres da oratória que defendiam a(o) 
AAideia do bem, demonstrado na mente com base 
na teoria da reminiscência. 
BBrelativismo, evidenciado na convencionalidade 
das instituições políticas. 
CCética, aprimorada pela educação de cada 
indivíduo com base na virtude. 
DDciência, comprovada empiricamente por meio 
de conceitos universais. 
EEreligião, revelada pelos mandamentos das leis 
divinas. 
Questão 51 
A união entre ciência e técnica que, a partir dos 
anos 70, havia transformado o território brasileiro 
revigora-se com os novos e portentosos recursos 
da informação, a partir do período da globalização 
e sob a égide do mercado. E o mercado, graças 
exatamente à ciência, à técnica e à informação, 
torna-se um mercado global. O território ganha 
novos conteúdos e impõe novos comportamentos, 
graças às enormes possibilidades da produção 
e, sobretudo, da circulação dos insumos, dos 
produtos, do dinheiro, das ideias e informações, 
das ordens e dos homens. É a irradiação do meio 
técnico-científico-informacional que se instala 
sobre o território […].
(Milton Santos e María L. Silveira. O Brasil, 2006.)
No território brasileiro, a irradiação apresentada 
ocorreu 
AArestrita às sedes dos estados que dispunham 
de capital e influência política para receber as 
novidades do mercado externo. 
BBestruturada em arquipélagos de modernidade 
alheios às heranças socioeconômicas regionais. 
CCde modo homogêneo pelas regiões do país ao 
receber, constantemente, recursos federais para 
o desenvolvimento nacional. 
DDestimulada pelo desejo de cooperação 
internacional para superar fragilidades de renda, 
educação e saúde nas esferas locais. 
EEde maneira espacialmente contínua nas regiões 
Sudeste e Sul e de modo pontual nas demais 
regiões do país. 
 
Questão 52 
Texto 1
Com a falta de evidência do conceito de arte, e com 
a evidência de sua historicidade, ficam em questão 
não só a criação artística produzida no presente e a 
herança cultural clássica ou moderna, mas também 
a relação problemática entre a arte e as várias 
modalidades de produção de imagens e de ofertas 
de entretenimento que surgiram a partir do século 
XX.
(Pedro Süssekind. Teoria do fim da arte, 2017. Adaptado.)
29
Texto 2
A discussão sobre o grafite como arte ou como 
vandalismo reflete o modo como cada gestão pública 
entende essas intervenções urbanas. Até 2011, o 
grafite em edifícios públicos era considerado crime 
ambiental e vandalismo em São Paulo. A partir 
daquele ano, somente a pichação continuou sendo 
crime. De um modo geral, a pichação é considerada 
uma intervenção agressiva e que degrada a paisagem 
da cidade. O grafite, por sua vez, é considerado arte 
urbana.
(Lais Modelli. “De crime a arte: a história do grafite nas ruas de São 
Paulo”. www.bbc.com, 28.01.2017. Adaptado.)
No contexto filosófico sobre o conceito de arte, os 
dois textos concordam em relação à 
AAnecessidade de engajamento político no processo 
autoral. 
BBausência de critério consensual na legitimação 
artística. 
CCcarência de investimento privado na formação 
artística. 
DDatuação de legislação pública no cenário criativo. 
EEexigência de embasamento tradicional na 
produção cultural. 
Questão 53 
É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação 
da República no Brasil que não cite a afirmação 
de Aristides Lobo, no Diário Popular de São Paulo, 
de que “o povo assistiu àquilo bestializado”. 
Essa versão foi relida pelos enaltecedores da 
Revolução de 1930, que não descuidaram da 
forma republicana, mas realçaram a exclusão 
social, o militarismo e o estrangeirismo da fórmula 
implantada em 1889. Isto porque o Brasil brasileiro 
teria nascido em 1930.
MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura democrática e 
científica no final do Império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado).
O texto defende que a consolidação de uma 
determinada memória sobre a Proclamação da 
República no Brasil teve, na Revolução de 1930, 
um de seus momentos mais importantes. Os 
defensores da Revolução de 1930 procuraram 
construir uma visão negativa para os eventos de 
1889, porque esta era uma maneira de 
AAvalorizar as propostas políticas democráticas e 
liberais vitoriosas. 
BBresgatar simbolicamente as figuras políticas 
ligadas à Monarquia. 
CCcriticar a política educacional adotada durante a 
República Velha. 
DDlegitimar a ordem política inaugurada com a 
chegada desse grupo ao poder. 
EEdestacar a ampla participação popular obtida no 
processo da Proclamação. 
 
