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Medicina Nuclear • É a especialidade que utiliza pequenas quantidades de substâncias radioativas ou “traçadores” para diagnosticar ou tratar certas doenças. O que é Medicina Nuclear ? • As técnicas de medicina nuclear são empregadas para conseguir imagens da maioria dos órgão e para obter informações diagnósticas que complementam os dados obtidos através de outras técnicas radiológicas. • Em alguns casos essas técnicas fornecem dados ímpares porque a captação do radionuclidio ocorre apenas em uma enfermidade específica. • Os exames de medicina nuclear são importantes na pesquisa e no acompanhamento de doenças, na avaliação da função fisiológica e, com frequência na constatação de um diagnostico definido. • Os exames de medicina nuclear envolve o uso de um elemento radioativo (radionuclidio) ligado a uma substancia química escolhido por sua capacidade de mapear um processo fisiológico ou fisiopatológico. • A associação do radionuclidio com essa substância é um radiofármaco. • Algumas vezes, o radionuclidio livre ou monoemissores (ex.: iodo 131 , iodo 123, tálio 201, gálio 67) é ingerido ou injetado e atua como um análogo fisiológico de um elemento do organismo. • Os radionuclidios são escolhidos por suas propriedades radioativas (tempo de desintegração espontânea, tipos de emissão e energia de raios gama), disponibilidade (custo e meia-vida) e capacidade de serem ligados ao composto desejado. • As propriedades físicas e químicas do composto, e não as do radioisótopo, fazem com que a associação seja isolada em um determinado compartimento do corpo (por ex. reservatório sanguíneos, fígado, medula óssea, tireóide) ou seja eliminada do corpo por uma determinada via de excreção (rena, biliar). • As imagens são obtidas com um grande detector de raios gama (gama - câmara) posicionado sobre o corpo do paciente para quantificar e determinar a distribuição da radioatividade Como ocorre a formação da imagem em Medicina Nuclear ? • A imagem é formada a partir da radiação proveniente do paciente. • O equipamento de Medicina Nuclear não emite radiação. Ele apenas capta a radiação proveniente do paciente. Como ocorre a formação da imagem em Medicina Nuclear ? • Para que haja formação de imagem é necessário o componente fisiológico, ou seja, que haja vida como condições básicas. É impossível o exame de Medicina Nuclearem cadáver. • A imagem é fundamental morfofuncional, isto é informa dados anatômicos, tamanho, forma posição e dados sobre funcionamento. Como funciona o equipamento de Medicina Nuclear • Os equipamentos empregados são denominados câmara de cintilação que não emitem radiação, como acontece nos aparelhos de R-X e tomografia computadorizada. • A câmara de cintilação apenas detecta o material radioativo que foi administrada e incorporado pelo paciente, possibilitando, desta maneira a obtenção de imagens planares ou tomográficas que são chamadas de cintilografias. Medicina Nuclear X Radiodiagnóstico • Radiodiagnóstico: equipamento é a fonte de radiação; • Medicina Nuclear: o paciente é a fonte de radiação. Medicina Nuclear X Radiodiagnóstico • Radiodiagnóstico: visualiza anatomia. • Medicina Nuclear: visualiza funcionalidade. • Seu procedimento permite a determinação de informação diagnóstica sem que seja necessário intervenções cirúrgicas, ou outros testes diagnósticos invasivos. • Os exames de medicina nuclear frequentemente podem detectar precocemente anormalidades na função ou estrutura de um órgão no seu corpo. • Esta detecção precoce possibilita que algumas enfermidades sejam tratadas nos estágios iniciais, quando existe uma melhor chance de prognóstico bem sucedido e recuperação do paciente. Radiofármacos Radiofármacos - Definição Radiofármacos - Administração Os radiofármacos podem ser administrados por: ● Via intravenosa; ● Via oral; ● Inalação. Radiofarmácia RADIONUCLÍDIOS: substância com propriedades físicas adequadas ao procedimento desejado (substâncias que emitem radiação, refere-se apenas ao átomo radioativo - partícula emissora de radiação beta para terapêutica, ou partícula gama para diagnóstico) Os mais usados : Tc99m, I¹³¹ (Iodo) , Tl201 (Tálio), Ga67 (Gálio), Sm153 (Samário) . FÁRMACOS: substância química que será adicionada ao radionuclídio, se tornando um marcador, conhecido como “Kits frios”. RADIOFÁRMACOS (TRAÇADOR): Quando se adiciona substâncias (fármacos) aos radionuclídios/radioisótopos. Apresentam afinidades químicas por determinados órgãos do corpo e são utilizados para transportar a substância radioativa para o órgão a ser estudado. TRAÇADOR: termo histórico que implica a habilidade de estudar ou seguir um processo fisiológico ou fisiopatológico sem alterá-lo Os materiais radioativos utilizados são denominados radioisótopos O que são RADIOISÓTOPOS ? • São substâncias que emitem radiação, utilizados no seu estado livre (não marcado) para a obtenção de imagens. • Os mais usados são: • Tc99m (Tecnécio). • I¹³¹ (Iodo). • Tl201 (Tálio). • Ga67 (Gálio). • Sm153 (Samário) entre outros. Principais Características dos Radioisótopos: • Baixa energia • Baixa radioatividade • Meia-vida curta (tempo que leva para a radioatividade diminuir pela metade) • É utilizados para marcação de diferentes compostos (radiofármaco) Como é administrado o Radiofármaco. • É administrado ao paciente geralmente por via endovenosa ou oral. • Cada composto é concentrado por determinado órgão ou sistema. O qual tem afinidade. Indicações de Medicina Nuclear • Apesar de ser mais conhecida para fins diagnósticos, a medicina nuclear também é indicada para tratamentos terapêuticos para algumas doenças, como o câncer de tireóide e dores ósseas. Quais as Vantagens da Medicina Nuclear? • Baixa dose de radiação ionizante • Dispensa condutas intervencionistas ex: anestesia • Tem índice irrisórios de fenômenos alérgicos. • Alta sensibilidade para detectar alterações na função de determinado órgão • As imagens apresentadas em filmes ou gráficos conduzem sempre informações sobre a fisiologia. PRINCIPAIS RADIONUCLÍDIOS UTILIZADOS NA MEDICINA NUCLEAR •TECNÉCIO-99: é um radionuclídeo artificial, criado pelo homem. Tem meia-vida de aproximadamente 6 horas. Emite raios