Prévia do material em texto
Universidade Estadual do Tocantins UNITINS Campus Paraíso do Tocantins Curso de Bacharelado em Direito Disciplina: Direito Empresarial II Professor: Me Giliarde Benavinuto Albuquerque Cavalcante Virgulino Ribeiro Nascimento e Gama Acadêmica: Vanessa Guimarães Silva AVALIAÇÃO 2 DE DIREITO EMPRESARIAL Paraíso do Tocantins -TO 2021 Para fundamentar os conceitos ou as notas de esclarecimentos dos institutos, a pessoa discente deverá fazer uso da literatura em Direito Empresarial e/ou da legislação de incidência. Cada conceito deve ser suficientemente claro ao entendimento jurídico do instituto. Cada conceito deverá, NECESSARIAMENTE, ser praticado por meio de CITAÇÃO INDIRETA (vide normas da ABNT)! Cada discente deverá, num único arquivo de texto, nomear e conceituar fundamentadamente os seguintes institutos jurídico-empresarias: 1. Crédito O crédito se transforma em uma espécie de confiança, ou seja, uma pessoa inspira outra, e ela vai cumprir as obrigações acordadas no futuro. Na visão de Gide, é uma troca no tempo, não uma troca no espaço, ou, nas palavras de Stuart Mill, nada mais é do que permitir o uso do capital de outras pessoas. Seu surgimento promoveu enormemente as operações comerciais e tornou as operações comerciais mais rápidas e abrangentes, ao capacitar aqueles que não têm os fundos necessários para realizar as operações comerciais. (CHAGAS, 2020) 2. Credor Reserva de fundamentação. 3. Devedor Reserva de fundamentação. 4. Princípio da cartularidade Segundo o conceito de Cesare Vivante, a carta de crédito é o documento necessário para o exercício dos direitos, literais e autonomia nela mencionados. Diz-se que este documento é necessário porque o titular da lei cambial só pode requerer os termos da taxa de câmbio depois de apresentar o título que contém a lei cambial. (CHAGAS, 2020) Para Chagas (2020) além de obter novos contornos a partir da possibilidade de criação de títulos eletrônicos, o princípio da cartularidade foi relativizado. O art. 889, § 3º, do CC, mitigou o princípio da cartularidade. 5. Princípio da literalidade O princípio da literalidade é o direito consagrado no título de crédito. Em outras palavras, é o que está descrito no título relevante. O significado de literalidade é um elemento constante no título de crédito, no valor e nas obrigações legais descritas. É o elemento básico da proteção legal da propriedade do crédito. É o credor de boa-fé, previsto no art. 891, Lei 10.406/2020 e Súmula 387/STF. (JÚNIOR; SOUZA, 2021) 6. Princípio da autonomia A autonomia deve estar relacionada à possibilidade da existência de devedores solidários nas relações de troca, de forma que cada relação seja independente. Portanto, toda relação jurídica estabelecida no título é vinculativa (obrigação). É precisamente pela titularidade do crédito que podem surgir várias relações jurídicas, ou seja, múltiplos devedores e credores. Cada signatário do instrumento de crédito (assinatura no cartão de crédito) tem suas próprias obrigações independentes das outras. Nem mesmo depende da existência ou validade das obrigações dos outros. (CHAGAS, 2020) 7. Bem móvel Segundo Chagas (2020) o título de crédito é um bem móvel regido pelo princípio de orientação dos bens móveis. Portanto, a posse de crédito equivale à posse (Lei nº 7.357 / 85-art. 24). Essa liquidez promove a circulação de títulos de crédito e acelera a transferência de riqueza por meio de tradições simples. 8. Posse do bem móvel Reserva de fundamentação. 9. Lei Uniforme de Genebra Reserva de fundamentação. 10. Título de crédito Chagas (2020) traz que entre os vários conceitos criados por esta doutrina ao longo do tempo, destaca-se o conceito escrito por Cesare Vivante, segundo o qual o título de crédito é um documento necessário para o exercício dos direitos, literais e de autonomia nela mencionados. Em suma, o autor completou apropriadamente a definição completa do título de crédito que ao mesmo tempo, esse conceito também irradia regras importantes sobre o nome, as características e a forma de crédito. O código civil atual no art. 887 traz o conceito de Vivante e define o título de crédito nos seguintes termos: “documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei”. 11. Título extrajudicial Reserva de fundamentação. 12. Liquidez da obrigação cambiária Reserva de fundamentação. 13. Certeza da obrigação cambiária Reserva de fundamentação. 14. Exigibilidade da obrigação cambiária Reserva de fundamentação. 15. Saque Chagas (2020) traz que o saque é um ato criativo, de emissão de uma letra de câmbio. É uma instrução de pagamento enviada a outra pessoa, o pagador. Ao retirar o dinheiro, o devedor estará autorizado a encontrar o devedor para receber dele o valor mencionado no título, sob certas condições. 16. Apresentação Reserva de fundamentação. 