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Aula 07
PM-MG (Oficial) Direito Civil - 2023
(Pós-Edital)
Autor:
Paulo H M Sousa
19 de Janeiro de 2023
12537699408 - Caio Ezequiel de Araújo
Paulo H M Sousa
Aula 07
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Responsabilidade civil 3
..............................................................................................................................................................................................2) Questões Comentadas - Responsabilidade civil - FCC 49
..............................................................................................................................................................................................3) Lista de Questões - Responsabilidade civil - FCC 100
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Título IX – Responsabilidade Civil 
A responsabilidade não depende de culpa, mas de imputação. Ou seja, determinada ilicitude 
deve gerar uma imputação a alguém. Ou seja, muito mais que a discussão a respeito da culpa, atenta-
se para a função, ou as funções, que a responsabilidade civil apresenta. Por isso, passo às funções que 
a responsabilidade civil tem, atualmente. Quais são elas? 
 
É, em linhas gerais, a previsão do art. 927, ao estabelecer que aquele que causa dano a outrem fica 
obrigado a repará-lo. Desse dispositivo, a doutrina retira dois princípios, que são habitualmente 
muito utilizados pela jurisprudência: 
 
 
Em outras palavras, nós reconhecemos que o dano extrapatrimonial, imaterial, ou dano moral, 
é devido, mas não há exatamente um consenso sobre quando e quanto ele é devido. Apesar de ter 
sido reconhecida claramente no art. 186, a função compensatória é casuisticamente observada. Em 
outras palavras, é a jurisprudência quem vai visualizar se é, ou não, cabível dano de natureza 
compensatória. 
•Significa recolocar, recompor, reconstruir o status quo ante deteriorado pelo ato ilícito cometido
•Aqui não há componente sancionatório na responsabilização patrimonial, mas apenas conteúdo
ressarcitório
A. Ressarcitória/Indenizatória/Reparatória
1. Restitutio in 
integrum
(restituição 
integral)
O dano deve ser integralmente ressarcido, o que significa dizer que ele não pode
ser nem ressarcido a menor nem a maior
Isso gera, assim, uma limitação ao ofensor e à vítima, pois aquele terá um piso a
indenizar e esta terá um teto a receber
2. Compensatio 
lucri cum damno
(compensação dos 
danos pelos lucros)
Efeito inverso do ato ilícito, quando ele, que num primeiro momento gerou dano,
acabou por posteriormente trazer benefícios à vítima
Nesse caso, os benefícios gerados pelo evento danoso devem ser descontados do
valor a indenizar
• No plano extrapatrimonial, é impossível recolocar o sujeito na situação anterior, ou seja,
o dano não comporta um dimensionamento econômico
• Por isso, equipara-se o dano a uma quantidade econômica, para fins de indenização
B. Compensatória
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Por conta do princípio da restituição integral, que rege amplamente a responsabilidade civil brasileira, 
há dificuldade de se aceitar a função compensatória (e a punitiva, vista logo mais). As exceções estão 
previstas nos arts. 944, parágrafo único, e 945. 
No primeiro caso, se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o 
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização. Ou seja, a restituição, 
para a vítima, não será integral. No segundo caso, quando a vítima concorre para o 
dano, num concurso de culpas, há mitigação da indenização, que será fixada se tendo 
em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. Novamente, 
a restituição não será integral. 
Por isso, o grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta intencional (dolo), deve ser levado em 
conta pelo juiz para a quantificação do dano moral. É a previsão do Enunciado 458 da V Jornada de 
Direito Civil. Ao contrário, o patrimônio do ofendido não pode funcionar como parâmetro 
preponderante para o arbitramento de compensação por dano extrapatrimonial, aduz o 
Enunciado 588 da VII Jornada de Direito Civil. 
Tradicionalmente, são essas as duas funções que a doutrina aponta para a responsabilidade 
civil. Por isso, não se consideram as demais funções como funções genuínas, mas apenas funções 
incidentais, acidentais ou acessórias. 
 
Aqui, destaca-se a Teoria dos Punitive Damages, amplamente utilizada pelo direito consuetudinário, mas 
que enfrenta forte resistência no Brasil, ainda com uma cultura muito arraigada na ideia de que o 
quantum deve sempre corresponder à perda sofrida pela vítima (restitutio in integrum). 
Em regra, aponta-se o art. 944, caput, como impedimento à função punitiva, dado que o dispositivo se 
baseia no dano, e não na ofensa (“A indenização mede-se pela extensão do dano”). Não obstante, o 
Enunciado 379 da IV Jornada de Direito Civil estabelece que o art. 944, caput, não afasta a possibilidade 
de se reconhecer a função punitiva ou pedagógica da responsabilidade civil. 
Boa parte da jurisprudência já se utiliza da função punitiva ao estabelecer o valor dos danos 
morais, de forma a evitar que o ofensor continue a praticar condutas lesivas. 
Em se tratando de dano moral, há três correntes a tentar explicar sua natureza jurídica, sendo a terceira 
a mais utilizada pela jurisprudência. A primeira assenta que a indenização tem apenas intuito 
reparatório. A segunda, que ela tem caráter punitivo. A terceira, que a indenização por dano moral 
à pessoa jurídica tem caráter reparatório principal e caráter punitivo secundário ou acessório. 
• Função peculiar, caminhando conjuntamente com a função compensatória do dano
• A quantificação do dano traz em si uma carga de punição ao ofensor (sem ligação
alguma com a responsabilidade criminal)
C. Sancionatória/Punitiva
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Resumidamente, pretende-se imputar ao ofensor responsabilização que extrapole o plano individual, 
ou seja, indeniza-se não apenas porque a vítima sofreu um prejuízo, mas porque é necessário fazer o 
causador do dano tomar maior cautela em seus atos. 
Distingue-se a função sancionatória/punitiva da preventiva pelo âmbito/plano de aplicação. A função 
sancionatória volta-se à individualidade do caso; precisamente porque o ofensor causou dano, deve ser 
punido por aquele ato já praticado. A função preventiva, por sua vez, não se volta ao caso passado, mas 
à eventualidade de casos futuros; precisamente porque o ofensor causou dano, devo admoestá-lo de 
forma que não mais daneie, em outras situações. 
 
São situações nas quais todos os danos acidentais são indenizados, independentemente da origem. 
Lembrou de alguma coisa? Temos alguns exemplos disso: o INSS e o DPVAT. 
 
Funções da Responsabilidade Civil 
• Mais presente na esfera cível, já que na sociedade capitalista de consumo atual,
provavelmente, a sanção mais eficaz é a econômica
• A prevenção é tanto geral quanto especial
D. Preventiva
• Funciona como uma distribuição do risco por toda a sociedade
• Assim, evita-se, de um lado, que a vítima não seja indenizada, por variadas razões, e se
faz com que todos paguem por um risco socialmente distribuído, desonerando o devedor
E. Socialização do risco/dano
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Capítulo I – Obrigação de indenizar 
I – Pressupostos do dever de indenizarOs pressupostos do dever de indenizar são os elementos que compõem o dever de 
indenizar. Curiosamente, aquilo que é mais elementar em se tratando de responsabilidade 
civil – quais sejam seus pressupostos – não encontra unanimidade na doutrina. Longe disso. 
Há quem considere haver três elementos, há quem considere haver quatro. 
Como superar isso? A meu ver, ou sendo radicalmente sincero – ao dizer que os pressupostos são fluidos 
e podem ser afastados no caso concreto, tendo por base um determinado objetivo, como a proteção da 
vítima, efetivamente –, ou apelando para os pressupostos tradicionais. Farei a segunda coisa, já que 
a primeira não cai nas graças nem dos examinadores e bancas, nem da jurisprudência generalizada e do 
STJ. 
O art. 186 do CC/2002 trata do ato ilícito. Esse artigo conjuga os pressupostos de verificação do ato 
ilícito. Verificado o ato ilícito, o art. 927 manda o ofensor indenizar, desde que existente dano e nexo de 
causalidade. Eis a literalidade desse dispositivo para que eu possa escrutiná-lo: 
Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Na perspectiva mais tradicional possível traçada pelo art. 927, o dever de indenizar se subsume a uma 
causa que se liga a uma consequência. Os componentes do dever de indenizar são, assim, três, na 
estrita interpretação do art. 927 do CC/2002: 
1. ato ilícito; 
2. dano; 
3. nexo de causalidade. 
A premissa de que a culpa é pressuposto do dever de indenizar foi esbodegada com o art. 187 do 
CC/2002, dispositivo que não encontra similitude no CC/1916. O art. 927 do CC/2002 é claro ao se 
remeter tanto ao ato ilícito do art. 186 (seja ele ato ilícito em sentido amplo, seja ele somente ato ilícito) 
quanto ao abuso de direito do art. 187 (seja ele ato ilícito em sentido estrito, seja ele figura autônoma). 
Ressarcitória/indenizatória/reparatória
Compensatória
Sancionatória/Punitiva
Preventiva
Socialização de riscos/danos
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Assim, não é que a culpa pode ser afastada aqui ou acolá. A culpa não é mais pressuposto do dever de 
indenizar. O que deve haver é a imputação de um fato – ou ato ilícito, nas atécnicas palavras do art. 927, 
caput – a alguém, em vista da causação de dano a outrem. 
A responsabilidade, assim, não depende de culpa, mas de imputação. Ou seja, 
determinada ilicitude deve gerar uma imputação a alguém. E só. Ponto. 
Atualmente, inclusive, fala-se até em responsabilidade por ato lícito, mesmo não 
havendo abuso de direito, como mostrarei a você mais adiante. 
O que é ato ilícito? O que é dano? O que é nexo de causalidade? Vou analisar cada um 
desse pressupostos detalhadamente, fazendo as devidas considerações. Friso, mais 
uma vez, que tratarei nuclearmente dessas perspectivas mais tradicionais, porque se formos criticar 
com um mínimo de profundidade esses elementos, toda a teoria geral da responsabilidade civil estaria 
escangalhada. 
A) Ato ilícito 
O ato ilícito, por aplicação do art. 186, deverá ser, em regra, culposo lato sensu, ao menos. O direito civil 
brasileiro adota o princípio da culpa, excepcionando o princípio do risco/dano. Entende-se que 
não há responsabilidade sem culpa em sentido amplo (lato sensu). 
Verifica-se a existência da culpa em sentido amplo quando se exige comportamento diverso do agente 
e há censura ao comportamento tomado, contrário ao ordenamento. A culpa é analisada pela 
censurabilidade da conduta, ou seja, não num juízo a priori do magistrado, mas uma análise comparada 
da censura (probidade, ética, moral). 
Primeiro, a culpa em sentido amplo se subdivide em culpa em sentido estrito (stricto sensu) e 
dolo. Em regra, não se faz a distinção entre a culpa stricto sensu e o dolo porque desnecessária; 
como diz o brocardo, culpa lata dolo aequiparatur, ou seja, a culpa se equipara ao dolo, para fins de 
responsabilidade civil. Não obstante, por vezes o Direito Civil distingue a culpa do dolo para 
imputar responsabilidade ao agente apenas no caso de dolo. 
De qualquer forma, as distinções feitas pelo Direito Penal a respeito da matéria são irrelevantes, 
à exceção da culpa vs. dolo, quando cabível (art. 18, inc. II do CP/1940). Dolo eventual (e mesmo o 
preterdolo) e culpa consciente são categorias inaplicáveis ao Direito Civil, felizmente. Ou o dolo é não 
eventual ou é culpa. A culpa stricto sensu baseia-se em três fatores (art. 18, inc. II do CP/1940): 
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No caso de negligência, ou seja, de omissão do agente, necessário também 
provar que seu ato seria apto a evitar o dano. Caso, com a ação, o dano se 
verificasse do mesmo modo, não há que se falar em omissão, em negligência. 
Quanto à imperícia, a rigor ela não é tecnicamente um fator; ou o agente age de 
maneira negligente ou age de maneira imprudente. A imperícia é, em realidade, 
imperícia por negligência ou imperícia por imprudência. De maneira mais 
apurada tecnicamente, portanto, a culpa se baseia em apenas dois fatores: imprudência ou 
negligência. 
Ultrapassados os fatores da culpa, passa-se à sua classificação. Primeiramente, em relação à atuação 
do agente, pode-se classificar a culpa em: 
 
Em relação à forma de atuação do agente, a classificação da culpa é feita com base em: 
• Conduta omissiva, passiva. Esperava-se que o agente tomasse determinada medida
(omissão genérica), mas ele não toma, se omite, permanece passivo. Exige-se prova da
ausência de prática (omissão específica).
• Exemplo é o motorista que não conserta os freios do carro, após uma revisão, e,
posteriormente, bate o carro por falta deles; o dono não coloca focinheira no cachorro,
que morde um pedestre no parque.
A. Negligência
• Conduta comissiva, ativa. Esperava-se que o agente não tomasse determinada medida,
mas ele se arrisca e a toma, age. Ele tem uma conduta contrária à exigida pelo
ordenamento.
• Exemplo é o motorista que dirige alcoolizado e causa acidente; o dono do imóvel que
deixa coisas no parapeito da janela do prédio e elas caem sobre um passante.
B. Imprudência
• A imperícia, ou falta de perícia, é ligada às atividades técnicas, ou seja, o sujeito age
sem a qualificação ou treinamento necessários ao ato.
• Exemplo é o enfermeiro inexperiente que ministra medicamentos errados; o médico,
sem especialização, que realiza procedimento cirúrgico contra as normas médicas.
C. Imperícia
• Culpa pela prática ativa de um ato
• Por exemplo, o acidente automobilístico provocado por motorista que fura preferencial
A. Culpa in committendo
• Culpa pela falta de iniciativa, desde que exigida a ação
• Por exemplo, a responsabilidade do dono do cachorro que ataca um pedestre porque 
estava sem a coleira
B. Culpa in omittendo
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Ademais, a culpa também admite gradação. Quanto aos graus, a culpa pode ser classificada em: 
 
Mas, por que a gradação da culpa é relevante, se basta a simples culpa para a identificação 
do dever de indenizar? Em verdade, já dei a resposta a isso, ainda que não diretamente, mais 
acima. Apesar de não ser possível estabelecer a indenização a partir do grau de culpa, 
o art. 944, parágrafo único, permite ao juiz reduzir o montante indenizatório se 
mínima a culpa. 
A redução equitativa da indenização tem caráter excepcional. Por isso, somente se realiza quando a 
amplitude do dano extrapolar os efeitos razoavelmente imputáveis à conduta do agente, prevê o 
Enunciado 457 da V Jornada de Direito Civil. 
Atente, porém, pois o inverso não pode ocorrer. O juiz não pode aumentar o valor da indenização, no 
casode um dano pequeno, mesmo que a culpa seja grave. Aqui, entra novamente a discussão das funções 
• A falta de acerto na escolha de preposto, representante, empregado ou a falta de
controle sobre os bens usados em uma atividade
• Por exemplo, o empregador é responsabilizado por acidente causado pelo empregado
A. Culpa in eligendo
• É a falta de cuidado e/ou fiscalização do responsável por bens ou pessoas
• Por exemplo, a culpa dos pais pelos atos praticados pelos filhos
B. Culpa in vigilando
• Ocorre quando há falta de atenção e cuidado com coisas sob custódia
• Por exemplo, o acidente em estrada causado por uma vaca que foge da fazenda, por
falta de cerca
C. Culpa in custodiendo
• Inobservância crassa e imperdoável das regras comuns exigidas nas atividades.
Avizinha-se ao dolo (culpa lata dolo aequiparatur), como, por exemplo, o acidente
causado por motorista embriagado.
A. Grave ou lata
• Falta evitável com a atenção comum e normal esperada. Ocorre, por exemplo, no caso
de um acidente causado por motorista desatento que mexe no retrovisor enquanto
dirige.
B. Leve ou média
• Ocorre se evitável o erro apenas com uma atenção especial ou habilidade incomum.
Exemplo disso é o acidente no qual o motorista não desvia de um objeto que aparece
repentinamente, batendo em outros carros.
C. Levíssima
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da responsabilidade civil. Pela regra do art. 944, parágrafo único, do CC/2002, pode o juiz reduzir a 
indenização se a culpa for mínima, mas não pode a elevar se ele for máxima, dolosa. 
Assim, a aplicação da função punitiva e/ou preventiva ficaria prejudicada pela aplicação literal do 
refetido dispositivo legal. Aí está precisamente a razão pela qual nossa jurisprudência majoritária 
rechaça a majoração da indenização em prol da vítima simplesmente para “punir” o ofensor ou 
“prevenir” novas condutas, diferentemente do que faz a jurisprudência estadunidense, por exemplo. 
B) Dano 
O dano é o pressuposto central da responsabilidade civil. Em regra, o dano deve 
envolver um comportamento contrário ao Direito (contra legem). Entretanto, 
nem sempre a antijuridicidade é necessária, já que um ato lícito pode também 
gerar danos. 
De um lado, temos o dano patrimonial ou material. No dano patrimonial há visível 
interesse econômico no fato. Por isso, verifica-se um dano quando uma necessidade 
econômica é insatisfeita, seja negativamente, seja positivamente. 
Esse dano é quantificável em dinheiro, em pecúnia, em “valores econômicos”. Os efeitos patrimoniais 
podem ser imediatos, presentes, ou futuros, mediatos, diminuindo ou impedindo o acréscimo de 
patrimônio do lesado. 
Se o dano for atual, ele é chamado de dano emergente, ou dano positivo, ou seja, é o dano que 
emerge do ato. Ao contrário, se forem danos futuros, eles são chamados de lucros cessantes, ou 
dano negativo, ou seja, danos que cessam os lucros futuros. Trata-se da aplicação do instituto das 
perdas e danos, instituto de Direito das Obrigações presente no art. 402. 
O dano reparável é o dano certo, ainda que seja futuro, o que não se repara é dano 
eventual. É possível estabelecer danos presumidos, de acordo com a doutrina. 
No caso do dano patrimonial, a responsabilização se dá pelo princípio da boa-
fé objetiva, pela violação dos deveres laterais de conduta esperados pela boa-fé 
objetiva. Abrange a responsabilidade pré-contratual, e até mesmo a 
responsabilidade pré-negocial, além da responsabilização pela culpa post 
pactum finitum, ou seja, mesmo após o término do contrato, cujo adimplemento foi perfeito. 
Por outro lado, temos o dano extrapatrimonial, imaterial, comumente chamado de 
dano moral. Além de uma lesão ao patrimônio, pode o indivíduo sofrer danos que não podem ser 
quantificados, que não são economicamente visíveis e suscetíveis de apreciação monetária. 
São os danos que perturbam a moral, a honra, o nome, a tranquilidade, os sentimentos, o afeto, ou seja, 
todos elementos subjetivos, ao contrário dos danos materiais, que são objetivamente verificáveis. Todo 
dano moral traria ofensa à personalidade, aos direitos de personalidade, segundo a doutrina. Mesmo a 
partir de danos a bens materiais pode haver dano moral, decorrente daqueles. 
Esses configurariam o dano moral em sentido impróprio ou lato sensu, ou seja, os danos que 
trariam lesão a um direito de personalidade. Consequentemente, eles não exigiriam prova de 
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sofrimento, ou seja, seriam dano morais presumidos (in re ipsa). Já o dano moral em sentido 
próprio constitui o dano moral in natura, e causariam dor, sofrimento etc., pelo que necessária a prova. 
De qualquer sorte, é difícil estabelecer com precisão o fundamento da responsabilização por danos 
extrapatrimoniais. De maneira ampla, a doutrina reconhece lesão à dignidade da pessoa humana, vale 
dizer, o dano moral é aquele que viola o princípio da dignidade da pessoa humana. 
Por isso, o absolutamente incapaz e mesmo o nascituro são capazes de experimentar dano 
moral. É nesse sentido que o Enunciado 445 da V Jornada de Direito Civil estabelece que o dano moral 
indenizável não pressupõe necessariamente a verificação de sentimentos humanos desagradáveis como 
dor ou sofrimento. 
Evidentemente que o princípio-mor ou supraprincípio constitucional é demasiado genérico quando se 
pensa em sua aplicação num caso concreto. E nem poderia ser diferente, claro. Por isso, necessário 
densificar o princípio na concretude do caso, de modo a se construir, doutrinária e 
jurisprudencialmente, as situações concretas que demandam reprimenda do Estado-juiz. 
De qualquer forma, a extensão desses danos será analisada pelo juiz, que definirá o montante da 
indenização. Como não há um valor apriorístico, de antemão, a condenação, em valor inferior, 
não geraria sucumbência à vítima. 
O dano moral deve ser visto amplamente, incluindo-se nele até mesmo o 
dano estético, o dano existencial, e, eventualmente, o dano punitivo, quando 
aplicado, já que não se encaixa na categoria dos danos patrimoniais. 
Quanto ao dano estético, Teresa Ancona Lopez, ao conceituá-lo (1980), 
estabelece a necessidade de se mirar “a modificação sofrida pela pessoa em 
relação ao que ela era”. Isso porque o conceito de estético, e de beleza a ele 
associado, é eminentemente relativo (daí o ditado popular, “quem ama o feio, bonito lhe parece”). 
Desde 1992, o STJ reconhece a cumulabilidade dos danos materiais com os danos morais 
(Súmula 37). Já em 2009, a Corte avançou e permitiu também a cumulação dos danos 
estéticos com os danos morais (Súmula 387). Consequentemente, por lógica sistemática, 
permite-se não apenas a cumulação dupla de danos (morais e estéticos ou materiais 
e morais), mas também a cumulação tripla de danos (materiais, morais e estéticos). 
Superadas as distinções entre o dano a partir de sua patrimonialidade, avancemos. Num 
caso ou no outro, seja no dano material, seja no dano imaterial/moral, o dano pode ser classificado como 
direto e indireto. 
O dano direto surge do resultado imediato da ação danosa e causa imediato déficit econômico. 
São os danos verificados a partir da conduta, que, se não tivesse existido, inexistiria também 
dano, ou seja, há uma ligação direta ou imediata com as circunstâncias. Assim, por exemplo, sofro 
dano direto quando contrato técnico de informática que, ao tentar consertar um componente eletrônico, 
quebra minha placa-mãe, que fica inutilizada. 
Já o dano indireto indaga as consequências indiretas, remotas da ação, ou seja, os efeitos dos 
efeitos. Continuando o exemplo anterior, ao reconectar a placa-mãe ao computador, o componente 
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quebrado gera um superaquecimento da máquina, que, consequentemente, atinge o HD, fazendo com 
que todos os dados que eu tenho nele se percam. Esse é o dano indireto. 
Não confunda, assim, dano indireto com dano reflexo, também conhecido como dano por 
ricochete. No dano indireto, a própria vítima é quem experimenta o dano; sofre o dano direto e o dano 
indireto (que pode não existir, claro). Já no dano reflexo, não é a própria vítima a experimentar um 
segundo dano, mas terceira pessoa. 
 
 
Em qualquer caso, deve-se analisar o vínculo de causalidade entre a conduta e os 
danos. Deve haver um vínculo de causalidade entre ambos (nexo de causalidade), ou 
seja, a conduta deve desempenhar papel suficientemente decisivo na consumação 
daquele dano em específico. Portanto, deve haver uma relação direta de causa e efeito 
entre as situações, como veremos mais à frente, quando tratarmos do nexo de causalidade. 
C) Nexo de causalidade 
O nexo de causalidade, como o próprio nome diz, investiga a causa e, por isso, está intimamente ligado 
ao pressuposto anterior. Trata-se do elemento imaterial, virtual, “espiritual” dos pressupostos do dever 
de indenizar. É um daqueles casos fáceis de se visualizar e difíceis de se analisar, conceituar, tratar 
analiticamente e reconhecer tecnicamente. 
Já verificamos a conduta e o dano, falta analisar o liame que liga essas duas fontes. Desse modo, faz-se a 
triangulação necessária e se configura a responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar. 
Dano indireto
Efeitos dos efeitos 
Própria vítima experimenta 
o dano
Dano reflexo/ricochete 
Dano não causado pela 
vítima 
Dano que não se verifica na 
vítima, mas em terceiro
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Assim, para se responsabilizar um sujeito, ante um dano causado, é necessário 
analisar se a conduta por ele tomada encontra uma ligação com esse dano. O 
nexo causal, portanto, pode ser chamado de imputação, mais ou menos como a 
doutrina do Direito Penal, mas mais ampla que ela, pois mais abrangente. 
Os problemas enfrentados pelo Direito Penal, nesse sentido, são igualmente 
causadores de dor de cabeça no Direito Civil. O grande questionamento que se faz é: 
até que ponto se pode estabelecer que entre um evento (a causa, a conduta danosa) e outro (o 
efeito, o dano sofrido), há uma ligação suficientemente forte para se responsabilizar o agente do 
primeiro evento em relação ao outro? Ou, em que momento “se quebra” a corrente que liga um 
evento a outro? 
A doutrina se divide em muitas teorias. Segundo a maioria, o art. 403 traz, ainda que 
relativamente às perdas e danos (“as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os 
lucros cessantes por efeito dela direto e imediato”), um indicativo da teoria adotada pelo 
CC/2002, a Teoria do dano direto e imediato. 
Outra parte substancial ainda adota a Teoria da causalidade adequada, que teria sido adotada pelo 
art. 944 (“A indenização mede-se pela extensão do dano”). Segundo ela, somente o fato relevante ao 
evento geraria o dever de indenizar. 
De qualquer forma, há certa unanimidade da doutrina em não adotar a Teoria da equivalência das 
condições, ou Teoria da conditio sine qua non ou ainda Teoria do histórico dos antecedentes. Em 
tese adotada pelo art. 13 do CP/1940 (“O resultado, de que depende a existência do crime, somente é 
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria 
ocorrido”), na redação dada pela Lei 7.209/1984, ela enuncia a necessidade de se verificar a presença 
de cada uma das condições identificadas na situação concreta necessárias ao evento danoso. 
Segundo a Teoria da causalidade adequada, interessa o dano que é efeito 
imediato e direto do fato causador. Por isso, num acidente automobilístico, 
reparam-se os danos decorrentes do acidente e não do tratamento ruim, ou do 
acidente com a ambulância, por exemplo. 
Em relação ao nexo de causalidade, faz-se necessário atentar para a questão da culpa 
concorrente, pois o art. 945 estabelece que se a vítima tiver concorrido 
culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a 
gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. Assenta o Enunciado 47 da I Jornada 
de Direito Civil que essa regra não exclui a aplicação da “Teoria da causalidade adequada”. 
Assim, se a vítima do dano concorrer com o agente causador, cada um arcará equitativamente 
com o prejuízo, na proporção de suas culpas. O problema, fático, é saber qual é a proporção das 
culpas. Nesses casos, não há muito o que se fazer, deve-se recorrer ao arbítrio do juiz, numa tentativa 
de se mensurar a culpa in concreto. 
De outra banda, de maneira diversa do Direito Penal, todos os membros de um grupo podem ser 
responsabilizados quando não seja possível determinar, dentre eles, quem deu causa à lesão. É a 
chamada “Teoria da causalidade alternativa”, aplicável a casos, por exemplo, de dano físico causado 
por agressões cometidas por várias pessoas. 
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Por fim, de um modo um tanto excepcional quanto à regra trazida pela “Teoria do dano direto e 
imediato”, surge a “Teoria da perda de uma chance”. Nas situações em que se aplica tal Teoria, o 
dano, em realidade, é virtual, probabilístico, abandonando-se a perspectiva de que o dano 
precisa ser certo, direto, imediato. 
Por aplicação dela, indeniza-se a vítima pelas situações em que, havendo uma oportunidade 
potencial, ela é perdida pelo dano causado. Ou seja, na realidade, verificando-se com relativa 
precisão a conduta danosa e o nexo de causalidade, dispensa-se a prova do dano, ao menos no plano 
concreto, material, projetando-se o dano em uma probabilidade, uma chance. 
Essa chance, porém, não é qualquer chance, mas uma chance efetiva, real, probabilisticamente 
razoável. A “Teoria da perda de uma chance”, assim, permite aplicar a responsabilidade civil mesmo no 
caso de dano não tão certo assim. O STJ afirma que a aplicação da Teoria depende de ser o dano 
real, atual e certo, dentro de um juízo de probabilidade, e não de mera possibilidade eventual. 
A Teoria incide tanto em situações de responsabilidade contratual quanto em situações de 
responsabilidade extracontratual. No entanto, deve ser séria e real a possibilidade de êxito, o que 
afasta a reparação no caso de simples esperança subjetiva ou mera expectativa aleatória. Não se 
exige a comprovação da existência do dano final, bastando prova da certeza da chance perdida, pois esta 
é o objeto de reparação. 
O CC/2002, de qualquer forma, já previa algumas situações que ficam, na realidade, no meio-termo 
entre a aplicação da “Teoria perda de uma chance” e a “Teoria de causalidade adequada”. Vou falar a 
respeito delas. 
O art. 948 estabelece que no caso de homicídio, a indenização consiste no 
pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da 
família e na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-
se em conta a duração provável da vida da vítima. O artigo não exclui outras 
reparações, como o dano moral. 
Se, em vez de homicídio, tratar-se de dano à incolumidade física, segundo o art. 949, o 
ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim do 
tratamento, além de eventuais outros prejuízos sofridos. 
Por fim, se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu 
ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além 
das despesas do tratamento e lucros cessantes, incluirá pensão correspondente à 
importância do trabalhopara que se inabilitou, conforme regra do art. 950. 
Tanto no caso do art. 949 quanto no do art. 950, não se excluem outras indenizações. Nesse 
sentido, o Enunciado 192 da III Jornada de Direito Civil prevê que os danos devem ser analisados em 
conjunto, para o efeito de atribuir indenização por perdas e danos materiais, cumulada com dano moral 
e estético. 
O parágrafo único do art. 950 ainda permite que o prejudicado, se preferir, possa exigir que a 
indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. O STJ (REsp 1.349.968) entende que esse dispositivo, 
porém, não pode ser aplicado indiscriminadamente, de maneira absoluta. Ao contrário, pauta-
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se na conveniente análise judicial, que deve ponderar a satisfação do crédito do beneficiário e o 
risco de o devedor ser levado à ruína. 
Nesses três casos (art. 948, no caso de homicídio; art. 949, no caso de lesão à saúde; e art. 950, no caso 
de perda de capacidade laborativa), o art. 951 determina que a indenização é devida por aquele que, no 
exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do 
paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. 
Por fim, veja que o caso fortuito, a força maior e a culpa exclusiva da vítima afastam 
o dever de indenizar precisamente porque há rompimento do nexo de causalidade. 
De qualquer forma, não há como enunciar uma regra absoluta em se tratando de nexo 
causal, como tenta a “Teoria do dano direto e imediato”, devendo o julgador atentar para o 
caso concreto. Essa perspectiva encontra contraprova fática, uma vez que nossas Cortes 
decidem de maneira eclética, até casuística. 
II – Classificação 
A) Objetiva e subjetiva 
A responsabilidade subjetiva é regra, conforme estabelece o art. 927 do CC/2002. Arnaldo Rizzardo 
estabelece que: 
Pela teoria da responsabilidade subjetiva, só é imputável, a título de culpa, aquele que 
praticou o fato culposo possível de ser evitado. Não há responsabilidade quando o 
agente não pretendeu e nem podia prever, tendo agido com a necessária cautela. 
O art. 186, por sua vez, traça as linhas gerais da responsabilidade civil subjetiva: 
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito 
e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
A responsabilidade civil subjetiva era a única presente no CC/1916 originário. Com o tempo, porém, nos 
casos de prova de culpa muito difícil ou impossível (no processo civil a chamada prova impossível ou 
diabólica) passou-se para a responsabilidade civil com “culpa presumida”. 
A culpa presumida nada mais é do que o inverso da presunção de inocência do 
Direito Penal. Eu presumo que o causador do dano é culpado e ele tem de provar que 
estava certo. Nesses casos, não se prescinde a culpa, apenas inverte-se o ônus da 
prova. 
Passa-se, então, para a responsabilidade civil “sem culpa”, ou objetiva. Nesses casos, 
dispensa-se a culpa, sequer se falando em culpa ou ônus; agiu ou se omitiu? É responsável, 
mesmo que prove que não tem culpa alguma. 
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Há uma diferença fundamental entre a responsabilidade subjetiva com presunção de culpa 
e a responsabilidade objetiva. Na responsabilidade subjetiva com presunção de culpa, 
admite-se o afastamento da responsabilidade se o agente provar que não agiu com 
culpa; na responsabilidade objetiva, inversamente, mesmo que o agente prove não 
ter culpa, não se isenta do dever de indenizar. 
E quando falaremos em responsabilidade objetiva, sem culpa? Tradicionalmente pensamos 
no Direito do Consumidor, que é o sub-ramo do Direito Privado no qual está ela presente por excelência. 
O CC/2002, não obstante, também versa sobre a responsabilidade civil objetiva. O art. 927, parágrafo 
único, traz as linhas gerais da responsabilidade objetiva: 
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do 
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
O art. 931, por sua vez, prevê que ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários 
individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos 
produtos postos em circulação. Esclarece o Enunciado 378 da IV Jornada de Direito Civil que esse 
dispositivo se aplica haja ou não relação de consumo. 
O art. 927, parágrafo único, e o art. 931 tratam da objetivação da responsabilidade a partir de uma teoria 
muito em voga nos anos 1970-1990, a “Teoria do risco”. Assim, a responsabilidade objetiva presente no 
CC/2002 baseia-se largamente na “Teoria do Risco”, que, segundo Arnaldo Rizzardo, se adota porque: 
Todo aquele que dispõe de um bem deve suportar os riscos decorrentes, a que expõem 
os estranhos. 
Essa Teoria surge com o risco-proveito, estampado no art. 931. Assim, aquele que quer ter 
determinado lucro com uma atividade, um proveito, deve arcar com os prejuízos, os riscos, 
decorrentes dessa atividade. 
Posteriormente, essa discussão abrange também o risco da atividade, constante do art. 927, parágrafo 
único, segunda parte. No que tange a esse dispositivo, há grande discussão doutrinária e jurisprudencial 
a respeito de sua extensão, em termos mais práticos. 
Isso porque o dispositivo trata de uma “cláusula geral do dever de responsabilidade civil objetiva” 
quando a atividade normalmente desenvolvida implicar, por sua natureza, risco para os direitos 
de outrem. Segundo o Enunciado 555 da VI Jornada de Direito Civil, esses “direitos de outrem” 
abrangem não apenas a vida e a integridade física, mas também outros direitos, de caráter patrimonial 
ou extrapatrimonial. 
A questão é saber o que é essa tal atividade de risco. Propõe o Enunciado 38 da I Jornada de Direito Civil 
que ele se configura quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano causar a pessoa 
determinada um ônus maior do que aos demais membros da coletividade. Assim, é um risco “para além 
do normal”. 
Já o Enunciado 448, também da V Jornada de Direito Civil, vai além. Exige a aplicação desse 
dispositivo sempre que a atividade normalmente desenvolvida, mesmo sem defeito e não 
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essencialmente perigosa, induza, por sua natureza, risco especial e diferenciado aos direitos de 
outrem. 
Mostrei, até aqui, duas modalidades sobre a “Teoria do risco”, o risco-proveito e o risco da atividade. 
Mas a “Teoria do risco” tem diversas modalidades, a depender do seu âmbito de aplicação e de seus 
pressupostos. Em resumo, quais são as principais modalidades da “Teoria do risco”? 
 
