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Facilitadora: Aldrya Ketly Pedrosa 
Enfermeira Estomaterapeuta Mestre 
em Ensino na Saúde
Docente Uncisal e Unit
Responsável técnica Estomavida: 
Assistência domiciliar e cursos
Da Avaliação ao 
Tratamento de 
Feridas
Anatomia da pele e Fisiologia da
Cicatrização de Feridas
Pele:
Definição:
Membrana com duas camadas (epiderme e derme), 
que reveste a superfície exterior do corpo e que se
continua com as membranas dos orifícios e 
cavidades (mucosas).
Funções
* Integridade/Proteção
* Absorção e excreção
* Regulação da temperatura e
absorção ultravioleta
* Estímulos sensoriais
Pele
Epiderme
Avascular
Presença de 
queratina e 
queratinócitos
Transferência de
melanina
Função sensorial
Importantes 
elementos do 
sistema 
imunológico
Divide-se em: 
camada basal, 
granulosa e córnea
Epiderme
Presença de
colágeno
Força e 
elasticidade
Prevenção de 
perda de fluidos e 
entrada de água
Proteção de raios
ultravioleta
Metabolismo
vitaminaD
DERME
*Sustenta a epiderme;
*Envolve anexos cutâneos, vasos, nervos e
músculos eretores do pêlo, protegendo-os;
*Participa ativamente da nutrição cutânea, do
sistema imune pelo tráfego seletivo de células
inflamatórias e regula o tônus muscular,
contribuindo para hemostasia
DERME
São elementos encontrados na derme:
*Fibroblastos;
*Colágeno;
*Fibras elásticas;
*Vasos sanguíneos;
*Vasos linfáticos;
*Células inflamatórias;
*Nervos;
*Músculo liso e esquelético
• Apoio do tecido adiposo maduro
HIPODERME
HIPODERME
• Envolvido em termo regulação, 
provisão de energia e reserva
nutricional, além do papel
cosmético
• Outros anexos:
• Folículos Pilosos,
• Glândulas sebáceas,
• Glândulas sudoríparas,
• Unhas
• ANEXOS 
DA PELE
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
Feridas da pele são rupturas estruturais e fisiológicas do
tegumento, causadas por um agente físico, químico ou
biológico,que estimulam respostas reparadoras.
• A cicatrização deferidas consiste em uma perfeita e
coordenada cascata de eventos celulares e moleculares que interagem 
para que ocorra a repavimentação e a reconstrução de um tecido
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
Mecanismo de Reparação Cutânea
Cicatriz
Ocorre quando a pele é cortada de maneira
asséptica, limpa e as bordas são aproximadas
pelas suturas ou outros meios.
Verifica-se pouca perda tecidual e pouca
drenagem.
PRIMEIRA INTENÇÃO
SEGUNDA INTENÇÃO
*Feridas abertas com grande espessura e perda
tecidual total, com danos nos tecidos.
*Demandam mais tempo para cicatrizar por não
haver aproximação das bordas como na primeira
intenção.
Cicatrização por Terceira Intenção
*Esse processo assemelha-se ao de primeira e ao de segunda intenção.
*A ferida é deixada aberta por um determinado período (como
cicatrização por segunda), sendo suturada posteriormente (como
cicatrização por primeira).
Processo biológico da cicatrização
Processo de cicatrização
“Fechamento de falhas teciduais 
ou substituição de um tecido 
destruído por outro de mesmo 
tipo ou por tecido fibroso que 
recompõe as partes
moles.”
“Em um determinado 
período de tempo as 
fases coincidem e 
acontecem 
simultaneamente, 
permitindo, assim o 
sucesso da
cicatrização.”
Processo de cicatrização
Processo de cicatrização
Processo 
cicatricial
Sistêmico e 
Dinâmico
Relacionado
as condições
do organismo
(Borges, Eline Lima. in: Feridas como tratar. 2008)
O conhecimento das fases evolutivas do 
processo fisiológico cicatricial é fundamental 
para o tratamento adequado da ferida.
