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TICs Aplicadas às Informações 
Gerenciais
CARLA CORRÊA TAVARES DOS REIS
1ª Edição
Brasília, 2023
2
23-153392 CDD-658.4038
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Reis, Carla Corrêa Tavares dos
 TIC's aplicadas às informações gerenciais [livro
eletrônico] / Carla Corrêa Tavares dos Reis. -- 
1. ed. -- Brasília, DF : Unyleya, 2023.
 PDF 
 Bibliografia.
 ISBN 978-65-89227-88-5
 1. Ciência da computação - Estudo e ensino 
2. Sociedade da informação 3. Tecnologia da
informação e comunicação I. Título.
Índices para catálogo sistemático:
1. Tecnologia da informação e da comunicação : 
 Aplicação aos negócios : Administração de 
 empresas 658.4038
Eliane de Freitas Leite - Bibliotecária - CRB 8/8415
Autores
Carla Corrêa Tavares dos Reis
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e 
Editoração
Sumário
Organização do Livro Didático........................................................................................................................................6
Introdução ..............................................................................................................................................................................8
Capítulo 1
A Sociedade da Informação .......................................................................................................................................9
1.1. Introdução ................................................................................................................................................................9
1.2. Ciência, tecnologia e sociedade .................................................................................................................... 10
1.3. Sociedade Agrícola, Sociedade Industrial e Sociedade da Informação ........................................... 13
1.4. Sociedade em Rede ............................................................................................................................................ 24
1.5. O acesso à informação e ao conhecimento na Sociedade da Informação ..................................... 25
1.6. O mundo corporativo no contexto da Sociedade da Informação ...................................................... 26
Capítulo 2
Conceitos de TICs ........................................................................................................................................................ 28
2.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 28
2.2. A técnica e a tecnologia ................................................................................................................................... 29
2.3. Tecnologias da Informação e Comunicação .............................................................................................. 32
2.4. Os componentes das Tecnologias da Informação e Comunicação .................................................. 39
2.5. As redes de comunicação ................................................................................................................................. 42
2.6. A internet ............................................................................................................................................................... 45
Capítulo 3
As Ferramentas Computacionais no Ambiente Empresarial ....................................................................... 48
3.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 48
3.2. Dado, informação e conhecimento ............................................................................................................... 49
3.3. Conceitos essenciais sobre softwares .......................................................................................................... 52
3.4. Pacotes de aplicativos para escritórios ....................................................................................................... 56
Capítulo 4
Os Sistemas de Informação ..................................................................................................................................... 65
4.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 65
4.2. Conceitos de Sistemas de Informação ........................................................................................................ 66
4
4.3. Sistemas de Apoio à Decisão .......................................................................................................................... 68
4.4. Sistema Especialista (SEs) ............................................................................................................................... 71
4.5. Sistema de Processamento de Transações (SPT) ..................................................................................... 72
4.6. Sistema de Informações Gerenciais (SIG) ................................................................................................... 73
4.7. Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) ................................................................. 74
4.8. Sistemas de Suporte ao Conhecimento ...................................................................................................... 78
Capítulo 5
Ferramentas da Internet e Impactos no Ambiente Organizacional .......................................................... 82
5.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 82
5.2. A dinâmica do conhecimento no ambiente organizacional ................................................................ 83
5.3. Ferramentas de Informação e Comunicação da Internet ..................................................................... 84
5.4. A Evolução da Web 1.0 até a Web 4.0 e suas Potencialidades para as Organizações ................ 87
Capítulo 6
Educação a Distância em Ambientes Corporativos ........................................................................................ 98
6.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 98
6.2. A Educação a Distância nas organizações ................................................................................................. 99
6.3. EAD: o cenário do ensino a distância no Brasil ....................................................................................... 99
6.4. O cenário EAD de hoje ....................................................................................................................................100
6.5. Distribuição geográfica ...................................................................................................................................102
6.6. Modalidade dos cursos oferecidos .............................................................................................................103
6.7. O e-learning no contexto corporativo .......................................................................................................105
6.8. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) ............................................................................................106
Referências ........................................................................................................................................................................109
5
Organização do Livro Didático
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em capítulos, de forma didática, objetivae 
coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reflexão, entre outros 
recursos editoriais que visam tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, 
fontes de consulta para aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização do Livro Didático.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Cuidado
Importante para diferenciar ideias e/ou conceitos, assim como ressaltar para o 
aluno noções que usualmente são objeto de dúvida ou entendimento equivocado.
Importante
Indicado para ressaltar trechos importantes do texto.
Observe a Lei
Conjunto de normas que dispõem sobre determinada matéria, ou seja, ela é origem, 
a fonte primária sobre um determinado assunto.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa 
e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. 
É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus 
sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas 
conclusões.
6
ORGAnIzAçãO DO LIVRO DIDáTICO
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Posicionamento do autor
Importante para diferenciar ideias e/ou conceitos, assim como ressaltar para o 
aluno noções que usualmente são objeto de dúvida ou entendimento equivocado.
7
Introdução
A disciplina Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas às Informações 
Gerenciais tem como principal objetivo sensibilizar você, futuro gestor, sobre a 
importância das ferramentas computacionais no cotidiano das organizações. O 
conteúdo desta disciplina está dividido em seis grandes blocos temáticos.
O primeiro bloco discute sobre Sociedade da Informação e suas características e 
potencialidades, além de definições da tríade: ciência, tecnologia e sociedade. No 
segundo, abordaremos os conceitos básicos de Informática e das Tecnologias de 
Informação e Comunicação.
No terceiro, quarto e quinto blocos, refletiremos sobre as potencialidades dos 
aplicativos, das ferramentas de internet, dos sistemas de informação e da Indústria 
4.0 para o processo de criação, administração e compartilhamento de conhecimento 
nas corporações.
Para finalizar, discutiremos de que forma as ferramentas computacionais podem 
contribuir para o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem nas empresas, 
em especial os cursos no formato e-learning . 
Objetivos
Este livro didático tem como objetivos:
 » Compreender o conceito sobre sociedade da informação e suas características, 
potencialidades, limites e desafios. 
 » Compreender a tríade: Ciência, Tecnologia e Sociedade.
 » Refletir sobre as potencialidades que os recursos computacionais (aplicativos, 
ferramentas de internet, sistemas de informação) oferecem para o processo de 
criação, administração e compartilhamento de conhecimento nas corporações.
 » Discutir as mudanças propostas pela Indústria 4.0.
 » Apresentar como as ferramentas computacionais contr ibuem para o 
desenvolvimento de estratégias de aprendizagem nas empresas, em especial 
os cursos no formato e-learning.
8
9
Apresentação
Neste capítulo, abordaremos a tríade conceitual: ciência, tecnologia e sociedade. Em 
seguida, será apresentado ao aluno a Sociedade da Informação e suas características. 
Discutiremos, ainda, sobre as transformações ocorridas nas organizações – as revoluções 
industriais – devido às demandas apresentadas pela sociedade contemporânea. 
Objetivos 
 » Compreender os conceitos de ciência, tecnologia e sociedade.
 » Compreender o conceito de sociedade da informação, suas características e 
potencialidades.
 » Entender a abordagem sobre o perfil das organizações na sociedade da informação 
e o período marcado pelas revoluções industriais.
1.1. Introdução
No mundo atual, a tecnologia tem se apresentado como o principal fator de progresso 
e de desenvolvimento. No paradigma vigente, ela é assumida como um bem social e, 
juntamente com a ciência, é o meio para a agregação de valores aos mais diversos produtos, 
tornando-se chave para a competitividade estratégica e para o desenvolvimento social 
e econômico de uma região.
Podemos iniciar observando que não é possível separar os conhecimentos científicos 
e os artefatos tecnológicos, pois entendemos que ambos estão relacionados. Onde 
há ciência, há tecnologia, e neste caso, tecnologia não é representada apenas por 
equipamentos de hardware ou infraestruturas complexas.
1CAPÍTULO
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
10
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
Além disso, a nossa história é constituída de diferentes fases. Em cada uma dessas fases, 
a humanidade se apresenta em diferentes momentos evolucionários. Tradicionalmente, 
para compreender melhor a evolução da humanidade, pesquisadores dividem-na em 
cinco grandes fases: Pré-história, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade 
Contemporânea. 
Entretanto, é importante destacar que existem outras formas de classificação. Uma 
dessas categoriza a evolução da humanidade em três grandes etapas com ênfase no 
desenvolvimento tecnológico, marcado por períodos revolucionários (Revoluções 
Agrícolas e Revoluções Industriais). Podemos denominar essas etapas como: Sociedade 
Agrícola, Sociedade Industrial e Sociedade da Informação. A seguir, conheceremos mais 
detalhadamente as características de cada uma das etapas e abordaremos conceitos da 
tríade: ciência, tecnologia e sociedade.
1.2. Ciência, tecnologia e sociedade
A palavra tecnologia é derivada do grego tekhne e representa o conjunto de técnicas, 
habilidades, métodos e processos usados na produção de bens ou serviços, ou na 
realização objetivos, como, por exemplo, em investigações científicas. O termo tecnologia 
pode ser usado para representar tanto o domínio de técnicas e processos quanto a 
implementação de funcionalidades em máquinas para que essas possam ser operadas 
sem o pleno conhecimento do seu funcionamento interno.
A palavra ciência (oriunda do latim scientia, traduzido como “conhecimento”) refere-se 
a qualquer conhecimento ou prática sistemáticos. Em sentido estrito, ciência refere-se 
ao sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico, bem como ao corpo 
organizado de conhecimentos conseguido por meio de pesquisas.
A ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca fatos, os 
mais gerais e abrangentes possíveis, bem como a aplicação das leis científicas; ambas 
especificamente obtidas e testadas através do método científico. Nestes termos, ciência 
é algo bem distinto de cientista, podendo ser definida como o conjunto que encerra em 
si o corpo sistematizado e cronologicamente organizado de todas as teorias científicas 
– com destaque normalmente dado para os paradigmas válidos – bem como o método 
científico e todos os recursos necessários à elaboração delas.
Após a II Guerra Mundial a imagem da ciência e da tecnologia passou a sofrer 
modif icações. Inic ia lmente, o desenvolvimento tecnológico foi va lor izado 
positivamente por ser considerado a alavanca do progresso e bem-estar social. As 
11
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
políticas públicas eram basicamente políticas de promoção, de maneira que no 
modelo linear de desenvolvimento tecnológico que se estabelecia, nãohavia lugar 
para as consequências negativas da mudança tecnológica. 
A ciência, ao longo dos anos, vem ganhando importância. Embora exista desde os 
primórdios da civilização, a ciência não era essencial para qualquer finalidade técnica 
até o século XVI, quando se tornou indispensável à navegação. Entretanto, continuou 
não tendo muitas aplicações até o século XIX, quando, então, se tornou necessária à 
Química e à Engenharia. 
O avanço científico e tecnológico possibilitou a Revolução Industrial. Porém, as máquinas 
oriundas da Revolução Industrial não foram simples presentes dos inventores delas. 
Elas decorreram da disponibilidade de capital e de mão de obra. As oportunidades que 
o mercado oferecia para a obtenção dos lucros fizeram com que o desenvolvimento 
científico-tecnológico ocorresse em grande velocidade. 
A partir da Revolução Industrial, os conhecimentos tecnológicos e a estrutura social 
foram modificados de forma acelerada. Porém, foi a partir da segunda metade do século 
XX que a humanidade mais acumulou conhecimentos e mais acelerou o processo de 
transformações sociais. 
Entretanto, não se pode negar que o desenvolvimento tecnológico é um processo 
irreversível para as pessoas (ou a sociedade) que o vivenciam. 
1.2.1. A visão tradicional da ciência 
A ciência tem recebido várias definições, mas uma das mais aceitas pela comunidade 
científica é a que declara: “a ciência é o conjunto de conhecimentos organizado sobre 
os mecanismos de causalidade dos fatos observáveis, obtidos através do estudo objetivo 
dos fenômenos empíricos”.
O conceito do desenvolvimento científico é um conceito de desenvolvimento completo, 
coordenado e sustentável baseado nos interesses do ser humano.
O desenvolvimento científico é um importante tema das sociedades contemporâneas. 
Além de ser tema de debates econômicos e sociais, o desenvolvimento científico também 
traz consigo uma série de questionamentos a respeito da adequação ética e da moralidade 
de determinadas descobertas e intervenções científicas, sobretudo no campo da saúde 
e do meio ambiente.
12
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
1.2.3. Tecnologia: sua origem e disseminação 
A tecnologia sofre e causa transformações profundas de caráter político, econômico, 
social e filosófico, desde o século XVII em diante. Ela nasceu quando a ciência, a partir 
do renascimento, aliou-se à técnica, com o fim de promover a junção entre o saber e o 
fazer (teoria e prática).
A tecnologia é um modo de produção e transformação que utiliza todos os instrumentos, 
invenções e artifícios e que, por isso, é também uma maneira de organizar e perpetuar 
as vinculações sociais no campo das forças produtivas.
A partir do século XVI, a tecnologia sofre e proporciona transformações profundas 
devido a fatores históricos, sociais, culturais, econômicos e políticos. E além de mudar 
padrões de comportamento, a tecnologia promove mudanças nas relações humanas, 
implicando o estabelecimento de outra visão do mundo exterior, diferentemente da 
visão dos povos antigos. 
Dessa forma, a tecnologia moderna não pode ser considerada um mero estudo da 
técnica, pois quando a ciência, a partir do renascimento, aliou-se à técnica, com o fim 
de promover a junção entre a teoria e a prática, nascia aí a tecnologia moderna. 
Existem três campos da ciência, e um deles é chamado de Ciências Sociais. O termo 
sociais está relacionado ao termo sociedade e, por sua vez, sociedade, na verdade, 
origina-se de uma palavra latina: societas, que significa “associação de amizade com 
vários”. Portanto, a sociedade é o assunto de estudo das Ciências Sociais, em especial 
a Sociologia. 
A sociedade constrói a ciência e a tecnologia e, ao mesmo tempo, a ciência e a 
tecnologia constroem a sociedade (FONSECA, 2010) . A sociedade, por tanto, 
constitui-se de um conjunto baseado em regras e compõe-se de pessoas, que 
constroem conhecimentos pela ciência por meio da tecnologia.
1.2.4. O relacionamento entre ciência, tecnologia e sociedade
Existe um forte relacionamento entre ciência, tecnologia e sociedade. Esses termos 
estão l igados por uma relação dialética. A palavra dialética leva a “caminho 
entre as ideias”. É um método de diálogo no qual a atenção é voltada para a 
contraposição e contradição de ideias e pensamentos que levam a outras ideias. 
Quando dizemos que a relação entre ciência, tecnologia e sociedade é dialética, 
estamos estabelecendo que cada termo desta relação determina os impactos 
sobre os demais termos (figura 1).
13
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
Figura 1. Relacionamento dialético entre ciência, tecnologia e sociedade.
 
