Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
IMOBILIZAÇÕES 
DEFINIÇÃO: 
 
Técnica que pode e deve ser utilizada no ambiente pré-
hospitalar, unidade básica de saúde ou hospitalar em 
traumatismos leves ou em casos de maior gravidade. 
 
Pode ser realizada para o transporte de vítimas de trauma com 
suspeita de lesões osteomusculares, bem como para 
tratamento provisório ou definitivo das condições 
ortopédicas. 
 
Conceito mais claro: “manter um membro, ou apenas um 
segmento de um membro, imóvel, em repouso e na posição 
correta.” Conceito Rockwood e Green, Fraturas em Adultos 
5a Ed, 2006, Manole. 
 
HISTÓRICO 
• Papiro de Imhotep (3000A.C.) – descrição de redução e 
imobilização de fraturas por meio de Talas de madeira e 
bandagens. 
• Hipócrates (400A.C.) – Descreveu técnicas de redução e 
enfaixamento. 
• Mathijesen (1852) - Cirurgião militar holandês, 
introduziu a bandagem gessada na imobilização de 
fraturas. 
• Pirogov (1852) - Cirurgião militar russo, introduziu o uso 
de imobilizações no transporte de feridos; 
• Sarmiento (1967) - Princípios protéticos e ortóticos 
inovadores nos sistemas de estabilização de fraturas dos 
MMII e MMSS. 
 
OBJETIVOS DAS IMOBILIZAÇÕES: 
• Diminuir ou eliminar a dor; 
• Transporte; 
• Reduzir e prevenir danos (proteção); 
• Neutralizar forças deformantes; 
• Tratamento provisório ou definitivo. 
• Conferir conforto a musculatura e proteção ao periósteo 
(importante para consolidação óssea) através de uma 
certa estabilidade. 
 
 
• Essa Tríade com essa base é a coisa mais importante. 
• A imobilização visa estabilizar o periósteo e musculatura 
SEMPRE conferindo ESTABILIDADE. 
 
PRINCÍPIOS DA IMOBILIZAÇÃO: 
• Proteção de saliências ósseas para evitar complicações 
cutâneas – úlceras de pressão e escaras. 
• Adequada pressão externa para evitar evolução para 
síndrome compartimental, devido a imobilizações 
malfeitas ou prolongadas. 
• Posição funcional das articulações. 
• Tempo de imobilização adequado para diminuir 
incidência de rigidez articular. 
 
Tem que saber fazer a imobilização conferindo a pressão 
adequada ao membro. 
 
• Fraturas diafisárias e metafisárias: Imobilizar as 
articulações proximal e distal ao segmento lesado. 
Ex: fraturou o úmero – tem que imobilizar uma articulação 
acima e abaixo. Aqui imobiliza ombro e cotovelo. 
• Lesões articulares: Imobilizar os dois segmentos do 
membro adjacentes à lesão. 
Ex: lesão no joelho – imobilização tem que passar pela perna 
e pela coxa. Tem que ancorar nesses 02 seguimentos. 
• Princípios dos três pontos de apoio: Um ponto no vértice 
da deformidade e dois pontos no lado oposto, obtidos em 
dois planos ortogonais. 
Tem uma deformidade na fratura, tem que fazer a 
imobilização de tal forma que ela apoie no ponto de vértice 
da fratura e faça outros 02 pontos de contra apoio no lado 
oposto do vértice da fratura. 
 
TIPOS DE IMOBILIZAÇÃO: 
• Provisórias: 
o Enfaixamentos (Colar cervical, Oito, Velpeau); 
Velpeau: une o membro ao tórax e enfaixa. 
o Esparadrapagens – iniciar fisioterapia e imobilizar 
dedos, principalmente do pé. 
o Tração (Cutânea / Esquelética) – usado para melhorar 
condições de partes moles do paciente até ele fazer a 
cirurgia definitiva. Tratamento provisório 
principalmente em pacientes com fratura de fêmur, 
acetábulo e quadril. 
§ Pode ser tração cutânea, usado mais em criança. 
o Apoio (tipóia) – contra o próprio peso do membro, ou 
seja, descansa o peso sobre a tipóia. 
o Talafix – tala feita de material fibro-elástico – talas 
flexíveis com componentes metálicos. 
• Definitivas: 
o Talas gessadas e Gesso circular; 
o Órteses – tratamento definitivo – bota robofoot – 
possibilita em alguns casos colocar o pé no chão. 
 