Meio úmido
Facilita 
migração 
celular
Formação 
tecido 
granulação
Epitelização
Curativo
adequado
Processo de cicatrização
Fatores de 
crescimento
Fibroblastos 
migram
Ferida
Produzem as
fibrinas
Propiciam 
sustentação 
celular
Povoam as 
margens
Espalham
por toda a
superfície
Processo de cicatrização
Fase inflamatória: Resposta imediata
Hemostasia
Hemorragia 
controlada ou 
reduzida
Vasoconstrição
Reduz a exposição à 
bactérias
Ativação das
células endoteliais, 
plaquetas e cascata
de coagulação
Formação do
coágulo
Coagulação
• Ocorre logo após o surgimento da ferida e depende da
atividade plaquetária e da cascata de coagulação.
•Substâncias vaso
ativas
•Proteínas
•Fatores de crescimento
•Proteases
Liberação de 
Produtos
Função de 
coagulação
Oferecer uma matriz 
provisória em que os 
fibroblastos, células 
endoteliais e queratinócitos
possam ingressar na ferida
Fase inflamatória
Hiperemia
Edema
Dor 
Calor Moderado
Inflamação
Fase inflamatória
Tem por objetivo minimizar os efeitos de
bactérias patogênicas ou do traumatismo,
Destruindo ou neutralizando os germes e limitando
sua disseminação por todo o organismo.
Este processo dura cerca de três a quatro dias.
Principal célula - O macrófago é a célula mais importante pois
fagocita bactérias, desbrida corpos estranhos e direciona o
desenvolvimento do tecido de granulação.
Fase inflamatória
Vasodilatação Aumenta o
Fluxo desangue Peleenrijece
Fase inflamatória
Perda de líquidos 
proteínas e células dos 
capilares
Exsudato (rico em
Fibroblastos)
Aumento da 
Permeabilidade 
Capilar
Quimiotaxia pelos
mediadores
(primeiro neutrófilos 
e depois
macrófagos)
Fagocitose
Fatores de crescimento 
liberados pelos macrófagos
Fase Proliferativa
pelo “ fechamento da feridaÉ responsável
propriamente dita.
Caracteriza-se pela formação de um tecido novo (tecido de
granulação) composto de capilares, colágeno e
proteoglicanos.
Os macrófagos são células essenciais na transição da
fase inflamatória para a fase proliferativa.
Os fatores de crescimento liberados pelos macrófagos atraem
fibroblastos para a ferida e estimula-os a dividirem-se
posteriormente, para produzir fibras de
colágenos.
Esse processo dura de 4 a 24 dias.
Fase Proliferativa – fenômenos
Fase Proliferativa – fenômenos
EPITELIZAÇÃO
GRANULAÇÃO
Ação especializada
dos fibroblastos diferenciados
Fibras de actina e
miosina
CONTRAÇÃO
Redução do Tamanho da ferida
Fase Proliferativa – fenômenos
Fase de maturação
Fase de maturação
Fase de maturação
• Existem, classicamente, dois tipos de reparo excessivo:
Cicatrizes hipertróficas e Quelóides.
• Estas respostas aos ferimentos representam uma dificuldade no 
término da remodelagem de uma ferida.
• Ambos têm aparência grosseira, hiperemia, são elevadas e
endurecidas.
• As causas de cicatrizes anormais são desconhecidas. Sendo relatados
apenas fatores que influenciam em seu aparecimento, como a raça.
• Nas cicatrizes hipertróficas e nos quelóides, ocorre aumento da 
síntese de colágeno ou deficiência de colagenólise.
Reparação Excessiva
• Quelóide
Reparação Excessiva
Fatores intervinientes no processo 
cicatrização
Fatores sistêmicos
• Estado nutricional
• Estado vascular
• Fatores metabólicos
• Idade
• Imunossupressão
• Drogas
• Fatores neurológicos
• Fatores Psicológicos
• Distúrbios de coagulação
Fatores locais
quantidade de FC, excesso
• Microorganismos
• Corpo estranho, necrose e crosta
• Ressecamento do leito
• Edema localizado
• Pressão, fricção e cisalhamento
• Diferenças químicas: tipo e
de
proteases e toxinas
Fatores intervinientes no processo de
cicatrização
A reparação do tecido lesado necessita de um ambiente 
que propicie a formação de colágeno, a angiogênese, a 
epitelização e a contração da ferida.