17. Aceite Segundo Chagas (2020) Aceite é o ato em que o pagador se compromete a cumprir a ordem que lhe é emitida e se compromete a pagar na data de vencimento. Assim que a letra de câmbio é emitida, ela é entregue ao beneficiário, e o beneficiário pode entregar a letra ao pagador para aceite. 18. Endosso O endosso é a função básica do vínculo para promover a circulação da riqueza permite ao proprietário prever o valor que receberá no futuro. Para realizar essa circulação de forma simplificada, é necessária a transferência da titularidade da carta de crédito. Um endosso é uma declaração de câmbio subsidiária em que o credor de uma nota de crédito (endossante) transfere seus direitos a outra pessoa (endossante). Esta é a maneira correta de transferir a propriedade do crédito. Sua principal função é divulgar o título. (CHAGAS, 2020) 19. Endosso em preto Endosso em preto – é aquele que identifica o endossatário (quem recebe o crédito). (TEIXEIRA, 2019) 20. Endosso em branco Um endosso em branco é um endosso que não identifica seus beneficiários e é denominado pessoa endossada. Nesse caso, o endossante apenas assina o verso do título sem identificar quem o endossa, o que na prática acaba permitindo que o título seja repassado ao titular, ou seja, por meio da tradição da cártula. Então, o destinatário do endosso em branco pode basicamente realizar três ações: (i) transformá-lo em um endosso preto, completo com seu nome ou o nome de um terceiro; (ii) endossar novamente o título, preto ou branco ou (iii) Transferência de propriedade sem nova aprovação, ou seja, apenas através da tradição de turbilhonamento (artigo 14.º da Lei Uniforme e artigo 913.º do Código Civil). (RAMOS, 2016) 21. Endosso póstumo Endosso posterior ao vencimento ou endosso póstumo é um endosso feito após a data de vencimento do título e tem o mesmo efeito que um endosso antes do vencimento (mais comum). No entanto, se o endosso for dado após "protesto contra falta de pagamento", o mesmo produzirá efeito de uma cessão de crédito (LU, artigo 20.º). (TEIXEIRA, 2019) 22. Endosso impróprio Reserva de fundamentação. 23. Endosso caução Ocorre quando a propriedade é fornecida como garantia, como no caso de penhor (porque a propriedade é considerada um bem móvel, pode ser hipotecada). Nesse caso, a menos que as obrigações não sejam cumpridas, a propriedade final da carta de crédito não será transferida para o endossado (LU, artigo 19.º). (TEIXEIRA, 2019) 24. Endosso mandato Para Teixeira (2019) endosso mandato é uma carta de crédito que não transfere a propriedade de crédito, apenas conferindo ao seu titular (agente; pessoa autorizada) a legalidade de recebimento do crédito. Tem os efeitos de procuração (LU, artigo 18.º). Portanto, este tipo de endosso não pode ser considerado como translativo. Acerca do endosso-mandatoé a Súmula 476 do STJ: “O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário”. 25. Transmissão à ordem Reserva de fundamentação. 26. Transmissão não à ordem Reserva de fundamentação. 27. Endosso total Reserva de fundamentação. 28. Endosso parcial Reserva de fundamentação. 29. Aval Segundo Chagas (2020) os títulos de crédito podem ser fortalecidos por meio de garantias físicas ou pessoais. Entre o pessoal, existe o aval, que consiste em extrato cambial definitivo e contínuo, cabendo ao signatário o pagamento das obrigações constantes do título de crédito, nas mesmas condições do obrigado que ele avaliza.. 30. Aval total O endosso total é um endosso que garante totalmente o valor dos instrumentos de crédito. (TEIXEIRA, 2019) 31. Aval parcial Reserva de fundamentação. 32. Aval simultâneo Reserva de fundamentação. 33. Aval sucessivo Reserva de fundamentação. 34. Vencimento A data de vencimento refere-se à data em que o crédito expira, pois já chegaram a data, mês e ano (e, se for o caso, a hora) de vencimento da dívida. (TEIXEIRA, 2019) 35. Pagamento Para Teixeira(2019) o pagamento é a forma mais comum de adimplemento e extinção de obrigações. Trata-se de conformidade geral. Mas há outros que são considerados desempenhos extraordinários de obrigações, como como a novação, a confusão, a dação etc. O pagamento é a liquidação de dívidas. Um título de dívida pago é aquele que foi liquidado. 36. Solidariedade cambiária Reserva de fundamentação. 37. Protesto do título cambial Reserva de fundamentação. 38. Letra de Câmbio A letra de câmbio é uma instrução de pagamento que o sacador instrui o pagador a pagar a quantia assinada a um terceiro chamado tomador. (TEIXEIRA, 2019) 39. Nota Promissória Para Teixeira (2021) a nota promissória é um instrumento de crédito que consiste em um determinado valor de promessa de pagamento emitida pelo devedor ao credor. 