 
 
INDICAÇÕES PARA IMOBILIZAÇÕES: 
 
FRATURAS TRAUMÁTICAS OU PATOLÓGICAS: 
qualquer alteração que fragiliza o arcabouço ósseo, que 
acomete o osso – ocorre uma fratura devido a insuficiência 
daquele osso decorrente da lesão que ele está sofrendo. 
Ex: tumor, osteoporose, mieloma múltiplo. 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
ENTORSES: significa que você sofreu um trauma torcional 
no seguimento geralmente articular – mecanismo giratório, 
geralmente, além da amplitude que o membro realiza, 
podendo ter lesão por estiramento ou rotura de ligamento ou 
da capsula que envolve a articulação. 
ENTORSE = LESÃO LIGAMENTAR TORSIONAL = 
ESTIRAMENTO OU RUPTURA DO LIGAMENTO. 
MUITO COMUM NO TORNOZELO 
 
A Entorse é classificado em graus. 
• Grau I – só distendeu; 
• Grau II – rompimento incompleto das fibras; 
• Grau III – rompimento completo, com uma solução de 
continuidade completa no ligamento. 
CONTUSÃO: é aquela pancada que fica com rubor, dor, 
calor e edema, porém não houve perda de relação articular, 
nem um mecanismo contorcional que rompeu ligamento e 
nem fratura. Não é indicação para imobilização. 
LUXAÇÕES: perda de continuidade, da congruência de 
uma articulação. 
• Há uma perda total das faces da articulação; 
• A articulação se desloca do lugar onde ele deveria estar 
– pode ser conceituada como um deslocamento. 
• Pode haver entorse com luxação. 
 
Estabilizador dinâmico – músculos em torno da articulação. 
Estabilizador estático – cápsulas e ligamentos. 
 
SUBLUXAÇÃO: fez uma perda parcial da congruência da 
articulação, mas há ainda uma relação entre as duas faces 
articulares. 
 
• INFECÇÕES OSTEOARTICULARES – controle da 
dor. 
• TENOSSINOVITE – inflamação tende a gerar dor. 
• ARTRITE AGUDA/GOTA – doença inflamatória 
causada por deposito de cristais de acido úrico. 
• FERIMENTOS PERIARTICULARES – apresenta 
uma dificuldade maior de cicatrizar pela mobilidade que 
a pele tem, impedindo a cicatrização. 
 
ARVORE DE ANDRY – PRINCÍPIO DOS TRÊS 
PONTOS 
 
 
Existe um vértice que está sendo tracionado pela tira e os dois 
outros pontos servem como anteparo, tendendo a fazer 
correção do desvio. 
• O anteparo serve como limitador do desvio. 
 
Esse princípio é o mesmo da manobra de redução: é 
justamente quando se quer trazer os fragmentos para o local 
que ele deveria estar (realinhar). 
 
Para você realinhar essa fratura, faz um ponto de apoio no 
vértice e faz 02 outros pontos de apoio opostos ao vértice. 
 
POSIÇÃO DE IMOBILIZAÇÃO DAS 
ARTICULAÇÕES: 
MÃO E PUNHO 
 
Interfalangeana (IF) = + / - 20°. 
Metacarpofalangeana (MTC-F) = 70°a 90°. 
Punho = + / -20°. 
 
Exceções: posições especiais utilizadas na manutenção da 
redução de fraturas. 
 
• Em geral, se coloca em uma posição de repouso das 
articulações, pois em outra posição causaria dor. 
 
 
 
COTOVELO E OMBRO: 
Cotovelo = 90° 
Ombro = Rotação interna – adução / Rotação externa – 
abdução. 
 
Reparo da Manguito rotador: pode utilizar uma órtese ou uma 
tipóia e coloca uma almofada embaixo da axila para manter 
ele abduzido em rotação externa. É uma imobilização para 
proteger o reparo que foi feito. 
 