Atendidas essas exigências, a reparação é 
obtida com mais sucesso em ambiente local 
onde existam ótimas condições de 
temperatura, hidratação e oxigenação.
Fatores intervinientes no processo de
cicatrização
A baixa concentração de oxigênio nos tecidos pode afetar a 
velocidade de cura das feridas.
Os fumantes apresentam uma propensão em desenvolver úlceras
periféricas de origem arterial e um risco maior para o
desencadeamento de necrose nas feridas.
O ato de fumar reduz a tensão de oxigênio no sangue e no tecido
subcutâneo das feridas e levaa uma hipóxia tecidual, que é
associada a uma cicatrização defeituosa
TABAGISMO
Há uma infinidade de investigações sobre os 
efeitos nocivos do monóxido de carbono em 
vasos sanguíneos e de seus componentes em um 
provável efeito sobre a cicatrização de feridas.
TABAGISMO
Abaixo, as principais influências da nicotina e do monóxido
decarbono em tecidos periféricos em relação à cicatrização.
Tecidos Nicotina Monóxido de carbono Efeito total
Pele Contração Dilatação Contração
Músculo Dilatação - Dilatação
Fonte de Oxigênio Reduz o fluxo sanguíneo Reduz o transporte de
oxigênio
Redução parcial de
oxigênio nos tecidos
Plaquetas Aumento da agregação Aumento da agregação Formação de trombos
Fibrina Aumento da concentração no
plasma
- Nenhum efeito
comprovado
TABAGISMO
Faixa Etária
•Com relação ao processo de 
cicatrização, feridas idênticas
cicatrizam muito mais rapidamente na 
criança do que no idoso.
•Os idosos apresentam lentidão nas 
respostas inflamatórias iniciais, o que
retarda a cicatrização.
Apresentam ainda, alteração da velocidade circulatória,
atrasando a migração de leucócitos para o local, e a fagocitose.
Os idosos podem estar desnutridos, devido ao metabolismo celular que 
desacelera com o passar dos anos. Tais distúrbios nutricionais retardam a
cicatrização.
Além disso, no idoso, ocorre a perda da elasticidade da pele em 
decorrência da diminuição da produção de colágeno.
Faixa Etária
Faixa Etária
Com relação ao processo de
cicatrização, feridas idênticas
cicatrizam muito mais rapidamente na
criança do que no idoso.
Os idosos apresentam lentidão nas
respostas inflamatórias iniciais, o que
retarda a cicatrização.
• São os nutrientes que fornecem o substrato necessário para o
organismo realizar todo o processo reconstrutivo e para fazer frente
às infecções;
• Alterações nutricionais podem resultar em atrasos na cicatrização de
feridas, resultando em cicatrizes fracas e de má qualidade.
• As alterações nutricionais, em geral, podem ser decorrentes de 
redução na ingesta, absorção inadequada ou perdas excessivas.
Estado Nutricional
Ingestão hídrica
• A água é o mais importante nutriente, uma vez que 
corresponde a cerca de 55% do peso corporal e compõe 
todas as atividades celulares e funções fisiológicas.
•A perda ou deficiência da água acarreta debilidade e 
morte muito mais rápida que qualquer outro elemento.
• Além de uma ingestão adequada de alimentos, líquidos 
também são exigidos. Por volta de 2000-2500ml de líquido 
são necessários para um eficiente metabolismo
diário.
Obesidade
•A obesidade constitui uma alteração na esfera
nutricional, podendo comprometer a cicatrização
pela baixa vascularização do tecido adiposo.
•Pacientes obesos podem ser mal nutridos,
exigindo aporte ou reposição calórico-protéica
para a cicatrização.
Doenças crônicas
•Há toda uma série de doenças que afetam negativamente os processos
metabólicos e também são susceptíveis de atrasar ou impedir a cicatrização de
feridas. A saber:
-- Anemia, Arteriosclerose, câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças
imunológicas, doenças inflamatórias, artrite reumatóide, uremia, etc.
