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COLORIMETRIA E TEXTURIZAÇÃO CAPILAR Aline Andressa Matiello Conceito e princípios da colorimetria capilar Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Descrever os princípios da colorimetria capilar. � Distinguir os tipos de cabelo. � Explicar quais são os possíveis danos e os cuidados com a haste capilar. Introdução Tem sido muito grande a procura por tratamentos na área da estética. Os clientes buscam técnicas e tratamentos para mudar a cor dos cabelos, melhorando contraste, reflexos e tons de acordo com as características pessoais e a moda. Muitos profissionais apostam no uso da colorimetria para garantir tratamentos mais eficazes. Trata-se de uma ciência que estuda as cores e suas combinações; entretanto, para que possa ser empregada corretamente, precisa levar em consideração os diferentes tipos de cabelo e os danos que podem ocorrer na haste capilar. O futuro profissional da área de estética aplicada à área capilar terá, neste capítulo, uma introdução aos princípios da ciência da colorimetria, entenderá sua aplicação, conhecerá os diferentes tipos de cabelo e verá também os principais agentes lesivos da haste capilar, podendo orientar e prevenir danos através de alguns cuidados diários. Colorimetria capilar Origem da cor do cabelo A coloração natural do cabelo se deve a particularidades nos pigmentos que se encontram dentro da fibra capilar, que ao absorverem raios luminosos, são responsáveis pelas variações de cores dos cabelos. Esses pigmentos são derivados de uma substância chamada melanina. São produzidos por células chamadas de melanócitos, que se encontram dentro do bulbo do cabelo e que através de processos químicos naturais desencadeiam a formação de dois tipos distintos de melanina: a eumelanina e a feomelanina. Os pigmentos de melanina encontram-se em formato de grânulos e em diferentes concen- trações, de acordo com a cor do cabelo. A presença de maior quantidade de eumelanina gera a formação de cabelos nas cores marrom para preto e a maior quantidade de feomelanina gera a formação de cabelos nas cores amarelo a avermelhado. Além do tipo de pigmento encontrado, a cor do cabelo será definida por outras variáveis, como: espessura, quantidade de pigmento e a razão entre a quantidade de feomelanina e eumelanina. Sobre a quantidade de grânulos, cabelos mais escuros possuem um maior número de grânulos de melanina, enquanto que cabelos claros contêm poucos grânulos de melanina. A cor do cabelo ainda é influenciada por fatores genéticos e fisiológicos, que determinarão que tipo de melanina será mais encontrada, variando tam- bém com a idade, uma vez que à medida que envelhecemos, a concentração de pigmentos se reduz de modo a causar a despigmentação dos cabelos e os surgimento de cabelos brancos. Algumas disfunções capilares podem gerar também o aparecimento precoce dos cabelos brancos. Inúmeras pessoas buscam tratamentos artificiais para corrigir os cabelos brancos ou até mesmo mudar a cor natural, de acordo com tendências esté- ticas e com as preferências pessoais, uma vez que a coloração dos cabelos desempenha um papel importante na autoestima. Diante disso, a colorimetria é uma ciência que trata especificamente desses tratamentos, que envolvem basicamente a coloração artificial dos fios e que busca garantir a qualidade, satisfação e segurança (COLORDESIGN, c2002; TERRIBILE, 2013). Conceito e princípios da colorimetria capilar2 Leitores do material impresso, para visualizar as figuras deste capítulo em cores, acessem o link ou o código QR a seguir. https://goo.gl/Uhe9c1 Definição e conceitos em colorimetria capilar A colorimetria é a ciência que estuda as características da cor da haste capilar aplicadas na área da estética. É conhecida desde a antiguidade, quando as primeiras colorações foram utilizadas pelos egípcios, que foram os precursores dessa ciência. O primeiro corante sintético utilizado para colorir os cabelos foi utilizado em 1883, a partir daí houve um intenso desenvolvimento da ciência, o que possibilitou a criação de colorações cada vez mais efetivas e seguras (HALAL, 2011). Sabe-se que o termo cor trata de uma definição subjetiva, uma vez que a cor é uma informação visual e depende da presença de luz, que resulta num estímulo físico percebido pelos olhos e interpretado pelo cérebro. Inicialmente, nossos olhos recebem uma energia em forma de onda