A partir da “teoria do risco”, o CDC inaugura um novo ramo na responsabilidade civil, pois tem 
pressupostos e características peculiares e especiais em relação ao CC/2002. A Teoria é o mote do 
CDC, já que as atividades direcionadas ao consumo são criadoras de risco por natureza. 
Quando se tratará de responsabilidade subjetiva ou objetiva, sinteticamente? Não há uma 
resposta fixa, pois a espécie depende da lei, da atividade e mesmo da jurisprudência. A resposta 
é casuística, sem prefixação, e mutável. 
• Art. 37, §6º, da CF/1988
• Adotada nos casos de responsabilidade civil objetiva do Estado
Teoria do risco administrativo
• Art. 927, parágrafo único, segunda parte, do CC/2002
• Adotada nos casos de atividades criadoras de riscos a terceiros
Teoria do risco da atividade ou Teoria do risco profissional
• Art. 931 do CC/2002 e CDC
• Adotada nos casos de riscosdecorrentes de atividades lucrativas
Teoria do risco-proveito
• Arts. 936, 937 e 938 do CC/2002
• Adotada nos casos de riscos criados por pessoas ou coisas
Teoria do risco criado
• Art. 14, §1º, da Lei 6.938/1981 e art. 21, inc. XXIII, d, da CF/1988
• Adotada nos casos que não há excludentes de responsabilidade
Teoria do risco integral
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B) Contratual e extracontratual 
É possível distinguir a responsabilidade civil em contratual, ou negocial, e extracontratual, ou 
aquiliana. Lembra-se quando eu falei da responsabilidade e disse que a responsabilidade era diferente 
da obrigação? Pois bem, “a responsabilidade pode advir do descumprimento de uma obrigação 
estabelecida entre as partes ou advir do contato social”. 
No primeiro caso, o descumprimento de uma obrigação gerará a responsabilidade 
civil contratual quando há a violação de deveres inerentes ao contrato, quando o 
contratante deixa de cumprir com o acordado, gerando prejuízo à contraparte. Nesse 
caso, aplica-se a disciplina das perdas e danos, prevista nos arts. 389 e ss., dispositivos 
próprios do Direito das Obrigações. 
Já a responsabilidade civil extracontratual ou aquiliana se verifica pela ocorrência 
de ato ilícito em sentido amplo (ato ilícito stricto sensu e abuso de direito). Não me parece ter 
havido mudança substancial em relação ao CC/1916, dado que o art. 187 do CC/2002 trata do abuso de 
direito como espécie de ato ilícito, e não como categoria jurídica absolutamente autônoma, ainda que 
possa assim ser visto em determinados casos. Nesse caso, aplica-se o disposto nos arts. 186 e ss. 
Não obstante, persistem diferenças importantes, como, por exemplo, em 
relação ao ônus da prova. Na responsabilidade contratual, por exemplo, basta 
ao credor demonstrar o descumprimento de uma cláusula contratual para 
exigir a responsabilização do devedor/agente, não sendo necessária a 
demonstração de culpa. Já na responsabilidade extracontratual, deve o credor 
demonstrar a culpa do devedor/agente para obter a indenização (lembrando 
que a regra geral é a responsabilidade subjetiva, que demanda prova de culpa). 
Além disso, vale acrescentar a polêmica jurisprudência do STJ que fixa prazo prescricional trienal para 
as ações reparatórias derivadas de responsabilidade extracontratual, mas prazo prescricional decenal 
para as ações reparatórias derivadas de responsabilidade contratual. Contato e contrato, portanto, 
trazem diferenças na ótica de responsabilização. 
Teoria da Culpa
Responsabilidade 
subjetiva
Regra do CC/2002 Presunção de culpa
Teoria do Dano 
Responsabilidade 
Objetiva
Exceções do CC/2002
Regra do CDC
Socialização dos 
danos/riscos: seguro 
social
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III – Responsabilidade por ato alheio 
A cisão entre Schuld e Haftung fica bem clara quando se estudam algumas das hipóteses de 
responsabilidade civil elencadas pelo CC/2002. Dentre elas encontram-se as situações de 
responsabilidade por fato de terceiro, responsabilidade por fato de coisa e responsabilidade por fato de 
animal. Ou seja, ainda que o causador do dano seja outra pessoa, é necessário responsabilizar alguém. 
Essa pessoa, mesmo não tendo causado o dano, terá dever de indenizar. 
Assim, é possível aduzir que, em regra, a responsabilidade civil é por fato próprio, ou seja, 
responsabiliza-se o causador direto do dano. No entanto, na responsabilidade civil por fato impróprio 
responsabiliza-se alguém por fato não cometido diretamente por ela. Por uma série de razões, o 
ordenamento jurídico imputa a responsabilidade, ainda que indiretamente, àquele que não causou o 
dano. 
Vê-se aqui a possibilidade de não causar dano a outrem e, ainda assim, ser responsabilizado. A 
lei, em situações especiais, remete a responsabilidade por um dano a terceiro, que não o 
causador do dano. 
Via de regra, o fundamento último é um dever de guarda, controle, vigilância ou proteção. Verifica-se, 
tradicionalmente, a responsabilidade por fato de outrem em relações de submissão ou autoridade, como 
no caso do patrão e empregado ou do pai e filho, por exemplo. Juridicamente falando, essa 
responsabilização de um terceiro se fundamenta numa omissão no seu dever. 
Quais são essas hipóteses? Elas estão presentes nos incisos do art. 932 do CC/2002: 
 
Mas a responsabilidade dessas pessoas é objetiva ou subjetiva? Segundo o art. 933 do CC/2002, a 
responsabilidade é objetiva (“Teoria do risco-criado”), sequer existindo espaço para que o 
terceiro prove que tomou todas as medidas que lhe competiam para evitar o dano: 
As pessoas indicadas no artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos 
praticados pelos terceiros ali referidos. 
• Pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia
Os pais
• Pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições
O tutor e o curador
• Por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir,
ou em razão dele
O empregador ou comitente
• Pelos seus hóspedes, moradores e educandos
Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por
dinheiro, mesmo para fins de educação
• Até a concorrente quantia
Os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime
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ATENÇÃO!!! A responsabilidade civil do responsável legal (pais, tutores, 
curadores, empregadores, donos de hospedagens, beneficiários do produto do 
crime) é OBJETIVA. No entanto, a responsabilidade civil dos causadores do 
dano, dos agentes (filhos, tutelados, curatelados, empregados, hóspedes e 
criminosos) é SUBJETIVA! 
Em outras palavras, analiso a conduta do agente de maneira culposa. Trata-se do que 
alguns autores chamam de “responsabilidade objetiva indireta” ou “responsabilidade objetiva 
impura”. Isso porque se exige culpa do agente (responsabilidade subjetiva), mas não do 
responsável legal (responsabilidade objetiva). 
Em qualquer caso, nem que o responsabilizado (empregador ou hotel) prove que não teve culpa alguma 
e não podia ter evitado o dano, responderá, havendo culpa do agente. E o responsável legal arca com o 
prejuízo? Exclusivamente? O agente por nada responde? 
Mais ou menos, porque há a possibilidade de ação regressiva do responsável legal contra o 
causador do dano, nos termos do art. 934. Esclarece o dispositivo que aquele que ressarcir o dano 
causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou. Na via regressiva, a 
indenização atribuída a cada agente será fixada proporcionalmente à sua contribuição para o evento 
danoso (Enunciado 453 da V Jornada de Direito Civil). 
A exceção fica por conta da primeira situação. Se o causador do dano for descendente do 
responsável legal, absoluta ou relativamente incapaz, não pode ele agir regressivamente contra 
o filho. Segundo Venosa, ainda que não se diga expressamente, inclui-se na exceção do art. 934 também 
os tutores e curadores pelos danos causados pelos pupilos ou curatelados. 
Veja-se que, em verdade, o art. 934 não trata apenas dos casos de responsabilidade civil por fato 
impróprio, mas é de redação bastante geral: 
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem 
pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. 
É com base nesse dispositivo que se dá azo à ação in rem verso, prevista 
genericamente no art. 886 (“Não caberá a restituição por enriquecimento, se a lei 
conferir ao lesado outros meios para se ressarcirdo prejuízo sofrido”). Assim, aquele 
que ressarce dano causado por outrem empobrece ao mesmo tempo em que o 
causador do dano enriquece, na medida em que deixa de indenizar não fica mais rico, 
literalmente, mas, ao deixar de empobrecer, quando deveria, enriquece. 
Em todos os casos supracitados, a responsabilidade do causador do dano com o 
responsável legal é solidária, por previsão expressa do art. 942, parágrafo único do 
CC/2002. Porém, o incapaz (absoluta ou relativamente) responde pelos prejuízos que 
causar de maneira subsidiária, inversamente. 
Vou mostrar a você cada uma dessas situações detalhadamente. 
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A) Responsabilidade dos pais 
Em regra, os filhos não exercem atividades que possibilitem auferir renda, não possuem patrimônio e 
não terão como arcar com a indenização, se devida, ao contrário dos pais, que, também geralmente, 
possuem melhores condições para tanto. Mesmo que inexista capacidade ou imputabilidade, o dano 
causado pelo menor deve ser indenizado, já que o Direito Civil pretende a tutela da vítima. 
Ainda que o menor não tenha causado ato ilícito, na perspectiva mais criminal do termo, pois incapaz, 
há responsabilidade civil. Aqui se evidencia a perspectiva mais técnica de que na responsabilidade civil 
se fala mais em imputação do que em culpa propriamente dita. Imputa-se uma conduta danosa ao menor 
porque o ordenamento o permite. 
Evidentemente, apesar de a responsabilidade dos pais ser objetiva, a responsabilidade do menor é 
subjetiva, pressupondo culpa. Evidentemente que a responsabilidade dos pais não é objetiva mesmo 
que não haja conduta culposa do menor, ou se responsabilizariam os pais por um ato no qual o menor 
é vítima. Obviamente que a imputabilidade penal é irrelevante. 
Inicialmente, se há responsabilidade civil por dano causado por incapaz, quem 
responde são responsáveis legais (responsáveis principais), em regra, e não o 
próprio incapaz (responsável subsidiário). Agora, se os responsáveis legais não 
tiverem a obrigação de indenizar (não estiver o menor sob a autoridade, p.ex.) ou 
quando estes não possuírem meios para adimplir a indenização, segundo o art. 928, 
parágrafo único, os próprios incapazes responderão. 
Segundo o Enunciado 40 da I Jornada de Direito Civil, há uma exceção. O menor fica responsável como 
devedor principal, diretamente, na hipótese do ressarcimento devido pelos adolescentes (pessoas entre 
12 e 18 anos) que praticarem atos infracionais nos termos do art. 116 do ECA, no âmbito das medidas 
socioeducativas ali previstas. 
De volta ao art. 928, parágrafo único, há limitação da responsabilidade dos incapazes. Não se pode privar 
do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem, atentando-se ao mínimo existencial. Trata-
se de aplicação do estatuto jurídico do patrimônio mínimo, tese defendida por Fachin. 
Cuidado em relação às expressões “sob sua autoridade” e “em sua companhia”. A autoridade liga-
se ao poder familiar; se um ou ambos ou genitores não detém poder familiar sobre o menor, não 
responde pelo dano, como, por exemplo, no caso do filho sob a guarda dos avós. 
A companhia não remete apenas à companhia momentânea, mas duradoura. Assim, se o menor 
sai, à noite, e causa um dano, os pais são responsáveis, ainda que não na companhia “efetiva” do menor. 
Veja-se que se o filho não está na companhia dos pais por vontade ou desídia destes, não se afasta a 
responsabilidade. Além disso, o mero fato de um genitor não deter guarda de seu filho ou não estar com 
ele não o isenta de responsabilidade, entende o STJ. 
Considerando que a responsabilidade dos pais pelos atos danosos praticados pelos filhos menores é 
objetiva, e não por culpa presumida, ambos os genitores, no exercício do poder familiar, são, em regra, 
solidariamente responsáveis por tais atos. Segundo o Enunciado 450 da V Jornada de Direito Civil, ainda 
que estejam eles separados, a solidariedade persiste, ressalvado o direito de regresso em caso de culpa 
exclusiva de um dos genitores. 
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Nesse ponto entra também a controvérsia a respeito da emancipação. Ou seja, o filho, ainda menor, é 
emancipado e torna-se plenamente capaz para os atos da vida civil. Persiste a responsabilidade dos 
pais? 
A jurisprudência, prevendo essa “jogada”, passou a estabelecer que não se isentariam os pais de 
responsabilidade ao emanciparem o filho. Assim, a emancipação concedida pelos pais (emancipação 
voluntária) não exclui sua responsabilidade pelos danos causados pelo filho menor. Ao 
contrário, a emancipação legal (casamento, exercício efetivo de emprego público, existência de 
economia própria decorrente de emprego e estabelecimento de empresa), isenta os pais do 
dever de indenizar. 
Se o menor tiver sido emancipado voluntariamente (art. 5º, parágrafo único, inc. I), a 
responsabilidade dele com os pais deixa de ser subsidiária e passa a ser solidária. Essa seria a 
única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do menor de 18 anos com seus pais, 
estabelece o Enunciado 41 da I Jornada de Direito Civil. 
 
 
 
• Pais têm responsabilidade principal, filhos têm responsabilidade subsidiária
Regra 1
• Filhos têm responsabilidade principal por ato infracional (art. 116 do ECA)
Exceção
• Entre 12 anos e 18 anos (adolescentes, absoluta ou relativamente incapazes)
Quando?
• Pais têm responsabilidade principal, filhos têm responsabilidade subsidiária
Regra 2
• Filhos têm responsabilidade solidária, se voluntariamente emancipados (art. 5º,
parágrafo único, inc. I do CC/2002)
Exceção
• Entre 16 anos e 18 anos (relativamente incapazes)
Quando?
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B) Responsabilidade do tutor/curador 
Em regra, os próprios pais são os tutores e curadores, mas nem sempre. Há grande crítica à 
responsabilidade objetiva, especialmente em relação à curatela, que é, em geral, ato de altruísmo e 
gratuito. 
De qualquer forma, o CC/2002 mantém a responsabilidade dos tutores e curadores pelos atos 
praticados pelos tutelados e curatelados, igualmente de maneira objetiva. Friso que, segundo 
Venosa, se o causador do dano for o tutelado ou o curatelado, não pode o responsável legal, tutor 
ou curador, agir regressivamente contra o tutelado ou curatelado. 
Por fim, cuidado com a antinomia aparente entre o art. 942, parágrafo único (responsabilidade solidária 
dos responsáveis legais) e o art. 928 (responsabilidade subsidiária do filho menor). Ora, se os pais são 
curadores do próprio filho menor, como num caso em que ele não pode, transitória ou 
permanentemente exprimir sua vontade, em virtude de um transtorno (art. 1.767, inc. I; não se falando 
aqui nas regras do Estatuto da Pessoa com Deficiência), a responsabilidade dos pais é subsidiária ou 
solidária? 
O entendimento prevalece no sentido de que a responsabilidade solidária é a regra geral, excepcionada 
no caso dos pais pelos filhos menores. Assim, mesmo que os pais sejam também curadores, respondem 
subsidiariamente os filhos. Se cessar a menoridade e a curadoria se mantiver, passaria a ser essa 
responsabilidade solidária. 
C) Responsabilidade do empregador/comitente 
O conceito de empregador não está contido na legislação civil, mas no art. 2º da CLT, que considera 
“empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade 
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço”. Esse artigo, no §1º, equipara 
determinadas figuras ao empregador: 
Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego,os profissionais liberais, as 
instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem 
trabalhadores como empregados. 
Ou seja, em resumo, todo aquele que contrata alguém e se utiliza de seu trabalho, 
mediante remuneração, para auferir algum benefício, mediante estabelecimento de 
uma relação hierárquica de subordinação, é empregador, ao menos para os fins desse 
artigo do CC/2002. Eventuais discussões de cunho trabalhista são resolvidos pela 
legislação, doutrina e jurisprudência próprias, evidentemente. 
Essa responsabilização ocorre, em regra, apenas durante a execução da atividade subordinada, ou seja, 
durante o “expediente”. Porém, com base na “Teoria da aparência”, há exceções, dado que aquele 
que sofre o dano “acredita” que o causador do dano o fez em razão do emprego e, por isso, deve 
ser indenizado. 
Por isso, determina o Enunciado 451 da V Jornada de Direito Civil que a responsabilidade civil por ato 
de terceiro se funda na responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo 
de culpa presumida. Assim, a Súmula 341 do STF (“É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato 
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culposo do empregado ou preposto”) está superada, porque ainda baseada no modelo do CC/1916 de 
presunção de culpa, solapado pelo art. 933 do CC/2002. 
Porém, no RE 601.811, o STF entendeu que não há responsabilidade civil da empregadora por ato 
doloso (homicídio) praticado por seu empregado (vigia), por razões estritamente pessoais, estranhas 
ao serviço, contra vizinho do estabelecimento. Entendeu o Min. Lewandowski, em decisão monocrática, 
que isso não violaria a Súmula 341 do STF. Assim, reconheceu a Corte, a despeito da remissão a Súmula 
superada, que a responsabilidade do empregador, apesar de objetiva, pode ser afastada em caso 
de ato doloso do empregado, sem qualquer correlação com o emprego, em ação estritamente 
pessoal. 
Além disso, prevê o Enunciado 44 da I Jornada de Direito Civil que o empregador e o comitente somente 
podem agir regressivamente contra o empregado ou preposto se estes tiverem causado dano com dolo 
ou culpa. Óbvio, já que somente haverá responsabilidade do empregador/comitente se o 
empregado/preposto agir, no mínimo, culposamente. 
D) Responsabilidade dos estabelecimentos de albergue 
A amplitude desse artigo abrange todo tipo de estabelecimento de albergue remunerado: creche, escola, 
hotel, motel, SPA, asilo, hospital, sanatório, centros de recuperação de dependentes etc. Sublinhe-se a 
necessidade de contraprestação para haver responsabilidade objetiva. 
Essa responsabilidade abrange os danos causados pelos hóspedes a terceiros e pelo 
estabelecimento aos hóspedes. No mesmo sentido, o art. 14 do CDC estabelece a responsabilidade 
objetiva na prestação de serviços. Mesmo danos causados fora da instituição são passíveis de 
indenização por ela, como, por exemplo, no caso de uma excursão de alunos organizada pela escola. 
Além disso, cláusulas que atenuam ou isentam a responsabilidade do estabelecimento são nulas, mesmo 
que existam avisos ostensivos, conforme regra do art. 51, inc. I do CDC. 
E) Responsabilidade pelo produto de crime 
Primeiro, não confunda participação com a coautoria, talqualmente não se pode fazer no âmbito da 
responsabilidade penal. Em resumo, o coautor age e o partícipe apenas auxilia. Todavia, nem de 
um nem de outro trata o art. 932, inc. V do CC/2002. Aqui, a pessoa apenas recebe o produto do 
crime, ou seja, não pode ser considerado nem coautor nem partícipe. São situações bem diferentes, 
portanto. 
No entanto, a repercussão penal é irrelevante para a responsabilidade civil. Em qualquer caso, a 
pessoa responde, objetivamente. Irrelevante, portanto, seu conhecimento sobre o crime, que a 
tornaria imputável por receptação (art. 180, caput, do CP/1940), ou sobre a possibilidade de se 
presumir seu conhecimento (art. 180, §3º). Irrelevante ser inimputável, como um menor que recebe 
produto de crime; a responsabilidade subsiste. 
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Aquele que recebe produto de crime responde apenas pelo dano até o valor que 
recebeu. Ao contrário, tanto na coautoria quanto na participação, a pessoa 
responderia integralmente pelo dano, e não de maneira limitada. Essa distinção é 
fundamental, monetariamente falando. 
Se João assalta um supermercado, roubando R$1 milhão, responde perante a vítima por 
R$1 milhão. Eventuais coautores e partícipes responderão, igualmente, por R$1 milhão. As 
repercussões criminais são resolvidas na esfera penal, conforme o caso. 
O Enunciado 558 da VI Jornada de Direito Civil estabelece que são solidariamente responsáveis pela 
reparação civil, juntamente com os agentes públicos que praticaram atos de improbidade 
administrativa, as pessoas, inclusive as jurídicas, que para eles concorreram ou deles se beneficiaram 
direta ou indiretamente. Veja que a responsabilidade civil é objetiva, não se confundindo com a penal. 
IV – Responsabilidade por fato de coisa 
Segundo Arnaldo Rizzardo: 
O dono de uma coisa inanimada é responsável pelos danos que a mesma causar. 
A responsabilidade por fato de coisa abrange tanto o proprietário quanto aquele que 
exerce sua guarda (detentor). No CC/2002 adotou-se a responsabilidade objetiva, ou 
seja, o lesado deve apenas provar o dano e o nexo causal com a conduta, sendo 
desnecessário questionar a culpa do dono da coisa. 
Ainda assim, o agente poderá eximir-se da responsabilidade se conseguir comprovar o caso 
fortuito e força maior ou a culpa exclusiva da vítima. Não há um dispositivo legal próprio 
para essa espécie de responsabilidade, aplicando-se o art. 927. Isso porque se entende a 
responsabilidade por fato da coisa como espécie da responsabilidade objetiva por risco de atividade. 
A responsabilidade por fato da coisa diferencia-se das demais espécies porque não requer uma 
conduta direta do autor do dano com a coisa em relação ao dano. Basta a posse, propriedade ou 
detenção da coisa e o dano para configurar-se a responsabilidade. Duas espécies têm grande 
importância: 
A) Responsabilidade pela ruína de edifício 
Caso especial de responsabilidade for fato de coisa está presente no art. 937 do CC/2002, que estipula 
que “o dono do edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier 
de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta”. 
A responsabilidade do dono do imóvel ou da construção é objetiva, pois se entende 
que não agiu com o devido cuidado, seja por falta de reparos, seja por falha 
construtiva. Não há mais que se falar em presunção de culpa, como no regime do CC/1916, 
pois o dispositivo aplica a “Teoria do risco-criado” ou do risco-proveito, mas o dispositivo é 
controverso. 
Isso porque, em tese, o art. 937 abre amplas possibilidades de defesa do dono da obra, pois 
lhe permite provar que agiu com o devido cuidado, inexistindo falta de reparos, o que evidenciaria a 
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existência de caso de presunção de culpa. Além disso, o artigo menciona a manifesta necessidade dos 
reparos para configurar a responsabilidade. 
A responsabilidade pela ruína estende-se a todo tipo de imóvel, não apenas às construções ou 
imóveis novos, incluindo-se aí a responsabilidade do proprietário que adquire imóvel já com 
muitos anos de uso, pois se entende que deveria tê-lo vistoriado adequadamente. 
O único modo de afastar a responsabilização é comprovar a ocorrência de um caso fortuito ou de culpa 
exclusiva da vítima.B) Responsabilidade pela queda ou lançamento de coisas de edifícios 
Outro caso especial de responsabilidade por fato de coisa está presente no art. 938, que 
aduz que aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente 
das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. É a chamada 
responsabilidade por defenestramento, termo que remonta à derivação parassintética de 
sufixo verbal do termo oriundo do francês antigo fenestre (fenêtre, janela). 
O termo “prédio” é entendido de maneira bastante alargada, compreendendo, além do condomínio 
edilício vertical, casas, hotéis, ou seja, todo local em que as pessoas ficam, permanecem, “habitam”. O 
termo “coisa” é também genérico, abrangendo lixo, placas, pequenos objetos, vasos de plantas e 
mesmo água, ou seja, qualquer objeto, líquido ou sólido (effusius et dejectis, respectivamente). 
A responsabilidade do dono do edifício é objetiva, pois se entende que não agiu com 
o devido cuidado ao deixar que coisas fossem lançadas ou caíssem do edifício 
(“Teoria do risco-criado”. Não importa se o objeto foi lançado acidentalmente ou 
dolosamente. Não importa quem lançou o objeto, acionando-se todos os 
proprietários. 
Se condomínio edilício, geralmente aciona-se o próprio condomínio, pois é difícil, ou 
mesmo impossível, precisar o autor. Esse entendimento está contido no Enunciado 557 da VI Jornada 
de Direito Civil: “se a coisa cair ou for lançada de condomínio edilício, não sendo possível identificar de 
qual unidade, responderá o condomínio, assegurado o direito de regresso”. 
Porém, se possível for fixar quem foi o autor do dano, ou seja, se for possível identificar a unidade 
condominial, não pode a vítima pretender obter a indenização do condomínio, pois manifesta 
sua ilegitimidade passiva. 
V – Responsabilidade por fato de animal 
Mesmo na vigência do CC/1916 havia presunção de culpa do proprietário do animal que causa dano, 
pela presunção de falta de cuidado e diligência do dono (culpa in custodiendo). Não mais se discute a 
respeito; a responsabilidade do dono do animal é objetiva por dano por este causado, sendo irrelevante 
se tomou as cautelas devidas e exigidas. 
O CC/2002 exclui a responsabilidade apenas nos casos de culpa exclusiva da vítima ou de força 
maior, segundo art. 936. A fuga do animal, ou sua permanência em local inapropriado, portanto, 
importam em responsabilização do dono. São os casos de animal que pula o muro, animal que morde a 
pessoa através de uma grade ou ataca alguém durante uma festa de rua. 
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Nesses casos, o animal deveria estar bem guardado/não deveria estar lá. Por isso, a vítima deve apenas 
apontar o dano e o nexo causal com a conduta. Cumprirá ao dono provar a existência de culpa exclusiva 
da vítima ou de força maior. 
O excludente de culpa exclusiva da vítima limita-se à culpa exclusiva. Se a vítima 
concorre com o dano, responde o dono, ainda assim. 
Mesmo que o animal fuja, permanece o dever de indenizar. Caso o animal esteja sob guarda 
de terceiro, também permanece o dever de indenizar. Neste caso, respondem preposto e 
dono, solidariamente, por força do art. 936, como nos casos em que o animal, sendo 
adestrado, ataca outrem (respondem adestrador e dono). 
VI – Responsabilidade civil-penal 
O ato ilícito pode ter naturezas jurídicas distintas, a partir de sua perspectiva de análise. Isso porque, 
originariamente, o conceito de ato ilícito não tinha distinção no Direito Civil e no Direito Penal. 
A noção mais clássica de ato ilícito, independente se civil ou criminal consolidou-se ao longo do 
tempo e se cristalizou, sob uma perspectiva claramente dotada dessa historicidade, no art. 186: 
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
É daí que se retira o conceito mais elementar de ato ilícito, dotado de culpabilidade e 
antijuridicidade, respectivamente pela exigência de culpa, caracterizada tanto por ação quanto por 
omissão (conduta negligente ou imprudente), e pela exigência de violação direito alheio, causando dano. 
Desse conceito é que se caracterizam os pressupostos do dever de indenizar, quais sejam a 
conduta (ilícita), o dano e o nexo de causalidade entre a conduta e o dano, somados à culpa, no caso da 
responsabilidade subjetiva. 
O mesmo vale para o Direito Penal, cuja noção de ato ilícito se confunde com a 
noção de ato ilícito civil, ante a ausência de diferenciação que havia entre ambos. 
Porém, paralelamente ao estabelecimento do princípio da legalidade cria-se também 
a noção de tipicidade. 
Aí eu volto para aquele conceito analítico tradicional de crime, a “conduta típica, 
antijurídica e culpável”. Fora a tipicidade, a antijuridicidade e a culpabilidade já eram 
pressupostos do ato ilícito, válido também para o Direito Civil. A tipicidade, portanto, é o elemento 
que distingue o ato ilícito, nuclearmente, no Direito Penal e no Direito Civil. 
Obviamente, como a tipicidade simplesmente não existe no Direito Civil, numerosas soluções 
– e problemas – sobre a tipicidade não são objeto de análise na Responsabilidade Civil. 
Assim, os excludentes de tipicidade, como o caso da aplicação do princípio da 
insignificância, não se analisam na responsabilidade civil, por absoluta 
incompatibilidade sistêmica. 
Ademais, a forma como se analisa os pressupostos de antijuridicidade e culpabilidade são 
distintos. Ao passo que a doutrina civilística mantém a culpabilidade baseada na culpa em sentido 
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amplo (subdividida em culpa em sentido estrito e dolo), a doutrina penal ampliou horizontes, criando 
também as figuras da culpa consciente e do dolo eventual. 
Inclusive, a distinção de culpa e dolo é irrelevante na maioria dos casos para aplicação da 
responsabilidade civil, exigindo-se dolo para responsabilizar o agente apenas em situações 
excepcionais, como no caso da responsabilidade do doador pelos danos causados ao donatário em 
relação ao bem doado. Ao contrário, no Direito Penal, a distinção é imprescindível e irá impactar 
profundamente na aplicação do direito, já que existem numerosos casos de tipos apenas dolosos, como 
o tipo de dano (ao passo que no Direito Civil o dano independe de dolo!). 
Grande parte da responsabilidade civil passa ao largo dessas discussões sobre 
culpabilidade, pela aplicação da responsabilidade civil objetiva, que afasta 
completamente as noções subjetivas. Igualmente, o grau de culpabilidade é em regra 
irrelevante no Direito Civil, exceto no caso de aplicação do art. 944, parágrafo único (“Se 
houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, 
equitativamente, a indenização”). 
Curiosamente, por outro lado, a responsabilidade civil ainda se encontra essencialmente ligada ao dano, 
por conta do princípio da restituição integral. Não se fala em responsabilidade civil sem dano. Quando, 
em uma situação concreta, não existe dano ou sua prova é impossível, a doutrina e a 
jurisprudência se valem do chamado dano in re ipsa, o dano presumido. 
O mesmo ocorre quando não há dano a ser indenizado. A partir de uma dada conduta, há situações nas 
quais certa conduta ilícita gera dano, mas, às vezes, em outras situações, sequer há dano. Novamente, 
presume-se o dano, ainda que a contraparte comprove a inexistência dele. 
Isso ocorre com o dano moral no caso de inclusão indevida do consumidor em serviço de 
restrição de crédito. A jurisprudência, uníssona, estabelece o dever de indenizar a partir do dano 
in re ipsa. Sinceramente, na maioria das situações trata-se de responsabilidade sem dano. 
No DireitoPenal, ao contrário, ainda que sob fortes críticas, o tipo de dano vem se tornando mais 
comum, especialmente nos tipos penais presentes no Código de Trânsito Brasileiro – CTB. O art. 306 do 
CTB estabelece que a condução de veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão 
da influência de substância psicoativa que determine dependência é vedada. A pena é aplicada mesmo 
que o condutor não tenha causado dano algum, apenas pelo perigo decorrente da conduta 
eventualmente danosa. 
Ainda dentro da culpabilidade, outro foco de grande discussão no Direito Penal é a 
imputabilidade. As discussões sobre a maioridade penal provavelmente se eternizarão, alguns 
clamando por sua redução – e, no limite, pela exclusão de um critério temporal objetivo –, outros 
clamando por sua extensão – e, no limite, pela exclusão quiçá da própria punição estatal. A 
imputabilidade é assunto de suma importância no crime. 
No cível, essa discussão é praticamente inócua. Tecnicamente falando, por conta dos 
institutos da tutela, curatela e representação, estende-se a responsabilidade dos 
“inimputáveis” a seus representantes legais. O Direito Civil vai além, fixando a 
responsabilidade civil objetiva dos pais pelos danos causados pelos seus filhos e a 
responsabilidade civil objetiva dos tutores e dos curadores pelos danos causados pelos 
tutelados e curatelados, segundos o art. 932, incs. I e II, c/c art. 933. 
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Já no âmbito do Direito das Obrigações, analisamos as diferenças entre obrigação e 
responsabilidade, pelo que se pode imputar a alguém a responsabilidade pelo 
inadimplemento de uma obrigação de outrem (como nos casos dos pais pelos filhos). 
Esse raciocínio é impensável no Direito Penal, dado que a condenação de alguém, que não 
o próprio agente, pela conduta alheia significaria que a pena ultrapassa a pessoa do 
ofensor. Nem mesmo as propostas criminais mais endurecedoras sugerem essa 
possibilidade. 
As diferenças também existem quanto ao nexo de causalidade. Enquanto se utiliza, largamente, no 
Direito Civil, a “Teoria da causalidade adequada” ou a “Teoria do dano direto e imediato” (a depender 
do gosto do freguês) para limitar o nexo de causalidade, no Direito Penal, o limitador do nexo causal é o 
dolo, pela “Teoria Finalista”. Se analisada a “Teoria da imputação objetiva” do Direito Penal, 
chegaremos à conclusão de que ela se parece, em certa medida, com a “Teoria do dano direto e 
imediato” do Direito Civil. 
Ainda que seja pouco utilizada a “Teoria da imputação objetiva” lá, já que ela não resolve a maioria das 
situações concretas, as críticas a ela dirigidas são bastante parecidas com as críticas que a “Teoria do 
dano direto e imediato” sofre aqui, no Direito Privado. 
A própria essência do Direito Civil e do Direito Penal é distinta. Enquanto na 
responsabilidade civil a tutela se volta à vítima, no Direito Penal a tutela se volta 
ao ofensor, em linhas gerais. 
Na responsabilidade civil é frequente a crítica a dispositivos que tutelam o 
ofensor, como o parágrafo único do art. 944 (“Se houver excessiva desproporção entre a gravidade 
da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir a indenização”). A redução da indenização se dá em razão do 
ofensor; a vítima ficará sem restituição integral, o que viola a racionalidade básica do sistema. 
Na responsabilidade penal, ao contrário, há frequente crítica a dispositivos que tutelam a vítima, como 
o art. 72 da Lei 9.099/1995 (“Na audiência preliminar, presente o representante do MP, o autor do fato 
e a vítima, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos”). Quebra-se, em alguma 
medida, o monopólio estatal da aplicação da lei penal, já que o ofendido poderá obstar a continuidade 
da persecução penal, voluntariamente. 
Modernamente, os pontos de contato também se tornam mais frequentes. Enquanto há uma 
tendência, no Direito Penal, ao uso maior das penas alternativas (como a restritiva de 
direitos ou mesmo a composição penal) em detrimento das penas privativas de liberdade, 
há uma tentativa, no Direito Civil, de ampliar o uso de medidas não-pecuniárias de 
reparação, de reparação in natura, como o direito de resposta e as obrigações de não-
fazer. 
Ainda que atualmente as diferenças entre a responsabilidade civil e a responsabilidade penal sejam 
marcantes e bastante evidentes, suas semelhanças também se evidenciam quando analisamos ambos 
os objetos, com certo “distanciamento científico”. Essas semelhanças se explicam pela origem 
comum da responsabilidade do agente causador de danos, pois ambas – a cível e a criminal – 
eram indistintas. A cisão ocorrerá de maneira mais completa apenas com o Positivismo Jurídico, com 
sua exigência de cientificidade. 
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No fim, tanto a responsabilidade civil quanto a responsabilidade penal têm um mesmo objetivo de 
pacificação social dos conflitos por meio de um ideal de “justiça”. Como cumprir com esse objetivo é que 
varia muito. Ao passo que o Direito Penal apostou na tutela do ofensor, o Direito Civil apostou na tutela 
da vítima. 
Necessário estudar os laços que ainda unem a responsabilidade civil e a reponsabilidade penal, 
especialmente em relação aos impactos, na esfera judicial, de uma sobre a outra. Isso porque uma 
mesma conduta pode ter repercussões, ao mesmo tempo, na esfera cível e criminal, como no caso 
do homicídio, fato jurídico que atrai a aplicação do art. 121 do CP/1940 e do CPP/1941, bem como do 
art. 928 do CC/2002 e do CPC/2015. 
O art. 935 do CC/2002, como dito, aduz existir independência do juízo cível e criminal, porém 
não se pode discutir mais o autor (autoria) e existência do fato (materialidade) quando já há 
decisão na esfera criminal. Os julgamentos cíveis e criminais são independentes, mas não devem 
ser contraditórios. A ideia de que o julgamento criminal faz coisa julgada para o cível é vista com 
muitas ressalvas. 
O problema é que há atipicidade da responsabilidade civil e tipicidade da responsabilidade 
criminal. Nesta, impera o subjetivismo, naquela, caminha-se para a objetividade. O crime visa a punir o 
agressor; o cível visa a tutelar a vítima. 
Por isso, a atuação do juiz criminal não limita a do juiz cível. Feita coisa julgada no cível, 
em pendência de processo criminal, a sentença criminal não poderá reverter a 
sentença cível, já transitada em julgado. Apenas quando há uma sentença 
condenatória cível e, em fase de execução cível, o juízo criminal não encontra autoria 
no fato, o executado cível pode, se ainda pendente a execução, impugnar a sentença, 
alegando a ausência de autoria. Se, no entanto, a execução cível já está terminada, ou seja, 
o executado já adimpliu com a indenização, nada mais há para se fazer. 
Logicamente, a autoria e a materialidade do fato deveriam ser apuradas primeiro no juízo criminal. 
Todavia, por vezes, a esfera cível acaba por resolver essa questão antes. 
O art. 91, inc. I, do CP/1940 coloca que a função da sentença criminal é tornar certa a obrigação de 
indenizar, mas não diz qual é a extensão do dano, nem mesmo se houve dano. O art. 387, inc. IV do 
CPP/1941, porém, estabeleceu a possibilidade de o juiz criminal fixar um valor mínimo de indenização, 
que servirá de piso ao juiz cível na hora da liquidação, que se dá na forma vista mais abaixo. Outra 
inovação importante foi feita pela Lei 12.403/2011, que alterou o art. 336 do CPP/1941, colocando que 
a fiança criminal poderá ser usada para o pagamento de indenização, no caso de o réu ser condenado. 
Já o art. 63 do CPP/1941 fala que transitada em julgado a sentença condenatória, pode-se promover o 
cumprimento da sentença para reparação do dano. 
Materialmente, mesmo existindo uma sentençacriminal absolutória, por falta de 
provas e/ou atipicidade de conduta, pode-se ingressar com uma ação cível 
indenizatória. Isso se dá porque as possibilidades de responsabilização na esfera 
cível são muito mais amplas que na criminal e a atipicidade e falta de provas não 
fazem coisa julgada para o cível. Nesse sentido, o Enunciado 45 da I Jornada de Direito 
Civil estabelece que não mais se pode questionar a existência do fato ou quem seja o seu 
autor se essas questões se acharem categoricamente decididas no juízo criminal. 
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Outra possibilidade de haver indenização cível no criminal existe no art. 72 da Lei 9.099/1995 (Lei dos 
Juizados Especiais Estaduais). Na audiência preliminar levada a cabo perante o Juizado Especial 
Criminal, o réu e o autor podem fazer a composição dos danos, evitando-se a persecução 
criminal. 
 