•Doenças consuptivas, como as oncológicas ou as crônicas, do tipo diabetes,
reduzem significativamente a capacidade de síntese de colágeno;
•Diabéticos: probabilidade de ocorrência de diminuição da síntese de colágeno
e da angiogênese, além da presença da arteriosclerose, o que contribui para a
redução do fornecimento de oxigênio;
Terapia Sistêmica
• Alguns tratamentos sistêmicos 
podem comprometer o processo 
de restauração tecidual, tais
como:
• Radioterapia;
• Quimioterapia;
• Esteróides;
• Drogas 
antiinflamatórias e 
outras drogas.
Vascularização: Oxigenação e Perfusão
Tissular
•Oxigenação e perfusão tissular são condições essenciais para a
manutenção da integridade e sucesso na reparação tissular.
• Deficiência de Oxigênio:
• Impede a síntese de colágeno;
• Diminui a proliferação e a migração celular
• Reduz a resistência dos tecidos à infecção.
• Edema –tecido mal oxigenado/nutrido.
Fatores Locais
Os Fatores locais alteram a evolução fisiológica da cicatrização,
como:
• Presença de infecção;
• Hematoma;
• Edema;
• Corpos estranhos / Necrose;
• Manutenção de ambiente seco;
• Fatores Mecânicos.
•Existem outros fatores facilitadores ou de retardo do processo de
cicatrização: métodos de limpeza e cobertura utilizada, que serão
tratados separadamente em lições posteriores.
Infecção
• Prolonga a fase inflamatória do processo cicatricial;
• Retarda a síntese de colágeno e impede a epitelização;
•Os microorganismos invasores capturam nutrientes e oxigênio,necessários ao tecido em processo 
de cicatrização;
• Importante avaliar as estruturas de sustentação - risco para osteomielite /Septicemia.
• Avaliar também trajetos ocultos sob a pele ao redor da ferida - proliferação de
microorganismos.
Hematoma
Meio de cultura para o desenvolvimento de microorganismos;
Sua reabsorção prolongada retarda a cicatrização da ferida;
A presença de hematoma no local da ferida operatória implica em 
compressão tecidual e conseqüente isquemia, favorecendo o 
afastamento das bordas e entrada de microorganismos.
Edema
• O excesso de líquido intersticial cria condições locais
desfavoráveis à proliferação celular e à síntese protéica, como
a manutenção de baixo pH, alta tensão de CO2 e baixa
concentração de O2.
• O edema diminui o fluxo sanguíneo e o metabolismo local.
• Favorece a necrose celular e o crescimento bacteriano.
Corpos Estranhos/Necrose/Biofilme
Podem ser considerados corpos estranhos/necrose:
suturas,resíduosdecoberturas,cabelos;tecidonecróticoo
udesvitalizado.
Sua presença transforma-se em meio de cultura,
favorecendo o crescimento bacteriano; Impede a
migração celular, epitelização e contração da ferida.
Remoção por processo mecânico ou autolítico.
Manutenção de Ambiente Seco
*Manter o leito da ferida seco provoca dor, ocorre ressecamento e
morte celular.
*Um nível de umidade na ferida propicia uma ótima epitelização, 
chegando a ser até 50% mais rápida quando comparada com as da
ferida com o leito ressecado.
*Feridas com crostas há dificuldade de migração epitelial pela
presença de colágeno em sua formação;
*Excesso de fibrina exerce barreira à migração celular e à deposição de
fibroblastos.
Fatores Mecânicos
Forças mecânica que podem contribuir para romper a integridade tissular 
superficial e profunda:
• Pressão: sobre a área da lesão ou de proeminências ósseas –
interrupção do fluxo sanguíneo para os tecidos.
• Fricção –atrito entre duas superfícies - cotovelo e joelhos (durante
o posicionamento e reposicionamento no leito).
• Cisalhamento –força criada pela interação da gravidade e fricção.
Avaliação de feridas
Protocolo de avaliação e documentação de
feridas
1.Avaliação da ferida prevê o início de um plano de
cuidados e a monitorização crítica da efetividade do 
planejamento.
A. avaliação acurada da ferida depende da habilidade
do enfermeiro reconhecer uma cicatrização normal de 
uma anormal .
3. Compreendendo a etiologia e a patologia ira guiar o
enfermeiro a fazer um plano de cuidados apropriado.
4. Reconhecimento dos fatores intervenientes no
processo de cicatrização.