eletromagnética de diferentes comprimentos, capazes de excitar o sistema visual e neurológico. Para tanto, o olho humano capta apenas parte dos feixes de ondas eletromag- néticas, chamada de faixa visível, através de células especializadas chamadas de bastonetes e cones, que após serem captadas pelo olho humano, enviam o sinal ao cérebro onde ocorre o processamento da formação da cor. Conside- rando que o olho capta apenas as cores da faixa visível, a imensa variedade de cores que vemos é resultante da interpretação que nosso cérebro produz após o recebimento de combinações de diferentes comprimentos de onda de três cores primárias, a partir dessas três cores, formam-se cores secundárias, terciárias e inúmeras combinações. As cores e a relação entre elas constituem a base de estudo da colorimetria capilar. Através de suas leis, surge em uma variedade ilimitada de novas cores. Nesse sentido, as colorações químicas alteram a estrutura do cabelo de forma que ele absorva algumas ondas e reflita outras, assim, a cor do cabelo após 3Conceito e princípios da colorimetria capilar a coloração é exatamente a cor do comprimento de onda de luz disponível e da luz que é absorvida por ele. Qualquer mudança realizada a fim de alterar a luz disponível, alterará a cor que vemos no cabelo. Baseando-se nesse entendimento, as cores podem ser classificadas em primárias, secundárias, terciárias e complementares. As cores primárias são cores puras e não podem ser produzidas por qualquer mistura. São a origem de todas as colorações, dos tons mais claros aos mais escuros, sendo sempre produzidas a partir das cores primárias: azul, vermelho e amarelo em diferentes concentrações. Recebem esta denominação porque ao se misturar cada uma delas entre si, criam-se cores e ao dilui-las obtêm-se as mesmas cores iniciais. A partir da mistura de duas cores primarias se originam cores secundárias. As cores secundárias são resultado da mistura de duas cores primárias em quantidades iguais. As cores secundárias são: magenta, amarelo e ciano — também chamadas de roxo, laranja e verde (Figura 1). As cores terciárias são as demais cores produzidas que não se encaixam em primárias ou secun- dárias. Sua origem se dá pela mistura de uma cor secundária e uma primária, em proporções iguais, formando as cores: vermelho-violeta, violeta-azul, verde-azulado, verde-amarelado, laranja-amarelado, e laranja-avermelhado. Além disso, pode-se criar uma cor terciária misturando-se duas primárias em proporções diferentes ou misturando as três primárias de modo a criar a cor marrom, por exemplo (Figura 2). Além da definição de cores primárias, secundárias e terciárias, existe a definição de cores complementares, que se referem à interação e combi- nação dessas cores e pode ser representada por uma imagem, chamada de círculo cromático ou estrela de Oswald, que serve basicamente como um gráfico para auxiliar o profissional da colorimetria (Figura 3). As cores complementares referem-se às cores primárias e secundárias que se en- contram dispostas opostamente no círculo cromático, formando um par. Os pares de cores complementares são formados por uma cor primária e uma cor secundaria. Por exemplo: os pares complementares são o verde e o vermelho, o laranja e o azul, e amarelo e violeta. Possuem relevância na colorimetria, pois quando misturadas neutralizam uma à outra, o azul, por exemplo, é utilizado para neutralizar a cor laranja ou podem também potencializar uma cor desejada. Conceito e princípios da colorimetriacapilar4 Figura 1. Cores secundárias. Fonte: Halal (2011). Figura 2. Cores terciárias. Fonte: Halal (2011). 5Conceito e princípios da colorimetria capilar Figura 3. Cores complementares. Fonte: Halal (2011). É desse raciocínio das cores complementares que se busca um equilíbrio nos tratamentos de coloração, através da neutralização de uma cor indesejada, ou seja, a busca por equilibrar e uniformizar a cor por meio das cores primárias. Além disso, os pigmentos utilizados nas colorações podem ser classificados em acromáticos ou cromáticos. Os acromáticos, que não possuem cor, referem- -se à mistura do preto e do branco em diferentes concentrações, que resulta nos pigmentos preto, branco e cinza. Enquanto que os pigmentos cromáticos podem ser de cores primárias, secundárias ou terciárias. A cor ou pigmento ainda possui dois componentes importantes na área da colorimetria, e referem-se ao nível ou