 
QUADRIL, JOELHO, TORNOZELO 
Quadril = + / - 20° 
Joelho = +/- 15° 
Tornozelo = 0° 
 
Exceções: 
• Fratura tíbia (início de tratamento). 
• Ruptura do tendão de Aquiles – faz tratamento 
conservador se quiser tratar sem cirurgia – faz 
imobilização seriada com o pe dorso fletido para que as 
duas pontas do tendão que foram partidas, se aproximem. 
Assim, haverá reorganização de fibras colágenas para 
que, aos poucos, diminuía-se essa aproximação até torná-
la neutra de novo. 
* Cirurgia é contraindicada por conta dos riscos de 
infecção na pele para tabagista e etilista crônico. 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
 
 
 
IMOBILIZAÇÕES NO ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR: 
 
 
Mobilizações provisórias e improvisadas. 
• Pode usar revista com bandagem (pedaços de tecido) 
• Pode usar tiras de madeiras – acolchoar a madeira para 
trazer conforto. 
• Pode utilizar uma caixa de papelão. 
• Travesseiro. 
O objetivo é você evitar a mobilização daquele seguimento. 
 
COLUNA CERVICAL 
Colar cervical 
 
 
• Apoio mentoniano e torácico– usado no tratamento de 
fraturas estáveis da coluna cervical. 
 
MOBILIZAÇÃO DO PACIENTE EM BLOCO 
 
• Retirada em bloco do solo; 
• Utilizado para transportar o paciente. 
• Coxim entre as pernas e proeminências. 
 
Alinhamento prévio à imobilização (não realizar na suspeita 
de fratura exposta) – ligamentotaxia. 
 
 
**Essa figura será mostrada no caso clínico. 
É a redução ou alinhamento: fazem-se movimentos 
antagônicos, um de tração geralmente na porção distal, 
chamada de hiperfratura e a e o outro gera uma força de 
resistência chamada de força de contra-tração, o que permite 
anula a força deformante da musculatura. 
Não faz isso se tiver uma fratura exposta – faz o curativo 
estéril com o osso do lado de fora, imobiliza o seguimento e 
leva para o hospital. 
 
**Imobiliza um dedo no outro com esparadrapo. 
 
**Pode fazer a imobilização com o membro não lesado para 
apoiar o que foi lesado. 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
• Coloca lençóis entre os membros para que as 
proeminências ósseas não tenham a pressão aumentada; 
• Sempre utilizando os 03 princípios – uma perna contra a 
outra, coxim no meio e bandagens. 
 
IMOBILIZAÇÕES GESSADAS 
 
ATADURA GESSADA: bandagem endurecida em amido 
e impregnada com sulfato de cálcio semi-hidratado. 
• Ele aumenta a temperatura então temos que proteger essa 
pele. 
 
Reação exotérmica: CaSO4.H2O + H2O = CaSO4.2H2O + 
Calor* 
• AUMENTO da Temperatura da água = AUMENTO da 
Aceleração da estabilização 
* Cuidado com queimaduras! 
• É necessário haver água para dissipar reação. 
• Por liberar calor, deve se ter cuidado para não queimar a 
pele do paciente, utilizando proteções, para isso a 
imobilização é feita com outros componentes como a 
malha tubular, algodão ortopédico que é hidrofóbico 
(não deixa que a água penetre), atadura e crepom. 
No momento que mergulha na água ocorre uma reação de 
calor. A água precisa ser aquecida e com isso a reação libera 
o calor para que haja uma aceleração de estabilização do 
gesso. 
• Água quente – secagem rápida, maior risco de 
queimadura. 
• Gesso de secagem rápida (5-8 minutos). 
• Gesso de secagem ultrarrápida (2 -4 minutos) * 
• Leva mais de 1 dia para curagem (máxima resistência). 
• Extremidades superiores - usar 10-12 camadas. 
• Extremidades inferiores - usar 12-15 camadas. 
 
AVALIAÇÃO PRÉ IMOBILIZAÇÃO 
CONDIÇÕES DA PELE: 
• Limpeza; 
• Ferimentos; 
• Queimaduras; 
• Escoriações; 
• Hematomas. 
 
CIRCULAÇÃO: pulsos distais à lesão. 
 