Por fim, há um detalhe relevante quanto ao tempo, especificamente quanto à prescrição. Isso porque o 
art. 200 do CC/2002 estabelece que quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no 
juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. 
Assim, se for necessário apurar algo no juízo criminal, a prescrição ficará suspensa até que o juiz 
do crime tenha proferido sentença definitiva. Discussões acerca do cumprimento da pena já em 
segundo grau de jurisdição são irrelevantes para a aplicação do art. 200 do CC/2002, já que o texto legal 
é expresso em falar em “sentença definitiva”. 
Capítulo II – Indenização 
I – Noções Gerais 
Verificada a tríade da responsabilidade civil (conduta/ato ilícito/culpa, dano e nexo de 
causalidade), deve-se procurar pelo melhor meio para a reparação que seja mais conveniente, 
tanto ao agente quanto à vítima. Apesar de a reparação pecuniária ser a primeira a vir à mente 
quando se pensa em reparação, ela não deve ser, ao contrário, a mais indicada. 
Por isso, vale lembrar que o objetivo da responsabilidade civil é retornar ao 
status quo ante. Ou seja, a melhor reparação é aquela que deixa as coisas 
no estado anterior, como se não tivesse havido dano. É a chamada “reparação 
perfeita”. 
Juízo Cível
Visa a indenizar a vítima
Objetividade (tendência à
responsabilidade objetiva)
Não influencia no outro
Executa a sentença transitada em
julgado no Criminal
Sentença condenatória penal é título
executivo judicial
Juízo Criminal
Visa a punir o agressor
Subjetividade (tendência à
responsabilidade baseada na culpa)
Influencia na autoria e materialidade
Pode estabelecer indenização mínima e
fiança para o Cível
Juizado Especial Criminal: pode fazer
composição cível
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Mesmo em se tratando de dano extrapatrimonial, a compensação pecuniária não é o único modo 
de reparar o dano. Admite-se a reparação in natura, na forma de retratação pública, por exemplo, 
frisa o Enunciado 589 da VII Jornada de Direito Civil. 
A quantificação dos danos é talvez a maior dificuldade na responsabilidade civil. Quando a 
responsabilidade é contratual, podem os contratantes prefixar no próprio contrato, em uma 
cláusula penal, os valores de ressarcimento. Se for responsabilidade extracontratual, o 
ressarcimento deverá ser verificado caso a caso, especificamente, segundo regra do art. 946. 
Entretanto, a indenização não é aferida de modo amplo, irrestrito e ilimitado, mas segundo os 
parâmetros estabelecimentos no art. 402: o que perdeu (dano emergente) e o que deixou de ganhar 
(lucro cessante). Porém, quando a indenização versa sobre danos morais, a liberdade do julgador é 
muitíssimo alargada, inexistindo qualquer parâmetro legal como limite, seja positivo, seja negativo. O 
balizamento fica a cargo, então, da jurisprudência, que vai consolidando entendimentos sobre o 
quantum caso a caso. 
Para compreender como facilitar esse problema, é necessário entender os sistemas de aferição de dano. 
Eles são dois: 
 
Pode-se dizer que o sistema brasileiro é aberto. Tão aberto que o próprio STJ se permite rever 
decisões das Cortes inferiores em relação ao quantum da indenização quando ele se revela 
irrisório ou exorbitante. É uma exceção criada pela própria Corte relativamente à aplicação da 
Súmula 7, que veda que no julgado especial sejam revistas provas ou revolvidos fatos já discutidos nas 
instâncias ordinárias. 
Porém, o sistema de responsabilidade civil brasileiro tem algumas “pitadas tarifárias”. Alguns 
autores consideram nosso sistema misto, pois temos na legislação algumas fontes de tarifação, ainda 
que bastante restritas. Nos arts. 939 e 940, o legislador coloca o quantum exato para a aferição de danos: 
A. Sistema aberto (Sistema do arbitramento)
• Em tese, nosso ordenamento se pauta por esse sistema, ou seja, o magistrado pode livremente
fixar o montante da indenização
• Contudo, isso não é de todo verdadeiro, pois há limitações negativas e positivas para o magistrado.
Esse sistema ganhou força com o CC/2002, pois legou ao magistrado mais poder; é um sistema que
preza mais pela justiça do caso, mas tem o ônus de ser mais “inseguro”
B. Sistema tarifário
• É um sistema mais seguro, mas mais problemático, pois exclui a possibilidade de aferição dos danos
reais, de sua extensão real, estabelecendo um quantum fechado, impassível, "pétreo"
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Os danos patrimoniais, via de regra, devem ser provados. Apenas excepcionalmente eles podem ser 
presumidos. Em regra, são tarifados, limitados ao montante efetivamente despendido. Já em relação aos 
“danos morais”, sempre serão eles arbitrados pelo juiz, não havendo tarifação para tanto, em nenhuma 
hipótese. 
O STJ estabelece que para a fixação de dano extrapatrimonial deve o juiz determinar a 
indenização a partir de arbitramento equitativo. Como o fazer, na prática? A Corte aplica o 
chamado método bifásico. Assim, fixa-se montante de indenização que não seja pura aleatoriedade. 
Na primeira fase, estabelece-se um valor básico para a indenização, considerando o interesse jurídico 
lesado, com base nos precedentes jurisprudenciais que apreciaram casos semelhantes. Essa primeira 
fase é abstrata, portanto, sem que se prenda aos meandros do caso concreto. 
Já na segunda etapa, devem ser consideradas as circunstâncias do caso, para fixação definitiva do valor 
da indenização, atendendo a determinação legal de arbitramento equitativo pelo juiz. Aqui, 
inversamente, a análise não é mais abstrata, mas concreta, sopesando-se as vicissitudes do caso 
particularmente tomando em consideração. 
No tocante a ofensa à liberdade pessoal, o CC/2002 tem regra específica. Mas, o que se caracteriza como 
ofensivo da liberdade pessoal? O art. 954, parágrafo único, em seus incisos, define como ofensivo à 
liberdade pessoal o cárcere privado, a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé e a prisão ilegal. 
Nesses casos, de acordo com o art. 954, a indenização por ofensa à liberdade pessoal consiste no 
pagamento das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido. Caso ele não possa provar prejuízo, cabe 
ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso, por 
aplicação do art. 953, parágrafo único. 
Retomando um tema de Parte Geral, a respeito da caducidade, em regra, segundo o 
art. 206, § 3º, inc. V, o prazo da ação de reparação de danos é de 3 anos, contados da 
data do evento. 
Estatui o art. 943 que o direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la 
transmitem-se com a herança. Assim, mesmo que a vítima morra, seus herdeiros podem 
exigir indenização; igualmente, se o ofensor morrer,seus herdeiros continuam obrigados a prestar a 
indenização, mas o herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança, claro (art. 
1.792). 
1) Credor demanda dívida não vencida
• Segundo o art. 939, o credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em
que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar
os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.
2) Credor demanda dívida já paga
• O art. 940 estabelece que aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem
ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor,
no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir.
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II – Excludentes da responsabilidade civil 
Inicialmente, há de se ter cuidado porque as excludentes da responsabilidade civil serão analisadas 
genericamente. Em determinadas situações, porém, por questões de política legislativa, o CC/2002 
afasta a excludente de responsabilidade em certas situações. 
Além disso, pode haver uma excludente de responsabilidade civil que não exclui o dever de indenizar; 
indeniza-se sem ser o responsável. Há, ainda, outras previsões que não excluem o dever de indenizar, 
mas atenuam a responsabilidade civil, como a culpa concorrente prevista no art. 945. 
O art. 936, ao tratar da responsabilidade do dono do animal, afasta o dever de indenizar em apenas duas 
hipóteses: culpa exclusiva da vítima e força maior. Em outras palavras, se o ato foi de terceiro, mantém-
se o dever de indenizar, apesar de o “fato de terceiro” ser uma excludente da responsabilidade civil. 
Há situações em que a ação humana, embora cause dano, com nexo causal, não é 
considerada ato ilícito, não gerando, muitas vezes, dever de indenizar. São as 
hipóteses de isenção de responsabilidade civil inscritas no art. 188. 
Trata-se de atos legitimados pelo direito, pois exercidos com apoio em algumas das 
seguintes hipóteses: a) legítima defesa; b) exercício regular de direito reconhecido e c) 
estado de necessidade, com destruição de coisa ou lesão a pessoa para remoção de perigo 
iminente. Apesar de serem excludentes de responsabilidade, nem sempre excluirão o dever de indenizar 
(art. 929). 
Segundo o art. 65 do CPP/1941, a sentença penal que reconhece as excludentes de 
antijuridicidade (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal, 
exercício regular de direito) faz coisa julgada no juízo cível. Isso significa que não é preciso 
comprovar novamente essas circunstâncias na esfera cível, como evidencia o art. 935 do 
CC/2002. 
Igualmente, nem sempre a exclusão da antijuridicidade na esfera penal excluirá o dever de indenizar no 
cível. Isso porque a esfera cível e a criminal são independentes, havendo grande restrição à comunicação 
delas, a teor do referido art. 935. 
Além disso, a ocorrência de caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima e a absolvição criminal 
são outras possibilidades de exclusão, mas estão fora do âmbito do art. 188. O art. 187, por sua vez, 
dispõe que o excesso no exercício de direito é ilícito, consoante os limites dados pela boa-fé e os bons 
costumes. 
As excludentes de responsabilidade podem evidentemente ser aplicados mesmo em se tratando de 
responsabilidade objetiva. Mesmo aos casos do art. 931 do CC/2002 (empresários individuais e 
empresas) aplicam-se as excludentes da responsabilidade objetiva, portanto. Esse é o entendimento 
previsto pelo Enunciado 562 da VI Jornada de Direito Civil. 
EM RESUMO, SÃO EXCLUDENTES DO DEVER DE INDENIZAR: A LEGÍTIMA DEFESA VERA E PRÓPRIA, O 
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO RECONHECIDO, O ESTADO DE NECESSIDADE PARA REMOÇÃO DE PERIGO 
IMINENTE, O ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL E A ABSOLVIÇÃO CRIMINAL EM CASO DE 
INEXISTÊNCIA MATERIAL DO FATO. SÃO EXCLUDENTES DE NEXO DE CAUSALIDADE: A CULPA EXCLUSIVA DA 
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VÍTIMA, A CULPA DE TERCEIRO E O CASO FORTUITO OU A FORMA MAIOR. É EXCLUDENTE DE 
RESPONSABILIDADE A CLÁUSULA DE NÃO INDENIZAR. 
As excludentes de responsabilidade podem evidentemente ser aplicados mesmo em se tratando de 
responsabilidade objetiva. Mesmo aos casos do art. 931 do CC/2002 (empresários individuais e 
empresas) aplicam-se as excludentes da responsabilidade objetiva, portanto. Esse é o entendimento 
previsto pelo Enunciado 562 da VI Jornada de Direito Civil. 
1. Legítima defesa (art. 188, inc. I) 
A legítima defesa é uma excludente da ilicitude do ato. Não é necessário o prévio julgamento no 
juízo criminal para ficar comprovada, pois há independência dos juízos, na forma do art. 935 do 
CC/2002, como dito. Mas os requisitos para sua aferição vêm, sem dúvida, do Direito Penal. 
O art. 25 do CP/1940 define a legítima defesa como aquela praticada por “quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem”. Assim, pode-se sintetizar os requisitos para a configuração da legítima defesa: 
 
Imprescindível que a defesa seja moderada. Por isso, não é legítima defesa, ainda que defesa seja, o ato 
de atirar contra alguém para proteger a posse (o chamado desforço possessório imediato previsto no 
art. 1.210 do CC/2002). Igualmente abusiva a defesa de quem contra-ataca com socos e pontapés 
violentos aquele que o xinga. 
A legítima defesa que ofende a honra não exclui o dever de indenizar. Da mesma 
forma, se o resultado da legítima defesa ofende a pessoa estranha à agressão, a 
responsabilidade de indenizar subsiste em relação ao terceiro. O ato, embora 
justificável, não exclui a indenização, segundo o art. 930, parágrafo único. 
Evidentemente, pode haver direito de regresso em face daquele em defesa de quem a 
reação ocorreu quanto à indenização a ser paga ao terceiro, como estabelece o 
parágrafo único do art. 930 do CC/2002. Isso vale tanto para a aberratio ictus lato sensu quanto a 
aberratio ictus stricto sensu. 
Há aqui um detalhe técnico que exige atenção. O parágrafo único do art. 930 estabelece que a ação 
regressiva, no caso de legítima defesa, deve ser manejada em face daquele em defesa de quem se causou 
o dano. 
Por fim, a legítima defesa putativa – em que há erro de fato sobre a situação de legítima defesa – 
não exclui a ilicitude, nem o dever de indenizar, se decorreu de negligência na apreciação 
errônea dos fatos (REsp 1.433.566). 
A) Agressão atual ou iminente e 
injusta (sem provocação)
B) Preservação de direito 
próprio ou alheio
C) Emprego moderado dos 
meios
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2. Estado de necessidade (art. 188, inc. II) 
O estado de necessidade é uma excludente do dever de indenizar. Para que se configure 
o estado de necessidade vero e próprio, deve haver deterioração/destruição de coisa 
alheia para remover perigo iminente, restringindo-se aos casos absolutamente 
necessários, e desde que não haja excesso. 
Não confunda o estado de necessidade com o estado de perigo (“quando alguém, premido da 
necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra 
parte, assume obrigação excessivamente onerosa”). Não confunda também com a lesão (“quando uma 
pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente 
desproporcional ao valor da prestação oposta”). Esses são institutos relativos aos defeitos dos negócios 
jurídicos, previstos nos arts. 156 e 157, respectivamente. 
Nem sempre o estado de necessidade excluia ilicitude, pois ele está bem delimitado pelas hipóteses do 
art. 188, em seu caput e parágrafo único. Segundo o art. 929 do CC/2002, se o dono da coisa ou a 
pessoa lesada não forem culpados por causar o perigo, fica-lhes garantido o direito à 
indenização pelos danos a ser paga por quem os causou. 
Porém, há direito de regresso do autor do dano contra quem causou o perigo a ser evitado, nos 
termos do art. 930. Consequentemente, se o perigo foi causado pelo próprio dono da coisa ou pessoa 
lesada, está afastado o dever de indenizar. 
O estado de necessidade enseja dever de indenizar, mesmo que não seja ato ilícito e 
mesmo que o ato tenha salvado os interesses de outrem. É caso de responsabilidade 
objetiva, pois não é justo que a vítima suporte os prejuízos sob a escusa de que o autor 
tinha direito de praticar o dano. 
3. Exercício regular de direito (art. 188, inc. I) 
O exercício regular de direito reconhecido é uma excludente do dever de indenizar. Seu conceito 
é autoevidente. Trata-se de um direito reconhecido pelo ordenamento, que é exercido pelo seu titular, 
de maneira regular (sim, não há como explicar sem ser tautológico). Ao contrário, se o exercício do 
direito não é regular ou o direito não é reconhecido, está configurado o abuso de direito, 
considerado ato ilícito, por aplicação do art. 187. 
O exercício do direito não pode ir além de um justo limite, portanto, e deve atender 
à satisfação de um interesse sério e legítimo. A prova do exercício regular é de 
quem causa o dano e não de quem o sofreu, porque este só precisa comprovar a 
contrariedade do ato com o direito, nas palavras de Pontes de Miranda. 
Como caracterizar o exercício de um direito de maneira regular ou abusiva? É 
necessário, primeiro, analisar a legislação, de modo a se evidenciar que, de fato, o direito 
é reconhecido. Isso porque é comum as pessoas acharem que têm mais direito do que efetivamente têm, 
e ainda mais comum se olvidarem de suas obrigações. 
Em regra, releva atentar nos princípios contratuais para se analisar se a ação do titular do direito 
é regular ou abusiva, em se tratando de relação contratual. 
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4. Estrito cumprimento do dever legal 
O estrito cumprimento do dever legal é uma excludente do dever de indenizar. Parte da doutrina 
aloca essa hipótese em conjunto com a antecedente, ou seja, um “exercício regular de direito e/ou de 
função”. No entanto, são hipóteses diversas, pois a segunda se liga a um dever legal, e não a um direito, 
como a primeira. 
O cumprimento do dever legal, mesmo que reconhecido no juízo penal, gerando a absolvição do 
agente, não obsta sua análise também no juízo cível. Isso porque pode ser aferida a extensão da 
conduta lesiva e o grau de culpa, de modo a se verificar se o cumprimento foi verdadeiramente 
“estrito”. 
Em outras palavras, primeiro, deve ser reconhecido o estrito cumprimento do dever legal. Veja-se que 
é “estrito”, ou seja, se o agente transborda, ainda que minimamente, o comando legal, afasta-se a 
irresponsabilidade e há dever de indenizar. 
Igualmente, se mesmo agindo estritamente dentro da lei, o agente causar dano a terceiro, sem 
correlação com o fato, permanece o dever de indenizar. Por fim, o excesso afasta a irresponsabilização, 
dado que se verifica, então, abuso de direito. 
5. Caso fortuito ou força maior (art. 393) 
O caso fortuito e a força maior são excludentes do nexo de causalidade. O art. 393 estabelece que 
o devedor não responde pelos prejuízos resultantes do caso fortuito ou da força maior se não se 
houver responsabilizado expressamente. 
Há quem distinga o caso fortuito da força maior. Orlando Gomes afiança que o caso fortuito é o evento 
imprevisível, humano ou natural, ao passo que a força maior seria o evento previsível, mas inevitável 
ou irresistível. Não me parece necessário fazer a distinção porque o CC/2002 não o faz; trata das 
duas hipóteses como se fossem termos equívocos e mesmo unívocos. 
Superado o ponto, se verificará o caso fortuito ou a força maior nas situações nas quais o evento danoso 
é necessário, com efeitos inevitáveis. A chuva forte é evento necessário, em dadas circunstâncias 
climáticas, e seus efeitos não podem ser evitados; podem até ser previstos, mas não 
evitados. 
Inversamente, não se verifica caso fortuito ou força maior nas situações nas quais o 
risco de dano é inerente à atividade, ou se poderia falar que é inerente a um carro 
explodir, já que ele traz numerosos compostos químicos explosivos, pode explodir 
espontaneamente. Não há lógica nesse raciocínio. 
A regra de que o caso fortuito e a força maior afastam o dever de indenizar é sujeita a exceções. 
Essas exceções, no entanto, são esparsas, vistas especificamente em cada situação que enseja o dever 
de indenizar. 
6. Culpa exclusiva da vítima (art. 945) 
A culpa exclusiva da vítima é uma excludente do nexo de causalidade. O ato da vítima é o fato 
gerador do evento danoso, ou seja, a gravidade da sua culpa, em confronto com a do autor, é de 100%. 
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Como o art. 945 estabelece que a indenização é fixada tomando-se em conta as “culpas” do autor e do 
réu, se o próprio autor tem 100% de responsabilidade, ele terá 0% de dano indenizado. 
Nos casos de culpa ou fato exclusivo da vítima inexiste o nexo causal entre o dano e a conduta do 
autor. A própria vítima é a causadora do dano. Não confunda essa hipótese com a culpa 
concorrente entre a vítima e o autor do dano; nesse caso há dever de indenizar, mas o quantum 
da indenização é obviamente reduzido. 
Todas essas situações não impedem, contudo, a cobertura de danos por seguro que estabelece 
reparação independentemente de culpa ou tão somente com a verificação do dano. Isso porque a 
situação se conecta com uma relação contratual prevista exatamente para abarcar essas situações, 
também. 
7. Fato exclusivo de terceiro 
O fato exclusivo de terceiro é uma excludente do nexo de causalidade. Inicialmente, necessário é 
caracterizar quem é o terceiro. Em se tratando de responsabilidade contratual, é fácil compreender que 
qualquer um que não seja um dos contratantes é terceiro. No entanto, na responsabilidade 
extracontratual ou aquiliana, a tarefa não é tão simples. 
O funcionário é um terceiro, relativamente a dano causado por ele nas dependências da sede da 
sociedade empresarial? E um ex-funcionário que causa dano, é terceiro, relativamente a empregado 
atual? A jurisprudência é vacilante quanto à exclusão da responsabilidade civil por fato de 
terceiro. 
Não me parece muito adequado traçar – merecidas – teorizações mais aprofundadas a respeito do tema, 
pois isso não ajudaria muito numa prova. Por isso, parece-me mais adequado, a partir das minhas 
percepções da jurisprudência, traçar a seguinte correlação: 
 
Cheguei a essas conclusões com base numa passagem de um julgado do STJ (REsp 976.564) bem 
elucidativo que tomou algumas lições que vêm sendo desenvolvidas pela doutrina já há algum tempo. 
Em resumo, afasta-se a distinção clássica entre o caso fortuito e a força maior e se constrói uma nova: 
A força maior deve ser entendida, atualmente, como espécie do gênero fortuito externo, 
do qual faz parte também a culpa exclusiva de terceiros, os quais se contrapõem ao 
chamado fortuito interno. O roubo, mediante uso de arma de fogo, em regra é fato de 
Caso de: Fato de terceiro
Semelhante a: Força 
Maior Fortuito Externo
Afasta-se o dever de 
indenizar
Semelhante a: Fortuito 
Interno
Não se afasta o dever de 
indenizar
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terceiro equiparável a força maior, que deve excluir o dever de indenizar, mesmo no 
sistema de responsabilidade civil objetiva. 
Complementando esse raciocínio, o gênero seria o caso fortuito, que comportaria duas espécies, o 
fortuito externo e o fortuito interno. Externamente, o fortuito poderia ser subdividido em duas espécies, 
a força maior, fruto da natureza, e a culpa exclusiva de terceiro, fruto de ação humana (desde que 
exclusive e não semelhante ao fortuito interno). Esquematicamente, pode-se dividir o caso fortuito 
em: 
 
8. Cláusula de não indenizar 
A cláusula de não indenizar, cláusula de irresponsabilidade ou ainda cláusula excludente de 
responsabilidade é objeto de controvérsia. Esse tipo de cláusula, evidentemente, não se aplica a 
situações de responsabilidade civil extracontratual ou aquiliana, mas somente à 
responsabilidade civil contratual. 
'Esse tipo de cláusula não é permitida, de antemão, nas relações consumeristas, por força do art. 51, inc. 
I, do CDC. Também proibida em contratos de adesão não consumeristas, por violação do art. 424 do 
CC/2002. Igualmente, vedada sua utilização em casos de crime ou de ato doloso, pois ela vigeria 
talqualmente uma condição meramente potestativa, proibida pelo art. 122 do CC/2002. 
No entanto, de maneira restrita e justificada, a doutrina e a jurisprudência aceitam 
sua aplicação. A jurisprudência acaba construindo essas hipóteses, casuisticamente. 
Exemplo é a cláusula securitária que exige instalação de rastreador ou escolta armada, sob 
pena de exclusão da garantia, a chamada “cláusula de gerenciamento de riscos”, reputada 
válida pelo STJ (REsp 1.314.318). A Corte, igualmente, mantém a cláusula de exclusão de 
cobertura de danos morais em contrato de seguro automobilístico caso esteja ela expressamente 
prevista (AgRg no AREsp 378.288). 
Fortuito externo (inevitável e irresistível ao 
ofensor)
Força maior (natural)
Culpa de terceiro (humano)
Fortuito interno (evitável ou resistível do 
ofensor)
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9. Absolvição criminal 
Segundo o art. 66 do CPP, a absolvição criminal não impede a responsabilização civil 
se não houver sido reconhecida a inexistência material do fato. Ou seja, se o sujeito é 
absolvido por falta de provas, por exemplo, não há afastamento do dever de indenizar. 
A absolvição criminal só seria impeditiva de reconhecimento da responsabilidade civil se o 
juiz criminal reconhecesse, na sentença, que não houve conduta do agente apontado como 
causador do dano. O Estado de dúvida, consequentemente, não impede a busca pela reparação e o dever 
de indenizar. 
 
Excludentes de responsabilidade 
 
II – Responsabilidade civil metaindividual 
Apenas para esclarecer, acho que é mais interessante se falar em responsabilidade civil 
metaindividual como gênero. Consequentemente, há um dano metaindividual que se dá com 
a violação de direitos metaindividuais ou transindividuais. 
Os danos metaindividuais são os danos que transcendem a esfera jurídica do indivíduo, 
afetando a coletividade, de maneiras distintas, a depender da situação. Não vou me deter 
na classificação de maneira mais aprofundada, já que isso não é meu objeto principal. 
Legítima defesa
Estado de necessidade
Exercício regular de direito reconhecido
Estrito cumprimento do dever legal
Caso fortuito e força maior
Culpa exclusiva da vítima
Fato exclusivo de terceiro (equiparada à força maior)
Cláusula contratual de exclusão de responsabilidade
Absolvição criminal por inexistência material do fato
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==266495==
 
 
 
 
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Para além dos direitos individuais, podemos visualizar esses direitos metaindividuais a partir de uma 
classificação bem tradicional desenvolvida pela doutrina: 
 
 
 
Vale lembrar que segundo o art. 82 do CDC, há legitimidade concorrente para propositura da 
demanda que envolve os direitos metaindividuais das seguintes instituições: 
• Art. 81, inc. I, do CDC
• Verificável quando se trata de direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato
• Exemplo é a poluição de um rio, genericamente, pelo rompimento de um duto
petrolífero
A. Direito difuso
• Art. 81, inc. II, do CDC
• Verificável quando se trata de direitos transindividuais, de natureza indivisível de que
seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte
contrária por uma relação jurídica base
• Exemplo é a poluição do rio, que afeta um grupo de pescadores que vive da pesca na
área
B. Direito coletivo (em sentido estrito)
• Art. 81, inc. III, do CDC
• Verificável quando se trata de direitos individuais, mas decorrentes de origem comum,
que afetam uma pluralidade de pessoas determinada ou determinável de pessoas. Na
verdade, trata-se de direito individual, mas acidentalmente coletivizado
• Exemplo é o acidente aéreo que causa numerosas vítimas
C. Individual Homogêneo
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Especificamente quanto ao dano coletivo em sentido estrito em sua modalidade 
extrapatrimonial, a jurisprudência é vacilante. A tendência do STJ (REsp 1.221.756) é 
reconhecer a reparabilidade do chamado dano moral coletivo (dano extrapatrimonial 
stricto sensu coletivo), mais recentemente. Porém, em regra, os julgados acabam por 
afastar sua incidência sob a alegação de que não há dano coletivo, mas individual, que sequer 
pode ser considerado homogêneo. 
Além disso, parte da doutrina defende a existência dos chamados danos sociais. Os danos sociais 
seriam, segundo Junqueira de Azevedo, “lesões à sociedade, no seu nível de vida, tanto por 
rebaixamento de seu patrimônio moral – principalmente a respeito da segurança – quanto por 
diminuição na qualidade de vida”. 
Nesse sentido, o Enunciado 456 da V Jornada de Direito Civil estabelece que a expressão 
“dano” no art. 944 abrange não só os danos individuais, materiais ou imateriais, mas 
também os danos sociais, difusos, coletivos e individuais homogêneos a serem reclamados 
pelos legitimados para propor ações coletivas. Em resumo, a expressão “dano social” 
abrange os danos difusos, tanto patrimoniais quanto extrapatrimoniais, tornando 
mais técnica e abrangente a categoria do chamado “dano moral coletivo”. 
Com ela não se confunde porque o dano moral coletivo trata de direitos coletivos stricto sensu, relativos 
a um grupo ou categoria específicos, ao passo que o “dano social” confunde-se com o dano difuso, 
causado à sociedade de maneira ampla, sem categorização específica. Ao fim e ao cabo, a jurisprudência 
joga todos esses conceitos num grande caldeirão, mistura-os todos, sem muito critério e dali estão a sair 
as primeiras decisões a respeito da responsabilidade metaindividual. 
Nessa categoria de responsabilidade metaindividual, relevante falar ainda dos “danos ao meio 
ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico”. A Lei que regula essas situações tem um título ainda maior que essa expressão. Trata-se 
da Lei 7.347/1985, a Lei da Ação Civil Pública – LACP, que “disciplina a ação civil pública de 
O Ministério Público
A União, os Estados, os Municípios e o DF
As entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, 
ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à 
defesa dos interesses e direitos dos consumidores
As associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e 
que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e 
direitos dos consumidores, dispensadaa autorização de assembleia
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responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor 
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico”. 
A letra da Lei 
Agora, trago a você os dispositivos de lei referentes à nossa aula. Lembro que, ao longo do texto, eu não 
trato de todos os dispositivos legais aqui citados, propositadamente. Isso porque meu objetivo não é 
tornar o material um comentário à lei, mas, sim, fazer você compreender os institutos jurídicos que são 
importantes à prova. 
Agora, ao contrário, o objetivo é trazer todos os dispositivos legais, para que você possa ao menos passar 
os olhos. Não se preocupe em compreender em detalhe cada um deles; eu objetivo apenas trazer o texto 
legal para que você não precise procurá-los fora do material. Trata-se da letra da lei com grifos nos 
principais pontos da norma, para ajudar na fixação dos conteúdos. 
Vamos lá! 
CAPÍTULO I 
DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
Jornadas de Direito Civil 
 
Enunciado 445: O dano moral indenizável não pressupõe necessariamente a verificação 
de sentimentos humanos desagradáveis como dor ou sofrimento. 
 