saturação e à tonalidade ou nuance. O nível, ou saturação, também é chamado de altura de tom e a tonalidade ou nuance também é chamada de reflexos da cor. O nível/saturação ou altura de tom é a concentração de cor, informando a intensidade e quantidade de cor existente. Esses termos indicam o quanto uma cor é clara ou escura. Nesse aspecto, quando o uso de proporções iguais e puras de cores primárias tem como resultado tons de cinza, preto ou branco, o branco é a ausência de cor e preto e cinza se diferenciam pela concentração de pigmento. Conceito e princípios da colorimetria capilar6 Enquanto a cor tiver partes iguais de pigmentos puros das três cores primárias (vermelho, amarelo e azul), o resultado será preto ou cinza (dependendo da concentração). Entretanto, esse sistema não é tão simples, uma vez que em alguns dos métodos de coloração utilizados na área capilar, mesmo dentro as leis de colorimetria, a formação da cor não ocorre apenas pela mistura de pigmentos, mas também por um processo químico chamado de oxidação. Dessa maneira, misturar cores é muito mais simples do que controlar reações químicas de oxidação, que se darão pela mistura de pigmentos e agentes intermediários. Na prática clínica da colorimetria capilar, a cor marrom representa a cor de equilíbrio das colorações, por isso, os tons de marrom são chamados de fundamentais ou cores bases e se formam a partir da mistura das três cores primárias em diferentes concentrações e determinando os vários tons exis- tentes, chamados de altura de tom. Para graduar a altura de tom, é utilizado um esquema numérico de 1 a 10, sendo que o preto refere-se a maior concentração de pigmento, recebendo o número 1 e o branco refere-se ao número 10, que é a cor sem pigmento, a mais clara de todas, enquanto que do 2 ao 9 tem-se as mais variadas graduações de cinza (Figura 4). Figura 4. Altura de tons. Fonte: Borges (2014). Além disso, a altura de tom traz uma outra definição importante para a prática clínica da colorimetria, que é o fundo de clareamento. Foi visto que a cor do cabelo é formada, naturalmente, pela combinação dos tipos de melanina. 7Conceito e princípios da colorimetria capilar Quando o cabelo é exposto a um processo de descoloração, com finalidade de clareá-lo, as concentrações de melanina são reduzidas, o que resulta na alteração da cor dos cabelos, obtendo-se uma coloração mais fraca que a natural. À medida que o cabelo é descolorido, outras cores vão surgindo, o que é chamado de fundo de clareamento. Para compreender melhor, observe o Quadro 1 e compare com a Figura 5. Fonte: Adaptado de Ribeiro (2014, p. 2). Altura do tom Fundo de clareamento 1 Preto Azul 2 Castanho-escuríssimo Vermelho muito escuro 3 Castanho-escuro Vermelho-acaju 4 Castanho-médio Vermelho-magenta 5 Castanho-claro Vermelho-alaranjado 6 Louro-escuro Alaranjado 7 Louro-médio Amarelo-alaranjado 8 Louro-claro Amarelo 9 Louro-claríssimo Amarelo-claro 10 Louro-ultraclaro Amarelo muito claro Quadro 1. Fundo de clareamento Conceito e princípios da colorimetria capilar8 Figura 5. Fundo de clareamento. Fonte: Adaptada de Ribeiro (2014, p. 2). A variação do fundo de clareamento será sempre de tonalidades verme- lhas, no caso de alturas de tons baixas, ou seja, mais escuras, enquanto que as alturas de tons de louros terão como fundo de clareamento cores na altura de amarelo. Por exemplo, em um cabelo preto com altura de tom número 1, à medida em que vai sendo clareado surge o vermelho, podendo apresentar várias tonalidades durante o processo. O amarelo aparece e também apresenta algumas tonalidades no processo de clareamento dos fios louros. São justa- mente essas cores “de fundo”, que o cabelo apresenta, que são chamadas de fundo de clareamento. A tonalidade, também chamada de nuance ou reflexo da cor, refere-se a um pequeno desequilíbro nas cores, e recebe a denominação de reflexos pri- mários, secundários, podendo ser suaves, intensos ou profundos. Nesse caso, estes termos informam a quantidade de cores existentes na haste capilar. Por exemplo: o cabelo de cor castanho ou louro pode ser formado por variações do amarelo, vermelho e azul, conforme o objetivo desejado. Todas as cores naturais se formam do balanço de cores, variando apenas o nível de cor. 9Conceito e princípios da colorimetria capilar Vale lembrar que esses reflexos não modificam a cor do cabelo, mas sim a altura de tom do mesmo. Por ser uma matriz muito