Questão 54 
A classificação das raças em “superiores” e 
“inferiores”, recorrente desde o século XVII, ganha 
uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista 
do saber científico, coincidindo com a necessária 
justificativa de que a dominação e a exploração da 
África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram 
“necessárias” para desenvolver os “selvagens” 
africanos, de acordo com as normas e os valores da 
civilização ocidental.
(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: visita à história 
contemporânea, 2005.)
As teorias raciais utilizadas durante o processo de 
colonização da África no século XIX eram 
AAdesdobramentos do pensamento ilustrado, que 
valorizava a liberdade e a igualdade social e de 
natureza. 
BBmanifestações ideológicas que buscavam 
justificar a exploração e o domínio europeus 
sobre o continente africano. 
CCbaseadas no pensamento lamarckista, que 
explicava a transmissão genética de características 
fisiológicas e intelectuais adquiridas. 
DDvalidadas pela defesa darwinista do direito dos 
superiores se imporem aos demais seres vivos. 
EEsustentadas pelo pensamento antropológico, que 
tratava as diferenças culturais dos diversos povos 
como positivas e necessárias. 
30
Questão 55 
Observe dois cartazes de propaganda, lançados 
após o ano de 1947.
Os cartazes fazem referência ao contexto europeu 
de 
AAreformulação agrária, que apresentou como 
objetivo a defesa da propriedade privada da terra. 
BBreunificação de países, que apresentou como 
resultado a definição de novas fronteiras estatais. 
CCrecuperação econômica, que apresentou como 
resultado a diversificação da indústria de bens de 
consumo duráveis. 
DDregulamentação do comércio, que apresentou 
como resultado a intensificação das trocas de 
produtos primários. 
EEfortalecimento do capitalismo, que apresentou 
como objetivo a adoção do padrão dólar-ouro. 
Questão 56 
No fim da década de 1950, a agricultura intensiva 
começou a ser disseminada nos países em 
desenvolvimento. Esse fato marcou o início da 
Revolução Verde – um período de 30 anos de 
grandes colheitas que permitiram a muitos países 
pobres tornarem-se autossuficientes em alimentos. 
Com esse incrível aumento na produção, observado 
especialmente nos países da América Latina, veio 
uma crescente dependência dos produtos químicos 
agrícolas – e também problemas ecológicos em 
escala global. No Brasil, os resultados dessa 
revolução são visíveis e colocaram o país entre os 
mais importantes da agropecuária mundial.
BURNIE, D. Fique por dentro da ecologia. São Paulo: Cosac & Naify, 
2001 (adaptado).
A expansão da capacidade produtiva brasileira, no 
contexto indicado, tambémresultou em 
AAqueda nos níveis de contaminação do solo. 
BBretomada das técnicas tradicionais de plantio. 
CCdesvalorização financeira das propriedades 
rurais. 
DDinibição do fluxo migratório campo-cidade. 
EEcrescimento da demanda por trabalhadores 
qualificados. 
Questão 57 
O luxo e a corrupção nasceram entre nós antes 
da civilização e da indústria. E qual será a causa 
principal de um fenômeno tão espantoso? A 
escravidão, senhores, a escravidão. Porque o 
homem que conta com os trabalhos diários de 
seus escravos vive na indolência, e a indolência 
traz todos os vícios após si.
(José Bonifácio de Andrada e Silva, 1825. Apud: Ynaê Lopes dos 
Santos. História da África e do Brasil afrodescendente, 2017. 
Adaptado.)
A manifestação de uma das principais lideranças 
do país, logo após a independência política, 
revela a 
AAjustificativa para a adoção, no Primeiro 
Reinado, de políticas agressivas de estímulo 
à imigração. 
BBdisposição, majoritária nos setores que 
participaram do processo emancipacionista, 
de eliminar gradualmente a escravidão. 
31
CCcampanha abolicionista sistemática, iniciada 
ainda no período colonial, dos cafeicultores 
paulistas. 
DDrejeição, de clara influência liberal-iluminista, 
da ideia de que os homens são desiguais por 
natureza. 
EEcrítica, voltada aos setores social e 
politicamente hegemônicos do Brasil, à 
dependência do trabalho obrigatório. 
Questão 58 
Real alicerce da sociedade, os escravos chegaram a 
constituir, em regiões como o Recôncavo, na Bahia, 
mais de 75% da população. Desde o século XVI e até 
a extinção do tráfico, em 1850, o regime demográfico 
adverso verificado entre os cativos – em razão das 
mortes prematuras e da baixa taxa de nascimento – 
levou a uma taxa de crescimento negativo [...].
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018.)
A variação demográfica indicada no excerto provocou 
AAa proibição das punições físicas e a melhoria no 
tratamento destinado aos escravizados. 
BBo surgimento de leis destinadas à redução do uso 
de escravizados nas lavouras de cana. 
CCo apoio da Coroa portuguesa ao apresamento e 
à escravização de indígenas. 
DDa necessidade constante de importação de mão 
de obra de africanos escravizados. 
EEo estímulo à imigração e a transição para o 
trabalho assalariado nas cidades e no campo. 
Questão 59 
Durante o Estado Novo, os encarregados da 
propaganda procuraram aperfeiçoar-se na arte da 
empolgação e envolvimento das “multidões” através 
das mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o 
significado das palavras importa pouco, pois, como 
declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma 
coisa, mas para obter determinado efeito”.
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de 
comunicação. In: PANDOLFI. D. (Org.). Repensando o Estado Novo. 
Rio de Janeiro: FGV. 1999.
O controle sobre os meios de comunicação foi 
uma marca do Estado Novo, sendo fundamental à 
propaganda política, na medida em que visava 
AAa conquistar o apoio popular na legitimação do 
novo governo. 
BBampliar o envolvimento das multidões nas 
decisões políticas. 
CCaumentar a oferta de informações públicas para 
a sociedade civil. 
DDestender a participação democrática dos meios 
de comunicação no Brasil. 
EEalargar o entendimento da população sobre as 
intenções do novo governo. 
Questão 60 
[Leonardo da Vinci] viu que “a água corrente detém 
em si um número infinito de movimentos”.
Um “número infinito”? Para Leonardo, não se 
trata apenas de uma figura de linguagem. Ao falar 
da variedade infinita da natureza e sobretudo de 
fenômenos como as correntes de água, ele estava 
fazendo uma distinção baseada na preferência por 
sistemas analógicos sobre os digitais. Em um sistema 
analógico, há gradações infinitas, o que se aplica 
à maioria das coisas que fascinavam Leonardo: 
sombras de sfumato, cores, movimento, ondas, a 
passagem do tempo, a dinâmica dos fluidos.
(Walter Isaacson. Leonardo da Vinci, 2017.)
A partir da explicação do texto sobre Leonardo da 
Vinci, pode-se afirmar que 
AAo princípio cristão da vida eterna orientou o 
pensamento renascentista. 
BBo materialismo pré-socrático foi a principal 
sustentação teórica do Renascimento. 
CCos experimentos da Antiguidade oriental 
basearam a ciência renascentista. 
DDas concepções artísticas medievais 
fundamentaram a arte renascentista. 
EEa observação da pluralidade da natureza foi um 
dos fundamentos do Renascimento. 
 