EXAME NEUROLÓGICO: sensibilidade e motricidade. 
 
CUIDADOS NA CONFECÇÃO DO GESSO 
 
MODELAGEM APROPRIADA E BOM 
ACABAMENTO: boa modelagem, pontos de apoio 
(aparelhos gessados); espessura uniforme; liberação das 
articulações não envolvidas. 
 
PROTEÇÃO ÀS PROEMINÊNCIAS ÓSSEAS: 
acolchoar os calcâneos, maléolos, epicôndilos, olécranos, 
patela, cabeça da fíbula, crista e tuberosidade da tíbia, 
estilóides para evitar que hajam escaras. 
MATERIAL UTILIZADO 
MALHA TUBULAR: 
• Protege a pele; 
• Cortar mais longa que a tala, para acabamento. 
ALGODÃO ORTOPÉDICO: 
• 2-3 camadas, mais quando prevê maior edema. 
• Algodão extra sobre proeminências ósseas. 
• Acolchoar entre os dedos – para evitar sinéquias. 
• Evitar dobras ou enrugamentos – para evitar escaras. 
• Não apertar; evitar enfaixamento circular – isquemia! 
 
ATADURAS DE CREPOM, ESPARADRAPO OU 
FITA CREPE – Talas gessadas. 
 
 
 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO DE APARELHOS 
GESSADOS 
1. Posição confortável e c/ fácil acesso ao material. 
2. Aplicar a malha tubular. 
3. Aplicar camada de algodão ortopédico, com 
acolchoamento extra nas proeminências ósseas. 
4. Aplicação das ataduras gessadas, de distal p/ proximal 
em espiral–evitar circular. 
• A volta anterior tem que ser coberta até a metade pela 
volta subsequente. 
 
 
 
TIPOS DE APARELHOS GESSADOS: 
 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
Essa “calça” geralmente é feita em criança com até 5 anos, 
permanecendo no paciente por 6 a 8 semanas podendo chegar 
a 10/12 semanas. Atualmente é menos utilizando. 
 
TALAS GESSADAS 
 
Deve-se ter uma bancada para fazer a montagem: colocar o 
algodão ortopédico em cima, mede o gesso com 12 a 15 voltas 
e depois mergulha-se o gesso na água - se a água for quente 
ele fica hígido mais rápido. Depois molda-se o gesso e 
coloca-se sobre a tala. Por último, aplica a tala e envolve com 
atadura. 
TALAS GESSADAS = MMSS 
 
 
TALAS GESSADAS = MMII 
 
OITO GESSADO 
 
 
Atualmente pouco usado, mas sua indicação era fratura de 
clavícula ou luxação da articulação esterno-clavicular. O 
paciente permanece com adução da escapula. 
• Faz mais em criança em situações que não pode operar. 
VELPEAU/VELPEU DE "VERÃO" 
 
• Une o membro superior ao tronco/tórax e enfaixa. 
• Temos aqui uma fratura do úmero. 
• Na 2ª imagem temos um Velpeau de verão. 
• São duas modalidades para imobilização do seguimento 
superior – braço. 
TALA AXILO-PALMAR 
 
 
TALA EM “U” PARA ANTEBRAÇO 
• Indicações: 
o Fraturas distais do rádio e da ulna. 
o Previne a pronossupinação do antebraço. 
o Imobiliza o cotovelo. 
• Posicionamento: 
o Punho em posição funcional. 
o Cotovelo fletido a 90°. 
 
 
TALA EM "DUPLO U" PARA ANTEBRAÇO 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
 
TALA PARA PUNHO 
 
Veja que a metacarpofalangeanas estão livres. 
 
GOTEIRA ULNAR E GOTEIRA RADIAL 
 
TALA PARA POLEGAR 
 
 
* Tenossinovite de Quervain – é uma tendinite do extensor e 
abdutor do polegar. 
O teste de Finkelstein é patognomônico dessa lesão. Em raras 
vezes é cirúrgica, sendo tratado com imobilização, 
fisioterapia e analgesia. 
 
IMOBILIZAÇÃO PARA DEDOS 
 
• Podemos usar também talas metálicas – tem uma esponja 
por baixo, ela é moldável e usa o esparadrapo para fixar. 
 