Enunciado 448: A regra do art. 927, parágrafo único, segunda parte, do CC aplica-se sempre 
que a atividade normalmente desenvolvida, mesmo sem defeito e não essencialmente 
perigosa, induza, por sua natureza, risco especial e diferenciado aos direitos de outrem. São 
critérios de avaliação desse risco, entre outros, a estatística, a prova técnica e as máximas de 
experiência. 
 
Enunciado 555: "Os direitos de outrem" mencionados no parágrafo único do art. 927 do 
Código Civil devem abranger não apenas a vida e a integridade física, mas também outros 
direitos, de caráter patrimonial ou extrapatrimonial. 
 
Enunciado 589: A compensação pecuniária não é o único modo de reparar o dano 
extrapatrimonial, sendo admitida a reparação in natura, na forma de retratação pública ou 
outro meio. 
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Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não 
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se 
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados 
do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. 
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o 
autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. 
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, 
inciso I). 
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as 
empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos 
em circulação. 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do 
trabalho que lhes competir, ou em razão dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo 
para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. 
Jornadas de Direito Civil: 
 
Enunciado 450: Considerando que a responsabilidade dos pais pelos atos danosos 
praticados pelos filhos menores é objetiva, e não por culpa presumida, ambos os genitores, 
no exercício do poder familiar, são, em regra, solidariamente responsáveis por tais atos, 
ainda que estejam separados, ressalvado o direito de regresso em caso de culpa exclusiva de 
um dos genitores. 
 
Enunciado 451: A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na 
responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo de 
culpa presumida. 
 
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Súmula 341 do STF: É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do 
empregado ou preposto. 
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua 
parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. 
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele 
por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente 
incapaz. 
I Jornadas de Direito Civil: 
 
Enunciado 44: Na hipótese do art. 934, o empregador e o comitente somente poderão 
agir regressivamente contra o empregado ou preposto se estes tiverem causado dano 
com dolo ou culpa. 
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais 
sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem 
decididas no juízo criminal. 
I Jornadas de Direito Civil: 
 
Enunciado 45: No caso do art. 935, não mais se poderá questionar a existência do fato ou 
quem seja o seu autor se essas questões se acharem categoricamente decididas no juízo 
criminal. 
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da 
vítima ou força maior. 
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta 
provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que 
dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
VI Jornadas de Direito Civil: 
 
Enunciado 557: Nos termos do art. 938 do CC, se a coisa cair ou for lançada de condomínio 
edilício, não sendo possível identificar de qual unidade, responderá o condomínio, 
assegurado o direito de regresso. 
Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o 
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros 
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. 
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Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias 
recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o 
dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver 
prescrição. 
Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes 
de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter 
sofrido. 
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à 
reparação do dano causado; e,se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente 
pela reparação. 
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas 
designadas no art. 932. 
VI Jornadas de Direito Civil 
 
Enunciado 558: São solidariamente responsáveis pela reparação civil, juntamente com os 
agentes públicos que praticaram atos de improbidade administrativa, as pessoas, inclusive 
as jurídicas, que para eles concorreram ou deles se beneficiaram direta ou indiretamente. 
Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança. 
CAPÍTULO II 
DA INDENIZAÇÃO 
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. 
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz 
reduzir, equitativamente, a indenização. 
Jornadas de Direito Civil 
 
Enunciado 379: O art. 944, caput, do Código Civil não afasta a possibilidade de se reconhecer 
a função punitiva ou pedagógica da responsabilidade civil. 
 
Enunciado 456: A expressão "dano" no art. 944 abrange não só os danos individuais, 
materiais ou imateriais, mas também os danos sociais, difusos, coletivos e individuais 
homogêneos a serem reclamados pelos legitimados para propor ações coletivas. 
 
Enunciado 457: A redução equitativa da indenização tem caráter excepcional e somente 
será realizada quando a amplitude do dano extrapolar os efeitos razoavelmente 
imputáveis à conduta do agente. 
 
Enunciado458: O grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta intencional, deve 
ser levado em conta pelo juiz para a quantificação do dano moral. 
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Enunciado 588: O patrimônio do ofendido não pode funcionar como parâmetro 
preponderante para o arbitramento de compensação por dano extrapatrimonial. 
 
Súmula 37 do STJ: São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral 
oriundos do mesmo fato. 
 
Súmula 387 do STJ: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. 
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será 
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. 
I Jornadas de Direito Civil 
 
Enunciado 47: O art. 945 do novo Código Civil, que não encontra correspondente no 
Código Civil de 1916, não exclui a aplicação da teoria da causalidade adequada. 
Art. 946. Se a obrigação for indeterminada, e não houver na lei ou no contrato disposição fixando a 
indenização devida pelo inadimplente, apurar-se-á o valor das perdas e danos na forma que a lei 
processual determinar. 
Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-se-á pelo seu valor, 
em moeda corrente. 
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: 
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; 
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração 
provável da vida da vítima. 
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do 
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o 
ofendido prove haver sofrido. 
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou 
profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do 
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à 
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. 
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga 
de uma só vez. 
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Enunciado 192: Os danos oriundos das situações previstas nos arts. 949 e 950 do Código 
Civil de 2002 devem ser analisados em conjunto, para o efeito de atribuir indenização por 
perdas e danos materiais, cumulada com dano moral e estético. 
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele 
que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte 
do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. 
Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a indenização 
consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; faltando 
a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado. 
Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa, estimar-se-á ela pelo 
seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se avantaje àquele. 
Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas 
resulte ao ofendido. 
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, 
o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso. 
Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das perdas e danos 
que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem aplicação o disposto no parágrafo 
único do artigo antecedente. 
Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal: 
I - o cárcere privado; 
II - a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé; 
III - a prisão ilegal. 
 
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FCC 
Responsabilidade Civil (Arts. 927 Ao 954) 
1. (FCC - SANASA Campinas - Analista Administrativo - Serviços Jurídicos- 2019) Caracteriza a 
responsabilidade objetiva a ausência de 
a) ação (comissiva ou omissiva). 
b) apenas o dolo do agente. 
c) nexo de causalidade. 
d) dano. 
e) culpa ou dolo do agente. 
Comentários: 
Essa questão foi anulada! 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. São requisitos da responsabilidade civil objetiva: 
conduta (ação ou omissão), dano (material ou moral) e nexo de causalidade. Não necessitando então de 
dolo ou culpa do agente, conforme se pode ver o exemplo do art. 927 do Código Civil: "Haverá obrigação 
de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade 
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de 
outrem.". 
2. (FCC / DPE-SP – 2019) Sobre a responsabilidade civil no direito brasileiro, 
a) o risco do desenvolvimento depende da prova de culpa para gerar direito à indenização. 
b) os filhos incapazes respondem solidariamente com seus pais pelos danos que causaram, desde que 
tenham bens próprios. 
c) a gradação da culpa como critério de equidade de indenização não foi adotada pelo Código Civil. 
d) a culpa contra a legalidade não afasta a necessidade de comprovação de dolo ou culpa do agente 
causador do dano. 
e) a cláusula penal equivale ao mínimo que o credor deverá receber em caso de descumprimento total 
ou parcial do contrato. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois a responsabilidade objetiva é aquela que deriva da prática de um 
ato ilícito ou da violação do direito de outrem que para ser questionada e aprovada em juízo não 
depende da aferição de culpa, de gradação de envolvimento ou do agente causador de dano. Logo, em 
acordo com o artigo 931 do Código Civil, o qual afirma "Ressalvados outros casos previstos em lei 
especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos 
danoscausados pelos produtos postos em circulação", a alternativa A mostra-se incorreta. 
A alternativa B está incorreta, pois o incapaz apenas responderá pelos danos que causar nas situações 
inclusas no artigo 928, que afirma "O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele 
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes". 
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A alternativa C está incorreta, pois a equidade é a adaptação da regra existente à situação concreta, 
visando deixá-la mais justa. Assim, o artigo 944 irá trazer a equidade de indenização, com seu texto 
postulando "A indenização mede-se pela extensão do dano", em seu parágrafo único afirmando "Se 
houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, 
equitativamente, a indenização”. Tal artigo afirma que a indenização se mede proporcionalmente à 
extensão do dano, ou seja, não é possível haver prejuízo ou enriquecimento sem causa. Em casos que a 
indenização se mostrar desproporcional ao grau de culpa do agressor, o juiz poderá reduzir o montante 
da indenização, tal ato qualificando-se como a equidade de indenização. 
A alternativa D está correta, porque a culpa contra a legalidade, conforme Sérgio Cavalieri Filho, ocorre 
quando o dever violado resulta de texto expresso de lei ou regulamento. O artigo 935 estabelece: "A 
responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência 
do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.", 
significando, assim, que a responsabilidade de quem causou o dano não será afastada sem uma 
comprovação por parte do mesmo. 
A alternativa E está incorreta, pois a cláusula penal nos contratos é aquela que estabelece as 
penalidades para o contratante inadimplente com suas obrigações, assim, não equivalendo ao mínimo 
que o credor deverá receber. Em seu artigo 416, o Código Civil alega "Para exigir a pena convencional, 
não é necessário que o credor alegue prejuízo”, e o seu parágrafo único afirma que “Ainda que o prejuízo 
exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir indenização suplementar se assim não 
foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo de indenização, competindo ao credor 
provar o prejuízo excedente". 
3. (FCC / AFAP – 2019) No tocante à responsabilidade civil, considere: 
I. A indenização mede-se pela extensão do dano, mostrando-se irrelevante eventual 
desproporção entre a gravidade da culpa e o dano sofrido, pois a reparação será fixada de acordo 
com as consequências concretas da conduta do agente ofensor. 
II. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmitem com a herança, por 
serem personalíssimos. 
III. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, 
ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e 
lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do 
trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. 
IV. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a indenização 
consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; 
faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, III e IV. 
b) I, II e III. 
c) II, III e IV. 
d) I e II. 
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e) III e IV. 
Comentários 
A afirmativa I está incorreta, pois, apesar de a afirmação que a indenização se mede pela extensão do 
dano estar correta de acordo com o artigo 944, tal afirmação significa que não é possível haver prejuízo 
ou enriquecimento sem causa. A indenização deve se mostrar proporcional ao grau de culpa do 
agressor, conforme afirmado pelo parágrafo único do artigo 944 "Se houver excessiva desproporção 
entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização”. 
A afirmativa II está incorreta, pois o artigo 943 traz que "O direito de exigir reparação e a obrigação de 
prestá-la transmitem-se com a herança". Assim, ao contrário do dito nessa afirmativa II, a reparação 
civil transmite-se com os demais bens e direitos. 
A afirmativa III está correta, conforme o artigo 950 do Código Civil, o qual trará que "Se da ofensa 
resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a 
capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim 
da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho que se inabilitou, ou da 
depreciação que ele sofreu", conforme o dito na afirmação III. 
A afirmativa IV está correta, pois conforme o artigo 950 do Código Civil, temos o artigo 952, que 
exprime “Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a indenização 
consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; faltando a 
coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado”. Assim, é possível afirmar que a 
indenização pela afeição se refere à hipótese de dano moral que, por neste caso se fundar em direito da 
personalidade, não deverá ter o valor de indenização limitado pelo valor de dano material, conforme 
Cláudio Luiz Bueno de Godoy. 
A alternativa E está correta, uma vez que apenas as afirmativas III e IV estão corretas, pelas seguintes 
razões: 
As alternativas A, B, C e D estão incorretas, consequentemente. 
4. (FCC/TRF-3 – 2019) Luciano, empregado de XPTO Carretos e Mudanças Ltda., dirigia o 
caminhão da empresa, a fim de realizar a mudança de determinado cliente, quando, por 
imperícia e imprudência, atropelou Renata, que sofreu, por conta do acidente, lesões 
corporais graves. Nesse caso, de acordo com o Código Civil, a empresa XTPO responde: 
a) subsidiariamente a Luciano pelos danos causados a Renata, somente se tiver procedido com culpa in 
eligendo. 
b) subsidiariamente a Luciano pelos danos causados a Renata, independentemente de culpa. 
c) solidariamente com Luciano pelos danos causados a Renata, somente se tiver procedido com culpa 
in eligendo. 
d) solidariamente com Luciano pelos danos causados a Renata, independentemente de culpa. 
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e) solidariamente com Luciano pelos danos materiais causados a Renata, mas subsidiariamente a ele 
pelos danos morais, independentemente de culpa em qualquer dos casos. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, porque a responsabilidade do empregador é solidária quando do dano 
causado pelo empregado. A razão é simples: a capacidade econômica do empregador certamente será 
maior do que a do empregado, de modo que a responsabilidade subsidiária daquele seria gravosa 
demais à vítima. Diz o art. 933 do Código Civil: “As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo 
antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros 
ali referidos”. 
A alternativa B está incorreta. A primeira parte, como visto, está incorreta. No entanto, a segunda parte 
está correta. A responsabilidade do empregador é objetiva, ou seja, independe de culpa, como 
demonstra o art. 932, inc. III, do Código Civil: “São também responsáveis pela reparação civil o 
empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que 
lhes competir, ou em razão dele”. Veja que em momento algum há menção à palavra culpa, pelo que a 
responsabilidade é, assim, objetiva.A alternativa C está incorreta. A primeira parte está correta, pois a responsabilidade é objetiva. No 
entanto, a segunda parte está incorreta, porque a culpa in elegendo (culpa na eleição ou escolha) 
pressupõe, logicamente, culpa, o que não é o caso. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A responsabilidade é solidária (art. 933 do Código 
Civil) e objetiva, independente de culpa (art. 932, inc. III, do Código Civil). 
A alternativa E está incorreta, porque não há, em lugar algum, distinção entre o dano material e moral, 
relativamente à indenização, quando da reponsabilidade do empregador. 
5. (FCC / PREFEITURA DE CARUARU-PE – 2018) Segundo o Código Civil, o incapaz 
a) responde solidariamente, de forma direta, com seus responsáveis legais, não tendo qualquer 
atenuação se for relativamente incapaz e não podendo ser privado de meios mínimos de subsistência 
se for absolutamente incapaz, caso em que a indenização será equitativa. 
b) não responde em nenhum caso se for absolutamente incapaz, respondendo subsidiariamente, se for 
relativamente incapaz, em relação a seus responsáveis legais. 
c) responde solidariamente, de forma direta, com seus responsáveis legais, mas não pode ser privado 
de meios de subsistência mínimos, nem seu núcleo familiar. 
d) responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de 
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes; a indenização será equitativa e não pode privar do 
necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
e) não responde em nenhum caso, sendo relativa ou absolutamente incapaz, só tendo lugar indenização 
contra ele se, sendo relativamente incapaz, escondeu dolosamente sua idade, hipótese na qual será 
responsabilizado solidária e diretamente com seus responsáveis legais. 
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A alternativa A está incorreta, pois foi decidido pela 4ª turma do STJ em conformidade com o artigo 
928 do Código Civil que os incapazes respondem de forma subsidiária e não solidária em ação 
indenizatória. A chamada responsabilidade subsidiária ocorre quando o devedor principal não 
consegue cumprir devidamente todas as obrigações, enquanto a responsabilidade solidária se dá 
quando em uma mesma obrigação houver mais de um responsável pelo seu cumprimento. Levando em 
conta o artigo 928 e tais definições, mostra-se adequado que incapazes respondam de forma subsidiária. 
A alternativa B está incorreta, devido ao fato que no Código Civil não há distinção quanto à 
responsabilidade civil dos incapazes, tanto o absolutamente incapaz quanto o relativamente incapaz 
terão responsabilidade subsidiária e a resposta perante os prejuízos que causar deverá estar de acordo 
com o artigo 928 do Código Civil. 
A alternativa C está incorreta, conforme o afirmado na assertiva A de que o incapaz irá responder de 
forma subsidiária. 
A alternativa D está correta, conforme o artigo 928 do Código Civil, o qual traz que “O incapaz responde 
pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não 
dispuserem de meios suficientes”, e em seu parágrafo único, “A indenização prevista neste artigo, que 
deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele 
dependem”. 
A alternativa E está incorreta, ainda conforme o artigo 928, o qual afirma que o incapaz, sem distinção 
entre absolutamente e relativamente incapaz, irá responder pelos prejuízos que causar, se as pessoas 
por ele responsáveis não dispuserem de meios suficientes ou não tiverem obrigação de fazê-lo. Outro 
fator incorreto na alternativa é o fato de os incapazes possuírem responsabilidade subsidiária e não 
solidária, como afirmado na alternativa. 
6. (FCC / TRT - 15ª REGIÃO – 2018) Rogério, de 14 anos, briga na escola com Filipe, da mesma 
idade, e lhe quebra o braço, causando-lhe prejuízo de R$ 2.000,00 nas despesas médicas e de 
hospital. Fica provado que Filipe não deu causa à briga, razão pela qual seu pai, 
representando-o, quer receber o valor dos danos. Nessas circunstâncias, Rogério, 
a) ainda que devidamente representado, não responderá pelo prejuízo, porque o fato envolveu duas 
pessoas absolutamente incapazes, sem discernimento para entenderem o caráter ilícito de sua conduta, 
equiparando-se o evento a caso fortuito ou força maior. 
b) por ser absolutamente incapaz, não responderá em nenhuma hipótese pelo prejuízo causado, o que 
se restringe a pessoas maiores ou relativamente incapazes, caso em que haverá solidariedade com seus 
responsáveis legais. 
c) apesar de absolutamente incapaz, responde exclusiva e diretamente pelo prejuízo causado, por se 
tratar de conduta dolosa e não culposa, sendo irrelevante a condição financeira de seus responsáveis 
legais; no entanto, não pode ser privado de meios suficientes à sua subsistência. 
d) apesar de absolutamente incapaz, responderá pelo prejuízo que causou, se as pessoas que respondem 
por ele não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes; nesse caso, a 
indenização deverá ser equitativa e não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que 
dele dependam. 
e) em qualquer hipótese, responderá pelo prejuízo se seus responsáveis legais não tiverem meios para 
indenizar a vítima, sem limitação quanto à extensão da indenização pela natureza ilícita de sua conduta. 
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A alternativa A está incorreta, pois, acordado com o artigo 928, o incapaz responde pelos prejuízos 
causados por sim, se os responsáveis por ele não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de 
meios suficientes. 
A alternativa B está incorreta, devido ao fato de que o artigo 928 do Código Civil não distingue 
absolutamente incapazes e relativamente incapazes em relação à responsabilidade civil relativa à 
indenização subsequente de prejuízo causado pelo incapaz. Os incapazes responderão de forma 
subsidiária, a qual ocorre quando o devedor principal não consegue cumprir devidamente todas as 
obrigações. 
A alternativa C está incorreta, pois Rogério apenas irá responder, de acordo com o artigo 928, "se as 
pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes". 
A alternativa D está correta, pois a indenização dirige-se aos pais de Rogério. Rogério apenas teria de 
responder pelos prejuízos que causou se, conforme o artigo 928 do Código Civil, "as pessoas por ele 
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes”. Sua condição 
de absolutamente incapaz não o escusa da responsabilidade civil por seus prejuízos, conforme visto no 
artigo 928. 
A alternativa E está incorreta, conforme o parágrafo único do artigo 928 "A indenização prevista neste 
artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele 
dependem". Tal parágrafo único pauta-se no critério da equidade, assim sendo, o incapaz nem as 
pessoas que dele dependam poderão ser levadas à situação de privação. 
7. (FCC / SEAD-AP – 2018) João, desempregado, pediu a seu cunhado Pedro, a título de 
empréstimo, a quantia de R$ 2.000,00, para pagar débitos condominiais referentes ao 
apartamento em que morava com sua esposa. Em razão do destino que João disse que daria 
ao numerário, Pedro concedeu-lhe o empréstimo. João, contudo, acabou por empregá-lo na 
compra de um automóvel, atitude que gerou a indignação de Pedro. Dias antes do vencimento 
ajustado, João pagou a dívida de R$ 2.000,00 a Pedro, tendo deste recebido a devida quitação. 
Pedro, apesar do pagamento, veio a ajuizar, em face de João, sob o fundamento de que aquele 
empréstimo não havia sido pago, uma ação decobrança. Antes, porém, que se realizasse a 
citação de João, Pedro arrependeu-se e desistiu da ação. Diante dessa situação, por ter Pedro 
a) ajuizado a ação, deverá ser condenado a pagar a João o dobro do que havia buscado dele cobrar. 
b) desistido da ação, não poderá ser obrigado a pagar a João o dobro do que havia buscado dele cobrar, 
ressalvado a este o direito de obter daquele indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido. 
c) ajuizado a ação, deverá ser condenado a pagar a João o equivalente ao que dele havia buscado cobrar. 
d) ajuizado a ação, deverá ser condenado a pagar a João metade do que dele havia buscado cobrar. 
e) ajuizado a ação, deverá ser condenado a pagar a João o equivalente ao que dele havia buscado cobrar, 
além de indenização por dano moral. 
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A alternativa A está incorreta, conforme o artigo 940 "Aquele que demandar por dívida já paga, no todo 
ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a 
pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que 
ele exigir, salvo se houver prescrição". Pedro, de acordo com o art. 940, teria de ter pago à João o dobro 
do que havia cobrado. Entretanto, como desistiu da ação antes da citação de João, a situação encaixa-se 
no artigo 941, o qual estabelece que "As penas previstas nos artigos 939 e 940 não se aplicarão quando 
o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum 
prejuízo que prove ter sofrido". 
A alternativa B está correta, de acordo com o artigo 941 do Código Civil, o qual tem em seu texto que 
"As penas previstas nos artigos 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes de 
contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido", 
sendo que a pena prevista para o caso de Pedro, se ele não tivesse desistido da ação, seria a de pagar o 
dobro do que havia cobrado, conforme o artigo 940 do Código Civil. 
A alternativa C está incorreta, pois Pedro, caso tivesse ido em frente com a ação, conforme o artigo 940, 
teria de pagar o dobro do que havia cobrado de João. O artigo 940 explicita "Aquele que demandar por 
dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, 
ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o 
equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição". Entretanto, Pedro desistiu da ação, assim, 
encaixando-se no caso apresentado pelo artigo 941: "As penas previstas nos artigos 939 e 940 não se 
aplicarão quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver 
indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido". 
A alternativa D está incorreta, pois, conforme o artigo 940, Pedro teria a obrigação de pagar à João o 
dobro do equivalente ao que ele havia cobrado caso houvesse a condenação de pagamento. Todavia, 
com a desistência do processo, aplica-se o artigo 941, que afirma que "as penas previstas nos artigos 
939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o 
direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido". 
A alternativa E está incorreta, pois o artigo 940 explicita que aquele que demandar por dívida já paga 
no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas, deverá pagar ao devedor o dobro do que 
houver cobrado. Com a desistência da ação antes de ser feita a citação do réu, o artigo 941 aplica-se ao 
caso de Pedro, podendo haver apenas uma indenização se constados os danos morais, conforme dito 
pelo artigo que "As penas previstas nos artigos 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da 
ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que 
prove ter sofrido”. 
8. (FCC / TRT - 6ª Região – 2018) Considere as afirmações a seguir, que concernem à 
responsabilidade civil. 
I. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas 
respondem, apenas mediante aferição de culpa, pelos danos causados pelos produtos postos em 
circulação. 
II. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por 
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente 
incapaz. 
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III. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da 
vítima, força maior, conduta de terceiro ou que tomou todas as medidas cabíveis para evitar o 
dano. 
IV. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o 
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros 
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. 
V. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias 
recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, 
o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver 
prescrição. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II, III e V. 
b) II, IV e V. 
c) I, III, IV e V. 
d) II, III e IV. 
e) I, III e V. 
Comentários 
A afirmação I está incorreta, pois conforme o explicitado no artigo 931 "Ressalvados outros casos 
previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de 
culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação", assim, a aferição de culpa está 
excluída no relativo à obrigação de indenizar que empresários individuais e empresas possuem. 
A afirmação II está correta, pois o artigo 934 afirma que "Aquele que ressarcir o dano causado por 
outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano foi 
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz", como explicitado em tal afirmação. 
A afirmação III está incorreta, devido à responsabilidade objetiva pelo fato da coisa, há 
responsabilidade do dono ou detentor do animal pelos danos que ele causar, conforme o artigo 936 do 
Código Civil afirma que "O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não 
provar culpa da vítima ou força maior". A responsabilidade não poderá ser afastada por qualquer força 
excludente de culpabilidade, assim deixando claro que a prova da culpa é irrelevante para a 
responsabilização do dono ou detentor do animal. 
A afirmação IV está correta, pois está em conformidade com o artigo 939, o qual explicita "O credor 
que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado 
a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora 
estipulados, e a pagar as custas em dobro". De tal maneira, exceto os casos expressamente admitidos 
pelos artigos 33, 1425, 1465 e demais hipóteses específicas), está vedado ao credor tal cobrança 
indevida, devendo aguardar o tempo que faltar para o vencimento, tempo este em que serão 
descontados os juros correspondentes. Em tal hipótese, o credor pagará em dobro as custas da 
respectiva ação de cobrança. 
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A afirmação V está correta, considerando que o texto da afirmativa está em conformidade com o artigo 
940 do Código Civil, o qual explicita que "Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, 
sem ressalvar as quantias recebidas oupedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, 
no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo 
se houver prescrição". 
A alternativa B está correta, em conformidade com o fato de que as afirmativas corretas são a II, IV e 
V. 
As alternativas A, C, D e E estão incorretas, consequentemente. 
9. (FCC / TRT - 6ª REGIÃO – 2018) Em relação à responsabilidade civil, considere as afirmações 
a seguir. 
I. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação 
do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão subsidiariamente pela 
reparação. 
II. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o 
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros 
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. 
III. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre 
a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas 
no juízo criminal. 
IV. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por 
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente 
incapaz. 
V. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou parcialmente, sem ressalvar as quantias 
do que for devido, ficará no primeiro caso obrigado a devolver o equivalente do que exigiu do 
devedor e, no segundo caso, a pagar-lhe o dobro do que foi cobrado, em qualquer circunstância. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) I, III e V. 
c) I e II. 
d) III e V. 
e) II, IV e V. 
Comentários 
A afirmativa I está incorreta, pois, de acordo com o artigo 942, "Os bens do responsável pela ofensa ou 
violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de 
um autor, todos responderão solidariamente pela reparação". Responsabilidade solidária é aquela que 
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se dá quando em uma mesma obrigação houver mais de um responsável pelo seu cumprimento, assim, 
estando em conformidade com o artigo supracitado, e não com a afirmativa, a qual afirma que 
responderão subsidiariamente. 
A afirmativa II está correta, pois seu texto é o mesmo do artigo 939 do Código Civil, como é possível 
observar na seguinte transcrição "O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos 
casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a 
descontar os jutos correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro". 
A afirmativa III está correta, conforme o artigo 935 "A responsabilidade civil é independente da 
criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, 
quanto estas questões se acharem decididas no juízo criminal". Tal artigo trás o sistema de 
independência relativa entre os juízos penal e civil, afirmando que sempre que os fatos discutidos 
perante o juízo penal tenham relevância para o âmbito do julgador civil, a declaração do juízo penal 
sobre sua ocorrência ou não ocorrência seja tomada como uma premissa inafastável e imutável para o 
julgador civil. Relativo à culpa exclusiva da vítima, o âmbito penal irá trazer a funcionalidade dele como 
excludente de culpabilidade, possibilitando a absolvição, enquanto o âmbito civil a função exercida será 
a excludente de responsabilidade, afastando o dever de indenizar. 
A afirmativa IV está correta, pois apresenta o mesmo texto do artigo 934 do Código Civil, como se pode 
observar na seguinte transcrição "Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que 
houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou 
relativamente incapaz”. 
A afirmativa V está incorreta, pois contraria o artigo 940, o qual afirma que "Aquele que demandar por 
dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, 
ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o 
equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição". Assim, o artigo explicita que não são em 
todas circunstâncias que tal disposição é aplicada, havendo exceção se houver prescrição. 
A alternativa A está correta, uma vez que menciona as afirmativas II, III e IV. 
As alternativas B, C, D e E estão incorretas, consequentemente. 
10. (FCC / DPE-AM – 2018) Em relação à responsabilidade civil prevista no Código Civil, é correto 
afirmar: 
a) Todas as situações de fato previstas podem implicar responsabilidade subjetiva ou objetiva, 
dependendo das circunstâncias a serem examinadas; a indenização mede-se sempre pela extensão do 
dano, somente. 
b) Em regra, a responsabilidade é objetiva e a indenização mede-se pela gravidade da culpa; as 
atividades de risco conduzem à responsabilidade objetiva integral. 
c) Em regra, a responsabilidade é subjetiva e a indenização mede-se pela extensão do dano; no entanto, 
haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para 
os direitos de outrem. 
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d) Todas as situações de fato previstas no Código Civil dependem da caracterização de culpa ou dolo, 
presumindo-se a culpa quando a responsabilidade se der pelo risco atividade; a indenização será 
material ou moral e mede-se pelas consequências causadas à vítima. 
e) A reparação do dano material dependerá sempre de apuração de culpa, enquanto a reparação do 
dano moral dar-se-á pelo só fato da coisa; a indenização mede-se pela extensão do dano material ou 
pela gravidade da conduta do ofensor na apuração do dano moral. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois o Código Civil coloca como regra que a responsabilidade civil seja 
subjetiva. Responsabilidade subjetiva é aquela que se dá quando o causador de determinado ato ilícito 
atingir este resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano 
causado apenas caso se consume sua responsabilidade. A responsabilidade apenas será objetiva em 
casos previstos em lei, sendo que a responsabilidade objetiva consiste na afirmação de que o dever de 
indenizar se dará independentemente da comprovação de dolo ou culpa, bastando que fique 
configurado o nexo causal daquela atividade com o objetivo atingido. A alternativa também está 
incorreta pela afirmação de que a indenização se mede sempre pela extensão do dano, somente. O artigo 
944 do Código Civil deixa claro que a indenização mede-se, sim, pela extensão do dano, entretanto, seu 
parágrafo único afirma que "Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, 
poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização", baseando-se, assim, na equidade de indenização, 
na qual o juiz busca reduzir o montante da indenização para que esta se meça proporcionalmente à 
extensão do dano. 
A alternativa B está incorreta, pois a responsabilidade é classificada como subjetiva. Responsabilidade 
subjetiva é aquela que ocorrerá quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado em 
razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso se 
consume sua responsabilidade. É importante salientar que a indenização se mede pela gravidade da 
culpa, conforme dito pelo artigo 944 do Código Civil, entretanto, a indenização deve ser proporcional 
entre a gravidade da culpa e o dano para, assim, mantera equidade de indenização. 
A alternativa C está correta ao afirmar que a responsabilidade subjetiva é a regra e a indenização mede-
se pela extensão do dano. Quando a responsabilidade subjetiva (aquela que se dá quando o causador de 
tal ato ilícito atingir este resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a 
indenizar do dano causado caso se consume sua responsabilidade), sustentada pela teoria da culpa que 
consiste em na necessidade da existência da culpa para gerar o dever de indenizar, não for utilizada, 
será então utilizada a responsabilidade objetiva, a qual afirma que o dever de indenizar se dará 
independentemente da comprovação de dolo ou culpa, bastando que fique configurado o nexo causal 
daquela atividade com o objetivo atingido. 
Assim, fica estipulado na legislação que há obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, 
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, riscos para os direitos de outrem. Nunca haverá responsabilidade civil sem 
um dano. O artigo 927 do Código Civil explicita "Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar 
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por 
sua natureza, risco para os direitos de outrem". 
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O artigo 944 trará a afirmação de que a indenização se mede pela extensão do dano. 
A alternativa D está incorreta pois, de acordo com o artigo 932 do Código Civil: 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho 
que lhes competir, ou em razão dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo 
para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia" 
De tal maneira, é possível observar que tal artigo elenca a responsabilidade de tal pessoas enumeradas 
sobre determinado dano, mesmo não sendo elas que o causaram. Tal responsabilização causará a 
solidariedade entre o causador do dano e o terceiro responsável pelos seus atos. A responsabilidade 
solidária é aquela que se dá quando em uma mesma obrigação houver mais de um responsável por seu 
cumprimento. 
A alternativa E está incorreta, pois a ação para reparação do dano moral relaciona-se com os direitos 
da personalidade e não somente ao fato da coisa. 
11. (FCC / DPE-MA – 2018) Joaquim, desempregado e sem atividade remunerada, foi aprovado 
nas etapas preliminares de concurso público e, como requisito para a posse, precisava passar 
por avaliação médica de caráter eliminatório. Entretanto, quando estava indo até o local da 
perícia, foi atropelado e hospitalizado, perdendo o prazo para a realização dos exames. Por 
esse motivo, foi eliminado do certame. Diante desta situação, Joaquim faz jus 
a) somente aos danos morais, mas não há falar-se em danos materiais, uma vez que estava 
desempregado e sem atividade remunerada, de modo que não há falar-se em lucros cessantes. 
b) aos danos morais e materiais decorrentes do acidente, inclusive à integralidade dos vencimentos a 
que faria jus se tivesse sido investido no cargo. 
c) aos danos morais e materiais decorrentes do acidente, mas a possibilidade de aprovação no certame 
não deve ser valorada na quantificação dos danos, por se tratar de mera expectativa de direito. 
d) somente aos danos materiais, mas não há falar-se em danos morais à espécie, por se tratar de mero 
aborrecimento da vida em sociedade. 
e) aos danos morais e materiais decorrentes do acidente, inclusive a uma indenização proporcional à 
perda da chance de tomar posse no cargo. 
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A alternativa A está incorreta, pois Joaquim poderá pedir não apenas danos morais, mas também danos 
materiais. Dano material pode ser classificado como qualquer lesão causada aos interesses de outrem e 
que venha a causar diminuição patrimonial à tal pessoa. No caso apresentado, Joaquim terá custos com 
o tratamento médico e medicamentos devido ao acidente. Dano moral é considerado quando uma 
pessoa se acha afetada em seu ânimo psíquico, moral e intelectual, seja por ofensa à sua honra, na sua 
privacidade, intimidade, imagem, nome ou em seu próprio corpo físico. Relacionando-se ao caso 
apresentado, Joaquim poderá requerer dano moral mais indenização adicional pela perda de tomar 
posse em um concurso público. 
A alternativa B está incorreta, pois Joaquim não assumiu o cargo. Integralidade, por definição, é o 
direito de ter os proventos de aposentadoria calculados com base na renumeração do servidor no cargo 
efetivo em que se der a aposentadoria, não podendo excedê-la. 
A alternativa C está incorreta, porque é necessário considerar a iminência de Joaquim tomar posse do 
cargo público, faltando apenas a avaliação médica de caráter eliminatório. O acidente o impossibilitou 
de ir à avaliação e o prejudicou de tomar posse do cargo, assim, devendo-se valorar tal fato pelos seus 
prejuízos eminentes causados. 
A alternativa D está incorreta, danos morais são aplicáveis pois, por definição, são aqueles 
considerados pela pessoa quando ela se acha afetada em seu ânimo psíquico, moral e intelectual, seja 
por ofensa à sua honra, na sua privacidade, intimidade, imagem, nome ou em seu próprio corpo físico. 
A ofensa ao corpo físico de Joaquim, portanto, classifica-o como hábil em requerer danos morais. 
A alternativa E está correta, já que Joaquim pode requerer danos materiais devido à lesão que o levou 
a ter custas médicas, assim como pode requerer também danos morais, pela ofensa ao seu corpo físico 
que poderá ter afetado seu ânimo psíquico, moral e intelectual. 
Por decisão da 4ª Turma do STJ, há ainda a existência de um dano decorrente da perda de uma chance, 
precisamente relativo à perda da possibilidade de se buscar uma posição mais vantajosa que muito 
provavelmente se alcançaria, se não fosse o ato ilícito praticado (STJ. 4ª Turma, REsp 1190180/RS, Rel. 
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/11/2010). Joaquim poderá requerer tal indenização, com 
embasamento em tal decisão do STJ. 
12. (FCC / ALESE – 2018) Thaísa é dona de cão feroz que atacou e feriu Thiago. Thaísa 
a) somente indenizará Thiago se este comprovar que Thaísa agiu com dolo, provocando o ataque com 
manifesta intenção de causar lesão. 
b) somente indenizará Thiago se este comprovar que Thaísa agiu com negligência ou imprudência na 
guarda do animal. 
c) será obrigada a indenizar Thiago ainda que se prove que tenha havido culpa exclusiva da vítima ou 
força maior. 
d) deverá ressarcir o dano causado pelo animal, a menos que prove culpa exclusiva de Thiago ou motivo 
de força maior. 
e) responderá subjetivamente pelo dano, não podendo alegar causa excludente do nexo de causalidade. 
Comentários 
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A alternativa A está incorreta, pois o Código Civil estabelece em seu artigo 936 que "O dono, ou 
detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior". 
De tal maneira, o dono ou detentor do animal responderá independentementeda culpa, não havendo 
responsabilização apenas se o dono ou detentor do animal provar culpa da vítima ou força maior. 
A alternativa B está incorreta, conforme o artigo 936 "O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano 
por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior". Assim, Thaísa apenas não ressarcirá o 
dano causado por seu animal se provar culpa exclusiva de Thiago ou motivo de força maior. 
A alternativa C está incorreta, pois Thaísa não terá obrigação de indenizar Thiago se for comprovada 
culpa exclusiva da vítima ou força maior, em conformidade com o artigo 936 do Código Civil. 
A alternativa D está correta, pois seu texto está em conformidade com o artigo 936 do Código Civil "O 
dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força 
maior". Complementando tal artigo há o Enunciado nº 452 da V Jornada de Direito Civil - Art. 936, que 
afirma a responsabilidade do dono ou detentor de animal como objetiva, admitindo-se a excludente do 
fato exclusivo de terceiro. Responsabilidade objetiva é aquela que advém da prática de um ato ilícito ou 
de uma violação ao direito de outrem que, para ser provada e questionada em juízo, independe da 
aferição de culpa, ou de gradação de envolvimento, do agente causador do dano. 
A alternativa E está incorreta, já que a responsabilidade subjetiva é aquela que ocorrerá quando o 
causador de determinado ato ilícito atingir este resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, 
sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso se consume sua responsabilidade. A 
responsabilidade aplicada em tal caso é a objetiva, que independe da aferição de culpa ou gradação de 
envolvimento do causador do dano para ser provada e questionada em juízo, advindo da prática de ato 
ilícito ou de violação ao direito de outrem. 
13. (FCC / MPE-PB – 2018) Aquele que ressarciu o dano causado por outrem pode reaver o que 
houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for 
a) seu cônjuge. 
b) descendente seu, absolutamente incapaz. 
c) descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. 
d) seu descendente incapaz ou ascendente. 
e) seu tutelado, curatelado ou sujeito a seu poder familiar. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, conforme o artigo 933 "As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo 
antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros 
ali referidos". Dispondo apenas sobre descendentes, não se inclui cônjuge, logo, pode reaver o que 
houver pago daquele por quem pagou. 
A alternativa B está incorreta, pois inclui-se também os descendentes relativamente incapazes, não 
havendo distinção entre os descendentes. 
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A alternativa C está correta, em conformidade com o artigo 934, que afirma "Aquele que ressarcir o 
dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador 
do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz". 
A alternativa D está incorreta, pois ascendentes não são abrangidos, apenas descendentes, conforme o 
artigo 934 do Código Civil. 
A alternativa E está incorreta, o artigo 934 diz que "Aquele que ressarcir o dano causado por outrem 
pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente 
seu, absoluta ou relativamente incapaz", de tal maneira, tutelados, curatelados e sujeitos ao seu poder 
familiar não se classificam como descendentes, logo, não são incluídos no artigo 934. 
14. (FCC / SEFAZ-GO – 2018) Considere os enunciados seguintes, relativos à responsabilidade 
civil: 
I. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em 
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem. 
II. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas 
respondem, desde que apurada sua culpa, pelos danos causados pelos produtos postos em 
circulação. 
III. Os pais são responsáveis objetivamente pelos atos dos filhos menores que estiverem sob sua 
autoridade e em sua companhia, independentemente de culpa da conduta desses filhos menores. 
IV. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da 
vítima ou força maior. 
V. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele 
caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, IV e V. 
b) I, II, III e IV. 
c) II, IV e V. 
d) I, II e III. 
e) II, III, IV e V. 
Comentários 
O enunciado I está correto, conforme o parágrafo único do artigo 927 do Código Civil, que traz em seu 
texto: 
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
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Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por 
sua natureza, risco para os direitos de outrem." 
O enunciado II está incorreto, conforme o artigo 931 do Código Civil "Ressalvados outros casos 
previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de 
culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação". O enunciado afirma que os 
empresários individuais e as empresas respondem "desde que apurado sua culpa", contrariando, assim, 
o conteúdo do Código Civil. 
O enunciado III está incorreto, pois o Código afirma que os incapazes possuem responsabilidade civil 
por danos causados pelos mesmos. Os pais só serão responsáveis nos casos apresentados pelo artigo 
928 do Código Civil, o qual afirma que "O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas 
por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes". O artigo 
932, inciso I afirma a responsabilidade dos pais pela reparação civil pelos filhos menores que estiverem 
sob sua autoridade e em sua companhia. Embora o artigo 933 não obrigue a comprovação de culpa dos 
pais em relação aos seus filhos (responsabilidade objetiva), a responsabilidade subjetiva será aplicada, 
independentemente de culpa da conduta dos incapazes. 
O enunciado IV está correto, conforme o artigo 936 do Código Civil "O dono, ou detentor, do animal 
ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior". 
O enunciado V está correto, de acordo com o artigo 938 do Código Civil "Aquele que habitar prédio, ou 
parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar 
indevido." 
A alternativa A está correta, visto que menciona os enunciados I, IV e V. 
As alternativas B, C, D e E estão incorretas, consequentemente. 
15. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) O sistema da responsabilidade 
civil extracontratual, no Código Civil, 
a) isenta da obrigação de reparar o dano quem tenha agido com culpa leve, a fim de evitar ofensa aos 
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 
b) admite que o incapaz responda pelos prejuízos que causar, direta e solidariamente com seus 
representantes legais, só não podendo a reparação deixar o incapaz sem meios próprios de subsistência. 
c) mantém a obrigação de reparar o dano, como regra, mediante apuração de culpa, mas admite a 
reparação, independentemente de sua aferição, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade 
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de 
outrem. 
d) determina que a responsabilidade civil nãose confunde com a criminal, sem qualquer influência do 
que se decida no juízo criminal ao juízo cível, em nenhuma hipótese. 
e) exclui a figura da culpa concorrente, importando apenas aquele que tenha dado causa inicial, 
determinante, à ofensa, a quem caberá a responsabilização integral pela reparação do dano causado. 
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A alternativa A está incorreta, conforme o artigo 944 do Código Civil, que afirma "A indenização mede-
se pela extensão do dano", assim, sendo irrelevante o grau de culpa classificado para a fixação da 
responsabilidade e o valor da indenização. O parágrafo único do artigo 944 traz que "Se houver 
excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a 
indenização.", estabelecendo uma equidade de indenização. 
A alternativa B está incorreta, pois o incapaz responde com os seus representantes legais de maneira 
subsidiária, conforme decisão da 4ª turma do STJ. Também responde condicionalmente, ou seja, apenas 
quando os seus representantes não o fizerem, de acordo com o artigo 928 do Código Civil "O incapaz 
responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-
lo ou não dispuserem de meios suficientes." 
A alternativa C está correta, de acordo com o artigo 927 do Código Civil: 
"Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por 
sua natureza, risco para os direitos de outrem." Assim, por via de regra, a responsabilidade civil depende 
da comprovação de culpa, com exceções onde essa demonstração é dispensável. 
A alternativa D está incorreta, conforme demonstrado pelo artigo 935 do Código Civil "A 
responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência 
do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal". 
Sempre que os fatos discutidos perante o juízo penal tenham relevância para o juízo civil a declaração 
do juízo penal será tomada como uma premissa imutável e inafastável par ao julgador civil. 
A alternativa E está incorreta, pois, conforme o artigo 945 "Se a vítima tiver concorrido culposamente 
para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em 
confronto com a do autor do dano.", assim, havendo a redução da indenização diante da culpa 
concorrente da vítima, sendo proporcional ao grau de culpa da mesma. 
16. (FCC / DPE-AP – 2018) Sobre responsabilidade civil, considere as assertivas a seguir: 
I. O incapaz que venha a causar dano tem responsabilidade subsidiária e condicional para a 
reparação. 
II. A atualização monetária do valor da indenização por danos materiais deve incidir a partir da 
data do ajuizamento da ação. 
III. A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral, independentemente de 
prova do prejuízo sofrido pela vítima. 
IV. O sujeito que, em estado de necessidade, causa prejuízo a terceiro, é isento de 
responsabilidade pelo dano, em virtude da excludente de ilicitude. 
Diante da legislação em vigor e do entendimento predominante no Superior Tribunal de Justiça, 
está correto o que se afirma APENAS em 
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==266495==
a) II e IV. 
b) I e IV. 
c) I, II e III. 
d) I e III. 
e) III e IV. 
Comentários 
A afirmativa I está correta, conforme o artigo 928 "O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se 
as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios 
suficientes". A responsabilidade do incapaz é subsidiária quando o seu responsável não tiver condições 
de arcar com o dano, sendo condicional desde que não ultrapasse o patrimônio do incapaz referido. 
A afirmativa II está incorreta, pois é afirmado na súmula 54 do STJ que "os juros moratórios fluem a 
partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual". 
A afirmativa III está correta, diante da súmula 388 do STJ "A simples devolução indevida de cheque 
caracteriza dano moral, independentemente de prova do prejuízo sofrido pela vítima". 
A afirmativa IV está incorreta, pois, de acordo com o artigo 188, inciso II do Código Civil, o ato praticado 
em estado de necessidade é lícito. 
"Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente." 
Os chamados atos lícitos lesivos são aqueles que o legislador retira a ilicitude do evento danoso, seja 
porque o dano é inevitável, seja legítimo. Todavia, mesmo sendo lícito, o dever do autor do dano de 
indenizar a vítima quando esta não tiver sido responsável pela criação da situação de perigo, conforme 
o artigo 929 do Código Civil traz. 
"Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do 
perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram." Assim, mesmo tendo agido por 
necessidade, o causador do dano terá de indenizar a vítima e, depois, se quiser, poderá cobrar do autor 
do perigo aquilo que pagou, conforme o artigo 930 do Código Civil. 
A alternativa D está correta, um vez que apresenta as afirmativas I e III. 
As alternativas A, B, C e E estão incorretas, consequentemente. 
17. (FCC / DPE-AM – 2018) Gabriel manobra seu carro em ré e, por breve e leve distração, encosta 
o veículo em Dona Olímpia, de setenta anos de idade, que se desequilibra, cai e morre ao bater 
a cabeça no meio-fio. Já Rafael dirige um Porsche a 120 km por hora na zona urbana, 
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desrespeita faixa de pedestres e atropela a jovem Renata, de vinte anos, matando-a. 
Examinando ambos os casos, as consequências jurídicas 
a) serão diferentes, não em razão do grau diverso de culpa dos motoristas ofensores, mas porque uma 
das vítimas era maior de sessenta anos e, como idosa, sua família receberá valor mais vultoso, pela 
proteção integral devida ao idoso. 
b) serão as mesmas, pois é indiferente o grau de culpa dos agentes se a extensão do dano é a mesma, em 
ambos os casos tendo ocorrido a morte das vítimas. 
c) poderão ser diferentes, uma vez que, embora a indenização se meça pela extensão do dano, que é o 
mesmo, se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, o Defensor poderá 
pleitear a redução equitativamente a indenização cabível. 
d) serão as mesmas pela natureza e circunstâncias dos fatos, ambos envolvendo a direção de veículos 
automotores, o que implica iguais indenizações. 
e) serão diferentes porque uma das vítimas tinha somente vinte anos de idade e, portanto, expectativa 
de maior tempo futuro de vida, o que implica indenização mais vultosa à sua família, pelos lucros 
cessantes e danos morais de maior intensidade, mas a gravidade da culpa é absolutamente irrelevante 
para a fixação da indenização. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois as consequências jurídicas poderão ser diferentes conforme o grau 
diverso de culpa do motorista, de acordo com o artigo 944 e seu parágrafo único: 
"Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. 
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz 
reduzir, equitativamente, a indenização." 
A alternativa B está incorreta,pois, conforme o artigo 944 do Código Civil, a indenização mede-se pela 
extensão do dano, e em seu parágrafo único é afirmado que deve haver indenização proporcional à 
culpa. Se houver desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, o juiz poderá reduzir, 
equitativamente, a indenização. 
A alternativa C está correta, conforme o artigo 944 que afirma que a indenização se mede pela extensão 
do dano. Em ambos casos apresentados, o dano é o mesmo (a morte da vítima), entretanto, a 
consequência jurídica poderá ser diferente conforme a desproporção entre a gravidade da culpa e o 
dano, de acordo com o parágrafo único do artigo 944. Enquanto Gabriel acidentalmente encostou na 
vítima com seu carro e causou seu desequilíbrio, Rafael dirigia em alta velocidade e desrespeitou a faixa 
de pedestres, assim, atropelando a vítima. De tal maneira, apesar do dano ser o mesmo, o grau de culpa 
é diferente, entrando em conformidade com o parágrafo único do artigo 944. 
A alternativa D está incorreta, pois o grau de culpa influenciará na indenização no valor da indenização, 
conforme dito no parágrafo único do artigo 944. 
A alternativa E está incorreta, visando que a idade da vítima não influencia na indenização. A 
indenização será estabelecida conforme a extensão do dano, podendo ser reduzida equitativamente se 
houver desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, sendo, assim, o grau de culpa relevante para 
a fixação da indenização. 
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18. (FCC / DPE-AM – 2018) Quanto ao dano moral, considere: 
I. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
II. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do evento 
danoso. 
III. Não caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
IV. O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula 
expressa de exclusão. 
Corresponde a entendimentos sumulados pelo Superior Tribunal de Justiça o que se afirma 
APENAS em 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e IV. 
e) I e II. 
Comentários 
A afirmativa I está correta, conforme a súmula 227 do STJ que diz "A pessoa jurídica pode sofrer dano 
moral.", assim, da mesma forma do que ocorre com a honra, quanto aos demais direitos da 
personalidade da pessoa jurídica, o dano moral pode-se aplicar. 
A afirmativa II está incorreta, tendo em vista a súmula 962 do STJ "a correção monetária do valor da 
indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento", que contraria alternativa que afirma 
que começa desde a data do evento danoso. 
A afirmativa III está incorreta, de acordo com a súmula 370 do STJ, que "caracteriza dano moral a 
apresentação antecipada de cheque pré-datado". 
A afirmativa IV está correta, pois traz em seu texto a súmula 402 do STJ, a qual afirma que "O contrato 
de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de exclusão". 
A alternativa C está correta. 
As alternativas A, B, D e E estão incorretas, consequentemente. 
19. (FCC - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte III - Direito- 2017) Suponha que 
determinada sociedade empresária, que atua no setor de transporte e logística, tenha sido 
acionada judicialmente por uma pessoa vítima de acidente ocorrido em uma rodovia e que 
envolveu um dos caminhões de propriedade da empresa, que estava levando uma carga 
perecível para seu destino final. Na referida ação judicial, a vítima pleiteia indenização pelos 
danos sofridos em razão do acidente, no qual restou comprovada a culpa exclusiva do 
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motorista do caminhão. A empresa, por seu turno, refutou a responsabilidade pelos danos, 
alegando que adotou todas as cautelas para a contratação do motorista, que detinha 
habilitação para dirigir veículo daquela categoria e comprovada experiência. De acordo com 
as disposições legais aplicáveis, os argumentos apresentados pela empresa 
a) são descabidos, eis que aplicável a responsabilidade objetiva, que prescinde de comprovação de 
culpa. 
b) devem ser considerados para fins de identificação da culpa in eligendo. 
c) são procedentes, eis que a empresa não responde por ato de seus empregados ou prepostos. 
d) somente poderão ser aceitos se comprovada causa excludente de ilicitude. 
e) somente seriam aplicáveis se a discussão envolvesse responsabilidade contratual. 
Comentários: 
 