fraca, ela não chega a ter profundidade na cor. São utilizadas com intuito de causar mais brilho, intensidade e ser um diferencial das alturas de tons. Como visto anteriormente, a altura de tom de um cabelo é definida por numerações. Os reflexos podem ainda ter predominância de cores, nesse caso a predomi- nância quente inclui a formação de reflexos nas cores amarelo, laranja ou vermelho, e a predominância fria, inclui reflexos nas cores: azul, verde ou roxo (COLORDESIGN, c2002). Mudar a coloração do cabelo não é apenas misturar cores e aplicar na haste capilar, exige conhecimento prévio das leis da colorimetria. Sistema internacional de nomenclatura de colorações Existe um sistema internacional através de números com o objetivo principal de universalizar a leitura das colorações. Um exemplo de código de cor é mostrado na imagem a seguir (Figura 6). Nesse sistema, a partir da leitura do número você define a altura de tom e o reflexo primário e secundário. O primeiro número antes da vírgula, refere-se à altura de tom. O primeiro número após a vírgula, refere-se ao reflexo primário. O segundo número após a vírgula representa o reflexo secundário. Nesse caso o 4 representa a altura de tom que é o castanho-médio, o nú- mero 6 representa o reflexo primário que é o vermelho e o número 5 representa o reflexo secundário que é o mogno. Para tanto, a leitura dessa numeração é feita da seguinte forma: castanho-médio, vermelho-mogno. Vale lembrar que se pode ter apenas um reflexo, nesse caso terá apenas o número antecedendo a vírgula e, após, um número que representará o reflexo principal. Conceito e princípios da colorimetria capilar10 Figura 6. Sistema internacional de numeração. Fonte: Adaptada de Terribile (2013, p. 185). 4 .6 5 4 6 5 Castanho- -médio Vermelho Mogno Ação dos pigmentos na haste capilar Quanto às ações dos pigmentos na haste capilar, elas irão agir inicialmente na cutícula e algumas atuarão na camada intermediária da haste capilar cha- mada de córtex. Algumas moléculas de pigmentos existentes nos colorantes conseguem atravessar a cutícula do cabelo e difundir-se através do córtex, gerando efeitos de coloração mais duradouros, enquanto outras permanecem na camada mais externa das cutículas, tendo efeitos a curto prazo. A imagem a seguir (Figura 7) mostra a cutícula, que é a camada mais externa da haste capilar, seguida pelo córtex e medula. 11Conceito e princípios da colorimetria capilar Figura 7. Camadas da haste capilar. Fonte: Camadas da haste capilar (2018). As colorações existentes são classificadas conforme o objetivode tra- tamento e o tempo de duração na haste capilar, podendo ser permanentes, semipermanentes ou de tom sobre tom. As colorações de tom sobre tom apenas acentuam os reflexos naturais, sem alterar a cor do cabelo (GOMES, 2018). Diante dessas informações, é essencial que o profissional da área capilar entenda os princípios de colorimetria antes da realização de qualquer trata- mento, uma vez que envolve uma série de conhecimentos prévios. Conceito e princípios da colorimetria capilar12 Tipos de cabelo Assim como é importante conhecer os princípios da colorimetria, faz-se necessário conhecer os mais diferentes tipos de cabelo, uma vez que cada um responde aos tratamentos de colorimetria de maneiras distintas. Existem várias classificações acerca dos tipos de cabelo e elas envolvem diferentes características, como formato, porosidade, diâmetro, elasticidade, grau de oleosidade e hidratação, dentre outras. Quanto ao formato O formato é uma característica natural dos fios e se refere às diferentes elipti- cidades do fio. A diferença dos fios se dá pelos formatos dos bulbos capilares e pelas inclinações destes na superfície cutânea, características que sofrem influências étnicas. Quanto à forma, o cabelo pode ser: liso, encaracolado, ondulado ou em espiral. O cabelo liso é também chamado de mongol ou oriental. Possui forma reta, nenhuma onda é evidenciada na haste capilar. O modo como o folículo está implantado faz com que o cabelo cresça reto e perpendicular ao coro cabeludo. Possui uma taxa de crescimento média de 1,3 cm/mês. Representado na Figura 8 pelo número 1. O cabelo ondulado é também chamado de caucasiano. Há sempre a formação de “S” quando está curto e uma série de ondas quando é de comprimento longo. Seu crescimento se dá num ângulo oblíquo ao couro cabeludo e é levemente curvado e com uma taxa de crescimento