gama com energia de 140.511 keV ideal para aparelhos gama câmara. É muito reativo quimicamente, reagindo com muitos tipos de moléculas orgânicas. Essa grande versatilidade química permite que hoje em dia a grande maioria do estudo em medicina nuclear seja realizada com tecnécio. • IODO 123 OU 131: importante no estudo da tireoide. Tem emissão de partículas beta e radiação gama. Tem meia-vida de 8 dias para o 131 e 13 horas para o 123. •TÁLIO 201: tem propriedades químicas semelhantes ao Potássio, tendo sido utilizado durante muitos anos para imagens cardíacas, mas as imagens eram menos nítidas e a sua interpretação mais complexas. Tem meia-vida de 3 dias. Atualmente o estudo com tálio 201 tem caído em desuso, face ao aparecimento de novos radiofármaco marcado com tecnécio. • GÁLIO 67: tem propriedades semelhantes ao Ferro. É um emissor gama de energia média e apresenta meia-vida de 3 dias. É utilizado em estudo de tumores e processos inflamatórios. • XENON 133 E CRIPTON 81: gases nobres radioativos que podem ser utilizados na cintilografia de ventilação pulmonar. •Flúor 18: é utilizada em exames Pet, sua meia-vida é de 118 minutos. • SAMÁRIO 153: é aplicado em pacientes com metástases óssea, como paliativo para dor PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA MEDICINA NUCLEAR • Metileno difosfonato: MDP - 99mTc • Ácido dietilenotriaminopentacético: DTPA - 99mTc • Ácido dimercaptosuccínico: DMSA - 99mTc • Estanho coloidal: Sn - 99mTc • Pirofosfato de sódio: PIRO - 99mTc • Derivados de albumina – macroagregado de albumina: MAA - 99mTc • Ácido iminoacético ( N-alfa 2,6 diidopropil acetanilida do ácido imionodiacético): DISA Radiofármacos - Processos- Geral Radiofármacos - Processos - Geral Excreção: ● Decaimento físico; ● Eliminação biológica. Meia vida efetiva TEMPO DE MEIA VIDA MEIA-VIDA FÍSICA (T1/2): é o tempo necessário para que um certo radionuclídio tenha o seu nº de desintegração reduzidos pela metade MEIA-VIDA BIOLÓGICA (TB): é o tempo necessário para que a metade do elemento químico ingerido pelo organismo seja eliminado pelas vias metabólicas normais. MEIA-VIDA EFETIVA (TE): a dose de radiação recebida por um órgão quando nele existe um material radioativo agregado depende da meia-vida física e da meia-vida biológica. A combinação de ambas nos dá à meia-vida efetiva, que é o tempo em que a dose de radiação neste órgão fica reduzida pela metade. Isótopo Emissão Meia vida Tc-99m Gama 6 horas I-131 Gama e beta 8 dias Ga-67 Gama 3,26 dias Tl-201 Gama 3,04 dias I-123 Gama 13,2 horas Sm-153 Gama e beta 1,95 dias F-18 Pósitron (gama) 109 minutos SALA QUENTE Na sala quente encontramos todos os materiais necessários para a “marcação” dos radiofármacos como: anteparos de chumbo, vidro pumblífero, curiômetro (ou calibrador de dose), gerador de tecnécio, detector Geiger Müller, castelo de chumbo para transportes dos materiais radioativos até a ala onde será injetado, todo material descartável como luvas de procedimento, agulhas, seringas, algodão, álcool, papel toalha, etc. • Ainda existe material de enfermagem e barreiras protetoras “biombos” de chumbo para proteção dos integrantes do serviço. Recomendações de uso da Sala Quente • No ambiente da sala quente com certeza existe a presença de radiação ionizante, esta radiação é predominante gama e de origem do Tecnécio que é o elemento radioativo com maior atividade dentro da sala quente. • Portanto é recomendado que neste ambiente as atividades sejam realizadas com a maior atenção e rapidez, sempre com uso de luvas de procedimentos, pinças e proteção radiológica é a diminuição da exposição pelo Tempo curto de manuseio, Distância pois a radiação diminui com o quadrado da distância e Barreiras protetoras que atenuam o feixe de radiação. • No interior da sala quente é proibido fazer qualquer alimentação ou guardar alimentos, sendo este espaço somente reservado ao manuseio do material radioativo e utensílios próprios da sala quente. • Na sala quente é proibida a presença de pacientes, recepcionistas, técnicos, pessoal de enfermagem e médicos que não pertençam ao serviço de Medicina Nuclear sem autorização prévia verbal do Médico Nuclear responsável. Devendo portanto os integrantes do serviço de Medicina Nuclear zelar por estas recomendações de segurança e manter guarda das fontes de radiação ali existentes. Gerador de Tecnécio – 99m.Gerador de Tecnécio – 99m Gerador de Tecnécio – 99m • O gerador consiste em uma coluna de vidro, contendo alumina como suporte, sobre a qual é absorvido o Mo de fissão. Este nuclídeo pai (meia – vida: 66h) decai para o filho Tc (meia – vida:6h). Como a afinidade do filho pela alumina é pequena, este pode ser eluído facilmente mediante solução fisiológica. Esta solução estéril, vem acondicionada em frascos tipo penicilina. • A coluna é fechada em ambas extremidades e duas agulhas de aço inoxidável permitem a entrada e a saída do líquido eluente, o qual é conduzido ao frasco coletor. • O gerador é convenientemente blindado e acondicionado em lata. • Na primeira aquisição do gerador IPEN – TEC, fornece-se ao usuário uma blindagem de chumbo para o frasco coletor, resultando assim maior segurança pessoal durante a operação de eluição. • Acompanham o gerador IPEN – TEC, 13 frascos coletores em vácuo e 13 frascos com solução fisiológica, que permitem a cada vez eluir toda a atividade em volumes de 6 ml e dois frascos contendo solução bacteriostática. CALIBRADOR DE DOSE - CURIÔMETRO Função: – medir a atividade dos radiofármacos – antes da administração ao paciente. Garantia: dose correta CONTADOR GEIGER-MÜLLER • Um dos primeiros tipos de detectores desenvolvidos foi o chamado detector Geiger Müller. • Este contador permite detectar a presença de radiações ionizantes. No entanto o tubo de Geiger Müller não permite medir a energia das partículas, apenas faz a “contagem” do número das que a ele chegam. COLIMADOR É a parte da Gama câmara potencialmente encontrável pelo fóton ao sair do paciente. Tem o objetivo de definir o campo de visão geométrico do cristal e a direção especifica de entrada dos fótons para incidir no cristal. EXISTEM DOIS TIPOS BÁSICOS: • FURO ÚNICO (PINHOLE): colimador com furo único em forma de cone