 
Ciência
SociedadeTecnologia
Fonte: Santos (2014).
Portanto, há conceitos diferentes sobre sociedade, ciência e tecnologia, variando de acordo 
com o período histórico, a cultura, o contexto e a abordagem que lhes são atribuídos. 
Sociedade, ciência e tecnologia mantêm uma relação dialética contínua entre si, em 
constante interação e determinação mútua de impactos em sua evolução.
1.3. Sociedade Agrícola, Sociedade Industrial e Sociedade 
da Informação
Como foi destacado anteriormente, a história da humanidade pode ser apresentada 
de diferentes formas. Considerado o desenvolvimento tecnológico, podemos classificá-la 
em três grandes etapas.
1.3.1. A Sociedade Agrícola – Revoluções Agrícolas
A Sociedade Agrícola tem início no período anterior ao surgimento da escrita, antes de 
4.000 anos a.C. A população era basicamente rural, isto é, as pessoas viviam em pequenos 
agrupamentos nos campos. O processo da educação era baseado na oralidade. Sendo 
assim, a maior parte da população não era letrada. O conhecimento dessa sociedade 
era baseado em princípios místicos e religiosos. A produção dos bens de consumo 
era artesanal e, por isso, em baixa escala. A atividade comercial era baseada na troca 
(escambo), não havendo presença de moedas e padrões monetários.
A revolução agrícola foi um período de mudança no sistema de produção na Europa 
entre os séculos XVIII e XIX. Essa é denominada de segunda revolução agrícola.
14
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
A primeira revolução agrícola ocorreu 10 mil anos a.C., no período neolítico. Nessa época 
da história, os homens migraram do sistema de caça e coleta para a agricultura. Já a 
revolução agrícola contemporânea ocorreu com o incremento de tecnologias às técnicas 
até então aplicadas.
O objetivo era aumentar a produção e a produtividade. Os resultados foram obtidos por 
meio de técnicas como a rotação de cultura, a diversificação das sementes e a equalização 
do espaço para a pecuária. 
Na Inglaterra foi aprovada a lei que permitiu a compra de campos públicos pela alta 
burguesia. O ato forçava a migração dos pequenos agricultores para as cidades. Esses 
trabalhadores, mais tarde, seriam a mão de obra que iria abastecer as fábricas durante a 
Revolução Industrial. 
1.3.2. A Sociedade Industrial – Revoluções Industriais
A sociedade industrial pode ser caracterizada pela valorização do conhecimento 
técnico-científico que ocasiona o surgimento das máquinas a vapor e das industriais. 
As pessoas saem dos campos para as cidades. A produção deixa de ser manufatureira 
e passa a ser feita em larga escala por meio das linhas de produção. Há uma forte 
presença de atividade comercial baseada no capitalismo. Iniciam-se processos de 
escolarização da população, voltada para formação de mão de obra para atuar nas 
fábricas.
Primeira Revolução Industrial
Transformações ocorridas a partir do século XVI ocasionaram mudanças significativas 
nos aspectos sociais, políticos e econômicos. Tais transformações deram início ao período 
denominado sociedade iIndustrial. O seu início coincide com a Primeira Revolução 
Industrial ocorrida na Inglaterra, no final do século XVIII e início do século XIX.
A Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações econômico-sociais 
que começou na Inglaterra no século XVIII. O modo de produção industrial se espalhoupor grande parte do hemisfério norte durante todo o século XIX e início do século XX.
Chamamos de Revolução Industrial o processo que levou à substituição das ferramentas 
pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção 
doméstico (ou artesanal) pelo sistema fabril.
O advento da produção em larga escala mecanizada deu início às transformações 
dos países da Europa e da América do Norte. Estas nações se transformaram em 
predominantemente industriais e suas populações se concentraram cada vez mais 
nas cidades.
15
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
As máquinas foram inventadas com o propósito de poupar o tempo do trabalho 
humano. Uma delas era a máquina a vapor, que foi construída na Inglaterra durante 
o século XVIII. (figuras 2 e 3).
Figura 2. Máquina a vapor.
Fonte: https://www.pinterest.com.au/pin/533043305881526895/. Acesso em: 31 março 2020.
Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros também 
cresceram. Vários empresários, então, começaram a investir nas indústrias.
Figura 3. Impacto das máquinas a vapor na velocidade dos transportes.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_vapor. Acesso em: 31 março 2020.
O motor a vapor foi essencial para aumentar a produção das máquinas e a velocidade dos 
transportes.
A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam na 
miséria.
16
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de 
trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, 
abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se 
a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas 
por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, 
por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio-doença, descanso semanal remunerado 
ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e 
passavam por situações de precariedade.
Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco. A jornada de 
trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia para as 
crianças (figura 4).
Figura 4. Trabalho infantil em mina de carvão no condado de Cheshire, Lancashire, Inglaterra, 1842.
Fonte: Editora Moderna. Projeto Araribá: História 8o ano. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 85.
Figura 5. Fábrica no interior do Brasil, no período da primeira revolução industrial, em 1880
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_no_Brasil#/media/Ficheiro:Fabrica_brasil_1880.jpg. Acesso em: 31 
março 2020.
17
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
Causas da Revolução Industrial
A expansão do comércio internacional dos séculos XVI e XVII trouxe um extraordinário 
aumento da riqueza para a burguesia. Isto permitiu a acumulação de capital capaz de 
financiar o progresso técnico e o alto custo da instalação nas indústrias.
A burguesia europeia, fortalecida e enriquecida, passou a investir na elaboração de 
projetos para aperfeiçoamento das técnicas de produção e na criação de máquinas para 
a indústria.
Logo se verificou que se obtinha maior produtividade e se aumentavam os lucros quando 
se empregavam máquinas em grande escala.
Consequências da Revolução Industrial
A mecanização se estendeu do setor têxtil para a metalurgia, transportes, agricultura, 
pecuária e todos os outros setores da economia, inclusive o cultural.
A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na ordem 
econômica. Ao mesmo tempo, acelerou o êxodo rural, o crescimento urbano e a 
formação da classe operária.
Era o início de uma nova época, onde a política, a ideologia e a cultura gravitavam em 
dois polos: a burguesia industrial e financeira e o proletariado.
O longo caminho de descobertas e invenções foi uma forma de distanciar os países 
entre si, no que diz respeito ao poder econômico e político.
Af inal , nem todos se industr ia l izaram ao mesmo tempo, per manecendo na 
condição de fornecedores de matérias-primas e produtos agrícolas para os países 
industrializados.
Essas diferenças marcam até hoje as nações do mundo que são divididas entre países 
desenvolvidos e em desenvolvimento. Uma das maneiras de medir se um país é 
avançado é avaliar o quanto ele é industrializado.
Segunda Revolução Industrial
A p a r t i r d o f i n a l d o s é c u l o X I X , o p e r í o d o c o n h e c i d o c o m o a f a s e d a l i v re 
concorrência fica para trás e o capitalismo se torna cada vez menos competitivo 
e mais monopolista. Empresas ou países monopolizavam o comércio. Era a fase 
do capital ismo financeiro ou monopolista, marcada pela Segunda Revolução 
Industrial.
18
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
Nesta época, o Império Alemão surge como a grande potência industrial. Com a 
abundância do minério de ferro e uma cultura militar, os alemães, capitaneados 
pela Prússia, fazem reformas políticas e econômicas que vão unificar o país e dotá-lo 
de uma indústria poderosa.
Desde então se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico, visando 
à invenção e ao constante aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhor 
desempenho industrial.
Abriam-se as condições para o imperialismo colonialista e a luta de classes, formando 
as bases do mundo contemporâneo (figura 6).
Figura 6. Mulheres trabalhando em máquinas têxteis.
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/women-working-textile-machines-beaming-inspecting-244389922. 
Acesso em: 31 mar 2020.
Terceira Revolução Industrial
O ponto culminante do desenvolvimento industrial, em termos de tecnologia, teve início 
em meados do século XX, por volta de 1950, com o desenvolvimento da eletrônica, que 
permitiu o desenvolvimento da informática e a automação das indústrias.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), o mundo passa por grandes mudanças 
políticas, sociais e econômicas. A Alemanha é dividida em dois estados independentes, a 
República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, sob a responsabilidade, 
respectivamente, dos Países Aliados, liderados pelos Estados Unidos e a Inglaterra, e da 
União Soviética. A economia mundial sofre grandes transformações. Os Estados Unidos 
19
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
e a União Soviética se transformam nas maiores potências mundiais e estabelecem 
novos modelos econômicos e sociais, baseados no capitalismo e no socialismo.
A busca por esses dois países pela hegemonia do seu modelo político, econômico e 
social, fez surgir um novo conflito denominado Guerra Fria (1945-1991). A Guerra 
Fria foi uma luta ideológica, política e econômica entre os Estados Unidos e a União 
Soviética para estabelecimento do modelo que cada um deles julgava ser o mais 
adequado.
Esse foi o período de grande evolução tecnológica. Primeiramente, devido à corrida 
armamentista que objetivava a construção de um grande arsenal de armas nucleares 
pelas duas grandes potências. Em um segundo momento, por meio da corrida espacial 
que objetivava o desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais necessárias para o 
lançamento de mísseis e de foguetes. Durante a corrida espacial, a União Soviética 
se torna o primeiro país a enviar um homem à órbita da Terra e os Estados Unidos, 
a enviar uma missão tripulada à Lua. O setor de telecomunicações também sofreu 
grandes transformações durante a Guerra Fria, com o surgimento dos computadores e, 
posteriormente, da internet.
Essas grandes evoluções tecnológicas, em especial as Tecnologias de Informação e 
Comunicação ( TICs), trouxeram modificações significativas nos aspectos sociais, 
políticos, econômicos e culturais no final do século XX, por volta da década de 1980. 
Assim teve início uma nova fase da sociedade denominada Sociedade da Informação, 
também conhecida como Sociedadeem Rede e Sociedade do Conhecimento.
Deste modo, as indústrias foram dispensando a mão de obra humana e passaram a 
depender cada vez mais das máquinas para fabricar seus produtos. O trabalhador 
intervinha como supervisor ou em apenas algumas etapas da produção.
Essa fase de novas descobertas caracterizou a Terceira Revolução Industrial ou 
revolução informática e tecnológica.
1.3.3. A Sociedade da Informação
O termo sociedade da informação surgiu no século XX, a partir dos grandes avanços da 
tecnologia. A relevância que conquistou fez com que a tecnologia se tornasse essencial 
na definição do sistema social e econômico.
Após o desenvolvimento acelerado das telecomunicações e informática na década de 
1970, a sociedade apresentou novas condições para o processamento de informação. 
Isso motivou vários estudiosos a debaterem acerca da sociedade pós-industrial. E vários 
20
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
anunciaram que, a partir desse momento, os serviços e a estrutura central da nova 
economia seriam baseados na informação e no conhecimento.
A ideia de sociedade da informação está relacionada à estrutura socioprodutiva. 
No capitalismo moderno, o campo informacional é importantísimo no processo 
produtivo econômico, científico e cultural. Informação e conhecimento são fatores 
fundamentais na modelagem da produtiva, na qual se opera a apropriação de várias 
frentes: ciência e tecnologia, inovação e apropriação da cooperação e das relações 
sociais.
O advento das Tecnologias de Informação e Comunicação ( TICs), em especial os 
computadores e a internet, influencia diretamente diferentes aspectos sociais, políticos, 
econômicos e culturais da sociedade contemporânea. Diante disso, podemos afirmar 
que as tecnologias digitais influenciam de forma significativa diferentes setores da 
nossa sociedade.
De acordo com Castells (2007), a Sociedade da Informação pode ser caracterizada 
pela presença constante de tecnologias digitais mediando nossas ações em diferentes 
atividades do cotidiano, pois a maior parte das nossas atividades do dia a dia é feita 
utilizando algum tipo de artefato tecnológico.
As novas tecnologias permitem a interconexão entre áreas (públicas, privadas e pessoais) e 
segmentos da sociedade. Estamos conectados com diferentes esferas governamentais 
(governo municipal, estadual e federal), empresas dos mais variados ramos de atividades 
e com pessoas de diferentes localidades e nacionalidades. Sendo assim, vivemos em uma 
sociedade interligada em rede, favorecendo o estabelecimento de uma economia globalizada.
Além disso, podemos perceber que nesta sociedade há uma grande difusão e circulação de 
informação sobre os mais variados assuntos. Atualmente, é possível ter acesso aos mais 
variados assuntos e temas, seja por meio da internet ou das mídias de massa. É importante 
destacar que essas informações estão em constante modificação, exigindo que as pessoas 
também estejam sempre atualizadas. 
Na Sociedade Industrial, máquinas, matéria-prima, instalações e bens produzidos eram 
considerados elementos mais importantes. O poder e a relevância de uma organização eram 
Saiba mais
Para saber mais sobre a Sociedade da Informação, leia o livro de Manuel Castells intitulado Sociedade em Rede, da 
Editora Paz e Terra.
21
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
medidos segundo esses itens. Já na Sociedade da Informação, temos um cenário diferente. 
Os elementos mais valorizados são Informação e Conhecimento. 
Tomemos como exemplo a empresa Facebook, que se configura como uma das empresas 
mais importantes e inovadoras na atualidade. Entretanto, ela não possui grandes instalações 
nem maquinários, não produz matéria-prima e bens. O único elemento com que ela trabalha 
é a informação, permitindo que as pessoas gerem conhecimento por meio destas.
1.3.3.1. Sociedade da Informação x Sociedade do Conhecimento
A partir de 1990, surge o termo sociedade do conhecimento como uma alternativa ao 
termo sociedade da informação.
A informação associa-se à semântica, enquanto o conhecimento está associado ao 
pragmatismo, ou seja, algo existente no mundo real. E a informação desempenha um 
papel cada vez mais importante na vida social, cultural e política dos tomadores de 
decisões.
O termo Sociedade da Informação é um dos vários conceitos que tentam explicar o 
mundo contemporâneo. Outros termos como Sociedade do Conhecimento ou Nova 
Economia ou Economia do Conhecimento são, em alguns aspectos, mais precisos 
para discorrer sobre a sociedade pós-industrial.
O fundamental nesta discussão não é a “informação”, mas a “sociedade” que toma 
proveito dessa informação.
O conceito da sociedade da informação e do conhecimento também aparece com os 
evidentes avanços das tecnologias de informação e da comunicação.
Uma das características mais marcantes deste conceito é a participação dos indivíduos 
e sua integração e adaptação às novas tecnologias. Portanto, como consequência, surge 
deste tipo de ambiente uma necessidade muito grande de desenvolver habilidades 
para controlar e armazenar dados, e a capacidade de criar combinações e aplicações 
da informação. 
A sociedade da informação e do conhecimento está baseada em uma rede dinâmica de 
relacionamentos que penetram no ambiente do ciberespaço por meio de vários recursos 
de tecnologia: imagem, som, vídeo etc. 
As tecnologias fazem parte da nossa vida de uma maneira muito presente, tanto no 
campo individual quanto no campo da estrutura econômica e social. O conhecimento 
é um fator de produção. Isto ocorre porque a automação fez com que a informação 
fosse transformada em matéria-prima no processo de produção e manufatura de 
22
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
bens e serviços. Neste processo, a manipulação da informação ocorre por meio da 
inserção, remoção e atualização dos conteúdos para buscar resultados eficientes 
desse modo. 
Mas apenas a tecnologia não garante a produção de informações e conhecimentos. 
Neste novo contexto, existem múltiplas informações acessíveis em um curto período 
de tempo que, ao serem manipuladas e interpretadas, tendem a gerar conhecimentos.
1.3.3.2. Sociedade da Informação – potencialidades e limites
Sabemos que a Sociedade da Informação nos apresenta diversas potencialidades e 
facilidades. Entretanto, não podemos deixar de refletir sobre os seus limites e desafios 
éticos, políticos e sociais que esta apresenta.
O processo de globalização destaca uma característica importante: o argumento dos 
“fluxos de informação”, no qual é levada em conta a quantidade das informações, e não 
o seu conteúdo.
Os países, principalmente os menos desenvolvidos, que carecem de infraestrutura, 
de tecnologia e de educação, acabam sendo os mais prejudicados e vulneráveis 
às pressões comerciais, por falta de recursos financeiros que possam gerenciar e 
produzir recursos humanos e tecnológicos que levariam a uma situação de maior 
competitividade. Por outro lado, o funcionamento da empresa transnacional e sua 
atuação nos territórios influenciam negativamente as culturas locais, subordinadas 
ao processo de universalização do capital. As empresas estrangeiras na América 
Latina, por exemplo, ao imporem padrões de consumo e de exploração do trabalho, 
destroem o núcleo social dos valores e das práticas culturais (FROHMANN, 1993). 
Se antes os países possuíam um conjunto de valores e crenças, transmitidos de uma 
geração a outra e que permitiam uma coesão ao grupo, agora se caracterizam como 
tantas outras informações no contexto globalizante do capitalismo. Assim, o conjunto 
de hábitos, práticas sociais e tradições vai perdendo o significado que tinha para o 
grupo, de modo a ser incorporado em outros sistemas de valores e visões de mundo, 
que se definem a partir de uma concepção utilitarista, mercadológica e racional em 
nível mundial (GERBASI, 2017).
Como pode ser observado, apesar da presença constante das TICs no nosso cotidiano, o 
acesso às tecnologias digitais não é igualitário. A Sociedadeda Informação é tão excludente 
quanto as outras sociedades. Ela se mostra como uma sociedade dividida em ricos e 
pobres informacionais, favorecendo, assim, a exclusão digital e, consequentemente, a 
exclusão social.
23
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
Os ricos informacionais são as pessoas que possuem acesso às tecnologias digitais 
e sabem utilizar as ferramentas para seu crescimento pessoal e profissional. Já os 
pobres informacionais não possuem acesso ao computador e à internet e/ou não 
conseguem fazer uso desses recursos.
Dessa forma, podemos concluir que para reverter a exclusão digital são necessárias 
ações conjuntas que possibilitem a diminuição dos preços dos computadores e de acesso 
à internet e estratégias de capacitação para utilização desses artefatos tecnológicos.
Além da exclusão digital, devemos pensar sobre as questões relacionadas aos crimes 
virtuais, à proteção da propriedade intelectual e à utilização indevida de imagens na 
internet. Nesse caso, faz-se necessário rever a legislação atual para que esta possa se 
adequar às novas demandas. É também importante refletir sobre o desemprego e a 
desqualificação do trabalho ocasionado pela automação dos processos produtivos. 
Para minimizar essas questões, é importante o desenvolvimento de políticas de 
capacitação e formação de mão de obra qualificada. 
1.3.3.3. Vantagens e desvantagens
Surgida no contexto da pós-modernidade, a Sociedade da Informação é essencialmente 
informática e comunicacional, constituída principalmente pelos avanços da 
microeletrônica1, optoeletrônica2 e multimídia3.
Adquirir, armazenar, processar e disseminar informações são as metas básicas do novo 
sistema. A televisão, a telefonia e a internet são as grandes responsáveis pelo advento 
desta nova sociedade, cuja grande consequência é a desmaterialização dos espaços 
produtivos.
1 A microeletrônica é um ramo da eletrônica, voltado à integração de circuitos eletrônicos, promovendo uma miniaturização 
dos componentes em escala microscópica. A área engloba tanto os processos físico-químicos de fabricação dos circuitos 
integrados como o projeto do circuito em si. São considerados ramos desta área, igualmente, o desenvolvimento de software 
de apoio ao projeto de circuitos, modelagem de componentes, técnicas de teste, entre outras.
2 A optoeletrônica é normalmente considerada um subcampo da fotônica. Nesse contexto, luz frequentemente inclui formas 
invisíveis de radiação como raios gama, raios-X, ultravioleta infravermelho, em adição à luz visível. Aparelhos optoeletrônicos 
são transdutores elétrico para ótico ou ótico para elétrico, ou instrumentos que usam tais aparelhos em sua operação. 
3 A multimídia é a combinação, controlada por computador (computador pessoal, periférico e dispositivo móvel), de pelo 
menos um tipo de mídia estática (texto, fotografia, gráfico), com pelo menos um tipo de mídia dinâmica (vídeo, áudio, 
animação).
Para refletir
A exclusão digital envolve outros aspectos além do acesso às TICs. 
Quando uma pessoa não possui acesso às tecnologias digitais, ela não consegue se inserir na Sociedade da 
Informação, levando-a à exclusão social.
24
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
A grande vantagem é que os processos decisórios e empresariais são facilitados, pois 
podem ser realizados a distância por meio de videoconferência.
Além desse aspecto econômico do trabalho a distância, ferramentas digitais como 
bibliotecas digitais, correio eletrônico, banco on-line e redes sociais são marcantes na 
contemporaneidade.
A desvantagem é que as pessoas podem se tornar cada vez mais distantes tendo em 
conta essa facilidade comunicativa, que é, na verdade, uma barreira.
Além disso, as crianças e jovens vivem cada vez mais dependentes dos jogos e dos 
atrativos tecnológicos. Isso sem falar da exposição da vida pessoal propiciada pelas 
redes sociais, o que resulta num sério problema de segurança.
1.4. Sociedade em Rede
Quando o sociólogo espanhol Manuel Castells escreveu a trilogia Sociedade em rede – 
a era da informação: economia, sociedade e cultura, em 1999, ele insinuou que um 
novo mundo começou a surgir a partir dos anos 1970 e 1980, no qual a sociedade, 
economia e cultura estão inter-relacionadas devido à tecnologia, aparecendo, assim, 
uma sociedade em rede, também chamada de sociedade informacional.
Castells revela a existência de uma redefinição nas relações produtivas de poder e 
experiência no meio dos três pilares (economia, sociedade e cultura). As relações de 
produção foram transformadas em uma forma de capitalismo informacional e, para que 
elas sejam entendidas, faz-se necessária a análise do processo produtivo, do trabalho 
e do capital. 
A estrutura de interconexão em rede e mediação das interfaces tecnológicas nas 
atividades do cotidiano apresentam potencialidades e favorecem a criatividade, 
o espírito empreendedor, a inovação e o compartilhamento de informações e 
conhecimento. Elas também ampliam as possibilidades de expressão dos movimentos 
sociais, dificultando as suas ações e iniciativas de controle e repressão pelas 
instâncias governamentais. 
A grande difusão e a circulação de informação na atualidade exigem cada vez mais 
o aperfeiçoamento intelectual e técnico constante. As características referentes 
à Sociedade da Informação permitem estabelecer estratégias voltadas para a 
aprendizagem continuada por meio das ferramentas digitais, favorecendo o 
estabelecimento de comunidades de aprendizagem e a disseminação da inteligência 
25
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
coletiva (LÉVY, 1998). Um exemplo de estratégias de aprendizagem utilizando 
tecnologias são os cursos de treinamento ofertados na modalidade a distância. 
Sabemos que a Sociedade da Informação nos apresenta diversas potencialidades e 
facilidades. Entretanto, não podemos deixar de refletir sobre os seus limites e desafios 
éticos, políticos e sociais que esta apresenta.
Apesar da presença constante das TICs no nosso cotidiano, o acesso às tecnologias 
digitais não é igualitário. A Sociedade da Informação é tão excludente quanto as outras 
sociedades. Ela se mostra como uma sociedade dividida em ricos e pobres informacionais, 
favorecendo, assim, a exclusão digital e, consequentemente, a exclusão social.
1.5. O acesso à informação e ao conhecimento na 
Sociedade da Informação
No atual contexto produtivo, uma grande parte dos serviços e bens produzidos 
caracteriza-se pela sua imaterialidade, criando uma natureza econômica em função 
de novas modalidades de apropriação privada da informação e do conhecimento. 
O desenvolvimento tecnológico propicia um nível de circulação e produção que, 
por sua vez, vai produzir formas de mercados e concorrência em consequência do 
desenvolvimento tecnológico das comunicações, à medida que aumentam a socialização 
das informações.
A deformidade entre utilização social da informação científica pública e utilização 
privada constitui o núcleo da Economia do Conhecimento: o processo de apropriação 
privada está vinculado a uma “acumulação primitiva do capital às expensas do conjunto 
da sociedade; da informação científica como função pública, de cooptação da pesquisa 
das universidades, a partir de investimentos públicos, por parte da iniciativa privada 
(GERBASI, 2017).
Apesar disto, ela promove um paradoxo, à medida que a “socialização de informação” 
vai criar formas não econômicas de informação e conhecimento ao conjunto social 
(HERSCOVICI; BOLAÑO, 2005). É essa contradição permanente entre o acesso público 
e o caráter não público, portanto privado, da informação e do conhecimento que marca 
a Economia do Conhecimento e, além disso, sua apropriação privada, seja a partir de 
preços, seja a partir da implementação de direitos de propriedade intelectual (ciência 
e tecnologia). Essa especificidade faz surgir um tipo também específico de produção, 
denominada Economia do Conhecimento.
Além disso, a Economia do Conhecimento depende hoje da existência deenormes 
bancos de dados informatizados, que deverão ser constantemente renovados, não 
26
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
simplesmente no sentido de que novos dados serão agregados, mas também no sentido 
de uma codificação ininterrupta, o que exige o manejo de códigos em permanente 
atualização, articulando os “trabalhadores intelectuais” dos diferentes campos do saber, 
usuários daqueles bancos, e os “trabalhadores da informação”, qual sejam, os técnicos 
alimentadores e mantenedores dos bancos de dados (GERBASI, 2017).
1.6. O mundo corporativo no contexto da Sociedade da 
Informação
Como vimos anteriormente, o advento das tecnologias computacionais e da internet 
impactaram de forma significativa a nossa sociedade trazendo mudança significativa 
para o nosso dia a dia. E no mundo corporativo não seria diferente.
A presença massiva das TICs vem proporcionando transformações significativas nos 
processos econômicos e no meio empresarial. Essas transformações exigem cada vez 
mais que as organizações estejam preparadas para lidar com as demandas da Sociedade 
da Informação, tornando-se mais competitivas e inovadoras. As empresas precisam 
rever os seus processos produtivos, tornando-os mais racionais, flexíveis e eficientes.
Cada vez mais, os consumidores ficam informados sobre a diversidade e a qualidade de 
produtos e serviços disponíveis. Podem facilmente encontrar informações detalhadas, 
comparar preços e dar lances em leilões eletrônicos e, em alguns casos, podem até 
mesmo informar o preço que está disposto a pagar. Os consumidores buscam produtos 
personalizados, de alta qualidade e baixo preço, obrigando a empresa a corresponder 
a tais expectativas, sob pena de perder seus clientes.
Novas tecnologias aceleram as forças competitivas ao criar substitutivos de produtos, 
opções alternativas de serviços e qualidade superiores. As redes de telecomunicação 
respondem por um acúmulo crescente da informação. A acessibilidade, a usabilidade 
e a gestão de dados, as informações e os conhecimentos, necessários para gerir uma 
organização, tornaram-se cruciais em nosso atual estágio de desenvolvimento.
As interfaces entre as empresas e a sociedade estão crescendo e mudando velozmente. 
As Tecnologias de Informação podem ajudar a proteger e prevenir ataques maliciosos 
às organizações, fornecendo sistemas de segurança e identificação de padrões de 
comportamento associados a essas atividades como, por exemplo, ciberataques.
Para atender a novas demandas, as organizações precisam modificar as suas estruturas e 
seus processos. Estando, dessa forma, mais bem preparadas para lidar com as demandas 
e mudanças do mercado, tais como o surgimento de novos negócios e mercados e/ou 
o desaparecimento de segmentos de mercados já consolidados. Para isso, é essencial 
que as organizações rompam com os modelos de gestão consolidados pela Sociedade 
Industrial.
27
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
A seguir será apresentado um quadro comparativo que mostra as diferenças entre uma 
organização da Sociedade Industrial e uma organização da Sociedade da Informação.
Quadro 1. Sociedade Industrial x Sociedade da Informação.
EMPRESA NA SOCIEDADE INDUSTRIAL EMPRESA NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Enfoque analítico e atomístico4 Enfoque macro e holístico
Ênfase no individualismo e distanciamento entre as 
pessoas Ênfase no compartilhamento e na participação
Autoridade centralizadora Autoridade facilitadora e democrática
Especialização excessiva do trabalho Visão generalizada do trabalho
Economia de escala, tendência ao gigantismo e à 
centralização Descentralização, resguardando-se a integração
Valorização da quantidade Valorização da qualidade associada à quantidade
Empresário avesso ao risco, voltado para a busca do 
protecionismo Empresário empreendedor, criativo e competitivo
A grande alavanca é o dinheiro A grande alavanca é a informação, o conhecimento e a 
educação
Investimento em máquinas e instalações Investimento nos aspectos humanos
Fonte: Borges (2000).
É necessário destacar que, sendo a informação o elemento mais importante da 
sociedade atual, é preciso pensar em estratégias que possibilitem trabalhar as 
informações disponíveis para que possamos gerar conhecimentos, favorecendo o 
posicionamento estratégico e agregando valor competitivo às organizações.
No contexto da Sociedade da Informação, as respostas tradicionais que as organizações 
dão às demandas, constantemente, podem se mostrar ineficazes em face dessa nova 
sociedade. A utilização das TICs é uma forte resposta que as organizações podem dar 
para suavizar os impactos das demandas geradas na atualidade.
4 Atômico ou atomístico (adj) – Que é relativo ao átomo. No sentido figurado, é aquilo que tem efeitos rápidos e enérgicos.
Sintetizando
Vimos até agora:
 » Os conceitos da tríade: ciência, tecnologia e sociedade e seu relacionamento.
 » A classificação da sociedade quanto ao desenvolvimento tecnológico: Sociedade Agrícola, Sociedade Industrial e 
Sociedade da Informação, e suas características históricas. 
O novo modelo político, econômico, social e cultural oriundo da revolução das tecnologias de informação e 
comunicação, denominado Sociedade da Informação.
Os novos termos: Sociedade do Conhecimento e Economia do Conhecimento.
A Sociedade em Rede.
 » A instrumentalidade do acesso à informação e ao conhecimento na Sociedade da Informação.
 » O novo perfil das organizações advindas das demandas da Sociedade da Informação.
28
2.1. Introdução
Neste capítulo discutiremos sobre os conceitos de técnica e tecnologia e, ainda, sobre 
os impactos da evolução tecnológica na sociedade e sobre as principais Tecnologias de 
Informação e Comunicação existentes. Você também terá oportunidade de conhecer os 
conceitos essenciais relacionados à área de Informática. 
Figura 7. Ilustração sobre TICs.
Fonte: https://avaeticsnaeducacao.wordpress.com/2016/08/27/a-utilizacao-das-tics-na-educacao-e-recomendacoes-para-
sua-aplicacao/. Acesso em: 31 março 2020.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
 » Elaborar o conceito de Técnica, Tecnologia e TICs.
 » Refletir sobre a evolução das tecnologias e seus impactos na sociedade.
2CAPÍTULO
COnCEITOS DE TICs
29
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
 » Discutir sobre as principais Tecnologias de Informação e Comunicação presentes na 
sociedade.
 » Conhecer os conceitos essenciais relacionados à área da Informática.
No primeiro capítulo da nossa disciplina, discutimos sobre a Sociedade da Informação, 
suas características, potencialidades e desafios. Diante disso, as organizações empresariais 
precisam romper o paradigma da Sociedade Industrial na busca de atender às novas 
demandas apresentadas pelo mercado. Para atender a essas demandas, as empresas 
precisam compreender que o conhecimento e a informação assumem papel central no 
contexto organizacional.
Neste capítulo, conheceremos os principais conceitos relacionados à área de 
Informática. Esses conceitos serão de grande importância para que possamos refletir 
sobre a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação nos processos 
gerenciais.
2.2. A técnica e a tecnologia
A Técnica é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objetivo obter 
determinado resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra 
atividade. No ser humano, a técnica surge de sua relação com o meio e se caracteriza 
por ser consciente, reflexiva e inventiva, tendo como objetivo central a transformação 
de dada realidade. A palavra técnica se origina do grego techné, cuja tradução é arte.
A técnica diz respeito ao “modo de fazer”, e o modo de fazer as coisas envolve procedimentos, 
métodos, e também objetos. Vamos pensar na culinária: a culinária é uma técnica que 
utiliza procedimentos, ingredientes e objetos diferentes para alcançar seu resultado 
final. O mesmo se pode dizer da dança e da medicina. As técnicas, portanto, envolvem 
objetos, masnão se resumem aos objetos. Elas dizem respeito ao modo de fazer, aos 
métodos e procedimentos envolvidos nas ações.
No entanto, como já foi possível perceber, as técnicas podem sempre ser aprimoradas 
por novos elementos. É aí que entra a Tecnologia.
A Tecnologia é o estudo dos ofícios, das práticas, procurando aprimorá-las. Para 
aprimorar as práticas, estes estudos da “lógica do ofício”, ou seja, tecnológicos, 
podem desenvolver novas técnicas (novos modos de fazer) e/ou novas ferramentas 
e instrumentos (meios de fazer). Sendo assim, a Tecnologia é o campo de criação de 
formas e meios de aprimorar as técnicas humanas e ampliar a capacidade da sociedade 
de alcançar seus objetivos. Dependendo do contexto, tecnologia pode ser:
30
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
 » ferramentas e máquinas que ajudam a resolver problemas;
 » técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e processos usados para 
resolver problemas ou ao menos facilitar a solução destes;
 » método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia de manufatura, a 
tecnologia de infraestrutura ou a tecnologia espacial);
 » a aplicação de recursos para a resolução de problemas;
 » o termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de conhecimento 
científico, matemático e técnico de determinada cultura;
 » na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de como combinar 
recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento do que pode ser 
produzido).
Podemos concluir, portanto, que as inovações tecnológicas não dizem respeito apenas à 
criação de máquinas, mas, também, à criação de modos de realizar as ações humanas de 
maneira mais eficiente e alcançando resultados mais eficazes.
No que se refere à Revolução das Tecnologias Digitais, a sociedade atual recebe o impacto 
de pelo menos dez tecnologias ou processos tecnológicos que acarretam mudanças 
significativas no cotidiano das pessoas e no ambiente organizacional. Vamos conhecê-los.
A primeira delas é a Microeletrônica. A Microeletrônica é ramo da Eletrônica voltado à 
miniaturização de circuitos eletrônicos. Tem por objetivo criar componentes eletrônicos 
cada vez menores, mais rápidos e mais baratos. Seu surgimento possibilitou, a partir 
da metade do século XX, não só uma revolução tecnológica, mas, também, econômica, 
industrial, social e cultural que viabilizou, ao longo do tempo, o computador pessoal, a 
tomografia computadorizada, o palmtop, a telefonia celular, o GPS, a internet, o home 
theater, o serviço de telecomunicações e diversas outras aplicações, serviços e produtos 
presentes no nosso cotidiano.
Em segundo lugar, podemos considerar o computador e softwares. O computador é 
ferramenta básica utilizada em todos os setores da atividade humana. Caracteriza-se 
por ser um componente eletrônico capaz de receber, armazenar e processar dados, de 
modo organizado e previamente programado e devolvê-los com a resposta para uma 
tarefa específica. Todo o processo de recebimento, armazenamento e processamento de 
dados é controlado pelos softwares. São os softwares que encaminham as instruções de 
funcionamento para os computadores.
A internet é outra tecnologia que trouxe impactos significativos para a sociedade. 
Ela acarretou transformações na economia e na sociedade, e tem sido a responsável 
31
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
por derrubar fronteiras ao fornecer um fluxo contínuo e crescente de informação, 
conhecimento, notícias, ideias, críticas, contestações, modismos, campanhas ou 
apelos de qualquer natureza. Também não se pode deixar de citar a comunicação 
sem fio (wireless), fibra ótica e rede de computadores. A primeira é responsável pela 
transmissão e recepção por sinais de rádio desde o telefone celular, comunicação 
via satélite e redes de computadores sem fio. A segunda permite a transmissão de 
informação em fluxo constante, intenso, interativo e bidirecional, sendo utilizada 
em sistemas que exigem alta largura de banda, tais como sistemas telefônicos e 
videoconferência, entre outros. A terceira oferece uma estrutura que possibilita a 
interconexão entre dois ou mais computadores, permitindo a troca de informações 
e compartilhamento de recursos.
Por último, mas não menos importante, destacamos o armazenamento em massa 
(mass storage), a nanotecnologia, convergência tecnológica e a Indústria 4.0. O mass 
storage refere-se ao armazenamento de grandes quantidades de informação por meios 
que incluem disco rígido, memória flash, disco ótico e fita magnética. Inclui dispositivo 
com meios removíveis e irremovíveis. 
Já a nanotecnologia está associada a diversas áreas como a Medicina, Eletrônica, 
Ciência da Computação, Física, Química, Biologia, Engenharia dos Materiais e Produção 
na Escala Nanoatômica. Ela tem por princípio a construção de estruturas e novos 
materiais a partir dos átomos. A convergência tecnológica se volta para a integração 
de diversos serviços como dados, vídeo, som e canais de comunicação em uma única 
infraestrutura tecnológica, como os aparelhos de smartphone. 
A Indústria 4.0 ou quarta revolução industrial promove o surgimento de produtos mais 
complexos, com inteligência avançada e de alta conectividade, o que tem propiciado a 
reinvenção da indústria mundial. A implantação de soluções desenvolvidas com base 
em conceitos de IoT (Internet das Coisas), inteligência artificial, análise de dados (Tripé 
da Indústria 4.0), realidade aumentada e design paramétrico têm permitido ciclos de 
inovação mais curtos, processos produtivos velozes e flexíveis, tomadas de decisão mais 
rápidas, produtos altamente customizados, além de alto controle sobre a qualidade do 
resultado final. 
A convergência entre tecnologias de TI e automação industrial criou um ambiente 
de produção físico-cibernético totalmente integrado, onde a troca de informações 
entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas é direta e intensa. Esta comunicação 
entre elementos com diferentes linguagens demanda a utilização de um padrão 
unificado de linguagem, garantindo a segurança na troca de informações, eliminando 
as restrições relacionadas aos padrões proprietários vigentes.
32
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
2.3. Tecnologias da Informação e Comunicação
Você consegue imaginar a sua vida hoje sem computadores, sem smartphones, sem 
aplicativos, sem internet e até sem as redes sociais? Difícil, não é? Então, por qual razão 
você poderia pensar que as vantagens das tecnologias da informação e comunicação 
nas empresas são motivos mais do que suficientes para investir nisso? Pois acredite, 
muitas empresas ainda pensam que os custos com TIC são muito “altos”. 
A grande verdade é que sem um investimento mínimo em tecnologia, em muitos 
segmentos, hoje, é quase impossível progredir. É por isso que você deve considerar 
investir em tecnologia da informação na sua companhia. Mais do que um diferencial 
competitivo, em muitos casos ela pode significar a manutenção do seu negócio vivo 
perante a concorrência.
A importância das novas Tecnologias de Informação e da Comunicação ( TICs) na 
sociedade de atualmente é um fato. Além disso, uma parte muito significativa da 
humanidade é hoje diretamente afetada pelas transformações provocadas pelas 
TICs do plano econômico ao social. 
O setor de TICs representa as atividades industriais, comerciais e de serviços que 
capturam eletronicamente, transmitem e disseminam dados e informações. Dentre 
essas atividades podem ser destacados os produtos e serviços relacionados à 
informática, às telecomunicações e à microeletrônica. 
Esse setor se destaca por possuir expressivo dinamismo econômico e tecnológico, 
que além do mais, se difunde às demais cadeias de produto e processo em que se 
insere. Além disso, abrange uma gama variada de segmentos que impactam de forma 
significativa o crescimento econômico e o bem-estar social dos países. 
Produtos de opções políticas e de evoluções sociais, e não de meras revoluções 
técnicas, as TICs alteram as relaçõesde espaço e tempo, geram novos e imprevisíveis 
caminhos na comunicação entre os homens, sobretudo devido ao imenso potencial 
de interatividade que desencadeiam, abrem ilimitadas oportunidades de acesso à 
informação e à inovação, como automatização da produção, eficiência de processos 
organizacionais, gestão de negócios, comércio globalizado, bancos de dados 
especializados, altas taxas de conectividade, comunicação eficiente e segura, maior 
oportunidade de negócios, relacionamentos interpessoais, além de facilidade e 
agilidade na troca de informações. 
33
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
2.3.1. Como podemos conceituar as Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TICs)? 
É um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, 
por meio das funções de hardware , software e telecomunicações, a automação 
e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e 
aprendizagem.
As TICs são recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação. 
Esse conceito enquadra-se na visão de gestão da Tecnologia da Informação e do 
Conhecimento. 
As Tecnologias da Informação e Comunicação podem ser todo e qualquer dispositivo 
que tenha capacidade para tratar dados e/ou informações, tanto de forma sistêmica 
como esporádica, quer esteja aplicada ao produto, quer esteja aplicada ao processo 
(CRUZ, 1998). 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) referem-se ao papel da comunicação 
(seja por fios, cabos, ou sem fio) na moderna tecnologia da informação. Entende-se 
que TICs consistem em todos os meios técnicos usados para tratar a informação 
e auxi l iar na comunicação, o que inclui o hardware de computadores, rede, 
telemóveis. Em outras palavras, TICs consistem em TI, bem como quaisquer 
formas de transmissão de informações e correspondem a todas as tecnologias 
que inter ferem e mediam os processos infor macionais e comunicativos dos 
seres. Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos 
integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardware, software 
e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da 
pesquisa científica, de ensino e aprendizagem, entre outras.
2.3.2. A grande revolução no cenário das tecnologias da 
informação: o computador
A última grande revolução no cenário das tecnologias da informação foi, sem dúvida, a 
criação do computador e, posteriormente, a rede mundial de computadores, a internet. 
Tanto o computador quanto a internet foram criados inicialmente para atender, 
explicitamente, a interesses militares. O computador foi criado pelas Forças Armadas 
americanas durante a Segunda Guerra Mundial e a internet na década de 1960, no 
período da Guerra Fria.
2.3.2.1. A história dos computadores
A evolução dos computadores acompanhou a evolução da sociedade durante os séculos 
século XX e XXI. Entretanto, a história do computador não teve início apenas na 
modernidade.
34
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
Lembre-se de que os computadores são aparelhos eletrônicos que recebem, armazenam 
e produzem informações de maneira automática. Eles fazem parte do nosso cotidiano, 
sendo cada vez maior o número de computadores usados no mundo.
A palavra computador vem do verbo “computar” que, por sua vez, significa “calcular”. 
Sendo assim, podemos pensar que a criação de computadores começa na idade 
antiga, já que a relação de contar já intrigava os homens. Dessa forma, uma das 
primeiras máquinas de computar foi o “ábaco”, instrumento mecânico de origem 
chinesa criado no século V a.C. Assim, ele é considerado o “primeiro computador”, 
uma espécie de calculadora que realizava operações algébricas.
Figura 8. ábaco.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
No século XVII, o matemático escocês John Napier foi um dos responsáveis pela 
invenção da “régua de cálculo”. Trata-se do primeiro instrumento analógico de 
contagem capaz de efetuar cálculos de logaritmos. Essa invenção foi considerada a 
mãe das calculadoras modernas.
Figura 9. Régua de Cálculo.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-
computadores-80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
35
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
Por volta de 1640, o matemático francês Pascal inventa a primeira máquina de 
calcular automática. Essa máquina foi sendo aperfeiçoada nas décadas seguintes 
até chegar ao conceito que conhecemos hoje. 
A primeira calculadora de bolso capaz de efetuar os quatro principais cálculos 
matemáticos foi criada por Gottfried Wilhelm Leibniz. Esse matemático alemão 
desenvolveu o primeiro sistema de numeração binário moderno que ficou conhecido 
como “Roda de Leibniz”.
Figura 10. Roda de Leibniz.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
A primeira máquina mecânica programável foi introduzida pelo matemático francês 
Joseph-Marie Jacquard. Tratava-se de um tipo de tear capaz de controlar a confecção 
dos tecidos através de cartões perfurados.
George Boole (1815-1864) foi um dos fundadores da lógica matemática. Essa nova 
área da matemática se tornou uma poderosa ferramenta no projeto e estudo de 
circuitos eletrônicos e arquitetura de computadores.
Já no século XIX, o matemático inglês Charles Babbage criou uma máquina analítica 
que, grosso modo, é comparada com o computador atual com memória e programas. 
Por meio dessa invenção, alguns estudiosos o consideram o “Pai da Informática”.
Alan Turing foi um matemático e criptógrafo inglês, considerado atualmente o pai 
da computação, uma vez que, por meio de suas ideias, foi possível desenvolver o que 
chamamos hoje de computador. Turing também ficou muito conhecido como um dos 
responsáveis por decifrar o código utilizado pelas comunicações nazistas durante a 
Segunda Guerra Mundial.
Por meio do seu trabalho, foi desenvolvida uma máquina conhecida como bomba 
eletromecânica (The Bombe, em inglês) ou máquina de Turing, que decifrou o código 
da máquina Enigma, utilizada pelos alemães, e permitiu que os aliados tivessem acesso 
a informações privilegiadas ao longo da guerra. 
36
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
A máquina de Turing foi criada em 1936, muito tempo antes da invenção dos computadores 
modernos. Até hoje, a maior parte dos nossos dispositivos eletrônicos, como celulares e 
computadores, são máquinas programáveis, que operam de acordo com os fundamentos da 
máquina de Turing. 
Assim, as máquinas de computar foram, cada vez mais, incluindo a variedade de cálculos 
matemáticos (adição, subtração, divisão, multiplicação, raiz quadrada, logarítmos etc.). 
Atualmente, é possível encontrar máquinas de computar muito mais complexas. 
O computador, tal qual conhecemos hoje, passou por diversas transformações e foi se 
aperfeiçoando ao longo do tempo, acompanhando o avanço das áreas da matemática, 
engenharia e eletrônica. É por isso que não existe somente um inventor.
De acordo com os sistemas e ferramentas utilizados, a história da computação está 
dividida em quatro períodos/gerações.
A Primeira Geração (1951-1959)
Os computadores de primeira geração funcionavam por meio de circuitos e válvulas 
eletrônicas. Possuíam o uso restrito, além de serem imensos e consumirem muita energia.
Um exemplo é o ENIAC (Eletronic Numerical Integrator and Computer) que consumia cerca 
de 200 quilowatts e possuía 19.000 válvulas.
Figura 11. Computador EnIAC.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
37
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
A Segunda Geração (1959-1965)
Ainda com dimensões muito grandes, os computadores da segunda geração 
funcionavam por meio de transistores, os quais substituíram as válvulas que eram 
maiores e mais lentas. Nesseperíodo já começa a se espalhar o uso comercial.
Figura 12. Computador da segunda geração utilizando transistores.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
A Terceira Geração (1965-1975)
Os computadores da terceira geração funcionavam mediante o emprego de 
circuitos integrados/chips . Esses substituíram os transistores e já apresentavam 
uma dimensão menor e maior capacidade de processamento. Foi nesse período 
que a utilização de computadores pessoais começou.
Figura 13. Computador da terceira geração utilizando circuitos integrados.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
38
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
A Quarta Geração (1975 – até os dias atuais)
Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, os computadores diminuem de 
tamanho, aumentam a velocidade e capacidade de processamento de dados. São incluídos 
os microprocessadores com gasto cada vez menor de energia.
Nesse período, mais precisamente a partir da década de 1990, há uma grande expansão dos 
computadores pessoais.
Figura 14. Computador da quarta geração.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
Além disso, surgem os softwares integrados e, a partir da virada do milênio, começam 
a surgir os computadores de mão. Ou seja, os smartphones, iPod, iPad e tablets, que 
incluem conexão móvel com navegação na web.
Figura 15. Evolução dos computadores.
 