32
Questão 61 
Leia o texto a seguir:
Persiste preconceito racial no Brasil
[...]
No Brasil, o racismo encontra terreno fértil dada a nossa 
formação histórica assentada no trabalho escravo, 
na grande propriedade de terras e na monocultura 
voltada à exportação. Essa estrutura social perdurou 
praticamente por 400 anos e nos levou ao atraso 
econômico, à enorme desigualdade de renda e a uma 
mentalidade de menosprezo pelo trabalho manual e, 
ao mesmo tempo, racista e machista.
[...]
O racismo, portanto, é uma espécie de preconceito, 
de julgamento prévio, no qual se atribuem qualidades 
inferiores a um grupo social, estigmatizando-o. 
Ninguém nasce preconceituoso e racista, essas 
posturas são aprendidas em nossa socialização.
PRADO, Rodrigo Augusto. Disponível em: <<http://www.tribunadonorte.
com.br/noticia/persistente-preconceito-racial-no-brasil/277357>> 
Adaptado. Acesso em: 27 jul. 2021.
Qual o processo cultural e a concepção ideológica 
apresentada no texto, respectivamente? 
AAMudança cultural e relativismo 
BBSincretismo e etnocentrismo 
CCTransculturação e relativismo 
DDDifusionismo e relativismo 
EEEndoculturação e etnocentrismo 
 
Questão 62 
Estátuas famosas da cidade de São Paulo como a do 
bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro, na Zona 
Sul, e a de Bartolomeu Bueno da Silva, no Parque 
Trianon, na Avenida Paulista, ganharam um “adereço 
macabro” nas últimas semanas.
Com o objetivo de ressignificar a história das figuras 
que elas representam, um grupo de manifestantes 
colocou caveiras em frente a essas estátuas e as 
fotografou. As fotos viralizaram nas redes sociais.
Bandeirantes como Borba Gato desbravaram territórios 
no interior do país e capturaram e escravizaram 
indígenas e negros. Isso quando não os matavam em 
confrontos que acabaram por dizimar etnias, segundo 
historiadores.
(Bárbara Muniz Vieira. “Crânios são colocados ao lado de monumentos 
de bandeirantes para ressignificar história de SP”. g1.globo.com, 
27.10.2020. Adaptado.)
Do ponto de vista histórico, a proposta de “ressignificar 
monumentos”, realizada pelo grupo, 
AAé uma transferência para a história e a 
historiografia da prática de cancelamento de 
pessoas nas redes sociais. 
BBentende a função da história como celebração 
dos mitos e heróis do passado. 
CCrepresenta uma análise crítica e um esforço de 
revisão da memória histórica. 
DDdemonstra uma percepção otimista e ufanista da 
identidade e do passado brasileiros. 
EEmostra clara descrença na história e a valorização 
do trabalho de artistas consagrados. 
 
Questão 63 
Observe a imagem a seguir:
A estratificação social nela apresentada se define 
pela relação entre os dois estratos mostrados, 
caracterizada por um(a) 
AAmobilidade social horizontal. 
BBinteração endogâmica. 
CClugar dos agentes na divisão social do trabalho. 
DDprivilégio igualitário entre os membros de grupos 
diferentes. 
EEposição transmitida hereditariamente para outros 
membros do grupo. 
 
33
Questão 64 
Na primeira meditação, eu exponho as razões pelas 
quais nós podemos duvidar de todas as coisas e, 
particularmente das coisas materiais, pelo menos 
enquanto não tivermos outros fundamentos nas 
ciências além dos que tivemos até o presente. Na 
segunda meditação, o espírito reconhece entretanto 
que é absolutamente impossível que ele mesmo, o 
espírito, não exista.
DESCARTES, R. Meditações metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 
1973 (adaptado).O instrumento intelectual empregado por Descartes 
para analisar os seus próprios pensamentos tem 
como objetivo 
AAidentificar um ponto de partida para a consolidação 
de um conhecimento seguro. 
BBobservar os eventos particulares para a formação 
de um entendimento universal. 
CCanalisar as necessidades humanas para a 
construção de um saber empírico. 
DDestabelecer uma base cognitiva para assegurar a 
valorização da memória. 
EEinvestigar totalidades estruturadas para dotá-las 
de significação. 
Questão 65 
Os gráficos mostram três trajetórias distintas com 
relação ao número de espécies animais e vegetais, 
após desmatamento de áreas da floresta Amazônica:
Após os desmatamentos, os gráficos I, II e III 
correspondem, respectivamente, a uma área que foi 
AAusada para pastagem e depois para cultivo de 
soja; usada para cultivo de soja nos primeiros 
20 anos e depois abandonada; abandonada logo 
após o desmatamento. 
BBabandonada logo após o desmatamento; usada 
como pastagem nos primeiros 20 anos e depois 
abandonada; usada para pastagem e depois para 
cultivo de soja. 
CCusada como pastagem nos primeiros 20 anos 
e depois abandonada; abandonada logo após o 
desmatamento; usada para pastagem e depois 
para cultivo de soja. 
DDusada como pastagem nos primeiros 20 anos 
e depois abandonada; usada para pastagem e 
depois para cultivo de soja; abandonada logo 
após o desmatamento. 
EEusada para pastagem e depois para cultivo de 
soja; abandonada logo após o desmatamento; 
usada para cultivo de soja nos primeiros 20 anos 
e depois abandonada. 
 