Atenção! O gabarito desta questão foi alterado, originalmente sendo a alternativa B, a banca alterou o 
gabarito com base no entendimento fixado pelo CNJ e, por concordância com outras questões de mesma 
matéria formuladas pela banca. 
 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Anteriormente ao Código Civil de 2002 a Súmula 
341 trazia o entendimento que se presumia a culpa do patrão pelo ato culposo do funcionário, a súmula 
trazia que essa responsabilidade era com culpa presumida, sendo que havia uma presunção relativa de 
que o patrão ou comitente agiu com culpa. No entanto, o novo Código Civil através do art. 932, Inc. III 
trouxe expressamente a responsabilidade objetiva para essa situação, trazendo que são responsáveis 
pela reparação civil: “o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no 
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;”. 
20. (FCC / TRT - 21ª REGIÃO – 2017) Em ação penal promovida pelo Ministério Público, Paulo foi 
definitivamente condenado à pena de um mês de detenção pela prática de crime de dano, por 
ter dolosamente destruído aparelho celular pertencente a Regina. Em seguida, Regina 
ajuizou contra Paulo ação de indenização por perdas e danos por conta desse mesmo fato. 
Nessa ação, de acordo com o Código Civil, 
a) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato, mas será admitida a contestação sobre a 
sua autoria, pois a responsabilidade civil é independente da criminal. 
b) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato nem sobre a sua autoria, pois a 
responsabilidade civil é dependente e subordinada à criminal. 
c) poderá se questionar tanto sobre a existência do fato quanto sobre sua autoria, pois a 
responsabilidade civil é independente da criminal. 
d) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato nem sobre sua autoria, em que pese a 
responsabilidade civil seja independente da criminal. 
e) poderá se questionar tanto sobre a existência do fato quanto sobre sua autoria, em que pese a 
responsabilidade civil seja dependente e subordinada à criminal. 
Comentários 
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A alternativa A está incorreta, pois conforme o artigo 935 do Código Civil "A responsabilidade civil é 
independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem 
seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.", assim, sempre que os 
fatos discutidos perante o juízo penal tenham relevância para o julgador civil, a declaração de tal juízo 
penal sobre a ocorrência ou inocorrência deverá ser tomada como uma premissa imutável e inafastável 
para o julgador civil. 
A alternativa B está incorreta, pois, de acordo com o artigo 935 do Código Civil: "A responsabilidade 
civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre 
quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal." 
A alternativa C está incorreta, pois, os fatos discutidos perante o juízo penal que possuam relevância 
para o julgador civil, como a declaração de tal juízo penal sobre a ocorrência ou inocorrência deverá ser 
tomada como uma premissaimutável e inafastável para o julgador civil. 
A alternativa D está correta conforme a literalidade do artigo 935, o qual diz "A responsabilidade civil 
é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem 
seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal." 
A alternativa E está incorreta, já que não é possível para o julgador civil questionar a declaração do 
juízo penal sobre a ocorrência ou não ocorrência dos fatos que interessem ao juízo civil, devendo tal 
declaração do juízo penal ser uma premissa imutável e inafastável para o julgador civil. 
21. (FCC / PROCON-MA – 2017) Sobre a responsabilidade civil, segundo o Código Civil brasileiro, 
é correto afirmar: 
a) Exige sempre que a culpa do ofensor seja provada, mesmo nos casos de responsabilidade objetiva 
por atos perigosos à coletividade. 
b) Nunca atinge o incapaz, mas somente seu representante legal ou judicial, por não ter o incapaz 
discernimento quanto à prática dos atos da vida civil. 
c) Os empresários individuais e as empresas respondem, apenas se provada sua culpa, pelos danos 
causados pelos produtos postos em circulação no mercado consumidor. 
d) Pode dar-se objetivamente, isto é, independentemente de culpa do ofensor, por exemplo quando a 
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem. 
e) O direito de exigir reparação pelos danos causados e a obrigação de ressarci-los nunca se transmitem 
com a herança, pois são personalíssimos. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, conforme o artigo 927, parágrafo único "Haverá obrigação de reparar o 
dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem". Em casos 
de responsabilidade objetiva não se exige a prova da culpabilidade do ofensor. Responsabilidade 
objetiva é aquela que advém da prática de um ilícito ou de uma violação ao direito de outrem que, para 
ser aprovada e questionada em juízo, não depende da aferição de culpa, ou de gradação de envolvimento 
do agente causador do dano. 
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A alternativa B está incorreta, conforme o artigo 928 "O incapaz responde pelos prejuízos que causar, 
se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios 
suficientes.", assim, o incapaz possui responsabilidade civil. 
A alternativa D está correta, conforme o artigo 927 do Código Civil: 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por 
sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
A teoria da culpa afirma que a culpa é elemento indispensável para a caracterização do dever de 
indenizar. O artigo 927 traz que a responsabilidade subjetiva, fundada na culpa, é regra geral. Para haver 
responsabilidade civil, é necessário um dano. 
A alternativa E está incorreta, pois entra em desacordo com o artigo 943, o qual afirma que "O direito 
de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança". 
22. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2017) Um empregado de João causou culposamente o 
atropelamento de um pedestre, causando-lhe ferimentos. Luiza esqueceu a panela no fogo e 
causou incêndio na casa de sua empregadora. O filho menor de Pedro, que estava sob sua 
autoridade e em sua companhia, arremessou um objeto contra outro menor, ferindo-o. A 
responsabilidade de João, de Luiza e de Pedro pela reparação civil é 
a) objetiva. 
b) subjetiva, objetiva e objetiva, respectivamente. 
c) objetiva, objetiva e subjetiva, respectivamente. 
d) objetiva, subjetiva e objetiva, respectivamente. 
e) subjetiva. 
Comentários 
Para resolver essa questão, é necessário ter fixado claramente os conceitos de responsabilidade objetiva 
e subjetiva. 
Responsabilidade objetiva é aquela que advém da prática e um ilícito ou de uma violação ao direito de 
outrem que, para ser provada e questionada em juízo, independe da aferição de culpa, ou de gradação 
de envolvimento, do agente causador do dano. 
Responsabilidade subjetiva se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado 
em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso 
se consume sua responsabilidade. 
Também é necessário saber o artigo 932, que apresenta um rol dos responsáveis pela reparação civil, 
os quais terão a responsabilidade objetiva. 
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Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho 
que lhes competir, ou em razão dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo 
para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia". 
O artigo 933 também é necessário, complementando o artigo 932 ao afirmar que os descritos no artigo 
932 terão de responder pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos, ainda que não haja culpa de 
sua parte. 
"Art. 933 As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua 
parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos". 
Assim, poderemos classificar: 
O empregado de João causou culposamente o atropelamento de um pedestre, nesse caso, João irá se 
enquadrar no inciso III do artigo 932 e terá responsabilidade objetiva. 
Luiza esqueceu a panela no fogo e causou o incêndio na casa de sua empregadora. O artigo 932 dispõe 
apenas sobre a responsabilidade objetiva do empregador pelos atos de seus empregados, não dispondo 
nada sobre a situação inversa. Logo, a situação descrita não se encaixa em nenhuma das possibilidades 
prevista em tal artigo, classificando-se, assim, como responsabilidade subjetiva. 
O filho menor de Pedro produziu ação que causou dano, portanto, estando sob a autoridade e companhia 
de Pedro, Pedro terá responsabilidade objetiva conforme o afirmado no inciso I do artigo 932. 
Sendo assim: 
A alternativa D está correta pois João apresenta responsabilidade objetiva, Luiza possui 
responsabilidade subjetiva e Pedro tem responsabilidade objetiva. 
As alternativas A, B, C e E estão incorretas, consequentemente. 
23. (FCC / TRT - 20ª REGIÃO – 2016) Gabriel, pessoa menor de 16 anos, lançou pedras no veículo 
de Rogério, causando-lhe danos materiais. No momento do ato ilícito, Gabriel estava sob a 
autoridade e companhia de seu pai, Arnaldo. Rogério ajuizou ação contra Arnaldo, que 
a) Responde objetivamente pelo ato de Gabriel e não tem direito de regresso contra o filho, que é pessoa 
absolutamente incapaz. 
b) Responde subjetivamente pelo ato de Gabriel e tem direito de regresso contra o filho, que é pessoa 
relativamente incapaz. 
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c) Não responde pelo ato de Gabriel, tendo em vista que a responsabilidade civil é pessoal e 
intransferível. 
d) Responde objetivamente pelo ato de Gabriel e tem direito de regresso contra o filho, quedeverá 
ressarci-lo quando atingir a maioridade civil. 
e) Responde subjetivamente pelo ato de Gabriel e não tem direito de regresso contra o filho, que é 
pessoa absolutamente incapaz. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme o artigo 932, inciso I: 
"Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;". Assim, Arnaldo 
responderá de forma objetiva pelo ato de Gabriel. 
O artigo 934 irá atestar a ausência de direito de ressarcimento contra o filho, com seu texto afirmando 
que "Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem 
pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz." 
A alternativa B está incorreta, pois, por definição, responsabilidade objetiva é aquela que advém da 
prática e um ilícito ou de uma violação ao direito de outrem que, para ser provada e questionada em 
juízo, independe da aferição de culpa, ou de gradação de envolvimento, do agente causador do dano. 
Arnaldo não possui culpa, logo, não poderá responder subjetivamente. Ele também não poderá ter 
direito de regresso contra o filho, conforme dito no artigo 934 "Aquele que ressarcir o dano causado por 
outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for 
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz." 
A alternativa C está incorreta, pois contraria o artigo 932, inciso I do Código Civil: 
"Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;". Assim, Arnaldo 
responderá de forma objetiva. 
A alternativa D está incorreta pois, conforme dito pelo artigo 934 do Código Civil, se o causador do 
dano for descendente de quem pagou por ele, não há direito de regresso. 
A alternativa E está incorreta, pois Arnaldo responde objetivamente, conforme o artigo 932 do Código 
Civil. 
24. (FCC / SEGEP-MA – 2016) Considere as proposições abaixo, sobre a exclusão da 
responsabilidade civil: 
I. A responsabilidade civil do Estado por atos comissivos de seus agentes não admite causa de 
exclusão. 
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II. A culpa exclusiva da vítima afasta o elemento culpa, porém não o nexo de causalidade e a 
obrigação de indenizar. 
III. O caso fortuito e a força maior nem sempre excluem a responsabilidade pelo dano. 
IV. Não constitui ilícito, e por isto não enseja a responsabilização civil, o exercício de direito 
reconhecido, ainda que exercido de maneira antifinalística, excedendo manifestamente os 
limites impostos por seu fim e econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) III. 
e) I, III e IV. 
Comentários 
A afirmativa I está incorreta, já que em caso de atos comissivos, sendo eles fato da vítima, fato de 
terceiro e força maior, caberá excludente de responsabilidade do Estado. 
A afirmativa II está incorreta pois a culpa exclusiva da vítima é um excludente de causalidade, 
rompendo o nexo entre dano e a conduta, e não a culpabilidade em si. 
A afirmativa III está correta, pois o caso fortuito e a força maior excluem a responsabilidade civil, exceto 
se ocorrer omissão do Estado, assim, em tal caso, não terão o poder de excluir o nexo de causalidade. 
A afirmativa IV está incorreta, conforme o artigo 187 do Código Civil, “Também comete ato ilícito o 
titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.”. 
A alternativa D está correta, porque menciona apenas a afirmativa III, a única correta. 
As alternativas A, B, C e E estão incorretas, consequentemente. 
25. (FCC / PREFEITURA DE TERESINA-PI – 2016) A respeito da responsabilidade civil, é correto 
afirmar: 
a) Caso o ato ilícito seja causado por agente incapaz, este poderá responder com o seu próprio 
patrimônio pelos danos que causou, de forma subsidiária em relação aos seus pais, tutores ou curadores. 
b) O dano moral tem natureza personalíssima, de modo que a legitimidade para pleitear a sua reparação 
é exclusivamente daquele diretamente ofendido pelo ato ilícito, vedado no ordenamento jurídico 
brasileiro o dano moral por ricochete. 
c) A jurisprudência predominante no Superior Tribunal de Justiça sustenta que a quebra de um contrato 
gera dano moral presumido (in re ipsa). 
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d) Na responsabilidade civil subjetiva, o valor da indenização deve se medir pela extensão do dano 
causado, de modo que é irrelevante o grau de culpa para fins de fixação do montante da indenização. 
e) O caso fortuito e a força maior são excludentes da responsabilidade civil subjetiva, pois afastam a 
culpa genérica (lato sensu) e, assim, não se aplicam às hipóteses em que a lei impõe a responsabilidade 
civil objetiva. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme o artigo 928 do Código Civil que afirma: 
"Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não 
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar 
do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem." 
A responsabilidade subsidiária se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este 
resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado 
apenas caso se consume sua responsabilidade, assim, aplicando-se a este caso. 
A alternativa B está incorreta, devido a definição de dano moral reflexo (dano moral por ricochete) é 
aquele que mira em uma pessoa mas acaba acertando em outra. Um exemplo de dano moral reflexo é a 
difamação de uma pessoa morta, no qual o morto não será atingido em sua personalidade (já que a 
mesma surge com o nascimento e se extingue com a morte), mas a sua família poderá ser atingida e, 
legitimamente conforme o artigo 12 do Código Civil, parágrafo único, poderá requerer a indenização 
por danos morais. 
A alternativa C está incorreta, conforme as previsões do STJ de em quais situações pode haver dano 
moral presumido. Foi estabelecido que cadastro de inadimplentes, responsabilidade bancária e atraso 
de voo estão entre os casos. O mero descumprimento de cláusula contratual não gera indenização a 
título de dano moral, conforme o STJ. 
A alternativa D está incorreta, de acordo com o artigo 944 do Código Civil "A indenização mede-se pela 
extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o 
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.", assim, sendo relevante o grau de culpa 
para a indenização. 
A alternativa E está incorreta, devido à definição de caso fortuito como aquele que corre independente 
da vontade das partes, como greve, guerra, e a força maior advém de acontecimentos naturais como 
tornados e terremotos. O caso fortuito e a força maior são, portanto, excludentes de responsabilidade 
objetiva e subjetiva, pois afastam o nexo de causalidade, e não o da culpa genérica como afirmado na 
questão. 
26. (FCC / PREFEITURA DE TERESINA-PI – 2016) A respeito da responsabilidade civil, considere: 
I. Não são cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
II. A desproporção excessiva entre a gravidade da culpa e o dano permite ao juiz reduzir 
equitativamente a indenização. 
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120III. A responsabilidade decorrente de abuso de direito é objetiva. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I e III. 
d) I. 
e) II. 
Comentários 
A afirmativa I está incorreta, pois a súmula 37 do STJ afirma "São cumuláveis as indenizações por dano 
material e dano moral oriundos do mesmo fato". 
A afirmativa II está correta, já que está de acordo com o artigo 944, parágrafo único: 
"A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção 
entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização". 
A afirmativa III está correta, pois entra em conformidade com o Enunciado 37 da Jornada de Direito 
Civil, o qual enuncia "A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe da culpa, e 
fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico". 
A alternativa B está correta, porque menciona as afirmativas II e III, as únicas corretas. 
As alternativas A, C, D e E estão incorretas, consequentemente. 
27. (FCC / PGE-MT – 2016) Marcelo exerce, com habitualidade, atividade que, por sua natureza, 
implica risco para os direitos de outrem. Se desta atividade advier dano, Marcelo responderá 
de maneira 
a) Subjetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se exigindo, em regra, a 
existência de nexo de causalidade. 
b) Subjetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e culpa. 
c) Objetiva, não sendo necessária, em regra, a comprovação dos elementos culpa ou nexo de causalidade. 
d) Objetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se exigindo, em regra, a 
existência de nexo de causalidade. 
e) Objetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e culpa. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, conforme a definição de responsabilidade subjetiva. Responsabilidade 
subjetiva se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado em razão do dolo 
ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso se consume sua 
responsabilidade. Assim, conforme o artigo 927 do Código Civil, a responsabilidade objetiva aplica-se 
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também "quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, 
risco para os direitos de outrem". 
A alternativa B está incorreta, devido ao fato de que a responsabilidade é objetiva e não subjetiva. A 
responsabilidade também não necessita da comprovação de culpa, exigindo apenas o nexo de 
causalidade. 
A alternativa C está incorreta pelo fato de afirmar que é necessária a comprovação de culpa, sendo que 
apenas o nexo de causalidade é necessário. Entretanto, a primeira parte da alternativa está correta em 
afirmar que a responsabilidade é objetiva. 
A alternativa D está correta, pois afirma que a responsabilidade é objetiva. A responsabilidade objetiva 
é aquela que advém da prática e um ilícito ou de uma violação ao direito de outrem que, para ser provada 
e questionada em juízo, independe da aferição de culpa, ou de gradação de envolvimento, do agente 
causador do dano. Não se exige a comprovação do elemento culpa, mas exige-se a existência de nexo de 
causalidade. Nexo de causalidade é uma teoria do direito penal segundo a qual verifica-se o vínculo 
entre a conduta do agente e o resultado ilícito. Aquele que causar dano a outrem fica obrigado a repará-
lo, reestabelecendo o equilíbrio perdido. Assim, temos o artigo 927 do Código Civil: 
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por 
sua natureza, risco para os direitos de outrem." 
A alternativa E está incorreta, pois não se exige a comprovação de culpa, apenas o nexo de causalidade, 
como determinado pelo artigo 927. 
28. (FCC / PREFEITURA DE SÃO LUIZ-MA – 2016) No que concerne à responsabilidade civil, 
a) O enriquecimento sem justa causa confunde-se com o enriquecimento ilícito. 
b) O sistema civil em vigor não contempla hipóteses de responsabilidade objetiva, somente subjetiva. 
c) A caracterização do caso fortuito ou da força maior no âmbito civil é a mesma para as relações de 
consumo. 
d) O dano moral abrange a indenização pelo mero desgosto ou frustração. 
e) O Código Civil de 2002 adotou a gradação da culpa como critério de redução da indenização. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois tais expressões são sinônimas pela doutrina. Significa o aumento 
de patrimônio de um indivíduo às custas de outra pessoa. 
A alternativa B está incorreta, o sistema civil contempla ambas responsabilidades. A responsabilidade 
objetiva é aquela que advém da prática e um ilícito ou de uma violação ao direito de outrem que, para 
ser provada e questionada em juízo, independe da aferição de culpa, ou de gradação de envolvimento, 
do agente causador do dano, enquanto a responsabilidade subjetiva é aquela que se dará quando o 
causador de determinado ato ilícito atingir este resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, 
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sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso se consume sua responsabilidade. O artigo 
927 do Código Civil é um exemplo de responsabilidade objetiva prevista em lei. 
A alternativa C está incorreta, pois o caso fortuito e a força maior são mais tipificados como uma 
construção doutrinária e jurisprudencial quando relativos às relações de consumo. 
A alternativa D está incorreta, pois contraria a jurisprudência a qual afirma que "os meros dissabores 
normais e próprios do convívio social, não são suficientes para originar danos morais indenizáveis". 
Dano moral é aquele considerado quando uma pessoa se acha afetada em seu ânimo psíquico, moral e 
intelectual, seja por ofensa à sua honra, na sua privacidade, intimidade, imagem, nome ou em seu 
próprio dano físico. 
A alternativa E está correta, a gradação da culpa com critério de redução da indenização pode ser 
demonstrada no artigo 944 do Código Civil, o qual traz em seu texto, no seu parágrafo único: 
"A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção 
entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.” 
29. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2016) Marcelo praticou crime de roubo contra um supermercado, 
subtraindo R$ 10.000,00, dos quais doou R$ 2.000,00 a seu irmão José. Descoberta a autoria 
do crime, bem como a ocorrência da doação, o supermercado ajuizou ação de indenização 
contra Marcelo e contra José, visando à reparação do dano. José 
a) Responderá apenas se comprovada culpa, até a quantia de R$ 2.000,00. 
b) Responderá, de maneira objetiva, até a quantia de R$ 2.000,00. 
c) Responderá, de maneira objetiva, até a quantia de R$ 10.000,00. 
d) Não responderá por nenhuma quantia, ainda que proveniente de ilícito. 
e) Responderá, apenas se comprovada culpa, até a quantia de R$ 10.000,00. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois a responsabilidade objetiva não necessita da comprovação de culpa, 
advindo da prática de um ato ilícito ou de uma violação do direito de outrem. 
A alternativa B está correta, pois José responderá de maneira objetiva. Responsabilidade objetiva 
independe da comprovação de culpa, desde que o nexo causal seja comprovado. Conforme o artigo 932: 
"Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia." 
Tal artigo consagra aresponsabilidade pelo ato de terceiro. 
A alternativa C está incorreta, visto que responderá até a quantia de R$ 2.000 não de R$ 10.000, pois, 
os indivíduos que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, são responsáveis de 
forma indireta, solidária e objetiva pela reparação civil. Contudo, cumpre asseverar que esta 
responsabilidade solidária é imposta apenas sobre a parte em que houve proveito no crime. 
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A alternativa D está incorreta, visto que responderá de maneira objetiva pela quantia que teve proveito 
do crime. 
A alternativa E está incorreta, uma vez que respondera de maneira objetiva, até a quantia de R$ 
2.000,00 e independente da comprovação da culpa. 
30. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2016) João e Rodrigo entraram em luta corporal depois de uma 
discussão no trânsito. Sem que Rodrigo pudesse se defender, João desferiu-lhe socos e 
pontapés, causando lesões corporais. Muito machucado, Rodrigo representou pela 
persecução criminal e ajuizou ação de indenização. A responsabilidade civil 
a) Independe da criminal, podendo ser rediscutida no juízo civil qualquer questão já decidida no juízo 
criminal. 
b) Independe da criminal, mas, se João for absolvido, na ação penal, por falta de provas, Rodrigo não 
poderá pleitear indenização na esfera civil. 
c) Depende da criminal, devendo o juiz extinguir a ação de indenização, sem resolução de mérito, se 
ainda não tiver havido trânsito em julgado da decisão proferida na ação penal. 
d) Depende da criminal, devendo sempre o juiz suspender a ação de indenização até o julgamento 
definitivo da ação penal. 
e) Independe da criminal, mas, se a existência do fato for decidida, em definitivo, no juízo criminal, não 
poderá ser discutida novamente no juízo civil. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois, conforme o artigo 935: 
"Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo 
criminal". É estabelecido o sistema de independência relativa entre os juízos civil e penal, determinado 
que os fatos discutidos perante o juízo penal tenham relevância para o juízo civil, para, assim, a 
declaração penal sobre sua ocorrência ou não ocorrência seja tomada como premissa imutável e 
inafastável para o julgador civil. 
A alternativa B está incorreta, de acordo com a explicação dada na alternativa A. Todavia, o artigo 935 
do Código Civil nada afirma sobre a impossibilidade de discussão civil no caso de absolvição penal por 
falta de provas. 
O artigo 66 do Código de Processo Penal estabelece que: 
"Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando 
não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.", assim, podendo a ação 
civil ser proposta em tal ocasião. 
A alternativa C está incorreta perante o artigo 935 do Código Civil, o qual afirma: 
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"Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo 
criminal". De tal maneira, o CC é claro em afirmar a independência. 
A alternativa D está incorreta, como supracitado, o artigo 935 fixa a independência entre o juízo penal 
e civil. 
A alternativa E está correta, conforme o artigo 935, que traz que: 
"Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo 
criminal". 
Assim, tal artigo traz a independência dessas esferas, a independência da responsabilidade civil em 
relação à criminal. Se as questões já forem decididas na esfera criminal, não se pode mais questioná-las 
no âmbito civil. 
31. (FCC / PREF. DE CAMPINAS – 2016) Marcel abalroou o veículo de Henrique, que sofreu danos 
materiais. Visando à reparação do dano, Henrique acionou direta e exclusivamente a 
seguradora de Marcel. De acordo com o Código Civil e com jurisprudência consolidada do 
Superior Tribunal de Justiça, 
a) Não pode Henrique acionar direta e exclusivamente a seguradora. 
b) O Juiz deverá, de ofício, incluir no polo passivo da ação a pessoa de Marcel, o qual responderá, 
solidariamente com a seguradora, pelos danos que houver causado culposamente a Henrique. 
c) A obrigação da seguradora é aferida independentemente da responsabilidade civil do segurado. 
d) A seguradora responderá de maneira objetiva, no âmbito de referida ação, se ficar comprovado que 
Marcel agiu com culpa. 
e) A seguradora responderá de maneira objetiva, no âmbito de referida ação, independentemente de 
prova de que Marcel agiu com culpa. 
Comentários 
A alternativa A está correta conforme a súmula nº 529 do STJ, a qual diz: 
"No seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o ajuizamento de ação pelo terceiro 
prejudicado direta e exclusivamente em face da seguradora do apontado causador do dano". De tal 
maneira, estabelecida tal súmula, Henrique não poderá acionar direta e exclusivamente a seguradora. 
As alternativas B, C, D e E estão incorretas, consequentemente. 
32. (FCC / TJ-PI – 2015) O incapaz 
a) Responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de 
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
b) Não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, em nenhuma hipótese, se a incapacidade 
for absoluta. 
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c) Não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, devendo suportá-los somente seus 
responsáveis. 
d) Apenas responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem 
obrigação de fazê-lo. 
e) Apenas responde com seus bens pelos prejuízos que causar, se a incapacidade cessar, ficando até esse 
momento suspenso o prazo prescricional. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme o artigo 928 diz: 
"O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem 
obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes". 
A alternativa B está incorreta, visto que o incapaz responde quando os seus responsáveis não tiverem 
obrigação de responder pelos prejuízos causados pelo incapaz, ou quando não dispuserem de meios 
suficientes, como estabelecido no artigo 928. 
A alternativa C está incorreta, ainda seguindo o estabelecido no artigo 928. 
A alternativa D está incorreta, pois o artigo 928 estabelece: 
"O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem 
obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes". Os incapazes respondem também no caso 
de seus responsáveis não dispuserem de meios suficientes. 
A alternativa E está incorreta pois entra em desacordo com o artigo 928 do Código Civil. 
33. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO – 2015) Em ação criminal, decidiu-se, por decisão transitada em 
julgado, que L desferiu um tapa em B. De acordo com o Código Civil, no juízo cível, em ação na 
qual se busca a responsabilização civil de L, 
a) Poderá ser questionada a existência do fato e seu autor, independentemente da existência de provas 
novas, pois a responsabilidade civil independe da criminal. 
b) Poderá ser questionada a existência do fato e seu autor, se houver provas novas. 
c) Poderá ser questionada a existência do fato, porém não seu autor, se houver provas novas. 
d) Não poderá ser questionada a existênciade nenhum dos elementos para a responsabilização civil. 
e) Não poderá ser questionada a existência do fato nem seu autor. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta visando-se o artigo 935 do Código Civil: 
"A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo 
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criminal", portanto, como demonstrado no artigo, não é possível questionar a existência do fato nem 
seu autor. 
A alternativa B está incorreta, segundo o artigo 935, a existência do fato nem o autor é questionável 
quando as questões já foram decididas no juízo. 
A alternativa C está incorreta, pelo mesmo motivo da resposta da alternativa B, no qual é afirmado que 
não é possível questionar a existência do fato nem seu autor, assim como novas provas não poderão ser 
apresentadas uma vez que já transitou em julgado, sem a possibilidade de recorrer. 
A alternativa D está incorreta pelos mesmos motivos abordados na alternativa C. Não é possível 
questionar na esfera civil se a esfera criminal já decidiu quanto à existência do fato ou de quem seja o 
seu autor. 
A alternativa E está correta, conforme o dito no artigo 935 do Código Civil. O princípio da 
independência relativa da responsabilidade civil em relação à criminal está contido em tal artigo, 
afirmando que o indivíduo poderá não ser penalmente responsabilizado e, ainda assim, ser obrigado a 
reparar o dano civil. Este mesmo artigo ainda diz respeito à existência do fato ou de quem seja seu ator, 
afirmando que se foram decididos na esfera criminal, não será possível questioná-las na civil. 
34. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO – 2015) N reside no décimo andar de um edifício, em apartamento do 
qual caiu um vaso de flor que acabou por acertar Z, que sofreu danos. N será responsabilizado 
de maneira 
a) Subjetiva, independentemente de demonstração do elemento culpa. 
b) Objetiva, independentemente de demonstração do elemento culpa. 
c) Subjetiva, desde que demonstrado que agiu com culpa. 
d) Objetiva, desde que demonstrado que agiu com culpa. 
e) Subjetiva, desde que demonstrado que agiu com dolo, direto ou eventual. 
Comentários 
Para responder essa questão, as definições de responsabilidade subjetiva e objetiva devem constar 
claramente. Responsabilidade objetiva é aquela que independe da aferição de culpa ou dolo. Já a 
responsabilidade subjetiva é aquela que necessita da comprovação de que houver dolo ou culpa por 
parte do agente. 
A alternativa A está incorreta, pois N será responsabilizado objetivamente, já que a responsabilidade 
da queda do vaso independe de culpa, portanto, sendo objetiva, e não subjetiva como afirmado. 
A alternativa B está correta, pois N será responsabilizado objetivamente, conforme o artigo 938 do 
Código Civil: 
"Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele 
caírem ou forem lançadas em lugar indevido." Assim, N terá responsabilidade objetiva pela queda das 
coisas, pois tal responsabilidade neste artigo funda-se na simples regra de que ninguém pode 
deliberadamente colocar em risco a segurança da coletividade. 
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A alternativa C está incorreta, pois, como estabelecido pelo artigo 938, a responsabilidade de N será 
objetiva, ou seja, não depende da aferição de culpa ou dolo, assim, dispensando-se a comprovação de 
culpa prevista no artigo 927: 
"Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo 
único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em 
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, 
risco para os direitos de outrem." 
A alternativa D está incorreta, pois a responsabilidade objetiva não necessita da comprovação de culpa 
prevista pelo artigo 927 do Código Civil. 
A alternativa E está incorreta, pois não está de acordo com o artigo 938 do Código Civil que afirma: 
"Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem 
ou forem lançadas em lugar indevido." 
35. (FCC / TJ-SE – 2015) Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem 
ficam sujeitos à reparação do dano causado e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos 
responderão: 
a) Solidariamente, devendo o ofendido cobrar deles a dívida toda, ou a cota parte de cada um em ações 
autônomas ou em litisconsórcio, dividindo-se, porém, entre eles a cota parte do insolvente, se houver, e 
acrescentando-se, ao do preponente ou responsável indireto, o que tocar ao preposto ou responsável 
direto. 
b) Conjuntamente pela reparação, devendo o ofendido cobrar de cada um sua cota parte na dívida, 
dividindo-se, porém, por todos, a do insolvente. 
c) Conjuntamente, pela reparação, exceto nas hipóteses previstas na lei, em que uma pessoa responde 
pelos atos do outro, como no caso do preponente e preposto, devendo naquele caso o ofendido 
demandar a todos os ofensores e nestas, aquele que pagar por inteiro a dívida, salvo em relação a 
descendente absolutamente incapaz, poderá cobrar dos demais a respectiva cota parte, dividindo-se 
entre os pagantes a cota do insolvente, se houver. 
d) Solidariamente pela reparação, podendo o ofendido cobrar de qualquer um deles a dívida toda, mas 
aquele que pagar por inteiro a dívida, salvo as exceções legais, poderá exigir de cada um dos co-
devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se houver. 
e) Solidariamente, exceto se algum for descendente absolutamente incapaz de um deles, cabendo a este 
suportar sozinho essa cota parte, mas os que pagarem serão remidos do que tocar ao insolvente se 
houver, tendo o ofendido, neste caso, de habilitar-se no concurso de credores, para receber 
proporcionalmente a parte que o insolvente lhe dever. 
Comentários 
Conforme os artigos 942 e 283 do Código Civil: 
"Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à 
reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente 
pela reparação. 
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Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a 
sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no 
débito, as partes de todos os co-devedores." 
A alternativa D está correta pois entra em conformidade com o fato de que os autores responderão 
solidariamente pela reparação, como dito pelo artigo 942. O artigo 283 mostra-se presente devidamente 
em tal alternativa ao afirmar que, aquele que pagar por inteiro a dívida, poderá exigir de cada um dos 
co-devedores a sua quota. 
As alternativas A, B, C e E estão incorretas, consequentemente. 
36. (FCC / TRT - 15ª REGIÃO – 2015) O motorista de um supermercado, dirigindo veículo da 
empresa e no horário de trabalho, envolveu-se em acidente, do qual resultou a morte de 
ocupante de outro veículo, mas foi absolvido na ação penal por insuficiência de prova. Sua 
culpa, entretanto, assim como os demais requisitos para a responsabilização civil, foram 
provados em ação indenizatória movida pelo cônjuge e filhos da vítima contra aquele 
motorista e seu empregador. Neste caso, 
a) O motorista e seu empregador serão solidariamente responsáveis pela indenização. 
b) Somente o empregador será responsável pela indenização, porque o empregado foi absolvido no 
juízo criminal.c) Somente o motorista será responsável pela indenização, se o seu empregador provar que diligenciou 
na escolha do preposto e o vigiou, mas ambos serão solidariamente responsáveis se essa prova não for 
realizada. 
d) O motorista e seu empregador serão conjuntamente responsáveis pela indenização, sendo 
subsidiária a responsabilidade do empregador. 
e) Não haverá obrigação de indenizar, porque a sentença penal absolutória eliminou a responsabilidade 
civil. 
Comentários 
A alternativa A está correta, pois entra em concordância com os artigos 942 e 932, inciso III, que 
afirmarão: 
"Art. 942. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas 
designadas no art. 932. 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho 
que lhes competir, ou em razão dele;". 
Temos ainda o informativo 517 do STJ, que trará "A norma do art. 935 do Código Civil consagra a 
independência relativa das jurisdições cível e criminal (independência das instâncias). Somente na 
hipótese de a sentença penal absolutória fundamentar-se na inexistência do fato ou na negativa de 
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autoria está impedida a discussão no juízo cível. A decisão fundamentada na falta de provas aptas a 
ensejar a condenação criminal não restringe o exame da questão na esfera cível." 
Para a sentença criminal produzir efeitos no âmbito civil, também é necessário que ela já tenha 
transitado em julgado. 
A alternativa B está incorreta, devido a afirmação de que ambos são solidariamente responsáveis, 
presente no artigo 942 do Código Civil. 
A alternativa C está incorreta, pois, conforme o artigo 932 do Código Civil, o empregador irá responder 
solidariamente ao motorista empregado. 
A alternativa D está incorreta, com base no artigo 927 que trará que: 
"Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para 
os direitos de outrem", assim sendo a responsabilidade do empregador objetiva, independentemente 
de culpa como dito no supracitado artigo. Complementa-se, ainda, com o artigo 927 do Código Civil. 
A alternativa E está incorreta pois não está em conformidade com o artigo 927, que determina a 
obrigação de indenizar. 
37. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2015) Caminhão da Transportadora Ribeirão, conduzido por seu 
empregado Lúcio, abalroou veículo pertencente a Paulo, que ajuizou ação pugnando pela 
condenação da empresa. Esta será responsabilizada de maneira 
a) Subjetiva, se provado que Lúcio agiu com culpa. 
b) Objetiva, independentemente de prova de que Lúcio agiu com culpa. 
c) Subjetiva, por culpa presumida, se provado que Lúcio agiu com culpa. 
d) Objetiva, se provado que Lúcio agiu com culpa. 
e) Subjetiva, por culpa presumida, independentemente de prova de que Lúcio agiu com culpa. 
Comentários 
Responsabilidade objetiva é aquela que independe de aferição de culpa, sendo tal responsabilidade 
aplicada no caso apresentado, apesar de a culpa de Lúcio ser levada em conta. O empregador só 