Protocolo de avaliação e documentação de
feridas
Deve-se estar atento ao não visível;
Exames laboratoriais e de imagem como auxilio;
Diagnóstico de base;
Dor ;
Edema;
Pulso;
Área;
Condições ambientais;
Estado emocional
Por que avaliamos uma ferida?
1. Monitorar e fornecer informações de forma objetiva da progressão
da ferida;
2. Implementar uma terapia tópica apropriada desde a ocorrência da
lesão até sua completa resolução;
3. Desenvolver um planejamento de cuidados com estratégias de
tratamento;
4. Para haver uma documentação.
Parâmetros para avaliação
Parâmetros para avaliação
Localização anatômica
A localização de uma ferida pode ser um dosprimeiros indicadores de etiologia.
*Conforme a localização anatômica requer um plano de cuidados 
dependendo de suas necessidades:
*LP –superfícies apropriadas; áreas comprometidas pela pressão ou 
cisalhamento
* UV –geralmente aparece em região medial da perna e requer terapia
compressiva.
* UPlantar – normalmente há neuropatia; necessidade de controle
adequado da glicemia.
* Escolha do curativo adequado
Tipo de tecido
Ferida de cor vermelha (RED): cor vermelho-vivo, úmida, 
observada em uma ferida limpa e em granulação.
Saudável e em fase de cicatrização.
Hidratar, absorver, proteger o tecido
recém formado e a pele ao pele ferida.
Tipo de tecido
Ferida de cor amarela (YELLOW):
Grande quantidade de material fibrótico ou infectadas.
Esfacelos
Desbridar, hidratar, absorver e proteger
o tecido viável e a pele peri-ferida.
Tipo de tecido
Feridas de cor preta (BLACK):
São aquelas cobertas por tecido necrótico tipo escara.
Definindo termos
*A avaliação da ferida deve incluir descrição e identificação das estruturas
teciduais.
*As seguintes estruturas são mais comumente encontradas em feridas:
1. Tecido Necrótico, não viável ou Desvitalizado
* Escara
* Esfacelos
2. Tecido viável, saudável
* Tecido de Granulação
* Tecido Epitelial
* “E o crescimento de pequenos vasos sangüíneos e de tecido 
conectivo para preencher feridas de espessura total”.
* A extremidade dos vasos capilares fazem a superfície da
ferida parecer granular
Características: vermelho vivo, brilhante e granular; 
sangra com facilidade.
Tecido de granulação
Tecido epitelial
“ É o processo de recobrimentoepidérmico”.
Coloração rósea ou vermelha;
Características dos tecidos necróticos
Ser avascular - não causa sangramento;
Ser insensível - por ser desprovido de terminações nervosas, não causará
dor;
Ter odor fétido - pelo resultado da decomposição dos tecidos e pelo
crescimento bacteriano;
Tecido que morreu por isso perderam suas propriedades físicas e
biológicas atividade.
Características dos tecidos necróticos
Escara é descrito como uma capa/crosta de camadas de
tecidos dessecados e comprimidos, normalmente de
consistência dura, seca, cor cinza, marrom ou preta e
firmemente aderida ao leito da ferida.
“Escara não é sinônimo de Úlcera por Pressão.”
Características dos tecidos necróticos
* Esfacelos (slough) refere-se ao tecido necrótico;
* Consistência mucoide;
* Macia de coloração amarela, bronzeada ou cinza;
*Formado por bactérias, fibrina, elastina, colágeno, leucócitos, 
fragmentos celulares, exsudato e grandes quantidades de DNA;
*Comumente encontrado no leito de feridas crônicas como úlceras de perna e 
por pressão;
* Podem estar firmes ou frouxamente aderidos ao leito da ferida;
•COMPRIMENTO
• LARGURA
• PROFUNDIDADE
• TÚNEIS
• DESCOLAMENTOS
Dimensão da ferida
Largura e comprimento
Profundidade
Espaços mortos e túneis
Exsudato
Para avaliar o exsudato é preciso verificar as seguintes características:
- Tipo: seroso, purulento, sanguíneo ou hemorrágico.
- Quantidade: mínimo, moderado ou abundante.
- Cor: claro, vermelho, amarelo, verde.
- Odor: ausente, leve, moderado ou forte.
- Consistência: fina/aquosa, espessa/opaca.