de 1,2 cm/mês. Conforme a Figura 8, o cabelo 2a é um cabelo ondulado que não tem muito volume, a raiz é mais oleosa, porém o comprimento possui uma oleosidade adequada. O fio é fino e possui um formato de “S”, mas bem alongado. Por já possuir uma ondulação natural, é mais fácil de modelar. No cabelo 2b é mais evidente a tendência a ter frizz e a modelagem fica um pouco mais comprometida, pois o “S” já é mais definido, assim o cabelo tem basicamente uma “memória” da sua curvatura original. No 2c a forma de “S” “começa a apresentar alguns cachos espaçados ao longo do cabelo. A formação dos cachos faz com que os fios já não fiquem mais tão grudados na cabeça, resultando em um cabelo com mais volume e movimento. No cabelo encaracolado há presença de ondas e assume um formato seme- lhante a um “C” quando o comprimento é curto e um formato semelhante a “S” quando possui comprimento mais longo. Representado na Figura 8 pelo número 3. Esse tipo de cabelo ainda apresenta uma subdivisão, de 3a, 3b e 13Conceito e princípios da colorimetria capilar 3c. O primeiro deles, o 3a, possui raiz mais lisa, porém, logo na sequência, os cachos já começam a aparecer. Normalmente, são bem grandes e largos. O tipo 3b possui cachos desde a raiz, com textura áspera, não tão sedosa quanto os fios 3a. O fio é mais encorpado e forma cachos mais fechados, alguns formam até “molinhas”. E o tipo 3b apresenta cachos muito fechados desde a raiz. Por estar se aproximando do cabelo espiral, já possui um nível de ressecamento maior do que as subcategorias anteriores, principalmente nas pontas. No cabelo espiral, também chamado de crespo, afro-americano ou étnico, a haste capilar se apresenta como uma onda contínua que, tal como o nome, assume uma forma em espiral desde o momento de saída da haste do couro cabeludo. Pode ocorrer a formação de ondas da largura de um anel. Como o cabelo cresce quase paralelo ao coro cabeludo, ele cresce enrolado nele mesmo e tem uma taxa de crescimento média de 0,9 cm/mês. São representados na Figura 8 pelo número 4. O tipo 4a se caracteriza por possuir cachos bem es- truturados, independente se estão molhados ou secos. O tipo 4b possui muito volume e é conhecido como cabelo black power, são mais frágeis e merecem muitos cuidados. Já o cabelo 4c, caracteriza-se por alternar entre mechas que seguem o padrão zigue-zague e fios que não possuem nenhuma definição. Pela curvatura estar ainda mais junta, os cabelos 4c sofrem com o fator en- colhimento e ressecamento, e por sua estrutura, podem ser muito difíceis de cuidar (BIOQUÍMICA da beleza, 2005; FERREIRA, 2018; TERRIBILE, 2013). Figura 8. Tipos de cabelo de acordo com o formato da haste capilar. Fonte: Adaptada de cuppuccino/Shutterstock.com. 1 2a 2b 2c 3a 3b 3c 4a 4b 4c Conceito e princípios da colorimetria capilar14 As diferenças nos formatos dos cabelos afetam diretamente as caracte- rísticas dos fios como a resistência, oleosidade, fragilidade, influenciando também na reatividade a agentes químicos. As colorações, alisamentos e outros procedimentos químicos, devem ser indicados considerando a forma, uma vez que alguns cabelos apresentarão maior fragilidade quando comparados a outros. Quanto à porosidade A porosidade é a capacidade da haste capilar de absorver água. Essa caracterís- tica da haste capilar é determinada pelas condições da cutícula do cabelo, que é a parte mais externa da haste capilar. Nos cabelos com porosidade normal, a cutícula é compacta e impede de maneira semipermeável a penetração de umidade dentro do cabelo, seja para entrar no cabelo ou para sair. Nos cabelos com porosidade baixa, a cutícula é muito compacta e impede esta penetração. Nesse caso, a haste capilar é de difícil tratamento com coloração, uma vez que dificulta a penetração. Esse tipo de cabelo pouco poroso necessita de tratamentos prévios à coloração para melhorar sua porosidade, assim como os cabelos com alta porosidade, pois são cabelos com a cutícula muito aberta e, portanto, absorvem e perdem muita umidade, tornando-se facilmente de- sidratados e frágeis. Quanto ao diâmetro Essa classificação define os cabelos em grossos, médios ou finos, de acordo com a circunferência da haste capilar. Cabelos grossos possuem maior circunferên- cia, sendo mais fortes. Na colorimetria, é este tipo de cabelo que resiste mais às colorações quando comparado aos demais. Cabelos médios possuem uma circunferência média em diâmetro