BANDAGEM DE ROBERT JONES 
 
• Tem uma grande estabilidade; 
• Utilizada para conter a evolução do edema. 
• Faz uma contenção relativa da articulação. 
• Atentar como coloca a atadura para não fazer 
compressão (imagem acima). 
• Utilizada depois de cirurgias de fratura de tornozelo pois 
tem efeito compressivo evitando edema e alivia a dor – 
imobilização estável utilizando algodão ortopédico e 
atadura de crepom. 
• É não engessada. 
 
TALA SURO-PODÁLICA 
 
 
TALA EM “U” PARA TORNOZELO 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
 
ORIENTAÇÕES PÓS-IMOBILIZAÇÕES: 
 
*Mobilização das articulações não afetadas – mexer os dedos, 
para reduzir edema e evitar rigidez. – Se não for feito isso 
pode culminar com uma amputação. 
 
 
*Procurar assistência médica com urgência, porque esses são 
sinais de síndrome compartimental. 
** Controle radiográfico seriado, porque pode haver perda de 
redução. 
 
RETIRADA DO APARELHO GESSADO 
 
 
COMPLICAÇÕES PRECOCES 
 
 
Síndrome compartimental: imobilização feita de forma 
inadequada e prolongada. 
 
SINDROME COMPARTIMENTAL 
Conceito: condição na qual a pressão aumentada dentro de 
um espaço anatômico limitado compromete a circulação e 
função tecidual dentro deste espaço. 
• Compartimento: espaço delimitado por uma facia e 
aponeurose, o qual apresenta um plexo que irriga e inerva 
aquele seguimento. 
• Pode haver necrose tecidual no músculo, tendão ou por 
um hipofluxo sanguíneo dentro daquele compartimento 
devido ao aumento interno da pressão. 
 
DIAGNOSTICO 
• Dor desproporcional; 
• Tensão à palpação do compartimento; 
• Dor com estiramento passivo dos dedos; 
• Parestesia / hipoestesia; 
• Paralisia; 
• Pulso fraco ou ausente / palidez 
* Ao tocar, o paciente sente uma dor desproporcional e 
também sentimos um endurecimento local. 
*Parestesia – dormência e formigamento. 
* Hipoestesia – redução da sensibilidade tátil. 
* Paralisia – completa paralização motora do seguimento. 
 
MANEJO CLÍNICO 
• Utilizar em sinais de alerta; 
• A pressão compartimental cai 30% quando o gesso é 
fendido de um lado. 
• Cai 65% quando o gesso é alargado após fendido. 
• Abriro acolchoamento reduz mais 10% e a remoção 
completa do gesso outros 15%. 
• Total de redução de 85-90% apenas retirando o gesso! 
• Se não melhorar – próxima medida – fasciotomia. 
*Mediante os sinais – Só em retirar o gesso já evita a 
Síndrome de Compartimento. 
FASCIOTOMIA DA PERNA 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
 
 
• Na perna se faz um corte lateral, cortando a facia do 
compartimento anterior e lateral e depois outro corte 
medial liberando o compartimento superficial e 
profundo. 
• Esse corte é bem profundo e deve ficar aberto para 
descomprimir a pele – diminuir a pressão do envelope de 
pele sobre o compartimento. 
 
FASCIOTOMIA DO ANTEBRAÇO 
 
• É mais extensa atingindo até a mão (nervo mediano até 
todo o compartimento flexor). 
• São feitos dois cortes: um no compartimento flexor e 
outro no extensor/dorsal. 
SEQUELAS TARDIAS 
• Contratura de Volkmann – não tem mais tratamento; 
• Dorsiflexores fracos; 
• Dedos em garra; 
• Perda sensitiva; 
o Distrofia simpática reflexa. 
• Dor crônica; 
• Amputação. 
 
COMPLICAÇÕES TARDIAS 
• “Doença da Fratura” ou distrofia simpática reflexa ou 
sudec, com osteólise por desuso. – é decorrente da 
imobilização prolongada. 
• Há osteólise, rigidez, dor, sinais de alteração de fâneros 
(pele, unha e pelos). 
• Sintomas: 
o Edema; 
o Atrofia muscular; 
o Osteoporose por desuso; 
o Rigidez articular. 
 