 
Evolução dos Computadores 
1960 1970 1980 1990 2000 2010 2015 
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
Segundo a classificação, nós pertencemos à quarta geração dos computadores, o que tem 
revelado uma evolução incrível nos sistemas de informação.
39
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
Observe que antes a evolução dos computadores ocorria de maneira mais lenta. Com o 
desenvolvimento da sociedade, podemos ver a evolução dessas máquinas em dias ou meses.
Alguns estudiosos preferem acrescentar a “Quinta Geração de Computadores”, com o 
aparecimento dos supercomputadores, utilizados por grandes corporações como a NASA. 
Nessa geração, é possível avaliar a evolução da tecnologia multimídia, da robótica e 
da internet. Onde o futuro busca a miniaturização contínua com a nanotecnologia, 
computadores óticos – utilização de um cubo ótico e o cruzamento de feixes de luz, e 
computadores quânticos – átomos desempenhando o papel dos transistores.
2.4. Os componentes das Tecnologias da Informação e 
Comunicação 
 » O hardware e seus dispositivos e periféricos; 
 » O software e seus recursos; 
 » Os sistemas de telecomunicações;
 » A gestão de dados e informações. 
2.4.1. O hardware
O hardware corresponde aos componentes físicos do computador, ou seja, são as peças 
e aparatos eletrônicos que, ao se conectarem, fazem o equipamento funcionar. Ele é 
uma estrutura formada por peças eletrônicas, magnéticas e mecânicas. O hardware é 
constituído pelos seguintes componentes:
 » Unidade central de processamento (CPU): manipula os dados e controla tarefas 
realizadas pelos outros componentes.
 » Dispositivos de entrada: aceitam dados e instruções e os convertem em uma forma 
que o computador possa entendê-los. Exemplo: teclado e mouse.
 » Dispositivos de saída: apresentam os dados de forma que as pessoas possam 
entendê-los. Exemplo: monitor e impressora.
 » Memória principal : armazenamento interno e temporário dos dados e 
instruções de programação durante o processamento. Também armazena 
resultados intermediários de processamento. Exemplo: memórias ROM (Read 
Only Memory – Memória Somente para Leitura e RAM (Random Access Memory 
– Memória de Acesso Aleatório).
40
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
 » Memória secundária: armazenamento externo de dados e programas. Exemplo: 
disco rígido, DVD e pendrive.
 » Dispositivos de comunicação: permitem o fluxo de dados das redes externas de 
computadores para a CPU e da CPU para as redes de computadores. Exemplo: placa 
de rede, switch, roteador.
Figura 16. Os componentes de hardware do computador.
 
 
Caixa de som 
Monitor 
Fonte de energia Drive de DVD/CD 
Placa-mãe 
Processador 
Memória 
Placa de vídeo 
Placa de som 
Disco rígido Leitor interno 
Mouse 
Teclado 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/hardware-e-software/. Acesso em: 31 março 2020.
2.4.2. O software
Os softwares representam todas as instruções que o computador recebe pelo usuário 
para que determinada tarefa seja executada. Para isso, ele utiliza códigos e linguagem de 
programação. 
Nenhuma ação pode ser executada em um hardware sem que esse receba instruções. 
Essas instruções são chamadas de software ou programas de computador. Eles são 
classificados de duas formas:
 » Software de sistema: são programas que permitem a interação do usuário com a 
máquina. Como exemplo, podemos citar o Windows, que é um software pago; e o 
Linux, que é um software livre;
 » Software de aplicativo: são programas de uso cotidiano do usuário, permitindo a 
realização de tarefas, como os editores de texto, planilhas, navegador de internet etc.
41
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
Figura 17. Exemplos de software.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/hardware-e-software/. Acesso em: 31 março 2020.
2.4.3. Diferenças entre hardware e software
Em todos os equipamentos, o software atua informando as tarefas a serem realizadas, para 
que, assim, sejam executadas pelo hardware.
Conheça no quadro a seguir as principais diferenças entre hardware e software.
Quadro 2. Diferenças entre hardware e software.
Hardware Software
O que são Elementos físicos que formam o 
equipamento.
Programas ou sistemas que fazem o equipamento 
funcionar.
Função Atua como sistema de entrega do 
software.
Executa uma tarefa específica, o qual fornece as 
instruções ao hardware.
Tempo de vida Pode estragar com o tempo. Pode ficar desatualizado.
Desenvolvimento Criado a partir de materiais 
eletrônicos.
Criado por meio de códigos e linguagem de 
programação.
Inicialização Funciona quando o software é 
carregado. Instalado no equipamento para que esse funcione.
Manutenção As peças podem ser substituídas por 
outras. Pode ser reinstalado.
Fonte: Elaboração da autora.
2.4.4. O computador
Todo equipamento ou componente eletrônico capaz de receber, armazenar e processar 
dados, de modo organizado e previamente programado, e devolvê-los com a resposta 
para uma tarefa específica. Com base em suas capacidades de processamento, os 
computadores são classificados como:
42
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
Su p e rc o m p u t a d o re s : c o m m a i o r c a p a c i d a d e d e p ro c e s s a m e n t o, s ã o m u i t o 
i m p o r t a n t e s p a ra g ra n d e s m o d e l o s d e s i m u l a ç ã o d e f e n ô m e n o s re a i s , q u e 
exigem representações e cálculos matemáticos complexos ou para a criação e o 
processamento de imagens como simular previsões climáticas. São muito usados 
nas áreas científicas e militares, apesar de o seu uso na área de negócios ter 
aumentado à medida que seu preço diminui.
Computadores paralelos massivos: utilizam grande número de processadores que 
dividem e processam, de forma independente, pequenas porções de grandes problemas. 
Esses problemas consomem toda a capacidade de processamento de um único 
computador convencional e, por isso, é preciso utilizar os processadores de diversos 
computadores ao mesmo tempo.
Mainframe: usado para o processamento de dados centralizado, utiliza grandes 
bancos de dados e aplicativos que permitem que os dados e as informações sejam 
compartilhados por toda a organização.
Minicomputadores : também chamados de computadores de médio porte, são 
projetados para realizar tarefasespecíficas, tais como controle de processos, pesquisa 
científica e aplicações de engenharia. As organizações ganham maior flexibilidade 
corporativa distribuindo o processamento de dados para minicomputadores em 
unidades espalhadas pela empresa do que utilizando a computação centralizada num 
único local.
Estações de Trabalho (Workstations): proporcionam altos níveis de desempenho 
exigidos pelos usuários por fornecerem alta capacidade de processamento gráfico e 
matemático.
Computadores Pessoais (PCs): chamados também de microcomputadores/micros, 
representam a categoria menor e mais barata de computadores de uso geral. Podem 
ser subdivididos em duas categorias, baseadosem seu tamanho: desktops e notebooks. 
Os computadores desktop possuem desenho modular, com unidades separadas como 
monitor, teclado e CPU, mas interligadas. Os notebooks com estrutura integrada são 
projetados para oferecer maior conforto e mobilidade, permitindo às pessoas utilizarem 
esse equipamento em qualquer local.
2.5. As redes de comunicação
Redes de comunicação estabelecem a forma-padrão de interligar computadores e sistemas 
para o compartilhamento de recursos físicos ou lógicos. Uma rede de comunicação é 
constituída pelos seguintes componentes:
43
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
 » Servidores: computadores com alta capacidade de processamento e armazenagem 
que têm por função disponibilizar serviços, arquivos ou aplicações a uma rede.
 » Estações de trabalho: também chamadas de clientes, são computadores usados para 
acesso aos serviços disponibilizados pelo servidor ou para executar tarefas locais.
 » Sistema operacional de rede: software de controle que dá suporte à rede.
 » Meios de transmissão de dados: os meios (ou links) mais utilizados são os cabos par 
trançado, coaxial, fibra ótica e o ar, sendo este último por redes wireless.
 » Dispositivos de rede: são meios físicos necessários para a comunicação entre os 
componentes participantes de uma rede (hub, switch, roteador).
 » Protocolos de comunicação: para que seja possível a comunicação entre todos os 
dispositivos de rede, estes devem falar a mesma “linguagem”, ou seja, o mesmo protocolo. 
O protocolo mais usado atualmente é o TCP/IP.
Figura 18. Uma estrutura de rede. 
 