e normalmente não apresentam problemas nos tratamentos capilares. Enquanto que os cabelos finos são os que possuem menor circunferência. Tem como característica a maior possibilidade de dano por tratamentos químicos, pois perdem densidade muito fácil. Nas colorações, são os que respondem mais rapidamente aos tratamentos, uma vez que são mais finos e mais fáceis de modelar. Quanto à elasticidade A elasticidade é a capacidade que a haste capilar possui de ser distendida e voltar ao seu comprimento normal sem lesões em sua estrutura. Nas con- dições normais de um cabelo saudável, ele é elástico. Os cabelos de baixa 15Conceito e princípios da colorimetria capilar elasticidade, ao serem distendidos, quebram facilmente e é difícil realizar tratamentos químicos. O cabelo de alta elasticidade apresenta um efeito chamado chicletes, pois ao distender o fio ele retorna muito facilmente, o que é um sinal de alerta, pois pode estar relacionado ao excesso de porosidade do fio. A elasticidade em excesso pode ocorrer após alguns tratamentos químicos de descoloração. Quanto ao grau de oleosidade e hidratação O grau de oleosidade e hidratação do cabelo é decorrente da atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas da pele do couro cabeludo. De acordo com a função desempenhada pelas glândulas, o cabelo pode ser classificado em: normal, seco, oleoso ou misto. Os cabelos normais possuem um equilíbrio na quantidade de substâncias produzidas, enquanto que os cabelos oleosos se caracterizam por uma hiperfunção dessas glândulas e cabelos secos por uma redução na função. Os cabelos mistos associam caraterísticas de cabelos oleosos na raiz e secosnas pontas (FERREIRA, 2018; O ASPECTO dos cabelos, 2018). Para aprofundar seus conhecimentos, no link ou código a seguir você confere um vídeo sobre os tipos de cabelo. https://goo.gl/1DPnp7 Percebe-se que a haste capilar se apresenta com diferentes classificações e características, sendo que alguns tipos de cabelo são mais sensíveis enquanto outros são mais resistentes aos tratamentos de coloração. Conhecer os tipos de cabelo antes da realização de tratamentos de colorimetria, é essencial para realizar um tratamento individualizado e que atenda às reais necessidades do cliente, respeitando as características naturais do mesmo. Conceito e princípios da colorimetria capilar16 Danos da colorimetria e cuidados A haste capilar é formada por três camadas distintas, com funções especificas. A camada mais externa é chamada de cutícula e é formada por células sobrepos- tas, dando a aparência de escamas à haste capilar. Possui como função regular a entrada e saída de água da haste, de modo a manter um equilíbrio hídrico. A camada intermediária é o córtex, que possui como função primordial abrigar os grânulos de melanina que são responsáveis pela coloração dos fios, assim como é responsável pelas funções mecânicas de cada fio de cabelo, como a elasticidade, permeabilidade, resistência e também fotoproteção. A camada mais interna, chamada de medula, possui alto teor de lipídios e há relatos de que as células dessa camada podem sofrer desidratação e seus espaços serem preenchidos por ar, de modo que afete o brilho e a cor do cabelo. Em uma haste capilar saudável, o córtex é inatingível, pois está totalmente isolado do meio externo pelas camadas de células da cutícula. São essas camadas, formadas por células especializadas, que garantem ao cabelo condições favoráveis ao desempenho de suas funções (SANTOS, 2017). Inicialmente, os agentes lesivos, que podem ser químicos, físicos ou tér- micos, causam agressões na camada externa da haste capilar, danificando a cutícula, alterando a efetividade das mesmas na função de proteção, tornando assim as camadas mais internas (córtex e medula) mais facilmente expostas aos danos. Os danos na cutícula geram como consequência o aumento da fragilidade capilar. Basicamente, tratamentos de origem química, mesmo que bem indicados e realizados com segurança, geram alterações na estrutura da haste capilar, em suas características, e predispondo ao aparecimento de danos e disfunções. A aplicação de produtos químicos nos cabelos pode ser realizada com o objetivo de colorir os cabelos, mas para gerar os efeitos esperados os agentes químicos precisam chegar ao córtex e gerar reações químicas, para tanto fazem a abertura das cutículas e expõem córtex e medula. A abertura das cutículas gera maior