responderá pela conduta de seus empregados no exercício de trabalho que lhes competir. 
A responsabilidade apresentada no caso, além de objetiva, é também indireta, que ocorre quando o 
responsável pela reparação do dano é pessoa distinta da causadora direta da lesão. 
É vital verificar se todos os pressupostos de responsabilidade civil, como se ele agiu com dolo ou culpa, 
se foi caso fortuito ou de força maior, estão presentes na conduta de Lúcio. 
A alternativa D está correta. 
As alternativas A, B, C e E estão incorretas, consequentemente. 
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38. (FCC / TJ-AL – 2015) A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito 
a) Determina indenização material, independentemente de comprovação de prejuízo. 
b) Não acarreta consequência pecuniária, se não houver dano moral. 
c) Rege-se pelo critério subjetivo, só sendo indispensável o dano. 
d) Rege-se pelo critério subjetivo, sendo indispensável o dano apenas quando configurado dolo. 
e) Independe de comprovação de culpa. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta pois indenização material é aquela que decorre do dano material, 
facilmente calculado porque trata dos prejuízos materiais em decorrência de algum prejuízo causado a 
outrem. Portanto, não há como falar de indenização material se não ocorreu prejuízo. 
A alternativa B está incorreta pois contraria o artigo 927, o qual afirma: 
"Aquele que, por ato ilícito (arts 186 e 187) causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo". Este dano 
pode ser dano moral. 
As alternativas C e D estão incorretas, pois aplica-se o critério da responsabilidade objetiva, que 
independe de comprovação de culpa, sendo aquela que advém da prática de um ilícito ou de uma 
violação ao direito de outrem que, para ser provada e questionada em juízo, independe da aferição de 
culpa, ou de gradação de envolvimento, do agente causador do dano. 
A alternativa E está correta, pelo fato que está conforme o Enunciado nº 37 da I Jornada de Direito Civil, 
que traz: "A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa e fundamenta-se 
somente no critério objetivo-finalístico." 
39. (FCC / MPE-PB – 2015) João recebeu a importância de R$ 20.000,00 de sua amiga Joana, a 
título de doação, valor este que era parte de quantia maior que a mesma havia subtraído do 
cofre da residência em que trabalhava como doméstica. Nesse caso, João 
a) Está obrigado à reparação civil, até o limite do que recebeu. 
b) Não está obrigado a devolver o que recebeu, porque foi objeto de doação. 
c) Está obrigado à reparação civil da totalidade da quantia subtraída por Joana. 
d) Está obrigado a reparar a metade do prejuízo causado por Joana 
e) Só está obrigado à reparação civil se sabia da origem ilícita do valor que recebeu. 
Comentários 
Conforme o artigo 932 do Código Civil: 
"Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia." 
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João participou gratuitamente no produto de um crime, devendo, pela força do artigo supracitado do 
Código Civil, devolver a quantia. 
A alternativa A está correta. 
As alternativas B, C, D e E estão incorretas, consequentemente. 
40. (FCC / TCM-RJ – 2015) Joãozinho, de quinze anos de idade, pega o carro de seu pai, Ambrósio, 
sem seu conhecimento, e atropela a vizinha, Dona Candinha, causando-lhe danos materiais e 
estéticos no valor total de R$ 100.000,00. Seu pai não tem patrimônio e é aposentado, 
ganhando um salário mínimo por mês, mas Joãozinho tem depositados R$ 500.000,00, que 
recebera por testamento deixado por seu avô Custódio. Nessas condições, Dona Candinha 
a) Poderá pleitear indenização direta de Joãozinho, que é solidariamente responsável porque agiu sem 
o consentimento de seu pai e possui patrimônio suficiente. 
b) Só poderá responsabilizar Ambrósio pelo ocorrido, por não ter vigiado Joãozinho adequadamente, 
obrigação decorrente do poder familiar, nada podendo contra o menor, absolutamente incapaz. 
c) Poderá pleitear indenização de Joãozinho, após provar-se que Ambrósio não tem patrimônio pessoal 
suficiente, devendo a indenização ser fixada equitativamente e cuidar que não prive do necessário 
Joãozinho ou quem dele dependa. 
d) Poderá pleitear indenização de Joãozinho, após a prova de que Ambrósio não possuipatrimônio 
suficiente, fixando-se essa indenização sem qualquer limite ou restrição patrimonial no tocante a 
Joãozinho ou seu núcleo familiar, salvo se houver bem de família. 
e) Deverá aguardar a maioridade de Joãozinho, quando então poderá propor ação indenizatória contra 
ele e contra Ambrósio, solidariamente; antes disso, só poderá ajuizar a demanda indenizatória contra 
Ambrósio. 
Comentários 
De acordo com o artigo 928 do Código Civil, temos que: 
Em conformidade com o Código Civil, artigo 935, temos que: 
"Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não 
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes." 
Conforme o caso apresentado, os responsáveis por Joãozinho não dispõem de meios suficientes para 
arcar com os prejuízos causados pelo incapaz, sendo que ele possui de tais meios suficientes. De tal 
maneira, portanto, Dona Candinha poderá pleitear indenização à Joãozinho, após ser comprovado que 
Ambrósio não possui patrimônio pessoal suficiente. 
Ainda temos o artigo 944 do Código Civil: 
"Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. 
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz 
reduzir, eqüitativamente, a indenização." 
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Tal artigo estabelecerá o valor da indenização, de forma que seja equivalente ao dano e que não prive 
do necessário Joãozinho ou quem dele dependa. 
A alternativa C está correta. 
As alternativas A, B, D e E estão incorretas, consequentemente. 
41. (FCC / TRT - 3ª REGIÃO – 2015) Saulo foi condenado criminalmente, por decisão transitada 
em julgado, em razão de lesões corporais causadas em Anderson, tendo sido reconhecidos, 
dentre outros elementos, a existência do fato e seu autor. Se Anderson ajuizar ação na esfera 
civil, Saulo 
a) Poderá questionar a existência do fato e sua autoria independentemente de qualquer requisito, tendo 
em vista que a responsabilidade civil é independente da criminal. 
b) Poderá questionar a existência do fato e sua autoria desde que, no juízo cível, apresente provas novas. 
c) Não poderá questionar a existência do fato nem sua autoria. 
d) Poderá questionar apenas a autoria do fato e desde que, no juízo cível, apresente provas novas. 
e) Poderá questionar apenas a existência do fato e desde que, no juízo cível, apresente provas novas. 
Comentários 
Em conformidade com o Código Civil, artigo 935, temos que: 
"Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo 
criminal." 
Assim, há no ordenamento um sistema de independência relativa entre os juízos civil e penal. Fatos 
discutidos perante o juízo penal que tenham relevância para o juízo civil, como a declaração do juízo 
penal sobre sua ocorrência ou não ocorrência devem ser tomadas como premissa imutável e inafastável 
para o julgador civil. 
Por ter sido condenado criminalmente, Saulo não poderá questionar na esfera civil devido à decisão 
penal sobre o caso ter de ser tomada como premissa imutável e inafastável para o juízo civil. 
A alternativa C está correta. 
As alternativas A, B, D e E estão incorretas, consequentemente. 
42. (FCC / TCE-CE – 2015) João é dono de um cão feroz que atacou Maicon quando este passava 
em frente de sua residência. João responderá de maneira 
a) Objetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar culpa exclusiva da vítima ou força maior. 
b) Subjetiva pelos danos causados pelo animal, não se admitindo causa excludente de responsabilização. 
c) Objetiva pelos danos causados pelo animal, não se admitindo causa excludente de responsabilização. 
d) Subjetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar força maior. 
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e) Subjetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar que não agiu com dolo ou culpa. 
Comentários 
Podemos classificar a responsabilidade objetiva como aquela que não é dotada de culpa por parte do 
agente, aquela que advém da prática de um ilícito ou de uma violação ao direito de outrem que, para ser 
provada e questionada em juízo, independe da aferição de culpa, ou de gradação de envolvimento, do 
agente causador do dano, enquanto a responsabilidade subjetiva é caracterizada pela existência de dolo 
ou culpa por parte do agente, que se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este 
resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado 
apenas caso se consume sua responsabilidade. 
No caso apresentado pela questão, a responsabilidade é objetiva, pois o dono do animal não 
intencionava que outrem fosse atacado. 
Ainda temos o artigo 936 do Código Civil, que diz: 
"O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou 
força maior'. Assim, João irá responder objetivamente pelos danos causados à Maicon, exceto se o 
ocorrido for culpa de Maicon ou força maior. 
A alternativa A está correta. 
As alternativas B, C, D e E estão incorretas, consequentemente. 
43. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO – 2015) Victor pediu a Jussara, sua empregada doméstica, que fosse 
ao mercado comprar mantimentos e passasse na lotérica para apostar na mega-sena com os 
seus números da sorte, pois estava acumulada em R$ 30.000.000,00. Após realizar as 
compras, Jussara voltou para casa e, no caminho, encontrou uma amiga e acabou esquecendo 
de fazer a aposta. No dia seguinte, ao chegar ao trabalho, soube que os números sorteados na 
mega-sena foram exatamente aqueles que ela deixou de apostar. Despedida por justa causa, 
Jussara sentiu-se injustiçada e ingressou com uma ação trabalhista. Em contraditório, Victor 
contestou e apresentou reconvenção, pleiteando indenização pela omissão de sua ex-
empregada. O caso trata de 
a) Excludente de responsabilidade civil pelo caso fortuito, uma vez que Jussara encontrou com uma 
amiga ao acaso e viu-se impossibilitada de apostar. 
b) Responsabilidade civil subjetiva, haja vista os danos emergentes produzidos pela conduta de Jussara. 
c) Responsabilidade civil subjetiva, haja vista os lucros cessantes produzidos pela conduta de Jussara. 
d) Responsabilidade civil subjetiva pela perda de uma chance de Victor diante da omissão de Jussara. 
e) Responsabilidade civil objetiva, haja vista a irrelevância jurídica da conduta culposa de Jussara. 
Comentários 
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Para responder essa questão é necessário saber o que é teoria da perda da chance. Esse conceito, 
adotado em responsabilidade civil, considera que aquele que, intencionalmente ou não, retira de outra 
pessoa a oportunidade de um dado benefício, responde por isso. 
Partindo dessa teoria, podemos dar à Jussara responsabilidade subjetiva, a qual se dará quando o 
causador de determinado ato ilícito atingir este resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, 
sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso se consume sua responsabilidade. Assim, de 
tal forma, ao não passar na lotérica, Jussara acabou por prejudicar Victor. 
A alternativa A está incorreta pois, conforme a responsabilidade subjetiva, Jussara não cumpriu suas 
obrigações e deixou de ir à lotérica. 
A alternativa B está incorreta pois não houve prejuízo direto causado à Victor, e sim perda de chance, 
conforme a Teoria da Perda de Chance. 
A alternativa C está incorreta, pois Victor ganhar a megasena era uma ação provável e não certa, assim, 
o lucro cessante advindodessa ação provável não poderá ser fator determinante. 
A alternativa D está correta pois aborda a Teoria da Perda de Uma Chance, explicada acima. 
A alternativa E está incorreta pois a ação de Jussara gera uma responsabilidade subjetiva, onde há 
comprovação de culpa. 
44. (FCC / TCE-CE – 2015) Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do 
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
Esse enunciado aplica-se à responsabilidade 
a) Objetiva, na modalidade de risco atividade, que admite as excludentes de responsabilidade da culpa 
exclusiva da vítima e do caso fortuito ou força maior. 
b) Objetiva, na modalidade de risco criado, que não admite excludentes de responsabilidade, a não ser 
a culpa exclusiva da vítima. 
c) Subjetiva, na modalidade de culpa presumida pela atividade, com excludentes de culpa exclusiva da 
vítima e caso fortuito ou força maior. 
d) Objetiva, na modalidade de risco integral e, portanto, sem excludentes de responsabilidade possíveis. 
e) Objetiva, na modalidade de risco administrativo, que admite somente o caso fortuito ou força maior 
como excludente de responsabilidade. 
Comentários 
Para responder essa questão, é necessário saber as definições de responsabilidade objetiva e subjetiva. 
Responsabilidade objetiva: advém da prática de um ilícito ou de uma violação ao direito de outrem que, 
para ser provada e questionada em juízo, independe da aferição de culpa, ou de gradação de 
envolvimento, do agente causador do dano. 
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Responsabilidade subjetiva: se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado 
em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso 
se consume sua responsabilidade. 
Assim, temos também o artigo 927 do Código Civil, parágrafo único: 
"Se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado em razão do dolo ou da 
culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso se consume sua 
responsabilidade." 
A alternativa A está correta pois, de acordo com o artigo 927, a atividade desempenhada cria risco a 
terceiros. 
A alternativa B está incorreta, pois, nesse caso específico, o agente cria risco. Um exemplo de agente 
que cria risco é o artigo 938 do Código Civil, que diz: 
"Art. 938 - Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que 
dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido." 
A alternativa C está incorreta pois, por definição, o caso em questão se trata de responsabilidade 
objetiva. 
A alternativa D está incorreta, pois, de acordo com o artigo 37, § 6º da Constituição Federal, a 
modalidade de risco administrativo é adotada em casos de responsabilidade do Estado. O artigo diz: 
"Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito 
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa." 
45. (FCC / TJ-RR – 2015) Os menores Joaquim, com dezessete anos e João, com dezesseis anos de 
idade, causaram lesões corporais em um transeunte, quando praticavam esporte violento, 
tendo o pai deles, Manoel, sido condenado a pagar os danos. Nesse caso, Manoel 
a) Só poderá reaver de João, depois que ele atingir a maioridade, metade do que pagou, porque era 
relativamente incapaz quando praticou o ato ilícito. 
b) Não poderá reaver dos filhos o que pagou a título de indenização, mesmo depois de eles atingirem a 
maioridade. 
c) Poderá reaver de ambos o que pagou a título de indenização, mas não incidirá correção monetária, 
nem vencerão juros, até que cada um deles atinja a maioridade. 
d) Não poderá reaver o que pagou a título de indenização, mas esses filhos terão de trazer à colação o 
que o pai despendeu, se houver outro irmão, a fim de se igualarem as legítimas. 
e) Poderá reaver de ambos os filhos o que pagou a título de indenização com correção monetária, mas 
sem acréscimo de juros, mesmo depois que atingirem a maioridade. 
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Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois, conforme o artigo 934 do Código Civil, não poderá reaver o que 
houve pago daquele por quem pagou por ser seu descendente absoluto ou relativamente incapaz. 
A alternativa B está correta, conforme o artigo 934 do Código Civil: 
"Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por 
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz." 
A alternativa C está incorreta, pois, de acordo com o artigo 934, não poderá reaver de ambos o que 
pagou pois são seus descendentes ainda considerados incapazes, perante o Código Civil. 
A alternativa D está incorreta, conforme o artigo 2.010 do Código Civil: 
"Art. 2.010 - Não virão à colação os gastos ordinários do ascendente com o descendente, enquanto 
menor, na sua educação, estudos, sustento, vestuário, tratamento nas enfermidades, enxoval, assim 
como as despesas de casamento, ou as feitas no interesse de sua defesa em processo-crime". 
Assim, não virá à colação os gastos ordinários do ascendente com o descendente (nesse caso, 
respectivamente, o pai com os filhos), enquanto menor, os feitos no interesse de sua defesa em processo-
crime. 
A alternativa E está incorreta, pois fere o artigo 934 do Código Civil, já que ele não pode reaver o que 
pagou na indenização, pelos motivos estabelecidos em tal artigo. 
46. (FCC / TJ-PE – 2015) Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, 
a) Sempre que o juiz, verificando a hipossuficiência da vítima, inverter o ônus da prova. 
b) Apenas quando o dano for ocasionado por agente público ou preposto de empresa concessionária de 
serviço público, no exercício de seu trabalho. 
c) Quando a lei não estabelecer que a hipótese se regula pela responsabilidade civil subjetiva. 
d) Quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco 
para os direitos de outrem. 
e) Somente nos casos especificados em lei. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, conforme diz o artigo 927: 
"Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo". 
A responsabilidade, assim, é subjetiva, por ser independente da culpa, necessitando apenas ter o nexo 
de causalidade. Não depende do juiz inverter ou não o ônus da prova, já que independe da comprovação 
de culpa. 
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A alternativa B está incorreta, ainda conforme o artigo 927, pois não se aplica apenas quando o dano 
for causado por agente público ou concessionária de serviço público, mas para todo aquele que causar 
dano a outrem por ato ilícito. 
A alternativa C está incorreta, devido à obrigação de reparação de dano independente da culpa, quando 
é relativo à responsabilidade objetiva. 
A alternativa D está correta, como é possível observar no artigo 927 e em seu parágrafo único: 
"Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casosespecificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por 
sua natureza, risco para os direitos de outrem." 
A alternativa E está incorreta, ainda conforme o art. 187, pois a responsabilidade objetiva independe 
da comprovação de culpa, apesar da ausência de regulação legal. 
47. (FCC / MANAUSPREV – 2015) Analise as proposições abaixo, a respeito da responsabilidade 
civil: 
I. O médico, em regra, responde civilmente somente se o autor da ação fizer prova de dolo ou 
culpa. 
II. O pai é objetivamente responsável pelos danos decorrentes de culpa do filho menor que 
estiver sob sua autoridade e companhia. 
III. Não se responsabiliza o incapaz se os seus responsáveis tiverem obrigação de fazê-lo e 
dispuserem de meios suficientes para tanto. 
Está correto o que se afirma em 
a) I e III, somente. 
b) III, somente. 
c) I, II e III. 
d) I e II, somente. 
e) II e III, somente. 
Comentários 
O item I está correto, pois a responsabilidade civil do médico mediante à ocorrência de um dano 
atribuído à sua profissão segue as regras da responsabilidade civil subjetiva. Para embasar isto, temos 
o artigo 951: 
"Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele 
que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte 
do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho." 
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O item II está correto, seguindo os artigos 932 e 933 do Código Civil, os pais são responsáveis por seus 
filhos incapazes, assim como por seus atos. Os artigos citados são; 
"Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; 
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua 
parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos." 
O item III está correto, pois está em conformidade com o artigo 928 do Código Civil, o qual traz que: 
"Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não 
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes." 
A alternativa C está correta. 
As alternativas A, B, D e E estão incorretas, consequentemente. 
48. (FCC / TRE-RR – 2015) Durante as eleições para Governador do Estado realizadas no ano de 
2014, Simone, de 16 anos de idade, pegou escondido da família o carro de seu pai, João, para 
fazer propaganda com seus amigos de seu candidato preferido. Durante o percurso, Simone 
atropelou uma família matando um homem de cinquenta anos de idade ao invadir uma loja 
de alimentos. Neste caso, de acordo com o Código Civil brasileiro, João 
a) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone o valor total 
que pagar pelo ressarcimento do dano causado. 
b) Não responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha uma vez que ela é relativamente 
incapaz. 
c) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha mas não poderá reaver de Simone o que 
pagar pelo ressarcimento do dano causado. 
d) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone somente 50% 
do valor total que pagar pelo ressarcimento do dano causado. 
e) Só responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha se esta não possuir patrimônio pessoal. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois, conforme o artigo 934 do Código Civil: 
"Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por 
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz." 
Assim, ele não poderá reaver de sua filha pois ela é sua descendente, conforme a lei reputa que não 
poderá cobrar o valor de que pagar pelo ressarcimento do dano causado de descendente, absoluta ou 
relativamente incapaz. 
A alternativa B está incorreta, conforme o artigo 934 do Código Civil. 
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A alternativa C está correta, em conformidade com os artigos 932 e 934 do Código Civil: 
"Art. 932 - São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;" 
"Art. 934 - Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por 
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.". 
Ele responderá subsidiariamente por sua filha. 
A alternativa D está incorreta, conforme o artigo 934 do Código Civil, assim, não podendo reaver de 
Simone o valor que gastou para pagar pelo ressarcimento do dano causado pois ela é sua descendente. 
A alternativa E está incorreta, pois, conforme o artigo 932 do Código Civil, João é responsável pelos 
atos de Simone enquanto ela ainda for relativamente incapaz e deverá arcar com o ressarcimento dos 
danos causados, independente da condição patrimonial de Simone. 
49. (FCC / SEFAZ-PE – 2015) O titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social 
a) Comete ato ilícito, consubstanciado em abuso do direito, sujeitando-se à responsabilidade civil. 
b) Não comete ato ilícito, mas, apenas, viola regra moral, sem consequências jurídicas. 
c) Não comete ato ilícito, mas se sujeita à responsabilidade civil de natureza objetiva. 
d) Comete ato ilícito, sujeitando-se a sanções administrativas, mas não à responsabilidade civil. 
e) Comete abuso do direito, que a lei não reputa ato ilícito para fins indenizatórios. 
Comentários 
A alternativa A está correta de acordo com o artigo 187 do Código Civil, o qual diz que: 
"Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente 
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes." 
Também é necessário citar o artigo 927 do Código Civil, que estabelece: 
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo." 
Complementando tais artigos, o enunciado 37 da I Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de 
Justiça irá trazer que: 
"Art. 187. A responsabilidade civil decorrente do abuso de direito independe de culpa, e fundamenta-se 
somente no critério objetivo-finalístico." 
A alternativa B está incorreta, pois está em desacordo com os artigos 187 e 927 do Código Civil. No 
caso é cometido o ato ilícito e terá as consequências jurídicas por isso, não violando apenas a regra 
moral. 
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A alternativa C está incorreta, devido ao art. 187 do CC e o Enunciado 37 da I Jornada de Direito Civil 
do Conselho Nacional de Justiça. Sujeita-se à responsabilidade civil objetiva, pois independe de culpa a 
responsabilidade civil proveniente do abuso de direito, todavia, comete ato ilícito. 
A alternativa D está incorreta, uma vez que aquele que comete o ato ilícito que provém do abuso de 
direito está sujeito à responsabilidade civil, mesmo que essa seja livre de culpa. 
A alternativa E está incorreta, conforme diz o artigo 927 do Código Civil: 
"aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo", assim, 
reputando o ato ilícito para fins indenizatórios. 
50. (FCC / SEFAZ-PE – 2015) José propôs, contra João, ação de indenização, alegando danos 
morais por este tê-lo caluniado. José e João morreram no curso do processo. Nesse caso, 
a) O processo terá de ser extinto, porque o direito e aobrigação que se discutem são intransmissíveis. 
b) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança. 
c) Extingue-se o direito à indenização se o autor morrer primeiro, porque a ação é personalíssima. 
d) Extingue-se o direito à indenização se o réu morreu primeiro, porque a pena não pode passar da 
pessoa do ofensor. 
e) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmitem com as respectivas 
heranças, exceto se ocorrer comoriência. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, devido ao artigo 943 do Código Civil, o qual traz que: 
"Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança." 
A alternativa B está correta, devido sua literalidade com o artigo 943 do Código Civil. 
A alternativa C está incorreta, pois o artigo 943 assegura que o direito à indenização não se extingue, e 
sim pode ser transmitido com a herança. 
A alternativa D está incorreta, pois, conforme, o artigo 943, não se extingue o direito à indenização, e 
sim transmite-se com a herança. 
A alternativa E está incorreta, pois o artigo 943 traz "o direito de exigir reparação e a obrigação de 
prestá-la transmitem-se com as respectivas heranças". 
51. (FCC / TCM-GO – 2015) No direito brasileiro, a responsabilidade civil é 
a) tanto subjetiva como objetiva, nesse último caso enquadrando-se a responsabilidade do profissional 
liberal e dos fornecedores de produtos e serviços. 
b) sempre subjetiva, com a necessidade de comprovação de imprudência, negligência ou imperícia, além 
do nexo causal e dano. 
c) objetiva, em regra, na modalidade de risco atividade, configurando-se independentemente de culpa. 
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d) subjetiva, em regra, implicando a necessidade de prova da ação ou omissão voluntária, nexo causal, 
culpa e dano. 
e) é sempre objetiva, na modalidade de risco criado ou risco atividade, sem necessidade de 
demonstração de imprudência, negligência ou imperícia. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois a responsabilidade subjetiva é aquela que se dá quando o causador 
do ato ilícito atingir tal resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a 
indenizar do dano causado apenas se sua responsabilidade se consumar. A responsabilidade civil dos 
profissionais liberais é apurada mediante a verificação de culpa, logo, caracterizam responsabilidade 
subjetiva. 
A alternativa B está incorreta, pois não será sempre subjetiva e, se for subjetiva, necessitará da 
comprovação de prova da ação ou omissão voluntária, nexo causal, culpa e dano. 
A alternativa C está incorreta, pois a responsabilidade objetiva, que é aquela que independe da aferição 
de culpa, será sempre a utilizada na modalidade de risco. 
A alternativa D está correta, pois, de acordo com o artigo 186 "aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito". Ato ilícito é o ato de vontade de um agente contrário à ordem jurídica que 
viola o direito subjetivo de um terceiro causando-lhe um dano. Sempre que o agente causar um dano 
ilícito a alguém, deverá indenizar esse dano. Com este artigo, o Código Civil adota a Teoria da 
Responsabilidade Subjetiva. 
A alternativa E está incorreta, devido ao artigo 927 do Código Civil, o qual dirá: 
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por 
sua natureza, risco para os direitos de outrem." 
52. (FCC / TJ-AP – 2014) Caio, menor impúbere, sob autoridade e companhia de Roberto, foi 
atingido por um veículo desgovernado enquanto andava de bicicleta. Com o impacto, foi 
lançado sobre um ponto de ônibus, atingindo Maria, que sofreu lesões corporais. Caio 
sobreviveu ao acidente. Em razão dos danos que experimentou, Maria ajuizou ação contra 
Roberto, que no caso concreto 
a) possui responsabilidade objetiva, porque Caio estava sob sua autoridade e companhia. 
b) não possui responsabilidade, pois Caio não praticou o ato causador de dano. 
c) possui responsabilidade subjetiva, havendo presunção de culpa de Roberto porque Caio estava sob 
sua autoridade e companhia. 
d) somente possuirá responsabilidade se os bens de Caio forem insuficientes para compensar Maria. 
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e) possui responsabilidade subjetiva, cabendo a Maria provar culpa de Roberto pela falha na vigilância 
de Caio. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois Caio não cometeu o ato ilícito, apenas foi instrumento, assim, não 
podendo ser responsabilizado e, consequentemente, não responsabilizando Roberto. 
A alternativa B está correta, pois Caio foi mero instrumento do ato ilícito, não o causador do ato ilícito. 
Corresponde à Teoria do Corpo Neutro, a qual geralmente é a situação na qual o agente físico do dano, 
atingido, sem atuação voluntária, viola direito de terceiro inocente, conforme dito pelo professor Pablo 
Stolze. No caso apresentado, Caio foi intermédio entre o causador do ato e o resultado, portanto, não 
possuindo responsabilidade. 
A alternativa C está incorreta, pois Caio não cometeu o ato ilícito e, consequentemente, Roberto não 
poderá ser responsabilizado. 
A alternativa D está incorreta já que, novamente, Caio não cometeu o ato ilícito, assim, não possuindo 
responsabilidade. 
A alternativa E está incorreta assim como as anteriores, já que não é possível culpar Roberto, devido 
ao fato de Caio ter sido o meio de um ato ilícito, e não o autor de um. 
53. (FCC / TCE-GO – 2014) Os danos causados culposamente a terceiros por um menor 
absolutamente incapaz foram ressarcidos por seu pai, João; por um menor relativamente 
incapaz foram ressarcidos por seu pai, José; por outro menor relativamente incapaz foram 
ressarcidos por seu avô, Petrus; por um maior capaz foram ressarcidos pelo seu empregador, 
Lucius; por um menor relativamente incapaz, foram, ressarcidos por sua irmã, Anne. Poderão 
reaver o que foi pago daquele por quem pagou: 
a) Petrus e Anne. 
b) João e José. 
c) Lucius e José 
d) Lucius e Anne. 
e) Petrus, José e Anne. 
Comentários 
Conforme o artigo 934 do Código Civil: 
"Art. 934 - Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por 
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz." 
A alternativa A está incorreta, pois, conforme o artigo 934, Petrus não poderá reaver o que foi pago 
daquele por quem pagou pois pagou pelos danos de descendente seu, descendente este é relativamente 
incapaz. 
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A alternativa B está incorreta, pois os causadores dos danos são descendentes seus. O descendente de 
João é absolutamente capaz, e o de José é relativamente incapaz. 
A alternativa C está incorreta, pois, por ser relativamente incapaz e seu descendente, José não poderá 
reaver o que foi pago daquele por quem pagou, de acordo com o artigo 934. 
A alternativa D está correta, pois os causadores dos danos, em ambos casos, não são descendentes seus. 
A alternativa E está incorreta, pois os causadores dos danos são descendentes de Petrus e José, sendo, 
respectivamente, absoluta e relativamente incapazes. 
54. (FCC / TRT-24ª REGIÃO (MS) – 2011) A respeito do enriquecimento sem causa, considere: 
I. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigadoa restituir o 
indevidamente auferido, pelo valor da data em que ocorreu o enriquecimento. 
II. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, 
se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem da época em que ocorreu o 
enriquecimento. 
III. A restituição do indevidamente auferido será devida quando a causa que justificou o enriquecimento 
deixou de existir. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) III. 
e) II. 
Comentários 
O item I está incorreto, de acordo com o art. 884: “Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de 
outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários”. 
O item II está incorreto, consoante o art. 884, parágrafo único: “Se o enriquecimento tiver por objeto 
coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição 
se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido”. 
O item III está correto, na norma do art. 885: “A restituição é devida, não só quando não tenha havido 
causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir”. 
A alternativa D é a correta, portanto. 
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20 
LISTA DE QUESTÕES 
FCC 
1. (FCC - SANASA Campinas - Analista Administrativo - Serviços Jurídicos- 2019) Caracteriza a 
responsabilidade objetiva a ausência de 
a) ação (comissiva ou omissiva). 
b) apenas o dolo do agente. 
c) nexo de causalidade. 
d) dano. 
e) culpa ou dolo do agente. 
2. (FCC / DPE-SP – 2019) Sobre a responsabilidade civil no direito brasileiro, 
a) o risco do desenvolvimento depende da prova de culpa para gerar direito à indenização. 
b) os filhos incapazes respondem solidariamente com seus pais pelos danos que causaram, desde que 
tenham bens próprios. 
c) a gradação da culpa como critério de equidade de indenização não foi adotada pelo Código Civil. 
d) a culpa contra a legalidade não afasta a necessidade de comprovação de dolo ou culpa do agente 
causador do dano. 
e) a cláusula penal equivale ao mínimo que o credor deverá receber em caso de descumprimento total 
ou parcial do contrato. 
3. (FCC / AFAP – 2019) No tocante à responsabilidade civil, considere: 
I. A indenização mede-se pela extensão do dano, mostrando-se irrelevante eventual 
desproporção entre a gravidade da culpa e o dano sofrido, pois a reparação será fixada de acordo 
com as consequências concretas da conduta do agente ofensor. 
II. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmitem com a herança, por 
serem personalíssimos. 
III. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, 
ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e 
lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do 
trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. 
IV. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a indenização 
consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; 
faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, III e IV. 
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b) I, II e III. 
c) II, III e IV. 
d) I e II. 
e) III e IV. 
4. (FCC/TRF-3 – 2019) Luciano, empregado de XPTO Carretos e Mudanças Ltda., dirigia o 
caminhão da empresa, a fim de realizar a mudança de determinado cliente, quando, por 
imperícia e imprudência, atropelou Renata, que sofreu, por conta do acidente, lesões 
corporais graves. Nesse caso, de acordo com o Código Civil, a empresa XTPO responde: 
a) subsidiariamente a Luciano pelos danos causados a Renata, somente se tiver procedido com culpa in 
eligendo. 
b) subsidiariamente a Luciano pelos danos causados a Renata, independentemente de culpa. 
c) solidariamente com Luciano pelos danos causados a Renata, somente se tiver procedido com culpa 
in eligendo. 
d) solidariamente com Luciano pelos danos causados a Renata, independentemente de culpa. 
e) solidariamente com Luciano pelos danos materiais causados a Renata, mas subsidiariamente a ele 
pelos danos morais, independentemente de culpa em qualquer dos casos. 
5. (FCC / PREFEITURA DE CARUARU-PE – 2018) Segundo o Código Civil, o incapaz 
a) responde solidariamente, de forma direta, com seus responsáveis legais, não tendo qualquer 
atenuação se for relativamente incapaz e não podendo ser privado de meios mínimos de subsistência 
se for absolutamente incapaz, caso em que a indenização será equitativa. 
b) não responde em nenhum caso se for absolutamente incapaz, respondendo subsidiariamente, se for 
relativamente incapaz, em relação a seus responsáveis legais. 
c) responde solidariamente, de forma direta, com seus responsáveis legais, mas não pode ser privado 
de meios de subsistência mínimos, nem seu núcleo familiar. 
d) responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de 
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes; a indenização será equitativa e não pode privar do 
necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
e) não responde em nenhum caso, sendo relativa ou absolutamente incapaz, só tendo lugar indenização 
contra ele se, sendo relativamente incapaz, escondeu dolosamente sua idade, hipótese na qual será 
responsabilizado solidária e diretamente com seus responsáveis legais. 
6. (FCC / TRT - 15ª REGIÃO – 2018) Rogério, de 14 anos, briga na escola com Filipe, da mesma 
idade, e lhe quebra o braço, causando-lhe prejuízo de R$ 2.000,00 nas despesas médicas e de 
hospital. Fica provado que Filipe não deu causa à briga, razão pela qual seu pai, 
representando-o, quer receber o valor dos danos. Nessas circunstâncias, Rogério, 
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a) ainda que devidamente representado, não responderá pelo prejuízo, porque o fato envolveu duas 
pessoas absolutamente incapazes, sem discernimento para entenderem o caráter ilícito de sua conduta, 
equiparando-se o evento a caso fortuito ou força maior. 
b) por ser absolutamente incapaz, não responderá em nenhuma hipótese pelo prejuízo causado, o que 
se restringe a pessoas maiores ou relativamente incapazes, caso em que haverá solidariedade com seus 
responsáveis legais. 
c) apesar de absolutamente incapaz, responde exclusiva e diretamente pelo prejuízo causado, por se 
tratar de conduta dolosa e não culposa, sendo irrelevante a condição financeira de seus responsáveis 
legais; no entanto, não pode ser privado de meios suficientes à sua subsistência. 
d) apesar de absolutamente incapaz, responderá pelo prejuízo que causou, se as pessoas que respondem 
por ele não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes; nesse caso, a 
indenização deverá ser equitativa e não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que 
dele dependam. 
e) em qualquer hipótese, responderá pelo prejuízo se seus responsáveis legais não tiverem meios para 
indenizar a vítima, sem limitação quanto à extensão da indenização pela natureza ilícita de sua conduta. 
7. (FCC / SEAD-AP – 2018) João, desempregado, pediu a seu cunhado Pedro, a título de 
empréstimo, a quantia de R$ 2.000,00, para pagar débitos condominiais referentes ao 
apartamento em que morava com sua esposa. Em razão do destino que João disse que daria 
ao numerário, Pedro concedeu-lhe o empréstimo. João, contudo,acabou por empregá-lo na 
compra de um automóvel, atitude que gerou a indignação de Pedro. Dias antes do vencimento 
ajustado, João pagou a dívida de R$ 2.000,00 a Pedro, tendo deste recebido a devida quitação. 
Pedro, apesar do pagamento, veio a ajuizar, em face de João, sob o fundamento de que aquele 
empréstimo não havia sido pago, uma ação de cobrança. Antes, porém, que se realizasse a 
citação de João, Pedro arrependeu-se e desistiu da ação. Diante dessa situação, por ter Pedro 
a) ajuizado a ação, deverá ser condenado a pagar a João o dobro do que havia buscado dele cobrar. 
b) desistido da ação, não poderá ser obrigado a pagar a João o dobro do que havia buscado dele cobrar, 
ressalvado a este o direito de obter daquele indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido. 
c) ajuizado a ação, deverá ser condenado a pagar a João o equivalente ao que dele havia buscado cobrar. 
d) ajuizado a ação, deverá ser condenado a pagar a João metade do que dele havia buscado cobrar. 
e) ajuizado a ação, deverá ser condenado a pagar a João o equivalente ao que dele havia buscado cobrar, 
além de indenização por dano moral. 
8. (FCC / TRT - 6ª Região – 2018) Considere as afirmações a seguir, que concernem à 
responsabilidade civil. 
I. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas 
respondem, apenas mediante aferição de culpa, pelos danos causados pelos produtos postos em 
circulação. 
II. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por 
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente 
incapaz. 