40. Cheque Cheque é uma instrução de pagamento à vista, emitida (retirada) ao banco quando fundos suficientes são fornecidos. (TEIXEIRA, 2019) 41. Duplicata Mercantil Quando acontece uma compra e venda mercantil, gera-se um título de crédito chamado de duplicata mercantil, a qual é emitida pelo vendedor contra o comprador, este fará o pagamento. (TEIXEIRA, 2019) 42. Compra e venda mercantil Acontece por meio de contrato em que o chamado contratante tem a obrigação de transferir o domínio de objeto ou coisa, enquanto que o a outra parte tem o dever de pagar um certo valor em dinheiro, isso conforme o Código Civil em seu artigo 481. Caso as partes do contrato sejam empresas ou sociedades empresariais o contrato será empresarial. (NEGRÃO, 2020) 43. Locação Comercial Reserva de fundamentação. 44. Mandato Mercantil Segundo Teixeira (2019) o mandato mercantil é um acordo onde o mandatário pode praticar atos em nome do mandante empresário, para isso acontecer o mandatário recebe poderes para tais atos. 45. Comissão Mercantil É um contrato pelo qual um empresário (comissário) se compromete a realizar negócios comerciais em nome de outro (comitente) em seu próprio nome e assume a responsabilidade pessoal pelas ações realizadas perante terceiros. (RAMOS, 2016) 46. Representação Comercial Autônoma Conforme Ramos (2016), a representação comercial autônoma trata-se de uma forma especial de contrato de colaboração, sendo os colaboradores denominados de representantes, responsáveis pela obtenção dos pedidos de compra e venda dos produtos comercializados pelo colaborado, sendo denominado representado. 47. Concessão Mercantil Neste contrato de cooperação, o empresário, ou seja, o concessionário, assume a obrigação de comercializar produtos fabricados por outro empresário, o concedente. A Lei n. 6.729/79 regula a concessão mercantil para os veículos automotores terrestres, por regra em outros contratos as cláusulas podem ser estipuladas pelas partes. Quanto a outros bens, se enquadram como objetos de agência ou distribuição. (RAMOS, 2016) 48. Franquia ou franchising Franquia empresarial é um sistema pelo qual o franqueador autoriza o franqueado a usar marcas registradas e outros objetos de propriedade intelectual por meio de contratos. Esses direitos de propriedade intelectual estão sempre relacionados ao direito exclusivo ou não exclusivo de produzir ou distribuir produtos ou serviços, e ao direito de utilizar métodos e sistemas para implementar e gerir o negócio ou sistema operacional desenvolvido ou pertencente à franqueadora. Não há descrição da relação de consumo e vínculo empregatício com o franqueado ou seus empregados. (TEIXEIRA, 2019) 49. Princípio da preservação da empresa É um tipo de negócio que visa a recuperação da atividade empresarial numa crise econômica, financeiro e para garantir a continuidade dos negócios e salvaguardar o trabalho e os interesses de terceiros, principalmente credores. (TEIXEIRA, 2019) 50. Falência empresarial É um procedimento judicial realizado de forma coletiva sobre os empresários insolventes, com o objetivo de dirimir responsabilidades pela alienação judicial obrigatória de bens da empresa. Esse instituto da falência foi originado para manter a igualdade de direitos dos credores de algum empresário insolvente. Ou seja, ela visa determinar as responsabilidades e os ativos de um devedor insolvente (insolvência econômica) de forma que a dívida possa ser distribuída entre seus credores e o valor máximo da dívida devida possa ser tentado. (CARVALHO, 2020) 51. Recuperação empresarial É uma ação que visa superar um cenário de crise econômico-financeira do devedor, dessa forma fica preservada a fonte produtora, ou seja, o emprego dos trabalhadores bem como a manutenção dos interesses dos credores. Dessa forma, a empresa mantem sua função social e o estímulo a atividade econômica, gerando sua preservação. (GABRIEL, 2020) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, Daniel. Direito Empresarial. Coleção carreiras jurídicas. 1ª Edição. São Paulo: CP Iuris, 2020 CHAGAS, Edilson Enedino. Direito Empresarial Esquematizado. 7ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2020 FREIRE JÚNIOR, Aluer Baptista; SOUZA, Bruno do Amaral Cerqueira. Os princípios regulamentadores no direito cambial: uma análise geral. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/73350/os-principios-regulamentadores- no-direito-cambial-uma-analise- geral#:~:text=O%20princ%C3%ADpio%20da%20literalidade%20%C3%A9%20o %20direito%20estabelecido,para%20a%20seguran%C3%A7a%20jur%C3%ADdi ca%20do%20t%C3%ADtulo%20de%20cr%C3%A9dito.. Acesso em: 11 dez. 2021. GABRIEL, Sérgio. Prática Empresarial. 2ª Edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2020 NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Empresarial. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2020 RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito Empresarial Esquematizado. São Paulo: Editora Método, 2016. TEIXEIRA, Tarcísio. Direito Empresarial Sistematizado: doutrina, jurisprudência e prática. 8ª Edição. São Paulo: Saraiva Educacional, 2019