com ponto focal do campo de visão, aumenta com a distancia e a imagem invertida. •COLIMADOR DE FUROS PARALELOS: é o mais utilizado, consiste numa folha de chumbo com milhares de canais paralelos distribuídos uniformemente. Entre eles temos: •Baixa energia (LEGP) •Baixa energia, alta resolução (LEHR) •Média energia •Alta energia Controle de Qualidade Parâmetros Diários • Verificação de uniformide. • Ajuste de Janela. Comentários • Fantoma Flood; Intríseca(sem colimador) ou extrinseca(com colimador). • Confirmar ajuste da janela da energia para cada radionuclideo a usar Controle de Qualidade Parâmetros Semanais • Resolução Espacial. • Verificação da Linearidade. Comentários • Requer um fantoma para resolução(PLES, barras em quadrante, furos ortogonais) protocolo padronizado. • Avaliação qualitativa da linearidade com o fantoma de barras. Controle de Qualidade Parâmetros Bianual ou em caso de suspeita de Problema • Performance do colimador. • Registro de Energia • Performance de Contagens e linearidade de contagens; • Resolução de Energia; • Sensibilidade. Comentários • Fantoma flood com altas contagens para cada colimador • para câmaras com registro de múltiplos picos , • mais importantes para câmaras com circuito de correção da filtragem ou da adição de contagens. • Mais fácil nas câmaras com analisadores de canais múltiplos; • Desempenho de contagens por unidade de atividade. CONTAMINAÇÃO Como manipulamos fontes não seladas, derramamentos acidentais ocorrem. Essas contaminações são classificadas em duas categorias: menor e maior importância, dependendo do radionuclídio e da quantidade derramada. Acidentes envolvendo menos de 1 mCi de I 131 são considerados menores, acima deste nível são considerados maiores, enquanto para tc-99m, Tl 201 e Ga 67 o valor de referência é de 100mCi. Os princípios básicos para conduta nas duas condições são os mesmos: nas contaminações menores as pessoas da área são avisadas e providências são tomadas para evitar a disseminação, papel absorvente pode ser colocado sobre o local do derramamento, se este for visível. Todo o material contaminado deve ser imediatamente descartado com cuidado. A área contaminada deve sofrer monitoração contínua até que a leitura do Geiger - Müller volte aos níveis de radiação de fundo. As pessoas envolvidas também devem sofrer monitoração contínua, incluindo mãos, pés e roupas. Para derramamentos maiores, a área dever ser rapidamente evacuada, devendo-se evitar disseminação, usando material absorvente, e se possível deve-se blindar a radioatividade, até que a área contaminada volte aos níveis de radiação de fundo. O incidente deve ser relatado as instituições de controle e fiscalização. Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível PREPARO DOS RADIOISÓTOPOS: Preparo - I Quanto ao preparo e distribuição das injeções de radiofármacos, deve-se: colocar luvas e trabalhar atrás da proteção de chumbo; verificar se o contador de atividade (calibrador de dose) está ajustado para medir o radionuclídeo a ser usado; verificar o radiofármaco, a atividade prescrita e o nome do paciente;trabalhar com o frasco dentro do recipiente de chumbo, evitar tocar o frasco com os próprios dedos; Preparo - II quando necessário ( aquecimento do sestamibi) manusear o frasco com pinças ; sempre limpar com álcool a base dos frascos de eluição de radiofármaco; ao encher a seringa, segurar na sua extremidade; tapar a agulha para então medir a atividade da seringa; fazer os ajustes de dose e sempre conferir a atividade; colocar a seringa no protetor de seringa e depois dentro do transportador blindado. Fotografias de equipamentos utilizados para reduzir a exposição a radiação em um laboratório de Medicina Nuclear: biombos plumbíferos, lixeiras blindadas, e blindagens com tijolos de chumbo e anteparo plumbífero para se guardar os geradores de Tecnécio 99 m. FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO No serviço de medicina nuclear alguns setores são obrigatórios: • SALA DE ESPERA: para pacientes injetados com doses radioativas e que estão aguardando para realizar o exame. Isto é necessário, pois estes pacientes não podem aguardar junto a outras pessoas que realizaram outros exames; •BANHEIRO EXCLUSIVO: para pacientes que receberam doses radioativas; •LABORATÓRIO OU SALA QUENTE: local onde se armazena e prepara os materiais radioativos que serão administrados; •DEPÓSITO DE REJEITOS RADIOATIVOS: sala exclusiva para armazenamento do lixo radioativo, seu acesso é restrito; •SALA GAMA CÂMARA: sala onde se realiza os exames de cintilografia, •SALA DE ADMINISTRAÇÃO: local utilizado para injetar o material radioativo nos pacientes. Infra-Estrutura Típica – salas Recepção / secretaria ● Laboratório de radioisótopos - sala quente ● Sala de administração de radiofármacos ● Sala de espera de pacientes injetados ● Banheiro exclusivo para pacientes injetados ● Sala de exames - gamma câmara Sala de comando ● Depósito de rejeitos radioativos PACIENTE - FONTE DE RADIAÇÃO Proteção Radiológica ● Blindagens em todas as salas ● Blindagens na sala quente ● Armazenar fontes ● Manipulação - estação de trabalho ● Porta seringas - transporte ● Protetor de seringas ● Rejeitos radioativos ● Lixeiras de chumbo ● Blindagens para caixa de pérfuro-cortantes Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível EXAMES MAIS COMUNS: MDP- Tc99 - utilizado para a obtenção de imagens do esqueleto: Indicação Clínica: • Pesquisa de Metástases • Osteomielite • Tumores ósseos • Fraturas de stress • Avaliação de próteses óssea SESTAMIBI - Tc99- utilizado para a obtenção de imagens do coração e algumas pesquisas de tumores. Indicações Clinicas: • Tem a finalidade de visualizar a perfusão do miocárdio e para o diagnóstico da doença isquêmica coronariana ( método não invasivo). DTPA - Tc99 - utilizado para estudos renais dinâmicas Tem finalidade de avaliar obstrução, infecção e hipertensão arterial de origem renovascular. DTPA e MAA- Tc99 – também utilizado para estudos de inalação e perfusão pulmonar: Indicações Clínica • Para avaliar a ventilação e perfusão sanguínea pulmonar, e determinar a presença de trombo • Utilizada para o diagnóstico de embolia pulmonar e de doenças obstrutivas