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III. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da 
vítima, força maior, conduta de terceiro ou que tomou todas as medidas cabíveis para evitar o 
dano. 
IV. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o 
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros 
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. 
V. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias 
recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, 
o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver 
prescrição. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II, III e V. 
b) II, IV e V. 
c) I, III, IV e V. 
d) II, III e IV. 
e) I, III e V. 
9. (FCC / TRT - 6ª REGIÃO – 2018) Em relação à responsabilidade civil, considere as afirmações 
a seguir. 
I. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação 
do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão subsidiariamente pela 
reparação. 
II. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o 
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros 
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. 
III. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre 
a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas 
no juízo criminal. 
IV. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por 
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente 
incapaz. 
V. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou parcialmente, sem ressalvar as quantias 
do que for devido, ficará no primeiro caso obrigado a devolver o equivalente do que exigiu do 
devedor e, no segundo caso, a pagar-lhe o dobro do que foi cobrado, em qualquer circunstância. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
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a) II, III e IV. 
b) I, III e V. 
c) I e II. 
d) III e V. 
e) II, IV e V. 
10. (FCC / DPE-AM – 2018) Em relação à responsabilidade civil prevista no Código Civil, é correto 
afirmar: 
a) Todas as situações de fato previstas podem implicar responsabilidade subjetiva ou objetiva, 
dependendo das circunstâncias a serem examinadas; a indenização mede-se sempre pela extensão do 
dano, somente. 
b) Em regra, a responsabilidade é objetiva e a indenização mede-se pela gravidade da culpa; as 
atividades de risco conduzem à responsabilidade objetiva integral. 
c) Em regra, a responsabilidade é subjetiva e a indenização mede-se pela extensão do dano; no entanto, 
haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para 
os direitos de outrem. 
d) Todas as situações de fato previstas no Código Civil dependem da caracterização de culpa ou dolo, 
presumindo-se a culpa quando a responsabilidade se der pelo risco atividade; a indenização será 
material ou moral e mede-se pelas consequências causadas à vítima. 
e) A reparação do dano material dependerá sempre de apuração de culpa, enquanto a reparação do 
dano moral dar-se-á pelo só fato da coisa; a indenização mede-se pela extensão do dano material ou 
pela gravidade da conduta do ofensor na apuração do dano moral. 
11. (FCC / DPE-MA – 2018) Joaquim, desempregado e sem atividade remunerada, foi aprovado 
nas etapas preliminares de concurso público e, como requisito para a posse, precisava passar 
por avaliação médica de caráter eliminatório. Entretanto, quando estava indo até o local da 
perícia, foi atropelado e hospitalizado, perdendo o prazo para a realização dos exames. Por 
esse motivo, foi eliminado do certame. Diante desta situação, Joaquim faz jus 
a) somente aos danos morais, mas não há falar-se em danos materiais, uma vez que estava 
desempregado e sem atividade remunerada, de modo que não há falar-se em lucros cessantes. 
b) aos danos morais e materiais decorrentes do acidente, inclusive à integralidade dos vencimentos a 
que faria jus se tivesse sido investido no cargo. 
c) aos danos morais e materiais decorrentes do acidente, mas a possibilidade de aprovação no certame 
não deve ser valorada na quantificação dos danos, por se tratar de mera expectativa de direito. 
d) somente aos danos materiais, mas não há falar-se em danos morais à espécie, por se tratar de mero 
aborrecimento da vida em sociedade. 
e) aos danos morais e materiais decorrentes do acidente, inclusive a uma indenização proporcional à 
perda da chance de tomar posse no cargo. 
12. (FCC / ALESE – 2018) Thaísa é dona de cão feroz que atacou e feriu Thiago. Thaísa 
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a) somente indenizará Thiago se este comprovar que Thaísa agiu com dolo, provocando o ataque com 
manifesta intenção de causar lesão. 
b) somente indenizará Thiago se este comprovar que Thaísa agiu com negligência ou imprudência na 
guarda do animal. 
c) será obrigada a indenizar Thiago ainda que se prove que tenha havido culpa exclusiva da vítima ou 
força maior. 
d) deverá ressarcir o dano causado pelo animal, a menos que prove culpa exclusiva de Thiago ou motivo 
de força maior. 
e) responderá subjetivamente pelo dano, não podendo alegar causa excludente do nexo de causalidade. 
13. (FCC / MPE-PB – 2018) Aquele que ressarciu o dano causado por outrem pode reaver o que 
houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for 
a) seu cônjuge. 
b) descendente seu, absolutamente incapaz.c) descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. 
d) seu descendente incapaz ou ascendente. 
e) seu tutelado, curatelado ou sujeito a seu poder familiar. 
14. (FCC / SEFAZ-GO – 2018) Considere os enunciados seguintes, relativos à responsabilidade 
civil: 
I. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em 
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem. 
II. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas 
respondem, desde que apurada sua culpa, pelos danos causados pelos produtos postos em 
circulação. 
III. Os pais são responsáveis objetivamente pelos atos dos filhos menores que estiverem sob sua 
autoridade e em sua companhia, independentemente de culpa da conduta desses filhos menores. 
IV. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da 
vítima ou força maior. 
V. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele 
caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, IV e V. 
b) I, II, III e IV. 
c) II, IV e V. 
d) I, II e III. 
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e) II, III, IV e V. 
15. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) O sistema da responsabilidade 
civil extracontratual, no Código Civil, 
a) isenta da obrigação de reparar o dano quem tenha agido com culpa leve, a fim de evitar ofensa aos 
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 
b) admite que o incapaz responda pelos prejuízos que causar, direta e solidariamente com seus 
representantes legais, só não podendo a reparação deixar o incapaz sem meios próprios de subsistência. 
c) mantém a obrigação de reparar o dano, como regra, mediante apuração de culpa, mas admite a 
reparação, independentemente de sua aferição, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade 
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de 
outrem. 
d) determina que a responsabilidade civil não se confunde com a criminal, sem qualquer influência do 
que se decida no juízo criminal ao juízo cível, em nenhuma hipótese. 
e) exclui a figura da culpa concorrente, importando apenas aquele que tenha dado causa inicial, 
determinante, à ofensa, a quem caberá a responsabilização integral pela reparação do dano causado. 
16. (FCC / DPE-AP – 2018) Sobre responsabilidade civil, considere as assertivas a seguir: 
I. O incapaz que venha a causar dano tem responsabilidade subsidiária e condicional para a 
reparação. 
II. A atualização monetária do valor da indenização por danos materiais deve incidir a partir da 
data do ajuizamento da ação. 
III. A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral, independentemente de 
prova do prejuízo sofrido pela vítima. 
IV. O sujeito que, em estado de necessidade, causa prejuízo a terceiro, é isento de 
responsabilidade pelo dano, em virtude da excludente de ilicitude. 
Diante da legislação em vigor e do entendimento predominante no Superior Tribunal de Justiça, 
está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e IV. 
b) I e IV. 
c) I, II e III. 
d) I e III. 
e) III e IV. 
17. (FCC / DPE-AM – 2018) Gabriel manobra seu carro em ré e, por breve e leve distração, encosta 
o veículo em Dona Olímpia, de setenta anos de idade, que se desequilibra, cai e morre ao bater 
a cabeça no meio-fio. Já Rafael dirige um Porsche a 120 km por hora na zona urbana, 
desrespeita faixa de pedestres e atropela a jovem Renata, de vinte anos, matando-a. 
Examinando ambos os casos, as consequências jurídicas 
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a) serão diferentes, não em razão do grau diverso de culpa dos motoristas ofensores, mas porque uma 
das vítimas era maior de sessenta anos e, como idosa, sua família receberá valor mais vultoso, pela 
proteção integral devida ao idoso. 
b) serão as mesmas, pois é indiferente o grau de culpa dos agentes se a extensão do dano é a mesma, em 
ambos os casos tendo ocorrido a morte das vítimas. 
c) poderão ser diferentes, uma vez que, embora a indenização se meça pela extensão do dano, que é o 
mesmo, se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, o Defensor poderá 
pleitear a redução equitativamente a indenização cabível. 
d) serão as mesmas pela natureza e circunstâncias dos fatos, ambos envolvendo a direção de veículos 
automotores, o que implica iguais indenizações. 
e) serão diferentes porque uma das vítimas tinha somente vinte anos de idade e, portanto, expectativa 
de maior tempo futuro de vida, o que implica indenização mais vultosa à sua família, pelos lucros 
cessantes e danos morais de maior intensidade, mas a gravidade da culpa é absolutamente irrelevante 
para a fixação da indenização. 
18. (FCC / DPE-AM – 2018) Quanto ao dano moral, considere: 
I. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
II. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do evento 
danoso. 
III. Não caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
IV. O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula 
expressa de exclusão. 
Corresponde a entendimentos sumulados pelo Superior Tribunal de Justiça o que se afirma 
APENAS em 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e IV. 
e) I e II. 
19. (FCC - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte III - Direito- 2017) Suponha que 
determinada sociedade empresária, que atua no setor de transporte e logística, tenha sido 
acionada judicialmente por uma pessoa vítima de acidente ocorrido em uma rodovia e que 
envolveu um dos caminhões de propriedade da empresa, que estava levando uma carga 
perecível para seu destino final. Na referida ação judicial, a vítima pleiteia indenização pelos 
danos sofridos em razão do acidente, no qual restou comprovada a culpa exclusiva do 
motorista do caminhão. A empresa, por seu turno, refutou a responsabilidade pelos danos, 
alegando que adotou todas as cautelas para a contratação do motorista, que detinha 
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habilitação para dirigir veículo daquela categoria e comprovada experiência. De acordo com 
as disposições legais aplicáveis, os argumentos apresentados pela empresa 
a) são descabidos, eis que aplicável a responsabilidade objetiva, que prescinde de comprovação de 
culpa. 
b) devem ser considerados para fins de identificação da culpa in eligendo. 
c) são procedentes, eis que a empresa não responde por ato de seus empregados ou prepostos. 
d) somente poderão ser aceitos se comprovada causa excludente de ilicitude. 
e) somente seriam aplicáveis se a discussão envolvesse responsabilidade contratual. 
20. (FCC / TRT - 21ª REGIÃO – 2017) Em ação penal promovida pelo Ministério Público, Paulo foi 
definitivamente condenado à pena de um mês de detenção pela prática de crime de dano, por 
ter dolosamente destruído aparelho celular pertencente a Regina. Em seguida, Regina 
ajuizou contra Paulo ação de indenização por perdas e danos por conta desse mesmo fato. 
Nessa ação, de acordo com o Código Civil, 
a) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato, mas será admitida a contestação sobre a 
sua autoria, pois a responsabilidade civil é independente da criminal. 
b) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato nem sobre a sua autoria, pois a 
responsabilidade civil é dependente e subordinadaà criminal. 
c) poderá se questionar tanto sobre a existência do fato quanto sobre sua autoria, pois a 
responsabilidade civil é independente da criminal. 
d) não se poderá mais questionar sobre a existência do fato nem sobre sua autoria, em que pese a 
responsabilidade civil seja independente da criminal. 
e) poderá se questionar tanto sobre a existência do fato quanto sobre sua autoria, em que pese a 
responsabilidade civil seja dependente e subordinada à criminal. 
21. (FCC / PROCON-MA – 2017) Sobre a responsabilidade civil, segundo o Código Civil brasileiro, 
é correto afirmar: 
a) Exige sempre que a culpa do ofensor seja provada, mesmo nos casos de responsabilidade objetiva 
por atos perigosos à coletividade. 
b) Nunca atinge o incapaz, mas somente seu representante legal ou judicial, por não ter o incapaz 
discernimento quanto à prática dos atos da vida civil. 
c) Os empresários individuais e as empresas respondem, apenas se provada sua culpa, pelos danos 
causados pelos produtos postos em circulação no mercado consumidor. 
d) Pode dar-se objetivamente, isto é, independentemente de culpa do ofensor, por exemplo quando a 
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem. 
e) O direito de exigir reparação pelos danos causados e a obrigação de ressarci-los nunca se transmitem 
com a herança, pois são personalíssimos. 
22. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2017) Um empregado de João causou culposamente o 
atropelamento de um pedestre, causando-lhe ferimentos. Luiza esqueceu a panela no fogo e 
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causou incêndio na casa de sua empregadora. O filho menor de Pedro, que estava sob sua 
autoridade e em sua companhia, arremessou um objeto contra outro menor, ferindo-o. A 
responsabilidade de João, de Luiza e de Pedro pela reparação civil é 
a) objetiva. 
b) subjetiva, objetiva e objetiva, respectivamente. 
c) objetiva, objetiva e subjetiva, respectivamente. 
d) objetiva, subjetiva e objetiva, respectivamente. 
e) subjetiva. 
23. (FCC / TRT - 20ª REGIÃO – 2016) Gabriel, pessoa menor de 16 anos, lançou pedras no veículo 
de Rogério, causando-lhe danos materiais. No momento do ato ilícito, Gabriel estava sob a 
autoridade e companhia de seu pai, Arnaldo. Rogério ajuizou ação contra Arnaldo, que 
a) Responde objetivamente pelo ato de Gabriel e não tem direito de regresso contra o filho, que é pessoa 
absolutamente incapaz. 
b) Responde subjetivamente pelo ato de Gabriel e tem direito de regresso contra o filho, que é pessoa 
relativamente incapaz. 
c) Não responde pelo ato de Gabriel, tendo em vista que a responsabilidade civil é pessoal e 
intransferível. 
d) Responde objetivamente pelo ato de Gabriel e tem direito de regresso contra o filho, que deverá 
ressarci-lo quando atingir a maioridade civil. 
e) Responde subjetivamente pelo ato de Gabriel e não tem direito de regresso contra o filho, que é 
pessoa absolutamente incapaz. 
24. (FCC / SEGEP-MA – 2016) Considere as proposições abaixo, sobre a exclusão da 
responsabilidade civil: 
I. A responsabilidade civil do Estado por atos comissivos de seus agentes não admite causa de 
exclusão. 
II. A culpa exclusiva da vítima afasta o elemento culpa, porém não o nexo de causalidade e a 
obrigação de indenizar. 
III. O caso fortuito e a força maior nem sempre excluem a responsabilidade pelo dano. 
IV. Não constitui ilícito, e por isto não enseja a responsabilização civil, o exercício de direito 
reconhecido, ainda que exercido de maneira antifinalística, excedendo manifestamente os 
limites impostos por seu fim e econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) III. 
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e) I, III e IV. 
25. (FCC / PREFEITURA DE TERESINA-PI – 2016) A respeito da responsabilidade civil, é correto 
afirmar: 
a) Caso o ato ilícito seja causado por agente incapaz, este poderá responder com o seu próprio 
patrimônio pelos danos que causou, de forma subsidiária em relação aos seus pais, tutores ou curadores. 
b) O dano moral tem natureza personalíssima, de modo que a legitimidade para pleitear a sua reparação 
é exclusivamente daquele diretamente ofendido pelo ato ilícito, vedado no ordenamento jurídico 
brasileiro o dano moral por ricochete. 
c) A jurisprudência predominante no Superior Tribunal de Justiça sustenta que a quebra de um contrato 
gera dano moral presumido (in re ipsa). 
d) Na responsabilidade civil subjetiva, o valor da indenização deve se medir pela extensão do dano 
causado, de modo que é irrelevante o grau de culpa para fins de fixação do montante da indenização. 
e) O caso fortuito e a força maior são excludentes da responsabilidade civil subjetiva, pois afastam a 
culpa genérica (lato sensu) e, assim, não se aplicam às hipóteses em que a lei impõe a responsabilidade 
civil objetiva. 
26. (FCC / PREFEITURA DE TERESINA-PI – 2016) A respeito da responsabilidade civil, considere: 
I. Não são cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
II. A desproporção excessiva entre a gravidade da culpa e o dano permite ao juiz reduzir 
equitativamente a indenização. 
III. A responsabilidade decorrente de abuso de direito é objetiva. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I e III. 
d) I. 
e) II. 
27. (FCC / PGE-MT – 2016) Marcelo exerce, com habitualidade, atividade que, por sua natureza, 
implica risco para os direitos de outrem. Se desta atividade advier dano, Marcelo responderá 
de maneira 
a) Subjetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se exigindo, em regra, a 
existência de nexo de causalidade. 
b) Subjetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e culpa. 
c) Objetiva, não sendo necessária, em regra, a comprovação dos elementos culpa ou nexo de causalidade. 
d) Objetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se exigindo, em regra, a 
existência de nexo de causalidade. 
e) Objetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e culpa. 
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28. (FCC / PREFEITURA DE SÃO LUIZ-MA – 2016) No que concerne à responsabilidade civil, 
a) O enriquecimento sem justa causa confunde-se com o enriquecimento ilícito. 
b) O sistema civil em vigor não contempla hipóteses de responsabilidade objetiva, somente subjetiva. 
c) A caracterização do caso fortuito ou da força maior no âmbito civil é a mesma para as relações de 
consumo. 
d) O dano moral abrange a indenização pelo mero desgosto ou frustração. 
e) O Código Civil de 2002 adotou a gradação da culpa como critério de redução da indenização. 
29. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2016) Marcelo praticou crime de roubo contra um supermercado, 
subtraindo R$ 10.000,00, dos quais doou R$ 2.000,00 a seu irmão José. Descoberta a autoria 
do crime, bem como a ocorrência da doação, o supermercado ajuizou ação de indenização 
contra Marcelo e contra José, visando à reparação do dano. José 
a) Responderá apenas se comprovada culpa, até a quantia de R$ 2.000,00. 
b) Responderá, de maneira objetiva, até a quantia de R$ 2.000,00. 
c) Responderá, de maneira objetiva, até a quantia de R$ 10.000,00. 
d) Não responderá por nenhuma quantia, ainda que proveniente de ilícito. 
e) Responderá, apenas se comprovada culpa, até a quantia de R$ 10.000,00. 
30. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2016) João e Rodrigo entraram em lutacorporal depois de uma 
discussão no trânsito. Sem que Rodrigo pudesse se defender, João desferiu-lhe socos e 
pontapés, causando lesões corporais. Muito machucado, Rodrigo representou pela 
persecução criminal e ajuizou ação de indenização. A responsabilidade civil 
a) Independe da criminal, podendo ser rediscutida no juízo civil qualquer questão já decidida no juízo 
criminal. 
b) Independe da criminal, mas, se João for absolvido, na ação penal, por falta de provas, Rodrigo não 
poderá pleitear indenização na esfera civil. 
c) Depende da criminal, devendo o juiz extinguir a ação de indenização, sem resolução de mérito, se 
ainda não tiver havido trânsito em julgado da decisão proferida na ação penal. 
d) Depende da criminal, devendo sempre o juiz suspender a ação de indenização até o julgamento 
definitivo da ação penal. 
e) Independe da criminal, mas, se a existência do fato for decidida, em definitivo, no juízo criminal, não 
poderá ser discutida novamente no juízo civil. 
31. (FCC / PREF. DE CAMPINAS – 2016) Marcel abalroou o veículo de Henrique, que sofreu danos 
materiais. Visando à reparação do dano, Henrique acionou direta e exclusivamente a 
seguradora de Marcel. De acordo com o Código Civil e com jurisprudência consolidada do 
Superior Tribunal de Justiça, 
a) Não pode Henrique acionar direta e exclusivamente a seguradora. 
b) O Juiz deverá, de ofício, incluir no polo passivo da ação a pessoa de Marcel, o qual responderá, 
solidariamente com a seguradora, pelos danos que houver causado culposamente a Henrique. 
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c) A obrigação da seguradora é aferida independentemente da responsabilidade civil do segurado. 
d) A seguradora responderá de maneira objetiva, no âmbito de referida ação, se ficar comprovado que 
Marcel agiu com culpa. 
e) A seguradora responderá de maneira objetiva, no âmbito de referida ação, independentemente de 
prova de que Marcel agiu com culpa. 
32. (FCC / TJ-PI – 2015) O incapaz 
a) Responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de 
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
b) Não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, em nenhuma hipótese, se a incapacidade 
for absoluta. 
c) Não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, devendo suportá-los somente seus 
responsáveis. 
d) Apenas responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem 
obrigação de fazê-lo. 
e) Apenas responde com seus bens pelos prejuízos que causar, se a incapacidade cessar, ficando até esse 
momento suspenso o prazo prescricional. 
33. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO – 2015) Em ação criminal, decidiu-se, por decisão transitada em 
julgado, que L desferiu um tapa em B. De acordo com o Código Civil, no juízo cível, em ação na 
qual se busca a responsabilização civil de L, 
a) Poderá ser questionada a existência do fato e seu autor, independentemente da existência de provas 
novas, pois a responsabilidade civil independe da criminal. 
b) Poderá ser questionada a existência do fato e seu autor, se houver provas novas. 
c) Poderá ser questionada a existência do fato, porém não seu autor, se houver provas novas. 
d) Não poderá ser questionada a existência de nenhum dos elementos para a responsabilização civil. 
e) Não poderá ser questionada a existência do fato nem seu autor. 
34. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO – 2015) N reside no décimo andar de um edifício, em apartamento do 
qual caiu um vaso de flor que acabou por acertar Z, que sofreu danos. N será responsabilizado 
de maneira 
a) Subjetiva, independentemente de demonstração do elemento culpa. 
b) Objetiva, independentemente de demonstração do elemento culpa. 
c) Subjetiva, desde que demonstrado que agiu com culpa. 
d) Objetiva, desde que demonstrado que agiu com culpa. 
e) Subjetiva, desde que demonstrado que agiu com dolo, direto ou eventual. 
35. (FCC / TJ-SE – 2015) Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem 
ficam sujeitos à reparação do dano causado e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos 
responderão: 
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a) Solidariamente, devendo o ofendido cobrar deles a dívida toda, ou a cota parte de cada um em ações 
autônomas ou em litisconsórcio, dividindo-se, porém, entre eles a cota parte do insolvente, se houver, e 
acrescentando-se, ao do preponente ou responsável indireto, o que tocar ao preposto ou responsável 
direto. 
b) Conjuntamente pela reparação, devendo o ofendido cobrar de cada um sua cota parte na dívida, 
dividindo-se, porém, por todos, a do insolvente. 
c) Conjuntamente, pela reparação, exceto nas hipóteses previstas na lei, em que uma pessoa responde 
pelos atos do outro, como no caso do preponente e preposto, devendo naquele caso o ofendido 
demandar a todos os ofensores e nestas, aquele que pagar por inteiro a dívida, salvo em relação a 
descendente absolutamente incapaz, poderá cobrar dos demais a respectiva cota parte, dividindo-se 
entre os pagantes a cota do insolvente, se houver. 
d) Solidariamente pela reparação, podendo o ofendido cobrar de qualquer um deles a dívida toda, mas 
aquele que pagar por inteiro a dívida, salvo as exceções legais, poderá exigir de cada um dos co-
devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se houver. 
e) Solidariamente, exceto se algum for descendente absolutamente incapaz de um deles, cabendo a este 
suportar sozinho essa cota parte, mas os que pagarem serão remidos do que tocar ao insolvente se 
houver, tendo o ofendido, neste caso, de habilitar-se no concurso de credores, para receber 
proporcionalmente a parte que o insolvente lhe dever. 
36. (FCC / TRT - 15ª REGIÃO – 2015) O motorista de um supermercado, dirigindo veículo da 
empresa e no horário de trabalho, envolveu-se em acidente, do qual resultou a morte de 
ocupante de outro veículo, mas foi absolvido na ação penal por insuficiência de prova. Sua 
culpa, entretanto, assim como os demais requisitos para a responsabilização civil, foram 
provados em ação indenizatória movida pelo cônjuge e filhos da vítima contra aquele 
motorista e seu empregador. Neste caso, 
a) O motorista e seu empregador serão solidariamente responsáveis pela indenização. 
b) Somente o empregador será responsável pela indenização, porque o empregado foi absolvido no 
juízo criminal. 
c) Somente o motorista será responsável pela indenização, se o seu empregador provar que diligenciou 
na escolha do preposto e o vigiou, mas ambos serão solidariamente responsáveis se essa prova não for 
realizada. 
d) O motorista e seu empregador serão conjuntamente responsáveis pela indenização, sendo 
subsidiária a responsabilidade do empregador. 
e) Não haverá obrigação de indenizar, porque a sentença penal absolutória eliminou a responsabilidade 
civil. 
37. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2015) Caminhão da Transportadora Ribeirão, conduzido por seu 
empregado Lúcio, abalroou veículo pertencente a Paulo, que ajuizou ação pugnando pela 
condenação da empresa. Esta será responsabilizada de maneira 
a) Subjetiva, se provado que Lúcio agiu com culpa. 
b) Objetiva, independentemente de prova de que Lúcio agiu com culpa. 
c) Subjetiva, por culpa presumida, se provado que Lúcio agiu com culpa. 
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d) Objetiva, se provado que Lúcio agiu com culpa. 
e) Subjetiva, por culpa presumida, independentemente de prova de que Lúcio agiu com culpa. 
38. (FCC / TJ-AL – 2015) A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito 
a) Determina indenizaçãomaterial, independentemente de comprovação de prejuízo. 
b) Não acarreta consequência pecuniária, se não houver dano moral. 
c) Rege-se pelo critério subjetivo, só sendo indispensável o dano. 
d) Rege-se pelo critério subjetivo, sendo indispensável o dano apenas quando configurado dolo. 
e) Independe de comprovação de culpa. 
39. (FCC / MPE-PB – 2015) João recebeu a importância de R$ 20.000,00 de sua amiga Joana, a 
título de doação, valor este que era parte de quantia maior que a mesma havia subtraído do 
cofre da residência em que trabalhava como doméstica. Nesse caso, João 
a) Está obrigado à reparação civil, até o limite do que recebeu. 
b) Não está obrigado a devolver o que recebeu, porque foi objeto de doação. 
c) Está obrigado à reparação civil da totalidade da quantia subtraída por Joana. 
d) Está obrigado a reparar a metade do prejuízo causado por Joana 
e) Só está obrigado à reparação civil se sabia da origem ilícita do valor que recebeu. 
40. (FCC / TCM-RJ – 2015) Joãozinho, de quinze anos de idade, pega o carro de seu pai, Ambrósio, 
sem seu conhecimento, e atropela a vizinha, Dona Candinha, causando-lhe danos materiais e 
estéticos no valor total de R$ 100.000,00. Seu pai não tem patrimônio e é aposentado, 
ganhando um salário mínimo por mês, mas Joãozinho tem depositados R$ 500.000,00, que 
recebera por testamento deixado por seu avô Custódio. Nessas condições, Dona Candinha 
a) Poderá pleitear indenização direta de Joãozinho, que é solidariamente responsável porque agiu sem 
o consentimento de seu pai e possui patrimônio suficiente. 
b) Só poderá responsabilizar Ambrósio pelo ocorrido, por não ter vigiado Joãozinho adequadamente, 
obrigação decorrente do poder familiar, nada podendo contra o menor, absolutamente incapaz. 
c) Poderá pleitear indenização de Joãozinho, após provar-se que Ambrósio não tem patrimônio pessoal 
suficiente, devendo a indenização ser fixada equitativamente e cuidar que não prive do necessário 
Joãozinho ou quem dele dependa. 
d) Poderá pleitear indenização de Joãozinho, após a prova de que Ambrósio não possui patrimônio 
suficiente, fixando-se essa indenização sem qualquer limite ou restrição patrimonial no tocante a 
Joãozinho ou seu núcleo familiar, salvo se houver bem de família. 
e) Deverá aguardar a maioridade de Joãozinho, quando então poderá propor ação indenizatória contra 
ele e contra Ambrósio, solidariamente; antes disso, só poderá ajuizar a demanda indenizatória contra 
Ambrósio. 
41. (FCC / TRT - 3ª REGIÃO – 2015) Saulo foi condenado criminalmente, por decisão transitada 
em julgado, em razão de lesões corporais causadas em Anderson, tendo sido reconhecidos, 
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dentre outros elementos, a existência do fato e seu autor. Se Anderson ajuizar ação na esfera 
civil, Saulo 
a) Poderá questionar a existência do fato e sua autoria independentemente de qualquer requisito, tendo 
em vista que a responsabilidade civil é independente da criminal. 
b) Poderá questionar a existência do fato e sua autoria desde que, no juízo cível, apresente provas novas. 
c) Não poderá questionar a existência do fato nem sua autoria. 
d) Poderá questionar apenas a autoria do fato e desde que, no juízo cível, apresente provas novas. 
e) Poderá questionar apenas a existência do fato e desde que, no juízo cível, apresente provas novas. 
42. (FCC / TCE-CE – 2015) João é dono de um cão feroz que atacou Maicon quando este passava 
em frente de sua residência. João responderá de maneira 
a) Objetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar culpa exclusiva da vítima ou força maior. 
b) Subjetiva pelos danos causados pelo animal, não se admitindo causa excludente de responsabilização. 
c) Objetiva pelos danos causados pelo animal, não se admitindo causa excludente de responsabilização. 
d) Subjetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar força maior. 
e) Subjetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar que não agiu com dolo ou culpa. 
43. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO – 2015) Victor pediu a Jussara, sua empregada doméstica, que fosse 
ao mercado comprar mantimentos e passasse na lotérica para apostar na mega-sena com os 
seus números da sorte, pois estava acumulada em R$ 30.000.000,00. Após realizar as 
compras, Jussara voltou para casa e, no caminho, encontrou uma amiga e acabou esquecendo 
de fazer a aposta. No dia seguinte, ao chegar ao trabalho, soube que os números sorteados na 
mega-sena foram exatamente aqueles que ela deixou de apostar. Despedida por justa causa, 
Jussara sentiu-se injustiçada e ingressou com uma ação trabalhista. Em contraditório, Victor 
contestou e apresentou reconvenção, pleiteando indenização pela omissão de sua ex-
empregada. O caso trata de 
a) Excludente de responsabilidade civil pelo caso fortuito, uma vez que Jussara encontrou com uma 
amiga ao acaso e viu-se impossibilitada de apostar. 
b) Responsabilidade civil subjetiva, haja vista os danos emergentes produzidos pela conduta de Jussara. 
c) Responsabilidade civil subjetiva, haja vista os lucros cessantes produzidos pela conduta de Jussara. 
d) Responsabilidade civil subjetiva pela perda de uma chance de Victor diante da omissão de Jussara. 
e) Responsabilidade civil objetiva, haja vista a irrelevância jurídica da conduta culposa de Jussara. 
44. (FCC / TCE-CE – 2015) Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do 
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
Esse enunciado aplica-se à responsabilidade 
a) Objetiva, na modalidade de risco atividade, que admite as excludentes de responsabilidade da culpa 
exclusiva da vítima e do caso fortuito ou força maior. 
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b) Objetiva, na modalidade de risco criado, que não admite excludentes de responsabilidade, a não ser 
a culpa exclusiva da vítima. 
c) Subjetiva, na modalidade de culpa presumida pela atividade, com excludentes de culpa exclusiva da 
vítima e caso fortuito ou força maior. 
d) Objetiva, na modalidade de risco integral e, portanto, sem excludentes de responsabilidade possíveis. 
e) Objetiva, na modalidade de risco administrativo, que admite somente o caso fortuito ou força maior 
como excludente de responsabilidade. 
45. (FCC / TJ-RR – 2015) Os menores Joaquim, com dezessete anos e João, com dezesseis anos de 
idade, causaram lesões corporais em um transeunte, quando praticavam esporte violento, 
tendo o pai deles, Manoel, sido condenado a pagar os danos. Nesse caso, Manoel 
a) Só poderá reaver de João, depois que ele atingir a maioridade, metade do que pagou, porque era 
relativamente incapaz quando praticou o ato ilícito. 
b) Não poderá reaver dos filhos o que pagou a título de indenização, mesmo depois de eles atingirem a 
maioridade. 
c) Poderá reaver de ambos o que pagou a título de indenização, mas não incidirá correção monetária, 
nem vencerão juros, até que cada um deles atinja a maioridade. 
d) Não poderá reaver o que pagou a título de indenização, mas esses filhos terão de trazer à colação o 
que o pai despendeu, se houver outro irmão, a fim de se igualarem as legítimas. 
e) Poderá reaver de ambos os filhos o que pagou a título de indenização com correção monetária, mas 
sem acréscimo de juros, mesmo depois que atingirem a maioridade. 
46. (FCC / TJ-PE – 2015) Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, 
a) Sempre que o juiz, verificando a hipossuficiência da vítima, inverter o ônus da prova. 
b) Apenas quando o dano for ocasionado por agente público ou preposto de empresa concessionária de 
serviço público,no exercício de seu trabalho. 
c) Quando a lei não estabelecer que a hipótese se regula pela responsabilidade civil subjetiva. 
d) Quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco 
para os direitos de outrem. 
e) Somente nos casos especificados em lei. 
47. (FCC / MANAUSPREV – 2015) Analise as proposições abaixo, a respeito da responsabilidade 
civil: 
I. O médico, em regra, responde civilmente somente se o autor da ação fizer prova de dolo ou 
culpa. 
II. O pai é objetivamente responsável pelos danos decorrentes de culpa do filho menor que 
estiver sob sua autoridade e companhia. 
III. Não se responsabiliza o incapaz se os seus responsáveis tiverem obrigação de fazê-lo e 
dispuserem de meios suficientes para tanto. 
Está correto o que se afirma em 
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a) I e III, somente. 
b) III, somente. 
c) I, II e III. 
d) I e II, somente. 
e) II e III, somente. 
48. (FCC / TRE-RR – 2015) Durante as eleições para Governador do Estado realizadas no ano de 
2014, Simone, de 16 anos de idade, pegou escondido da família o carro de seu pai, João, para 
fazer propaganda com seus amigos de seu candidato preferido. Durante o percurso, Simone 
atropelou uma família matando um homem de cinquenta anos de idade ao invadir uma loja 
de alimentos. Neste caso, de acordo com o Código Civil brasileiro, João 
a) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone o valor total 
que pagar pelo ressarcimento do dano causado. 
b) Não responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha uma vez que ela é relativamente 
incapaz. 
c) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha mas não poderá reaver de Simone o que 
pagar pelo ressarcimento do dano causado. 
d) Responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone somente 50% 
do valor total que pagar pelo ressarcimento do dano causado. 
e) Só responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha se esta não possuir patrimônio pessoal. 
49. (FCC / SEFAZ-PE – 2015) O titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social 
a) Comete ato ilícito, consubstanciado em abuso do direito, sujeitando-se à responsabilidade civil. 
b) Não comete ato ilícito, mas, apenas, viola regra moral, sem consequências jurídicas. 
c) Não comete ato ilícito, mas se sujeita à responsabilidade civil de natureza objetiva. 
d) Comete ato ilícito, sujeitando-se a sanções administrativas, mas não à responsabilidade civil. 
e) Comete abuso do direito, que a lei não reputa ato ilícito para fins indenizatórios. 
50. (FCC / SEFAZ-PE – 2015) José propôs, contra João, ação de indenização, alegando danos 
morais por este tê-lo caluniado. José e João morreram no curso do processo. Nesse caso, 
a) O processo terá de ser extinto, porque o direito e a obrigação que se discutem são intransmissíveis. 
b) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança. 
c) Extingue-se o direito à indenização se o autor morrer primeiro, porque a ação é personalíssima. 
d) Extingue-se o direito à indenização se o réu morreu primeiro, porque a pena não pode passar da 
pessoa do ofensor. 
e) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmitem com as respectivas 
heranças, exceto se ocorrer comoriência. 
51. (FCC / TCM-GO – 2015) No direito brasileiro, a responsabilidade civil é 
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a) tanto subjetiva como objetiva, nesse último caso enquadrando-se a responsabilidade do profissional 
liberal e dos fornecedores de produtos e serviços. 
b) sempre subjetiva, com a necessidade de comprovação de imprudência, negligência ou imperícia, além 
do nexo causal e dano. 
c) objetiva, em regra, na modalidade de risco atividade, configurando-se independentemente de culpa. 
d) subjetiva, em regra, implicando a necessidade de prova da ação ou omissão voluntária, nexo causal, 
culpa e dano. 
e) é sempre objetiva, na modalidade de risco criado ou risco atividade, sem necessidade de 
demonstração de imprudência, negligência ou imperícia. 
52. (FCC / TJ-AP – 2014) Caio, menor impúbere, sob autoridade e companhia de Roberto, foi 
atingido por um veículo desgovernado enquanto andava de bicicleta. Com o impacto, foi 
lançado sobre um ponto de ônibus, atingindo Maria, que sofreu lesões corporais. Caio 
sobreviveu ao acidente. Em razão dos danos que experimentou, Maria ajuizou ação contra 
Roberto, que no caso concreto 
a) possui responsabilidade objetiva, porque Caio estava sob sua autoridade e companhia. 
b) não possui responsabilidade, pois Caio não praticou o ato causador de dano. 
c) possui responsabilidade subjetiva, havendo presunção de culpa de Roberto porque Caio estava sob 
sua autoridade e companhia. 
d) somente possuirá responsabilidade se os bens de Caio forem insuficientes para compensar Maria. 
e) possui responsabilidade subjetiva, cabendo a Maria provar culpa de Roberto pela falha na vigilância 
de Caio. 
53. (FCC / TCE-GO – 2014) Os danos causados culposamente a terceiros por um menor 
absolutamente incapaz foram ressarcidos por seu pai, João; por um menor relativamente 
incapaz foram ressarcidos por seu pai, José; por outro menor relativamente incapaz foram 
ressarcidos por seu avô, Petrus; por um maior capaz foram ressarcidos pelo seu empregador, 
Lucius; por um menor relativamente incapaz, foram, ressarcidos por sua irmã, Anne. Poderão 
reaver o que foi pago daquele por quem pagou: 
a) Petrus e Anne. 
b) João e José. 
c) Lucius e José 
d) Lucius e Anne. 
e) Petrus, José e Anne. 
54. (FCC / TRT-24ª REGIÃO (MS) – 2011) A respeito do enriquecimento sem causa, considere: 
I. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o 
indevidamente auferido, pelo valor da data em que ocorreu o enriquecimento. 
II. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, 
se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem da época em que ocorreu o 
enriquecimento. 
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==266495==
 