Questão 66 
O horário brasileiro de verão consiste em adiantar 
em uma hora a hora legal (oficial) de determinados 
estados. Ele é adotado por iniciativa do Poder 
Executivo com vistas a limitar a máxima carga a que 
o sistema fica sujeito no período do ano de maior 
consumo, aumentando, assim, sua confiabilidade, 
constituída pelas linhas de transmissão e pelas 
usinas que atendem as regiões Sul, Sudeste, Centro-
Oeste e parte da Região Norte.
Disponível em: www12.senado.gov.br. Acesso em: 29 jun. 2015 
(adaptado).
A ação governamental descrita é possibilitada por 
meio da seguinte estratégia: 
34
AARedução do valor das contas de luz. 
BBEstímulo à geração de energia limpa. 
CCDiminuição de produção da matriz hidrelétrica. 
DDDistribuição da eletricidade de modo equitativo. 
EEAproveitamento do fotoperíodo de forma 
estendida. 
Questão 67 
[...] a Europa começa a se constituir com a Idade 
Média. A civilização da Antiguidade romana só 
compreendia uma parte da Europa: os territórios do 
sul, situados na sua maioria em torno do Mediterrâneo.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
A constituição da Europa na Idade Média derivou, 
entre outros fatores, 
AAda bipartição do Império Romano em dois Estados 
política e economicamente aliados. 
BBda liderança do Papado sobre os territórios 
europeus na luta pela reconquista da Terra Santa. 
CCda articulação das diversas regiões do continente 
num espaço político e religioso comum. 
DDda unificação das terras do ocidente europeu, 
para combater invasores oriundos da Eurásia. 
EEda uniformização jurídica e social dos vários 
Estados europeus, na busca de novas rotas para 
as Índias. 
Questão 68 
Nos setores mais altamente desenvolvidos da 
sociedade contemporânea, o transplante de 
necessidades sociais para individuais é de tal modo 
eficaz que a diferença entre elas parece puramente 
teórica. As criaturas se reconhecem em suas 
mercadorias; encontram sua alma em seu automóvel, 
casa em patamares, utensílios de cozinha.
MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o homem 
unidimensional. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
O texto indica que, no capitalismo, a satisfação dos 
desejos pessoais é influenciada por 
AApolíticas estatais de divulgação. 
BBincentivos controlados de consumo. 
CCprescrições coletivas de organização. 
DDmecanismos subjetivos de identificação. 
EErepressões racionalizadas do narcisismo. 
 
Questão 69 
[...] as irmandades de negros eram espaços 
permitidos dentro da legalidade, nos quais o escravo 
podia manifestar-se fora de suas relações de trabalho. 
[...] Em certo sentido, era através da religião católica 
que o escravo encontrava algum lenitivo para sua 
situação. Tudo indica que a permissão para a criação 
das irmandades de negros tenha sido dada com o 
intuito de obter melhores resultados na cristianização 
dos escravos [...].
Paradoxalmente, os negros utilizaram as irmandades 
para resguardar valores culturais, em especial 
suas crenças religiosas. [...] Tudo leva a crer que, 
a partir da realidade vivida naquela época, bem 
como considerando as dificuldades, o negro recriou 
e reinterpretou a cultura dominante, adequando-a à 
sua maneira de ser.
(Ana Lúcia Valente. “As irmandades de negros: resistência e 
repressão”. In: Horizonte, v. 9, no 21, 2011.)
Segundo o excerto, as irmandades religiosas de 
negros, no Brasil colonial, eram 
AAorganizações culturais destinadas à difusão do 
catolicismo e, paralelamente, à valorização do 
sincretismo religioso. 
BBconfrarias em que era proibido, por ordens 
metropolitanas, o contato direto entre 
escravizados. 
CCtemplos em que era permitida, pelas autoridades 
coloniais, a realização de cultos religiosos de 
origem africana. 
DDespaços de imposição de princípios europeus 
aos escravizados e, simultaneamente, de 
manifestação de traços culturais de matriz 
africana. 
EEinstituições de apoio e auxílio aos escravizados, 
criadas e mantidas por meio da atuação 
catequizadora dos jesuítas espanhóis. 
 
35
Questão 70 
Analise o mapa.
De acordo com as informações do mapa, a 
dispersão da covid-19 no estado de São Paulo 
acompanhou 
AAo padrão pedológico regional. 
BBos grandes eixos rodoviários. 
CCas isolinhas de fatores climáticos. 
DDas zonas econômicas especiais. 
EEos centros urbanos metropolitanos. 
Questão 71 
O Brasil se consolidou na Divisão Internacional 
do Trabalho enquanto exportador de produtos 
de baixo valor agregado e que podem ser 
estocados por certo período de tempo sem perder 
a qualidade. As grandes corporações dominam 
o comércio e a produção tecnológica, bem 
como a oferta generalizada dos insumos; mais 
recentemente, os grandes negociantes no mundo 
tornaram o produtor brasileiro um mero apêndice 
na máquina de concentração da renda, riqueza e 
poder para poucos. Resumidamente, a miséria de 
grande parte da população nacional convive com 
o nanismo provocado pela desnutrição, em meio 
à riqueza expressa pela vastidão da produção 
para o atendimento dos negócios nos mercados 
estrangeiros.
(https://outraspalavras.net, 17.05.2021. Adaptado.)
O excerto aborda, no Brasil, o processo de 
AAtransnacionalização da economia, baseada 
em incentivos fiscais. 
BBreprimarização da economia, pautada na 
exportação de commodities. 
CCfinanceirização da economia, regulada por 
capitais especulativos. 
DDrecuperação da economia, pautada no 
investimento estatal. 
EEprivatização da economia, regulada pela 
entrada de capital estrangeiro. 
 