Exsudato
Vale lembrar!!!
Limpar cuidadosamente a ferida antes
de avaliar o exsudato
Avaliar o exsudato predominante
Odor
Pode ser descrito como ausente, fraco, moderado ou forte.
O exsudato da ferida depende muito da umidade da lesão, presençade 
tecido necrótico e microrganismos.
Odor extremamente forte e exsudato purulento pode ser sugestivo de 
infecção.
O tipo de curativo usado pode afetar o odor da ferida , bem como da
higiene e da presença de tecido não viável.
Dor em ferida é insuficiente avaliado e administrado.
Pode indicar infecção ou deterioração bem como opções de tratamento 
inadequado ou inapropriado.
Pode estar diretamente relacionado a satisfação do paciente e
comprovado impacto negativo no processo da cicatrização de feridas.
A dor deve ser mensurada com frequência e avaliada com escalas 
validadas.
Dor
Pele peri-ferida
Rubor - sinal indicativo de reação inflamatória normalmente encontrado.
Úlceras arteriais: fria, seca e fina;
Úlceras venosas: descamativa e quente;
Feridas exsudativas: sinais de dermatite;
Lesões por pressão: variável entre rubra, pálida e com cianose.
• Intacta –preservar
• Macerada –proteger e controlar o exsudato
• Ressecada - hidratar
Eritematosa –avaliar a 
causa 
(infecção?dermatite?)
Infectada - identificar 
fator causal
Alergia - afastar o fator 
causal
Pele peri-ferida
Pele peri-ferida
Margem ou borda
* Indistinta - impossível distinguir o seu
contorno;
* Aderida/plana –nivelada com o leito da ferida
* Não aderida –o leito da ferida é mais profundo que as
margens.
*Enrolada para baixo - espessa/grossa; de macia 
para firme e flexível - desbridar
* Hiperqueratose –formação de tecido calosos, desbridar
* Fibrótica –dura, rigída ao toque
Margem ou borda
Sinais de infecção e biofilme
Aparecimento ou aumento de Esfacelos
Excesso de exsudato, mudança de cor/ consistência
Pobre tecido de granulação – friável,vermelho
brilhante e exuberante
Hiperemia e calor ao redor da ferida
Dor ou sensibilidade
Odor incomum
Aumento da área da ferida
Tratamento e padronização de coberturas e 
adjuvantes
Protocolo de 
Procedimentos em feridas
Ações sistematizadas e produtos 
padronizados para a assistência da 
equipe multidisciplinar ao paciente 
portador de ferida
Implantação de um protocolo de 
padronização de procedimentos e
produtos
A equipe interdisciplinar
Processo sistêmico e
complexo
Integração das diversas 
especialidades afins
Programa de curativos
Meta
* Meta do programa de 
curativos
•Prescrição baseada em evidências 
clínicas
• Autorização para utilização de curativos específicos
para e tratamento;
• Clareza das contas médicas para a análise por parte das 
auditorias interna e dos convênios;
• Redução do tempo de hospitalização de pacientes;
• Controle do custo envolvendo tratamento complexo e 
tempo de hospitalização.
Resultados esperados
Bases para a escolha da terapia tópica
1. Avaliação do paciente e da ferida
2. Diagnósticos contínuos;
3.Conhecimento dos recursos disponíveis, sua ação
terapêutica, indicações e modo de uso.
Tratamento
1ª passo 
Avaliar a Lesão
2ª passo 
Realizar Curativo
Limpeza
Desbridamento: 
Autolítico 
Enzimático 
Osmótico
Instrumental (Conservador e
Cirúrgico)
Tratamento
Terapia tópica/Cobertura
Limpeza Desbridamento
Escolha da 
cobertura
A cura precoce das feridas;
Melhor qualidade de vida do 
paciente no processo de cura;
O menor custo do 
tratamento.
Terapia tópica/Cobertura
Parâmetros para o melhor ambiente de
cicatrização
Aceleração do processo:
•Controle da temperatura da ferida
•Manutenção do Ph levemente ácido
•Controle do nível bacteriano no leito
•Crescimento de tecido viável
•Manutenção do meio úmido
Fatores de risco - Extrínsecos
• “A técnica de limpeza deve 
respeitar a viabilidade do
tecido de granulação, 
preservar o potencial de
recuperação da ferida e 
minimizar a ocorrência de
(Borges et.al,trauma.” 