crônicas, entre outras. DMSA - Tc99 - utilizado para cintilografias renais estáticas: Indicações Clinicas: • Estenose unilateral ou bilateral da artéria renal • Pielonefrite crônica • Doenças obstrutivas Renais • Avaliação de rim transplantados • Anomalias congênitas • Doenças policísticas Pirofosfato - Tc99 - utilizado para pesquisas de sangramento digestivo e de hemangiomas hepáticos: Indicações Clinicas: • Pesquisa de Hemangioma ENXOFRE E ESTANHO COLOIDAL - Tc99 - utilizados para estudo do refluxo gastro-esofágico: DEXTRAN - 500 - Tc99 – Linfocintilografia - cintilografia de vasos linfáticos. Indicações clinicas: • Edema dos membros • Dissecção inguinal • Doenças Neoplásicas e infecciosas dos linfonodos I¹³¹ • utilizada para pesquisa de feocromocitomas e neuroblastomas, glanglioneuroma, TU neuroectodermico; Dose ablativa de Iodo¹³¹ com a finalidade de tratamento de hipertireoidismo (doenças de Graves e Plummer). Dose terapêutica de Iodo¹³¹ com a finalidade de tratamento de câncer de tireóide e suas metástases. Gálio (Ga 67) Cintilografia com Gálio Indicações clinicas: • Detecção e localização de infecção crônica e febre de origem desconhecida • Detecção e localização de tumores • Avaliação de doenças pulmonares intersticiais. IMAGENS Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Profº Francisco Thome Radioatividade Radioatividade Base e Estrutura do Sistema de Proteção Radiológica Modelo de referência anatômica e fisiológica de seres humanos para estimativa de dose absorvida, dose equivalente e dose efetiva. Estudos em nível molecular e celular dos mecanismos da carcinogênese; Resultados de experimentos com animais; Estudos Epidemiológicos. Base e Estrutura do Sistema de Proteção Radiológica A Proteção Radiológica Obedece aos seguintes Princípios JUSTIFICAÇÃO QUALQUER DECISÃO QUE ALTERE A SITUAÇÃO DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO DEVE RESULTAR EM MAIS BENEFICIOS QUE MALEFÍCIOS AOS INDIVIDUOS EXPOSTOS OU PARA A SOCIEDADE. NN-3.01 da CENEN e Portaria Nº453, as exposições médicas devem ser justificadas, ponderando-se os benefícios diagnósticos ou terapêuticos. A Proteção radiológica Obedece aos seguintes Princípios A proteção deve ser otimizada de forma que a magnitude das doses individuais, o numero de pessoas expostas e a probabilidade de ocorrências mantenham-se tão baixos quanto possa ser razoavelmente exequível, tendo em conta os fatores econômicos e sociais. PROTEÇÃO Principio da aplicação do limite de dose individual GRANDEZA LIMITE OCUPACIONAL LIMITE DE DOSE PARA O PÚBLICO** DOSE EFETIVA(TODO O CORPO) 20mSv\ano(média de 5 anos) 1mSv\ano DOSE EQUIVALENTE CRISTALINO DO OLHO 150mSv 15mSv PELE 500mSv 50mSv MÃOS E PÉS 500mSv ------------------- **NO CASO DA CNEN, O PÚBLICO EM GERAL É DENOMINADO INDIVÍDUO DO PÚBLICO E É DEFINIDO COMO QUALQUER MEMBRO DA POPULAÇÃO QUANDO NÃO SUBMETIDO Á EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL OU EXPOSIÇÃO MÉDICA A portaria Nº 453, no item 2.13b assinala que as condições de trabalho (mulheres grávidas) devem ser revistas para garantir que a dose na superfície do abdômen não exceda 2mSv, que é equivalente a 2mGy de kerma, durante todo o período restante da gravidez Para mulheres grávidas ocupacionalmente expostas, suas tarefas devem ser controladas de maneira que seja improvável que, a partir da notificação de gravidez, o feto receba dose efetiva superior a 1mSv durante o resto do período de gestação. Segundo a IGRP-103 e a CNEN NN3.01 Principio da aplicação do limite de dose individual NR-32 (2005), no item 32.4, discorre sobre radiações ionizantes e sobre o afastamento na gravidez. Em 32.4.4 é dito que toda trabalhadora com gravidez confirmada deve ser afastada das atividades com radiações ionizantes e remanejada para atividade compatível com o seu nível de formação. Principio da aplicação do limite de dose individual Regras Básicas para A Proteção Radiológica do Tempo que deve permanecer nas proximidades da fonte; A distancia à fonte Blindagem; Planejamento. Radiação, Energia e Ondas Você já ouviu dizer que os controles remotos funcionam por infravermelho? MAS O QUE É INFRAVERMELHO? Radiação, Energia e Ondas INFRAVERMELHO é um tipo de luz invisível. O universo está banhado por um imenso oceano de “luzes” das quais nossos olhos conseguem captar apenas uma pequeníssima fração. A estapequeníssima fração, dá-se o nome de luz visível ou apenas luz Radiação, Energia e Ondas A este conjunto de todas as luzes, dá-se o nome de RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA IRRADIAR: Emitir, projetar, espalhar... Este conceito pode ser aplicado à várias situações: :: O Sol irradia luz; :: O Papa irradia bondade :: etc... Radiação, Energia e Ondas RADIAÇÃO: é tudo aquilo que é emitido e irradia um objeto Este conceito pode ser aplicado desde às várias formas de luz até aos feixes de partículas atômicas. Radiação, Energia e Ondas ENERGIA: é tudo aquilo capaz de realizar trabalho Por exemplo: 1. A energia elétrica é capaz de fazer um motor elétrico funcionar e portanto realizar trabalho. 2. A mistura ar-combustível do motor de um carro encerra uma certa quantia de energia química. Pela ação da centelha da vela de ignição, esta energia química é transformada em energia térmica que promove a expansão dos gases no interior do cilindro. Esta expansão empurra o pistão do motor, realizando um trabalho. Radiação, Energia e Ondas Toda forma de radiação é capaz de transportar energia 1. Por exemplo, o canal da TV muda quando apertamos um botão. O infravermelho do controle carrega a energia necessária para acionar o circuito eletrônico da TV. 2. O sol transporta energia que gera calor ao atingir a Terra. Esta energia térmica chega até nós através da radiação eletromagnética solar. 3. Isso é possível graças à natureza ondulatória da radiação. Radiação, Energia e Ondas Quanto à natureza, existem dois tipos de onda: 1. Onda Mecânica: é aquela que PRECISA de um meio para se propagar. Exemplos: som, ultrassom, onda se propagando em uma corda ou na superfície de um líquido. 2. Onda Eletromagnética: é aquela que NÃO PRECISA de um meio para se propagar: Exemplos: luz, ultravioleta, infravermelho, raios X, microondas. Questionário 1. O que é radiação? 