 
Wireless 
Servidores 
Roteador 
Rede Cabeada Internet 
Fonte: https://www.hardware.com.br/tutoriais/endereco-ip-cidr/. Acesso em: 31 março 2020.
As redes de computadores classificam-se em:
Quanto à área de abrangência ou área de dispersão geográfica:
 » Personal Area Network (PAN): também chamada de rede Pessoal, é formada por 
dispositivos conectados com ou sem fio, muito próximos uns dos outros, como 
celulares, laptops, câmeras digitais e outros equipamentos pessoais.
44
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
 » Local Area Network (LAN): rede Local é uma rede com dois ou algumas dezenas 
de computadores que não se estende para além dos limites físicos de um edifício 
qualquer, sendo normalmente utilizada nas organizações para interligação local 
dos seus computadores.
 » Metropolitan Area Network (MAN): redes que ocupam o perímetro de uma cidade. 
São exemplos a televisão a cabo e a internet de alta velocidade sem fio.
 » Wide Area Network ( WAN): redes que permitem a interligação entre regiões e 
países, compartilhar recursos especializados por uma maior comunidade de 
usuários geograficamente dispersos. E por terem um custo de comunicação 
bastante elevado (enlaces de micro-ondas e satélites), tais redes são, em geral, 
públicas, isto é, o sistema de comunicação, chamado subrede de comunicação 
é mantido, operado e de propriedade de grandes operadoras.
 » Global Área Network (GAN): são as redes que operam em todo o planeta. Na 
realidade, uma GAN é um conjunto de redes WANs interconectadas. A internet é 
o exemplo de uma GAN, isto é, uma rede de redes. 
Quanto à topologia:
Uma rede é formada por diversos componentes como: roteadores, hosts, servidores, 
nós de rede, centrais telefônicas, switches etc. A forma de distribuição e conexão dos 
diversos equipamentos e componentes de uma rede define a topologia da rede.
 » Uma rede possui a topologia em Estrela quando todos os pontos e equipamentos 
da rede convergem para um ponto central. Nesse caso, todos os meios de 
comunicação convergem para um núcleo central.
 » Uma rede possui topologia em Anel quando os dados circulam num barramento 
através dos nós da rede, até encontrar o nó com o endereço destino dos dados. 
O meio físico pode ser um anel realmente ou o anel pode estar embutido num 
switch/hub da rede (token-ring, por exemplo). Nesta topologia todos os nós estão 
conectados entre si, não existindo um nó central. O funcionamento global da 
rede depende de cada nó.
 » A topologia de Barramento ou barra é a mais usada nas redes Ethernet (redes 
locais) onde os nós ou estações de trabalho (workstations) estão ligadas por 
cabos coaxiais em um barramento comum. Os dados são transmitidos no 
barramento para todas as estações e somente um nó pode transmitir por vez.
 » Na topologia de Árvore ou Hierárquica as estações são agrupadas formando 
ramificações a partir de um tronco central. Cada ramo se subdivide em 
45
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
outros ramos de nível mais baixo, até o último nível. É a topologia usada na 
internet. É assim que um usuário é localizado na rede mundial.
Figura 19. Topologias físicas de redes.
 
 
Topologia em 
barramento 
Topologia em anel Topologia em 
estrela 
Topologia em 
estrela estendida 
Topologia 
hierárquica 
Topologia em 
malha 
Fonte: http://www.al.es.gov.br/appdata/imagens_news/rede.htm. Acesso em: 31 março 2020.
Quanto ao gerenciamento das operações:
 » Rede Cliente-servidor (Client-Server): possui dois tipos de computadores: os 
clientes são as estações de trabalho (Workstations) dos usuários, enquanto os 
servidores provêm as solicitações dos usuários (os computadores servidores 
são “dedicados”, isto é, não estão disponibilizados para os usuários).
 » Rede Ponto a ponto (Peer-to-peer): todos os computadores são clientes e todos 
são servidores. 
2.6. A internet
A história da internet começa no ambiente da Guerra Fria (1945-1991) onde as duas 
superpotências envolvidas, Estados Unidos e União Soviética, estavam divididos nos 
blocos socialista e capitalista e disputavam poderes e hegemonias.
Com o intuito de faci l i tar a troca de infor mações, porque temiam ataques dos 
soviét icos, o Depar tamento de Defesa dos Estados Unidos (ARPA – A dvanced 
Research Projects Agency) criou um sistema de compartilhamento de informações 
entre pessoas distantes geograf icamente, a f im de faci l i tar as estratégias de 
guerra.
46
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
Nesse momento, surge o protótipo da primeira rede de internet, a Arpanet (Advanced 
Research Projects Agency Network).
Assim, no dia 29 de outubro de 1969 foi estabelecida a primeira conexão entre a 
Universidade da Califórnia e o Instituto de Pesquisa de Stanford. Foi um momento 
histórico, uma vez que o primeiro e-mail foi enviado.
Figura 20. Berners-Lee, criador da World Wide Web.
Fonte: https://cointimes.com.br/tim-berners-leecriador-da-web-quer-descentraliza-la/. Acesso em: 31 março 2020.
Já na década de 1990, o cientista, físico e professor britânico Tim Berners-Lee 
desenvolveu um navegador ou browser, a World Wide Web (www), a Rede Mundial de 
Computadores – Internet.
A partir disso, a década de 1990 ficou conhecida como o “boom da Internet”, pois 
foi quando ela se popularizou pelo mundo, com o surgimento de novos browsers ou 
navegadores – Internet Explorer, Netscape, Mozilla Firefox, Google Chrome, Opera, Lynx 
– e o aumento do número de usuários, navegadores da Internet.
Diante disso, ocorre uma grande proliferação de sites, chats, redes sociais – Orkut, 
Facebook, Msn, Twitter –, tornando a internet a rede ou teia global de computadores 
conectados.
Alguns estudiosos acreditam que a internet foi um marco importante e decisivo 
na evolução tecnológica. Issoporque ultrapassou barreiras ao aproximar pessoas, 
culturas, mundos e informações. Fato este que, segundo eles, não acontecia desde 
a chegada da televisão, na década de 1950.
Hoje em dia, a internet é utilizada mundialmente como ferramenta de trabalho, 
diversão, comunicação, educação, informação. Por isso, é comum ouvir: “eu não vivo 
sem internet”.
47
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
Além disso, pelo fato de os impostos serem menores, muitos produtos são 
comercializados em sites de compras, ou seja, o e-commerce é um hábito.
Sintetizando
Vimos até agora:
 » Os conceitos de técnica, tecnologia e TICs.
 » A evolução das tecnologias e seus impactos na sociedade.
 » As principais Tecnologias de Informação e Comunicação presentes na sociedade.
 » Os conceitos essenciais relacionados à área da Informática (Hardware, Software, Computadores, Redes e Internet).
48
3.1. Introdução
Neste capítulo você conhecerá a diferença entre dados, informação e conhecimento. 
Também terá oportunidade de conhecer os diferentes tipos de conhecimentos 
presentes no ambiente empresarial. Além disso, aprofundará seus conhecimentos 
sobre os softwares existentes e suas principais características. Conhecerá os principais 
programas presentes nos Pacotes de Aplicativos de Escritórios e discutiremos sobre 
as suas potencialidades de utilização para criação e administração de informações 
no contexto organizacional.
Figura 21. Ferramentas computacionais.
Fonte: https://blog.lahar.com.br/marketing-digital/principais-ferramentas-de-marketing-digital/. Acesso em: 31 março 
2020.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
 » Diferenciar dados, informações e conhecimentos.
 » Identificar os diferentes tipos de softwares existentes.
3
CAPÍTULO
AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS 
nO AMBIEnTE EMPRESARIAL
49
AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL • CAPÍTULO 3
 » Identificar os diferentes programas que compõem os Pacotes de Aplicativos de 
Escritório e suas possibilidades de uso no contexto empresarial.
No primeiro capítulo da disciplina, discutimos sobre a Sociedade da Informação, suas 
características, potencialidades e desafios. Diante disso, as organizações empresariais 
precisam romper o paradigma da Sociedade Industrial na busca de atender às novas 
demandas apresentadas pelo mercado.
Para atender a essas demandas, as empresas precisam compreender que o conhecimento 
e a informação assumem papel central no contexto organizacional. Por isso, é muito 
importante que você seja capaz de identificar as diferenças entre dado, informação e 
conhecimento.
3.2. Dado, informação e conhecimento
Uma das características das organizações na Sociedade da Informação é a valorização 
da Informação e Conhecimento em detrimento da infraestrutura e produção de bens. 
Sendo assim, é cada vez mais importante que os gestores sejam capazes de diferenciar 
os seguintes elementos: dado, informação e conhecimento.
Figura 22. Dado, informação e conhecimento.
 
 
Conhecimento
Informação
Dados
Registros numéricos ou não, 
de operações, ocorrências, 
situações, características, 
resultados obtidos, de temas 
etc. 
Resultado de pesquisa sobre um conjunto 
de dados, seguido de uma análise e 
explicitado como mensagem significativa 
e contextualizada. 
Reflete estados mentais que estão em constante 
transformação, cujos processos associados às 
articulações são inerentes à mente humana e 
seu saber. 
ORGANIZAÇÃO 
COLETA 
ANÁLISE 
SUMARIZAÇÃO 
TOMADA DE DECISÃO 
SINTETIZAÇÃO 
 
Dos dados ao conhecimento 
Dado 
Informação 
Conhecimento 
Fonte: https://pt.slideshare.net/leomoraes/informao-e-conhecimento-nas-organizaes-gesto. Acesso em: 31 março 2020.
50
CAPÍTULO 3 • AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL
Dado pode ser considerado como um símbolo pode ser quantificado. Sendo assim, 
letras e números são considerados dados. Como os dados são símbolos quantificáveis, 
eles podem, obviamente, ser armazenados e processados por um computador. Os dados 
podem ser considerados a matéria-prima da informação.
Já a Informação é representada por meio de um conjunto de dados. É importante 
destacar que toda informação deve trazer algum tipo de significado para os seus 
receptores. Sendo assim, deve ter significado para as pessoas que recebem a informação. 
A informação deve ser facilmente transmitida e replicada. Ela pode ser armazenada em 
diferentes tipos de mídia, tais como papel e arquivo digital. Isto é, pode ser veiculada 
em diferentes formatos: textos, imagens, sons ou animação.
Dentro do contexto organizacional, as informações podem ser classificadas como:
 » Informação estratégica: subsidia a tomada de decisão e possibilita aos analistas 
estratégicos definirem, para a organização, as diretrizes, as políticas, os programas, 
as linhas de atuação, as prioridades, os indicadores de desempenho, os planos e 
planejamentos, cenários futuros, a missão e as metas, a atuação na sociedade e a 
imagem institucional.
 » Informação de mercado: possibilita à organização perceber oportunidades de 
mercado e ameaças para os seus negócios. 
 » Informação financeira: viabiliza à área financeira processar estudos de custos, 
lucros, riscos e controles.
 » Informação comercial : subsidia a área comercial na exportação e/ou 
importação de materiais, produtos e serviços, bem como subsidia a área 
jurídica em relação à legislação do país no qual se estabelece a transação 
comercial.
 » Informação estatística: subsidia as áreas estratégica, financeira, comercial 
e de P&D, ao identificar em termos percentuais e/ou numéricos as questões 
ligadas à atividade da organização como índices de exportação, importação, 
demandas e restrições de mercado, índices econômicos, poder aquisitivo, 
PIB, índice de desemprego, balança comercial e índices de investimentos, 
entre outros.
 » Informações gerenciais: atende às necessidades dos gerentes e executivos da 
organização no planejamento e gerenciamento de projetos, no gerenciamento 
de pessoas e situações diversas.
 » Informação tecnológica: subsidia o desenvolvimento de produtos, materiais 
e processos tecnológicos, bem como monitora a concorrência quanto às 
inovações de produtos, materiais e processos.
51
AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL • CAPÍTULO 3
 » Informações gerais: são notícias, fatos e acontecimentos disseminados a todas as 
áreas da organização, que possibilitam aos profissionais atualização constante.
Por sua vez, o Conhecimento pode ser considerado como uma abstração interior e 
pessoal da informação recebida pelo receptor. Dessa forma, podemos afirmar que para 
transformar informação em conhecimento, faz-se necessária uma reflexão mental por 
parte do indivíduo. Sendo assim, se encontra nas pessoas.
O processo de construção do conhecimento é influenciado pelas experiências pessoais e 
profissionais e pelas situações de aprendizagem formal e informal com as quais o indivíduo 
tem contato ao longo da vida. É importante destacar que o conhecimento não pode ser 
transmitido diretamente para outras pessoas. Além disso, ele não pode ser facilmente descrito.
Em uma organização, esses elementos podem assumir diferentes formas. Tradicionalmente, 
são classificados como conhecimento explícito e conhecimento tácito.
Figura 23. Conhecimento tácito e explícito.
 
 
O conhecimento explícito é o conhecimento que 
pode ser documentado e é mais facilmente 
replicado. 
O conhecimento tácito é o conhecimento que 
deriva do aprendizado pela experimentação e é 
internalizado, é pessoal, de difícil verbalização 
ou codificação e provém do aprender fazendo, 
usando e interagindo. 
Fonte: https://pt.slideshare.net/leomoraes/informao-e-conhecimento-nas-organizaes-gesto. Acesso em: 31 março 2020.
O conhecimento explícito está relacionado às informações disponíveis nas empresas 
registradas em diferentes formatos, tais como atas de reunião, manuais, relatórios, 
cadastro de clientes, produtose colaboradores. Já o conhecimento tácito está 
relacionado aos conhecimentos pertencentes aos colaboradores internos e externos 
da organização, durante a sua trajetória profissional.
A informação e o conhecimento são fatores que podem determinar a sobrevivência 
ou a descontinuidade das atividades de uma organização. Para melhor entendimento, 
basta imaginar o que aconteceria se uma instituição financeira perdesse todas as 
informações relativas aos seus clientes ou se um médico perdesse todas as informações 
de seus pacientes.
52
CAPÍTULO 3 • AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL
A informação e o conhecimento devem ser considerados como patrimônio pelas 
empresas. Por isso, precisam ser organizados e sistematizados de forma que as 
organizações possam utilizá-los como ferramenta estratégica e de negócios. Dentro 
desse contexto, as TICs podem assumir uma interface importante para a gestão das 
informações e do conhecimento organizacional.
A seguir, conheceremos algumas ferramentas computacionais e suas funcionalidades, 
além de suas potencialidades para criação e administração de conhecimentos no 
contexto empresarial.
3.3. Conceitos essenciais sobre softwares
Como já falamos no capítulo anterior, nenhuma ação pode ser executada em um 
hardware sem que este receba instruções. Essas instruções são chamadas de software 
ou programas de computador. Existem dois tipos principais de software: software 
aplicativo e software básico.
O software aplicativo é um conjunto de instruções de computador escritas em 
linguagem de programação que orientam o hardware na execução de atividades 
especí f icas de processamento de dados ou infor mação que proporcionem 
funcionalidade ao usuário. Os pacotes de aplicativos de uso geral mais utilizados 
são: Planilhas eletrônicas, Sistema de gerenciamento de dados, Processamento de 
texto, Editoração eletrônica, Programa de correio eletrônico, entre outros.
O software básico age basicamente como intermediário entre o hardware e os 
programas de aplicativos. Proporciona importantes funções como inicializar o 
computador quando é ligado, gerenciar recursos de hardware e fornecer conjuntos 
de instruções mais utilizadas para uso de todos os aplicativos. Pode ser agrupado 
em três categorias funcionais principais:
 » Programas de controle do sistema: eles controlam o uso de hardware, software e 
dos recursos de dados, sendo os sistemas operacionais, como o Linux ou o Windows 
Vista, os melhores exemplos de programas de controle do sistema.
 » Programas de suporte do sistema: dão suporte à gestão, operações e usuários do 
sistema computacional ao fornecer uma infinidade de serviços como utilitários 
de sistemas, monitores de desempenho e de segurança.
53
AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL • CAPÍTULO 3
 » Programas de desenvolvimento de sistemas : desenvolvem programas, 
procedimentos de processamento de informações e aplicativos de usuário, 
utilizando linguagem de programação específica.
Os softwares podem ser classificados como Livres, Gratuitos, Shareware (ou Demo) 
e Proprietário. Os softwares livres são programas gratuitos e o seu código-fonte 
pode ser alterado pelo usuário para adequação das suas necessidades. No caso dos 
softwares gratuitos, os usuários não pagam para utilizar o programa. Porém, não existe 
a possibilidade de alteração do código-fonte. Esses programas também são conhecidos 
como freeware.
Os softwares da categoria Shareware ou Demo são programas que podem ser utilizados 
pelo usuário durante um período de forma gratuita. Depois desse prazo, usuário deverá 
adquirir uma licença de uso para continuar a utilizar o programa. Essa estratégia é 
comumente utilizada por divulgação de produtos pelos fabricantes.
Por sua vez, os programas proprietários são aqueles que precisam ter o pagamento de 
uma licença de uso para que possam ser utilizados. A utilização de proprietários sem a 
sua devida licença é considerada crime. As empresas que fazem uso dessa prática 
podem sofrer sanções legais por parte de instâncias governamentais.
Outro conceito básico importante é o que diz respeito ao sistema operacional, 
considerado o principal programa presente em um computador. Ele funciona como 
interface entre o usuário e o computador, realizando o controle dos comandos 
acionados, sendo, assim, responsável pelo gerenciamento dos aplicativos instalados 
e dos equipamentos internos e externos.
Um dos sistemas operacionais mais conhecidos e utilizados pelas organizações 
é Microsoft Windows. Ele é um software proprietário fabricado pela empresa 
Microsoft.
Atenção
Linguagem de Programação é um método padronizado para expressar instruções para um computador.
Código-fonte é o termo utilizado em referência às linhas de códigos ou programas que determinam o que o software 
deve fazer.
Licença de Uso de Softwares é uma definição de ações autorizadas (ou proibidas), no âmbito do direito de autor de 
um programador de software de computador concedidas (ou impostas) ao usuário deste software. Entende-se por 
usuário qualquer entidade legal, empresas ou um usuário final (doméstico).
54
CAPÍTULO 3 • AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL
Figura 24. Tela do sistema operacional MS-Windows.
Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2015/12/windows-10-como-incluir-4-colunas-de-blocos-
dinamicos-no-menu-iniciar.html. Acesso em: 31 março 2020.
Outro sistema operacional muito utilizado pelas empresas, principalmente as 
governamentais, é o Linux. Ele foi criado em Linus Torvalds na década de 1990. O Linux 
é considerado um software da categoria aberto.
Figura 25. Tela do sistema operacional Linux (Interface gráfica KDE).
Fonte: https://pt.wikibooks.org/wiki/Linux_para_iniciantes/A_interface_gr%C3%A1fica_KDE. Acesso em: 31 março 2020.
Importante
A Fundação Linux (Linux Foundation – LF) é um consórcio de tecnologias sem fins lucrativos criado para fomentar 
o crescimento do núcleo Linux. Fundado em 2007 pela junção do Laboratório de Desenvolvimento Open Source 
(Open Source Development Labs – OSDL) e o Grupo de Padrões Livres (Free Standards Group – FSG), a LF patrocina 
o trabalho do criador do Linux, Linus Torvalds, e é apoiada por empresas líderes de Linux e código aberto e 
desenvolvedores de todo o mundo. A LF promove, protege e padroniza o Linux “fornecendo um conjunto abrangente 
de serviços para competir eficazmente com plataformas fechadas”.
55
AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL • CAPÍTULO 3
Outros sistemas operacionais conhecidos são Mac OS X (Apple Computer), ChromeOS 
(Google), IOS e Android (para dispositivos móveis).
3.3.1. Ideologia: as diferenças entre software livre e código aberto 
Muitos defensores do software livre argumentam que a liberdade é essencial não só do 
ponto de vista técnico, mas, também, sob a ótica da moral e da ética. É neste aspecto 
que o movimento de software livre (liderado pela FSF) se distingue do movimento de 
código aberto (liderado pela OSI). 
Os defensores do código aberto (também conhecido como open source, em inglês) 
normalmente argumentam a respeito das virtudes pragmáticas do software livre 
ao invés das questões morais. A definição de software livre da FSF concentra-se 
prioritariamente na questão da liberdade do usuário, a definição de Software Aberto 
da OSI abrange as mesmas características, mas inclui algumas restrições adicionais 
focadas no modelo corporativo e em negócios comerciais elaborados em torno do 
software. 
Não há uma grande discordância entre as duas vertentes e boa parte da comunidade se 
identifica com ambas as organizações (FSF e OSI). A diferença sutil está no discurso e 
no público-alvo. O conjunto de licenças aprovadas pela FSF e pela OSI é quase idêntico 
e, portanto, em termos pragmáticos, podemos considerar que o movimento pelo 
software livre e a iniciativa pelo código aberto se preocupam com o mesmo software. 
Desta forma, nem todo software de código abertopode ser considerado um software 
livre. O simples fato de o programa estar com seu código aberto não garante nada 
sobre a sua distribuição, modificação e comercialização. Pode-se ter um programa 
com código aberto, mas, impossibilitado de modificações, contrariando o conceito 
de software livre. 
Atenção
A Free Software Foundation (FSF – Fundação para o Software Livre) é uma organização sem fins lucrativos, fundada 
em 4 de outubro de 1985 por Richard Stallman e que se dedica a eliminação de restrições sobre a cópia, estudo e 
modificação de programas de computadores – bandeiras do movimento do software livre, em essência. 
A Open Source Initiative (OSI) – Iniciativa pelo código aberto – é uma organização dedicada a promover o software 
de código aberto ou software livre. Ela foi criada para incentivar uma aproximação de entidades comerciais com o 
software livre. Sua atuação principal é a de certificar quais licenças se enquadram como licenças de software livre, e 
promovem a divulgação do software livre e suas vantagens tecnológicas e econômicas.
56
CAPÍTULO 3 • AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL
3.4. Pacotes de aplicativos para escritórios
Os softwares mais util izados nas organizações e por usuários domésticos são 
pacotes de aplicativos. Esses softwares/programas foram criados para automatizar 
e dinamizar as at iv idades re lacionadas aos processos administrat ivos, ta is 
como, produção textual, editoração de planilhas, editoração de apresentações, 
agendamento de compromissos ou contatos, gerenciamento de banco de dados, uso 
de ferramentas de comunicação (navegadores, programas de correio eletrônico) 
etc. Os pacotes mais utilizados na atualidade são: Microsoft Office, OpenOffice.
org (Apache Software Foundation), Apple iWork e Google Docs.
Os aplicativos de pacotes de escritório constituem importantes ferramentas 
para criação e organização sistemática dos conhecimentos explícitos presentes 
nas organizações. A seguir, conheceremos um pouco mais sobre cada um desses 
programas.
3.4.1. Editor de texto
O editor de texto possibilita a produção textual e recursos gráficos para qualquer 
f inalidade. Esse programa é constiuído de uma interface de fácil manuseio e 
apresenta di ferentes recursos que per mitem, por exemplo, fazer a correção 
ortográfica eletrônica em português e outros idiomas, formatação dos textos, 
criação de tabelas, inserção de imagens, geração de mala direta, elaboração de 
etiquetas personalizadas etc.
O s e d i t o r e s d e t e x t o m a i s u t i l i z a d o s s ã o o Wo r d e o Wr i t e r, p r e s e n t e 
re s p e c t i v a m e n t e no Microsoft Office e OpenOffice.org. No contexto empresarial, 
esses programas podem ser utilizados para as seguintes atividades: elaboração de 
relatórios, memorandos, atas de reuniões, circulares, entre outras.
Importante
Alguns editores de texto são pequenos e simples, enquanto outros oferecem uma ampla e complexa gama de 
funcionalidades. Por exemplo: sistemas operacionais Unix-like (Linux) têm o editor vi, enquanto os sistemas 
Microsoft Windows vêm com o editor Notepad/Bloco de Notas, utilizados especialmente por programadores para 
editar códigos-fonte de programas.
57
AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL • CAPÍTULO 3
Figura 26. Tela do software Microsot Word.
Fonte: A autora.
Figura 27. Tela do software OpenOffice.org Writer.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/OpenOffice.org. Acesso em: 31 março 2020.
3.4.2. Planilha eletrônica
O Programa de Planilha Eletrônica possibilita o desenvolvimento e a manipulação 
de cálculos simples e complexos. Esse programa é constiuído de uma interface de 
fácil manuseio e apresenta diferentes recursos que permitem a criação de fórmulas, a 
elaboração de tabelas e gráficos.
Os programas de Planilhas Eletônicas mais conhecidos na atualidade são Excel e Calc 
que estão, respectivamente, nos pacotes de aplicativos Microsoft Office e OpenOffice.org.
58
CAPÍTULO 3 • AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL
Figura 28. Tela do software Microsot Excel.
Fonte: A autora.
Figura 29. Tela do software OpenOffice.org Calc.
Fonte: http://www.openoffice.org/documentation/HOW_TO/sprEADsheet/calc1_EN.html. Acesso em: 31 março 2020.
Em uma empresa, esses programas geralmente são utilizados para elaboração de planilhas 
de custos, controle de produção, elaboração de orçamentos, entre outros.
3.4.3. Editor de apresentação
O Programa de Apresentação é um software criado para possibilitar a elaboração e 
a apresentação de textos e gráficos para qualquer finalidade. O material elaborado 
nesse tipo de programa fica disponível na forma de slides.
59
AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL • CAPÍTULO 3
Esse programa é constituído de uma interface de fácil manuseio e apresenta diferentes 
recursos que permitem apresentação de ideias, pensamentos, análise de questões e 
informações sobre projetos, entre outros tipos de informações.
Os programas de Editoração de Apresentação Eletrônica mais conhecidos são Power 
Point e Impress que estão, respectivamente, nos pacotes de aplicativos Microsoft Office 
e OpenOffice.org.
Figura 30. Tela do software Microsot PowerPoint.
Fonte: A autora.
Figura 31. Tela do software OpenOffice.org Impress.
Fonte: https://www.openoffice.org/pt/product/impress.html. Acesso em: 31 março 2020.
3.4.4. Programa/Software de navegação (Browser)
O Programa de Navegação, também conhecido como Browser, é um software que 
possibilita que os usuários de informática tenham acesso às diferentes informações 
disponíveis no formato virtual presentes na internet, na intranet e na extranet.
60
CAPÍTULO 3 • AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL
Os programas de navegação podem ser adquiridos por meio dos pacotes de aplicativos ou 
separadamente. Existem diferentes tipos de programas de navegação, tais como Microsoft 
Edge, Mozilla, Google Chrome, Opera e Safari.
Figura 32. Ícones dos principais browsers.
 