 
 
 
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III. A restituição do indevidamente auferido será devida quando a causa que justificou o enriquecimento 
deixou de existir. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) III. 
e) II. 
GABARITO 
1. SANASA E 
2. DPE-SP D 
3. AFAP E 
4. TRF-3 D 
5. PREF.DE CARUARU-PE D
 
6. TRT - 15ª REGIÃO D 
7. SEAD-AP B 
8. TRT - 6ª Região B 
9. TRT - 6ª REGIÃO A 
10. DPE-AM C 
11. DPE-MA E 
12. ALESE D 
13. MPE-PB C 
14. SEFAZ-GO A 
15. CL - DF C 
16. DPE-AP D 
17. DPE-AM C 
18. DPE-AM C 
19. ARTESP A 
20. TRT - 21ª REGIÃO D 
21. PROCON-MA D
 
22. TRT - 11ª REGIÃO D 
23. TRT - 20ª REGIÃO A 
24. SEGEP-MA D 
25. PREF.DE TERESINA-PI A 
26. PREF.DE TERESINA-PI B 
27. PGE-MT D 
28. PREF.DE SÃO LUIZ-MA E 
29. TRT - 23ª REGIÃO B 
30. TRT - 23ª REGIÃO E 
31. PREF. DE CAMPINAS A 
32. TJ-PI A
 
33. TRT - 9ª REGIÃO E 
34. TRT - 9ª REGIÃO B 
35. TJ-SE D 
36. TRT - 15ª REGIÃO A 
37. TRT - 23ª REGIÃO D 
38. TJ-AL E 
39. MPE-PB A 
40. TCM-RJ C 
41. TRT - 3ª REGIÃO C 
42. TCE-CE A 
43. TRT - 1ª REGIÃO D 
44. TCE-CE A 
45. TJ-RR B 
46. TJ-PE D 
47. MANAUSPREV C 
48. TRE-RR C 
49. SEFAZ-PE A 
50. SEFAZ-PE B 
51. TCM-GO D 
52. TJ-AP B 
53. TCE-GOD 
54. CESPE / AGU D
 
 
Paulo H M Sousa
Aula 07
PM-MG (Oficial) Direito Civil - 2023 (Pós-Edital)
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