Questão 72 
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo 
o seu poder sob a direção suprema da vontade 
geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro 
como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e 
coletivo, composto de tantos membros quantos são 
os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, 
que se forma, desse modo, pela união de todas as 
outras, tomava antigamente o nome de cidade e, 
hoje, o de república ou de corpo político, o qual é 
chamado por seus membros de Estado [...].
(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)
O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, 
apresenta a doutrina política do 
AAcoletivismo, manifesto na rejeição da propriedade 
privada e na defesa dos programas socialistas de 
estatização. 
BBhumanismo, presente no projeto liberal de 
valorizar o indivíduo e sua realização notrabalho. 
CCsocialismo, presente na crítica ao absolutismo 
monárquico e na defesa da completa igualdade 
socioeconômica. 
DDcorporativismo, presente na proposta fascista de 
unir o povo em torno da identidade e da vontade 
nacional. 
EEcontratualismo, manifesto na reação ao Antigo 
Regime e na defesa dos direitos de cidadania. 
 
36
Questão 73 
Cargos nas áreas de educação, saúde, arte, 
mídia, gestão, negócios e finanças são os que têm 
maior probabilidade de sobreviver aos avanços 
da tecnologia, aponta estudo da Universidade 
de Oxford. A crescente informatização, porém, 
continuará a eliminar profissões, principalmente 
aquelas que não exigem habilidades criativas, 
sociais e percepção espacial mais sofisticada.
SCHREIBER, M. Conheça as profissões “mais ameaçadas” pela 
tecnologia. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 11 dez. 2018 
(adaptado).
A análise do mundo do trabalho, conforme 
apresentada no texto, assume um caráter 
determinista por restringir a áreas específicas a 
utilização de qual característica? 
AASegurança previdenciária. 
BBCapacidade inventiva. 
CCEstabilidade funcional. 
DDAtividade qualificada. 
EEFormalidade laboral. 
Questão 74 
Um elemento essencial para a evolução da dieta 
humana foi a transição para a agricultura como 
o modo primordial de subsistência. A Revolução 
Neolítica estreitou dramaticamente o nicho 
alimentar ao diminuir a variedade de mantimentos 
disponíveis; com a virada para a agricultura 
intensiva, houve um claro declínio na nutrição 
humana. Por sua vez, a industrialização recente 
do sistema alimentar mundial resultou em uma 
outra transição nutricional, na qual as nações 
em desenvolvimento estão experimentando, 
simultaneamente, subnutrição e obesidade.
George J. Armelagos, “Brain Evolution, the Determinates of Food 
Choice, and the Omnivore’s Dilemma”, Critical Reviews in Food 
Science and Nutrition, 2014. Adaptado.
A respeito dos resultados das transformações 
nos sistemas alimentares descritas pelo autor, é 
correto afirmar: 
AAA quantidade absoluta de mantimentos disponíveis 
para as sociedades humanas diminuiu após a 
Revolução Neolítica. 
BBA invenção da agricultura, ao diversificar a cesta 
de mantimentos, melhorou o balanço nutricional 
das sociedades sedentárias. 
CCOs ganhos de produtividade agrícola obtidos com 
as revoluções Neolítica e Industrial trouxeram 
simplificação das dietas alimentares. 
DDAs populações das nações em desenvolvimento 
estão sofrendo com a obesidade, por consumirem 
alimentos de melhor qualidade nutricional. 
EEA dieta humana pouco variou ao longo do tempo, 
mantendo-se inalterada da Revolução Neolítica à 
Revolução Industrial. 
 
Questão 75 
O terrorismo não tem outra ideologia que não seja a 
exaltação da morte, uma mentalidade legionária de 
múltiplas encarnações. Na Espanha, sofremos o do 
ETA [Pátria Basca e Liberdade] e o dos GAL [Grupos 
Antiterroristas de Libertação]; na Colômbia, o de 
guerrilheiros e paramilitares; no México, o dos cartéis 
criminosos e do narcoestado; no Chile, o dos sicários 
de Pinochet; no Oriente Médio, o de palestinos e 
israelenses. E tantos outros. Mas o que se instalou 
no âmbito global e transformou a vida política é o 
terrorismo de origem islâmico-fundamentalista e o 
contraterrorismo dos Estados, que fizeram do planeta 
um campo de batalha onde sobretudo morrem civis 
[...].
(Manuel Castells. Ruptura: a crise da democracia liberal, 2018.)
O excerto identifica o terrorismo contemporâneo 
como um fenômeno 
AAmundial, praticado tanto por grupos externos 
ao controle estatal, quanto por regimes políticos 
institucionalizados. 
BBregional, presente nas distintas partes do planeta, 
mas sempre resultante de disputas restritas a 
interesses locais e particulares. 
CCrelacionado ao crime organizado, que se manifesta 
tanto por meio de estratégias clandestinas quanto 
através de corporações legalizadas. 
DDassociado a ideologias extremistas de direita ou 
de esquerda, que agem para obter o controle de 
aparatos políticos estatais. 
EEétnico e religioso, por resultar de ações de grupos 
perseguidos, que recorrem à ação armada para 
reivindicar seus direitos. 
 