2. O que é energia? 3. O que é onda mecânica? Cite exemplos. 4. O que é onda eletromagnética? Cite exemplos. Questionário - Resposta O que é radiação? R: é tudo aquilo que é emitido e irradia um objeto. O que é energia? R: é tudo aquilo capaz de realizar trabalho. O que é onda mecânica? Cite exemplos. R: é aquela que PRECISA de um meio para se propagar. Exemplos: som, ultrassom, onda se propagando em uma corda ou na superfície de um líquido. O que é onda eletromagnética? Cite exemplos. R: é aquela que NÃO PRECISA de um meio para se propagar: Exemplos: luz, ultravioleta, infravermelho, raios X, micro-ondas. Tipos de Radiação PROFº FRANCISCO THOME Modelo Atômico Elétrons Prótons e Nêutrons K L M Raios X são ondas eletromagnéticas com alto poder de penetração O que são raios X? Como é uma onda eletromagnética? Você sabe o que é um espectro? Espectro Eletromagnético Se a radiação é ionizante é porque tem capacidade de ionizarionizante 3. Recuperação No espectro ELETROMAGNÉTICO somente raios X e raios são:γ RADIAÇÃO IONIZANTE Radiação corpuscular como partículas elétrons, nêutrons, prótons, e íons com alta velocidade também são: α β RADIAÇÃO IONIZANTE Outros tipos de radiação Partículas α NN P P HeRnRa anos 4 2 222 861620 226 88 + → Outros tipos de radiação Partículas β e- νββ ++→ −− pn emissão e+ νββ ++→ ++ np emissão Aumento do Z em 1 Diminuição do Z em 1 Outros tipos de radiação Partículas β e- νβ ++ → −SP dias4,3 32 161 32 15 Outros tipos de radiação Partículas β νβ ++ → +CN 13 6min10 13 7 e+ Outros tipos de radiação Nêutrons N Prótons P Íons Pesados Análise de Rastros Penetração Penetração Questionário 1. O que são raios X? 2. O que é radiação ionizante? 3. Cite alguns tipos de radiação não ionizante. 4. Cite alguns tipos de radiação ionizante. 5. O que é radiação corpuscular? 6. Radiação corpuscular também é ionizante? 7. Cite alguns tipos de radiação corpuscular. 8. Ao penetrar na matéria, como são os rastros deixados pela radiação corpuscular? 9. Relacione a penetração da radiação corpuscular com a deposição de energia na matéria. Grandezas Físicas Dose Absorvida (D) É a quantidade de energia depositada no meio em consequência da interação com a radiação ionizante, por unidade de massa. Definida em um ponto P dentro do volume finito V, de massa M M E D = Dose Absorvida Energia depositada pela radiação Massa do volume irradiado Unidade: gray (Gy) 1gray = 1Joule/kg (energia/massa) P E1 E2 E3 T1 T2 Bremstrahlung Compton D = E1 - E2 - E3 - T1 - T2 Volume de massa M M Dose Absorvida (D) Dose Equivalente (H) É a dose absorvida média em um tecido ou órgão, ponderada pelos tipos de radiação que irradiam esse tecido ou órgão. DwH R ×= Dose Equivalente Fator de ponderação pelo tipo de radiação Dose Absorvida Unidade: sievert (Sv) 1Sv = 1Joule/kg (energia/massa) Dose Equivalente (H) H = wfoton x Dfoton+ weletron x Deletron+ walfa x Dalfa Dose Efetiva (E) É a dose equivalente em um dado tecido ou órgão. DwwE RT ××= Dose Efetiva Fator de ponderação pelo tipo de radiação Dose Absorvida Unidade: sievert (Sv) 1Sv = 1Joule/kg (energia/massa) Fator de ponderação pelo tecido H Dose Efetiva (E) E = wrim x H + wbexiga x H Questionário 1. O que é Dose Absorvida (D)? 2. Ela é definida em um ponto ou no volume todo? 3. Qual é a unidade de medida da dose absorvida? 4. O que é Dose Equivalente (H)? 5. Ela leva em conta o tipo de radiação ou o tipo de tecido? 6. Qual a unidade de medida da Dose Equivalente? 7. O que é Dose Efetiva (E)? 8. Ela leva em conta o tipo de radiação, o tipo de tecido ou ambos simultaneamente? 9. Qual a unidade de medida da Dose Efetiva? 10. Um feixe de raios X depositou 0,2 joules de energia em um tumor de 50 gramas. Qual é a dose absorvida no tumor? 11. Calcule a dose equivalente (H) no fígado de um homem irradiado que recebeu dose absorvida de 2Gy. (Dado: 70% foram por raios X, 20% foram por elétrons e 10% foram por partículas alfa). 12. Calcule a dose efetiva (E) recebida por um paciente submetido a um exame de raios X de abdômen. Considere apenas radiação X e os seguintes órgãos: gônadas e bexiga.(Dado: a dose equivalente recebida em cada gônada foi de 0,05Sv e na bexiga foi de 0,1Sv). Princípios da Proteção Radiológica Justificação Otimização Limitação de Doses Prevenção de Acidentes São 4 os princípios da Proteção Radiológica Justificação Nenhuma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa ser causado. Justificação Situações em que as exposições são PROIBIDAS (portaria 453/98) Exposição deliberada de seres humanos aos raios-x diagnósticos com o objetivo único de demonstração, treinamento ou outros fins que contrariem o princípio da justificação. Justificação Situações em que as exposições são PROIBIDAS (portaria 453/98) Exames radiológicos para fins empregatícios ou periciais, exceto quando as informações a serem obtidas possam ser úteis à saúde do indivíduo examinado, ou para melhorar o estado de saúde da população. Justificação Situações em que as exposições são PROIBIDAS (portaria 453/98) Exames radiológicos para rastreamento em massa de grupos populacionais, exceto quando o Ministério da Saúde julgar que as vantagens esperadas para os indivíduos examinados e para a população são suficientes para compensar o custo econômico e social, incluindo o detrimento radiológico. Deve-se levar em conta, também, o potencial de detecção de doenças e a probabilidade de tratamento efetivo dos casos detectados. Justificação Situações em que as exposições são PROIBIDAS (portaria 453/98) Exposição de seres humanos para fins de pesquisa biomédica, exceto quando estiver de acordo com a Declaração de Helsinque, adotada pela 18ª Assembleia Mundial da OMS de 1964; revisada em 1975 na 29ª Assembleia,em 1983 na 35ª Assembleia e em 1989 na 41ª Assembleia, devendo ainda estar de acordo com resoluções específicas do Conselho Nacional de Saúde. Justificação Situações em que as exposições são PROIBIDAS (portaria 453/98) Exames de rotina de tórax para fins de internação hospitalar, exceto quando houver justificativa no contexto clínico, considerando- se os métodos alternativos. Justificação Otimização Limitação de Doses Prevenção de Acidentes São 4 os princípios da Proteção Radiológica