 
Google 
Chrome 
Opera Dolphin 
Browser 
Mozilla 
Firefox 
Safari Maxthon Microsoft 
Edge 
Fonte: https://www.google.com.br/search?ei=eaeHXvzPAta45OUP3MWrwAs&q=navegadores+mais+usados+2019&oq=nav
egadores+mais+usados&gs_lcp=Cgzwc3ktYWIQARgAMgQIABBHMgQIABBHMgQIABBHMgQIABBHMgQIABBHMgQIABBHMg 
QIABBHMgQIABBHSgkIFxIFMTItMzJKCAgYEgQxMi0xUABYAGDORWgAcAF4AIABAIgBAJIBAJgBAKoBB2d3cy13aXo&sclient=
psy-ab. Acesso em: 31 março 2020.
Figura 33. Tela do navegador Microsoft Edge.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft. Acesso em: 31 março 2020.
Figura 34. Tela do navegador Google Chrome.
Fonte: https://www.google.com/. Acesso em: 31 março 2020.
61
AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL • CAPÍTULO 3
Figura 35. Tela do navegador Safari.
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-r3UxyjR5Ec0/VKv9LDeHXJI/AAAAAAAAcbQ/0428VQuw7Wc/s1600/01-07%2BEfemeride
s%2Bde%2BTecnologia%2BSafari.png. Acesso em: 31 março 2020.
3.4.5. Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD)
O Programa Sistema Gerenciador de Banco de Dados, também conhecido como SGBD, 
é um aplicativo que permite a administração de um conjunto de dados presentes em 
uma organização. Por meio desse aplicativo, é possível armazenar dados, atualizá-los, 
manipulá-los recuperá-los e apresentá-los em diferentes tipos de formatos, por meio 
de relatórios e consultas.
Os programas de Gerenciamento de Banco de Dados mais conhecidos são Access e SQL 
Server da empresa Microsoft, Base da OpenOffice.org, PostgreSQL e MySQL.
Figura 36. Ícones dos principais SGBDs.
 
PostgreSQL MySQL SQL Server Access Base 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/PostgreSQL; https://www.mysql.com/; http://nervinformatica.com.br/
blog/index.php/2014/12/02/funcionalidades-do-sql-server-que-fazem-falta-no-oracle/; https://pt.wikipedia.
org/wiki/Microsoft; http://www.iconarchive.com/show/mega-pack-2-icons-by-ncrow/OpenOffice-Base-icon.
html. Acesso em: 31 março 2020.
62CAPÍTULO 3 • AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL
Figura 37. Tela do software Microsoft Access.
Fonte: A autora.
Figura 38. Tela do software OpenOffice.org Base.
Fonte: https://www.openoffice.org/product/pix/base-big.png. Acesso em: 31 março 2020.
Esses programas possibilitam a criação de diferentes tipos de Banco de Dados, tais como 
Cadastro de Clientes, Cadastro de Produtos, Controle de Estoque, Controle de Vendas e 
Gerenciamento de Folha de Pagamento.
Bancos de dados são coleções de informações estratégicas para os negócios das 
organizações. Eles são de vital importância para empresas e uma das principais peças 
dos Sistemas de Informação.
63
AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL • CAPÍTULO 3
3.4.6. Programa/software de correio eletrônico
Uma das formas de comunicação mais comuns entre os colaboradores de uma 
organização é o envio/recebimento de mensagens por meio do correio eletrônico, 
também chamado de e-mail. Essas mensagens podem estar vinculadas a diferentes 
arquivos no formato de texto, imagens, sons e vídeos.
Para que um funcionário possa receber e enviar e-mails, ele precisa ter uma conta 
de e-mail institucional e um programa de Correio Eletrônico instalado no seu 
computador.
Figura 39. Tela do software Microsoft Outlook.
Fonte: http://blog.gsmarena.com/microsoft-migrate-outlook-com-users-office-365-year/. Acesso em: 31 março 2020.
Figura 40. Tela do software Gmail da Google.
Fonte: A autora.
64
CAPÍTULO 3 • AS FERRAMEnTAS COMPUTACIOnAIS nO AMBIEnTE EMPRESARIAL
O programa de correio eletrônico é um software criado para o envio e recebimento 
de mensagem eletrônica entre diferentes pessoas. Esse programa é constituído de 
uma interface de fácil manuseio e apresenta diferentes recursos que permitem a 
comunicação textual e o envio e recebimento de arquivos anexados. Os programas 
mais conhecidos são o Outlook da Microsoft e o Gmail da Google.
Muitas corporações também fazem uso de recurso computacional denominado 
Webmail. Por meio deste, o funcionário pode ter acesso as suas mensagens a qualquer 
momento, em qualquer computador que tenha acesso à internet e independente 
de estar ou não na organização. Todas as mensagens (enviadas e recebidas) são 
visualizadas por meio de um navegador (browser) e ficam armazenadas na internet.
Sintetizando
Vimos até agora:
 » A diferença essencial entre dado, informação e conhecimento.
 » Os diferentes tipos de conhecimentos presentes nas empresas: explícitos e tácitos.
 » Os principais conceitos básicos sobre softwares.
 » Os programas que compõem os Pacotes de Aplicativos de Escritório e suas possibilidades de uso no contexto 
empresarial e doméstico. 
65
4.1. Introdução
Neste capítulo, trataremos sobre os Sistemas de Informação. Apresentaremos 
alguns dos principais sistemas de informação presentes do cotidiano das empresas. 
Discorreremos sobre as suas principais funcionalidades e aplicabilidades.
Os principais Sistemas de Informações a serem apresentados neste capítulo serão: 
Sistema de Apoio à Decisão (SAD); Sistema de Processamento de Transações (SPT ); 
Sistema de Informações Gerenciais (SIG), Sistema de Planejamento de Recursos 
Empresariais, Sistema de Suporte ao Conhecimento e Sistemas de Informação 
Interorganizacional.
Figura 41. Sistemas de Informação.
Fonte: https://www.undb.edu.br/blog/saiba-quais-sao-as-tendencias-em-sistemas-de-informacao-e-prepare-se. Acesso 
em: 31 março 2020.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
 » Discutir sobre o conceito de Sistemas de Informação e identificar os seus principais 
elementos.
4CAPÍTULO
OS SISTEMAS DE InFORMAçãO
66
CAPÍTULO 4 • OS SISTEMAS DE InFORMAçãO
 » Conhecer diferentes Sistemas de Apoio à Decisão, suas principais características e 
possibilidades.
 » Conhecer outros sistemas de informação: Sistema de Processamento de 
Transações; Sistema de Informações Gerenciais, Sistema de Planejamento de 
Recursos Empresariais e Sistema de Suporte ao Conhecimento.
 » Conhecer dois Sistemas de Informação Interorganizacional: Sistema de Gestão 
do Relacionamento com o Cliente e Sistema de Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos.
No capítulo 3 do nosso Livro Didático tivemos oportunidade de discutir sobre a 
diferença entre dados, informações e conhecimentos. Além disso, vimos que a 
informação e o conhecimento no contexto organizacional podem ser classificados 
em duas categorias: explícito e tácito. Além disso, conhecemos diferentes tipos de 
softwares que podem ser utilizados na organização e na construção do conhecimento 
no contexto organizacional.
4.2. Conceitos de Sistemas de Informação
Sistemas de Informação é a expressão utilizada para descrever um sistema , 
seja ele automatizado (que pode ser denominado como Sistema Informacional 
Computadorizado), seja manual, que abrange pessoas, máquinas e/ou métodos 
organizados para coletar, armazenar, processar, transmitir e disseminar dados que 
representam informação para o usuário e/ou cliente.
Informação é o conjunto de dados oferecidos de forma significativa e útil para os 
indivíduos. Dados são correntes de fatos brutos que importam eventos que estão 
ocorrendo nas organizações ou no ambiente físico, antes de terem sido organizados e 
arranjados de forma que as pessoas possam entendê-los e usá-los.
Um sistema de informação pode ser definido como um conjunto de componentes 
inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar 
e distribuir informações, com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a 
coordenação, a análise e o processo decisório em organizações (LAUDON; LAUDON, 
1999). 
Os sistemas de informação são utilizados para auxiliar os gestores na coordenação, 
controle, análise e suporte à tomada de decisão.
67
OS SISTEMAS DE InFORMAçãO • CAPÍTULO 4
Os Sistemas de Informação são constituídos pelos seguintes recursos:
 » Hardware: parte física do computador.
 » Software: conjunto de programas de computador que permite o processamento dos 
dados pelo hardware.
 » Banco de Dados: conjunto organizado de arquivos e registros relacionados, 
utilizado para armazenamento de dados e as associações existentes entre eles.
 » Rede: Sistema de conectividade para compartilhar recursos entre computadores 
distintos.
 » Procedimentos: estratégias, diretrizes, métodos e regras para utilizar o sistema de 
informação.
 » Pessoas: quem utiliza direta ou indiretamente os sistemas de informação. Isto é, 
as pessoas que trabalham com o sistema e aquelas que utilizam as informações 
oriundas desses sistemas. Esse é o componente mais importante dos Sistemas 
de Informação.
Figura 42. Componentes de um Sistema de Informação.
 
 
Recursos de 
Pessoas 
Recursos de 
Software 
Recursos de 
Hardware 
Recursos de 
Dados 
Recursos de 
Rede 
Entrada 
de Dados 
Saída de 
Produtos de 
Informação 
Controle de Desempenho 
do Sistema 
Armazenamento 
de Dados 
Processamento 
dos Dados 
Procedimentos 
Fonte: https://docplayer.com.br/8841620-Aula-7-componentes-de-um-sistema-de-informacao-recursos-e-atividades.html. 
Acesso em: 31 março 2020.
68
CAPÍTULO 4 • OS SISTEMAS DE InFORMAçãO
Figura 43. Estrutura básica de um Sistema de Informação.
 
 
Clientes, fornecedores, concorrentes, 
governo 
Sinais de Feedback 
Sinais de Feedback Sinais de Feedback 
Sinais de Controle Sinais de controle 
Coletar Dados 
 
Informações 
Instruções 
Oportunidades 
Disseminar 
Relatórios 
Gráficos 
Cálculos 
Posicionamentos 
Táticas 
Programas 
Pessoas 
Equipamento 
Usuários 
Tomadores 
de Decisão 
Armazenar 
Ambiente Interno da 
Organização 
Ambiente Externo 
da Organização 
Banco de 
Dados 
Entrada de 
Dados 
Processamento 
(Processar e Analisar) Saída de 
Informações 
Controle pela 
Administração 
Fonte: Elaboração da autora.
Cada área funcional da organização possui um conjunto de sistemas de informação que 
apoia os processos gerenciais e estes são organizadosconforme o nível de atuação das 
pessoas dentro das funções. A seguir, conheceremos alguns desses principais sistemas 
de informação.
4.3. Sistemas de Apoio à Decisão
O processo de gerenciamento utiliza os recursos administrativos, humanos, financeiros, 
mercadológicos, materiais e tecnológicos para alcançar os objetivos estabelecidos pela 
organização. Dentro desse contexto, os sistemas de informação tornam-se ferramentas 
indispensáveis para o apoio dos gerentes na realização das suas funções no dia a dia das 
empresas.
Esses sistemas de informação são denominados Sistemas de Apoio Gerencial. Eles são 
classificados como Sistemas de Apoio à Decisão (SAD), Sistemas de Apoio à Decisão 
em Grupo (SADG), Sistema de Apoio à Decisão Organizacional (SADO), Sistemas de 
Informação Executivos (SIE) e Sistemas Especialistas (SE). A figura 48 apresenta o modelo 
de inter-relacionamento entre sistemas.
69
OS SISTEMAS DE InFORMAçãO • CAPÍTULO 4
4.3.1. Sistema de Apoio à Decisão (SAD)
Os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) são tecnologias fundamentais para a evolução 
do processo de tomada de decisão nas empresas modernas e usuárias de informações 
oportunas. Essas empresas estão dentro da nova realidade empresarial em que suas 
atividades empresariais e as necessidades dos clientes estão em constantes mutações, o 
que torna as decisões um fator de suma importância. Esses sistemas devem acompanhar 
essa tendência, sendo flexíveis e adaptáveis no meio onde a empresa se encontra. 
Os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) auxiliam o executivo em todas as fases de tomada 
de decisão, principalmente nas etapas de desenvolvimento, comparação e classificação 
dos riscos, além de fornecer subsídios para a escolha de uma boa alternativa, com base 
na geração de diversos cenários de informações (STAIR, 1998; LAUDON; LAUDON, 1999).
Figura 44. Esquema de um Sistema de Apoio à Decisão (SAD).
 
 
Modelos 
SAD 
Dados SAD 
Dados 
Operacionais 
Dados 
Gerenciais 
Dados 
Externos Relatórios 
Respostas 
Pedidos, 
dados 
Usuários 
Programa
SAD 
Sistemas de Apoio à Decisão 
(SAD) 
 
Fonte: http://unoparlogistica1.blogspot.com/p/sistema-de-apoio-decisao-sad.html. Acesso em: 31 março 2020.
Características principais dos Sistemas de Apoio à Decisão:
 » Auxiliam gerentes a tomar decisões semiestruturadas, únicas e que mudam 
rapidamente.
70
CAPÍTULO 4 • OS SISTEMAS DE InFORMAçãO
 » Devem ser reexecutados diversas vezes ao dia a fim de corresponder às mudanças 
de condições.
 » Possuem maior poder analítico se comparados a outros sistemas.
 » Contemplam maior variedade de modelos de análise de dados na sua construção.
 » São projetados com interface amigável para promover maior interação com os 
usuários.
 » Oferecem flexibilidade, adaptabilidade e resposta rápida.
 » Usam sofisticadas ferramentas de modelagem e análise.
Figura 45. Exemplo da aplicação do Sistema de Apoio à Decisão para cálculo de transporte.
 
 
Arquivo sobre o navio (por 
exemplo, velocidade que pode 
alcançar) 
Arquivo de restrições ao 
atracamento 
Arquivo de custos de consumo 
de combustível 
Arquivo de histórico de custo de 
fretamento do navio 
Arquivo de aduana 
Banco de 
dados de 
modelos 
analíticos 
PC 
Gráficos 
Relatórios 
Fonte: Laudon e Laudon (2004).
4.3.2. Sistema de Apoio à Decisão em Grupo (SADG)
Um Sistema de Apoio à Decisão em Grupo (SADG) tem a função de apoiar 
eletronicamente o processo compartilhado de tomada de decisões de um grupo de 
gerentes de nível intermediário. Esse grupo pode se encontrar em um único local; por 
exemplo, uma sala de reuniões, ou em locais diferentes, por exemplo, matriz e filiais.
4.4.3. Sistema de Apoio à Decisão Organizacional (SADO)
O objetivo do Sistema de Apoio à Decisão Organizacional (SADO) é dar apoio a uma tarefa 
ou atividade organizacional que envolve uma sequência de operações realizadas por 
71
OS SISTEMAS DE InFORMAçãO • CAPÍTULO 4
diferentes gerentes intermediários como, por exemplo, o desenvolvimento de um plano 
de marketing ou a elaboração de um orçamento anual.
4.4.4. Sistema de Informação Executivo (SIE)
O Sistema de Informação Executivo (SIE), também conhecido como Sistema de 
Apoio ao Executivo (SAE), é um SAD util izado pela equipe de alta gestão das 
empresas. Ele é projetado para fornecer acesso rápido a informações atuais e 
acesso direto aos relatórios gerenciais. Bastante fácil de usar, pode ser facilmente 
conectado a serviços de informação on-line e por e-mail . Ele está baseadoem 
gráficos e gera diferentes tipos de relatórios, tais como relatórios de exceção e 
relatórios de expansão.
4.4. Sistema Especialista (SEs)
Os Sistemas Especialistas (SEs) constituem uma área da Inteligência Artificial. O 
objetivo de um SE é captar o conhecimento de especialistas em determinado campo, 
representar esse conhecimento numa base, e transmiti-lo ao usuário, permitindo a 
este obter respostas a perguntas relacionadas à base de conhecimento do sistema.
Figura 46. Inter-relacionamentos entre os sistemas.
 
 
Sistemas de 
Apoio ao 
Executivo 
(SAEs) 
Sistemas de 
Trabalhadores 
do 
Conhecimento 
(STCs e SAEs) 
Sistemas de 
Apoio à 
Decisão 
(SADs) 
Sistemas de 
Gerenciamento 
(SIGs) 
Sistemas de 
Processamen
to de 
Transações 
(SPTs) 
Fonte: Laudon e Laudon (2004).
72
CAPÍTULO 4 • OS SISTEMAS DE InFORMAçãO
4.5. Sistema de Processamento de Transações (SPT)
Dependendo do porte da organização, milhões de transações financeiras ocorrem todos 
os dias, tais como venda de produtos, geração de folha de pagamento, fabricação de 
produtos ou contratação de um colaborador.
Diante disso, o objetivo do Sistema de Processamento de Transações (SPT ) é 
monitorar, coletar e processar dados gerados em todas as transações da organização 
e armazená-los em bancos de dados. Esse sistema tem sua aplicabilidade voltada 
para diferentes processos como faturamento de pedidos, controle de estoque, contas 
a pagar e receber, compras, expedição e folha de pagamento.
Os dados oriundos das transações realizadas pela organização e armazenados nos 
bancos de dados são utilizados pelos sistemas de informação gerencial, sistemas de 
apoio à decisão, gestão do relacionamento com o cliente, gestão do conhecimento e 
comércio eletrônico.
Figura 47. Esquema de um Sistema de Processamento de Transações (SPT).
 