OUTROS TIPOS DE IMOBILIZAÇÃO – 
ÓRTESES 
MODELOS DE IMOBILIZAÇÃO: 
• TALA GESSADA PRONTA: 10-20 camadas de 
gesso acolchoado. 
• ÓRTESES. 
• FIBERGLASS (ORTHOGLASS): 
o Seca rapidamente (20 minutos). 
o Mais uniforme. 
o Mais forte, mais leve, menor umidade. 
o Menos moldável. 
§ Fibra plástica que se aquece e faz a mobilização 
no momento. É algo caro. Tem as mesmas 
aplicações do gesso, porém é hidrofóbico 
podendo molhar. 
ÓRTESES 
 
 
SUMÁRIO 
CUIDADOS PRÉVIOS À IMOBILIZAÇÃO. 
• Ao imobilizar: 
1. Cuidado ao realizar os enfaixamentos. 
2. Proteger a pele e as proeminências ósseas. 
• Após a imobilização, orientar o paciente e a família. 
• Na dúvida sobre as condições de perfusão: fender, 
bivalvar ou retirar o gesso – Redução da pressão 
Compartimental. 
 
CASO CLÍNICO 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
 
Planos da imagem – AP e perfil, nos planos coronal 
(esquerda) e sagital (direita). 
Observamos uma tala de mobilização provisória. O Rx com 
gesso não é legal, pois deixa muito artefatos. 
 
Descrição da imagem - RX em incidência em AP ou coronal 
e em perfil sagital de um esqueleto maduro. 
• Se vê um artefato radiográfico ocasionado por 
imobilização gessada. 
• Tem uma fratura – solução de continuidade do terço 
distal do rádio na região meta-epifisária do rádio e da 
ulna e cominuição do dorso do rádio (fator de 
instabilidade). 
• Fratura da estiloide ulnar e da estiloide radial distal. 
• Fratura cominutiva, mas que manteve uma relação 
adequada dos fragmentos. 
 
Não temos aquelas fises (placa de crescimento) na imagem – 
denota aqui esqueleto maduro. 
 
Tratamento: tem duas fases, um é o tratamento cirúrgico com 
cirurgia percutânea e outro é a redução indireta – alinhamento 
anatômico e fazer uma imobilização. 
 
Essa fratura tem alguns critérios de instabilidade o que 
contraindicaria o tratamento conservador: 
• Dorso do rádio está cominuido. 
• Rádio está encurtado – o seguimento distal do rádio 
impactou – reduziu a altura do rádio. 
• Traço articular – evita tratamento conservador – se não 
abordar, o próprio peso da mão aumenta essa 
deformidade. 
 
REDUÇÃO INDIRETA 
• É uma redução fechada, sem ver o foco da fratura, não 
corta o paciente para visualizar o foco da fratura. 
• Precisa da preservação do ligamento. 
 
ARCO C – RX dinâmico focal que faz o RX na hora. Se não 
tiver satisfatória a redução faz novamente a manobra. 
 
Manobra – ela faz a tração e a contra-tração – existe um vetor 
divergente, cujo objetivo é distender o foco fraturado através 
do ligamentotaxia. 
 
Primeiro: ela gira um pouco para desimpactar os fragmentos 
e depois ela faz uma redução. 
• Ela faz um movimento de hiperfratura, como se fosse 
fraturar mais, ou seja, ela aumenta o alinhamento da 
fratura ou desvio da fratura (volar ulnar); 
• Depois trás ele para o lugar, justamente não só para 
desimpactar como também para liberar os ligamentos, o 
periósteo, o que houver de partes moles no foco da 
fratura que pode ter às vezes e que impeça de reduzir a 
fratura. 
• Então, ela faz uma hiperfratura 1º, depois ela faz um 
alongamento excessivo trazendo a fratura para a 
ligamentotaxia para o alinhamento anatômico e depois 
ela faz um desvio ulnar, pois o rádio é mais longo que a 
ulna. 
• A ulna tem uma angulação de 11 a 15º. Para poder 
reconstruir e reestabelecer essa angulação é necessário 
fazer esse desvio ulnar. 
 