ALARA Otimização As instalações e as práticas devem ser planejadas, implantadas e executadas de modo que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam tão baixos quanto razoavelmente exequíveis, levando-se em conta fatores sociais e econômicos, além das restrições de dose aplicáveis. As Low As Reasonable Achievable Otimização O princípio da otimização abrange 3 classes de pessoas: 1. Pacientes 2. Trabalhadores com radiação 3. Público em geral Otimização 1. Pacientes Para o paciente, o ponto mais importante é a qualidade do diagnóstico. Os exames devem ser feitos sempre com a menor dose possível, compatível com a qualidade da imagem. Otimização 1. Pacientes Usar filtro na janela do tubo Usar limitadores de campo: cones, cilindros, diafragmas e colimadores Menor campo de radiação possível Usar saiote plumbífero para proteção de gônadas Não trabalhar com distância foco-paciente inferior a 30cm Usar ecrãs (telas intensificadoras) emissores de luz verde Realizar calibração periódicas dos equipamentos Evitar repetição de radiografias Realizar manutenção periódica nos sistemas de processamento Utilizar sempre que possível o maior kV e o menor mAs RECOMENDAÇÕES Cilindro de extensão Saiote plumbífero Conjunto ecrã-filme Otimização 2. Trabalhadores com radiação Submeter-se periodicamente a exames clínicos Realizar hemograma completo com contagem de plaquetas Afastar-se da atividade ao serem detectadas alterações hematológicas Fazer uso de biombos e barreiras Usar sempre que necessário aventais plumbíferos e outros protetores Manter-se o mais distante possível da fonte de radiação Não se expor à radiação primária, mesmo com protetores Utilizar o dosímetro pessoal durante toda a jornada de trabalho RECOMENDAÇÕES Biombo reto Biombo curvo Biombo para leito Avental plumbífero (convencional) Avental plumbífero (odonto) Luvas plumbíferas Protetor de tireóide Óculos plumbíferos Radiação espalhada Quanto mais distante da fonte, menor a dose de radiação recebida pelo profissional 2 2 2 1 1 2 D D I I = Onde: I = Intensidade da radiação D = Distância da fonte Exemplo 1: Em um exame em leito, o técnico de raios X recebe dose de 2 mGy a 1m de distância do paciente. Qual a dose que o técnico receberia se estivesse a 2m de distância do paciente? Exemplo 2: Qual a proteção obtida por um técnico de raios X que se afasta de 2m para 4m? Dosímetros Pessoais Dosímetros Pessoais Dosímetros de Fluoreto de Lítio (LiF) usados nos monitores pessoais Dosímetros Pessoais Alta Tensão Pré-Amplificador Fotomultiplicadora Dosímetro Chapa de aquecimento Esquema de leitura de um dosímetro Otimização 3. Público em geral As salas de exames devem ter paredes, pisos, tetos e portas blindadas As blindagens nas paredes devem cobrir altura mínima de 2,10m do piso As blindagens devem ser contínuas e sem falhas ou rachaduras Cuidados especiais devem ser tomados com a parede do bucky vertical As superfícies com chumbo devem ser revestidas A cabine de comando deve possuir blindagem adequada A sala deve conter todos os avisos previstos na portaria 453/98 Deve ser mantido um protocolo com técnicas junto ao comando do equipamento Não deve ser instalado mais de um equipamento por sala Cuidados com as pessoas nos exames em leitos ou UTI Todos os exames devem ser executados com a porta da sala fechada RECOMENDAÇÕES Sinalização segundo a portaria 453 Justificação Otimização Limitação de Doses Prevenção de Acidentes São 4 os princípios da Proteção Radiológica Limitação de Doses Limites de Dose Anuais (CNEN NN-3.01) Grandeza Órgão IOE Público Dose Efetiva Corpo Inteiro 20mSv 1mSv Dose Equivalente Cristalino 150mSv 15mSv Pele 500mSv 50mSv Mãos/Pés 500mSv --- IOE = Indivíduo Ocupacionalmente Exposto A limitação de doses não se aplica a pacientes, pois neste caso o objetivo principal é o diagnóstico da patologia. A CNEN autoriza dose efetiva anual de até 50mSv. Neste caso o IOE deve ser acompanhado por 5 anos e a média da sua dose efetiva anual não deve exceder 20mSv. Justificação Otimização Limitação de Doses Prevenção de Acidentes São 4 os princípios da Proteção Radiológica Prevenção de acidentes No projeto e operação de equipamentos e de instalações deve-se minimizar a probabilidade de ocorrência de acidentes (exposições potenciais). Deve-se desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para minimizar a contribuição de erros humanos que levem à ocorrência de exposições acidentais. Questionário 1. Quais os princípios da proteção radiológica? 2. Qual o princípio que diz que nenhuma prática pode permitida a menos que cause um benefício para o indivíduo ou para a sociedade? 3. Cite uma situação em que a exposição de seres humanos é proibida? 4. Qual o princípio que diz que as instalações e as práticas devem ser planejadas de modo que as doses e o número de pessoas expostas seja tão baixo quanto razoavelmente exequíveis (ALARA)? 5. Cite 5 recomendações para diminuição de doses no paciente. 6. Cite 5 recomendações para diminuição de doses em trabalhadores ocupacionalmente expostos à radiação. 7. Cite 5 recomendações para diminuição de doses em indivíduos do público. 8. Qual é o limite de dose efetiva de corpo inteiro para indivíduos ocupacionalmente expostos (IOE) e pessoas público segundo a norma da CNEN 3.01? Efeitos biológicos da radiação ionizante Efeitos biológicos da radiação ionizante PERDA DA BASE QUEBRA DA FITA DUPLA QUEBRA DA FITA SIMPLES DÍMERO DE PIRIMIDINA AÇÚCAR QUEBRA DE PONTES DE HIDROGÊNIO Lesões Induzidas no DNA Efeitos biológicos da radiação ionizante Responsável por ~70% das lesões no DNA Responsável por ~30% das lesões no DNA Mecanismos de quebra Efeitos biológicos da radiação ionizante Mecanismos de quebra Mecanismo Direto Mecanismo Indireto Mecanismo Direto reparo correto Mecanismo Indireto DNA DNA lesado não reparo reparo errôneo DNA mutado célula normal célula mutada viável morte celular apoptose Célula somática Catarata Malformações Síndromes da radiação Diminuição da longevidade Envelhecimento precoce Indução do câncer Doenças hereditárias (transmissíveis) efeitos determinísticos efeitos estocásticos DNA restaurado Célula germinativa Efeitos biológicos da radiação ionizante APOPTOSE: Mecanismo de defesa onde ocorre a