 
 
 
 
Manutenção 
de Banco de 
Dados 
Processa-
mento de 
Consultas 
Geração de 
Documentos 
e Relatórios 
Processamento 
de Transação 
> Lotes 
> On-line 
 
Entrada 
de Dados 
BI SAD SE 
SIG 
Fonte: https://fsi2016blog.wordpress.com/2016/08/24/sistema-de-processamento-de-transicao-tps/. Acesso em: 31 março 
2020.
Importante
Inteligência Artificial
Inteligência Artificial é um ramo da Informática que se dedica a projetar e programar máquinas capazes de 
reproduzir habilidades e condutas humanas como visão, poder de decisão, análise e solução de problemas.
73
OS SISTEMAS DE InFORMAçãO • CAPÍTULO 4
4.6. Sistema de Informações Gerenciais (SIG)
O Sistema de Informações Gerenciais (SIG) está voltado para a área funcional e oferece 
informações aos gerentes de nível intermediário. Os SIGs acessam informações a partir 
de diferentes bancos de dados corporativos. Além disso, geram relatórios que podem 
auxiliar no apoio ao planejamento, organização e controle de operações (figura 50).
O Sistema de Informação Gerencial é o processso de transformação de dados em 
informações de qualidade, que permite aos gerentes tomar decisões, resolver problemas 
e conduzir e orientar as suas funções com eficiência e eficácia.
Figura 48. Esquema da interconexão entre SPT-SIG, ou seja, de como o SIG obtém os dados do SPT da 
empresa.
 
 
Sistema de 
processamento 
de pedidos 
Sistema de 
planejamento de 
recursos 
materiais 
Sistema de livro-
razão 
Arquivo 
de 
pedidos 
Arquivo-
mestre de 
produção 
Arquivos de 
contabilidade 
SIG Relatórios Gerentes 
Dados de 
vendas 
Dados de 
despesas 
Dados de 
custo 
unitário de 
produtos 
Dadosde 
modificação 
de produtos 
ARQUIVOS do SIG 
Sistemas de Informações Gerenciais Sistemas de Processamento de Transações 
Fonte: Laudon e Laudon (2004).
Características principais do Sistema de Informações Gerenciais:
 » Fornecem relatórios de acesso diário/mensal ou mediante solicitação (on-line).
 » Servem às funções de planejamento, controle e tomada de decisão no nível 
gerencial.
 » Possuem maior poder analítico se comparados a outros sistemas.
 » Tratam de questões previamente estruturadas.
 » São geralmente inflexíveis e com baixa capacidade analítica.
 » Dependem dos Sistemas de Processamento de Transações para obterem seus dados.
74
CAPÍTULO 4 • OS SISTEMAS DE InFORMAçãO
4.7. Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais 
(ERP)
O Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) é um conjunto de módulos de 
softwares interdependentes, ligados a um banco de dados comum. O ERP apoia os processos 
organizacionais internos em áreas funcionais de Finanças e Contabilidade, fabricação e 
produção, vendas e marketing e recursos humanos.
Esse processo de integração gerado pelo ERP possibilita que mudanças em uma área 
funcional da organização sejam imediatamente refletidas em todas as outras áreas 
funcionais pertinentes.
Os processos de negócio podem ser definidos como um conjunto de tarefas e 
procedimentos interdependentes, realizados para alcançar determinado resultado 
empresarial, sendo uma de suas características a transposição de fronteiras 
organizacionais, logo a integração da empresa é facilitada pelo uso de ERP através 
de alguns fatores, como a possibilidade de a empresa operar com um único sistema 
de informação que atenda a todas as suas áreas, com o armazenamento dos dados 
em um banco de dados único e centralizado e a orientação a processos.
Figura 49. Esquema de um sistema ERP.
 
 
PRODUÇÃO 
ESTOQUE 
SERVIÇO 
RECURSOS HUMANOS 
MRP 
COMPRAS CRM 
VENDAS 
FINANÇAS 
Fonte: https://blog.saipos.com/sistema-de-gestao-para-restaurantes-o-que-e-erp/. Acesso em: 31 março 2020.
O ERP é um sistema genérico capaz de integrar todas as informações que fluem 
pela empresa por intermédio de uma base de dados única, ou seja, é um software de 
planejamento dos recursos empresariais que integra as diferentes funções da empresa 
para criar operações mais eficientes. Integrando os dados-chave e a comunicação 
75
OS SISTEMAS DE InFORMAçãO • CAPÍTULO 4
entre as áreas da empresa, fornecendo informações detalhadas sobre as operações 
dessa empresa.
Tal sistema possibilita um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a 
empresa sob uma única base de dados. É um instrumento para a melhoria de processos 
de negócio, orientado por esses processos e não pelas funções e departamentos da 
empresa, com informações em tempo real, permitindo visualizar por completo as 
transações efetuadas pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus processos 
de negócios, isto é, o sistema sempre refletirá a situação atual da empresa.
A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, 
recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras etc.) e sob a perspectiva 
sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, 
sistemas de apoio à decisão etc.). A documentação e contabilização dos processos por 
intermédio do ERP geram regras de negócios bem definidas e permitem controle mais 
rígido sobre pontos vulneráveis do negócio. Para as empresas de médio porte, a adoção 
de ERP constitui excelente oportunidade para modernização tecnológica.
De acordo com a empresa, é possível direcionar ou adaptar o ERP para outros objetivos, 
estabelecendo prioridades que podem tanto estar na cadeia de produção quanto no apoio 
ao departamento de vendas como na distribuição, entre outras. E com a capacidade de 
integração dos módulos, é possível diagnosticar as áreas mais e menos eficientes e focar em 
processos que possam ter o desempenho melhorado com a ajuda do conjunto de sistemas.
Os dados são digitados uma só vez e todas as áreas podem consultá-los, conferindo 
confiabilidade e integridade ao sistema, desde que o dado esteja atualizado e reflita 
a realidade da empresa. Portanto, ao iniciar uma ordem de vendas, esta dispara o 
processo de fabricação com o envio da informação para múltiplas bases, do estoque 
de insumos à logística do produto. Tudo realizado com dados orgânicos, integrados 
e não redundantes.
A adoção de um ERP afeta a empresa em todas as suas dimensões, culturais, 
organizacionais ou tecnológicas. Esses sistemas controlam toda a empresa, da 
produção às finanças, registrando e processando cada fato novo na engrenagem 
corporativa e distribuindo a informação de maneira clara e segura, em tempo real; 
com isso, ao adotar um ERP, o objetivo básico não é colocar o software em produção, 
mas melhorar os processos de negócios usando tecnologia da informação. Mais do 
que uma mudança de tecnologia, a adoção desses sistemas implica um processo de 
mudança organizacional.
Por consequência, a tomada de decisões ganha outra dinâmica, afinal se uma empresa 
que, por alguma razão, talvez uma mudança nas normas de segurança, precise 
76
CAPÍTULO 4 • OS SISTEMAS DE InFORMAçãO
modificar aspectos da fabricação de um de seus produtos. Com o ERP, todas as áreas 
corporativas são informadas e se preparam de forma integrada para o evento, das 
compras à produção, passando pelo almoxarifado e chegando, até mesmo, à área 
de marketing, que pode, assim, ter informações para mudar algo nas campanhas 
publicitárias de seus produtos. E tudo realizado em muito menos tempo do que seria 
possível sem a presença do sistema.
4.7.1. Melhores ERPs do mercado 
TOTVS 
O Sistema TOTVS é uma solução nacional de ERP. A TOTVS é uma das maiores empresas de 
desenvolvimento de software de gestão do País, investindo R$ 1,6 bilhão em pesquisa 
e desenvolvimento nos últimos cinco anos para atender às exigências de 12 setores da 
economia. 
A proposta desse sistema é crescer simultaneamente com a empresa, fornecendo 
o serviço a negócios de diferentes tamanhos e nichos. Quanto às suas principais 
funcionalidades, temos o controle fiscal e financeiro, gestão de todas as atividades 
administrativas e análise e estimativa de ROI (Retorno sobre o Investimento).
SAP ERP
SAP é um sistema integrado de gestão empresarial (ERP) transacional, produto principal 
da SAP AG, uma empresa alemã, líder no segmento de softwares corporativos, tendo 
cerca de 86 mil clientes, segundo a própria SAP, em todo o mundo, sendo a grande 
maioria empresas de grande porte.
O sistema procura contemplar a empresa como um todo, dividindo módulos, onde 
cada módulo corresponde a uma área específica, como, por exemplo, o módulo SD 
(Sales and Distribution) que contempla a área de Vendas e Distribuição, além de outros 
módulos para a resolução de problemas com processos de compras, produção, serviços, 
finanças e RH. Cada programa é executado separadamente através de uma transação. 
Estes programas são desenvolvidos em ABAP, uma linguagem de programação da qual 
a SAP detém os direitos.
Linx ERP
Administrar uma empresa mantendo o controle sobre os processos em sua totalidade é 
um dos maiores desafios do varejo. O Linx ERP é uma solução de gerenciamento 
eficiente, que centraliza as informações de lojas e redes proporcionando uma visão 
abrangente e orientada para o crescimento.
77
OS SISTEMAS DE InFORMAçãO • CAPÍTULO 4
O software atende às principais operações da loja, como a função de coordenar 
pedidos com parceiros internos e externos, manter o equilíbrio do estoque, através 
da padronização do cadastro de produtos, repor suprimentos e absorver os processos 
financeiros e contábeis, garantindo a eficiência fiscal dessas práticas.
Oracle ERP
O Oracle ERP Cloud é um conjunto de aplicativos de software baseado em nuvem, 
lançado pela Oracle Corporation em 2012. O Oracle ERP Cloud gerencia as funções 
corporativas, incluindo contabilidade,gerenciamento financeiro, gerenciamento de 
projetos e compras.
A integração de assistentes inteligentes e recursos de aprendizado de máquina no 
Oracle ERP Cloud permite que os clientes reduzam o número de tarefas comuns para 
seus funcionários. Isso melhora a produtividade e a precisão, aprimora a percepção 
dos negócios e a tomada de decisões e ajuda a liberar funcionários para um trabalho 
estratégico, criativo e gratificante.
4.8. Sistemas de Suporte ao Conhecimento
Os Sistemas de Suporte ao Conhecimento (KWS) auxiliam os especialistas e profissionais 
qualificados na criação e integração de novos conhecimentos na organização. Como 
exemplos, podemos citar os sistemas CAD, sistemas de modelagem e sistemas de 
simulações. Esses são utilizados por usuários especializados, tais como engenheiros, 
técnicos e economistas, para apoiar a concepção e projeto de novos produtos, serviços 
e atividades baseadas em conhecimento.
Sistemas Interorganizacionais
Os Sistemas de Informação Interorganizacional permitem o fluxo de informação entre 
uma organização e seus fornecedores e clientes. São sistemas que somente podem ser 
utilizados se houver integração com os sistemas internos de cada uma das organizações 
envolvidas.
Sistemas interorganizacionais que conectam organizações localizadas em países 
diferentes são chamados de Sistemas de Informação Globais. Estes representam 
uma necessidade das organizações de se adequar às exigências da globalização. Os 
principais benefícios dos Sistemas de Informação Globais são a comunicação eficaz 
a um custo razoável e a colaboração eficaz que supera as diferenças em termos de 
distância, tempo, idioma e cultura.
78
CAPÍTULO 4 • OS SISTEMAS DE InFORMAçãO
Os Sistemas de Informação Interorganizacional são a base para os mercados eletrônicos, 
por realizarem o principal papel no comércio eletrônico (e-commerce) e o processo 
de Gestão da Cadeia de Suprimento. Por meio dos Sistemas Interorganizacionais, é 
possível:
 » reduzir os custos das transações comerciais de rotina;
 » melhorar a qualidade do fluxo de informações, reduzindo ou eliminando erros;
 » reduzir o tempo do ciclo envolvido na realização de transações comerciais;
 » eliminar o processamento em papel e as ineficiências e custos associados;
 » facilitar a transferência e o processamento de informações para os usuários.
Os Sistemas de Informação nos níveis organizacionais e interorganizacionais agregam 
valor do mesmo modo que Sistemas de Informação pessoais e de grupo. Eles agregam 
valor por facilitar controle operacional, controle de gestão e planejamento estratégico. 
Eles agregam valor ao produto por realçar as características e funcionalidades do 
produto e por aprimorar os prazos de entrega e distribuição dos produtos. Finalmente, 
Sistemas de Informação organizacionais permitem às empresas uma melhoria da 
qualidade de seus processos e produtos. 
Podemos citar como exemplo os sistemas de reserva das companhias aéreas, que se 
constituem em um sistema no âmbito mundial composto por vários outros sistemas, 
pertencentes a várias empresas, sendo o Sistema Sabre da American Airlines o maior.
A s e g u i r, a p r e s e n t a r e m o s d o i s e x e m p l o s d e S i s t e m a s d e I n f o r m a ç ã o 
Interorganizacional: Sistema de Gestão do Relacionamento com o Cliente (CRM) 
e Sistema de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM) (figura 52).
Figura 50. Esquema de sistemas interorganizacionais.
 
 
Fornecedores 
Parceiros 
Revendedores 
Distribuidores 
Clientes 
CRM SCM 
Sistemas 
Interorganizacionais 
Fonte: Elaboração da autora.
79
OS SISTEMAS DE InFORMAçãO • CAPÍTULO 4
Sistema de Gestão do Relacionamento com o Cliente (CRM) 
O Sistema de Gestão do Relacionamento com o Cliente (CRM) é um software que está 
voltado para a gestão dos clientes de uma organização. O objetivo do Sistema de CRM 
é apresentar uma visão única de cada cliente para a organização; oferecer aos clientes 
um ponto único de contato dentro da empresa e apresentar aos clientes uma visão 
unificada da organização.
As aplicações básicas do sistema de CRM estão nas áreas de vendas, marketing e 
atendimento ao cliente. Na área de vendas, o CRM utiliza oferece informações relacionados 
a oportunidades de vendas, ao contato, aos produtos, às configurações de produtos e 
às cotas de vendas.
Já na área de marketing , o CRM fornece informações referentes aos clientes e 
possíveis clientes, aos produtos e serviços, às vendas qualificadas e às ferramentas 
para analisar dados de marketing e de clientes. No Atendimento ao Cliente, o sistema 
oferece informações e ferramentas para atendimento mais eficiente, além de incluir 
habilidades de autoatendimento baseado na Web.
Sistemas de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
O Sistema de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM) tem como objetivo 
dar apoio no planejamento, organização e otimização das atividades da cadeia de 
suprimentos. Para que a gestão da cadeia de suprimento possa ocorrer de forma 
eficiente, o SCM é utilizado para redução das incertezas e dos riscos e diminuição 
dos níveis de tempo, do ciclo do estoque, dos custos e de atendimento ao cliente.
Figura 51. Esquema de Sistema de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.
 
 Cliente 
Prestador 
de Serviços 
Distribuição 
Linha de Produção da 
Fábrica 
Fábrica 
Fornecedores 
de Materiais 
Sistema 
de SCM 
Fonte: Elaboração pela autora.
80
CAPÍTULO 4 • OS SISTEMAS DE InFORMAçãO
A s s i m , a p a r t i r d o c o n h e c i m e n t o d e d i f e re n t e s Si s t e m a s d e In f o r m a ç õ e s, 
d e s c o b r i m o s q u e e l e s s ã o f e r ra m e n t a s d e g ra n d e i m p o r t â n c i a n o a p o i o à s 
práticas de gestão no dia a dia das organizações, por favorecer a automatização 
de tarefas e de processos específicos, tais como monitoramento de indicadores, 
c o n t r o l e d e e x e c u ç ã o d e p r o j e t o s o u c r u z a m e n t o d e d a d o s.
Entretanto, não podemos esquecer que o elemento mais importante do Sistema 
de Infor mação são as pessoas. Sendo ass im, por mais complexas que essas 
ferramentas possam ser e por mais que elas faci l i tem a execução das nossas 
tarefas no dia a dia, não são as ferramentas que constroem o conhecimento 
organizacional. O conhecimento organizacional é construído pelos colaboradores 
com apoio desses s istemas.
Sintetizando
Vimos até agora:
 » O conceito de Sistemas de Informação.
 » Os diferentes tipos de Sistemas de Apoio à Decisão, suas principais características e possibilidades.
 » Conceitos de Sistema de Processamento de Transações; Sistema de Informações Gerenciais, Sistema de 
Planejamento de Recursos Empresariais e Sistema de Suporte ao Conhecimento.
81
5.1. Introdução
Neste capítulo, discutiremos os processos de construção do conhecimento dentro 
do contexto organizacional. Conheceremos as principais ferramentas básicas da 
internet e discutiremos sobre os conceitos das Webs 2.0, 3.0 e 4.0, suas características 
e principais ferramentas. Além disso, refletiremos sobre as potencialidades das 
ferramentas da Web no desenvolvimento de estratégias voltadas para a construção 
do conhecimento organizacional.
Figura 52. O futuro: Web 4.0 (IoT – Internet das Coisas).
 
 
Proceessing Speed 
Light-weight OS 
Small-footprint Protocols 
Cloud Computing Wireless Communication 
Research 
Fonte: https://www.pinterest.ca/pin/470766967294427025/. Acesso em: 31 março 2020.
5
CAPÍTULO
FERRAMEnTAS DA InTERnET 
E IMPACTOS nO AMBIEnTE 
ORGAnIzACIOnAL
82
CAPÍTULO 5 • FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
 » Entender as diferentes formas de construção do conhecimento organizacional.
 » Identificar as diferentes ferramentas de informação e comunicação da internet.
 » Compreender o conceito das Webs 2.0, 3.0, 4.0 (o futuro) e suas características.» Identificar as potencialidades das ferramentas da web no processo de construção 
do conhecimento organizacional.
5.2. A dinâmica do conhecimento no ambiente 
organizacional
A principal dinâmica de construção do conhecimento presente em uma corporação 
ocorre por meio da interação entre os conhecimentos tácitos e explícitos. Sendo 
assim, quanto maiores forem as possibilidades de interação e colaboração entre 
os colaboradores internos e externos de uma empresa, maior será a possibilidade 
de compartilhamento de conhecimentos e, consequentemente, haverá aumento 
do conhecimento organizacional. A esse processo damos o nome de Espiral do 
Conhecimento (NONAKA; TAKEUCHI, 1997).
De acordo com a Espiral do Conhecimento , a possibilidade de construção de 
conhecimentos dentro de uma organização poderá ocorrer de quatro (4) maneiras 
diferentes:
 » Socialização (Tácito para Tácito): compartilhamento do conhecimento tácito, 
por meio da exposição oral, observação, imitação ou prática.
 » Externalização (Tácito para Explícito): conversão do conhecimento tácito em 
explícito por meio do registro deste em algum formato, tal como texto, imagem, 
áudio, vídeo e digital.
 » Combinação (Explícito para Explícito): padronização do conhecimento e 
incorporação deste em um produto, tais como manual, guia de trabalho e banco 
de dados.
 » Internalização (Explícito para Tácito): novos conhecimentos explícitos são 
compartilhados na organização e as pessoas começam a utilizá-los para 
estender o seu conhecimento tácito. Esse processo ocorre, por exemplo, por 
meio da leitura e do estudo de caso de sucesso.
83
FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL • CAPÍTULO 5
Figura 53. Espiral do Conhecimento.
 