fragilidade local, tornando a haste ainda mais suscetível a agentes externos, como umidade, poluição, calor etc. Essa exposição tende a tornar o cabelo cada vez mais poroso e frágil. Além dos tratamentos químicos de coloração, os cabelos estão expostos a agentes químicos diariamente, através do uso de cosméticos capilares, que quando não bem indicados, podem tornar-se vilões para os cabelos. A escolha e uso correto dos produtos cosméticos capilares tendem a reduzir danos e também prevenir os mesmos. A escolha de produtos específicos para trata- mentos capilares é o primeiro passo, uma vez que as características do couro 17Conceito e princípios da colorimetria capilar cabeludo e da haste capilar se diferenciam de outras regiões do corpo humano, principalmente referente ao pH. Portanto, é importante selecionar produtos cosméticos capilares com pH neutro, pois produtos muito ácidos contraem e endurecem o cabelo, enquanto produtos alcalinos dilatam e amaciam. Dessa maneira, os produtos escolhidos devem considerar o pH natural do cabelo, em torno de 5, para evitar muitos danos (LOPES et al., 2018). Na escolha de xampus, que por possuem função tensoativa acabam cau- sando ressecamento dos fios por alterarem as cutículas, é necessário escolher os que tenham um pH indicado para o cabelo, principalmente para cabelos coloridos, a fim de evitar a descoloração precoce. Xampus que possuem silicone em sua formulação podem amenizar os efeitos de ressecamento. Além disso, o ideal é utilizar cosméticos condicionadores após a aplicação do xampu, pois estes amenizam os danos, uma vez que são formulados à base de gorduras e de um detergente diferente dos usados nos xampus. Os condicionadores fecham as cutículas, aumentando a capacidade dos fios de refletirem a luz e, consequentemente, ficarem mais brilhantes. Além disso, o condicionador altera as propriedades mecânicas do cabelo, deixando os fios mais homogêneos em sua capacidade de resistir ao estiramento, tornando assim o cabelo menos frágil. Além dos danos químicos, cabelos quimicamente tratados com coloração estão predispostos a agentes lesivos, uma vez que estão mais fragilizados. Dentre os agentes físicos causadores de danos, estão hábitos diários como lavar os cabelos, secar com a toalha, pentear, passar as mãos, exposição à água do mar ou água tratada, vento, poluição provocam um desgaste que vai se tornando perceptível à medida em que os fios crescem. Esse desgaste físico causa um levantamento das cutículas e aumenta a porosidade dos fios, tornando-os mais suscetíveis à desidratação e ao ressecamento, surgindo sinais como frizz e aparência nitidamente danificada do fio. O fato de friccionar os fios do cabelo exageradamente durante a lavagem ou na secagem com uso de toalhas é prejudicial, pois a fricção causa aproximadamente 90% das lesões nas cutículas (SANTOS, 2017). O uso de cabelos presos por longos períodos de tempo também causa danos na haste capilar, uma vez que a predispõem a quebras e podem levar à queda de cabelo quando a tração é exagerada. Cabelos tratados com colo- ração apresentam como resultado uma redução na elasticidade e hidratação, fazendo com que a tração quebre mais facilmente os fios. Os traumas físicos citados anteriormente, inicialmente alteram a camada de proteção, mas a longo prazo levam à ruptura e ao desprendimento dessa camada da haste, causando disfunções capilares comuns como, por exemplo, as pontas duplas. Conceito e princípios da colorimetria capilar18 Além disso, os cabelos tratados quimicamente com coloração devem evitar danos adicionais de origem térmica, como a exposição ao calor do secador, chapinha e radiação solar. O calor excessivo em contato com a cutícula rompe imediatamente a camada de proteção, reduzindo a hidratação do cabelo, deixando mais facilmente exposto o córtex e as camadas mais internas dos fios. Cuidados com a haste capilar pós-coloração Diante dos possíveis danos encontrados na haste capilar após tratamentos químicos com a coloração, alguns cuidados podem amenizar ou retardar o aparecimento de sinais de lesões, incluindo cuidados para evitar danos adicionais, como térmicos e físicos. A seguir são descritos alguns cuidados. Lembre-se que cabelos tratados com coloração possuem uma fragilidade au- mentada e estão mais expostos a outros agentes lesivos, portanto é importante considerar os cuidados para garantir uma coloração mais efetiva, duradoura e