2008)
Soluções anti-sépticas: contra-indicadas na
limpeza de feridas crônicas
PVP-I CLOREXIDINA
ÁCIDO 
ACÉTICO
PERÓXIDO DE 
HIDROGÊNIO
SABÕES
HIPOCLORITO DE 
SÓDIO 0,5%
Métodos de desbridamento
• Cirúrgico
• Instrumental conservador
• Autolítico
• Enzimático
• Biológico
Selecionar o método mais apropriado de acordo 
com as necessidades e condições do paciente
Coberturas
A lesão precisa de:
Alívio da pressão
Proteção da 
Epiderme
Hidratação
Coberturas
Coberturas
A lesão precisa de:
Alívio da pressão
Absorção moderada do 
exsudato
Manutenção do meio úmido 
Oclusão
Coberturas
O sinal de troca:
A lesão precisa de:
Preenchimento de cavidade e túneis Alta 
absorção de exsudato
Coberturas
Coberturas
Alginatode cálcio: 
Aplicação
DEFINIÇÃO:
• Fibras têxteis suaves de Alginato de Ca++ e Na+ 
extraídas de Algas Marinhas marrons
(Laminaria), contendo sais do ácido algínico
como princípio ativo, que é um polissacarídeo 
natural, sendo altamente absorvente.
Coberturas: Alginato de cálcio e sódio
A lesão precisa de: desbridamento
Coberturas
Hidrogel a base de :
Água purificada –90%
Carboximetilcelulose sódica 
e alginato de cálcio –10%
Hidrogel a base de:
Água destilada –77,7%
CMC Polímero 
(Carboximetilcelulose) –2,3%
Propileno glicol USP –20%
Coberturas:Hidrogel
DEFINIÇÃO:
• São fabricados a partir de co-polímeros que 
contém uma grande quantidade de água.
APRESENTAÇÃO:
• Gel ou placa
Coberturas:Hidrogel
INDICAÇÕES:
• Feridas com pouca exsudação;
• Áreas doadoras e receptoras de enxerto;
• Lesões por pressão;
• Úlceras venosas e arteriais;
•Queimaduras. 
CONTRA-INDICAÇÃO:
• Não se recomenda em feridas muito exudativas, colonizadas por
fungo ou em pele íntegra, bem como feridas cirúrgicas fechadas!
Coberturas:Hidrogel
Coberturas: Prata
A lesão precisa de: 
Controle da bacteriano; 
Alta absorção de exsudato; 
Controle do odor; 
Oclusão.
• Espuma de poliuretano com prata
• Prata nanocristalina em compressa de polietileno
• Alginato com prata
Por que a prata???
• É bactericida e bacteriostática
• Não é tóxica
• Não provoca resistência bacteriana
Coberturas: Prata
Coberturas: Colágeno
INDICAÇÕES:
• É indicado em feridas limpas, pouco exsudativa, com
ausência de tecido necrótico-fibrinoso e sinais de infecção.
CONTRA-INDICAÇÕES
• Vasculite ativa;
• Queimaduras de 3º grau;
• Sensibilidade ao alginato e colágeno;
• Feridas infectadas.
POLIHEXAMETILENO BIGUANIDA
Agente resistente à colonização bacteriana, reduzindo a 
penetração bacteriana através da compressa, de amplo 
espectro contra microorganismos Gran positivos e 
negativos, fungos e leveduras.
Indicações:
• Feridas com alto risco de contaminação;
• Feridas colonizadas e infectadas.
MATRIZ DE REGENERAÇÂO
DÉRMICA
• Substituto cutâneo temporário, composto de matriz
biodegradável, bilaminar, de colágeno bovino e
glicosaminoglicana de tubarão (condroitina-6-sulfato), com
capa de silicone, que se destina à cobertura cutânea e à
regeneração da derme.
• É utilizado no tratamento da fase aguda de grandes
queimados, em correções de retrações cicatriciais
importantes póstrauma, extensas perdas cutâneas
traumáticas e em exérese de nevo congênito gigante, como
preparação para o enxerto de pele.