 
Tácito 
Tácito 
Tácito 
Tácito 
Explícito 
Explícito 
Explícito Explícito 
Socialização: 
Papo no 
bebedouro, 
ouvir/dizer coisas 
em conferências 
Externalização: 
Escrever relatórios, 
descrever processos, 
desenhar modelos ou 
diagramas 
Internalização: 
Ler relatórios, blogs, e 
formar opinião, interpretar 
informações 
Combinação: 
Gerar relatórios com 
dados de uma ou mais 
fontes, criar através de 
corta-cola 
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-O-modelo-de-SECI-a-espiral-do-conhecimento_fig1_309583632. 
Acesso em: 31 março 2020.
O processo de construção do conhecimento favorece a tomada de decisão, 
minimização dos erros e mensuração com segurança da qualidade, eficiência e 
eficácia da organização. Sendo assim, o processo de construção do conhecimento 
se volta para o posicionamento estratégico da empresa.
Dentro desse contexto, as Ferramentas de Informação e Comunicação da Internet 
assumem papel importante, pois elas potencializam as possibilidades de interação e 
colaboração entre colaboradores e o compartilhamento e produção de conhecimento. 
A seguir, conheceremos essas ferramentas e discutiremos as suas aplicabilidades.
5.3. Ferramentas de Informação e Comunicação da Internet
5.3.1. Mecanismos de Busca
A internet pode ser considerada um grande repositório de informações. Por isso, é 
extremamente necessário que estas estejam sistematicamente organizadas para que 
as pessoas possam buscá-las, selecioná-las e consultá-las.
84
CAPÍTULO 5 • FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL
Para local izar essas infor mações, são necessár ias ferramentas denominadas 
d e m e c a n i s m o s d e b u s c a . G e ra l m e n t e, e s s a s f e r ra m e n t a s re a l i z a m a b u s c a 
s i s t e m á t i c a d e i n f o r m a ç õ e s, d e a c o rd o c o m p a l a v ra s - c h a v e d i g i t a d a s p e l o 
usuár io. Além de textos, é possível buscar imagens, v ídeos e documentos. Os 
resultados da busca são apresentados de forma organizada, no formato de links , 
com o intuito de garantir que os pr imeiros resultados sejam os que possuem 
maior relevância.
Os principais sites de pesquisa mundialmente usados são: Google:http://www.google.
com.br, Yahoo!: http://br.yahoo.com e Bing:http://www.bing.com, Ask.com: http://
www.ask.com, entre outros.
Figura 54. Interface do mecanismo de busca Google.
Fonte: https://www.google.com.br/. Acesso em: 31 março 2020.
5.3.2. Programas de Mensagem Eletrônica
O programa de mensagem eletrônica permite a comunicação via internet mediante 
conexões de aúdio e vídeo simultaneamente entre uma ou mais pessoas. Uma das 
ferramentas conhecidas da atualidade é o Skype, de propriedade da Microsoft. O 
Skype está disponível em 27 idiomas e é usado em quase todos os países, e gera 
renda através de serviços que permitem comunicação de e para telefones fixos e 
celulares, caixa de mensagens, transferência de chamadas e personalização, incluindo 
tons de chamada e avatares. A Skype também possui parcerias com empresas de 
hardware e software.
85
FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL • CAPÍTULO 5
Figura 55. Interface do programa Skype, da Microsoft.
Fonte: https://www.skype.com/pt-br/. Acesso em: 31 março 2020.
5.3.3. Serviço de Armazenamento na nuvem
Programa construído para oferecer o serviço que permite o armazenamento e 
sincronização de arquivos na nuvem/disco virtual. A Google disponibiliza esse 
serviço no aplicativo Google Drive, o qual é compatível com os sistemas operacionais 
Windows, Mac e Android. 
Os arquivos armazenados no Google Drive podem ser compartilhados com grupos de 
pessoas a partir de uma conta Google. O usuário da conta poderá decidir com quem 
irá compartilhar cada arquivo, além de decidir o nível de permissão de cada pessoa, 
escolhendo quem apenas poderá visualizar, editar ou comentar nos seus arquivos.
Uma funcionalidade de destaque no novo serviço é a busca dos arquivos, que é feita em 
todo o conteúdo do arquivo, através de palavras-chave e filtros, como, por exemplo, tipo 
de arquivo e usuário criador. O serviço promete ainda reconhecer objetos dentro das 
suas imagens e textos escaneados, fornecendo dados sobre seus documentos.
Além da busca poderosa, o Google Drive possui uma ferramenta de visualização 
dos arquivos, que exibe no navegador do usuário mais de 30 tipos de arquivos. 
Os arquivos variam de vídeos em alta definição a arquivos do Adobe Photoshop, 
passando por documentos de texto, planilhas e apresentações.
86
CAPÍTULO 5 • FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL
Figura 56. Página principal do Google Drive.
Fonte: A autora.
5.4. A Evolução da Web 1.0 até a Web 4.0 e suas 
Potencialidades para as Organizações
A internet tornou-se uma das ferramentas tecnológicas mais importantes para o homem. 
Carregando pouco mais de 20 anos de internet, ou seja, sem ser um projeto do governo e 
sendo comercial, esta grande invenção revolucionou a vida dos usuários, tornando-se 
uma parte fundamental de muitas empresas, instituições e indivíduos. A web passou por 
diversas mudanças desde a sua primeira versão e continua evoluindo. 
5.4.1. Web 1.0 – Uma web meramente informativa 
 » Conhecida como internet básica. 
 » O primeiro conceito surgiu em 1990, por Tim Berners Lee. Utilizando três 
tecnologias simples, o HTML (Hyper Text Markup Language), protocolo HTTP 
e hyperlinks.
 » O “pai da internet”, Tim Berners Lee, funda a W3C, um consórcio que foi 
fundamental para a WWW alcançar todo o seu potencial de desenvolvimento.
 » Esta linguagem, feita de hipertextos e hyperlinks, construiu páginas web 
atrativas e amigáveis com textos, imagens, formatos e cores.
 » Os primeiros navegadores criados (browsers) foram o Netscape, Mosaic e 
Internet Explorer.
87
FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL • CAPÍTULO 5
Figura 57. Tim Berners Lee – o “Pai da internet”.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/3423438/. Acesso em: 31 março 2020.
 » Esta Web era unidirecional, do agente publicador de conteúdo para o agente 
leitor, uma vez que o usuário não podia interagir com o conteúdo da página 
(não havia condições de envio de comentários, sugestões, perguntasou 
respostas).
 » As informações (documentos e transações) publicadas eram de responsabilidade 
apenas do webmaster.
 » Nesta mesma época, grandes empresas passaram a utilizar estratégias on-line, 
a partir do lançamento de sites para publicação de informações corporativas e 
comercialização de produtos. Este foi o marco inicial que incorporou a web 
como relacionamento (link) com os clientes.
 » Esta web teve como vantagens a exposição de ideias, empresas e grupos de 
pessoas ao mundo inteiro através da internet.
 » Como principais desvantagens observou-se que a comunicação era passiva, 
ou seja, a reação coletiva sobre o que era publicado nos sites não era 
imediatamente conhecida.
Importante
O webmaster é um profissional capaz de gerenciar as tarefas tanto de um web designer (elaboração do projeto estético 
e funcional de um web site) quanto de um web developer (que faz a parte da programação, como sistemas de login, 
cadastro, área administrativa).
Um webmaster não necessariamente domina tecnologias de programação, desenvolvimento e plataformas CMS. 
Os responsáveis técnicos pelo layout e pelo sistema do site são em geral, respectivamente, o web designer e o web 
developer.
O webmaster é a pessoa responsável por tomar as decisões quanto aos trabalhos específicos destes profissionais, bem 
como por assessorar o proprietário do website quanto a alterações e melhorias no mesmo.
88
CAPÍTULO 5 • FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL
5.4.2. Web 2.0 – Uma Web colaborativa 
 » Enquanto a Web 1.0 se destacou pela democratização do acesso à informação, 
sua sucessora iniciou esse processo na produção de conteúdo. Os usuários 
deixaram de ter uma atuação majoritariamente passiva para chegar ao 
protagonismo da rede mundial de computadores.
 » O termo Web 2.0 sugiu em meados de 2004, por Dale Dougherty.
 » Na Web 2.0 o usuário deixa de ser apenas consumidor e se torna um produtor, 
ou coprodutor. Web bidirecional.
 » A Web 2.0, então, marca a transição entre um ambiente em que muitos 
consumiam e poucos criavam para um em que o público é o maior responsável 
pela criação de materiais on-line. Um dos fatores que contribuíram para essa 
mudança foi a facilidade que um usuário encontrava – e ainda encontra – para 
criar um blog.
 » Plataformas como o YouTube, a Wikipédia e todas as redes sociais estimularam 
os usuários a se tornarem criadores de conteúdo. Isso significou um aumento 
inédito no volume de dados gerados diariamente, o que acabou com o modelo 
de diretórios utilizado por portais como o Yahoo para a busca de websites.
 » Com tantas informações, tornou-se impossível reunir todos os resultados de 
uma busca em uma lista de links. Isso possibilitou o crescimento enorme de 
buscadores como o Google que, por sua vez, gerou o modelo atual das SERP, que 
utilizam critérios de SEO para otimizar a experiência dos internautas.
 » A Web 2.0 cresceu muito e rapidamente, o que resultou num grande volume de 
dados.
 » A p a r t i r d a s Re d e s So c i a i s ( Fa c e b o o k , Yo u t u b e , In s t a g ra m , Tw i t t e r , 
Li n k e d i n , W h a t s Ap p ) q u e e x p l o d i u e m 2 0 0 6 , a i n t e ra ç ã o d e p e s s o a s 
que comparti lhavam publicações como: texto, fotos e vídeos, chegou 
rapidamente ao número de bilhões.
Figura 58. As ferramentas da Web 2.0.
Fontes: A autora. https://slideplayer.com.br/slide/3423438/; https://resultadosdigitais.com.br/blog/redes-sociais-mais-
usadas-no-brasil/.
89
FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL • CAPÍTULO 5
O quadro 3 apresenta as principais diferenças entre as Webs 1.0 e 2.0.
Quadro 3. Web 1.0 x Web 2.0.
Web 1.0 Web 2.0
Leitura Leitura/Escrita
Empresas Comunidade
Cliente/Servidor Peer to Peer
Dados proprietários Dados compartilhados
Formulários Web Aplicações Web
Fonte: Elaboração da autora.
5.4.3. Web 3.0 – A Web semântica. E como ela impacta nosso 
cotidiano?
 » A Web 3.0, também chamada de Web Semântica, reúne as virtudes de suas 
antecessoras e adiciona um elemento inovador e fundamental: a inteligência 
artificial. Nessa era, as máquinas se tornam aliadas dos usuários, tanto na 
produção de conteúdo quanto na otimização da experiência on-line.
“Eu tenho um sonho para a web, em que os computadores irão tornar-se capazes 
de analisar todos os dados na rede – o conteúdo, links e transações entre pessoas e 
computadores ...” (TIM BERNERS LEE, 1999).
 » A partir do cruzamento de dados e do desenvolvimento do machine learning, a 
Web Semântica tem a capacidade não apenas de gerar e armazenar informações, 
mas, também, de interpretá-las. Dessa forma, a combinação de esforços entre 
homem e máquina cria uma experiência de uso muito mais personalizada e 
interativa.
 » O mais importante é que a Web 3.0 vem para solucionar uma das maiores 
preocupações dos atuais internautas: a segurança de dados. Inclusive, a 
Importante
A SERP é onde os resultados das pesquisas do Google são mostrados e, por isso, é o principal objeto das estratégias 
de SEO. Ou seja, suas ações ficam ainda mais efetivas, garantindo a conexão com o lEAD no espaço mais valioso da 
página com as respostas para as buscas dos usuários.
A SERP é o resultado apresentado pelos buscadores quando um usuário inclui o termo de busca na caixa de pesquisa 
e aperta o “Enter”. Ou seja, é a página que traz as informações e links relacionados ao que foi procurado. Simples 
assim.
SEO significa Search Engine Optimization (otimização para mecanismos de busca). É um conjunto de técnicas de 
otimização para sites, blogs e páginas na web. Essas otimizações visam alcançar bons rankings orgânicos gerando 
tráfego e autoridade para um site ou blog.
90
CAPÍTULO 5 • FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL
exploração desregulamentada de informações de usuários por parte de 
empresas como o Facebook, o que representa uma centralização excessiva 
do poder digital na mão de poucos.
 » Para combater isso, a tendência é que os usuários, com o uso de tecnologias 
como a criptografia, tenham total controle sobre os próprios dados. Isso 
significa que, em vez de esperarem que as empresas personalizem suas 
experiências, os internautas vão, em conjunto com a inteligência artificial, 
moldar a própria navegação.
 » A LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados, que entra em vigor no Brasil em 
fevereiro de 2020. Seu objetivo é regulamentar a utilização de informações 
pessoais por parte de empresas e evitar seu uso indevido ou não autorizado. 
Com isso, já fica claro que as empresas não vão mais atuar como intermediárias 
na personalização da navegação dos usuários, não é? Com a Web 3.0 isso é 
reforçado. A descentralização não diz respeito apenas ao armazenamento de 
dados por parte das companhias, mas, sim, à totalidade do cenário digital.
5.4.3.1. Principais aplicações da Web 3.0
Busca semântica:
 » Os buscadores como o Google são pontos centrais em nossa atual experiência 
digital. O algoritmo utilizado para o rankeamento de websites busca, cada 
vez mais, otimizar a experiência dos usuários com o direcionamento para as 
páginas mais adequadas à pesquisa que eles fazem.
 » D e f a t o, é u m a f e r ra m e n t a e x t re m a m e n t e ú t i l q u e p e r m i t e q u e, p o r 
m e i o d o Ma r k e t i n g d e C o n t e ú d o , a s p e s s o a s s e j a m a t ra í d a s p a ra o s 
websites . Já existe, porém, mecanismos de busca que, em vez de indicar 
p o t e n c i a i s s o l u ç õ e s p a ra a s p e s q u i s a s d o s u s u á r i o s , j á e n t re g a u m a 
re s p o s t a p r o n t a .
 » Um exemplo de mecanismo de busca é o Wolfram Alpha , uma ferramenta 
de conhecimento computacional em funcionamento desde 2009. Lá é 
possível fazer qualquer t ipo de pergunta e o mecanismo vai oferecer 
uma resposta exata, ou ao menos o que ele entende estar correto. O 
objet ivo é melhorar a precisão dos resultados ao entender a intençãodo inter nauta.
91
FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL • CAPÍTULO 5
Assistentes de voz:
 » Outro exemplo de mecanismos que exploram os conceitos da Web 3.0 são 
os assistentes de voz, como Siri e Alexa, desenvolvidos respectivamente por 
Apple e Amazon. Esses softwares aprendem a reconhecer a voz dos donos dos 
dispositivos e, de interação em interação, vão atualizando as informações que 
conhecem.
 » Dessa forma, eles tornam a navegação dos usuários muito mais dinâmica. 
Assim, em vez de digitar no Google, por exemplo, qual é a pizzaria mais 
próxima e se deparar com várias alternativas, você pode receber uma resposta 
simples e direta ao direcionar a pergunta ao assistente de voz.
 » Tanto assistentes de voz quanto buscadores como o Wolfram Alpha ainda estão 
em processo de aprendizado. Isso significa que eles não são, ainda, capazes de 
responder a todas as demandas do usuário. Ainda assim, a tendência é que essa 
capacidade seja continuamente desenvolvida com o passar do tempo.
Gráfico tridimensional:
 » Os elementos visuais são fundamentais para a experiência do usuário, de 
forma que imagens e vídeos de qualidade ajudam o visitante de um website 
a compreender melhor seu conteúdo. Isso é ainda mais importante quando 
falamos de e-commerces, cujas operações dependem do entendimento do 
consumidor sobre o produto.
Saiba mais
Wolfram Alpha é um mecanismo de conhecimento computacional (computational knowledge engine, em inglês), 
desenvolvido pela Wolfram Research. É um serviço on-line que responde às perguntas diretamente, mediante 
o processamento da resposta extraída de base de dados estruturados, em lugar de proporcionar uma lista dos 
documentos ou páginas web que poderiam conter a resposta, tal como faziam os mecanismos de busca.
Para tal, é utilizado um sistema que analisa os dados, já registrados pela ferramenta, e os disponíveis em outras 
páginas da web, o que caracteriza uma busca semântica. O interessante é que o Wolfram Alpha aprende com cada 
interação, o que, ao longo dos anos, vai aumentando a abrangência e a precisão de suas respostas.
O Wolfram Alpha é capaz de computar conhecimento nas mais diversas áreas, conforme exemplificado na própria 
página, como matemática, estatística, finanças, geografia e nutrição. As respostas fornecidas pelo mecanismo de 
conhecimento computacional são precisas e definidas pela capacidade de tal mecanismo compreender as perguntas 
que, até o momento, só podem ser feitas em inglês.
Marketing 3.0: Quais os impactos no contato com o novo consumidor? Disponível em: https://rockcontent.com/
blog/marketing-3-0/.
Indústria 4.0: Entenda o que é a 4a Revolução Industrial. Disponível em: https://rockcontent.com/blog/
industria-4-0/.
92
CAPÍTULO 5 • FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL
 » A Web 3.0 promete potencializar ainda mais essa tendência. Por meio dos avanços 
nas áreas de realidade virtual e aumentada, já é possível utilizar dispositivos 
para ter uma visão tridimensional dos itens expostos. Exemplos claros dessa 
mudança podem ser observados em sites de museus ou imobiliárias.
 » A partir da tecnologia de captura de imagens 3D, o visitante pode realizar tours 
virtuais, observando cada canto de um ambiente como se ele estivesse, de fato, ali.
Carteiras digitais:
 » Vocês já ouviram falar em bitcoin, não é? A criptomoeda, que apresentou um pico 
de popularidade nos últimos anos, fez com que muitos tivessem um vislumbre do 
que promete ser o futuro: transações criptografadas, independentes, seguras e 
instantâneas. O grande responsável por isso não é a moeda em si, mas as carteiras 
digitais.
 » Utilizando a tecnologia Blockchain, essas carteiras registram com muita 
transparência informações como: quem enviou a quantia, quem recebeu, e o 
momento em que a transação foi realizada. As informações são registradas em 
blocos, que são dependentes uns dos outros.
 » Para garantir a autenticidade e a legitimidade das transferências, elas são 
revisadas pelos chamados mineradores, que são recompensados com moedas 
digitais. Trata-se, portanto, de um livro contábil público com informações 
confiáveis, acessíveis e imutáveis.
Saiba mais
Designa-se Realidade Aumentada (RA) ou (AR) a integração de elementos ou informações virtuais a visualizações 
do mundo real através de uma câmera e com o uso de sensores de movimento como giroscópio e acelerômetro. O 
uso mais popular da realidade aumentada é o entretenimento através dos filtros para fotos em aplicativos móveis de 
redes sociais e games como o Pokemon GO, porém atualmente, a realidade aumentada é utilizada de muitas formas, 
tais como no ensino, design de produtos, ações de marketing ou em treinamento e suporte em plantas industriais. 
O uso de vídeos transmitidos ao vivo digitalmente processados e “ampliados” pela adição de gráficos criados pelo 
computador também podem ser considerados como um tipo de realidade aumentada.
Saiba mais
A Blockchain (também conhecida como “o protocolo da confiança”) é uma tecnologia de registro distribuído que visa 
à descentralização como medida de segurança. São bases de registros e dados distribuídos e compartilhados que têm 
a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em determinado mercado. Funciona como 
um livro-razão, só que de forma pública, compartilhada e universal, que cria consenso e confiança na comunicação 
direta entre duas partes, ou seja, sem o intermédio de terceiros.
93
FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL • CAPÍTULO 5
Ferramentas de mensagem:
 » Como já mencionamos, a segurança dos dados é uma das pr incipais 
preocupações do usuário moderno de internet. Por isso, é fácil notar que 
as funcionalidades previstas para a Web 3.0 buscam solucionar essa questão. 
Um exemplo claro diz respeito aos aplicativos de mensagem.
 » O WhatsApp, que pertence ao Facebook, é o principal aplicativo para troca de 
mensagens que utilizamos em nosso cotidiano. Porém, até que ponto confiamos 
em sua segurança? Afinal, já é de conhecimento público que a empresa americana 
acessa o dado de usuários do WhatsApp para direcionar suas campanhas 
publicitárias.
 » A solução proposta pela Web 3.0 é a descentralização dos dados de usuários, 
que pode ser alcançada com o uso da tecnologia Blockchain. O Telegram é um 
exemplo de ferramenta que já investe nesse movimento. Alguns aplicativos de 
mensagem que oferecem um ambiente seguro para os usuários são:
 › E-chat;
 › Obsidian;
 › ySign.
 » O surgimento da Web 3.0 não representa a extinção das Webs 1.0 ou 2.0, mas, 
sim, mais uma etapa em um longo processo de desenvolvimento. Conhecer as 
tendências desse novo cenário é fundamental para você se preparar para as 
mudanças que estão por vir, que prometem ser intensas.
5.4.4. Web 4.0 – Uma web mais inteligente
 » Trata-se de deixar a web mais inteligente utilizando recursos de IA (Inteligência 
Artificial).
 » Segundo Seth Godin, será como um gigantesco sistema operacional inteligente 
e dinâmico, que irá suportar as interações dos indivíduos, utilizando os dados 
disponíveis, instantâneos ou históricos, para propor ou suportar a tomada de 
decisão.
 » Qualquer estudo que busca prever mudanças sociais ou de comportamento está 
exposto à possibilidade de cometer erros.
 » De um ponto de vista histórico, é muito mais fácil analisar o que foi um período 
no passado do que prever as características de um que está por vir. Ainda assim, 
observando tendências atuais, já é possível imaginar a Web 4.0.
94
CAPÍTULO 5 • FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL
 » Uma das tendências que promete ser determinante para a próxima fase da web é a 
inteligência artificial.
 » Hoje, já é normal oferecer atendimento por meio de chats automatizados ou 
assistentes virtuais. Esse fenômeno deve se expandir, integrando o uso de 
assistentes a motores de busca para otimizar a experiência do usuário.
 » Assim, não é de se espantar quemuitos já definam a Web 4.0 como “Web 
Simbiótica”. Isso porque ela será uma interação constante entre humanos e 
máquinas, fazendo com que a linha que os separa seja cada vez mais tênue.
A Internet das Coisas (IoT)
 » A Web 3.0 tem como uma de suas características a integração de máquinas para 
otimizar o cotidiano. O esperado é que esse conceito se intensifique.
 » O termo Internet das Coisas já é utilizado para se referir a dispositivos 
conectados à internet que podem realizar tarefas sem nenhum tipo de 
envolvimento humano.
 » É o caso das casas inteligentes. Com um sistema integrado à web, diversos 
utensílios da residência podem realizar tarefas para facilitar a vida do proprietário.
 » O refrigerador, por exemplo, pode enviar notificações para o smartphone 
vinculado quando for preciso comprar leite. Isso é possível com o uso do RFID, 
uma tecnologia de identificação de tags por frequência de rádio.
 » A mesma tecnologia promete facilitar a experiência de compra em lojas de 
varejo. Explicamos: com a utilização de tags identificáveis para a tecnologia 
RFID, um cliente será capaz de saber o preço total de sua compra por meio de 
um simples scanner no carrinho. Sem a necessidade de checar item por item, 
o processo se tornará muito mais rápido.
Importante
Consumidor 4.0: Você já se preparou para atendê-lo? Disponível em: https://rockcontent.com/blog/
consumidor-4-0/.
Marketing 4.0: O que é, quais os impactos e como aplicar na sua empresa? Disponível em: https://rockcontent.com/
blog/marketing-4-0/.
Importante
Como funciona o RFID (Radio-Frequency IDentification – Identificação por Rádio Frequência)?
Um sistema de RFID é composto, basicamente, de uma antena, um transceptor, que faz a leitura do sinal e transfere 
a informação para um dispositivo leitor, e também um transponder ou etiqueta de RF (radiofrequência), que deverá 
conter o circuito e a informação a ser transmitida. Estas etiquetas podem estar presentes em pessoas, animais, 
produtos, embalagens, enfim, em equipamentos diversos.
Assim, a antena transmite a informação, emitindo o sinal do circuito integrado para transmitir suas informações para 
o leitor, que, por sua vez, converte as ondas de rádio do RFID para informações digitais. Agora, depois de convertidas, 
elas poderão ser lidas e compreendidas por um computador para, então, ter seus dados analisados.
95
FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL • CAPÍTULO 5
Os benefícios para o negócio:
 » Evidentemente, não só os clientes terão suas vidas facilitadas. No varejo, o controle 
de estoque será muito mais eficiente, com a tecnologia alertando sempre que for 
necessário repor um item. 
 » Dessa forma, o desperdício de comida e o prejuízo causado por falta de produtos 
podem facilmente ser eliminados.
 » No e-commerce, o desenvolvimento e expansão de tecnologias 3D e de realidade 
virtual vão facilitar a apresentação de produtos.
 » A concorrência, porém, promete ser ainda mais feroz. Como tudo é centrado no 
consumidor, ele terá acesso quase instantâneo a ofertas que sejam mais atraentes do 
que a que está sendo visualizada.
 » Diante disso, a forma como o consumidor é atendido deve ganhar ainda mais 
importância. Com tantas opções disponíveis nas pontas dos dedos, será fácil para 
ele deixar uma marca de lado ao primeiro sinal de atendimento ruim.
 » Assim, voltamos a notar a importância de atendentes virtuais personalizados e 
eficientes. Com toda a conectividade presente na Web 4.0, um benefício bem claro 
se desenha para as empresas: a possibilidade de integrar serviços.
A integração de serviços:
 » A AT&T é uma das principais empresas de telecomunicações e internet dos 
Estados Unidos. Recentemente, começou a oferecer sistemas de vigilância 
doméstica a um custo consideravelmente baixo.
 » A companhia simplesmente utilizou sua base já existente de banda larga, 
combinada com a integração de câmeras de vídeos, para oferecer um serviço 
complementar e de grande utilidade.
 » Esta é uma das características marcantes da Web 4.0: a internet funcionará de 
forma integrada, possibilitando que empresas adicionem serviços aos seus 
pacotes sem precisar fazer drásticas instalações de hardwares.
 » No serviço oferecido pela AT&T, os clientes podem controlar câmeras e funções 
em suas residências, mesmo estando a milhares de quilômetros de distância.
A interação social:
 » O uso da internet se tornou um fenômeno social com a interação das redes sociais. 
A forma como nos relacionamos com outras pessoas mudou, assim como a forma 
como interagimos com empresas e outras esferas da sociedade.
96
CAPÍTULO 5 • FERRAMEnTAS DA InTERnET E IMPACTOS nO AMBIEnTE ORGAnIzACIOnAL
 » O desenvolvimento da inteligência artificial dentro das redes sociais promete ser 
um fator para intensificar essas mudanças. Hoje, utilizando o Facebook, podemos 
saber quais amigos estão próximos, tais como os restaurantes, lojas, pontos de 
transporte público etc.
 » Com o uso de um assistente digital pessoal, não é difícil imaginar que, em breve, 
até mesmo as rotas que escolhemos para um passeio terão influência direta no 
que o algoritmo considera adequado para nossas características pessoais.
 » Assim, com a intervenção da inteligência artificial, evitaremos passar por comércios 
que desgostamos ou até mesmo encontrar com contatos indesejados.
 » Desde que foi lançada e chegou ao público geral, a internet vem sofrendo alterações 
constantes.
 » Essas mudanças têm influência direta em nossa organização social e a relação entre 
consumidores e empresas. Por isso, ficar de olho nas tendências é essencial.
Concluindo, a Web 3.0 está aqui para ficar. Estamos nos estágios iniciais em que os 
aplicativos ainda estão em desenvolvimento. Além disso, há necessidade da adoção em 
massa da Web 3.0. Pode levar dez anos para mudar completamente o cenário da web. No 
entanto, alguns especialistas pensam que só pode levar de cinco a seis anos para isso. 
Segundo ele, o mundo já tem o conhecimento básico do que é Bitcoin ou criptomoedas. 
Agora, cabe às organizações ensinar seu uso ao público geral. 
Enquanto isso, a Web 4.0 é o próximo passo. Com ela, vamos experimentar a integração 
da inteligência artificial no nosso cotidiano. Usuários da web terão sua experiência 
otimizada, enquanto marcas vão descobrir novas oportunidades para construir um 
relacionamento de sucesso com o público consumidor.
Sintetizando
Vimos até agora:
 » A evolução do conhecimento nas organizações.
 » As ferramentas de informação e comunicação utilizadas na internet.
 » Como a evolução da Web (1.0 até 4.0) vem influenciando o comportamento organizacional.
97
6.1. Introdução
Neste capítulo discutiremos sobre a Educação a Distância (EAD), em especial o e-learning, 
no contexto corporativo. Você conhecerá o conceito básico da EAD, suas características 
e potencialidades para construção do conhecimento organizacional. Além disso, 
discutiremos sobre o papel das Tecnologias de Informação e Comunicação nos cursos 
on-line. Refletiremos sobre os benefícios que essa modalidade de educação proporciona 
e as barreiras encontradas para implementação desses tipos de cursos.
Figura 59. O Ensino a Distância (EAD).
Fonte: https://curseduca.com/blog/cenario-EAD-no-brasil/. Acesso em: 31 março 2020.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
 » Compreender o conceito de Educação a Distância e suas principais características.
 » Identificar as potencialidades da EAD para a construção do conhecimento dentro 
das organizações.
6
CAPÍTULO
EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM 
AMBIEnTES CORPORATIVOS
98
CAPÍTULO 6 • EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS
 » Compreender o conceito de e-learning, suas principais características e 
potencialidades.
 » Identificar o papel das Tecnologias de Informação e Comunicação na 
implementação de cursos on-line.
6.2. A Educação a Distância nas organizações
As mudanças sociais, políticas e econômicas proporcionadaspela Sociedade da 
Informação mostram que é essencial que as organizações busquem criar um ambiente 
corporativo voltado para a valorização da construção do conhecimento em busca do 
aumento da competitividade, do processo inovador, da qualidade e da produtividade. 
Tais demandas fazem com que as organizações busquem novas estratégias e 
metodologias voltadas para a formação e educação do trabalhador. Uma das 
alternativas encontradas é a oferta de formação por meio de cursos na modalidade 
a distância.
Uma parte significativa dos cursos desenvolvidos nas corporações brasileiras é na 
modalidade a distância. Segundo Moore e Peters (2007, p. 2), podemos considerar 
a Educação a Distância (EAD) como um processo de aprendizado planejado que 
ocorre normalmente em um lugar diferente do local de ensino, exigindo técnicas 
especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por meio de várias 
tecnologias e disposições administrativas especiais.
6.3. EAD: o cenário do ensino a distância no Brasil
Apesar do crescimento iminente nos últimos anos, o Ensino a Distância (EAD) já 
existe no Brasil há mais de 100 anos. De cursos de datilografia por correio, passando 
por rádios educativas e cursos pré-vestibulares televisionados, chegamos à era da 
educação on demand. Pela internet, é possível cursar uma faculdade, reciclar-se 
profissionalmente, buscar uma nova carreira, aprender um novo hobby ou resolver 
problemas do dia a dia. O EAD vem crescendo tanto que, atualmente, configura-se 
como um mercado promissor.
O grande diferencial do EAD está em sua flexibilidade, manifestada em várias instâncias. 
Por exemplo, num curso presencial de faculdade é comum que a turma seja formada por 
adolescentes e jovens adultos, saídos do ensino médio, inexperientes profissionalmente. 
Já nas salas virtuais, os estudantes (ou aprendizes) são muito mais heterogêneos; é 
comum encontrar-se jovens e pessoas mais velhas, com os mais variados objetivos.
99
EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS • CAPÍTULO 6
Nesse ambiente, os aprendizes não são determinados pela idade, localização 
geográfica, (falta de) tempo e demais obstáculos. O modelo EAD fortalece a ideia de 
“aprendizagem ao longo da vida” (life-long learning) e as melhorias da sua aplicação 
podem ser observadas, não só no final do curso, mas no dia a dia das pessoas.
6.4. O cenário EAD de hoje
As perspectivas para a Educação a Distância no Ensino Superior em 2019 levam em 
consideração a Portaria no 1.428, assinada em 28 de dezembro de 2018 pelo então 
presidente Michel Temer, que amplia para 40% a carga horária a distância de cursos 
presenciais – o dobro do limite anterior. Esta possibilidade certamente terá influência 
sobre o que será tendência no segmento este ano porque leva, inevitavelmente, a uma 
oferta maior de disciplinas e conteúdos em ambiente de EAD. E isso, por consequência, 
indica novos investimentos e, também, um maior foco em inovação na educação.
Diante deste cenário promissor para as Instituições de Ensino Superior, em especial 
as que já investem em EAD, e sem esquecer a perspectiva de que até 2023 a graduação 
virtual será maior que o presencial. A seguir, são relacionadas as tendências que poderão 
atender ao aumento na demanda gerado pelo aumento da carga horária. Mas também 
são apontadas quais rotinas e formatos de conteúdo e interação vão ganhar ainda mais 
espaço no dia a dia das instituições, contribuindo tanto para o melhor aprendizado dos 
alunos, mas, também, para o fortalecimento dos cursos enquanto negócios.
Ensino híbrido cresce e se consolida
É possível considerar que o modelo de ensino híbrido (do inglês blended learning) 
tende a ser o principal beneficiado com o aumento da carga horária prevista por 
portaria governamental. Afinal, já desponta como um dos mais promissores modelos de 
aprendizado da atualidade, mesclando momentos presenciais com ambientes virtuais 
de educação a distância.
Mobile learning na palma da mão
Os brasileiros passaram mais de três horas por dia usando o smartphone em 2018, o que 
colocou o país em 5o lugar no ranking global de tempo de uso deste aparelho. O dado 
é do relatório Estado de Serviços Móveis, elaborado pela consultoria especializada em 
dados sobre aplicativos para dispositivos móveis App Annie, um dos mais completos 
do mundo. Esta informação confirma o potencial que o smartphone tem para ser cada 
vez mais usado como plataforma de aprendizagem, associada a cursos que já usam 
ambientes de EAD.
100
CAPÍTULO 6 • EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS
Figura 60. O Mobile Learning.
Fonte: https://dtcom.com.br/tendencias-2019-ead/#. Acesso em: 31 março 2020.
Por isso, o mobile learning, ou aprendizagem móvel, vem ganhando espaço por conta da 
ubiquidade que oferece ao aluno. Ou seja, usando seu smartphone, ele pode consumir 
o conteúdo do curso na palma da mão e em qualquer lugar, a qualquer hora. Para que 
a experiência do aluno seja positiva, as instituições precisam investir em estudos de 
usabilidade e estarem atentas a plataformas em expansão.
Por exemplo, vídeos já são consagrados, mas agora se fala muito em podcasts, conteúdos 
em áudio que são consumidos em canais próprios ou em aplicativos como o Spotify. 
Assim, caminhando, praticando exercícios ou mesmo no trânsito, é possível acompanhar 
os conteúdos das aulas com muito mais facilidade.
Microlearning para conquistar atenção
O mobile learning leva ao microlearning. Ou seja, se temos maior uso do smartphone, 
com mais tempo dedicado ao consumo de conteúdo via aplicativos, a tendência é que 
as Instituições de Ensino Superior precisam compreender os novos hábitos e adequar 
seus cursos de EAD para formatos com características com as quais os alunos estejam 
familiarizados.
A ideia de usar microlearning é criar formas de chamar e conquistar a atenção dos alunos, 
o que é o grande desafio não só das instituições de ensino, mas de todos os negócios que 
desejam estabelecer uma comunicação com seu público-alvo nos dias de hoje.
Uso de redes sociais inserido na educação
Pode-se afirmar que o microlearning “bebe” na fonte das redes sociais, no que é 
publicado nelas, para gerar conteúdo educativo. Mas a tendência é que as redes como 
101
EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS • CAPÍTULO 6
Instagram e Facebook, além do WhatsApp, não sirvam só de inspiração, mas que sejam 
inseridos no dia a dia das instituições de ensino e nos cursos de EAD também para 
encarar o desafio da conquista da atenção.
Os números dizem que s im. Confor me pesquisa do Ibope Intel igência com 
internautas de todo o Brasil, 75% dos entrevistados disseram que as redes sociais 
– como Facebook e Instagram – são os segmentos de aplicativos que mais usam 
em seus smartphones . Usar as redes sociais como canal de divulgação é o mínimo 
a fazer. A tendência é ir além e tornar plataformas e ferramentas como as lives 
do Facebook , os Stories do Instagram e os grupos de WhatsApp , parte da rotina 
de interação aluno-professor.
Inteligência Artificial e uso de dados na educação
A aplicação de conceitos de Inteligência Artificial (IA) vem se tornando cada vez mais 
comum e passa a estar cada vez mais no dia a dia e não mais no imaginário como algo 
futurista e até inalcançável. Mas basta citar um exemplo simples para confirmar que a 
IA está entre nós: chatbots ou robôs de conversação. As instituições de ensino podem 
adotar a ferramenta para dar maior agilidade no atendimento aos alunos, por exemplo.
Pode-se ver os chatbots em ação em sites e até em páginas no Facebook. O robô é 
“programado” a partir do uso de um banco de informações tipo Perguntas Frequentes, 
e que interage com o visitante quando o canal é acessado. Assim, pode-se fornecer 
informações dos mais variados tipos e dar ao aluno, especialmente, aquilo que ele tanto 
precisa.
O chatbot é um exemplo, mas a Inteligência Artificial pode oferecer muito mais para 
a educação, como apoio personalizado para o aluno, invariavelmenteassociada ao 
Big Data. São os dados que ajudam a criar as soluções de IA em desenvolvimento 
por gigantes como Microsoft, Amazon ou IBM, e milhares de pesquisadores e 
desenvolvedores ao redor no mundo.
6.5. Distribuição geográfica
Dados presentes no Censo de Educação a Distância realizado pela Associação Brasileira 
de Educação a Distância (Abed) mostram que os respondentes do Censo EAD.BR 2018 
são oriundos de todas as regiões da Federação. No gráfico da figura 63, observa-se o 
crescimento, desde 2016, do número de instituições com sede no Sudeste – a região 
foi a única que registrou aumento em 2018 (1%). No Nordeste e no Norte, houve 
redução de 1%. Nas regiões Sul e Centro-Oeste, os índices se mantiveram – 23% e 
102
CAPÍTULO 6 • EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS
11%, respectivamente. A manutenção da liderança do Sudeste em relação ao número 
de instituições desde 2016 é um indicador de concentração de mercado nessa região 
(figura 64).
Figura 61. Distribuição das instituições formadoras por região nas últimas três edições do Censo EAD.BR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37% 
42% 
43% 
27% 
18
% 
23% 23% 
19% 18% 
11% 11% 11% 
7% 6% 5% 
 Sudeste 
Percentual 
Sul Sudeste 
2016 2018 2017 
Centro-Oetste Nordeste Norte 
Fonte: http://abed.org.br/arquivos/CEnSO_DIGITAL_EAD_2018_PORTUGUES.pdf. Acesso em: 31 março 2020.
Figura 62. Distribuição das instituições formadoras por região em 2018.
 