saudável ao cabelo. Quanto ao uso de produtos químicos para coloração, é importante que o cliente busque profissionais capacitados e que se faça utilização de produtos adequados e seguros, visando fornecer ao cliente tratamentos de qualidade e segurança, que possam causar o mínimo de danos à haste capilar. Na lavagem dos cabelos, dê preferência à água morna, nem fria, nem quente, pois previne lesões no couro cabeludo e também na haste capilar. Indica-se o uso de água com temperatura um pouco menor que 25°C e mantendo o chuveiro a uma distância adequada do couro cabeludo, pois a própria pressão da água pode causar danos. A água muito quente, além desses danos, causa descoloração precoce nos fios submetidos à coloração. Utilize para ahigiene dos fios xampus que possuam indicações específicas para o cabelo colorido, aplicando na raiz do cabelo com movimentos de mas- sagem. Após o uso, utilize produtos cosméticos que amenizam os efeitos do xampu sobre os cabelos, como o uso de desembaraçante, hidratante e redutor de volume, assim como cremes capilares sem enxágue, pois ajudam a proteger os fios. Além de proteger os cabelos das agressões externas, preservam as cutículas íntegras e formam um filme protetor que simula as cutículas perdidas durante o tratamento de coloração. Como os cabelos coloridos possuem uma tendência à desidratação, há de se enfatizar o uso de hidratantes capilares, que aumentam o poder de retenção de água, evitando o ressecamento. Para tanto, ele deve ser aplicado sobre os cabelos limpos e levemente umedecidos, enfatizando a aplicação nas pontas, 19Conceito e princípios da colorimetria capilar uma vez que esta região da haste é a que mais possui lesões nas cutículas. Além do xampu, condicionadores, cremes, existe no mercado uma variedade de produtos para proteger e tratar os fios, como leave in, mousses, máscaras, destinados a cabelos pós-coloração e que devem ser utilizados seguindo a orientação do profissional da área capilar. No processo de secagem dos cabelos, é importante evitar friccionar os fios. A secagem deve ser feita com toalha macia, mas sem exageros de fricção, apenas retirar o excesso de água com a toalha e após utilizar-se do secador. Sobre o uso do secador, recomenda-se manter a distância mínima de 30 cen- tímetros da raiz dos cabelos, sempre em movimento e em temperatura morna e a chapinha a cerca de um centímetro e meio do couro cabeludo. Sobre o uso de modeladores e alisadores, é necessário fazer uso moderado dessas técnicas. Para amenizar os efeitos do aquecimento provocados por secadores, chapinhas e modeladores, deve-se fazer uso de cosméticos com proteção térmica prévia à aplicação dessas técnicas. Não exagere no número de vezes em que realiza a escovação capilar e dê preferência ao uso de pentes e escovas de dentes largos. Quando necessário o uso de penteados presos, evite excesso de tração e também a permanência do penteado por períodos longos. É importante evitar a exposição exagerada ao sol, devido aos efeitos nocivos para a haste capilar. Na necessidade de expor-se ao sol, é necessário o uso de chapéus, bonés e produtos cosméticos protetores da haste capilar. Um último cuidado a ser citado na redução de danos à haste capilar, são os cuidados referentes à alimentação, que quando balanceada, rica em vitaminas, nutrientes e proteínas, é fundamental para garantir a integridade da fibra capilar, principalmente em cabelos tratados quimicamente e que estão mais predispostos à perda de substâncias. A ingestão adequada de aminoácidos e proteínas, como carnes, ovos e leite, estimulam o crescimento e o fortaleci- mento dos fios, enquanto a ingestão de zinco, através das nozes, frutos do mar, gérmen de trigo e levedo de cerveja, estimula o crescimento e reduz a oleosidade. A ingestão de óleos funcionais, como o ômega-3 e o ômega-6, ajudam na hidratação dos fios. Adotar uma rotina diária de cuidados com o cabelo, que inclui uso de cosméticos adequados a cabelos tratados com coloração, cuidados com lavagem, secagem e escovação, assim como evitar a exposição solar e alimentar-se adequadamente, são ações essenciais para amenizar os danos à haste capilar e garantir cabelos coloridos artificialmente saudáveis e bonitos (CALEFFI; HELDMANN; MOSER, 2009; HALAL, 2011; PAGAN, 2016; PAULA, 2001). Conceito e princípios da colorimetria capilar20 BIOQUIMICA da beleza. 2005. 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