Dentre as suas ações podem ser citadas:
• Promoção do crescimento celular e da síntese de 
colágeno
•Controle da perda 
de fluidos
MATRIZ DE REGENERAÇÂO
DÉRMICA
Os ácidos graxos essenciais agem:
• Provocando uma resposta inflamatória local que
aumenta a proliferação do tecido de granulação.
Causa também intensa vasodilatação com
importante aumento da irrigação sangüínea local
(angiogênese).
A.G.E - Ácidos Graxos Essenciais
• Enzima proteolítica liofilizada do látex do mamão
desenvolvido e não amadurecido (carica papaya).
MODO DE USAR:
• Irrigar com solução salina estéril
•Utilizar a papaína conforme o aspecto da ferida 
Porcentagens de concentração:
• 10%: feridas com necrose
• 04 a 06%: feridas com exsudato purulento
• 02%: feridas em granulação.
PAPAÍNA
Metronidazol
• Este composto também possui atividade antimicrobiana
contra bacilos gram-negativos anaeróbios, contra bacilos
gram-positivos esporulados e contra todos os cocos
anaeróbios.
Indicações:
• Feridas criticamente colonizadas e infectadas;
• Feridas com odor forte.
Terapias adjuvantes
• Terapia a vácuo;
• Laser de baixa intensidade;
• Ozonioterapia;
• Oxigenoterapia hiperbárica.
Condiderações finais
O tratamento deve visar:
• Custo por procedimento
• Eficácia esperada do tratamento
• A frequência das trocas de curativo
• A necessidade de coberturas secundárias
• Recursos humanos necessários
Custo por cada procedimento de troca:
E.P.I.
Soluções para limpeza
Produto para tratamento da ferida
Material descartável 
Cobertura da ferida
Material para fixação da cobertura
Condiderações finais
Eficácia esperada do tratamento:
Tempo de internação ou assistência domiciliar 
Risco de infecção e uso de ATB
Necessidade da inclusão de procedimentos cirúrgicos
repetidos
Comprometimento da integridade física e emocional
do paciente
Condiderações finais
A frequência da troca de curativos:
Volume do exsudato x capacidade de absorção do
curativo;
Esfriamento da lesão; 
Exposição ao risco de infecção
Condiderações finais
A necessidade de coberturas secundárias
e material para fixação do curative:
Compressas 
cirúrgicas e 
gaze
Faixas
Fitas
adesivas
Condiderações finais
Os recursos humanos necessários
Tempo demandado em procedimentos de trocas de 
curativos repetidos;
Monitoração x troca;
Qualidade da assistência prestada ao paciente.
Condiderações finais
Vamos praticar?!
1. Lesão por complicação no uso de DIU –
Abcesso pélvico
• G.F.
• Idade:31 anos
• Sexo: feminino
• Estado geral: Diabética insulinodependente, esquema Regular +
NPH, consciente, acamada, constipada, SVD, Cipro (400mg 12/12)+
Clindamicina(600mg-6/6).
2. Lesão por retirada de cisto pilonidal após terceira
recidiva
• L.H
• Idade: 15 anos
• Sexo: masculino
3. Lesão traumática, pós queda.
• Idosa
• Idade: 90 anos
geral, 
deambula,
lúcida,
não
• Bom estado 
cooperativa, 
diabética.
4. Lesão por pressão
• Idosa
• Idade: 91 anos
• Bom estado geral comprometido, restrita 
ao leito, diabética e com mal de Alzheimer.
5. LESÃO POR PRESSÃO
* IDOSO
* IDADE, 65 ANOS
*ESTADO GERAL CRÍTICO, SÉPTICO, OSTEOMIELITE.
*PACIENTE COM TETRAPLEGIA PÓS TRAIMÁTICA.
Desfecho!!!
Borges et.al; Feridas como tratar. 2 ed. Coopmed; Belo 
Horizonte, 2008.
Dealey; Cuidando de feridas. 3 ed. Atheneu; São Paulo, 2008.
Malagutti e Kakihara; Curativos, estomias e Dermatologia: Uma 
abordagem multiprofissional. 1 ed. São Paulo, 2010.
Scemons e Elston; Nurse to Nurse: Cuidados com feridas
em enfermagem. 1 ed. 2011
Referências:

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