37
Questão 76 
Canto V Estância 81
E foi que, de doença crua e feia,
A mais que eu nunca vi, desampararam
Muitos a vida, e em terra estranha e alheia
Os ossos para sempre sepultaram.
Quem haverá que, sem ver, o creia?
Que tão disformemente ali lhe incharam
As gengivas na boca, que crescia
A carne e juntamente apodrecia?
Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas.
É correto afirmar que Camões, neste trecho, descreveu 
sintomas de 
AApeste bubônica, zoonose transmitida por ratos 
que assolou populações europeias e asiáticas no 
século XIV, propagada pelas viagens comerciais. 
BBescorbuto, deficiência em vitamina C, doença 
comum nas viagens ultramarinas europeias dos 
séculos XV e XVI, como a de Vasco da Gama em 
busca das Índias. 
CCmalária, doença de ampla ocorrência nas viagens 
de exploradores para a África e Américas nos 
séculos XV e XVI. 
DDvaríola, doença viral disseminada no Velho Mundo 
e trazida pelos navegantes dos séculos XV e XVI 
às colônias, onde dizimou populações nativas. 
EEleishmaniose, parasitose transmitida por mosquitos 
e contraída pelos primeiros exploradores da 
Amazônia e dos Andes durante o século XVI. 
Questão 77 
A convecção na Região Amazônica é um importante 
mecanismo da atmosfera tropical e sua variação, 
em termos de intensidade e posição, tem um 
papel importante na determinação do tempo e do 
clima dessa região. A nebulosidade e o regime de 
precipitação determinam o clima amazônico.
FISCH, G.; MARENGO, J. A.; NOBRE, C. A. “Uma revisão geral 
sobre o clima da Amazônia”. Acta Amazônica, v. 28, n. 2, 1998 
(adaptado).
O mecanismo climático regional descrito está 
associado à característica do espaço físico de 
AAresfriamento da umidade da superfície. 
BBvariação da amplitude de temperatura. 
CCdispersão dos ventos contra-alísios. 
DDexistência de barreiras de relevo. 
EEconvergência de fluxos de ar. 
Questão 78 
Por força da industrialização da cultura, desde 
o começo do filme já se sabe como ele termina, 
quem é recompensado e, ao escutar a música, 
o ouvido treinado é perfeitamente capaz, 
desde os primeiros compassos, de adivinhar o 
desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando 
ele tem lugar como previsto.
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: 
fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
A crítica ao tipo de criação mencionada no texto 
teve como alvo, no campo da arte, a 
AAburocratização do processo de difusão. 
BBvalorização da representação abstrata. 
CCpadronização das técnicas de composição. 
DDsofisticação dos equipamentos disponíveis. 
EEampliação dos campos de experimentação. 
Questão 79 
Os meios de transporte e comunicação em 
massa, as mercadorias, casa, alimento e 
roupa, a produção irresistível da indústria de 
diversões e informação trazem consigo atitudes 
e hábitos prescritos, certas reações intelectuais e 
emocionais que prendem os consumidores mais 
ou menos agradavelmente aos produtores e, 
através destes, ao todo. Os produtos doutrinam 
e manipulam; […] E, ao ficarem esses produtos 
benéficos à disposição de maior número de 
indivíduos e de classes sociais, a doutrinação que 
eles portam deixa de ser publicidade; torna-se um 
estilo de vida.
(Herbert Marcuse. A ideologia da sociedade industrial: o homem 
unidimensional, 1973.)
Marcuse critica o modelo de produção da sociedade 
industrial, que, segundo o texto, se expressa na 
38
AAmanipulação, pela propaganda, de consumidores e 
produtores. 
BBdefesa, pela publicidade, de valores masculinos e 
patriarcais. 
CCsubstituição da pureza do artesanato pela ganância 
da fábrica. 
DDalienação do trabalhador provocada pelo trabalho 
fabril. 
EEimposição cultural de hábitos e atitudes individuais. 
 
Questão 80 
A Inglaterra não sóos produzia em condições técnicas 
mais avançadas do que o resto dos países, como os 
transportava e distribuía. Tinha, pois, necessidades 
de mercados, e foi por isso que se esforçou, naquela 
etapa de sua história, para criá-los e desenvolvê-
los. O Tratado de Methuen em 1703 estabelecia a 
compra dos tecidos ingleses por parte de Portugal, 
enquanto a Inglaterra se comprometia a adquirir a 
produção vinícola dos lusitanos.
SODRÉ, N. W. As razões da independência. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969 (adaptado).
No contexto político-econômico da época, esse 
tratado teve como consequência para os britânicos a 
AAaplicação de práticas liberais. 
BBestagnação de superávit mercantil. 
CCobtenção de privilégios comerciais. 
DDpromoção de equidade alfandegária. 
EEequiparação de reservas monetárias. 
Questão 81 
A grande síntese da ciência moderna, estabelecendo 
as leis físicas do movimento por meio de equações 
matemáticas e respondendo a todas as questões 
surgidas com a cosmologia de Copérnico, foi obra 
de Isaac Newton. Com ela, a física adquiriu um 
caráter de previsibilidade capaz de impressionar 
o homem moderno. A evolução do pensamento 
científico, iniciada por Galileu e Descartes, em 
direção à concepção de uma natureza descrita por 
leis matemáticas chegava, assim, a seu grande 
desabrochar.
(Claudio M. Porto e Maria Beatriz D. S. M. Porto. “A evolução do 
pensamento cosmológico e o nascimento da ciência moderna”. In: 
Revista brasileira de ensino de física, vol. 30, no 4, 2008. Adaptado.)
A base da grande síntese newtoniana foi, de certa 
forma, preparada pelo humanismo renascentista, 
que 
AAestabelece uma perspectiva dualista da realidade, 
fundamentada na filosofia grega. 
BBrestringe o entendimento da natureza, tornando-a 
objeto de investigação somente da física. 
CCrecupera teorias da Antiguidade para explicar 
a natureza, com ênfase em uma perspectiva 
mitológica. 
DDresgata o racionalismo da Antiguidade, 
valorizando o homem no debate científico. 
EEmantém o quadro geral de conhecimentos 
teológicos, tais como os utilizados durante a 
Idade Média. 
Questão 82 
O cântico da terra
Eu sou a terra, eu sou a vida.
A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.
E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranquilo dormirás.
Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
CORALINA, C. Textos e contextos: poemas dos becos de Goiás e 
estórias mais. São Paulo: Global, 1997 (fragmento).
No contexto das distintas formas de apropriação da 
terra, o poema de Cora Coralina valoriza a relação 
entre 
AAgrileiros e controle territorial. 
BBmeeiros e divisão do trabalho. 
CCcamponeses e uso da natureza. 
DDindígenas e manejo agroecológico. 
EElatifundiários e fertilização do solo. 
 