autodestruição celular. CÉLULAS SOMÁTICAS: São quaisquer células do corpo que formem tecidos ou órgãos do corpo, tal como a célula da pele. CELULAS GERMINATIVAS: São células haploides e de função sexual, no caso dos mamíferos, o espermatozóide e o ovócito II. As mutações nessas células são mais importantantes do que nas demais células, pois elas são passadas aos decendentes na reprodução. Efeitos biológicos da radiação ionizante EFEITOS DETERMINÍSTICOS: São efeitos que determinantemente devem ocorrer devido a altos níveis de radiação. EFEITOS ESTOCÁSTICOS: São efeitos que tem alguma chance de ocorrer devido a baixos níveis de radiação. EFEITOS SOMÁTICOS: São efeitos que podem ocorrer devido a somatização de doses de radiação. EFEITOS HEREDITÁRIOS: São efeitos transmitidos de pais para filhos. Efeitos Determinísticos Paciente: Homem Idade: 40 anos Procedimentos: Angiografia coronária seguida de angioplastia Tempo de escopia: 120min Após2 meses Fonte: www.fda.gov Paciente: Homem Idade: 40 anos Procedimentos: Angiografia coronária seguida de angioplastia Tempo de escopia: 120min Após 4 meses Fonte: www.fda.gov Efeitos Determinísticos Paciente: Homem Idade: 40 anos Procedimentos: Angiografia coronária seguida de angioplastia Tempo de escopia: 120min Após 5 meses Fonte: www.fda.gov Efeitos Determinísticos Paciente: Homem Idade: 40 anos Procedimentos: Angiografia coronária seguida de angioplastia Tempo de escopia: 120min Após 5 meses Fonte: www.fda.gov Efeitos Determinísticos Paciente: Homem Idade: 40 anos Procedimentos: Angiografia coronária seguida de angioplastia Tempo de escopia: 120min Após enxerto Fonte: www.fda.gov Efeitos Determinísticos Questionário 1. Qual é a molécula de interesse para danos biológicos? 2. Como ocorre o dano biológico por Mecanismo Direto? 3. Como ocorre o dano biológico por Mecanismo Indireto? 4. Qual mecanismo é mais agressivo no sentido de dano biológico, Mecanismo Direto ou Mecanismo Indireto? 5. O que é apoptose? 6. Qual a diferença entre células somáticas e germinativas? Questionário 7. O que são efeitos determinísticos? 8. O que são efeitos estocásticos? 9. O que são efeitos somáticos? 10. O que são efeitos hereditários? QUALIDADE EM RADIODIAGNÓSTICO Qualidade de imagem suficiente Utilização adequada do equipamento Conhecimento das doses de radiação PROGRAMA DE GARANTIA DA QUALIDADE Serviços de Radiologia Diagnóstica Definições Ações sistemáticas e planejadas assegurando que o produto ou serviço satisfaça exigências de qualidade. Garantia da Qualidade (GQ): Instruções detalhadas para GQ, incluindo cada componente do equipamento e sistemas de equipamentos ou instalações. Programa de Garantia da Qualidade (PGQ): Técnicas operacionais e atividades que são utilizadas para atender exigência de qualidade. Controle de Qualidade (CQ) Programa de Garantia da Qualidade (PGQ) Elaboração de memorial descritivo de proteção radiológica; Testes de aceitação e de constância; Identificar falhas humanas e de equipamentos; Implementar padrões de qualidade de imagem; Valores representativos de dose; Cálculos de barreiras; Controle de dosimetria do feixe; Assentamento de testes, tabelas de exposição; Realização de levantamentos radiométricos; Cuidados com avisos; Procedimentos; Treinamentos. Controle de Qualidade (CQ) Testes de constância; Sensitometria; Qualidade da imagem; Câmara escura; Chassis; Vestimentas de proteção radiológica; Condições dos negatoscópios; Índice de rejeição de radiografias; Os testes de Controle de Qualidade se dividem em três tipos: 1. ACEITAÇÃO: Testes iniciais, geralmente em um equipamento novo. 2. CONSTÂNCIA: Avaliação rotineira dos parâmetros técnicos de desempenho. 3. ESTADO: “Fotografia” do desempenho do equipamento em um dado momento. Características dos testes de qualidade Simples; Fáceis de executar e analisar; Rápida execução; O comportamento estável e constante, ainda que dentro das tolerâncias, não garante que o equipamento esteja funcionando de forma ótima; As frequências mínimas não devem excluir a possibilidade de aumentar a periodicidade se a clínica possuir os meios adequados. Programa de Garantia da Qualidade Técnicos em RadiologiaEquipe Médica Equipe executora de testes de qualidade Equipes de manutenção Físico (Eng. Clínica) Testes de constância Radiologia convencional Exigências da portaria SVS MS-453/98: Exatidão e Reprodutibilidade :: Tensão (kV) :: Tempo de exposição Camada semi-redutora Reprodutibilidade e linearidade :: Taxa de kerma no ar Dose na entrada da pele (DEP) Alinhamento do feixe central Coincidência entre campos de luz e de raios X Alinhamento das grades anti-espalhamento Ponto Focal Testes de constância Radiologia convencional Objetivos: Verificar se o valor de kVp indicado no painel de comando coincide com o valor real e verificar se este valor é reprodutível. 1. Exatidão e reprodutibilidade da tensão (kVp) Referência: Qualquer valor medido não deve ser maior ou menor que 10% do valor nominal (Portaria 453). Detector Valor selecionado Valor Medido Variação Resultado 70kV 75kV 7,1% OK 70kV 78kV 11,4% VERIFICAR Exemplo do teste de exatidão Testes de constância Radiologia convencional Objetivos: Verificar se o tempo de exposição selecionado no painel de comando corresponde ao tempo real de exposição 2. Exatidão e reprodutibilidade do tempo de exposição Referência: Qualquer valor medido não deve ser maior ou menor que 10% do valor nominal (Portaria 453). Detector Valor selecionado Valor Medido Variação Resultado 200ms 198ms 1% OK 200ms 175ms 12,5% VERIFICAR Exemplo do teste de exatidão Testes de constância Radiologia convencional Objetivos: Avaliação da qualidade do feixe e filtração total através da obtenção da camada semi-redutora. 3. Camada semi-redutora Referência: Tensão de Pico (kVp) CSR (mmAl) Monofásico Trifásico 70 2,1 2,3 80 2,3 2,6 90 2,5 3,0 100 2,7 3,2 110 3,0 3,5 120 3,2 3,9 130 3,5 4,2Resolução 64/2003 (ANVISA) Testes de constância Radiologia convencional 3. Camada semi-redutora Detector Alumínio Quantidade de Alumínio Dose medida 0 mm 8,00 mGy 1 mm 6,10 mGy 2 mm 5,20 mGy 3 mm 4,50 mGy 4 mm 3,80 mGy Testes de constância Radiologia convencional Objetivos: Verificar se a exposição obtida com a variação do mA para um determinado kV é linear, independente do tempo utilizado. 