Fios de kinchiner: são fios metálicos de pequeno diâmetro 1-
2mm que são utilizados de forma endireita (em foco fechado), 
percutâneo para fazer a fixação da fratura utilizando o 
intensificador de imagem ou o arco C (raio X focal dinâmico) 
– em tempo real se faz a fixação do osso sem cortar o 
paciente. 
 
LIGAMENTOTAXIA – nesse tipo de caso, o osso fraturou, 
mas os pedaços continuam ligados aos fragmentos. 
• Nos fragmentos da fratura existem ligamentos e ao 
fazermos essa tração e contra-tração os próprios 
ligamentos e musculatura que está ali inserida ela auxilia 
na redução – trazendo os fragmentos para o lugar onde 
eles deveriam estar. 
• É um princípio usado de estiramento, de alongamento 
dos ligamentos fazendo com que haja uma redução dos 
fragmentos de volta ao local que eles deveriam estar. 
 
IMAGENS PÓS REDUÇÃO 
 
 
• Dá para visualizar que existem fragmentos cuminuidos. 
• A ponta do rádio é mais alto que o da ulna. 
• Existe um aumento do espaço articular por conta da 
tração. 
• A parte mais importante nessa redução é o estiloide. 
 
Planos da imagem: Coronal (1a) e sagital (2a) 
 
Descrição da imagem: fratura reduzida e o fragmento que 
estava desviado voltou para o lugar dele - realinhou. 
 
Redução X estabilidade: Fez a redução indireta 
 
A partir de agora vamos partir para estabilizar essa redução. 
REDUÇÃO INDIRETA – OSTEOSSÍNTESE 
PERCUTÂNEA 
 
• Essa é a imagem do fio percutâneo através do arco C – 
ficara com a ponta para fora. 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA xx - RODRIGO NUNES 06/04/2022 
• Após a redução indireta vamos fazer a Osteossíntese 
percutânea para fixação usando fios de Kirschner. 
• A estabilidade é relativa. 
 
Osteossíntese percutânea: é quando se faz a síntese sem cortar 
a pele. Cirurgia minimamente invasiva. 
REDUÇÃO X ESTABILIDADE, PROGNÓSTICO E 
SEGUIMENTO 
 
• A redução foi mantida, ficou bem harmônica. 
• Ele fez uma redução indireta com a estabilidade relativa 
– vai existir um micromovimento no foco da fratura que 
é desejável, mas somente essa fixação não será suficiente 
para manter o grau mínimo de movimento que podemos 
ter, por isso, é feita a imobilização com tala gessada 
também. 
• Na hora de colocar a atadura sempre se gira para fora. 
 
 
A partir daí vamos conferir uma estabilidade adicional com a 
imobilização. 
Prognóstico: bom. Porém, quando temos uma fratura 
justarticular, ou seja, próximo a articulação ou dentro da 
articulação há sempre o risco de desenvolvimento de artrose. 
• O seguimento é feito semanalmente para vermos o 
controle – se está mantida a redução, se os fios estão no 
local e tópicos. 
• Curativo a cada 02 semanas reinstalando as talas. 
• Controle seriado radiográfico por semana. 
Geralmente com 04 semanas se retira os fios e a imobilização 
e começa o processo de reabilitação. 
• Espera-se que se forme calo ósseo; 
• Consolidação rápida; 
• Tira imobilização e se inicia fisioterapia. 
IMOBILIZAÇÃO: TALA GESSADA 
 
 
 
SUMÁRIO 
CUIDADOS PRÉVIOS À IMOBILIZAÇÃO. 
• Ao imobilizar: 
1. Cuidado ao realizar os enfaixamentos. 
2. Proteger a pele e as proeminênciasósseas. 
• Após a imobilização, orientar o paciente e a família. 
• Na dúvida sobre as condições de perfusão: fender, 
bivalvar ou retirar o gesso – Redução da pressão 
Compartimental. 
 
Em caso de alergia: coloca-se mais proteção ou coloca-se a 
fibra de vidro (mais caro) ou faz uma órtese. Porém é algo 
raro.

Mais conteúdos dessa disciplina