39
Questão 83 
Depois da Independência, em 1822, o país enfrentaria 
problemas que com frequência emergiram durante a 
formação dos Estados nacionais da América Latina. 
Em muitas regiões do Brasil, essas divergências 
foram acompanhadas de revoltas, inclusive contra 
o imperador D. Pedro I. Com a abdicação deste, 
em 1831, o país atravessaria tempos ainda mais 
turbulentos sob o regime regencial.
REIS, J. J. Rebelião escrava no Brasil: a história do Levante dos Malês 
em 1835. São Paulo: Cia. das Letras, 2003 (adaptado).
A instabilidade política no país, ao longo dos períodos 
mencionados, foi decorrente da(s) 
AAdisputas entre as tendências unitarista e 
federalista. 
BBtensão entre as forças do Exército e Marinha 
nacional. 
CCdinâmicas demográficas nas fronteiras amazônica 
e platina. 
DDextensão do direito de voto aos estrangeiros e 
ex-escravos. 
EEreivindicações da ex-metrópole nas esferas 
comercial e diplomática. 
 
Questão 84 
Observe as imagens a seguir:
Tanto a capa do boletim quanto o cartaz são 
documentos que atestam a participação de um 
importante grupo social num dos momentos mais 
destacados da história recente do Brasil. Uma de 
suas principais ações sociopolíticas no momento 
destacado foi a(o) 
AAluta pelo processo de redemocratização. 
BBcombate por meio de propostas de lei à inflação. 
CCpleito da universalização da anistia para os 
militares. 
DDgarantia do abono salarial independentemente 
do gênero. 
EEalteração do modelo político nacional para o 
parlamentarismo. 
 
Questão 85 
Tu é um termo que não figura muito bem nos 
desenvolvimentos modernos e contemporâneos da 
ética e da política. Com efeito, muitos movimentos 
revolucionários (que variam do comunismo tradicional 
ao feminismo da irmandade) parecem compartilhar 
de um código linguístico curioso baseado na moral 
intrínseca dos pronomes. O nós é sempre positivo, 
o vós é um aliado possível, o eles tem o rosto de um 
antagonista, o eu é impróprio, e o tu é, obviamente, 
supérfluo.
CAVARERO, A. Relating Narratives apud BUTLER, J. Relatar a si 
mesmo.
Belo Horizonte: Autêntica, 2015 (adaptado).
Um dos principais problemas morais da 
contemporaneidade, conforme mencionado no texto, 
reside na dificuldade em 
AAconstruir o diálogo coletivo. 
BBdemarcar a presença do ego. 
CCviabilizar a afetividade pessoal. 
DDreconhecer a alteridade singular. 
EEultrapassar a experiência intersubjetiva. 
40
Questão 86 
Maior que os espaços metropolitanos tradicionais, 
incorporando áreas menores em vizinhança e 
formando uma aglomeração em escala mais ampla, 
concentra o principal das atividades produtivas 
significativas em diversos setores (cadeias da 
indústria, investimentos estrangeiros diretos, 
operações de negócios internacionais, trabalhadores 
migrantes, fluxos monetários etc.). O conjunto da 
economia global passa a ser um arquipélago delas, 
constituindo os nós da malha econômica.
IBGE. Gestão do território. Rio de Janeiro: IBGE, 2014 (adaptado).
A configuração geográfica descrita no texto é definida 
pelo conceito de 
AAmeio técnico. 
BBcidade-região. 
CCzona de transição. 
DDpolo de tecnologia. 
EEpaisagem urbana. 
Questão 87 
A humanidade, a humanidade do homem, ainda é um 
conceito completamente novo para o filósofo que não 
cochila em pé. A velha questão do próprio homem 
continua por ser inteiramente reelaborada, não 
apenas em relação às ciências do vivo, não apenas 
em relação ao que se nomeia com essa palavra geral, 
homogênea e confusa, o animal, mas em relação a 
todos os traços que a metafísica reservou ao homem 
e que nenhum deles resiste à análise.
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo: Estação Liberdade, 2004.
No trecho, caracteriza-se o seguinte tema fundamental 
do pensamento filosófico contemporâneo: 
AACrise do sujeito. 
BBRelativismo ético. 
CCVirada linguística. 
DDTeoria da referência. 
EECrítica à tecnociência. 
 