4. Reprodutibilidade e linearidade da taxa de kerma no ar Referência: Deve haver linearidade da taxa de kerma no ar com o mAs e o desvio máximo não deve ultrapassar 20% (Portaria 453). mAs Kerma Relaçã o Linearidad e Resultad o 10 2,50 mGy 0,250 11,3% OK20 4,90 mGy 0,245 40 11,20mGy 0,280 Exemplo de linearidade 2 )(100 (%) minmax minmax RR RR L + −⋅= Testes de constância Radiologia convencional Objetivos: Estimar a dose de entrada na pele, representativa dos exames praticados no serviço 5. Dose de Entrada na Pele (DEP) Referência: Exame Projeção DEP (mGy) Coluna Lombar AP 10 LAT 30 Abdômen AP 10 Tórax PA 0,4 LAT 1,5 Crânio AP 5 LAT 3 Testes de constância Radiologia convencional Objetivos: Avaliar se o feixe de raios X primário incide perpendicularmente ao plano do filme. 6. Alinhamento do feixe central Referência: O eixo central do feixe não deve exceder 3º em relação ao eixo perpendicular ao plano do filme (Portaria 453). Testes de constância Radiologia convencional Objetivos: Avaliar se os campos de luz e de raios X são coincidentes. 7. Coincidência de campo luminoso com campo de radiação Referência: O desalinhamento não deve ser maior que 2cm para distância foco-filme de 100cm (Portaria 453). Testes de constância Radiologia convencional Objetivos: Determinar a correta instalação das grades anti-espalhamento da mesa e do mural, verificando seu alinhamento com relação ao feixe de raios X. 8. Alinhamento das grades anti-espalhamento Referência: O desalinhamento não deve ser maior que 10% Testes de constância Radiologia convencional Objetivos: Determinar o tamanho do ponto focal para fins de avaliar a nitidez da imagem radiológica. 9. Ponto Focal Referência: Os valores encontrados devem estar de acordo com o padrão NEMA (National Electronics Manufacturers Association) Sensitometria Sensitometria Chassis Chassis Chassis Negatoscópios Vestimentas Plumbíferas Teste de Fuga do Cabeçote Este teste é exigido pela portaria 453 e deve ser refeito a cada 4 anos ou quando houver substituição do tubo de raios X Limite: 1mGy/h a 1metro do ponto focal Levantamento radiométrico Este teste é exigido pela portaria 453 e deve ser refeito a cada 4 anos ou quando houver substituição do tubo de raios X WC Sala de Ultrassom Consultório Corredor Corredor técnico Área Livre: 0,5 mSv/ano Área controlada: 5 mSv/ano Levantamentoradiométrico Este teste é exigido pela portaria 453 e deve ser refeito a cada 4 anos ou quando houver substituição do tubo de raios X WC Sala de Ultrassom Consultório Corredor Corredor técnico Levantamento radiométrico Este teste é exigido pela portaria 453 e deve ser refeito a cada 4 anos ou quando houver substituição do tubo de raios X WC Sala de Ultrassom Consultório Corredor Corredor técnico Pontos de Medição Questionário 1. O que é Garantia de Qualidade? 2. O que é Programa de Garantia de Qualidade? 3. O que é Controle de Qualidade? 4. O Controle de Qualidade se divide em 3 tipos, quais são e a que tipo de ação eles se destinam? 5. Cite 3 testes de constância, explique seus objetivos e os diga quais são os limites de referência. 6. Qual a periodicidade mínima, exigida pela portaria 453, dos testes de controle de qualidade? 7. No que consiste o teste de radiação de fuga do cabeçote? 8. Qual a periodicidade mínima, exigida pela portaria 453, dos testes de radiação de fuga do cabeçote? 9. No que consiste o Levantamento radiométrico? 10. Qual a periodicidade mínima, exigida pela portaria 453, dos testes de Levantamento radiométrico? 11. Quais os limites de dose anuais para áreas livres? E para áreas controladas? MUITO OBRIGADO. Slide 1 Slide 2 O que é Medicina Nuclear ? Slide 4 Slide 5 Como ocorre a formação da imagem em Medicina Nuclear ? Como ocorre a formação da imagem em Medicina Nuclear ? Slide 8 Medicina Nuclear X Radiodiagnóstico Medicina Nuclear X Radiodiagnóstico Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Radiofármacos - Administração Radiofarmácia Slide 17 O que são RADIOISÓTOPOS ? Principais Características dos Radioisótopos: Como é administrado o Radiofármaco. Indicações de Medicina Nuclear Quais as Vantagens da Medicina Nuclear? Slide 23 Slide 24 Slide 25 Radiofármacos - Processos - Geral Radiofármacos - Processos - Geral Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Gerador de Tecnécio – 99m Slide 36 Slide 37 CALIBRADOR DE DOSE - CURIÔMETRO CONTADOR GEIGER-MÜLLER Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 MDP- Tc99 - utilizado para a obtenção de imagens do esqueleto: Indicação Clínica: Slide 55 Slide 56 Slide 57 Indicações Clinicas: Slide 59 DTPA - Tc99 - utilizado para estudos renais dinâmicas Slide 61 Slide 62 Slide 63 Indicações Clínica Slide 65 DMSA - Tc99 - utilizado para cintilografias renais estáticas: Indicações Clinicas: Slide 68 Indicações Clinicas: Slide 70 Slide 71 Indicações clinicas: I¹³¹ Gálio (Ga 67) Cintilografia com Gálio Indicações clinicas: IMAGENS Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Base e Estrutura do Sistema de Proteção Radiológica Base e Estrutura do Sistema de Proteção Radiológica A Proteção Radiológica Obedece aos seguintes Princípios A Proteção radiológica Obedece aos seguintes Princípios Principio da aplicação do limite de dose individual Principio da aplicação do limite de dose individual Principio da aplicação do limite de dose individual Regras Básicas para A Proteção Radiológica Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130 Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136 Slide 137 Slide 138 Slide 139 Slide 140 Slide 141 Slide 142 Slide 143 Slide 144 Slide 145 Slide 146 Slide 147 Slide 148 Slide 149 Slide 150 Slide 151 Slide 152 Slide 153 Slide 154 Slide 155 Slide 156 Slide 157 Slide 158 Slide 159 Slide 160 Slide 161 Slide 162 Slide 163 Slide 164 Slide 165 Slide 166 Slide 167 Slide 168 Slide 169 Slide 170 Slide 171 Slide 172 Slide 173 Slide 174 Slide 175 Slide 176 Slide 177 Slide 178 Slide 179 Slide 180 Slide 181 Slide 182 Slide 183 Slide 184 Slide 185 Slide 186 Slide 187 Slide 188 Slide 189 Slide 190 Slide 191 Slide 192 Slide 193 Slide 194 Slide 195 Slide 196 Slide 197 Slide 198 Slide 199 Slide 200 Slide 201 Slide 202 Slide 203