 
Sudeste 
Sul 
Nordeste 
Centro-Oeste 
Norte 
43% 
11% 5% 
18% 
23% 
Fonte: http://abed.org.br/arquivos/CEnSO_DIGITAL_EAD_2018_PORTUGUES.pdf. Acesso em: 31 março 2020.
6.6. Modalidade dos cursos oferecidos
Assim como nas edições anteriores do Censo EAD.BR, a maioria das instituições 
respondentes (204) oferece cursos presenciais. Quanto à EAD, conforme indica o 
gráfico da figura 65, 135 instituições oferecem cursos regulamentados totalmente a 
103
EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS • CAPÍTULO 6
distância; 110 cursos semipresenciais; 114 cursos livres não corporativos, e 59 cursos 
livres corporativos.
Figura 63. Modalidades de cursos oferecidas pelas instituições formadoras.
Fonte: http://abed.org.br/arquivos/CEnSO_DIGITAL_EAD_2018_PORTUGUES.pdf. Acesso em: 31 março 2020.
As principais características da Educação a Distância no contexto empresarial estão 
relacionadas à:
 » Possibilidade de atender ao maior número possível de funcionários, independente 
de eles estarem trabalhando na matriz ou na filial da empresa, dentro ou 
fora do País, permitindo, dessa forma, superar as distâncias geográficas.
 » Maior flexibilidade de tempo para que o funcionário possa conciliar suas obrigações 
diárias com as atividades do curso.
 » Utilização da infraestrutura tecnológica da própria empresa para a mediação do 
processo de ensino-aprendizagem.
Nos cursos na modalidade a distância, é essencial o uso das tecnologias. Já que, 
somente, por meio do uso destas se torna possível romper as distâncias geográficas 
e flexibilizar a temporalidade. O uso desses recursos se torna essencial para que a 
mediação entre os aprendizes e o conteúdo dos cursos ocorra, favorecendo, assim, o 
processo de construção do conhecimento.
104
CAPÍTULO 6 • EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS
6.7. O e-learning no contexto corporativo 
Cada vez mais, os cursos na modalidade a distância fazem uso da internet e suas 
ferramentas e informação e comunicação para mediar o processo de aprendizagem 
nos seus projetos de treinamento e capacitação nas organizações. O desenvolvimento 
de estratégias educacionais utilizando exclusivamente recursos da internet recebe o 
nome de e-learning (aprendizagem on-line ou educação on-line).
As ferramentas de informação e comunicação são uti l izadas para permitir a 
comunicação síncrona e assíncrona entre aprendizes e instrutores, facilitar a 
distribuição de informações e possibilitar a interação entre os participantes do 
processo educacional favorecendo a construção de conhecimento.
O conceito de e-learning é baseado em três critérios fundamentais:
 » É disponibilizado por meio de redes de computadores (intranet ou internet) que 
facilitam a atualização, distribuição e compartilhamento das informações que 
fazem parte do conteúdo dos cursos.
 » É oferecido aos aprendizes por meio do computador ou tecnologia móvel 
(smartphone ou tablet) utilizando as ferramentas de informação e comunicação 
da Internet.
 » Rompe com os paradigmas educacionais tradicionalmente adotados nos 
treinamentos e adota uma visão mais ampla da aprendizagem baseada na 
interação e colaboração entre aprendizes e instrutores.
A opção pela oferta de cursos na modalidade e-learning necessita da adoção de 
procedimentos distintos e formas diferenciadas de planejamento e execução, já que 
esse tipo de curso possui didática, metodologias e estratégias diferenciadas de outras 
modalidades como, por exemplo, a presencial.
Sendo assim, o seu planejamento deve levar em consideração tanto os objetivos 
estratégicos das empresas quanto as peculiaridades do processo de ensino-aprendizagem 
na modalidade EAD, como as características pessoais e o contexto em que se encontram 
os aprendizes, as metodologias de ensino-aprendizagem mais adequadas ao perfil dos 
aprendizes e as especificidades das tecnologias que serão utilizadas para mediar o 
processo educacional.
105
EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS • CAPÍTULO 6
Figura 64. Ambiente AVA da UnYLEYA.
Fonte: A autora.
Entre as principais barreiras que podem interferir no desenvolvimento de cursos 
na modalidade on-line, podemos citar o alto investimento inicial para criação, 
desenvolvimento e implementação dos cursos, as limitações às tecnologias de acesso 
pelos aprendizes que não estão lotados nas matrizes das organizações e a forte cultura 
da presencialidade por parte dos gestores e funcionários.
6.8. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)
Uma das Tecnologias de Informação e Comunicação mais utilizadas na oferta de cursos 
na modalidade e-learning é o Ambiente Virtual de Aprendizagem, também conhecido 
como AVA.
AVA é uma ferramenta digital projetada especialmente para mediar o processo de 
aprendizagem. Ele consiste em uma página web que disponibiliza diferentes recursos, 
ferramentas e materiais que permitem a oferta de informações de forma organizada e 
a interação entre os participantes do processo educativo.
A utilização dos AVAs em cursos on-line podem trazer ganhos significativos ao 
processo de construção do conhecimento, pois permitem a disponibilização de 
informações em diferentes formatos (textos, imagens, sons e vídeo), ampliam 
as possibilidades de acesso fora de horários estabelecidos e independentes das 
106
CAPÍTULO 6 • EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS
distâncias geográficas e criam novas possibilidades de interação entre alunos, 
professores e tutores.
G e r a l m e n t e, e s s e s a m b i e n t e s a p re s e n t a m u m a v a r i e d a d e d e re c u r s o s d e 
comunicação e informação síncronas e assíncronas como, por exemplo, correio 
e l e t r ô n i c o, f ó r u n s, b a t e - p a p o, e n t re o u t ra s q u e p o d e m s e r u t i l i z a d a s p a ra 
promover a interação e a colaboração entre alunos, tutores e professores.
As ferramentas mais comuns presentes na maioria dos AVAs são:
6.11.1. Ferramentas síncronas
 » Sala de bate-papo: ferramenta semelhante às salas de bate-papo presentes na 
internet que possibilita que alunos, professores e tutores se comuniquem em 
tempo real.
 » Programa de mensagem interno: ferramenta que permite identificação dos 
usuários que estão conectados ao AVA e à comunicação entre eles. A funcionalidade 
desse recurso é de forma semelhante aos programas de mensagem instantânea, 
como, por exemplo, o Skype.
6.11.2. Ferramentas Assíncronas 
 » Fórum de discussões: ferramenta que permite que se proponham temas para serem 
debatidos por alunos, tutorese professores.
 » Mural: funciona como um quadro de aviso e geralmente é utilizado para enviar 
e informar sobre eventos importantes como, por exemplo, avaliações, prazo de 
entrega de atividades, datas dos encontros virtuais ou presenciais, entre outros.
 » Correio eletrônico: ferramenta de comunicação, também conhecida por e-mail, 
é utilizada para a troca de informações entre os alunos e a tutoria.
 » Perfil: é uma página web interna em que cada aluno disponibiliza seus dados 
pessoais como, por exemplo, nome, telefone, formação, experiência profissional, 
entre outras. O perfil é utilizado para que todos os participantes do processo 
de aprendizagem, mesmo estando separados fisicamente, possam se conhecer.
 » Biblioteca : ferramenta que possibilita a disponibilização de materiais 
complementares para os alunos. Geralmente, esses materiais podem ser 
inseridos por professores ou tutores.
 » Ferramenta de Upload: ferramenta que permite o envio de arquivos em diferentes 
formatos como, por exemplo, áudio, textos, imagens e vídeos. É utilizado, 
normalmente, para que alunos possam encaminhar as atividades para 
107
EDUCAçãO A DISTÂnCIA EM AMBIEnTES CORPORATIVOS • CAPÍTULO 6
Além dos recursos de comunicação e informação, os AVAs oferecem recursos voltados 
para gerenciamento no que diz respeito à participação dos aprendizes e instrutores e 
ao acompanhamento das avaliações realizadas pelos aprendizes durante o curso.
Durante o desenvolvimento do nosso capítulo, podemos perceber de que forma 
as tecnologias computacionais e da inter net ampliam as possibi l idades de 
estratégias de aprendizagem no contexto corporat ivo. Além disso, podemos 
perceber os ganhos que a modalidade e-learning podem proporcionar para a 
formação e, consequentemente, para o processo de construção do conhecimento 
nas organizações contemporâneas.
Sintetizando
Vimos neste capítulo:
 » O conceito de Educação a Distância e suas principais características.
 » As potencialidades da EAD para a construção do conhecimento dentro das organizações.
 » O cenário EAD no Brasil.
 » O conceito de e-learning, suas principais características e potencialidades.
 » Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA).
108
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	_Hlk36833428
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	Organização do Livro Didático
	Introdução
	Capítulo
	A Sociedade da Informação
	1.1. Introdução
	1.2. Ciência, tecnologia e sociedade
	1.3. Sociedade Agrícola, Sociedade Industrial e Sociedade da Informação
	1.4. Sociedade em Rede
	1.5. O acesso à informação e ao conhecimento na Sociedade da Informação
	1.6. O mundo corporativo no contexto da Sociedade da Informação
	Capítulo
	Conceitos de TICs
	2.1. Introdução
	2.2. A técnica e a tecnologia
	2.3. Tecnologias da Informação e Comunicação
	2.4. Os componentes das Tecnologias da Informação e Comunicação 
	2.5. As redes de comunicação
	2.6. A internet
	Capítulo
	As Ferramentas Computacionais no Ambiente Empresarial
	3.1. Introdução
	3.2. Dado, informação e conhecimento
	3.3. Conceitos essenciais sobre softwares
	3.4. Pacotes de aplicativos para escritórios
	Capítulo
	Os Sistemas de Informação
	4.2. Conceitos de Sistemas de Informação
	4.3. Sistemas de Apoio à Decisão
	4.3. Sistema Especialista (SEs)
	4.4. Sistema de Processamento de Transações (SPT)
	4.5. Sistema de Informações Gerenciais (SIG)
	4.6. Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP)
	4.7. Sistemas de Suporte ao Conhecimento
	Capítulo
	Ferramentas da Internet e Impactos no Ambiente Organizacional
	5.1. Introdução
	5.2. A dinâmica do conhecimento no ambiente organizacional
	5.3. Ferramentas de Informação e Comunicação da Internet
	5.4. A Evolução da Web 1.0 até a Web 4.0 e suas Potencialidades para as Organizações
	Capítulo
	Educação a Distância em Ambientes Corporativos
	6.1. Introdução
	6.2. A Educação a Distância nas organizações
	6.3. EAD: o cenário do ensino a distância no Brasil
	6.4. O cenário EAD de hoje
	6.5. Distribuição geográfica
	6.6. Modalidade dos cursos oferecidos
	6.7. O e-learning no contexto corporativo 
	6.8. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)
	Referências

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