Questão 88 
Junto a um vasto grupo de pessoas que trabalharam 
ao seu lado desde o final da década de 1970, 
Chico Mendes idealizou o modelo que traduziu com 
perfeição a ideia de desenvolvimento sustentável 
bem antes desse conceito se popularizar. Uma 
invenção brasileira que não tem comparação com 
qualquer outra no mundo.
(www.nationalgeographicbrasil.com, 05.11.2020. Adaptado.)
O modelo abordado no excerto corresponde à 
AAreserva extrativista, que assegura a proteção 
florestal e das populações tradicionais. 
BBestação ecológica, que permite a realização de 
pesquisas científicas básicas e aplicadas. 
CCárea endêmica, que abriga exemplares raros da 
biota regional. 
DDárea agroecológica, que permite a prática da 
permacultura e garante a justiça social. 
EEreserva biológica, que preserva o equilíbrio 
natural sem a intervenção humana. 
 
Questão 89 
Juiz – Entre, Edmund, falei com o seu senhor.
Edmund – Não com o meu senhor, Vossa Excelência, 
espero ser o meu próprio senhor.
Juiz – Bem, com o seu empregador, o Sr. E..., o 
fabricante de roupas. Serve a palavra empregador?
Edmund – Sim, sim, Vossa Excelência,qualquer 
coisa que não seja senhor.
DEFOE, D. apud THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: 
Cia. das Letras, 1998.
Qual alteração nas relações sociais na Inglaterra é 
registrada no diálogo extraído da obra escrita em 
1724? 
AAMelhoria das condições laborais no ambiente 
fabril. 
BBSuperação do caráter servil nas relações 
trabalhistas. 
CCExtinção dos conflitos hierárquicos no contexto 
industrial. 
DDAbrandamento dos ideais burgueses nos centros 
urbanos. 
EEDesaparecimento das distinções sociais no 
ordenamento jurídico. 
41
Questão 90 
[O rei D. João III] ordenou que se povoasse esta 
província, repartindo as terras por pessoas que se 
lhe ofereceram para as povoarem e conquistarem à 
custa de sua fazenda, e dando a cada um 50 léguas 
por costa com todo o seu sertão [...]; são sismeiros 
das suas terras, e as repartem pelos moradores como 
querem, todavia movendo-se depois alguma dúvida 
sobre as datas, não são eles os juízes delas, senão 
o provedor da fazenda, nem os que as recebem de 
sesmaria têm obrigação de pagar mais que dízimo a 
Deus dos frutos que colhem [...].
(Frei Vicente do Salvador. História do Brasil (1500-1627). In: www.
dominiopublico.gov.br.)
O excerto, do século XVII, caracteriza a 
AAdefinição de rigoroso sistema tributário voltado 
aos interesses da Coroa portuguesa. 
BBautorização para a instalação de sesmarias 
destinadas exclusivamente ao cultivo de algodão 
e tabaco. 
CCconstituição de um regime fundiário apoiado na 
pequena propriedade rural. 
DDatribuição de poder político, econômico e jurídico 
aos senhores de engenho. 
EEcriação das capitanias hereditárias e a atribuição 
de direitos aos donatários. 
42
REFERÊNCIAS
OPÇÃO INGLÊS
1. Enem/2013
2. Enem/2017 
3. Enem PPL/2015 
4. Enem PPL/2017
5. Enem PPL/2015
OPÇÃO ESPANHOL
1. Enem/2021
2. Enem/2013
3. Enem/2011 
4. Enem/2016
5. Enem PPL/2012 
LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS 
6. Fuvest/2020
7. Unesp/2019
8. Simulado/2020
9. Enem digital/2020
10. Fuvest/2021
11. Unesp/2021
12. Enem digital/2020
13. Famema/2021
14. Simulado/2020
15. Enem PPL/2019
16. Unesp/2021
17. Simulado/2020
18. Enem PPL/2020
19. Unesp/2022
20. Unesp/2021
21. Enem PPL/2021
22. Famema/2019
23. Unesp/2022
24. Enem/2019
25. Unifesp/2021
26. Enem PPL/2019
27. Simulado/2020
28. Simulado/2020
29. Enem/2019
30. Unesp/2022
31. Unesp/2020
32. Enem PPL/2019
33. Enem digital/2020
34. Fuvest/2020
35. Enem/2019
36. Enem PPL/2019
37. Fuvest/2021
38. Simulado/2020
39. Enem PPL/2019
40. Famema/2021
41. Enem/2020
42. Unifesp/2020
43. Famema/2020
44. Unifesp/2021
45. Unesp/2021
46. Enem PPL/2020
47. Enem PPL/2020
48. Enem/2021
49. Enem/2014
50. Enem digital/2020
51. Unesp/2022
52. Unesp/2020
53. Enem/2011
54. Unesp/2021
55. Unesp/2022
56. Enem PPL/2020
57. Unesp/2022
58. Unesp/2022
59. Enem/2017
60. Unesp/2020
61. Upe-ssa 3/2022
62. Unesp/2022
63. Upe-ssa 3/2022
64. Enem PPL/2020
65. Fuvest/2022
66. Enem PPL/2020
67. Unesp/2022
68. Enem/2021
69. Unesp/2022
70. Unesp/2021
71. Unesp/2022
43
72. Unesp/2020
73. Enem PPL/2021
74. Fuvest/2017
75. Unesp/2022
76. Fuvest/2021
77. Enem/2014
78. Enem PPL/2020
79. Unesp/2021
80. PPL/2020
81. Unesp/2020
82. Enem/2020
83. Enem digital/2020
84. Upe-ssa 3/2022
85. Enem PPL/2020
86. Enem digital/2020
87. Enem PPL/2020
88. Unesp/2022
89. Enem PPL/2021
90. Unesp/2022
44

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